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Gestão de informações, documentos e colaboração corporativa Ano 8 - Número 44 Outubro de 2014 R$ 25,00

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NESTA EDIÇÃO

30 08

NÚMERO 44 | OUTUBRO DE 2014

Seguro para Dados? Vem aí o Ciber Seguro!

Com a prespectiva de a informação ser o bem mais valioso das empresas hoje, cresce o número de companhias que buscam seguros para protegê-las.

Entrevista Nesta edição, o CMO - Chief Operating Officer - da AIIM, Atle Skjekkeland, analisa o mercado global de gestão de informação e conteúdos corporativos e mostra como o setor está se desenvolvendo no mundo.

Empresas e Pessoas movidas à Informação Tema principal do ECMSHOW 2014, a informação toma o palco do evento mais importante sobre gestão de conteúdos corporativos da América latina. Veja nas páginas a seguir, o que alguns dos principais keynotes do evento dizem sobre o segmento.

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UpFront Carreiras Crônica

Artigos 36 Normas e Padrões no mundo do ECM

Walter koch

38 O fator Humano Wilton Tamane

40 E Você, se acha maduro? Márcio Teschima

42 Informações, Redes e os Ketsons

Inside Business Uma nova oferta de tecnologia acaba de desembarcar no Brasil por meio da Regency e da QData, utilizando sistemas da SAP. Trata-se da rastreabilidade de produtos aliado a informações vitais dos processos para áreas críticas.

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Ângelo Volpi e Cinthia Freitas

44 O conhecimento e a Raposa Stela Lachtermacher

46 Arquivamento de

informações fiscais José Freire Neto

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CARTA AO LEITOR DIRETORES

Arnaldo David arnaldo@guiabusinessmedia.com.br Eduardo David eduardo@guiabusinessmedia.com.br GERENTE ADMINISTRATIVO

Tadeu Nunes tadeu@guiabusinessmedia.com.br

Sua informação, seu maior tesouro

SUPERINTENDENTE COMERCIAL E MARKETING

Rogério Zetune zetune@guiabusinessmedia.com.br

EDITORA

sociedade considera a informação como uma mercadoria e a posse dela como um ativo. Para se ter uma ideia, os economistas gostariam de explicar a informação da mesma forma que explicam os ativos físicos, dentro das empresas, mas nenhuma disciplina ainda nos deu um modelo perfeito e aceitável para contextualizar o que representa a informação. Várias disciplinas consideraram as informações de formas diferentes, e tem sido bem difícil desenvolver sistemas para medir informações como se elas fossem commodities. O sistema de preços tem sido usado para atribuir valor à informação, mas seria este o melhor sistema de valor? A Informação tornou-se um item de comércio. Em épocas anteriores, o sucesso foi baseado em critérios como o controle das finanças, recursos físicos, a escrita, comida, fogo ou abrigo. Hoje, as pessoas bem-sucedidas e empresas de ponta são aquelas que controlam a informação: o seu desenvolvimento, acesso, análise e apresentação. Por isso mesmo falamos que vivemos a “Era da Informação”. Nós compramos e vendemos informações, às vezes com dinheiro e às vezes por negociá-la por outras informações. Informação, como um elemento de comércio, é uma mercadoria, mas não há, contabilidade universalmente aceita e convincente ou teorias economicas que nos deem o exato valor das informações. E exatamente para desmistificar este meandros e como atribuir o valor da sua informação que vamos juntos com os maiores especialistas nacionais e internacionais descobrir estes caminhos durante o ECMSHOW São Paulo 2014, que este ano se realiza nos dias 24 e 25 de setembro, na Fecomércio/SP. Acompanhe nesta edição as matérias sobre o evento e sobre o seguro das informações e confira os principais assuntos do setor.

A todos uma boa leitura.

Susana Batimarchi Editora

Susana Batimarchi – MTB 16022 susana@guiabusinessmedia.com.br COLABORADORES

Gilberto Pavoni Junior, Ana Lúcia Moura Fé, Sônia Martinez REVISÃO

Mariana Pajuelo – MTB 49801 DIRETORA COMERCIAL

Sandra Mletchol sandra@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE COMERCIAL/EVENTOS

Jéssica Alves jessica@guiabusinessmedia.com.br Gicelia Azevedo gicelia@guiabusinessmedia.com.br EXECUTIVO DE NEGÓCIOS

Adilson Correia da Silva adilson@guiabusinessmedia.com.br DIRETOR DE ARTE

Flávio Della Torre flavio@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE DE ARTE

Wilson Hiramatsu wilson@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Mariana Dantas mariana@guiabusinessmedia.com.br CONSELHO EDITORIAL

Walter Kock, Wilton Tamane, Gilberto Pavoni, Márcio Teschima, Luiz Alfredo Santoyo, Gilmar Hansen, Irineu Granato, José Antonio Galves, Daniel Dias, Ângelo Volpi, Cinthia Freitas. COLABORADORES DE CONTEÚDO

Walter Kock, Wilton Tamane, Ângelo Volpi, Cinthia Freitas. ASSINATURAS | assinatura@guiabusinessmedia.com.br PUBLICIDADE | comercial@guiabusinessmedia.com.br

(11) 3392-4111 INFORMATION MANAGEMENT - Revista especializada em Gestão de Informações, Documentos e Colaboração Corporativa. É uma publicação bimestral da Editora Guia de Fornecedores Ltda. Distribuição Nacional Guia Business Media - Empresa de Comunicação com 23 anos no mercado corporativo, especializada na produção e distribuição de informações estratégica aos negócios, por meio de publicações impressas e digitais, portais de conteúdo, eventos corporativos e treinamentos profissionais. Rua Anhanguera, 627 | 01135-000 | Barra Funda | São Paulo | SP www.guiabusinessmedia.com.br

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entrevista

Atle Skjekkeland

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Por Susana Batimarchi

Do Caos à Oportunidade Nesta entrevista o CMO- Chief Operating Officer da AIIM, Atle Skjekkeland, faz uma análise do mercado global de informação e sua visão de como anda o gerenciamento de informações hoje ao redor do mundo.

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IM - Este ano, o AIIM escolheu como tema o Caos da Informação (Information Chaos), como especialista você acredita que estamos globalmente vivendo na Era do Caos de informação? Será que toda a informação produzida pelas empresas de todo o mundo são realmente um amontoado sem valor? Atle Skjekkeland - A Informação, em toda parte, é mal gerenciada (e como!). No meio de toda esta oportunidade, as empresas estão se afogando em um mar de conteúdo e informação. Os servidores de arquivos estão transbordando e se multiplicando, o que torna difícil para qualquer um encontrar qualquer coisa neste mar. A informação está transbordando das organizações a cada minuto. Se os silos de informação com as soluções existentes já não fossem ruins o suficiente, agora temos o nosso conteúdo aparecendo em novos silos em aplicações em nuvem que estão além do alcance das estruturas de governança de informação convencional (isso assumindo que os usuários estarão utilizando a nuvem do prestador de serviços autorizado pela companhia e não a sua própria). Conteúdo e informação estão chegando para nós numa velocidade vertiginosa em uma matriz em constante mudança de formatos. As

organizações estão lutando com o custo de sistemas legados de guarda e com medo da perda de controle que é representado por novos sistemas de engajamento (mídias sociais). Ou seja, hoje o caos reina supremo no mundo das informações. IM -Nos últimos anos, solicitamos a AIIM para fazer uma análise sobre o mercado ECM global. O que a entidade nos diz sobre 2014 e para um futuro próximo? AS - Enterprise Content Management (ECM) é um termo complexo. Temos durante anos definido como o conjunto de estratégias, métodos e ferramentas utilizadas para capturar -> gerenciar -> armazenar -> preservar -> entregar o conteúdo essencial para apoio à estratégia dos processos de negócios. Os pilares do SMAC - Social Media, Mobilidade, Big Data Analytics e Cloud Computing - estão mudando a forma como gerimos informações não estruturadas. Hoje o ECM combina analytics, colaboração, governança e processos em qualquer lugar, para acesso a qualquer hora, a fim de entregar informações de valor aos seus clientes, parceiros e funcionários. Assim, a intersecção de conteúdo e processo gera um novo alinhamento: Captura -> Análise -> Engajamento -> Automatização -> Governança. SET / OUT 2014 | INFORMATION MANAGEMENT 9

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entrevista

Atle Skjekkeland

IM - Mudou o ECM ou mudou a sua percepção? AS - O ECM costumava ser tudo aquilo que tratasse sobre a melhoria dos processos ou os complexos repositórios de informação. Tratavase de tudo que ajudasse a resolver problemas complexos, e na maioria das organizações haviam poucos usuários ativos. As novas soluções de ECM como SharePointand Box e outras tem como objetivo melhorar o envolvimento e engajamento do usuário e a colaboração em toda a empresa. São feitas para um grande volume de informações com muitos usuários. Lidam ao mesmo tempo com grandes volumes ou operações complexas. IM - E do que precisamos hoje? AS - Precisamos dos dois! Precisamos de aplicativos de ECM avançados para gerenciar documentos complexos e processos de registros intensos, e mais outros aplicativos básicos para todos os funcionários. Ou melhor ainda, - deixe seu pessoal usar qualquer aplicativo que funcione melhor para eles. Pedimos para nossos mais de 400 membros dizerem quais os benefícios esperados ou realizados pelos aplicativos de ECM, e eles responderam: • Automação - Melhorar a produtividade do pessoal administrativo de 33,5% (em média) com o uso de workflow de formulários e documentos digitalizados. • Controle - reduzir os custos legais, multas e perdas em 25% (em média) mediante a aplicação de procedimentos de melhores práticas para gerenciamento de

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“O SMAC muda a forma como gerimos as informações” registros, segurança e e-Discovery. • Engajamento - Melhorar os níveis de serviço ao cliente e os tempos de resposta de 32,2% (em média), proporcionando acesso imediato a todos os clientes relacionados e informações relacionadas com o caso. • Insights - Melhorar a produtividade dos profissionais usuários em 30,9% (em média), garantindo que eles possam encontrar informações internas e documentos tão rapidamente e tão facilmente como encontrar informações na web. IM- Que dicas você daria para aqueles que estão encarregados de gerenciar as informações em suas empresas? O que você recomenda para eles? É necessário que eles estejam preparados para lidar

com essa enorme quantidade de informações? AS - Os profissionais da informação tem que parar de usar como base de informações o papel e gerenciar seu conteúdo digital. Vamos transformar informações caóticas em oportunidades de informação, abordando o seguinte: • Concentre-se em conectar pessoas, informações e conhecimentos por meio de múltiplas plataformas, aplicativos e dispositivos – “esqueça os canos, se concentre no que flui através deles!”. • Vamos ganhar a guerra contra o papel. Processos em papel terão de ser digitalizados, móveis e socializados - as organizações têm de se livrar de processos em papel para chegar ao próximo nível. • Use o Google Analytics, por

