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A revista dos profissionais da informação
Ano 13 - Número 94 - JUN 2020
Marcelo Buz ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação
Assinatura Digital não é mais uma novidade para o futuro, é realidade no presente Por Prado Junior - Pág 06 Tecnologia de reconhecimento facial é utilizada em pagamentos e acesso a edifícios - Pag 12
Serviços digitais do governo passam de 700 e meta é digitalizar todos até 2022 - Pag 21
Os novos desafios da área de Gestão de Documentos e Conteúdos com a aprovação do Decreto 10 - Pag 49
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A mais importante associação para quem precisa entende A ABEINFO é um núcleo associativo do Instituto Information Management com o propósito de reunir Usuários e Fornecedores de Tecnologias para o Gerenciamento de Informações com o objetivo de Promover o Desenvolvi-
mento do Mercado, a Capacitação de sua Força de Trabalho e principalmente as Novas Tecnologias para a Gestão de Informações que estão possibilitando Melhoria de Produtividade, Otimização de Recursos e Governança.
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Entrevista com Peggy Winton, CEO da AIIM
NÚMERO 90 2020 NÚMERO 79 | FEVEREIRO DE |2019
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conteúdo do mês Tecnologia de reconhecimento facial é utilizada em pagamentos e acesso a edifícios
Por Prado Junior
pág 12 Serviços digitais do governo passam de 700 e meta é digitalizar todos até 2022
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Por Prado Junior
Os novos desafios da área de Gestão de Documentos e Conteúdos com a aprovação do Decreto 10
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matéria de capa / pág 06
natura Digital não é mais a novidade para o futuro, é realidade no presente
PUBLISHER
Eduardo David eduardo@guiabusinessmedia.com.br CONSELHO EDITORIAL
Walter Koch - Wilton Tamane - José Guilherme Junqueira Dias Angelo Volpi - Cinthia Freitas - Luiz Alfredo Santoyo - Christian Ribas Marcio Teschima - Carlos Bassi ATENDIMENTO AO CLIENTE
Gicelia Azevedo
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REDAÇÃO
Prado Junior
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PRODUÇÃO GRÁFICA
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Tadeu Nunes tadeu@iima.com.br Mariana Dantas mariana@iima.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO - (11) 3392-4111 INFORMATION MANAGEMENT – Revista especializada no tema Gerenciamento de Informações, Documentos e Digital Business. Distribuição Nacional. Publicação oficial do INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT – IIMA - Rua Anhanguera, 627 Barra Funda - 01135-000 - São Paulo - SP
Digitalizar para aproximar - Entrevista com Everton Abrili da VIVO
pág 27
O INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT - IIMA é uma organização que reúne profissionais e empresas que trabalham com processos envolvendo o gerenciamento de documentos e informações. Sua missão é promover a capacitação profissional e o desenvolvimento do mercado por meio um amplo portfólio de serviços como Cursos, Congressos, Consultoria, Livros e Publicações, Certificações, Workshops, Programas Educacionais ao vivo, entre outros. Um corpo multidisciplinar composto por Consultores, Analistas, Professores, Jornalistas e Pesquisadores está na base da produção do conhecimento gerado diariamente pelo INSTITUTO com o objetivo de ajudar os profissionais e empresas a lidarem com o Caos da Informação e a constante evolução tecnológica. O IIMA conta hoje com 40 mil profissionais participantes. DIREÇÃO
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O Covid-19 e o futuro do blockchain
CONSULTORIA E CURSOS
Wilton Tamane consultoria@iima.com.br ATENDIMENTO AO ASSOCIADO
Gicelia Azevedo
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CONSELHO TÉCNICO:
Walter Kock consultor, autor, palestrante Wilton Tamane consultor, professor e palestrante Márcio Teschima empresário, palestrante Tadeu Cruz professor, autor , palestrante Angelo Volpi notário, professor, autor e palestrante Carlos Bassi consultor, professor e palestrante José Guilherme J. Dias professor, consultor e palestrante Cínthia Freitas professora, autora consultora e palestrante PARA SE ASSOCIAR LIGUE: (11) 3392-4111 ramal 29 ou acesse: www.abeinfobrasil.com.br INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT - IIMA Rua Anhanguera, 627 - Barra Funda 01135-000 - São Paulo - SP Tel: (11) 3392-4111
