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A revista dos profissionais da informação Ano 13 - Número 81 ABR - 2019
José Guilherme Junqueira Dias de Souza, diretor da ABEINFO e consultor
AIIM 2019
DIGITAL TRANSFORMATION EM FOCO A trajetória da BRQ Digital Solutions
Transformação digital e os desafios da educação
Três dúvidas respondidas sobre RPA
O que é Machine Leaning?
ANÚNCIO to Go e Sit
NESTA NESTAEDIÇÃO EDIÇÃO
NÚMERO 81 79 | ABRIL FEVEREIRO DE 2019 DE 2019
Entrevista com Peggy Winton, CEO da AIIM
06 08
AIIM 2019
Ipsa volupta ecerem velibustis etusdae volorro id quodit doluptae volorior re doloribus cullo tenda ipsum, occusandisci conestem iniet et odia
DIGITAL TRANSFORMATION EM FOCO
UPFRONT NICE anuncia aplicativo IntelliAgent para aumentar a eficiência dos agentes e garantir a conformidade
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RPA: Três dúvidas respondidas sobre Robotic Process Automation
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Cenário macroeconômico prejudica consumo de celulares e mercado brasileiro registra queda de 6,8% em 2018 segundo IDC
INSIGHTS 42 Qual o melhor, Data Center in-house ou as a Service? 48 A influência das novas tecnologias na educação 56 O que é Machine Learning e por que você deve se importar? OPINIÃO 92 Tadeu Cruz Realidades diferentes e (quase) irreconciliáveis
WEBNEWS 32
Documentos sobre Segurança e Saúde no Trabalho podem ser digitalizados
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Como a revolução da ciência de dados impacta a capital brasileira da tecnologia
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IDC prevê crescimento de 21% no mercado
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Blockchain: impacto e benefícios no mercado do marketing
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2019 ABR | INFORMATION MANAGEMENT
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O INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT - IIMA é uma organização que reúne profissionais e empresas que trabalham com processos envolvendo o gerenciamento de documentos e informações. Sua missão é promover a capacitação profissional e o desenvolvimento do mercado por meio um amplo portfólio de serviços como Cursos, Congressos, Consultoria, Livros e Publicações, Certificações, Workshops, Programas Educacionais ao vivo, entre outros. Um corpo multidisciplinar composto por Consultores, Analistas, Professores, Jornalistas e Pesquisadores está na base da produção do conhecimento gerado diariamente pelo INSTITUTO com o objetivo de ajudar os profissionais e empresas a lidarem com o Caos da Informação e a constante evolução tecnológica. O IIMA conta hoje com 40 mil profissionais participantes. DIREÇÃO
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mento do Mercado, a Capacitação de sua Força de Trabalho e principalmente as Novas Tecnologias para a Gestão de Informações que estão possibilitando Melhoria de Produtividade, Otimização de Recursos e Governança.
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José Guilherme Junqueira Dias de Souza, diretor da ABEINFO e consultor
AIIM 2019 – Digital Transformation em foco A AIIM – Association for Intelligent Information Management é uma das maiores Associações mundiais de usuários ligados à gestão de documentos, informações e processos, criada em 1943 ainda como uma Associação Nacional de Micrográficos. Hoje são mais de 50.000 membros de todos os continentes. Só do Brasil somos em 2.100.
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Claro, a tecnologia percorreu um longo caminho desde então, e a variedade de objetos de informação que estamos gerenciando mudou muito, mas um princípio da Associação permaneceu constante: foco na interseção de pessoas, processos e informações. A AIIM fornece conteúdo muito relevante, educacional e imparcial, para ajudar seus as-
sociados a resolver seus desafios de negócios. Dispõe de “resources centers” onde se pode obter acesso aos melhores conteúdos sobre os principais aplicativos e tecnologias de gerenciamento de informações. O AIIM Conference 2019, realizado entre os dias 25 e 28 de março, em San Diego – Califórnia, teve, como foco principal,
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CAPA temas relacionados ao processo de Transformação Digital, tais como Automação de Processos, Inteligência Artificial, Records Management, Intelligent Information Management, dentre outros, tendo como principais tracks: Content Services, Process Services, Analytics Services, além do programa de certificação profissional CIP. Os “pre-conference training”, realizados durante todo o primeiro dia do Congresso, foram compostos de 4 workshops – “Practical AI for the Information Professional” , “Intelligent Information Management on the Office 365 platform”, “How to automate Governance and Compliance” e “Certified Information Management Professional (CIP)”. Os Congressistas optaram por um dos temas acima e dedicaram todo período a um profundo treinamento ministrado pelos mais renomados profissionais desses segmentos. Atenção especial para o reconhecimento internacional, cada vez maior, para a certificação CIP – Certified Information Professional, hoje considerada pela AIIM uma das mais importantes certificações para profissionais
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que atuam com gestão de informações. Para a Presidente da AIIM – Peggy Winton, “the CIP is the most qualified navigator to reach the digital transformation destination”.
nada de Transformação Digital. E, como faríamos em qualquer boa viagem, precisamos considerar questões importantes antes de embarcarmos nessa: • Para onde estamos indo e qual é
Destaque também para o “pre-conference training” sobre Inteligência Artificial, que já não é mais coisa só de cinema, tornando-se o centro das atenções no mundo dos negócios e melhorando a maneira como trabalhamos. Os projetos de IA são fundamentalmente diferentes dos projetos tradicionais de TI de várias maneiras – no entanto, a maioria dos projetos de IA falha porque a maioria das organizações tenta abordá-los e executá-los de maneira tradicional. Diversas palestras abordaram temas atuais e relevantes como a aplicação da GDPR (General Data Protection Regulation), regulamento geral sobre proteção de dados, Customer Experience, RPA (Robotic Process Automation) e Compliance. A palestra de abertura do evento, feita pela Presidente da AIIM, Peggy Winton, abordou o fato de que todos estamos - ou deveríamos estar - em uma jor-
o melhor caminho para nos levar até lá? • O que devemos embalar para a viagem, e - - Quem nos ajudará a navegar? • Qual é o nosso estilo de condução e quais são os pontos de verificação para o progresso ao longo do caminho?
Se um roteiro é um plano estratégico que define o resultado desejado e identifica esses principais marcos necessários para alcançá-lo, o Intelligent Information Management (IIM) é o roteiro da Transformação Digital. É uma metodologia que aproveita o para-brisa (oportunidades futuras) em vez do espelho retrovisor (modelos desatualizados). Os motores estão funcionando; você está dirigindo ou revertendo? A keynote speaker Blake Morgan, especialista em customer experience, autora de livros, professora de MBA da Rutgers e colaboradora da Forbes, da Business Review e da Hemispheres
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ENTREVISTA
CAPA
Magazine, abordou, como tema principal, que “O futuro pertence a empresas que criam experiências incríveis para os clientes”. O modo como você navega nessa jornada depende de quão competente é sua organização no combate à crescente maré de caos da informação. Isso requer novas estratégias e habilidades que vão além do ECM tradicional. Chamamos essa abordagem moderna de Gerenciamento Inteligente de Informações. O cliente do futuro já está aqui. Os clientes de hoje não esperam apenas experiências personalizadas, zero atrito e sem interrupções - eles exigem isso. Seus clientes já estão comparando as experiências que eles têm com a Netflix, Amazon, Spotify e Apple e você não quer ficar para trás. Para Blake Morgan, preparar-se para o cliente do futuro requer uma mentalidade de experiência do cliente. No último dia do Congresso, a palestra principal esteve por conta de Greg Verdino, renomado consultor na vanguarda da mu-
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dança, tendo assessorado centenas de organizações, incluindo mais de 50 das 500 da revista Fortune, e atuado em cargos de liderança em diversas start-ups de tecnologia. Seu tema principal foi “Revolucionários Digitais Como os negócios mais ousados do mundo exploram a inteligência para se transformarem, suas indústrias e o mundo” Se os dados são o novo petróleo, então a inteligência é o combustível que alimenta o futuro dos negócios. Ele libera o potencial do engajamento verdadeiramente significativo do cliente, informa as decisões estratégicas e capacita a força de trabalho a fazer mais coisas que criam significado para si mesmas e valor para a empresa. Na verdade, não é de surpreender que as empresas mais valiosas do mundo sejam empresas movidas pela inteligência. “Como profissional da informação, você tem uma oportunidade única de ser Revolucionário Digital - verdadeiro agente de transformação com o poder de guiar a jornada de toda a sua organização, da automação à agilidade”, concluiu Greg.
O Congresso também apresentou dezenas de “cases” quando pudemos compartilhar experiências de sucesso na implantação de projetos de gestão da informação nos setores públicos, energia, seguradoras, óleo e gás, manufaturas, bibliotecas e arquivos públicos, saúde, dentre outros. Mais de 650 congressistas, 29 países representados e 105 sessões educacionais e dezenas de oportunidades de compartilhamento de experiências e cases, entre os profissionais presentes, foram, como tem acontecido nos últimos anos, o ponto forte do congresso que também teve espaço significativo para expositores de soluções, softwares, equipamentos e serviços, apresentados por empresas como IBM, Microsoft, Opentext, Hyland, Access, M-Files, Automation Anywhere, Abbyy, Brother, Epson, Fujitsu, IBML, Kofax, Nuxeo, dentre outras. Diversos profissionais brasileiros estiveram presentes, reforçando nossa representatividade na Comunidade de Profissionais da AIIM, o que vem, cada vez mais, dando peso às nossas iniciativas para concretização da
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ENTREVISTA
CAPA
criação do Chapter AIIM Brazil, o que deverá acontecer muito em breve. Estamos cuidando dos últimos detalhes para implantarmos no Brasil essa representação da AIIM, facilitando a divulgação de informações técnicas, compartilhando experiências e contribuindo para o desenvolvimento cada vez maior dos profissionais ligados à gestão da informação.
praticando e o que vem sendo praticado no mercado mundial. O próprio estágio de entendimento e aplicação da GDPR e da nossa Lei Geral de Proteção de Dados, está ocorrendo em momento muito semelhante, ou seja, de entendimento de sua aplicabilidade e de sua própria regulação.
Enfim, mais uma experiência extremamente gratificante pelo conteúdo das palestras, pelas diversas possibilidades de ampliação do nosso networking e pelo acesso às soluções e equipamentos apresentados pelos fornecedores. Uma lição importante para tirarmos do evento é que, felizmente, o atual estágio de desenvolvimento do mercado brasileiro, tanto na disponibilização de soluções e serviços, quanto em relação à maturidade das empresas usuárias, está totalmente em sintonia com que os demais países, inclusive os Estados Unidos, vem apresentando. Ou seja, não há mais um gap significativo, no que se refere à gestão de informações, entre o que estamos
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Boa parte dessa equalização de conhecimento e de desenvolvimento do nosso mercado, deve-se ao trabalho especial que o Instituto Information Management e a ABEINFO – Associação Brasileira de Empresas Usuárias e Fornecedoras de Tecnologias para Gerenciamento de Informação vêm desenvolvendo nos últimos anos. Os eventos realizados por essas Instituições, têm apresentado conteúdos extrema-
mente abrangentes e ricos em informações, tendo se igualado aos conteúdos apresentados nos congressos internacionais. Ganham as empresas usuárias, ganhamos nós os profissionais de gestão da informação que temos a oportunidade de aplicar as melhores práticas utilizadas aqui e no resto do mundo, e garantem que realmente o “Intelligent Information Management” não seja apenas mais uma sigla ou um conceito e sim uma realidade que assegure que o conteúdo informacional das organizações tenha o devido tratamento. E nessa complementariedade de eventos, informações e networking, que tal nos encontrarmos na próxima AIIM 2020 em Dallas – Texas, de 2 a 5 de março? Fica aqui nosso convite. José Guilherme Junqueira Dias de Souza é Diretor da ABEINFO e Consultor
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VEM AÍ A EDIÇÃO ESPECIAL
Ciab/Febraban 2019 da revista Information Management Como em anos anteriores, a revista Information Management está preparando uma edição especial sobre o congresso CIAB/FEBRABAN, para ser distribuída aos participantes do evento
Destaque as soluções e tecnologia de sua empresa nesta edição especial - Envio de releases/notícias: até 30 de Abril - Reservas de Publicidade: até 03 de Maio - Envio das artes digitais: até 10 de Maio - Distribuição: ⦁ Edição digital: 20 de maio ⦁ Edição impressa: 11, 12 e 13 de Junho, durante a realização do congresso CIAB/FEBRABAN 2019
DATAS IMPORTAN TES
Informações: (11) 3392-4111 ou contato@iima.com.br
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Benjamin Quadros, fundador da BRQ
A trajetória da BRQ Digital Solutions A BRQ Digital Solutions desenvolve serviços digitais para bancos, seguradoras, empresas do setor de telecomunicações e outras companhias líderes em seus setores de atuação. Os serviços oferecidos pela BRQ suportam seus clientes em todo o ciclo da transformação digital, além de possuir diversas soluções proprietárias e de terceiros para acelerar a introdução e evolução das tecnologias exponenciais nos negócios dos clientes. Pensando nisso, a edição de n° 81 da revista Information Management contará com uma entrevista exclusiva
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com Benjamin Quadros, o presidente da companhia. O objetivo da entrevista é mostrar para os leitores como a BRQ vem se reinventando e conquistando cada vez mais espaço no mercado de tecnologia. Information Management - A BRQ Digital Solutions foi fundada em 1993 e atualmente é uma das principais empresas de TI do Brasil. Quais os maiores desafios que você encontrou no começo? Benjamin Quadros - O primeiro desafio foi sair do mundo técni-
co e ir pro lado empreendedor. No Brasil era muito difícil ter acesso à capital e a legislação tributária é complexa e qualquer empresa sofre até aprender. Além disso, encontrar mão de obra qualificada para entregar um trabalho de excelência é um desafio que temos até hoje! IM - Como foi a sua carreira até fundar a BRQ? BQ - Eu sou técnico de informática, comecei a trabalhar no ramo quando tinha 16 anos de idade e fiz carreira nessa área. Tive um emprego
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ENTREVISTA onde eu era o responsável pelo CPD de uma determinada empresa, eu fazia tudo daquela empresa, folha de pagamento, contabilidade, digitação e coordenava um departamento de informática que administrava uma empresa com mais ou menos 3 mil funcionários. Naquela época a informática era muito imatura, você não tinha muita tecnologia para suportar os negócios, era basicamente digitar
IM - Com quantos funcionários a empresa conta hoje e como eles são divididos? BQ - Atualmente temos mais de 2.000 funcionários divididos entre: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e Nova York.