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“Vamos transformar informações caóticas em oportunidades” exemplo, para automatizar a forma como as informações são capturadas, processadas, acessadas, certificadas, e mantidas - muitos de nós somos colecionadores de informação, mas o analytics irá fornecer a todos ideias e conhecimentos. • Explore como você pode coletar e analisar informações a partir de dispositivos conectados, funcionários e clientes - a

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Internet das Coisas vai abrir novas oportunidades para a transformação do negócio. • Certifique-se que governança da informação podem ser dividida entre várias plataformas, aplicativos e dispositivos - e que esta precisa ser inerente e transparente para o usuário. IM – Você tem viajado para vários países ao redor do mundo com

a AIIM, e diante disso, aliado ao que conhece do mercado latinoamericano, como você avalia a maturidade desse mercado ao identificar as necessidades de uso de ferramentas para automação de processos ou para organização das informações corporativas? AS- Minha impressão é que muitas empresas latino-americanas ainda estão lutando com o papel. Meu conselho: Vocês têm que ganhar esta guerra para serem capazes de chegar ao próximo nível. Vocês não podem realmente transformar os processos em ativos móveis, sociais e de análise até que eles sejam digitalizados. Para isso, também reitero a necessidade de estarem atentos ao modelo de maturidade básico para os negócios digitais, disponibilizados pela AIIM. Nível 1: Papel - O papel é moroso e dispendioso de se trabalhar e administrar. Esta é a guerra ser a vencida! Nível 2: Digital - Documentos eletrônicos e imagens permitem automatizar processos usando o gerenciamento de conteúdo transacional (sem intervenção humana) ou aplicativos de processos inteligentes (de amplo envolvimento humano). Nível 3: Mobilidade - as plataformas de TI estão mudando a partir do desktop para o celular, que lhes permite evoluir para os dispositivos móveis habilitados para processos mobile-centric. Nível 4: Social - Agora você pode conectar pessoas usando celular, clientes e/ou funcionários, que podem aprender uns com os outros por meio de recomendações e classificações.

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UPFRONT

IMPRESSORAS

Impulsionando o Mercado Segundo Kao Mei, Gerente de Negócios da Epson do Brasil a estratégia de crescimento da Epson do Brasil, continua principalmente com novos produtos que atendem a atuais demandas de impressão em nuvem e móvel. 1) Como a Epson se posiciona no mercado de impressoras no Brasil e no mundo? Kao Mei: O mercado brasileiro de impressão decresceu 8% em unidades, porém permaneceu estável em valores. Isso ocorreu devido ao lançamento das impressoras e multifuncionais ECOTANK (sistema tanque de tinta) da Epson. Esses produtos possuem um ticket médio mais alto, o que ajudou a sustentar o faturamento do mercado. Essa nova categoria de impressoras e multifuncionais ECOTANK possui dois grandes benefícios facilmente

reconhecidos pelo consumidor final: a economia e a conveniência. 2) Qual a estratégia da empresa para ganhar mercado? Kao Mei: A Epson se mantém entre as lideres no setor de impressão, projeção e imagem digital e continuará investindo na oferta de produtos com novas formas de conectividades, como a digitalização e impressão pela nuvem além de formatos maiores (A3) e a impressora fotográfica de 6 cores. A chegada de novas categorias de produtos, como tablet e smartphone, geraram grandes desafios para as categorias tradicionais, como as impressoras, multifuncionais, scanners e projetores, segmentos em que a Epson atua. Uma das estratégias da companhia é focar em conectividade com estes novos produtos, como a digitalização para a nuvem, disponí-

Kao Mei: Gerente de Negócios da Epson do Brasil

vel em alguns modelos, que torna possível a integração do documento físico para o digital em praticamente qualquer lugar, além de acesso remoto ao equipamento. Esta tendência gera confiança ao consumidor, já que a conexão com PC, tablet e smartphone torna ainda mais versátil e atrativa a tradicional categoria de impressoras e multifuncionais.

STORAGE

Portfólio de rede de armazenamento Atendendo à crescente demanda por armazenamento em ambientes de TI, impulsionada pelo crescimento explosivo de dados gerados por aplicações de vídeo, pela Internet de Todas as Coisas (Internet of Everything – IoE) e pelo Big Data, a Cisco acaba de anunciar a próxima geração de produtos para rede de armazenamento de dados (SAN – Storage Area Networking) em seu portfólio de Data Center. A empresa lança o Cisco MDS 9148S Multilayer Fabric swich, Cisco MDS 9706 Director e Cisco MDS 9700 módulo FCoE. Com as novas ofertas e outros produtos lançados em 2013 (os dois primeiros integrantes da família Fibre Channel de 16G, o Cisco MDS 9710 Multilayer Director e o MDS 9250i MultiServices Switch), a Cisco passa a oferecer um portfólio completo de 16G, desde os menores

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switches SAN “top-of-rack” até os maiores produtos SAN disponíveis. Além disso, a empresa oferece uma estrutura completa e unificada de data center fima-fim alimentada pelo mesmo sistema operacional NX-OS, presente na linha de produtos premiados Cisco Nexus® para data center em rede Ethernet, no Cisco MDS para redes de armazenamento e linha Cisco UCS® para computação. De acordo com o estudo EMC Digital Universe, de abril de 2014, cuja pesquisa e análise são feitas pelo IDC, o número de dados produzidos será dez vezes maior em 2020, subindo dos atuais 4.4ZB para 44ZB; 32 bilhões de dispositivos de Internet das Coisas estarão conectados; 40% dos dados serão tocados pela nuvem; e as empresas serão responsáveis 85% de todos os dados. Para melhor gerenciar

o desempenho final, a escala, e os desafios de gestão operacional, a Cisco continua a inovar com soluções de rede de armazenamento multiprotocolo para o seu portfólio de data center unificado, que une dados e serviços de computação em uma única plataforma, gerando operações de negócios mais eficientes e de gerenciamento de ponta a ponta.

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mobilidADE CORPORATIVA

Veja o infrográfico produzido pela SolarWinds especialmente para falar sobre mobilidade dentro das empresas.

carreiras Tiago Sanchez assume a diretoria de pré-vendas América Latina da MicroStrategy, empresa mundial no fornecimento de plataformas de software empresarial, tendo como objetivo principal ajudar os usuários a potencializar o uso e obter mais benefícios com as soluções analíticas e móveis da MicroStrategy. Luiz Fernando Foresti é o novo gerente comercial Sispro, fornecedora de software ERP e que tem como meta ajudar a companhia a expandir sua atuação no mercado de Varejo. Foresti tem mais de 20 anos de experiência no comando das áreas de negócios em companhias ligadas ao setor de automação, entre elas a Daruma, Zanthus, Schalter e Urano. André Rapoport foi anunciado como novo Diretor Geral da Right Management Brasil. O ManpowerGroup Brasil, da qual a Right é um dos braços disponibiliza soluções de gestão e contratação de pessoas, consultoria organizacional especializada em gestão de carreiras e talentos. Cleri Inhauser passou a exercer o cargo de diretor de Estratégia e Operações de Negócios para a América Latina na Nokia Networks. Cleri atua há 14 anos no mercado de telecomunicações, oito deles na Nokia, incluindo uma recente passagem pelo Japão. Entre as missões do executivo está a de organizar a equipe e garantir que sua área seja o centro estratégico da empresa em toda América Latina, oferecendo todo suporte necessário à força comercial da Nokia Networks.

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UPFRONT

SEGURANÇA

Brasil sofre maior índice de ciberataques Dados da Kasperky Lab revelam que o Brasil foi o país latino mais perigoso em termos de ciberameaças no primeiro semestre de 2014: quase 11 milhões de ataques baseados na web tentaram infectar 29,6% dos usuários de produtos da empresa na região. O País também demonstrou a maior taxa de ameaças locais: 43% dos usuários tiveram que lidar com 32 milhões de incidentes. O Peru vem em seguida, com 39,8% dos usuários afetados por ameaças locais. No México, um quarto dos usuários encontrou malware na web. O Brasil também lidera entre outros países da América Latina em termos de hospedagem de sites malintencionados: mais de 1,8 milhão de hosts no País foram usados em ataques

contra usuários do mundo inteiro este ano, o que coloca o país no 24º lugar mundial. Os resultados demonstram que em toda a AL houve uma quantidade considerável de ameaças cibernéticas

relacionadas com a Copa do Mundo, muitas tendo como alvos os bancos. O crescimento do número total de incidentes de segurança de TI é explicado pela grande quantidade de turistas que levam seus dispositivos móveis em uma viagem. “Junto com a existência de ameaças locais tradicionais usando USBs e redes locais, assim como o desenvolvimento de ameaças web, malware para dispositivos móveis com foco em transações financeiras está se tornando mais difundido. Tanto usuários domésticos como empresariais deve manter isso em mente”, diz Dmitry Bestuzhev, Chefe da Equipe Global de Análise e Pesquisa da Kaspersky Lab para a América Latina.

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cloud

Otimização para a nuvem A Silver Peak, que atua no segmento de aceleração de dados à distância, anuncia o lançamento do Silver Peak Unity, um otimizador de WAN que unifica o ambiente corporativo com a nuvem pública. A solução cruza informações sobre a cloud e o nível de latência da internet para transferir arquivos por uma rota aprimorada e segura. Além de conseguir monitorar e controlar a conectividade com a nuvem, as equipes de TI (Tecnologia da Informação) das empresas conseguem assegurar aos usuários desempenho consistente para serviços de SaaS (software as a service) em cloud. “Boa parte das companhias utiliza dezenas de serviços SaaS, mesmo que a área de TI não possua o conhecimento

necessário”, diz Francisco Pinto, vicepresidente da Silver Peak para a América Latina. “A adesão destes serviços aumentará à medida que as empresas transferirem seus sistemas para a cloud, mas o time de TI não tem controle do tráfego depois que ele sai da WAN. Os profissionais não podem solucionar problemas ou otimizar aplicativos da maneira que fariam em sua própria rede, por exemplo. Os CIOs não querem ser os responsáveis por desempenhos que não podem controlar”, completa. A implantação do software da Silver Peak em data centers e centros de interconexão em nuvem gera a chamada “estrutura Unity” – uma sobreposição de redes para controlar e acelerar a conectividade. Cada ponto comunica-se

com o software de Cloud Intelligence da Silver Peak que, por sua vez, reúne as informações sobre mudanças no provedor em nuvem e na latência da internet. Estes dados são utilizados pela organização para rotear o tráfego em nuvem pelo caminho ideal.