pág 77 Associação das Empresas e Profissionais da Informação
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Marcelo Buz diz que já são cerca de 9 milhões de Certificados Digitais no Brasil
“A n d ex m digit ini b
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Assinatura Digital não com é maisa A digitalização novidade paralegal o futuro, é rea não é d no presente 6
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matéria de capa
nova realidade da humanidade xigirá cada vez mais processos talizados e esta iciativa é muito bem-vinda”, diz Walter Koch
Já são cerca de nove milhões de certificados digitais expedidos e destes, quatro milhões foram somente para pessoas físicas. Por Prado Junior
Por Prado Junior
s uma amparo alidade de hoje! www.informationmanagement.com.br
Não é novidade para ninguém que a internet facilita muito a vida das pessoas e das empresas. Afinal, hoje é possível ter acesso a muito mais informação do que antigamente, de maneira simples e ágil. Além disso, ela otimiza a nossa rotina diária, pela possibilidade de realizar determinadas ações sem sair de casa ou do escritório, como pagar contas, fazer movimentações financeiras etc. A pandemia mostrou o quanto a sociedade precisa se atualizar e, principalmente, digitalizar-se. Empresas e órgãos públicos sentiram na pele a quarentena obrigatória. A mudança, que era lenta e gradual, acelerou de repente a um ritmo que poucos conseguiram acompanhar.
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DE 13 A 17 DE JULHO
matéria de capa Se antes era possível, e até normal, levarmos um tempão na tramitação da validação de documentos, a realidade mudou a forma como entendemos e lidamos com a burocracia. E aí o tema assinatura digital veio à tona de vez. Na esfera política, empresarial e pública, nunca se ouviu falar tanto sobre isso. Porém, é preciso ficar atento. A internet pode ser um ambiente totalmente vulnerável no que diz respeito à segurança de informações e transações. A boa notícia é que já existem tecnologias que ajudam a minimizar os riscos e a insegurança, uma delas é a assinatura digital. Com a expansão da informática, grande parte dos arquivos em diversas áreas do mercado migrou para o ambiente digital. A partir disso, surgiu a necessidade de autenticar todo esse volume de informações, da mesma forma com que as assinaturas validam contratos e outros conteúdos em papel.
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Marcelo: Assinaturas avançadas são criptografias que vinculam de forma unívoca o assinante aos documentos. As qualificadas são as avançadas com sistemas de auditorias e fiscalização regulamentados. Normalmente possui presunção de O Instituto Information validade jurídica. Management conversou Marcelo Buz, que esteve IM: Quais os critérios à frente do ITI - Instituto para se obter uma AssiNacional de Tecnologia da natura Eletrônica QuaInformação até início de lificada ou Assinatura junho. Na entrevista Mar- Digital? celo explica as diferenças sobre os vários tipos de as- Marcelo: No Brasil, passar pelo sistema de verifisinaturas. cação e validação de comIM: O que é assinatura provação que você é você eletrônica? mesmo. Este procedimento é realizado por um dos Marcelo: Qualquer tipo entes credenciados junto de assinatura cujo meio ao ITI para operar na ICPé eletrônico. Pode ser um -BRASIL. login e senha, uma autenticação com biometria, IM: O que é Certificado uma assinatura física esca- Digital? neada. É diferente do conceito de assinatura digital. Marcelo: É um registro eletrônico assinado, geraIM: Existem vários tipos do por meio de um prode assinaturas disponí- cedimento de certificação veis em meio eletrôni- digital, que se destina a co. Quais as diferenças comprovar a relação exisentre Assinaturas Ele- tente entre um elemento trônicas Simples, Avan- criptográfico e uma pesçadas e Qualificadas? soa física ou jurídica. Com a criação da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP Brasil, em 2001, os documentos digitais passaram a ter validade jurídica em todo Brasil e podem substituir totalmente o papel.
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COMUNICADO IMPORTANTE Diante do atual cenário causado pelo COVID-19 e preocupado com o bem estar de nossos Palestrantes, Congressistas e Patrocinadores, o IIMA – Instituto Information Management decidiu reprogramar as datas de seus eventos do primeiro semestre.