e tirar os relatórios comuns. Fui crescendo nessa carreira, fiz faculdade, e durante esse período eu tive dois empregos, um estágio de 6 meses na IBM, que me deu uma base interessante. Me formei e fui para ESSO, depois, migrei para IBM como programador, fui promovido para analista de sistemas e então gerente de projetos, a cultura corporativa que eu aprendi nessas empresas me ajudaram e ajudam até hoje. Montar a BRQ foi uma oportunidade, um cliente me convidou em 1993 para fazer um trabalho de programação, nosso primeiro escritório foi dentro do meu próprio apartamento, o cliente era de São Paulo, eu sai do Rio de Janeiro e vim pra São Paulo abrir a BRQ, eu tinha 25 anos de idade. Logo em seguida montei o escritório no centro de São Paulo, era uma sala e comecei a contratar pessoas, o volume de negócios não parou de crescer, algumas pessoas daquela época estão conosco até hoje.
quais diferenciam a BRQ dos concorrentes? BQ - Em 2019, iremos lançar uma nova versão da nossa plataforma de Assinatura Digital, que será muito mais completa. Ela não vai apenas utilizar a certificação digital, mas também apresentará ao mercado a Assinatura Eletrônica. A diferença entre as duas, basicamente, é que uma envolve o Certificado Digital, e a outra não - ela envolve vários mecanismos para garantir a autenticidade daquela operação.
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IM - Quais as soluções que a BRQ oferece para o mercado de TI? Entre os serviços oferecidos,
IM - Em 2017, a BRQ atingiu nível máximo na pesquisa de satisfação do Banco Itaú. Você poderia citar como as soluções da empresa ajudaram a instituição financeira? BQ - Estamos no Itaú desde o início da BRQ, aprendemos e evoluímos juntos nesses 26 anos. Apoiamos o Itaú em diversas necessidades de tecnologia e investi-
mos muito para manter um alto nível de qualidade. IM - Apenas em 2018, a BRQ apresentou um lucro líquido de R$ 24.03 milhões em 2018. Quais são os projetos da empresa para o futuro? BQ - Pretendemos investir continuamente em novas tecnologias disruptivas para apoiar nossos clientes nas suas transformações digitais. Pretendemos também crescer tanto em receita quanto em abrangência geográfica. IM - Você acredita que a “Segurança da Informação” é um dos maiores obstáculos para o mercado de TI nos dias atuais? BQ - Ao invés de olhar como obstáculo, preferimos enxergar como uma oportunidade. As empresas de tecnologia possuem o desafio de criar métodos confiáveis nas transações digitais, evitando riscos de segurança da informação. Em todo novo ecossistema existe uma oportunidade de regulação e regras de convivência. Esperamos que o bom uso da tecnologia aumente o compartilhamento de conhecimentos e acelere a evolução da humanidade.
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ARTIGO
Transformação digital e os desafios da educação na América Latina Rodrigo Parreira
CEO da Logicalis para a América Latina
S
ão muitos os desafios que as empresas e instituições terão de enfrentar nos próximos anos para se adequarem à transformação digital. Sob o ponto de vista tecnológico, infraestruturas terão de ser renovadas, aplicações redesenhadas, modelos operacionais e de governança revistos. As questões de segurança da informação e privacidade dos indivíduos continuarão presentes, com novas e cada vez mais frequentes ameaças, alimentadas por componentes sofisticados de inteligência artificial. Ferramentas de gestão avançadas e inovadoras estarão disponíveis e serão necessárias para admiwww.informationmanagement.com.br
nistrar ambientes híbridos de TI e fluxos dinâmicos de informações entre diferentes instâncias. O objetivo final é dar flexibilidade e escalabilidade aos diferentes modelos de negócios, permitindo reconfigurações, adaptações e a criação e destruição de produtos e serviços em tempo real, sempre em linha com a demanda dos usuários e consumidores. Tudo isso em escala global, por meio de implementações locais. A tecnologia já está por aí! Ainda necessita evoluir em muitas frentes, porém, a direção a seguir é cada vez mais clara - e os grandes desenvolvedores,
assim como as startups e os provedores de propostas de valor mais segmentadas, sabem exatamente por onde avançar. Por outro lado, o maior gargalo que veremos nos próximos anos se refere à disponibilidade de pessoas capazes de navegar neste ambiente extremamente veloz e de constante mudança. E esse desafio será ainda maior em mercados emergentes, como é o caso da América Latina. Se observarmos os indicadores educacionais dos países da região, veremos que estamos todos praticamente no mesmo barco: uma educação – tanto pública quanto privada – longe 2019 ABR | INFORMATION MANAGEMENT
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ARTIGO
da realidade, gerando pessoas, em muitos casos, analfabetas no que se refere aos componentes cognitivos fundamentais, como linguagem, matemática e ciências. Essa deficiência já tem impacto – e terá ainda mais – na produtividade do trabalhador nessas regiões. Afinal, não é novidade que, em termos econômicos, a produtividade na América Latina se encontra estagnada há muitos anos. O exemplo que sempre é usado como benchmark para esse tema é a comparação entre a produtividade dos trabalhadores brasileiros e a dos coreanos: na década de 70, um brasileiro produzia 10% a mais do que um sul-coreano; hoje, produz um terço. Ou seja, atualmente um coreano agrega, em média, o mesmo valor que três brasileiros.
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E por que isso ocorreu? A resposta é simples: educação. A Coreia do Sul, desde a década de 50, vem investindo pesadamente em educação, formando pessoas cada vez mais qualificadas como uma aposta de longo prazo. A conexão entre educação e produtividade é bastante conhecida pelos economistas. E não me refiro apenas ao volume de dinheiro investido em educação. O Brasil, nesse aspecto, gasta mais do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ou seja, 6% do PIB contra uma média de 5,5%). No entanto, o dinheiro não é bem gasto e forma seus profissionais de maneira deficiente, com grandes lacunas, que acabam cobrando seu preço no futuro. Uma renovação nos modelos educacionais, associada à uma profunda revisão de
conteúdo é essencial para garantir uma economia sustentável no longo prazo. Necessitamos incorporar rapidamente mais tecnologia na educação para assim formar pessoas capazes de entender a dinâmica que virá, com suas mudanças nos modelos e na cultura do trabalho. Pessoas hábeis para dominar as ferramentas básicas para a produtividade no século XXI. Este é um tema estratégico, sobre o qual vejo pouco posicionamentos de políticos ou tomadores de decisão do setor público. Corremos o risco de nos depararmos, em alguns anos, com uma legião de pessoas que não terão condições de contribuir com um ambiente econômico extremamente competitivo e globalizado.
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MATÉRIA DO MÊS
to Go e i St
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2019 ABR MANAGEMENT 2019 FEV| |INFORMATION INFORMATIVO ABEINFO
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ARTIGO
Cuidados a serem tomados pelas IES para adequar-se à LGPD “Lei Geral de Proteção de Dados” Dalton Quadros
Consultor de Tecnologia da Informação, é especialista no segmento educação com mais de 20 anos de experiência atuando em Instituições de Ensino médio e grande porte.
Embora cada Instituição já tem definido estrategicamente o modelo de captação de dados para o próximo processo seletivo. Todas, sem margem de dúvida, terão que repensar a forma usual de como irão tratar os dados coletados a partir dos formulários imputados nas aplicações do portal e dispositivos móveis daqui em diante levando em consideração as normas estabelecidas pela LGPD. LGPD – Lei Geral de Proteção de dados (Lei 13.709/18); O objetivo deste artigo, é o de que as Instituições passem a entender a LGPD e adaptar suas normas e então atualizar as regras de consumo da relação com o consumidor.
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Esta ação será crítica dos pontos de vista estratégico e operacional em função dos ajustes e enquadramento com a nova sistemática para que as regras de comportamento, uso, proteção e transferência sigam as melhores práticas para manter integro os dados coletados assim como a maneira pela qual serão utilizados. Por outro lado, os usuários terão total autonomia para conhecer o usufruto e controlar seus dados sejam eles somente identificados ou sensíveis de forma fácil e ágil a partir do momento em que a lei entrará em vigor. Pontos importantes: O resultado dessa mudança depende dos ajustes operacionais que serão realizados nos processos sistêmi-
cos de coleta e armazenamento com acompanhamento e aprovação da alta gestão visando garantir os objetivos e estratégias funcionais do modelo de captação conforme a lei. Ajustes de adequação técnica e operacional nas aplicações: O usuário deverá ter livre acesso aos dados para: visualizar, corrigir e excluir há qualquer momento em que julgar necessário sem solicitação ou autorização prévia de quem está com ele armazenado. Para isso, a atual sistemática deverá ser submetida a mudanças técnicas com a implementação de novas funções em todas as suas camadas visando adequar-se à legislação para disponibilizar ao usuário o modo funcional de como 2019 ABR | INFORMATION MANAGEMENT
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ARTIGO
deverá ser. Este é um momento propício para melhorar a qualidade daquilo que já temos. O objetivo principal da LPGD, é o de trazer segurança jurídica para os cidadãos e orientar empresas que trabalham com a coleta e processamento de dados. Para isso a lei conta com uma série de princípios que visa orientar as empresas na sua atividade econômica digital. Além disso, veta práticas já malvistas ou mesmo ilegais, como cookie poll e a venda de base. Termo de consentimento: É de suma importância que a Instituição promova em suas aplicações a publicação do termo de consentimento com o texto explicativo sobre a conduta da coleta de dados a ser visualizado pelo usuário antes mesmo dele selecionar uma das opções: aceite ou rejeição. Direito de acesso: A partir do momento em que a Instituição tenha em seu poder os dados pessoais do cliente armazenado, o mesmo pode pedir informações sobre o uso dos
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mesmos. Esse método deve ser orientado através de um canal de comunicação, publicado mediante interação com o “portal” em área pública para ciência e escolha do usuário. É uma questão de rever os processos internos para se ajustar e melhorar prática visando a qualidade dos serviços. O lado positivo de todas essas mudanças é o de demonstrar ao mercado que a Instituição faz um trabalho transparente com credibilidade através do uso dos dados do público externo e para quais objetivos eles serão designados gerando vantagem competitiva no processo de captação para futuras vendas de outros produtos. Já no lado técnico a forma de uso desses dados deve ser de uma via única e precisam ser armazenados internamente e principalmente com os endereços técnicos documentados “servidores, bancos de dados e aplicações de uso” para que numa eventual situação de auditoria a Instituição possa ser colocada
à prova de questionamentos de como os dados coletados estão sendo utilizados para que sejam esclarecimentos rapidamente. Direito de esquecimento: Com o passar do tempo o usuário que não tiver mais vínculo com a instituição, pode pedir a deleção de seus dados levando em consideração que o processo de captação já foi extinto. Vale lembrar que os dados utilizados nos registros acadêmicos, diploma, controle financeiro e jurídico mesmo também em documentos digitalizados ficam armazenados por muito mais tempo para consulta interna e validação para credenciamento do Mec. Já os demais dados coletados, deverão ficar armazenados no máximo 3 anos e depois serão deletados. Notificação de violação obrigatória: Na eventualidade de haver algum incidente de segurança, desastre técnico, contaminação de vírus, violação do ambiente ou qualquer que
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ARTIGO
outro motivo que gere qualquer irregularidade técnica, a Instituição deve notificar os órgãos reguladores e o usuário detentor dos dados automaticamente. Esta ação inibe qualquer penalização junto aos órgãos regulamentares nos termos da lei. Jurisdição estendida: Para as Instituições estrangeiras que estão no país e que tem por obrigatoriedade armazenar dados nos servidores nas suas nacionalidades de origem, assim como aquelas que armazenam os dados em datacenter híbridos devem seguir as normas da legislação nacional “LGPD – Lei Geral de Proteção de dados (Lei 13.709/18)”, como se deve. Garantia de proteção de dados: Além de seguir todos os itens da lei e, conforme a origem de seus processos, a Instituição tem que garantir que os dados armazenados estão seguros e protegidos para garantia do usuário. Essa é uma das recomendações de responsabilidade que a Instituição tem sobre eles, con-
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forme as normas do Iso 7001, 7002 Isp2 e demais práticas. Fiscalização: Com a criação da ANPD – Agencia Nacional de Proteção de dados, o governo criou esse órgão cujo qual fará o acompanhamento de cada processo e aplicará as sanções descritas na LGPD. Haverá o relatório de impacto à proteção de dados pessoais que será a salvaguarda da Instituição quando o incidente do vazamento de informação ou qualquer outro problema do gênero. Para calcular a multa é muito simples hoje ela e de até 2% sobre o faturamento da PJ de direito, grupo ou conglomerado no Brasil considerando o seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 por infração. Por fim, a definição das responsabilidades: No modelo operacional a área responsável por pela segurança da informação que neste caso passa a ser de uma área operacional, ex. segurança da informação, marketing ou comercial é que deverá
ter a responsabilidade de manusear e controlar os agentes responsáveis para dirigir esta operação no dia-a-dia, são eles: Controlador é o responsável de como as informações serão utilizadas, (diretor, líder de marketing, comercial); Operador são todos os usuários que utilizam os dados todos os dias, dispara as campanhas de e-mail marketing, sms, whats app entre outras fontes de publicação; Encarregado e o responsável em fazer a ponte de comunicação da empresa com a Agencia Nacional de Proteção de Dados e também com o Usuário final quando houver qualquer tipo de anormalidade. Este membro deverá ter conhecimento específico e know how de negócios, segurança da informação com conhecimento técnico e jurídico sobre o assunto para administrar os problemas do dia-a-dia, ou seja, já temos uma nova profissão emergindo no mercado.