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Rastreabilidade com informação

caba de desembarcar por aqui a oferta da tecnologia Global Batch Traceability (GBT), da norte-americana Q Data, com integração ao ERP da SAP pela Regency IT Consulting, consultoria de TI voltada a gestão de projetos e cloud computing. A tecnologia está sendo disponibilizada pela Regency que é especializada em consultoria de TI com foco em gerenciamento de portfólio e projetos, gestão de PMO, treinamento, implementação de projetos SAP e terceirização de mão-de-obra e serviços. A parceria integra o SAP GBT 1.0, sistema de rastreamento de produtos dentro da cadeia de abastecimento de ponta a ponta, com o objetivo de integrar dados para uma visão completa do processo de rastreabilidade. “O recurso do SAP possibilita que a pessoa que está dando informações, capture uma transação específica e tudo o que isso implica, tornando essa informação visível para toda a cadeia. Isso propicia a adesão de companhias, por exemplo, a exigências de setores rigorosos quanto à rastreabilidade de itens, como o de saúde e fármacos”, explica o executivo da Q Data. Kevin Wilson. Conforme salientou o executivo, por exemplo, a legislação brasileira determinada pela Anvisa, até 2016 toda

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a cadeia produtiva de medicamentos deve ser monitorada via código Data Matrix, padrão de rastreamento da GS1, para armazenamento e transmissão eletrônica de dados envolvendo toda a cadeia, desde o laboratório ao comprador final. “Assim por meio dessa ferramenta é possível permitir que a informação seja tratada como uma questão crítica, dar o conhecimento no tempo correto. Ter acesso à informação de onde ocorreu um atraso de processo, por exemplo, permite que a empresa corrija isso em tempo, para se evitar prejuízos. O tempo de fornecer a informação às pessoas certas é uma questão chave. Além disso, é o conceito de dar utilidade e valor à informação que está envolvido neste rastreamento. Essa é a era da maturidade de avaliação de dados. Se estamos fornecendo uma funcionalidade que o negócio não está preparado ainda, se não está maduro, a primeira parte de quatro será analisar se os dados estão sendo apurados, quais são estes dados e para que são usados, argumenta Wilson. “Para o usuário da solução integrada, se traduz em ganho de controle sobre a cadeia, maior poder de ação e reação em casos de recall e retiradas de lotes defeituosos ou inadequados a regulamentações setoriais do processo de distribuição, bem como

Kevin Wilson da Q Data

o rápido e completo atendimento a normas e leis”. Para o especialista, o foco inicial para uso das ferramentas está na indústria farmacêutica.” O GBT foi uma ferramenta desenvolvida para este setor, para permitir navegar pela cadeia de suprimento de ponta a ponta, ter informações que permitam produzir relatórios e análises. Mas pode ser aplicada a outros segmentos que necessitem atender a regulamentações tão específicas”, diz Wilson.

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Multifuncionais Segurança

Multifuncional vira central de serviços

sucesso dos “all in one” reflete-se nas estatísticas divulgadas pelo IDC Brasil. De acordo com a consultoria , as vendas nos últimos anos foram impulsionadas pelas estratégias de diversificação dos fabricantes. Os players focados em impressão a laser avançam para o mercado consumidor doméstico e de pequenos negócios, com modelos de entrada a preços convidativos. No sentido inverso, os fornecedores de equipamentos a jato de tinta (inkjet) tradicionalmente focados em usuários domésticos e profissionais liberais, lançaram as chamadas “business inkjet” para atraírem as PME’s. Ainda conforme o IDC, esses movimentos resultaram numa queda na diferença de preços entre as impressoras e as multifuncionais. Assim, as vendas de equipamentos a laser aumentaram, chegando a 1,05 milhão de unidades em 2013, enquanto que em 2012 totalizaram 1,01 milhão. As vendas de impressoras jato de tinta , por sua vez, caíram de 3,08 milhões de unidades, em 2012, para 2,68 milhões em 2013. Além da popularização da tecnologia laser, outra tendência importante que ganha força no mercado de impressão no Brasil é o outsourcing , visto como alternativa eficaz, para redução de custos. Serviços gerenciados de impressão (MPS), por exemplo, têm registrado crescimento forte e constante no país. Acompanhe nas páginas a seguir a continuação do 2o.Guia de especificação de Equipamentos Multifuncionais, com o descritivo dos equipamentos da Sharp mono e color.

MODELO

MX-B382P

AL-2031

AL-2051

AL-2061

MX-B382

MX-B382SC

Função Impressora

SIM

Função Copiadora

NÃO

SIM

Função Scanner

NÃO

SIM

Função Fax

NÃO

SIM

NÃO

SIM

80GB

NÃO

80 GB

Processador

800MHZ

24.58MHZ

495MHZ

800MHZ

Garantia

6 meses

USB / RJ-45

USB / RJ-45 / RJ 11

USB / RJ-45

10 / 100

10 / 100 / 1000

Conectividade

USB / RJ-45

Velocidade da placa de rede

10 / 100 / 1000

Sistema Operacional

WINDOWS / MAC OS

WINDOWS

WINDOWS / MAC OS

Softwares Embarcados de Gestão e Workflow de documentos

NÃO

SIM

Peso do Produto

36,6 KG

17,5 KG

18,5 KG

19,1 KG

44 KG

49 KG

Dimensões (A x L x P) mm

610 X 560 X 438 MM

358 X 518 X 445 MM

376 X 518 X 460 MM

714 X 560 X 493 MM

789 X 560 X 494 MM

Tecnologia

LASER MONO

Emulação

PCL5e, PCL6, XPS

SPLC (Sharp Language)

PCL

PCL5e, PCL6, XPS

PostScript

PS3

NÃO

PS3

Senhas

SIM

NÃO

SIM

Formato de Papel

A5 até OFÍCIO

A6 até OFÍCIO

A5 até OFÍCIO

Velocidade de Impressão

38 ppm

20 ppm

38 ppm

Resolução da Impressão

1.200 X 1.200 dpi

600x600 dpi

1.200 X 1.200 dpi

Memória da Impressora

512MB até 1,5GB

32 MB

128 MB

512MB até 1,5GB

Duplex

SIM

NÃO

SIM

Bypass

SIM

Tempo de impressão de Primeira página

8 seg.

ADF

SIM

ADF Caminho Reto

NÃO

SIM

Capacidade do ADF

50 folhas

100 folhas

Resolução Óptica

600 dpi

Scanner de Rede

NÃO

SIM

Duplex

NÃO

SIM

Velocidade do Scanner

13 ipm

33 ipm

50 ipm

Resolução da Cópia - DPI

600 dpi

Zoom

SIM

Velocidade de cópia

20 ppm

38 ppm

Duplex

NÃO

SIM

USB

Função Impressora

Função Scanner

Função Copiadora

Função Fax Velocidade do Modem

33.6 Kbps

Recurso de encaminhamento do fax

SIM

(1) Outros sistemas operacionais, consultar o fabricante. (2) Variação de velocidade Máxima e Mínima entre os modelos listados, para detalhes consulte o fabricante.

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MX-M202D

MX-M232D

MX-M264N

MX-M314N

MX-M354N

MX-M362N

MX-M452N

MX-M363N

MX-M453N

MX-M503N

MX-M623N

MX-M753N

SIM

NÃO

SIM

NÃO

160GB

80GB

343MHZ

1GHZ

533MHZ

667MHZ

533MHZ

667MHZ

800MHZ

6 meses

USB / RJ-45 / RJ-11

USB / RJ-45

USB / RJ-45 / RJ-11

10 / 100

10 / 100 / 1000

WINDOWS

WINDOWS / MAC OS

SIM

35 KG

52,1 KG

95 KG

190 KG

595 X 591 X 573 MM

799 X 625 X 645 MM

833 X 645 X 695 MM

953 X 645 X 695 MM

1.213 X 728 X 683 MM

LASER MONO

PCL6

PLC5e, PCL6

PS3

SIM

A6 até A3

A5 até A3W

A5 até A3

20 ppm

23 ppm

26 ppm

31 ppm

35 ppm

36 ppm

45 ppm

36 ppm

45 ppm

50 ppm

62 ppm

75 ppm

1.200 X 1.200 dpi

600 X 600 dpi

1.200 X 600 dpi

600 X 600 dpi

1.200 X 1.200 dpi

128MB até 256MB

2GB

1GB até 2GB

SIM

7.2 seg.

5.9 seg.

4.9 seg.

4.4 seg.

4.0 seg.

4.6 seg.

3.9 seg.

4.6 seg.

3.9 seg.

4.0 seg.

3.5 seg.

SIM

NÃO

SIM

40 folhas

100 folhas

150 folhas

600 dpi

SIM

20 ipm

50 ipm

70 ipm

75 ipm

600 dpi

SIM

20 ppm

23 ppm

26 ppm

31 ppm

35 ppm

36 ppm

45 ppm

36 ppm

45 ppm

50 ppm

62 ppm

75 ppm

SIM

33.6 Kbps

SIM

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MODELO

MX-C380P

MX-C250

MX-C300W

MX-C381B

MX-C382SCB

MX-2010U

MX-2310U

MX-2610N

MX-3110N

MX-3610N

Função Impressora

SIM

Função Copiadora

NÃO

SIM

Função Scanner

NÃO

SIM

Função Fax

NÃO

SIM

NÃO

SIM

80GB

NÃO

80GB

160GB

Processador

1GHZ

600MHZ

1GHZ

1.25GHZ

Garantia

6 meses

USB / RJ-45

USB / RJ-45 / RJ-11

Conectividade

USB / RJ45

USB / RJ-45

USB / RJ-45 / RJ11 / Wireless

Velocidade da placa de rede

10 / 100 / 1000

10 / 100

10 / 100 / 1000

Sistema Operacional

WINDOWS / MAC OS

Softwares Embarcados de Gestão e Workflow de documentos

SIM

Peso do Produto

39KG

28KG

29KG

46KG

58KG

65KG

73KG

74KG

77KG

Dimensões (A x L x P) mm

610 X 560 X 438 MM

398 X 429 X 509 MM

421 X 429 X 509 MM

714 X 560 X 493 MM

789 X 560 X 494 MM

717 X 583 X 623 MM

834 X 583 X 623 MM

834 X 583 X 658 MM

834 X 608 X 680 MM

Tecnologia

LASER COLOR

Emulação

PCL5c, PCL6, XPS

PCL6

PCL5c, PCL6, XPS

SAPL, PCL6, XPS

PCL6, XPS

PostScript

PS3

Senhas

SIM

Formato de Papel

A5 ATÉ OFÍCIO

A5 ATÉ A3W

Velocidade de Impressão

38 ppm

25 ppm

30 ppm

38 ppm

20 ppm

23 ppm

26 ppm

31 ppm

36 ppm

Resolução da Impressão

1.200 X 1.200 dpi

600 X 600 dpi

1.200 X 1.200 dpi

9.600 X 600 dpi

1.200 X 1.200 dpi

Memória da Impressora

512MB até 1,5GB

512MB

512MB até 1,5GB

1GB até 1,5GB

3GB até 4GB

Duplex

SIM

Bypass

SIM

Tempo de impressão de Primeira página

8 seg.