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UPFRONT NICE anuncia aplicativo IntelliAgent para aumentar a eficiência dos agentes e garantir a conformidade
A NICE (NASDAQ: NICE) anunciou o lançamento do IntelliAgent, fornecendo aos funcionários recursos de conformidade e autenticação em tempo real para reduzir riscos e erros humanos. O IntelliAgent da NICE está disponível em todos os desktops de agentes e permite uma integração simples e rápida com os sistemas de Contact Center existentes. Além disso, o IntelliAgent da NICE oferece recursos avançados de automação que aumentam a eficiência operacional. O IntelliAgent da NICE, impulsionado pela plataforma de gravação NICE Engage, líder de mercado, abre caminho para melhores procedimentos de conformidade, fornecendo aos agentes visibilidade em tempo real e maior controle sobre a gravação de suas interações. A solução também atualiza os funcionários da linha de frente sobre os problemas de
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qualidade de áudio, permite atividades de pausa e retomada para PCI DSS e inclui mecanismos integrados para marcação imediata. Esses recursos ajudam os agentes a concluírem rapidamente as tarefas de conformidade, ao mesmo tempo em que se concentram no fornecimento de atendimento aprimorado ao cliente. Este aplicativo, que não gera ônus de espaço físico, também reduz os riscos de fraude por meio de notificações em tempo real de suspeitos e orientações dedicadas aos agentes. O IntelliAgent, da NICE, pode ser integrado a qualquer solução de gestão de relacionamento com o cliente e está disponível imediatamente, sem a necessidade de processos de implementação complicados. “O IntelliAgent da NICE é uma oferta inédita que capacita os agentes a investir mais tempo no que realmente
importa - oferecendo experiências de serviço envolventes e, ao mesmo tempo, atendendo às necessidades de conformidade”, afirma Barry Cooper, presidente do Grupo NICE Enterprise Product. “As organizações de hoje estão cientes de que o serviço impecável ao cliente é indispensável e precisa de soluções que permitam que os funcionários da linha de frente realizem múltiplas tarefas com eficácia. O IntelliAgent permite que as organizações facilitem esses recursos e configurem seus agentes para o sucesso”. Para obter mais informações sobre o IntelliAgent, clique aqui. Sobre a NICE A NICE (NASDAQ: NICE) é a fornecedora líder mundial em soluções de software, implementadas na nuvem ou in-loco, que capacitam as organizações a tomar decisões mais inteligentes com base em análises avançadas de dados estruturados e não estruturados. A NICE ajuda organizações de todos os tamanhos a oferecer um melhor serviço de atendimento ao cliente, garantir a compliance, combater fraudes e proteger os cidadãos. Mais de 25.000 organizações em cerca de 150 países, incluindo mais de 85 das 100 empresas listadas no índice Fortune 100, utilizam atualmente as soluções da NICE. www.nice.com.
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RPA: Três dúvidas respondidas sobre Robotic Process Automation
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Depois de um boom das tecnologias de Inteligência Artificial e machine learning, o mercado de tecnologia se volta a um conceito que não é novo, mas que pode cada vez mais fazer a diferença para as empresas, agilizando processos e economizando custos em diferentes áreas do negócio. É a RPA, sigla para Robotic Process Automation.
za processos de negócios usando robôs, especialmente aqueles que não exigem tanto de uma máquina, mas cuja automação concede aos colaboradores a oportunidade de atuar em funções mais estratégicas e não repetitivas. Embora pareça (e seja!) algo simples, muitas empresas têm dúvidas sobre como, quando e se devem adotar essa tecnologia.
Mas do que realmente se trata essa tecnologia? A RPA automati-
Em meu dia a dia à frente da diretoria de tecnologia da Art IT, sou
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frequentemente questionado por clientes sobre a efetividade desse tipo de solução. Elenco abaixo as três dúvidas mais comuns de quem está buscando informações sobre o uso de RPA. A RPA funciona em qualquer tipo de empresa? A resposta é não. A RPA automatiza processos repetitivos e baseados em regras, e é especialmente útil quando as interações que
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devem realizar tomam como base aplicações legadas – aquelas mais antigas, mas que ainda são utilizadas pelo negócio. Isso resulta na criação de fluxos de processos digitais e traz um ar fresco onde antes só havia processos manuais e acúmulo de dados desorganizados. Muitas empresas ainda têm vários processos que demandam que funcionários manipulem manualmente dados estruturados e não estruturados. Esses processos muitas vezes ainda não foram automatizados por causa de práticas tradicionais, custo de integração de sistemas ou mesmo pela falta de disciplina organizacional em relação às variações de processos. A RPA não é a solução para todos os problemas de automação das empresas, mas é uma opção interessante quando as organizações ainda têm que substituir ou apoiar o trabalho manual, seja no departamento de TI, em recursos humanos, financeiro ou gestão de clientes. Nesses casos, a RPA tem um alto potencial de trazer valor de negócios ao agilizar tarefas manuais e reduzir custos.
Como implementar a tecnologia de forma eficiente? Antes de implementar uma solução de RPA, alguns passos precisam estar garantidos para evitar possíveis problemas. Primeiro, é preciso gerenciar as expectativas para que o departamento de TI tenha um plano bem traçado. A TI deve estar envolvida desde o início para que tenha os recursos necessários ao longo da implementação. Na pressa de instalar a solução, muitas empresas deixam passar trocas de comunicação entre os vários robôs, o que pode romper processos de negócios. Antes de qualquer instalação, é preciso entender e estruturar como os diversos robôs irão funcionar juntos. Geralmente, a RPA é usada para reforçar o retorno sobre investimento ou reduzir custos. Por isso, um dos pontos mais importantes no plano para essa tecnologia é considerar o impacto nos negócios. Como garantir a segurança da informação com o uso da RPA?
Para o uso bem-sucedido dessa tecnologia de automação, a equipe de segurança da informação deve ter em mente que, uma vez instalada, a RPA se torna parte da infraestrutura corporativa e, portanto, ela também deve ser integrada à arquitetura de segurança da empresa. Segundo dados do Gartner, os principais riscos de segurança em RPA são reusar credenciais humanas em robôs, falhas na separação de funções, não garantir que a ferramenta forneça os rastros completos para auditoria e compliance, e não proteger o ciclo de vida da tecnologia. Para evitar esses problemas mais comuns, é importante tomar algumas precauções, como usar autenticação multifator, atribuir uma identidade única para cada bot, ter um monitoramento de perto e gestão de fraudes, revisar e testar os scripts da tecnologia, entre outros. Mas o fundamental é priorizar um plano de segurança integrado para o uso bem-sucedido da RPA.
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Cenário macroeconômico prejudica consumo de celulares e mercado brasileiro registra queda de 6,8% em 2018, segundo IDC
Em 2018, a retração voltou a assombrar o mercado mobile após um 2017 de recuperação. É o que revela o estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q4/2018, realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Foram 46,9 milhões de celulares vendidos, queda de 6,8% em relação a 2017. Deles, 44,4 milhões foram de smartphones e 2,5 milhões de feature phones.
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Na avaliação de Renato Meireles, analista de mercado em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil, o cenário macroeconômico do país freou o consumo em 2018. “Passamos por três momentos que refletiram negativamente no mercado: a greve dos caminhoneiros, as eleições e a alta flutuação do dólar. O índice de confiança dos investidores diminuiu e, no decorrer do ano, a discussão de temas políticos e socioeconômicos, como a reforma da
Previdência e a eleição presidencial, afetaram praticamente todo o setor de tecnologia”. Para o analista da IDC, a falta de novidades, principalmente em relação ao design, também influenciou a trava no consumo de smartphones. Quanto à receita, foi de R$ 58,1 bilhões, alta de 6% em relação a 2017. Dos 44,4 milhões de smartphones vendidos em 2018, 39,8% custavam entre R$ 700 e R$ 1.099, baixa
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de 25,8% em relação a 2017. Os aparelhos entre R$ 1.100 e R$ 1.999 ficaram com 35,6% do mercado, alta de 73,1% em relação ao ano anterior, e os modelos com preços abaixo de R$ 699 ficaram com 14,1% do setor, queda de 41,5%. No ano, o ticket médio dos smartphones sofreu alta de 13,8% e passou de R$ 1.149 em 2017 para R$ 1.307 em 2018. De todo o mercado mobile, os smartphones representam 94,5% e os feature phones, 5,5%. A categoria com menos representatividade caiu 16,2% em unidades vendidas em 2018 e em receita também, passando de R$ 347,8 mil em 2017 para R$ 332,7 mil em 2018. O ticket médio aumentou 14,1%, custando R$ 129. Em 2018, o pior trimestre foi o último. De outubro a dezembro foi registrada queda de 14,3% nas vendas, com 10,7 milhões de unidades. O preço médio dos smartphones foi o maior do ano: passou de R$ 1.232 no quarto trimestre de 2017 para R$ 1.480 em 2018. A receita cresceu 3% e registrou R$ 15,9 bilhões. “O trimestre só não foi pior por conta da Black Friday e do Natal, épocas em que o consumidor encontrou promoções interessantes. Ainda assim, não conseguiram superar os resultados dos mesmos eventos de 2017 e o mercado caiu mais do
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que em todos os outros trimestres”, explica o analista da IDC. Para 2019, a expectativa é de queda de 4,3% para os smartphones, com 42,5 milhões de unidades vendidas, e queda de 6,3% para os feature phones, com 2,4 milhões. De acordo com a IDC Brasil, o primeiro e o segundo trimestre de 2019 serão mais fracos por conta do fim da Lei do Bem, que impacta diretamente o preço final do produto. “Sem esse incentivo para as fabricantes, o varejo acaba repassando o aumento ao consumidor e isso fará o mercado retrair. No entanto, haverá discussões sobre a substituição dessa lei para os incentivos voltarem ainda este ano”, comenta o analista. Já o desempenho do terceiro e quarto trimestre pode ser um pouco melhor. Segundo Meireles, a reforma da Previdência também estará em discussão, o consumidor vai estar mais confiante, o mercado receberá novas marcas e as fabricantes locais devem lançar produtos com especificações mais robustas e design inovador, oferecendo novidades para todas as categorias. No mercado de smartphones, as duas faixas de preço, de R$ 700 a R$ 1.099 e R$ 1.100 a R$ 1.999, serão as mais competitivas. “Os modelos de entrada ficarão mais caros e migrarão para a categoria entre R$ 700 e R$ 1.100”.
Quanto aos feature phones, que ainda têm demanda em regiões mais remotas do País, continuarão contando com ofertas de alguns fabricantes. Em relação ao 5G, o Brasil ainda não terá novidades em 2019. Para Meireles, o 4G e o Wi-Fi atendem bem a necessidade do consumidor hoje e é preciso avaliar até que ponto ele pagaria mais por um produto com 5G. “Um smartphone como esse no Brasil chegaria na categoria premium e super premium com preços acima de R$ 2.500”, diz o analista da IDC. Além disso, segundo ele, adaptar a infraestrutura para receber a tecnologia no País é um desafio. “Mesmo com alguns leilões para adoção do 5G previstos para este ano, os investimentos necessários em infraestrutura para levar o sinal a todos são uma realidade ainda distante no Brasil”. Meireles enxerga apenas o mercado B2B avançando com a tecnologia no curto prazo. “Neste caso, o 5G vai otimizar e inovar áreas como a da saúde, indústria automotiva, agronegócio e até mesmo interligada ao segmento de IoT”. Acompanhe a IDC no LinkedIn - https://www.linkedin.com/company/8184347
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Gestão da Informação na prática, ao vivo 2010
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Projeto de alfabetização de dados anuncia conselho consultivo para apoiar uma sociedade mais educada em dados Líderes globais se unem para ajudar a informar e cumprir a missão do projeto de tornar a alfabetização de dados um imperativo educacional e corporativo
Hospital Nipo-Brasileiro adota Lexicomp para maior segurança na terapia medicamentosa A solução faz parte do mesmo portfolio do UpToDate e traz maior confiança na integração do farmacêutico com o médico e torna os serviços de consulta e de diretriz clínica mais rápidos e assertivos
Documentos sobre Segurança e Saúde no Trabalho podem ser digitalizados Portaria simplifica processo de assinatura e guarda de arquivos, garante mais segurança no armazenamento de informações e reduz custos
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Administração Escolar mais transparente e efetiva com aplicação do conceito BPMN Uso de sistemas de workflow e tecnologia OCR permitem melhor gestão e adequação à legislação referente à gestão digital de acervo acadêmico
Como a revolução da ciência de dados impacta a capital brasileira da tecnologia Empresas estão fazendo uma verdadeira peregrinação ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos, em busca de profissionais e de parcerias que possam trazer novas perspectivas para seus negócios a partir dos incontáveis banco
Concessionárias Volkswagen do Grupo Panambra aumentam em 650% captação de leads com marketing digital Em apenas um ano e meio, o Grupo Panambra – uma das maiores e principais revendas da Volkswagen no Rio Grande do Sul – aumentou em 600% a conversão digital de clientes
RPA: Três dúvidas respondidas sobre Robotic Process Automation Depois de um boom das tecnologias de Inteligência Artificial e machine learning, o mercado de tecnologia se volta a um conceito que não é novo, mas que pode cada vez mais fazer a diferença para as empresas
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MicroStrategy cria grupo de usuários no Brasil O MUG (Microstrategy Users Group), iniciativa que será replicada em toda a América Latina, visa incentivar o conceito de comunidade e promover a integração e o debate entre os usuários de analytics e Business Intelligence da companhia
IDC prevê crescimento de 21% no mercado de robôs na América Latina Os robôs para a produção de alimentos estão ganhando espaço graças à alta demanda por mão de obra no setor. Para 2022, espera-se que o segmento de robôs industriais represente 72% do mercado e continue predominando.