10 seg.

8 seg.

6,5 seg.

8.8 seg

7.4 seg.

5.9 seg.

5.8 seg.

5.2 seg.

ADF

SIM

ADF Caminho Reto

NÃO

SIM

NÃO

Capacidade do ADF

35 folhas

50 folhas

100 folhas

Resolução Óptica

600 dpi

Scanner de Rede

SIM

Duplex

NÃO

SIM

Velocidade do Scanner

18 ipm

33 ipm

50 ipm

Resolução da Cópia - DPI

600 dpi

Zoom

SIM

Velocidade de cópia

25 ppm

38 ppm

20 ppm

23 ppm

26 ppm

31 ppm

36 ppm

Duplex

NÃO

SIM

Função Impressora

Função Scanner

Função Copiadora

Função Fax Velocidade do Modem

33.6 Kbps

Recurso de encaminhamento do fax

SIM

(1) Outros sistemas operacionais, consultar o fabricante. (2) Variação de velocidade Máxima e Mínima entre os modelos listados, para detalhes consulte o fabricante.

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MX-4110N

MX-5111N

SIM

160GB

1.25GHZ

Vem aí o reconhecimento que faltava para a indústria da gestão de documentos e informações.

6 meses

USB / RJ-45 / RJ-11

10 / 100 / 1000

WINDOWS / MAC OS

SIM

118KG

127KG

952 X 643 X 761 MM

966 X 643 X 761 MM

LASER COLOR

Prêmio Information Management

de Excelência na Gestão de Documentos e Informações C

PCL6, XPS

IM44.indb 23

PS3

SIM

A5 ATÉ A3W

41 ppm

51 ppm

1.200 X 1.200 dpi

3GB até 4GB

SIM

4.7 seg.

4.1 seg.

SIM

150 folhas

600 dpi

SIM

75 ipm

600 dpi

SIM

41 ppm

51 ppm

SIM

33.6 Kbps

SIM

As melhores soluções | Os melhores cases | Os destaques do ano

CMY

Uma vitória de todo o setor

informationmanagement.com.br/premio

10/09/14 16:54

Tecnologia Susana Batimarchi e Gilberto Pavoni

24 INFORMATION MANAGEMENT SET / OUT 2014

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Empresas e Pessoas movidas à Informação O principal tema do ECMSHOW de 2014 discute a importância da informação em todas as suas formas. Desde dados que devem ser guardados até o conteúdo essencial para a definição de novas estratégias de crescimento e competitividade, profissionais, empresas e consumidores, que esta sendo defininda como uma nova forma de fazer negócios de forma mais ágil e eficiente, compartilhando conhecimento e promovendo inovação

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Tecnologia

o mundo corporativo, as empresas possuem muitos bens materiais diferentes, com valor de mercado real. Os imóveis, equipamentos, mobiliário de escritório, computadores, dinheiro e contas a receber são ativos que, se necessário, podem ser trocados no comércio ou usados para pagar as dívidas. Ativos como esses costumam parametrizar o “tamanho” das empresas estabelecidas, que variam de acordo com diferentes fatores econômicos e geográficos. Esses tipos de ativos, tangíveis, são relativamente fáceis de quantificar e incluir em relatórios financeiros. Mas isso tem mudado. O valor de uma empresa está cada vez mais atrelado a outro tipo de ativos, os intangíveis. Eles também têm um valor. São mais difíceis de medir e quantificar mas estão definitivamente alterando o rumo dos negócios. Qual o valor de um cliente, da capacidade de inovar, da agilidade em resolver problemas, da rapidez em atender uma oportunidade de mercado? Há novas teorias e métricas sobre isso, e elas estão melhorando a cada ano. “Começamos a sentir a necessidade de quantificar de forma tangível a informação, de modo que possamos dizer que uma vale 350 mil reais e outra 500 mil reais”, lembra Cézar Taurion, especialista e consultor de mercado de tecnologia e CEO da Litteris Consultoria. Isto significa que ela poderá ser incluída nas análises contábeis e fazer parte do valor de uma empresa. “Uma empresa que usar mais inteligentemente suas informações que outras será mais bem avaliada em termos de valor de mercado”, completa Taurion. Segundo estudos da Harvard Business School, a informação e os ativos intangíveis de uma empresa valem “em média de três vezes mais do que seus ativos físicos.

Durante esse tempo de maturação dos novos conceitos algo nunca foi alterado, e ele serve de base para toda essa mudança de mentalidade e modelos de negócio: tudo isso depende de informação. Levando para o conceito da economia da informação, uma empresa será valorizada pelo valor das informações que contém e pela sua capacidade de explorá-las adequadamente. Este é um ponto interessante. “Informação, mesmo que não seja usada tem seu valor. Assim como uma mercadoria em centro de distribuição tem seu estoque antes mesmo de ser vendida, a informação tem valor, mesmo antes de ser tratada por tecnologias de análise de dados. Podemos começar a medir seu valor potencial”, diz Taurion. Do celeiro ao fluxo contínuo Mas nem sempre isso foi assim. Num passado não muito distante, os ativos intangíveis ou intelectuais não tinham o status que possuem hoje. A informação, por sua vez, era um dado gerado por um sistema, umas letras impressas em papel, etc. Desconfiava-se que ela era útil e, por isso, era apenas armazenada. Grandes empresas detinham monumentais celeiros de papéis e salas cheias de servidores guardando algo que raramente era usado para gerar valor. Há cerca de 20 anos somente 25% de todo o conteúdo era armazenado. Mesmo assim, isso ocupava muito espaço dentro das empresas. O quadro, então, era de uma escassez de informação ao mesmo tempo em que essa pouca quantidade trazia custos por ser absolutamente internalizada. A mudança foi ocorrendo aos poucos e com a popularização da Internet, da mobilidade, das redes sociais, da cloud computing o mundo passou dos 25% de dados armazenados para

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Regina Cantelle: para obter o benefício da informação, ela deve ser compartilhada

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Luiz Minoru Shibata: O ferramental está disponível, para as pessoas alimentarem seus acervos informativos.

98% de informação gravada ou transitando em algum sistema digital. Os limites físicos desse cenário praticamente ruíram. Toda essa informação deixou de ser algo de domínio das empresas e passou a ser parte de um mundo sem fronteiras. A informação pode estar do outro lado do mundo, mas está acessível de alguma forma. A complicação é maior porque fenômenos sociais começaram a interferir naquilo que ficou por alguns anos sob domínio dos departamentos de tecnologia (TI). “Dentro do roll de informações estratégicas, existe uma camada que se encontra em disponível abundância nos sistemas e na internet, e outro de igual ou maior valor, com as pessoas. E essas, combinadas da empresa e junto às outras, se transformem em informações de valor. Aí entra o ferramental que já está disponível, fazendo com que as pessoas alimentem esses acervos compartilhados”, analisa Luiz Minoru Shibata, CIO da Promomlogicallis e expert em TI. Convertendo ativos “Quando falamos em informações e naturalmente em Big Data, imediatamente associamos o termo a um imenso volume de dados. Mas esta é apenas uma característica. De maneira geral fala-se em três “Vs”, como volume, variedade e velocidade. Muitos acrescentaram depois um quarto “V”, que é a veracidade, e na minha opinião existe um quinto “V”, que é o resultante dos anteriores, o valor dos dados”, reitera Taurion. Para o consultor e evangelista em tecnologia, o Big Data abriu um espaço muito grande para valorizar e reusar os dados, além da sua utilização primária. Por

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exemplo, geramos e usamos dados para suportar transações, como por exemplo, contabilizar uma venda para o sistema de faturamento. “Mas este mesmo dado pode ser reutilizado inúmeras vezes, para uma análise do comportamento de compras do cliente (quantas vezes este produto foi comprado por ele nos últimos dois anos?) ou combinado com outros dados, como quando ele compra este produto que outros produtos ele também adquire? Na verdade, a maioria das empresas usa o dado para efetuar e gerenciar uma transação, mas não valoriza seu potencial de reutilização”, explica. Os dados devem ser valorizados não apenas pelo seu valor imediato, transacional, mas pelo seu valor futuro, quando utilizado em análises preditivas, identificação de correlações, etc. Os benefícios das informações integradas e conectadas ao negócio atingem a empresa como um todo: não adianta ter grandes vendas se a logística adotada não entrega, ou se as finanças não fecharem, ou se a área fiscal não for considerada.” “Do mesmo modo, novos produtos construídos em colaboração com os clientes precisam ser lucrativos e estarem alinhados com a linha de produção. Ou mesmo ter clientes e não personalizar as ofertas para ele. Antes as informações estratégicas ficavam restritas a alguns profissionais, agora para obter benefício devem ser compartilhadas com todas as áreas da empresa”, diz a professora Regina Cantelle, responsável pelo curso de pós gradução em Banco de dados da FIAP. Mas há um problema nisso tudo, se a informação não é mais escassa e as formas de acessá-la são democráticas, podemos dizer que a informação é uma

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Tecnologia

commodity. A informação exclusiva e imediata tem algum valor agregado, no entanto ela é quase rara e há quem defenda que é desnecessária diante de tantas que existem por aí que podem ser lapidadas e reinseridas numa cadeia de valor para completar-se um círculo virtuoso. Se todos têm informação, qual o valor da informação? Ao pensarmos nas ideias apresentadas por Peter Diamandis e Steven Kotler no livro Abundancia, onde um guerreiro da tribo Massai com seu smartphone tem acesso a mais informações do que dispunha o presidente dos EUA há apenas 15 anos atrás, o grande desafio será obter valor para o negócio diante de tantos dados disponíveis e harmonizar as informações entre todos envolvidos. Ou seja, não é a informação que tem valor, é o modo como ela é trabalhada para virar uma nova coisa, mesmo que seja outra informação. “Outro grande desafio é conhecer e disponibilizar as tecnologias existentes para tratar este volume de dados, na velocidade necessária e na variedade de formatos – vídeos, textos, som, entre outros. Felizmente os investimentos nas plataformas atuais são menores do que algum tempo atrás onde as tecnologias envolviam grandes gastos. Porém aliar as tecnologias existentes na empresa com as tecnologias atuais presentes na nuvem e nas ferramentas open source, como já fizeram Google e Linkedin, é outro grande desafio”, diz a professora da Fiap.

Segundo ela, preparar profissionais com o perfil de cientista de dados é outro grande desafio tanto para as empresas quanto para as instituições de ensino. “Este profissional reúne forte conhecimento de negócio e de técnicas e ferramentas para tratamento de dados. Estas últimas mais sofisticadas com recursos da inteligência artificial como motores semânticos para facilitar inferências e deduções”, argumenta. Um novo profissional e uma nova configuração da empresa serão necessários para quem deseja navegar nesse tisunami de informações. Todos os departamentos devem sofrer mudanças, mas a área de TI, que opera a infra e os ERPs de hoje, deve ser a que receberá a maior delas. “Não é apenas colocá-la debaixo do CEO. Demanda novos processos e um novo pensar”, diz Dorival Dourado, presidente da Boa Vista SCPC. Por exemplo, sistemas de engajamento com clientes, através de aplicativos (apps), devem ser desenvolvidos e entregues com rapidez. Time-to-market é essencial. Há quem defenda o surgimento de um novo cargo, o chief data officer (executivo de dados). Ele seria o responsável por digitalizar a empresa para o futuro. Mas há quem defenda que primeiramente a empresa como um todo precisa se transformar. Com isso, o dono da informação passaria a ser o conjunto de estratégias, valores e ética disseminados entre todos envolvidos com a empresa. Este conjunto regerá todos os processos de negócio da empresa e estabelecerá as fronteiras entre público e privado, entre o compartilhado e o restrito, entre o com valor estratégico e com valor agregado. Aqui o papel da governança é fundamental. “A inteligência informacional, principal desafio das empresas na era do Big Data e do Analytics, não deve ficar restrita a pessoas ou áreas, é um dever de

Dourival Dourado: Não existe um único “dono“ da informação.

todos, não existindo “dono” da informação. Isso é fórmula do passado, que já se provou ineficaz”, comenta Dourado. Precisamos, sim, de gestores preparados, assumindo o papel de orquestradores e evangelizadores do uso da informação de forma eficaz e rentável para as empresas. Crescimento, novos produtos e serviços, serviços de atendimento, foco no cliente, conquistando novos clientes e rentabilização dos atuais, geração de mais vendas, redução de risco, e tantas outras iniciativas trarão resultados e margens melhores. A informação pode contribuir na inovação colaborativa, criando diferenciais competitivos. O desafio está na transformação da informação em conhecimento aplicada aos processos de negócio. A questão da informação usada de forma inteligente e rentável é um fator estratégico e de sucesso para as empresas, devendo ser conduzida com a visão de geração de resultados. O limitante não é mais tecnologia, e sim usar a informação como valor estratégico. Certamente as empresas que estiverem bem preparadas para lidar com informações, sob todos os aspectos, vão ganhar em todas as frentes, se posicionando de maneira diferenciada perante os concorrentes e, principalmente inovando.

Cezar Taurion: A empresa que sabe usar suas informações é mais inteligente.

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INFORMAÇÃO Uma das etapas mais importantes na Gestão da Informação, sem dúvida, é a captura. Para isso, a Scansystem disponibiliza os melhores scanners do mercado, qualquer que seja o formato ou mídia de entrada (papel, microfilmes, jornais, plantas, livros, fotografias e outros). Quando precisar de scanners com qualidade, contate-nos e seja atendido por quem tem mais de 18 anos de experiência.

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Tecnologia Por Susana Batimachi e Ana Lúcia Moura Fé

Vem aí o

ciber seguro

Cresce o número de empresas que buscam seguro para proteger o seu ativo mais valioso atualmente, a informação

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o fim de 2013, a varejista norte-americana Target informou que um ataque de hacker resultou no vazamento de cartões de crédito de 40 milhões de clientes, além de códigos de identificação (PIN), e-mails e endereços de outros 70 milhões. Dois meses depois, a despesa da rede de lojas com investigação, serviço de monitoramento de crédito para os clientes, contratação de mais atendentes para call center, aconselhamento legal e substituições de cartões, entre outras, já se aproximava dos US$ 62 milhões. Um seguro cobriu em torno de US$ 44 milhões desses custos. Mas o seu CEO teve de reconhecer que não fazia ideia dos custos futuros decorrentes da violação, e nem tampouco quando a empresa conseguiria restaurar totalmente a confiança do público. Quatro anos antes, em 2010, o hospital South Shore, em Weymouth (Mas-

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sachusetts, EUA), teve de contratar às pressas o seu primeiro “seguro cibernético”, como é chamada a apólice que cobre custos relacionados com ataques de hackers, violações de dados e outros riscos oriundos da computação. A instituição lidava com escândalo de vazamento de informações confidenciais de 800 mil pacientes, o que lhe causou prejuízo financeiro e profundos arranhões na reputação. Só em multas e custos de reparação, o hospital teve de pagar, do próprio

bolso, US$ 750 mil. A ciberapólice não tornou o hospital imune a hackers, mas o deixou mais bem preparado para mitigar prejuízos de toda ordem, no caso de ataques futuros. “Quem teria pensado em seguro cibernético?”, indagou, à época, porta-voz do hospital. De fato, a maioria das empresas não pensava – e ainda não pensa – sobre a importância desse instrumento, embora seguros contra ameaças virtuais não sejam exatamente um conceito novo. Estudo realizado nos EUA pela Experian e pelo Ponemon Institute aponta que apenas 31% das empresas possuíam apólices de cibersegurança em 2013. A boa notícia é que 57% dos entrevistados tinham planos de investir nesse tipo de seguro no futuro -- ainda que a maior parte (70%) admitisse que o interesse só cresceu após a sua empresa ter sofrido algum tipo de ataque.

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Tecnologia

Thomas Anderson: Brasil é um dos quatro maiores celeiros de hackers no mundo.

Complemento para a segurança A proliferação de ataques como os que vitimaram a Target e o South Shore Hospital, de ampla repercussão midiática, tem feito crescer a consciência de que a informação é hoje o bem mais valioso de qualquer empresa, sobretudo as que lidam com grande volume de dados e são mais

dependentes da computação e da rede mundial. Junto com essa consciência, vem a percepção de que investimentos em TI e no aperfeiçoamento de políticas de segurança podem não ser suficientes. O seguro surge, nesse contexto, como complemento importante na estratégia de gestão de risco dos negócios, por deixar a empresa apta a mitigar prejuízos decorrentes de fatos inesperados. Os números nos EUA confirmam a expansão dessa consciência. Na Marsh, corretora de atuação global, as vendas dessas apólices cresceram 33% em 2012 e 20% em 2013. Só no setor de serviços a demanda saltou 76% em 2012. O interesse cresce em todos os setores econômicos, segundo analistas. E não apenas nas grandes organizações. Pequenas e médias empresas são fortes candidatas ao ciberseguro porque, em geral, não contam com área dedicada à proteção de dados e não têm musculatura financeira para absorver os custos associados a uma violação. É o caso do segmento de startups de tecnologia no Vale do Silício, onde as apólices já são amplamente usadas para salvaguardar propriedade intelectual. Mas mesmo nos EUA a ciberapólice encontra-se em evolução. Seu aperfeiçoamento ocorre à medida que a indústria de seguros desenvolve uma compreen-

são maior sobre essa categoria de risco e aperfeiçoa a precificação. Segundo o Gartner, o valor médio dos prêmios nessa modalidade de seguro varia muito, de US$ 10 mil a US$ 35 mil para cobertura de US$ 1 milhão. O escritório de advocacia americano McGuireWoods apurou que os limites médios de apólices adquiridas por clientes da seguradora Chubb, uma das maiores dos EUA, estão entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões, enquanto os clientes da Marsh compraram uma média de US$ 16,8 milhões em limites, em todos os setores. O escritório explica que, embora o limite máximo disponível a partir de uma única seguradora varie de US$ 10 milhões a US$ 20 milhões, os segurados são capazes de “empilhar” limites de responsabilidade para criar “torres de seguro” que chegam a US$ 350 milhões. A apólice cibernética no Brasil Seguradoras e corretoras como a AIG,

Apólices cibernéticas cobrem os seguintes custos, entre outros: n Reivindicações de “primeira parte”: custos incorridos com a perda de segredos comerciais e propriedade intelectual; n Reivindicações de terceiros: danos que a empresa deve pagar aos clientes que a processam por perda ou comprometimento de informações pessoais;

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IM44.indb 32

n Investigação forense de TI: a apólice pode cobrir desde o custo de um exame para verificar como a violação de dados ocorreu até custos com multas regulamentares e penalidades e controle de gestão de crises, o que inclui cartas de notificação de violação de dados e outras despesas;

n Cobertura para interrupção de negócios: caso um incidente com violação de dados resulte em paralisação das atividades, a empresa recebe o reembolso de despesas incorridas devido à perda de negócios.