Módulo de inteligência artificial SC66 da Quectel entra na fase de amostra de engenharia Era da Internet das Coisas de Inteligência Artificial começará quando as coisas começarem a pensar!
Inovação disruptiva: empresas desenvolvem apps e plataformas digitais para modernizar a rotina do profissional do Direito Pesquisa da Lawgeex aponta que investimentos em legaltechs e lawtechs atingiram US$ 1 bilhão em todo o mundo
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IBM premia Digisystem como parceiro revelação por modelo de solução de negócios voltado à transformação digital O Latin America Excellence Award é conferido aos melhores parceiros de negócios para o portfólio IBM. Para sua área estratégica de soluções IBM, a Digisystem está investindo R$ 3,5 milhões e já implantou um projeto inovador de transformação digital
Blockchain: impacto e benefícios no mercado do marketing No ano passado, o Brasil ficou em 11o em um ranking entre os países que usam o blockchain - segundo levantamento do Criptomoeda.org. No país, a tecnologia já foi adotada em bancos como Itaú, Santander, BNDES e Banco Central do Brasil.
Como proteger sua loja virtual de fraudes? O Brasil é um dos líderes mundiais de fraudes no comércio eletrônico clonagem de cartão de crédito é uma das formas de ataque. Esse tipo de transação faz com que os consumidores e os lojistas tenham prejuízos; o segundo caso, o prejuízo financeiro pode ser extremamente alto, assustando os donos de e-commerces.
Malware e “insiders maliciosos” foram responsáveis por um terço dos gastos com crimes cibernéticos em 2018, revela estudo da Accenture Pesquisa foi realizada com mais de 2.600 profissionais dos setores de segurança e tecnologia da informação de 11 países, incluindo o Brasil
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WEB NEWS
Instituto FENACON passa a comercializar DINAMO Pocket para gestão e guarda de até 200 Certificados Digitais Com a parceria, pequenas e médias empresas não terão mais que usar tokens e smart cards na validação de Certificados Digitais
Alaris expande o ecossistema de captura de informações para empresas de pequeno a médio porte A Alaris, uma empresa da Kodak Alaris, apresentou sua mais nova geração de soluções de captura de informações projetadas para digitalizar papéis, automatizar processos de negócios e impulsionar a produtividade nas residências e nos escritórios
USP abre inscrições em mestrado profissional com ênfase em ciência de dados Aplicar o conhecimento gerado na Universidade para criar soluções inovadoras em empresas e indústrias. Esse é um dos objetivos do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI), que está com inscrições abertas para ingresso no segundo semestre de 2019.
SAS Brasil inaugura o Experience Zone, área destinada a projetos de inovação O SAS, líder global em Analytics, inaugurou nesta semana um espaço para estimular clientes, funcionários, empreendedores, acadêmicos e outros integrantes do ecossistema da empresa a desenvolver projetos inovadores.
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INSIGHTS
Os insights reproduzidos na Information Management são de total responsabilidade dos seus autores
Leandro Laporta Diretor de Arquitetura de Soluções para a América Latina da Orange Business Services
Qual o melhor, Data Center in-house ou as a Service?
A imagem clássica, colorida e imponente de uma grande sala lotada de servidores no data center está se tornando cada vez mais rara. Em um momento em que muitos falam do XaaS - Anything as a Service ou Tudo como Serviço - é natural que pensemos na possibilidade de ter um Data Center as a Service (DCaaS).
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No entanto, nem sempre foi assim. Muitas empresas pagavam por equipamentos, equipes de manutenção e espaço para ter um Data Center in-house, afinal, ele era a maneira mais segura de armazenar aplicações e informações confidenciais. As empresas não tinham confiança em deixar seus conteúdos mais preciosos fora de casa. Além disso, havia a preocu-
pação com a velocidade e efetividade com que essas informações seriam transmitidas, pois era necessária uma conexão privada que pudesse suprir isso. Além disso, uma característica do data center in-house era a necessidade de profissionais dedicados para a administração, que muitas vezes não pertenciam à área de
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atuação daquela empresa. Afinal, por que uma transportadora de alimentos, por exemplo, precisa ter uma equipe de TI enorme e altamente especializada? Esses aspectos foram superados com a criação dos Data Centers as a Service. Empresas especializadas que criam grandes centros de dados e segmentam essa tecnologia para suprir a demanda de companhias de outras áreas, mas que precisam de grandes espaços para armazenagem eficiente de suas informações. Os DCaaS trouxeram ao mercado uma possibilidade de flexibilidade e agilidade. Quando existe um data center in-house, se for necessário expandir a capacidade de armazenamento, será preciso comprar novos equipamentos, alugar um espaço maior e contratar mais pessoas. Quando o serviço é terceirizado, a cada aumento ou diminuição, uma mudança simples no contrato pode resolver o problema. Além disso, existe a economia do espaço físico, que gera a redução de energia elétrica, já que esses equipamentos precisam de
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ambientes altamente controlados. Com isso, surge a possibilidade de deixar a administração dos equipamentos nas mãos de empresas especializadas e poder focar completamente no negócio. Outra vantagem que enxergo é a segurança de que as informações estão protegidas de qualquer problema climático ou estrutural que a empresa possa sofrer, pois o servidor está fisicamente alocado em outro lugar, geralmente mais preparado para abrigar esses aparelhos, com geradores de energia e proteção contra acidentes físicos.
As redes definidas por software ajudam numa melhor orquestração da conectividade, ou seja, com isso, a transferência dos dados da empresa pode ser administrada de forma clara e precisa. Além disso, a SD-WAN cria um túnel totalmente seguro para as informações saírem do centro de dados e chegarem à empresa. Essas redes podem ainda ser utilizadas em combinação com outros serviços, criando uma conectividade híbrida e apropriada para cada perfil, sendo assim uma vantagem para companhias de todos os portes.
Como garantir conectividade e segurança?
E quem já possui um Data Center próprio robusto?
Para mim, que atuo há muitos anos nas áreas de telecomunicações e conectividade, acredito que ter uma transmissão de dados eficaz, de alta velocidade, com criptografia e segurança é um ponto primordial, e isso vale para qualquer empresa e situação. Para obter isso, adquirir um serviço de rede SD-WAN (rede de longo alcance definida por software) ao fazer a contratação do DCaaS pode ser fundamental para que os serviços funcionem corretamente.
Claro que existem companhias que já investiram em seus próprios centros de armazenamento e precisam fazer valer esse investimento. Acredito que uma solução viável para empresas de tecnologia que possuam esses DCs seja terceirizar este espaço para outras companhias, aproveitando assim o momento promissor deste mercado. No entanto, caso não seja a situação da sua empresa, pois atue em um mercado completamente
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diferente do de tecnologia ou simplesmente não queira apostar em terceirização de serviços, é possível manter esses servidores e utilizar uma boa rede SD-WAN para ajudar no gerenciamento de toda sua informação, podendo assim ter uma administração centralizada dos serviços, o que otimizaria em muito o uso dos servidores. No entanto, como o Gartner coloca em seu relatório The Data Center Is Dead, and Digital Infrastructures Emerge (O Data Center está morto e a infraestrutura digital emerge), é possível que os Data Centers in-house se tornem uma raridade em um futuro próximo, por conta das imensas vantagens que o DCaaS possui. Em 2025, 80% das empresas terão abandonado os DCs tradicionais e adotado o serviço terceirizado. Observo que isso se dá muito pela evolução da tecnologia, conectividade e segurança da informação como um todo e também porque as empresas perceberam que precisam focar seus esforços em ter conhecimento pleno de seu próprio mercado, investir em contratar uma mão
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de obra pertinente ao setor e em tecnologias que otimizem sua atuação, algo muito mais viável quando não precisam se preocupar em ter um centro de dados próprio.
conjunto de startups selecionadas. Mais de 3.000 empresas multinacionais, bem como dois milhões de profissionais, empresas e comunidades locais na França, confiam na Orange Business Services.
Sobre a Orange Business Services
Para mais informações, visite https://www.orange-business.com/ br ou siga-nos no LinkedIn, Twitter e nossos blogs.
Como a divisão B2B do Grupo Orange, a Orange Business Services se concentra exclusivamente em atender empresas em todo o mundo. Tanto uma operadora de rede quanto uma integradora de serviços digitais, a Orange Business Services possui expertise nas áreas de IoT, Cloud, Data e AI, desenvolvimento de aplicativos e segurança cibernética. Ela suporta e protege as empresas em todos os estágios do ciclo de vida de seus dados, desde a coleta, transporte, armazenamento e processamento até a análise e compartilhamento. Convencido de que a inovação é essencial para os negócios, a Orange Business Services coloca seus clientes no centro de um ecossistema colaborativo aberto. Isso inclui seus 25.000 funcionários, os ativos e a expertise do Grupo Orange, seus parceiros de tecnologia e negócios e um
A Orange é uma das principais operadoras de telecomunicações do mundo, com receita de 41 bilhões de euros em 2018 e 264 milhões de clientes em todo o mundo em 31 de dezembro de 2018. A Orange está listada na Euronext Paris (ORA) e na Bolsa de Valores de Nova York (ORAN). Atendimento de Imprensa da Orange Business Services no Brasil: aboutCOM Natália Diogo - nataliadiogo@ aboutcom.com.br Maria Julia Lobo- mariajulialobo@ aboutcom.com.br
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Tiago Magnus CEO & Founder do TransformaçãoDigital.com
A influência das novas tecnologias na educação
Lembra da época da escola? Você era daqueles que gostava de matemática ou preferia geografia? Era o mais inteligente em história ou se dava melhor em física? Antes, todos aprendíamos da mesma maneira. Hoje, as novas tecnologias na educação têm feito um ótimo trabalho no auxílio de alunos em todos os níveis de aprendizado.
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Atransformação digital passou a enxergar cada estudante como único, alguns com mais facilidade do que outros em determinadas matérias, e outros nem tanto. Não é genial poder contar com inovação tecnológica para oferecer ensinamentos que se moldam a cada estilo em sala de aula?
Em entrevista para a Business Insider, Brian Greenberg, CEO da Silicon Schools, afirma que “estamos desafiando o paradigma que diz que todas as crianças com sete anos são exatamente as mesmas e devem ser expostas ao mesmo conteúdo. Começamos a questionar o que é certo para esta criança e o que é certo para aquela criança.”