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Informação disponível é importante, mas só isso não basta. Willis, Marsh e XL Seguros já divulgam suas ofertas, na esteira da intensificação do cibercrime no Brasil. “O País está entre os quatro maiores celeiros de hackers no mundo”, diz Thomas Andersson, líder de colocação no Brasil da Marsh Corretora de Seguros. A avaliação do especialista é que a demanda ainda é tímida devido, em parte, à confiança que muitas empresas ainda têm nas medidas de proteção que implementam nos seus sistemas. Pesa também o desconhecimento do mercado sobre esse tipo de seguro. Andersson ressalta que o avanço da tecnologia e da automação, ao mesmo tempo que trouxe grandes benefìcios ao Brasil, gerou dependências e vulnerabilidades até então desconhecidas. “Qualquer perda de disponibilidade, integridade e confidencialidade relacionada com sistemas críticos de dados tem potencial para causar significativos impactos nos negócios, com a consequente perda financeira”, diz. William Beer, sócio e diretor executivo de cibersegurança da consultoria Alvarez & Marsal (A&M), especializada em gerenciamento de crises, comemora o crescente interesse de empresários brasileiros pelo assunto. A A&M oferece suporte a empresas antes da

É preciso também conﬁabilidade e muita segurança. Tudo isso a menosPapel oferece a seus clientes, por meio de uma ampla linha de serviços: Flávio Sá: Hackers exigem resgate para cessar ação de vírus.

compra da apólice, preparando-as para discussão comercial com a companhia de seguros, e após eventuais ataques, ajudando-as em questões legais e de comunicação. “Há alguns dias, me reuni com vários clientes em um jantar e o tema que prevaleceu foi ciberseguro”, diz Beer. Ele acredita que esse tipo de apólice tem potencial de acelerar no País uma mudança de mentalidade quanto à gestão de risco. “Quando se fala de ciberseguro, se fala de risco, e é muito mais fácil conversar com um executivo sobre isso do que sobre cyber security, que tem a ver com tecnologia”, diz. A expectativa do diretor é que a procura por seguro cibernético aumente quando o Brasil contar com leis e regulamentos específicos que obrigam empresas que sofrem ataques a notificar clientes e declarar o problema às autoridades competentes. “Nos EUA e países europeus, onde existem essas leis, o mercado de ciberseguro é muito lucrativo e dinâmico”, informa. Enquanto as leis não chegam, a pressão intensa exercida pelo cibercrime sobre grandes empresas brasileiras, como bancos e e-commerce, já acelera esse mercado. Para Beer, este é um bom momento para compra do produto no País. “Os prêmios ainda estão baixos, o que torna estrategicamente interessante comprar uma apólice agora.” A AIG, seguradora pioneira na ofer-

Sistema Ônus Probandi – Gerenciamento da documentação exclusiva da área jurídica. Ata Notarial Digital – Materialização e formação de provas digitais. WebAplication (WPP) – Detecção de vulnerabilidades em aplicações WEB. Monitoramento WEB – Varredura na WEB de marcas, imagens e vídeos de uso indevido em redes sociais. Criptografia – Proteção de dados e informações sensíveis. Perícia e Forense Digital – Análise, materialização e autoria de provas digitais. Duplicação de disco forense – Cópia bit a bit e backups. Wipe Disk – Sanitização de discos – método DOD 5220-22m – para remoção definitiva de dados.

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Marcelo Pollack, Seguro não deve ser visto como custo.

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Tecnologia

ta de ciberseguro no Brasil, quer acumular no País a mesma experiência que detém lá fora. O seu produto corporativo, lançado em 2012, cobre vazamentos tanto de dados pessoais, como RG, CPF ou senhas bancárias, até planos estratégicos e de marketing, faturamento, fórmulas de produtos, diagnósticos médicos, entre outras informações. São dois tipos de cobertura, segundo Flávio Sá, coordenador de linhas financeiras da AIG. Um deles se refere à responsabilidade civil, que abrange danos sofridos pelos terceiros que reclamam contra o segurado. Outro tipo diz respeito à “primeira parte”, quando o prejuízo é da própria empresa, sem danos a terceiros. No caso de terceiros, a cobertura envolve não apenas custos com advogados, mas também contratação de especialistas que atuam junto à mídia no sentido de mitigar a exposição da imagem da companhia, sobretudo as com ações listadas em Bolsa. De acordo com Sá, estima-se que a queda das ações no dia posterior ao vazamento é de cerca de 5%. Outro exemplo de responsabilidade civil ocorre quando a empresa, inadvertidamente, envia e-mails para a base clientes com informações confidenciais ou vírus. No âmbito da “primeira parte”, um exemplo de cobertura é quando uma loja virtual sai do ar, deixa de vender e usa apólice para cobrir tanto o lucro cessante quanto as despesas para recolocar o site no ar. O seguro também ampara empresas vítimas de extorsão. “Há casos em que hackers exigem resgate para cessar ação de vírus que bloqueia máquinas ou para não divulgar informações”. A oferta da AIG também cobre custos para verificar se uma base de dados corrompida pode ser reparada, além da reparação em si. Sá considera que a promulgação do Marco Civil da Internet foi um avanço, por estabelecer algumas responsabilidades de guarda de informação e aplicação de sanções, mas diz que o País ainda precisa criar agência reguladora que

William Beer: Mudança de neutalidade na gestão de risco.

investigue, aplique sanções e obrigue as empresas a notificar autoridades e usuários. “Estima-se que uma notificação por cada registro vazado custa U$ 200. Imagine o tamanho do prejuízo se a base de clientes for grande e a empresa não tiver seguro”, diz. Renato Rodrigues, country manager do Grupo XL no Brasil, também acredita que as consequências jurídicas decorrentes do Marco Civil levarão mais empresas a buscar seguro adequado para cobrir riscos emergentes. Em junho último, a subsidiária lançou seguro de responsabilidade cibernética e proteção de dados para empresas de tecnologia que inclui cobertura de falhas profissionais na prestação de serviços. “Podemos agregar valor de longo prazo e ajudar nossos clientes e corretoras a fazer seu negócio avançar”, diz Rodrigues. Outro que vê no Marco Civil um alavancador do seguro de cyber risks é Marcelo Pollak, gerente de linhas financeiras da Willis Brasil, corretora que, nessa área, atua em parceria com AIG e XL Seguros. O executivo constata aumento do interesse em empresas de todas as indústrias. “Tenho dito aos clientes que imprevistos ocorrem independentemente do quanto investem em TI, e que seguro não é custo, e sim solução para proteger negócio, imagem, clientes e sociedade.” Pollak está ciente de que essa conscientização requer esforço de divulgação para vencer barreiras culturais e de desconhecimento. “Nos EUA e Europa, culturalmente, se contrata seguro muito mais do que aqui.”

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Walter W. Koch

Josetti Capusso

NORMALIZAÇÃO

Normas e padrões no mundo do ECM Walter W. Koch é diretor da ImageWare, consultor internacional em Gestão Documental e TI, e professor dos cursos de pós-graduação da Fesp e Unip. Implementou alguns dos maiores projetos do País. Ministra cursos em diversos países da Europa, África e Oriente Médio. Autor do livro Electronic Document Management - Concepts and Technologies, publicado em Dubai, em 2001. Responsável pelo Treinamento da AIIM no Brasil info@imageware.com.br

*Mais informações podem ser obtidas através do e-mail educa@imageware.com.br ou do site http://guiatraining.com.br

ormas e padrões “emergem das situações nas quais todas as partes podem realizar ganhos mútuos, mas somente através da realização de decisões mutuamente consistentes”. São criadas para registrar e transmitir as melhores práticas geradas por equipes de especialistas em matérias específicas. Estes especialistas se reúnem em órgãos nacionais e internacionais tais como a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, ANSI – American National Standards Institute, ISO – International Standards Organization, entre outras. Algumas entidades não governamentais também têm dado suporte ao desenvolvimento de normas e padrões especificamente na indústria do ECM, tal como a AIIM – Association for Information and Image Management. Para a indústria de gestão de documentos e de conteúdo existem normas e padrões há séculos. De fato, entre os primeiros escribas, de jura entre os primeiros notários já que a linha divisória entre a arquivística, a biblioteconomia e outras ciências relacionadas à informação é bastante tênue. Após os primeiros padrões para a gestão documental em papel, surgiram as normas para o mundo micrográfico. E na década de 1980 as primeiras normas para a gestão eletrônica de conteúdo. Estas normas e padrões vão desde a descrição de formatos de arquivos, tais como a ISO 12639 para o TIFF e ISO 19005 para o PDF/A, até métodos para a gestão de projetos de gestão de registros tal como na norma ISO 15489/2 – Records Management. A ISO, ciente da importância da informação e documentação, criou uma Comissão Técnica específica - TC 46 – Information and documentation. No Brasil esta comissão técnica possui equivalência na ABNT sob a CE

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14 - Comissão de Estudo de Gestão de Documentos Arquivísticos. Também existe na ISO o Comite Técnico 171- Document Management Applications para a padronização de tecnologias e processos envolvendo a captura, indexação, armazenamento, recuperação, distribuição, apresentação, migração, intercâmbio, preservação, integridade e disposição na área de sistemas de gestão documental. Este Comitê tem dado suporte à elaboração de normas técnicas utilizadas em legislações específicas. Um exemplo é o Reino Unido que construiu o código de práticas BIP0008 sobre a ISO 15.801 - Document management -- Information stored electronically -- Recommendations for trustworthiness and reliability. O TC 171 é secretariado pela AIIM e o Brasil ainda não faz parte deste. Com o surgimento de legislações brasileiras para regular o uso de sistemas de gestão de conteúdo torna-se necessário embasamento normativo técnico com selo nacional. Para tanto, a ABNT está reativando a CE 14 visando uma revisão das NBRs já existentes, bem como a inclusão de novas. Com a regulação cada vez maior das aplicações de ECM no Brasil através de legislações tais como as do Conselho Federal de Medicina, BACEN/CVM e do Poder Judiciário e de regulações internacionais nas mais diversas indústrias, há a necessidade crescente de formalização de melhores práticas permitindo não só a definição de modus operandi, mas também de formas de auditar para avaliar se estas estão sendo seguidas. E o mercado brasileiro de ECM vai aumentando seu nível de maturidade com a disponibilidade destas normas e padrões que contém conhecimento gerado mundialmente. www.informationmanagement.com.br

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Wilton Tamane

Josetti Capusso

ENGAJAMENTO

O Fator Humano Wilton Tamane é administrador de empresas especializado em sistemas e técnico em Eletrônica Industrial. Consultor na área de scanners e gerenciamento de documentos wiltontamane@gmail.com

o ECMSHOW SP 2012, durante minha palestra, mostrei trechos de um filme (O Homem que mudou o Jogo) que versava sobre como o uso da estatística aliada à tecnologia mudou a forma de escolher jogadores de baseball. A ideia era mostrar dois pontos importantes: como a captura, análise e uso da informação aliada à tecnologia pode mudar a forma como trabalhamos e como a escolha de profissionais capacitados pode afetar os resultados de uma empresa. O grande mote deste filme era como montar um “time campeão” e não um “time de campeões”. Pode parecer um simples jogo de palavras, mas pode significar muito em termos de resultados. Recentemente pudemos comprovar como um time organizado, investindo na descoberta e formação de talentos e sem estrelas de primeira grandeza, venceu a copa. Fazendo um contraponto, um outro filme (Curvas da Vida) mostra como a tecnologia por si só não deve ser encarada como ferramenta infalível. Neste filme, o ponto principal fica por conta da experiência e do “feeling” que podem de fato fazer muita diferença. Neste caso, um velho e experiente “olheiro” com problemas de vista consegue desafiar “olheiros” mais jovens que fazem uso intensivo de tecnologia, como mostrado no outro filme. Se um faz a apologia do uso da tecnologia e dados estatísticos, o segundo tem como principal trunfo, a experiência coletada ao longo de uma vida. E que conclusão podemos tirar destes dois filmes? Como sempre a resposta não está nos extremos e sim em como reunir o melhor de cada exemplo. Neste caso, pro-

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fissionais experientes que têm a sua disposição ferramentas de TI e profissionais que garantam como extrair o máximo destas ferramentas seria o ideal. Porém, o ponto que mais chama atenção é como lidamos com o fator humano. Como selecionamos os profissionais que farão parte de um determinado projeto. Como modelar um ambiente que inspire confiança e que proporcione mais colaboração e menos competição. Como assegurar que estes profissionais serão capacitados de acordo. E como a arquitetura da solução estabelece quais profissionais deverão ser capazes que entregar. Uma matéria publicada no site da Forbes de Josh Bersin - It’s Time To Rethink The ‘Employee Engagement’ Issue, explica muito bem esta questão. A partir desta matéria, colaboradores com visão empreendedora começam a ser um atributo muito importante. Segundo Bersin, medo, dúvida e descrença geram competição e relacionamentos superficiais que levam a evolução isolada dos colaboradores. Confiança gera colaboração e coevolução entre os colaboradores. Criar um ambiente de trabalho de alto desempenho é um problema complexo. Temos que selecionar cuidadosamente as pessoas certas. E uma vez que as pessoas se juntam, temos de melhorar continuamente, redesenhar e ajustar o ambiente de trabalho para torná-lo moderno, humano e agradável. Na minha opinião, empresas que tem esta visão são empresas inovadores, altamente produtivas e comprometidas com resultados, e portanto entregam com sucesso produtos e serviços. www.informationmanagement.com.br

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PROCESSOS

Márcio Teschima

E você, se acha maduro? Márcio Teschima é cientista da informação, pós-graduado em gestão de processos e diretor da consultoria InterPublicis

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tempo passa, o tempo voa...” Bem, muita gente deve se lembrar desse jingle, ele nos passava a mensagem de que não importava o tempo, o que ele representava era sólido, e era mesmo, os processos para o produto que ele representava já estavam maduros e bem regulamentados. E estamos falando do início da década de 1990, de lá para cá muita, mas muita coisa mudou. A informatização dos bancos acelerou, os processos se tornaram cada vez mais diversificados, os produtos potencializaram o crescimento de várias dessas entidades, e as mais preparadas, e que tiveram um TIME TO MARKET melhor, conseguiram ir para as compras mais cedo. Compras?! É amigo, compras, passamos por inúmeras fusões e aquisições, foi uma competição frenética. Muitas das instituições tiveram que se reinventar e mais produtos foram criados, a informatização foi transpondo barreiras, e chegamos nos dias atuais. E quando falamos de Gestão de Conteúdo Corporativo, em muitos lugares, não parece que foi ontem, parece mesmo é que ainda vivemos o ontem, saímos dos papéis trafegando de carro, avião, navio, malotes de papéis pra lá e pra cá e melhoramos, chegamos ao LESS PAPER e em muito lugares, chegamos ao PAPER LESS, é realmente 100% digital, e assim também criamos o natus-digital. Quando pensamos que tivemos uma grande evolução em maturidade de processos, que estamos no ápice das transações eletrônicas, olhamos para nossa cozinha, e opa, nosso ECM, e ficamos fe-

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lizes, pois já temos o controle dos nossos processos, já temos todos os comprobatórios registrados e imagens, não temos mais papel, agora guardamos tudo em formato digital. Olha só, e já temos 10 terabytes de dados. Pensando no modelo de maturidade de ECM, o comumente chamado de ECM3 (www.ecm.org), são apresentadas de forma simples 13 dimensões para tomada de ação que são distribuídas em três categorias: Humano, Informação e Sistemas, onde cada dimensão é avaliada independentemente, formando uma matriz. A partir dessa matriz podemos visualizar quais são os gaps em nossa organização quanto à Gestão de Conteúdo Corporativo, e avaliar nossa maturidade, momento, e principalmente, traçar um plano para chegar a maturidade ideal. Para nós que pensamos em reúso da informação e eliminação de custos, a maturidade ideal é a que conseguimos gerenciar sem gerar esforço desproporcional para mantê-la. É bom lembrarmos que o custo do suporte da informação não deve ser mais caro que a própria informação. Assim, se seguirmos os passos recomendados e tratarmos cada categoria da forma ideal, se tivermos coerência no tratamento dos níveis de maturidade de cada dimensão, nós teremos resultados concretos, e com o conhecimento gerado através da gestão dessas informações, aí meu amigo, chegará a vez de nós recriarmos o jingle. ”O tempo passa, o tempo voa e a informação que eu utilizo continua numa boa, a informação que eu utilizo...” www.informationmanagement.com.br

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DADOS

Informação, Redes e os Jetsons Angelo Volpi é tabelião em Curitiba, escritor, articulista e consultor. angelo@volpi.not.br   Cinthia A. Freitas Professora Titular da PUCPR e Doutora em Informática. almendracinthia@gmail.com

ode parecer que faz muito tempo, mas tudo que vamos relatar aqui aconteceu outro dia. Vivíamos em um lugar no qual o paradigma era ditado por tudo que era fixo. Ou seja, a informação era fixa na biblioteca, no livro, na banca de revista, na sala de televisão, em casa para falar ao telefone ou no orelhão. Talvez você não se lembre desta época, uma vez que é um dos “nascidos” na era tecnológica. Ao trabalharmos nos computadores, acredite você, eles já existiam, porém eram fixos. Chamavam-se desktop e tinham fios ligados às tomadas para receber energia e enviar dados por algo que nascia com a intenção de se transformar na rede mundial de computadores. Imagine! Uma rede que estivesse espalhada por todos os lugares do mundo e que as pessoas pudessem enviar e receber dados, imagens, vídeos e etc. Algo somente imaginado no desenho dos Jetsons. Esta mudança só foi possível devido ao desenvolvimento de muita tecnologia e, principalmente, da Internet. Mas o conceito de rede não é uma novidade e muito menos foi criado pela área de Informática. Ao se tratar de redes, deve-se retomar o formalismo matemático que define uma rede. Assim, necessita-se retroceder no tempo, exatamente quando Leonard Euler (1707-1783) enunciou o problema das sete Pontes de Königsberg por meio de uma representação denominada de “grafo” ou redes. O problema consiste em responder: “Pode-se cruzar as sete pontes sem que seja necessário passar pela mesma ponte duas vezes?” O que o matemático Euler fez foi estabelecer uma representação

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para o problema de modo que cada porção de terra (ponto) receba uma letra, por exemplo “A”, indicando um nó. Então, ele projetou uma estrutura na qual as pontes recebessem uma representação em forma de linha, indicando uma aresta representada por uma letra minúscula, por exemplo “a”. As arestas podem ser denominadas de links. Outra característica foi que no problema não houvesse restrição para o sentido de caminhamento entre as pontes. Como exemplo, temos os sistemas viários das cidades chamados de “grafo dirigidos”, pois existem restrições nos sentidos de caminhamento nas ruas. Já a Internet é um grafo não-dirigido, pois são enviados e recebidos dados sem restrições quanto ao fluxo de dados. Pode-se entender que a vida, bem como a Internet, tem por representação matemática o grafo. As pessoas são os nós e as arestas são as conexões e/ou relações que cada qual estabelece, sejam estas ligações por meio de infraestrutura computacional ou não, como por exemplo, em sua vizinhança. Mas tudo isto só foi possível, caro leitor, devido a vários outros avanços como processo de miniaturização dos componentes eletrônicos, à evolução dos meios de armazenamento de dados, às mudanças nas TIC e nos sistemas distribuídos, ao avanço do poder de processamento dos computadores, à facilidade de uso dos dispositivos de entrada, além da Internet, sem esquecer é claro, da interatividade, globalização e tecnologia multimídia. Nada que os Jetsons já não vivessem nos anos 60. www.informationmanagement.com.br

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Stela Lachtermacher

O Conhecimento e a Raposa Stela Lachtermacher é fundadora da Candelabro Comunicação para Negócios. Foi editora na Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Editora Abril e IT Mídia e é professora de Comunicação Corporativa em MBAs da USP e da BSP Bussiness School São Paulo.

omeço este artigo, início de minha contribuição com a revista Information Management, com uma pergunta aos que pararam nesta página. - Quais são os três principais ativos de uma empresa? Esta mesma pergunta costumo dirigir aos meus alunos de pós-graduação e as respostas são as mais variadas tais como sua sede, seus produtos, sua receita.... E há sem dúvida os que acertam uma ou até as três das respostas que são: sua Marca, as Pessoas e o seu Conhecimento. Não há ordem nem peso maior para um ou outro destes itens, mas podemos, para ajudar a lembrar, usar a sigla MPC onde Marca é fácil de entender o porquê de ser um ativo tão importante já que é o que atribui valor aos produtos e/ou serviços oferecidos pela empresa. A Marca é fruto da história da empresa e de seu relacionamento com todos os stakeholders como clientes, parceiros etc...ao longo de sua existência. As pessoas são as que constroem a Marca da empresa e garantem a manutenção de seu valor. E o Conhecimento. O que vem a ser este Conhecimento? Ele é tudo que é construído pela empresa no desempenho de sua função, da concepção à prática. E a gestão do Conhecimento é o fator fundamental para que a empresa tenha registrado tudo o que fez para chegar onde está hoje, evitando repetir erros e, ao mesmo tempo, avançando a partir deles. Segundo dois dos maiores estudiosos desta matéria, Nonaka e Takeushi, de quem falaremos mais detalhadamente em outra ocasião, a gestão cria continuamente novos conhecimentos, os dissemina e os perpetua por toda a organização.