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Ensinando tecnologia A grande promessa da educação são softwares de aprendizado adaptado, que têm rapidamente substituído livros e cadernos no ambiente escolar. O DreamBox, por exemplo, é um programa de computador que ensina matemática em várias instituições dos Estados Unidos, adaptando-se ao ritmo de cada aluno ao lecionar matemática. As lições estão disponíveis em inglês e espanhol, e o site oferece um período gratuito de teste. Os próprios buscadores online, na verdade, quando bem utilizados, se transformam em ótimos professores. Todos nós aprendemos com eles sempre que temos alguma dúvida sobre praticamente qualquer assunto. Basta digitar a nossa pergunta no campo de busca e pronto! Já os assistentes virtuais de smartphones, embora ainda precisem de melhorias, também já suprem necessidades diversas daqueles que buscam informações sobre tópicos em geral. Recentemente, a Marinha norte-
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-americana passou a adotar um sistema que funciona com inteligência artificial para lecionar assuntos relacionados à área de TI, além de monitorar o progresso de cada aluno e disponibilizar testes e avaliações personalizados. Precisa de incentivo para aprimorar habilidades de leitura? A Newsela é uma plataforma que oferece textos sobre vários assuntos e destinados a diversos níveis de aprendizado, com exercícios para avaliar interpretação, novo vocabulário e outros aspectos. Para os que desejam dominar a escrita, incluindo redação para provas específicas e apresentações profissionais, oAchieve3000 e o NoRedInk são boas opções. O segundo, aliás, é adotado por uma a cada duas escolas nos Estados Unidos. Os benefícios da tecnologia na educação As vantagens de inserir aplicativos, plataformas e programas inovadores na rotina educacional são inúmeras. Uma das mais importantes talvez seja o acesso ao conteúdo. Com tudo disponibilizado online, qualquer pessoa com acesso à internet,
independentemente do dispositivo que utiliza, consegue adquirir conhecimento. Em outras palavras, para quem quer aprender, não existem mais barreiras geográficas. O benefício atende tanto aos moradores de localidades distantes, retiradas, como também aquelas pessoas que precisam de mais flexibilidade de horários. Cursos 100% digitais oferecem a possibilidade de acesso a conteúdos a qualquer hora do dia, eliminando a exigência de presença física em períodos ou lugares preestabelecidos. Outro aspecto bastante vantajoso é a falta de fronteiras na web. Alunos brasileiros, por exemplo, têm acesso a cursos, workshops e treinamentos de diversos países. Quando não havia internet, essa globalização da educação só era possível através de aulas presenciais. A interação dos usuários de diferentes localidades no globo também é facilitada. Pegue o caso dos sites que ensinam idiomas e permitem a troca de mensagens e impressões entre os alunos da mesma disciplina. A própria transmissão de eventos
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INSIGHTS
em tempo real, a disponibilização de webinars e podcasts no ambiente virtual e a quantidade de livros e artigos gratuitos em PDF são provas concretas de que, graças à transformação digital, a informação está disponível a todos. O NMC Horizon Report é uma pesquisa anual sobre o panorama do ensino superior no mundo. A edição lançada em 2017 revela as principais tendências para as inovações tecnológicas na educação em curto, médio e longo prazos. Considerando os próximos dois anos, espera-se que abordagens criativas e colaborativas de aprendizado online devem estar cada vez mais presentes nas salas de aula. Já em médio prazo, em períodos de três a cinco anos, espera-se que as instituições de ensino comecem a modificar o ambiente escolar para melhor incorporar elementos digitais e acomodar estratégias de aprendizado mais ativas. Panorama brasileiro da tecnologia na educação Se pensarmos que existe uma geração que já nasceu na era digital, é mesmo de se esperar que, muito
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em breve, toda a estrutura de ensino passe por transformações para acolher os novos aprendizes. A afinidade dos que fazem parte dos millennials e da geração Y com dispositivos tecnológicos é natural e amplamente incentivada. É por isso que incluir essas ferramentas na sala de aula não só é tendência, como um processo instintivo. A Gama Academy, por exemplo, é voltada àqueles que estão prestes a se inserir no mercado de trabalho. Já a Árvore de Livros é uma biblioteca digital que conta com obras que podem ser lidas a partir de qualquer dispositivo. O acervo, com mais de 250 mil publicações, é atualizado periodicamente e conta com livros que atendem desde crianças no início da alfabetização, até adolescentes cursando o ensino médio. Cerca de 700 escolas nacionais adotam a plataforma, que atende 100 mil alunos.
descobertas e previsões, as discussões concluíram que o bom uso de gadgets digitais deve estar acompanhado por “reformas em outros aspectos – como currículo (escolar), avaliação e desenvolvimento profissional dos docentes.” Em outras palavras, não basta apenas adotar dispositivos, ferramentas, softwares e startups. Para que funcionem bem e entreguem resultados promissores, é necessário trabalhar a mudança cultural de alunos, pais e professores. Só assim haverá melhorias significativas no desempenho do estudante brasileiro em sala de aula e fora dela, com o desenvolvimento de novas habilidades e o maior engajamento entre colegas de classe. É aí que entra o papel do educador, que não será substituído pela transformação digital, mas faz parte dela.
Um seminário da Fundação Santillana e da Unesco de 2014 discutiu a inserção da tecnologia nas escolas do país. Dentre outras
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Cecilia Pastorino Especialista em segurança da informação da ESET América Latina
O desafio de ser mulher no setor de segurança cibernética
O aumento dos ataques ciberné-
de postos em todo o mundo.
O déficit de especialistas neste
ticos tornou o campo de seguran-
Regiões como a Ásia e Pacífico
campo está aumentando e coloca
ça um dos que mais crescem na
sofrem mais pela falta de pro-
em risco mais empresas e organi-
área de tecnologia. No entanto,
fissionais, enquanto na América
zações, deixando-as vulneráveis a
estima-se que a escassez de
Latina a lacuna de demanda a ser
um possível ataque. Com relação
profissionais com habilidades
preenchida é próxima a 136 mil
a esse ponto, acrescenta-se que
suficientes para atuar nesse
profissionais.
estudos publicados recentemente,
campo chegue a quase 3 milhões
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que analisam a segurança ciber-
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nética no setor público de vários
eventos, programas e fundações
que esse mês é comemorado
países do mundo, mostraram que
devem existir para promover a
o Dia Internacional da Mulher,
88% das organizações públicas
participação de mulheres na área. discutir o tema ajuda a lembrar
sofreram pelo menos um dano
Além de ser importante analisar
aquelas mulheres que moldaram
resultante de um ataque ciberné-
se nossa opinião é valorizada da
com seu trabalho, às vezes sem o
tico nos últimos dois anos.
mesma forma que a de um ho-
reconhecimento necessário, o que
mem, se temos os mesmos salá-
hoje chamamos ciência. Muitas
Olhando para o papel das mu-
rios ou se uma mulher é respeita-
vezes as meninas e as jovens
lheres no campo da segurança,
da quando está em um posto de
mulheres hesitam em se envolver
embora haja atualmente pouca
comando, há uma realidade que
em áreas da tecnologia, como
representação de gênero, as
não podemos negar: há um pro-
a segurança cibernética, porque
previsões dizem que em 2019
blema mais profundo no mercado
encontram obstáculos simples-
a força de trabalho feminina na
e que é estrutural. Atualmente,
mente por sua condição de serem
área chegará a 20%, comparado
há muito menos mulheres que
mulheres, mas mostram resulta-
a 11% em 2017. Mesmo com
estudam carreiras técnicas.
dos excelentes e inquestionáveis
os números em ascensão, a falta
quando chegam a posições de
de profissionais com habilidades
Por outro lado, os ventos da
liderança ou de pesquisa ou
suficientes para enfrentar a rea-
mudança são vistos e a própria
desenvolvimento.
lidade do mercado de segurança
comunidade está aprendendo
cibernética, com escassez de mão
a identificar e repreender indi-
Para mais informações sobre
de obra feminina, é um problema
víduos e organizações que se
segurança cibernética, acesse: ht-
mundial. O Reino Unido é o país
comportam de maneira antiética
tps://www.welivesecurity.com/br
que apresenta a maior porcen-
com relação às mulheres. Não é
tagem e diferença salarial, onde
suficiente simplesmente contratar
as mulheres representam 8% da
mulheres se elas trabalharem em
força de trabalho em segurança
ambientes hostis, onde a regra
cibernética e ganham 16% me-
geral é considerá-las inferiores,
nos do os homens.
com menos remuneração e sendo objeto de assédio por parte de
À luz da realidade descrita, as
seus pares.
diferenças de gênero no setor são muitas e não é por acaso que
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Para concluir, e levando em conta
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Morris Menasche Vice Presidente de Vendas da ClickSoftware para América Latina
O que é Machine Learning e por que você deve se importar?
Hoje em dia, não pensamos duas vezes quando a Netflix ou a Amazon recomendam um vídeo ou produto que provavelmente nos interessaria. Ou quando o Google parece ler nossas mentes enquanto
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estamos digitando uma frase de pesquisa. Esses são exemplos claros de machine learning (ou aprendizado de máquina) - um braço da inteligência artificial (IA) - em ação em nossas vidas cotidianas.
O machine learning (ML) utiliza a IA para analisar os dados de desempenho de uma empresa e então toma decisões capazes de torná-la mais eficiente. O interesse pela inteligência artificial tem crescido nos últimos
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anos, com líderes tecnológicos como Elon Musk e Mark Zuckerberg, utilizando o aprendizado de máquinas para aprimorar a tecnologia existente. O Brasil é, atualmente, um dos países com maior número de profissionais em grau máximo (considerados masters) em aprendizado de máquinas pelo Kaggle, um dos principais sites do mundo orientado à organização de competições de machine learning. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia. Além disso, o machine learning já é aplicado no Brasil em recomendações para os consumidores como filmes, viagens, músicas e ofertas de produtos e serviços. Início do Machine Learning Antes do aprendizado de máquina e da internet, os computadores executavam tarefas baseadas em programas escritos em código binário contidos em sistemas fechados. Os computadores sabiam como executar tarefas específicas e repetíveis,
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com base na entrada direta de humanos. Como a internet avançou na década de 1990, o cenário de código também evoluiu em um ritmo acelerado. Avançando para hoje, o fato é que simplesmente temos muitos dados e muitos processos comportamentais exclusivos para qualquer sistema binário acomodar. Smartphones, mídias sociais e tecnologias em tempo real agora alimentam mais dados em computadores do que poderíamos processar através de sistemas fixos. O machine learning nos ajuda a lidar tanto com mudanças identificadas de comportamento quanto com a proliferação de dados, por meio de algoritmos que evoluem sem a necessidade de entrada humana. Para resumir, estamos ensinando os computadores a fazer avaliações sem intervenção humana, ou seja, ensinando os computadores a aprender da mesma forma que nós humanos: interpretando informações
do mundo ao nosso redor e colocando-as em categorias gerenciáveis. Os algoritmos de ML aplicam essas informações às situações que enfrentam em tempo real. Muitos algoritmos de aprendizado de máquina aprendem continuamente à medida que aplicam informações em tempo real para criar cenários preditivos para reagir ao estímulo da internet. Bibliotecas e aplicativos de Machine Learning Pense no seu cérebro como tendo dois componentes ou capacidades principais: armazenar informações (ou seja, sua memória) e pensar (através da inteligência). Agora, podemos treinar os computadores para pensar com base nas informações coletadas e armazenadas. No mundo do machine learning, a memória de um computador é sua biblioteca de informações. Ao invés de criar essa biblioteca lentamente adicionando novos “livros” (ou seja, informações)
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ao longo do tempo, podemos dar ao computador acesso a bibliotecas e aplicativos de ML que já existem e que recorrem a algoritmos ou conjuntos de informações pré-existentes. O resultado é que cada algoritmo de ML não precisa aprender tudo do zero. Ele pode usar os problemas resolvidos pelos algoritmos anteriores, que são acessados por meio dessas bibliotecas. As bibliotecas de aprendizado de máquina ajudam os computadores a “pensar” na situação em questão, aproveitando dados coletados por algoritmos que resolveram problemas semelhantes no passado. Machine Learning em campo A capacidade de processar, interpretar e aprender melhor com dados capacita as equipes de serviço em campo a prever, em vez de apenas reagir. Além disso, permite automatizar tarefas que não precisam de intervenção humana. Aqui estão alguns exemplos:
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Monitorar e reparar ativos: O ML pode processar dados coletados por sensores em equipamentos em campo para identificar problemas ou até mesmo prever os potenciais. Melhor ainda, em alguns casos, o aprendizado de máquina pode aplicar a correção necessária e eliminar a necessidade de uma visita de um técnico de serviço em campo. Um cenário semelhante, mas ligeiramente diferente, é que o machine learning pode detectar tendências de manutenção, solicitar peças necessárias e agendar visitas por engenheiros de serviço em campo antes que um cliente faça uma chamada.
Realizar diagnósticos de primeiro nível: Os algoritmos de ML podem processar tíquetes de serviço para determinar o melhor curso de ação. Isso pode incluir o envio de um link de um manual em PDF para o cliente ou mesmo de um e-mail com instruções passo a passo sobre como reiniciar um equipamento.
Otimizar as operações: Para eliminar ou minimizar os reparos e visitas dos técnicos, o aprendizado de máquina pode monitorar os ativos e ajustar as configurações para garantir operações otimizadas. Como resultado, os engenheiros só precisariam se envolver em questões importantes ou emergências.
Fica claro que incorporar o machine learning tornou-se uma estratégia de negócios. Mais aplicações virão e, quando isso acontecer, as empresas poderão obter ainda mais vantagem competitiva, desde que se preparem desde já para aproveitar essas oportunidades.
Ajudar a equipar técnicos: Avaliando as chamadas de serviço e reconhecendo o melhor curso de ação, o machine learning pode recomendar as peças e ferramentas mais adequadas para os técnicos levarem para um trabalho.
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Júlio Pontes Gerente de canais da DINAMO Networks
Certificados Digitais e Veículos Autônomos
Veículos autônomos são uma tendência tecnológica que desperta muito interesse e certamente terão um grande impacto em nossa vida durante a próxima década. Alguns temem a ideia de avenidas cheia de carros com passageiros humanos desatentos, outros já se preocupam com aspectos éticos e
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legais. Os defensores, no entanto, alegam que carros sem motorista podem oferecer maior eficiência nas viagens, menos congestionamento nas estradas, menos acidentes e mais tempo livre para as pessoas de modo geral. A indústria americana reconhece 5 níveis de automação. Sendo o
nível 5 para veículos completamente automatizados, sem nenhuma assistência humana. Embora alguns fabricantes aleguem serem capazes de lançar modelos comerciais nível 5 dento de poucos anos, é impossível saber o quão longe estamos da proliferação em massa desta tecnologia. Sem contar que ainda vamos depender
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de regulamentação, adequação da infraestrutura rodoviária e da própria aceitação do consumidor. O que já podemos afirmar é que: quanto maior o nível de automação, maior a necessidade de conectividade de rede e segurança. Seja qual for o padrão tecnológico a ser estabelecido, podemos pensar em três tipos concomitantes de comunicação: Veículo a Veículo: permite que os veículos aumentem suas próprias habilidades a bordo para detectar perigos, evitar o tráfego, etc. Dão ao veículo a capacidade de utilizar os veículos ao seu redor para obter informações coletivas. Veículo a Infraestrutura: permite que os veículos recebam informações em tempo real sobre a malha rodoviária, recebam serviços por assinatura e até mesmo sejam monitorados por autoridades de trânsito, por exemplo. Veículo a Fabricante: permite que o fabricante monitore, instale atualizações, emita recalls, receba feedback dos passageiros, distribua conteúdo, recursos pagos e muito mais. Essa dependência de conectividade, juntamente com uma
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infinidade de possíveis riscos de segurança, torna a utilização da criptografia e autenticação essenciais para a indústria automobilística autônoma. Cada veículo deverá possuir uma identidade digital e cada participante desse ecossistema deverá autenticar e decodificar todas as informações enviadas e recebidas.
utilizando HSMs. Veículos sairão da montadora com dispositivos HSM (do tamanho de um telefone celular) embarcados, contendo um certificado digital assinado pelo fabricante do automóvel ou pela própria montadora, e com capacidade para se comunicar através da rede 5G - já em testes em alguns países.
As tecnologias de criptografia e certificação digital podem ser implementadas em todos os aspectos da conectividade de veículos, incluindo:
O computador interno do veículo poderá autenticar as credenciais dos passageiros, bem como as informações que recebe de outros veículos, da polícia rodoviária, do fabricante, etc. Isso dará aos usuários a tranquilidade em saber que seu veículo autônomo está recebendo informações corretas, das fontes certas, o tempo todo.
Autenticação do Usuário ou Passageiro; Proteção das comunicações Veículo a Veículo; Proteção das comunicações Veículo a Infraestrutura; Proteção das comunicações Veículo a Fabricante Tecnologias como Hardware Security Modules (HSMs) de diferentes portes, serão uma peça fundamental para viabilizar essa tecnologia. Manter chaves e certificados em software seria um risco muito elevado, e até o momento a forma mais segura de armazenar e gerenciar certificados digitais é
O armazenamento da identidade digital para provar que você é QUEM DIZ SER, seja ela por criptografia, digital, código de íris ou outros, armazenadas em dispositivos com rígidos padrões de segurança e de acessibilidade em nuvem, serão imprescindíveis para novas tendências, tais como: Criptomoedas, Veículos Autônomos, Internet das Coisas (IoT), Smart Grid e Cidades Inteligentes.
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Gerardo Wisosky Pai apaixonado por seu filho, co-fundador da Apdif. com e sócio e diretor da Socium Partner
A tecnologia transformando vidas e incluindo pessoas Meu filho Ilan é o meu ponto de paz e o que me motiva. Através dele pude conhecer e aprender sobre a Síndrome X – Frágil. Sei que fui abençoado por cuidar de um “anjo” e por meio dele transformar a vida de várias pessoas. Ilan foi diagnosticado ainda muito cedo com a Síndrome e tivemos (eu e minha esposa) que reaprender a enxergar o mundo de outra forma, através do olhar dele. Vendo como ele utilizava o tablet e celular, eu, minha esposa e dois colegas criamos a Aprendizagem Diferente (apdif.com), uma empresa de IMPACTO SOCIAL que procura ajudar na inclusão social e digital das pessoas com Transtorno de Espectro Autistas e outras desordens do desenvolvimento neurológico. Essas pessoas estão em diferentes níveis de comunicação, execução, organização, aprendizagens e outras dificuldades, a alcançarem o máximo possível de independência.
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Para isso, criamos inicialmente para atender essas necessidades “Eu carrego tudo” (nos store encontram-se com o nome de “LLEVO TODO”) que é um aplicativo que ajuda a montar a mochila sem esquecer dos principais itens, de maneira simples, organizada e divertida. Fomos reconhecidos e ganhamos uma verba no Uruguai da Agencia Nacional de Investigación e Innovación (ANII) para continuar e ampliar nosso projeto. Isso foi uma grata surpresa e só mostra que estamos trilhando o caminho correto. Com esta verba, liberamos os aplicativos “O Chat TEA” , “Interagir”, e “Agora Leo”. O primeiro funciona como um WhatsApp, permitindo facilitar a conversa e a interação deles com familiares e amigos. Já o “Interagir” permite aos pais e/ou tutores criarem diálogos e ilustrações simulando um acontecimento para ajudar as crianças, antes de enfrentarem as pessoas ou os fatos reais.
O objetivo é reduzir a ansiedade e facilitar o enfrentamento das situações. Por fim, o “Agora Leo” possibilita criar contos com os personagens e temáticas preferidas de quem está aprendendo a ler, cada frase e cada palavra terá um som diferente, para que desta forma também possa aprender sem a necessidade de depender de outra pessoa. Todos os apps já estão disponíveis nas lojas de aplicativos Google Play e Apple Store. Por meio da tecnologia estou ajudando o meu filho e muitos outros, que sofrem da mesma dificuldade, os incluindo socialmente. Hoje estou em um momento da minha vida que quero me dedicar a essa missão de transformar a vida dessas pessoas. Se conhece alguma pessoa com Transtorno de Espectro Autista ou algum transtorno estamos disponíveis para colaborar e os apps são gratuitos.
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2019 FEV | INFORMATION MANAGEMENT
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Silnei Kravaski Diretor executivo da Planus
Segurança da informação: só altos investimentos garantem a proteção?
Garantir a segurança da informação, seja onde ela estiver, é um dos maiores desafios para qualquer empresa. Não importa o tamanho e nem o setor de atuação, segurança da informação e estratégia são vitais para todas as companhias que buscam o crescimento sustentável e enfrentam um processo de Transformação Digital. Isto
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é fato. No entanto, nos últimos anos essa discussão tem conquistado espaço na agenda dos executivos, tornando-se cada vez mais questão de missão crítica para a maioria das corporações. É evidente que o cenário é outro: o dinamismo aumentou e as regras também. O volume
e até a natureza das ameaças que encontramos atualmente mudaram consideravelmente. Os “hackers do mal” evoluíram e têm inovado cada dia mais nas formas de ataque, exigindo, claramente, níveis de segurança superiores e mais sofisticados. E as empresas têm se adaptado nesse sentido. Basta trazer isso para nosso dia a dia, quando
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acessamos nossa conta bancária online. O cartão físico com uma série de combinações de números, que já foi o auge da certificação digital, na medida em que as barreiras de segurança passaram a ser quebradas foi substituído pela criptografia, reconhecimento facial, QrCodes e por aí vai. Além disso, do ponto de vista regulatório, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) demanda um conjunto mais rigoroso de regras que precisam ser implementadas para sistematizar o uso e coleta de dados dos clientes, bem como proteger essas informações. Mas, será que a complexidade das estruturas de segurança da informação é um obstáculo? Será que existe uma solução única e só quem tem muito dinheiro ou um time totalmente dedicado estará seguro? A resposta é não. E a boa notícia é que hoje existem diversas formas, caminhos e tecnologias para proteger uma empresa, que variam não só de acordo com a natureza da operação e porte, como também sobre o quanto e como se quer investir
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e do estágio de maturidade em que a empresa encontra-se no que diz respeito à segurança da informação. Algumas companhias que já possuem infraestruturas de TI adequadas e atualizadas precisarão apenas de um apoio nos ajustes necessários na direção de uma maior segurança em seus parques de TI. Outras necessitarão de uma ajuda ampliada para avaliar quais são os riscos, quais os pontos mais sensíveis a uma provável invasão e como se encontram seus sistemas de segurança da informação. E a resposta para isso pode estar nas soluções em Cloud, nas estruturas híbridas ou on premise. O mais importante é realizar uma análise e diagnóstico de toda rede, data center e das soluções em nuvem e ver o que se encaixa e o que o falta para ter uma proteção, que eu chamaria de 360 graus.
resolver o problema dentro de casa, por conta própria, não é o mais indicado, mesmo que a empresa conte com equipes qualificadas. Além de resultar muitas vezes em uma conta mais cara a pagar, demanda mais tempo. Por isso, o mais recomendado para encurtar o caminho é buscar especialistas, empresas que disponham da melhor tecnologia, de um time de experts que esteja sempre pronto para os eventos inesperados.
Somente quem está focado o tempo todo e conhece o rol de complexidades que envolve a segurança da informação é quem pode entender o problema e arquitetar a solução mais adequada para cada tipo de organização, reduzindo, assim, a jornada para alcançar a maturidade e atingir padrões que garantam um ambiente menos vulnerável. Afinal, uma estratégia eficiente de segurança da informação é obrigatória e E, em meio a tantos fatores que imprescindível hoje em dia. precisam ser levados em conta, do comportamento dos funcionários até aspectos tecnológicos, a questão é que tentar
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COMUNIDADE Associe sua empresa a Associação das Empresas e Profissionais da Informação
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O Ponto de encontro da Comunidade de Empresas e Profissionais que trabalham com Tecnologias para Processos de Gestão de Informações. Integrando Usuários e Fornecedores de Tecnologias em torno de ações que visem o Desenvolvimento do Mercado, a Capacitação de sua Força de trabalho e, principalmente, a importância da Gestão Inteligente das Informações e sua contribuição para a Melhoria da Produtividade, Otimização de Recursos e Governança.
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Incentivando Competências e Promovendo o Desenvolvimento do Mercado.
ABEINFO - Associação das Empresas e Profissionais da Informação. Rua Anhanguera, 627 - CEP 01135 - 000 -Barra Funda - São Paulo / SP Tel: 011 3392 - 4111 - Email: contato@iima.com.br www.informationmanagement.com.br
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Marco Zanini Especialista em segurança para identidade digital
Em segurança digital, nem sempre o céu é azul na NUVEM No começo do século, no ano 2000 e nos anos seguintes, começou a “pipocar” os fornecedores de software ASP (Application Service Provider). Eram fornecedores de aplicações que rodavam na Web e tinham o modelo de negócio baseado em pagamentos mensais, como uma locação, por exemplo, considerada o embrião e ancestral da NUVEM. De lá para cá, muita coisa aconteceu, rapidamente, e hoje temos um mundo que fala em nuvem, raciocina em nuvem e trabalha em nuvem, às vezes, imperceptível. Não acredita? Temos Uber, Waze, WhatsApp, Netflix e muitas outras aplicações que utilizamos diariamente e que são basicamente, aplicações em nuvem.
passagens aéreas, bebidas, financeiro e qualquer outro segmento que precisa de tecnologia como insumo, mas não quer mais ter que comprar, gerenciar e suportar essa infraestrutura de tecnologia. Com esse apelo, a nuvem é imbatível, fornece tecnologia e aplicações em qualquer lugar que tivermos sem ter a propriedade e tudo o que vem com ela como investimento, gestão e sustentação. Com esse apelo e charme, automaticamente, passamos a imaginar que temos que levar tudo para nuvem, certo? Errado.
A nuvem tem suas desvantagens também. A primeira delas é que preOs ERPs se propõem a rodar em cisamos ter link de acesso para poder nuvem, os CRMs também, os pacotes usá-la, tenho visto a agonia quando Office também, as aplicações de um as pessoas ficam sem “internet”, mas modo geral trazem o charme de rodar diferente de deixar você sem acesso em “nuvem”. as redes sociais, no caso “corporativo”, podem deixar a empresa sem Porque a nuvem é charmosa? Porque operar. Precisamos considerar que tira da responsabilidade das empresas, eventualmente os provedores de que têm seu negócio em alimentos, nuvem, podem ter problemas, a cada
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dia a qualidade dos serviços tem sido melhor, mas pode sim em algum momento, ficar fora do ar. Isso impacta meu negócio? E a segurança? A nuvem é segura? Pode ser, mas depende do que faço com as informações que vou colocar lá. E equação de segurança x custo de infraestrutura precisa ser coerente, assim, ir para nuvem sempre traz um apelo de custo, mas precisa considerar que teremos segurança sob o nosso domínio. Não dá para colocar tudo lá e ter apenas “fé” que estará tudo seguro. Hoje, o mais transparente e seguro na nuvem é adotarmos criptografia. Hoje podemos subir as informações, os servidores ou banco de dados criptografados, isso traz segurança para os donos das informações ou quem é responsável por protegê-las. E as chaves de criptografia, vão ser guardadas onde? Na nuvem? Claro que não.
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Ronaldo Cavalheri Diretor do geral do Centro Europeu
Os robôs estão chegando!
Você será substituído por um robô? Essa é uma pergunta que muitos profissionais se fazem ou que deveriam começar a pensar a respeito. O mundo passa por grandes transformações desde a revolução rural, onde tudo era mais controlável e previsível. Passamos pela era industrial, onde máquinas entraram em cena com uma produção abundante. Veio a era digital onde a informação e a conec-
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INFORMATION MANAGEMENT | ABR 2019
tividade impulsionaram ainda mais o consumismo. São evoluções naturais que impactam o mercado de trabalho. E agora estamos vivendo uma mudança de era, na qual começamos a passar por uma revolução exponencial, porém mais acelerada, com tecnologia de ponta disponível. Termos como computação em nuvem, IoT, Big Data, robótica, inteligência artificial, impressão em 3D e nanotec-
nologia se tornaram comuns no nosso dia a dia. Mas como isso vai impactar na vida dos profissionais? Uma coisa é certa, nos próximos anos teremos muitas e rápidas mudanças. Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em torno de 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à robotização e automação. Mais da metade das
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funções hoje exercidas pelo homem podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão bastante curiosa é do Fórum Mundial Econômico que diz que 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não existem. Crianças em idade escolar sendo preparadas para algo que ainda não sabemos como será. Temos um futuro cheio de incógnitas em relação ao que irá acontecer com os profissionais. Quais serão as profissões do futuro? O ser humano terá espaço? Como os profissionais devem se preparar para tudo isso? Não me arrisco a dizer quais serão as profissões mais requisitadas, pois elas ainda não existem. Porém, com toda a certeza me arrisco a dizer quais serão os profissionais mais requisitados pelo mercado. Parece complexo, mas a resposta é muito simples. Todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de socialização e intervenção criativa, que não resolva nenhum tipo de problema complexo e que ainda coloca em risco a vida será substituído por uma máquina. Com isso fica fácil concluir que os profissionais mais disputados serão aqueles com características inerentes dos seres humanos como criativida-
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de, capacidade de aprendizado e de adaptação, visão do momento e facilidade para se relacionar. Estou falando de soft skills, que são as competências e habilidades mais desejadas para os profissionais do século XXI. Mais relevante do que uma coleção de diplomas e certificados técnicos, as características comportamentais e sociais é que manterão o espaço das pessoas no mercado combinada com toda a tecnologia disponível. Estou falando de um cenário muito mais inteligente. O que é desafiador e prazeroso o homem faz, o contrário será direcionado para um robô.
inovação, os participantes colocam a prova o seu potencial de resolver problemas complexos e extrapolar sua visão empreendedora. Em um curso de Fotografia é possível desenvolver um pensamento crítico e estimular o olhar criativo. Ou até mesmo em uma formação para chef de cozinha você vive experiências na qual ajudam a desenvolver suas características de líder e de trabalho em equipe. Independente da área de atuação é preciso se colocar em situações desafiadoras que auxiliem no desenvolvimento de características fundamentais para qualquer profissional de sucesso.