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“A gestão cria continuamente novos conhecimentos” E para marcar o início deste espaço e da discussão sobre o tema reproduzo aqui uma história de Paulo Coelho que ilustra e ao mesmo tempo leva a uma reflexão sobre o conhecimento e como é importante perpetuá-lo. “O velho caçador de raposas – considerado o melhor da região – resolveu finalmente se aposentar. Ele recebeu a visita de um jovem que queria aprender suas técnicas. “Em troca, compro a sua loja, a sua licença de caçador e ainda pagarei por todos os segredos.” O velho caçador concordou. Tempos depois encontrou o jovem e perguntou: como foi a temporada de caça? - Não consegui pegar uma só raposa. O velho ficou surpreso e confuso: - Mas você seguiu meus conselhos? Com os olhos fixos no chão, o rapaz respondeu: - Bem, na verdade não segui. Achei que seus métodos estavam ultrapassados e terminei descobrindo – por mim mesmo – uma melhor maneira de caçar raposa.” Não resta a menor dúvida que as coisas evoluem e que novos métodos podem vir a se sobrepor aos anteriores. Mas a experiência e o conhecimento que vem com ela nunca devem ser desprezados. Na empresa e na vida. Boa leitura! www.informationmanagement.com.br

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BANCO DE DADOS

José Freire Neto

Arquivamento de informações fiscais José Freire Neto é gerente de pesquisa e desenvolvimento da Divisão de Aplicativos da Sonda IT, companhia latino-americana de Tecnologia da Informação

arquivamento fiscal é uma funcionalidade que deverá estar presente na maioria das organizações em um curto período de tempo. Na realidade fiscal brasileira, os órgãos do governo exigem que as empresas entreguem vários tipos de obrigações, como a Nota Fiscal eletrônica, SPED, entre outras. Essas obrigações devem ser armazenadas por um determinado período de tempo, que é variável de acordo com a exigência legal e pode sofrer um processo de auditoria pelo governo no decorrer de, pelo menos, cinco anos após entrega. Hoje, a maioria das empresas não arquivam seus dados fiscais e, por isso, são penalizadas em vários aspectos, como no aumento do TCO (Total Cost of Ownership) - que nada mais é que uma estimativa financeira para avaliar os custos de um bem, por exemplo, na performance da aplicação e no tempo de execução de atividades administrativas da aplicação, entre outros aspectos. Mas, se as empresas não tem o hábito de arquivar, o que elas fazem com as informações fiscais? Simplesmente mantêm os dados no ambiente produtivo ou em alguns casos duplicam este ambiente, elevando assim o custo de manutenção da aplicação. Como podemos resolver esses problemas: TCO, performance, e tempo de execução de atividades administrativas na aplicação? Você pode ter pensado: fácil, implementamos uma ferramenta de arquivamento de mercado. Quando ocorre o processo de auditoria do governo nas obrigações, essas devem ser entregues para o auditor no último layout disponi-

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bilizado pelo governo, ou seja, é preciso reprocessar a obrigação e entregar para o auditor no tempo determinado. Em cenário factível para questão de arquivamento, uma empresa fez um arquivamento de um dado do ano de 2009 e, agora, em 2014, ela está sob auditoria do Governo Federal de uma obrigação X. Entretando, o layout desta obrigação foi modificado algumas vezes entre 2009 e 2014. Ou seja, existem modificações em programas e nos atributos do banco de dados. Para que se possa gerar a obrigação no modelo atual, os dados de 2009 devem estar compatíveis com a base de dados atual (2014) e os programas que geram a obrigação também deverão conter essas informações. Em breve pesquisa sobre as aplicações de arquivamento de mercado, constata-se que há algumas disponíveis no mercado. Normalmente, essas soluções funcionam da seguinte forma: os dados selecionados são armazenados em um outro banco de dados ou em file system. O detalhe deste arquivamento é que os dados ficam congelados, ou seja, todas as alterações sofridas no ambiente não serão refletidas no arquivamento. Resumindo, a quantidade de alterações realizadas nas aplicações no decorrer de períodos é algo recorrente, por isso é preciso que as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento das companhias de TI ajudem a comunidade fiscal na questão do arquivamento dos dados, pois o armazenamento destas informações no ambiente produtivo traz consequências negativas para o negócio fiscal como um todo. www.informationmanagement.com.br

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Finch Soluções é a mais completa opção em BPO e KPO Com a aquisição de outras companhias, a Finch tornou-se a melhor solução de ECM disponível no mercado

Finch Soluções teve sua origem com a percepção da Mandaliti Advogados e da JBM Advogados sobre as tendências jurídicas globais, ou seja, com o exorbitante volume de dados tutelados pelos escritórios e pela necessidade de conhecimento com aplicação estratégica, tornou-se essencial a criação de tecnologia e inteligências inéditas. Ao notar essa deficiência no mercado, ambos desenvolveram a expertise única em gerenciamento jurídico, resultando em uma nova empresa independente e com filosofia de negócios inovadora. Devido ao grande know-how na área jurídica, a Finch desenvolve soluções inteligentes para a automação e integração de processos e consultoria especializada, que gerenciam dados e contribuem para ganho de performance estratégica. Com foco em oferecer a excelência ao mercado, a Finch adquiriu companhias como a SBS e-BPO e a Efficeon do Brasil. Com as aquisições, a empresa expande seu portfólio para além das atividades advocatícias, tornando-se uma das maiores provedoras de serviços de automação de processos de negócios nos mais diversos segmentos da economia. Esta nova estrutura de serviços da Finch

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permite aos clientes (redes de varejo, serviços, saúde, indústrias, grandes instituições financeiras e empresas de telecom) realizar processos administrativos, de recursos humanos e comerciais de maneira digital, eliminando a burocracia e o uso de papel, e o mais importante: com alto nível de segurança e validade jurídica. Além desses fatores, a empresa disponibiliza a utilização das ferramentas por meio de dispositivos móveis. A garantia da legalidade e a segurança no trâmite de informações e documentos se dá graças aos sistemas que permitem a certificação do documento, que pode ser validado por meio da assinatura biométrica ou de certificados públicos e privados. Adicionalmente, podem estar conectados a cartórios possibilitando a autenticação e reconhecimento de firma eletronicamente, garantindo o valor legal em contratos e documentos diversos. Todo esse processo é conhecido também pelo benefício “paperless”, ou seja, dispensa o uso de papel, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Ao ser incorporada pela Finch Soluções, a SBS e-BPO – que possui profissionais altamente capacitados com mais de 25 anos de mercado – agregou à companhia os processos de Gestão Documental; Crédito e Co-

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Fachada da sede de Bauru/SP da Finch Soluções

brança; Geração, conferência, armazenamento e logística (física e eletrônica) de documentos relevantes; Desenvolvimento, implantação e customização de serviços especializados em tecnologia e certificação digital; Customização de integração física e eletrônica dos stakeholders da cadeia de crédito e cobrança em todo o país. Dessa forma, a Finch passa a fornecer uma plataforma unificada de serviços eletrônicos compartilhados, integrando, processando e controlando processos documentais com necessidade de padrões de qualidade, SLA, confidencialidade e valor probante. Sendo assim, atendendo compliances do mercado financeiro e outros segmentos, governança corporativa e de T.I. “A partir de agora, iniciamos um processo de expansão de nossos negócios e estratégia, já que passamos a contar com um portfólio de produtos (software) e serviços (BPO) ampliado que permite a atuação em diversos setores da economia em clientes de diferentes portes”, afirma Armando Buchina, diretor executivo da Finch Soluções. A união das empresas trouxe diver-

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sos benefícios aos clientes, tais como: ganhos no que diz respeito a prazos, custos, eficiência operacional, governança e conformidade, controle integral de processos, acessibilidade às informações, complementaridade e valor agregado. Com as fusões, a Finch Soluções tornou-se a mais completa companhia em oferta de serviços de ECM: • Atualização de andamentos processuais; • Auditoria judicial; • Automação de tarefas de Back Office; • Bloqueios Judiciais; • Captura de distribuição de novas ações; • Certificação de bases; • Consultoria em processos; • Diligências; • Fornecimento de prepostos; • GED – Gerenciamento Eletrônico de Documentos; • Integração de Sistemas; • Levantamento de tendência jurisprudencial – Jurimetria; • Padronização de base; • Sistema de gerenciamento de processos jurídicos; • SmartECM.

De acordo com Christian Ribas, sócio da SBS e-BPO, “para as necessidades de gestão de processos de informações e documentos físicos, híbridos ou digitais - além das integrações que a SBS já possuía com mais de 5.600 cartórios extrajudiciais - com a Finch estaremos também interligados de forma física e eletrônica com as principais comarcas de todo país e com praticamente todos os sistemas do judiciário nacional, criando um grande ecossistema informacional e documental pleno.” Agora com 27 filiais distribuídas pelo País e mais de 700 colaboradores, a Finch unificada atende a mais de 60 clientes corporativos atuantes nos segmentos financeiro, energia, telecomunicações, varejo e jurídico. Para mais informações acesse www.finchsolucoes.com.br ou entre em contato pelo telefone (11) 3201-9999. Veja site: http://bit.ly/1Bbmyzv

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CrÔnica Ângelo Volpi Neto

Esquecer é preciso? C

ertamente não existe quem não se arrependa de algo que fez na vida, ou pensando melhor, de muitas coisas que fez na vida. São coisas que nos incomodam nas noites de insônia e nos dias de “baixo astral”. Para os da geração “pré-informatozóica” - entre os quais me incluo - a maioria destas coisas permeia somente nossa consciência e daqueles que fizeram parte ou souberam desses nossos “pecados”. Da sabedoria judaica, temos a pérola mais do que verdadeira de que: se não soubermos esquecer, nunca estaremos livres da tristeza. Tudo muito certo... Se isso não estiver na web. São centenas de casos de famosos e outros nem tanto que tentam tirar imagens, filmes e textos da internet com decisões judiciais que simplesmente não surtem efeito. Entre os mais famosos e clássicos, o da Xuxa e Daniela Cicarelli, demonstram o quão distante encontra-se a justiça e a realidade do universo digital. E o pessoal faz sexo e tira uma selfie! Vai no velório e faz uma selfie do lado do caixão, vai no banheiro e faz também! Briga de casal termina em baixarias múltiplas nas redes sociais, sai da empresa e dá-lhe pau! Enche a cara e sai postando tudo que passa na cabeça, “Depois querem o chamado “direito ao esquecimento”. A propósito, no Brasil o referido direito é defendido por muitos como constitucional, pois estaria entre os fundamentais previstos na nossa constituição e estaria implícito no direito à personalidade e por conseguinte à dignidade humana. Nada muito claro, a propósito, desconheço constituição de algum país que seja clara com relação a este tema, apesar de inúmeras e polêmicas decisões judiciais dando razão ao mesmo. Foi condenado a pagar uma dívida? Teve seus bens penhorados? O próprio judiciário te mantém na mídia, pois a informação ficará no diário da justiça e será replicada por centenas de sites... 50 INFORMATION MANAGEMENT | SET / OUT 2014

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Os norte-americanos com sua minúscula constituição e seu sistema legal aberto e liberal relutam em aceitar decisões internacionais de retirada de conteúdo. E o “sagrado” direito à informação, questionam? É mesmo de se refletir... Afinal o que vale mais em plena Era da Informação, que tudo traz à luz e que tantos benefícios e riquezas nos lega? Feliz mesmo foi o general Figueiredo que ao final de seu mandato (1985) pediu ao povo e foi solenemente obedecido. Me esqueçam! Ângelo Volpi Neto é tabelião de notas em Curitiba, bel. em Direito, escritor e professor de Direito Eletrônico. www.informationmanagement.com.br

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