E como desenvolver as soft skills? Algumas pessoas têm habilidades natas e outras precisam correr atrás. E sim, é possível desenvolver essas características, mas para isso é preciso treino. Erroneamente muitos profissionais só enxergam o ensino tradicional como ambiente de capacitação. Falamos de comportamento, logo temos que estar em contato com outras pessoas onde possamos exercer essas competências. É preciso viver experiências diferentes.
O avanço da tecnologia é inevitável, a robotização em massa será uma realidade, as pessoas devem assumir o que de fato é da sua natureza. Somos dotados de uma grande capacidade de criar e de se reinventar. Pode ser que nem todos acompanhem essa evolução. Naturalmente essa mudança trará perdedores e ganhadores. Meu papel aqui é a provocação para que todos enxerguem essa necessidade e tenham atitude para serem ganhadores. Não devemos temer as máquinas, e sim usá-las a nosso favor. A vida é feita de escolhas, nós somos feitos de escolhas. Você vai ser substituído por um robô?
Em um trabalho voluntário é possível desenvolver habilidades como relacionamento interpessoal e o espírito colaborativo. Em um Hackathon, que são iniciativas que estimulam a
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Robinson Idalgo Criador do sistema de gestão on-line
Planilhas versus Sistema de gestão on-line: o que é melhor para o negócio?
Se você é empresário, usa ainda planilhas para controlar o seu negócio, mas está tendo dificuldade para gerenciar o crescimento. Abaixo estão listadas algumas vantagens do sistema de gestão on-line em relação às planilhas. Leia e tire suas próprias conclusões.
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INFORMATION MANAGEMENT | ABR 2019
1. Mobilidade no envio de dados e solução de problemas Não é só na vida pessoal que o uso de smartphones revolucionou nossa forma de consumir e enviar informação. Um dos benefícios de se ter um software de gestão on-line em
relação a planilhas está no fato de que os dados enviados ao sistema podem ser acessados de qualquer lugar, de qualquer dispositivo móvel conectado à internet. O sistema em nuvem foi feito para ser acessado por equipes e, diferentemente das planilhas,
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não tem o risco de criar informações duplicadas ou desatualizadas a cada acesso. Há ainda mais segurança no armazenamento dos dados, já que enquanto as planilhas podem ser perdidas facilmente – por ataques de vírus ou problemas operacionais no computador – o sistema tem backup e mantém tudo na nuvem. 2. Emissão de notas fiscais A emissão de notas fiscais eletrônicas é uma das tarefas que para boa parte dos empresários parece ser burocrática demais. Um ERP que gere essas notas é capaz de enviar os documentos à Secretaria de Fazenda de forma automatizada e muito mais segura.
estão entre as vantagens de se trocar as planilhas por ERP. 3. Controle de processos em micro e pequenas empresas Micro e pequenas empresas têm perfis e exigências diferentes em relação à administração, no entanto todas elas baseiam seu planejamento e os próximos passos em relatórios, análises de produtividade e métricas de vendas. A consulta a essas informações é muito mais fácil dentro de um sistema de gestão do que na compilação trabalhosa das informações lançadas em planilhas.
Um comerciante ou prestador de serviço, por exemplo, tem em mãos dados essenciais dos clientes e, com isso, consegue desenvolver ações de marketing No módulo emissor de notas do e de CRM de forma muito mais software, o usuário consegue eficiente. consolidar todas as transações comerciais sem o perigo de er- 4. Assistência do software à rar no preenchimento de tabe- disposição las, como acontece na planilha. Planilhas mais robustas exigem Reduzir os gastos e o trabalho um gerenciamento mais atento com pastas e livros impressos, e qualquer erro, por conta do e garantir segurança contábil preenchimento manual, pode
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mudar o resultado e levar a análise dos resultados da empresa por água abaixo. E, infelizmente, não há para quem correr para conseguir reverter problemas assim. Por outro lado, as empresas que oferecem o sistema de gestão on-line têm equipe de suporte à disposição do cliente, seja por e-mail, chat ou telefone. Por serem soluções personalizadas, a assistência de softwares leva em conta as particularidades de cada empresa e facilita a resolução de dificuldades, ao contrário do material de apoio encontrado na internet de ajuda para as planilhas. Esses são apenas alguns dos benefícios dos sistemas de gestão on-line, que têm versões acessíveis no mercado, em relação ao uso de planilha na gestão das empresas em curto e longo prazo. Pesquise, analise os módulos de serviço oferecidos por cada empresa de ERP e tome uma decisão acertada para melhorar o controle do seu negócio de forma mais automatizada.
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Carlos Roberto De Rolt Consultor BRy Tecnologia e Directa Automação
Lei Geral de Proteção de Dados amplia atenção das empresas com segurança da informação Segurança da informação tem ganhado espaço nos noticiários desde o ano passado, quando o governo aprovou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Na última semana, o país cumpriu outra importante etapa, o aceno positivo de apoio dos EUA ao Brasil para o ingresso na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um organismo internacional formado por países que aceitam os princípios de democracia representativa e de economia de mercado) que pode ajudar o Brasil a cumprir um rito político-diplomático. Um estudo global realizado pela Dimensional Research, com 631 profissionais de TI em empresas com mais de mil funcionários, identificou que 97% deles têm investido em soluções voltadas à transformação digital dos negócios, como mobilidade, aplicações e infraestruturas em cloud e IoT (internet das coisas). No entanto, apenas 18% dizem que a área de
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segurança tem sido envolvida desde o início nesses projetos. O mesmo estudo revela ainda que 76% dos entrevistados afirmam acreditar que a segurança da informação foi implementada de forma tardia nas iniciativas de transformação digital e mais de 90% dos entrevistados dizem que as equipes de segurança da informação são capazes de melhorar os negócios da empresa se tiverem mais recursos. Em um cenário corporativo, confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade são de fundamental importância para qualquer empresa. A proteção do conjunto de dados são fundamentais para as atividades do negócio, onde é possível preservar as empresa de ataques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém, qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para problemas. Por esse motivo, gerir
dados e informações relevantes nem sempre é tarefa fácil e a má gestão ou possível adulteração das informações pode trazer diversos riscos para uma administração corporativa saudável. É fundamental que os gestores compreendam a importância da segurança da informação, todos os aspectos envolvidos e técnicas e informações que auxiliam a aprimorar a segurança do negócio. No que diz respeito especificamente às demandas exigidas pelo mercado de sustentabilidade, esse cuidado deve ser ainda maior, uma vez que o desempenho ambiental e social das empresas, são aspectos de valoração do negócio. Por esse motivo o SIS - Sistema de Indicadores da Sustentabilidade, uma solução para excelência na gestão criada pela TBL Manager, atua ‘blindando’ esses dados, otimizando recursos, reduzindo custos e oferecendo o maior número de informações para tomada de decisão por parte da alta gestão.
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Marcelo Pedro Diretor de Vendas nas Verticais de Educação e Saúde
A tecnologia como alicerce para a transformação do modelo de ensino atual
Não resta dúvida de que a educação é um dos principais pilares de transformação de qualquer sociedade. Como disse Nelson Mandela “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Leva tempo para se modificar uma geração e no caso do Brasil, dados apontam que a qualidade do ensino vem se deteriorando ao longo dos últimos anos. Para se ter uma ideia, segundo o MEC, 7 de cada 10 alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática. Levantamen-
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to divulgado em dezembro de 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE apontava que apenas 15,3% dos brasileiros completaram o ensino superior. Essa deterioração, desde o ensino fundamental até as universidades, forma cidadãos e profissionais mal preparados e, em alguns casos, analfabetos funcionais. Indivíduos que, apesar de saberem ler, escrever e fazer contas, não desenvolveram capacidades que são cada vez mais esperadas na maioria das profissões, tais como o raciocí-
nio lógico, empreendedorismo, trabalho em equipe, interpretação e capacidade de crítica, conhecimentos gerais, entre outros, criando um ciclo perverso para o desenvolvimento, inovação e melhoria do país. Quanto mais precária a instituição, mais aguda a situação. Muito por isso e pelo velho modelo de ensino que insiste em se perpetuar, onde o professor é o centro e detentor de todo o conhecimento, sendo o responsável por transmitir monologamente e de forma nem sempre atrativa, para seus alunos. Alunos esses que
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depois são avaliados de forma sistêmica e binária, sem levar em conta outras capacidades. Acontece que, do lado da Tecnologia da Informação, muito se avançou em termos de acompanhar a transformação digital, que definitivamente alterou a maneira como os indivíduos se relacionam, se divertem, trabalham e aprendem. De nada adianta uma instituição de ensino pública ou privada, investir isoladamente em acesso Wi-Fi, portais de alunos, inúmeros sistemas de informação e gestão acadêmica e administrativa, sem estar disposta a capacitar/reciclar seus professores, para que esses passem a ser os facilitadores entre seus alunos e as diversas fontes de conhecimento, criando a atratividade necessária para que seus alunos possam aprender a aprender. Outro pilar não menos importante é realmente desenhar uma estratégia de reformulação de processos, que considera a forma como os professores, pais e alunos irão interagir com as inúmeras tecnologias a sua disposição. Essa estratégia, passa por criar uma infraestrutura computacional e de conectividade, capaz de oferecer a disponibilidade e gestão das inúmeras aplicações
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educacionais, portais de alunos, EAD e, principalmente, as informações e comportamentos dos usuários (funcionários, pais e alunos), informações que se bem trabalhadas podem proporcionar insights para a tão sonhada prevenção à evasão educacional. Novas exigências de órgãos reguladores colocam ainda mais pressão nos processos e na gestão das informações dos alunos. A regulamentação LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados), por si só, já cria uma necessidade enorme de controle de acesso, armazenamento, backup e gestão do ciclo de vida da informação, em todos os pontos de acesso e sistemas de qualquer instituição de ensino, independentemente de seu tamanho, grau ou localização geográfica. Todas as instituições e empresas estão sujeitas a essa Lei, mas situações como cyberbullying e o fato do setor de ensino ser um dos principais alvos de ataques cibernéticos, somado a atratividade das aplicações em Cloud Computing, tem levado muitos gestores de TI a criar estratégias de migração de seus ambientes computacionais para a nuvem, sem realizar um estudo profundo, tanto técnico como financeiro, o que na grande maioria dos casos acabam sendo estratégias boas no curto prazo,
mas ruins e caras no longo prazo. Minha experiência de quase 3 décadas em TI, me leva a sugerir que se analise muito bem quais tipos de aplicações e informações devem estar no ambiente da instituição e quais podem ser migradas para a nuvem, considerando a gestão interna que as duas situações exigem, disponibilidade e necessidade de acesso à informação, mas principalmente o custo a médio e longo prazos. Estratégias prematuras de migração sem critério para o processamento em nuvens públicas, criaram até um novo movimento, o Cloud Repatriation, que em bom português, é o movimento de trazer de volta, para as nuvens privadas e datacenter próprios, as aplicações, informações e conteúdo que, por diversas características, se tornaram caras e difíceis de manter em ambientes de nuvem externos. Com muita adoção de tecnologia, novos processos, preparação e reciclagem de educadores e novos modelos de ensino, conseguiremos acelerar a mudança que o setor exige e reverter o modelo de preparação de indivíduos com as competências capazes de enfrentar os desafios profissionais que estão por vir.
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Claudio Tancrendi Country Manager Hitachi Vantara Brasil
Por que a governança de dados é o novo Petróleo para o mundo corporativo? De acordo com especialistas da MIT Technology Review, o valor anual da transformação digital é de US $ 20 trilhões, ou mais de 20% do PIB global. Isso provoca mudança fundamental na forma como as organizações se desenvolvem, produzem e vendem seus produtos e serviços. Ao mesmo tempo, as empresas mudaram as suas prioridades, afastaram-se da automação de negócios e processos através de longos e complexos planejamentos de recursos empresariais, como ERP CRM e SCM, em direção aos esforços centrados em dados que usam esses mesmos sistemas em conjunto com fontes de dados para obter novos insights. Mas, o volume de dados não é um diferencial competitivo para o mercado. O sucesso está em uma análise orientada aos negócios no longo prazo. Uma boa gestão é
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vista de forma holística, de ponta a ponta. Usados estrategicamente, os dados de uma organização ganham valor ao longo do tempo. Claro que esta decisão passa por implementar uma infraestrutura de tecnologia adequada para garantir que os dados possam ser amplamente utilizados pela organização. Para desenvolver esse tipo de agilidade é essencial adotar soluções de armazenamento de dados. De uma perspectiva econômica, os dados são únicos, quando comparados a outros ativos que se desvalorizam e até “envelhecem”. Por isso, as organizações devem ter uma visão geral para reconhecer as oportunidades, direcionar no que investir, para obter mais retorno. Vários setores já estão aproveitando dados de IoT e aplicando analytics para gerenciar suas informações. Um exemplo
são as empresas de saúde que utilizam dados para o tráfego de pacientes, desde do momento inicial do atendimento até a saída dele; varejistas estão adotando as tecnologias para melhorar o controle de estoque e melhorar programas de marketing. Enquanto muitos líderes de várias indústrias têm uma visão de que, ser uma empresa orientada por dados é um caminho longo, pelo qual há muito trabalho a ser feito, há outros que priorizam a cultura da colaboração de dados, trabalhando alinhados com parceiros de tecnologia para construir uma infraestrutura escalável e dados inteligentes. Com isso, as organizações estão compreendendo o verdadeiro valor dos dados, consolidando seu papel e proporcionando uma vantagem competitiva.
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Morris Menasche Vice Presidente de Vendas da ClickSoftware para América Latina
Como a inteligência artificial e machine Learning podem melhorar o atendimento no segmento de homecare?
A necessidade de profissionais qualificados móveis na área de saúde e a crescente demanda resultante do envelhecimento da população estão impactando o mercado de saúde, especialmente no que diz respeito à saúde domiciliar (homecare). Em 2016, por exemplo, 8,5% das pessoas no mundo (617 milhões) tinham 65 anos ou mais. Segundo novo relatório, esse percentual deve saltar para quase 17% da população mundial em 2050, o que corresponde a cerca de 1,6 bilhão de pessoas. Esta geração tem exigido um atendimento
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cada vez mais humanizado e personalizado que atenda as necessidades de cada indivíduo, o que reflete diretamente no aumento pela procura por serviços de saúde homecare. Nos últimos seis anos, o número de estabelecimentos que prestam serviços de homecare quase triplicou no Brasil. Segundo boletim econômico da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), o país já tinha 392 dessas clínicas no ano passado, enquanto que em 2011 eram apenas 138.
Essa necessidade de prestar cuidados em casa criou uma demanda crescente por profissionais de saúde móveis. No entanto, há uma grande dificuldade em contratar pessoal para acompanhar esse novo nicho de mercado. De acordo com a consultoria DHI Group, hoje é preciso um recorde de 49 dias para preencher uma posição na área de saúde. Isso representa duas semanas a mais do tempo necessário para ocupar uma posição no competitivo setor de TI. Uma pesquisa realizada em Wisconsin, nos EUA, descobriu que 85% das agências de homecare não tinham profissionais suficientes para cobrir
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todos os turnos e 43% não preenchem seus turnos pelo menos sete vezes por mês. Dada à necessidade de atender a essa demanda crescente, juntamente com a dificuldade em encontrar e reter auxiliares, enfermeiros e outros trabalhadores de qualidade, é importante que as organizações de cuidados domiciliares encontrem formas de atrair e manter seus talentos. Uma maneira de atrair os trabalhadores é fornecer um cronograma mais consistente e confiável, permitindo que o funcionário consiga planejar melhor a sua vida. Para isso, o mercado já oferece recursos tecnológicos de otimização de cronograma que podem ser ótimos aliados neste processo. Ofereça equilíbrio entre Trabalho x Vida Os funcionários valorizam muito o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Alguns atingem esse equilíbrio por meio de contratos, mas outros também esperam que as organizações ofereçam flexibilidade em suas vidas profissionais. No entanto, muitos provedores de serviços de saúde ainda usam tecnologias antigas, bem como processos manuais para controlar a agenda dos colaboradores. Isso leva a um planejamento de curto prazo que não oferece nenhuma consistência de longo prazo para os funcionários. A otimização do cronograma possibilita que as organizações forneçam aos funcionários uma visão de longo prazo de
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seus cronogramas, permitindo que eles gerenciem melhor suas vidas externas. De fato, 17,7% dos cuidadores afirmam que sua seleção de agências foi baseada no cronograma de trabalho que atende seu estilo de vida. O planejamento de longo prazo também ajuda as organizações de saúde a mapear a demanda por recursos para ajudar a reduzir os custos de horas extras, já que é possível ter uma visão real da disponibilidade e da demanda futura. Crie operações mais eficientes utra boa maneira de recrutar e reter funcionários é eliminar ineficiências desnecessárias em sua vida diária de trabalho. Uma área que pode ser otimizada é o tempo gasto no trajeto para consultas ao paciente. Rotas mal planejadas aumentam a frustração, levam a um menor engajamento e até aumentam o estresse. A tecnologia de otimização de cronograma torna os funcionários mais eficientes com atualizações de tráfego em tempo real e melhor planejamento de rotas. Diminuir a quilometragem acionada por sua força de trabalho móvel, por exemplo, ajuda não apenas os funcionários, mas também impacta diretamente o meio ambiente e as finanças, devido ao menor consumo de combustível. Invista em tecnologia Os trabalhadores da próxima geração, que têm o potencial para preencher as atuais lacunas de emprego, têm necessi-
dades diferentes das gerações passadas. Por exemplo, os millennials têm pouca tolerância a tecnologias ultrapassadas que os impedem de realizar o trabalho de que realmente gostam. Por exemplo, uma pesquisa com 1.000 milênios conduzida pela Microsoft revelou que 93% citaram tecnologias modernas e atualizadas como um dos aspectos mais importantes de um ambiente de trabalho. A tecnologia de otimização de cronograma utiliza Inteligência Artificial e Machine Learning, recursos de ponta que tornam as operações mais eficientes e o trabalho diário mais fácil. Essas tecnologias são atraentes para os novos funcionários, pois eles passam a enxergar a organização como um empregador moderno que está investindo em tecnologia que impacta positivamente suas vidas. Escale sua organização A otimização de cronograma permite uma escala e eficiência do trabalho que seria impossível com processos puramente manuais. A tecnologia de otimização de cronograma é uma maneira comprovada e confiável de ajudar uma organização a crescer, já que compreende a demanda e agenda os recursos adequadamente. Esse tipo de tecnologia não só ajuda a atrair funcionários, como engaja os atuais para que eles permaneçam e estejam mais bem equipados para fornecer os cuidados necessários para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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OPINIÃO Realidades diferentes e (quase) irreconciliáveis – Parte 1 Existe uma portaria do MEC, este mesmo que em 2019 anda sob chuvas e trovoadas, que trata da obrigatoriedade das IES possuírem acervo acadêmico digital. A portaria de número 315 vai impactar a maneira como as instituições de ensino geram seus processos e guardam seus documentos. O decreto foi publicado no dia 15/12/2017 e entrou em vigor no mesmo dia da publicação, exigindo que instituições de ensino, tanto públicas como privadas, migrem seu acervo acadêmico para o meio digital. O prazo estabelecido pela portaria era de dois anos e convenhamos, era, e é, um tanto desafiador. A Portaria 315, que complementa o decreto 9.235, substitui a Portaria 22. O que mudou na 315? • Foram feitas alteração simples no texto; • Foi adicionado texto na Seção V – Procedimento Sancionador; • Quanto ao acervo acadêmico, nada mudou da Portaria 22 para a 315, apenas o prazo de implantação do acervo digital; • Como o prazo era 24 meses, agora esses
A nossa experiência diz que a migração do acervo acadêmico físico para o meio digital já vem acontecendo há algum tempo, mas de forma pouco organizada e, consequentemente, não servirá para atingir plenamente os objetivos do MEC e muito menos a LGPD. Algumas IES já avaliaram o risco versus benefício e colocaram este projeto em prática. Antes, esta ação fazia parte de uma atualização oriunda da vontade da IES em atender o aluno de forma mais prática e rápida. Agora, o objetivo é atender ao MEC. E o que é considerado “Acervo Acadêmico” pela portaria 315? Conforme a Portaria 315, artigo 37 (Antigo 34 da Portaria 22): “[…] Considera-se acervo acadêmico o conjunto de documentos produzidos e recebidos por instituições públicas ou privadas que ofertam educação superior, pertencentes ao sistema federal de ensino, referentes à vida acadêmica dos estudantes e necessários para comprovar seus estudos”.
24 meses significam abril de 2020. • As IES têm até abril de 2020 para implantar o acervo acadêmico digital.
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Vamos analisar a construção deste futuro ambiente levando em consideração alguns aspectos que já são sobejamen-
Tadeu Cruz tadeuj.cruz@gmail.
te conhecidos pela comunidade que lida com gerenciamento eletrônico de documentos. Tais aspectos, na maioria das vezes não estão sendo observados na transformação do ambiente físico em eletrônico. O primeiro, e talvez, o mais importante aspecto a ser considerado é que a maioria das IES não têm seus processos devidamente documentados e gerenciados. São processos que ainda operam sem documentação, espalhados e fragmentados na cabeça dos colaboradores, e muitas vezes executados de forma ad hoc. Todos nós, ou pelo menos os especialistas sérios, da área de processos, sabem que sem documentação é impossível gerenciar um processo, qualquer que seja ele ou produto que deva produzir. Não adianta tentar “tapar o Sol com a peneira” pois nenhuma metodologia ágil vai dar condições para que isto aconteça contando com nenhuma, ou quase, documentação dos processos, com o pretexto de dar maior celeridade aos mesmos. Uma coisa é desenvolver sistemas de informações gerenciais e operacionais sob a óptica de se “Garantir a satisfação do cliente, entregando rápida e continuamente software funcional”, outra,
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OPINIÃO
bem diferente é garantir consistência, rapidez e eficiência à produção de bens e serviços. Como dizia minha avó “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!” Eu não saberia estimar a quantidade de IES sem condições de atender minimamente à portaria 15, mas as experiências que tenho vivido são desanimadoras. Creio que muitas esperam que o prazo seja estendido. Eu espero que não. O acervo acadêmico digital vai trazer ganhos importantes, tanto para as instituições quanto para os clientes. Devemos lembrar que um documento arquivístico tem valor jurídico. Um documento nato digital deve exibir quem o produziu, quando foi produzido, para que foi produzido e quando sofreu qualquer acesso ou modificação. Não somente os metadados indexados. O histórico do documento deve ser muito claro. É preciso registrar as mudanças ocorridas com cada documento guardado. Então, até quem não é da área já vislumbra aqui a necessidade de organizar os processos acadêmicos e administrativos, sob pena de não se ter condições de permitir à instituição possuir o histórico do documento de forma clara e válida juridicamente. E, convenhamos, rastreabilidade é a base sob a qual se constrói confiança no processo
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de digitalização, guarda e manuseio de documentos eletrônicos.
Vou dar um exemplo de desorganização de processos.
Em 2012 documentamos e, depois de analisarmos, refizemos TODOS os processos de uma grande universidade particular brasileira. Foram documentados mais 45 processos, com 147 atividades no total entre todos os processos. Destas 70,59% foram eliminadas ou transformadas em atividades eletrônicas, semi-automatizadas ou totalmente automatizadas, por meio de um software de Workflow. Resumindo, a IES deixou de ser uma organização baseada em papel para ser uma organização eminentemente eletrônica!
Uma determinada Nota Fiscal levou 60 dias para ser paga simplesmente porque a mesma ficou esquecia numa caixa postal de quem deveria dar andamento ao processo de pagamento!
Claro, esta transformação só foi possível por meio de um trabalho sério, apoiado pela alta direção da organização, e que teve o apoio de todos os funcionários, de todos os escalões, ainda que alguns soubessem que suas atividades seriam eliminadas. Então, se quisermos implantar com sucesso o que determina a portaria 315 será preciso encarrar a dura realidade de admitir que os processos da instituição são desorganizados, ad hoc, não documentados, etc., etc., etc. e olhe que estamos apenas no primeiro aspecto que devemos levar em conta se quisermos transformar a organização do estágio desorganizado para o estágio organizado e eletrônico.
Nos próximos artigos falarei dos outros aspectos, tais como, estruturas de gerenciamento de documentos eletrônicos, softwares para gerenciamento e automatização de processos e, um novo aspecto importantíssimo, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, (lei 13.709/18 ou “LGPD”), que regulamenta a forma pela qual as organizações passarão a utilizar, no Brasil, dados pessoais enquanto informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável. A Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, também conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrará em vigor em 24 meses, a contar da publicação da LGPD. Agora advinha o que vai acontecer, se as instituições não estão preparadas nem para implantar a Portaria 315, imagina então terem que implantar a LGPD, num tempo tão exíguo quanto o da 315! Pois é... No próximo artigo falarei mais sobre Realidades diferentes e (quase) irreconciliáveis.
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www.abeinfobrasil.com.br A ABEINFO está nascendo como um Núcleo Associativo do Instituto Information Management e tem como proposta, reunir as Empresas Usuárias e Fornecedoras de Soluções e Tecnologias para a Gestão de Informações Corporativas com o objetivo de: • Promover encontros periódicos para troca de Informações e Networking;
• Fomentar o Desenvolvimento do Mercado por meio de Ações Educacionais;
• Defender os interesses do setor de forma Corporativa junto a Órgãos Reguladores e Mercado em geral;
• Realizar estudos e pesquisas sobre evolução do mercado e tendências;
• Valorizar e Promover as Atividades e Tecnologias das Empresas Associadas;
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• Trabalhar em prol do desenvolvimento do mercado e dos profissionais da Informação; • Entre outros;
• Capacitar sua Força de Trabalho;
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