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Veja a nova programação
2020 Edição FORTALEZA
SP ⦁ RJ ⦁ CE ⦁ SC ⦁ RS ⦁ SE
Edição JOINVILLE Dia: 09 de Setembro
Local: MERCURE JOINVILLE PRINZ HOTEL Rua Otto Boehm, 525 – América, Joinville – SC, 89201-700
Edição PORTO ALEGRE Dia: 11 de Setembro
Local: FIERGS Av. Assis Brasil, 8787 – Sarandi, Porto Alegre – RS, 91140-001
Dia: 13 de Novembro
RPA + AI
Local: A definir
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DIAS 28 E 29 DE OUTUBRO - SÃO PAULO / SP
Edição SÃO PAULO
Dias: 28 e 29 de Outubro
Dia: 24 de Novembro
R. da Paz, 1431 – Chácara Santo Antônio (Zona Sul), São Paulo – SP, 04713-001
Rua Haddock Lobo, 294 – Cerqueira César
Local: Amcham Brasil
2020 SP ⦁ RJ ⦁ CE ⦁ SC ⦁ RS ⦁ SE
Edição ARACAJÚ Edição RIO DE JANEIRO
Dias: 24 e 25 de Setembro
Local: Hotel Prodigy Santos Dumont Av. Alm. Silvio de Noronha, 365 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20021-901
Dia: 10 de Novembro
Local: Hotel Intercity São Paulo Paulista
Segmento: RH – Recursos Humanos
Dia: 03 de Dezembro
Local: Hotel Intercity São Paulo Paulista Rua Haddock Lobo, 294 – Cerqueira César
Local: A definir
Segmento: CSC – Centro de Serviços Compartilhados
Edição FORTALEZA
Dia: 04 de Dezembro
Local : A definir
Rua Haddock Lobo, 294 – Cerqueira César
Dia:12 de Novembro
2021 Dias: 24 e 25 de Março de 2021
Local: Hotel Intercity São Paulo Paulista
Digital
Local: Amcham Brasil
R. da Paz, 1431 – Chácara Santo Antônio (Zona Sul), São Paulo – SP, 04713-001
- 11ª edição do Congresso INFORMATIONSHOW - 2ª edição do Fórum OUTSOURCING Brasil - 2ª edição do Congresso ABEINFO sobre ORGANIZAÇÃO & GESTÃO DE DOCUMENTOS
Para mais informações sobre os eventos: contato@iima.com.br
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matéria matéria dede capa capa
IM: Quem pode emitir Marcelo: Sim. Qualquer Marcelo: Em salas-cofres esse certificado digital? pessoa natural ou jurídica. administradas pelas autoridades certificadoras. Mas Marcelo: Todos os entes IM: Qual o procedimen- é importante salientar que credenciados juntos ao ITI. to para se obter uma os documentos assinados assinatura digital? pelo certificado digital são IM: Quantos certificados autônomos. Não são armadigitais existem hoje no Marcelo: Identificar um zenados pela ICP-BRASIL. Brasil? Agente de Registro, uma autoridade de registro e IM: Essas assinaturas Marcelo: São cerca de 9 realizar os procedimentos têm prazo de validade? milhões. Sendo que destes, definidos. 4 milhões de pessoas físicas. Marcelo: As assinaturas IM: Onde são armaze- não. Os certificados sim. IM: Qualquer um pode ter nados os dados da assi- Até 5 anos. um certificado digital? natura digital?
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Tecnologia de reconhecimento facial é utilizada em pagamentos e acesso a edifícios Usuários em diversos países estão optando por tecnologias que evitem contato e aqui no Brasil empresa utiliza equipamento que reconhece pessoas e afere temperaturas.
Por Prado Junior Na atual situação, provocada pela pandemia de coronavírus, as novidades tecnológicas estão claramente prontas para atravessar a crise intactas e, ao mesmo tempo, au-
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mentar sua atratividade na luta por conquistar e manter clientes. As conclusões de uma pesquisa exclusiva da Wirecards Labs revelam que mais e mais pessoas ao redor
do mundo estão abertas a métodos de pagamento radicalmente novos. Entre eles estão pagamentos por reconhecimento facial, impressão digital ou comandos de voz.
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matéria Reino Unido, França e Alemanha são três exemplos de que a popularidade dos pagamentos sem contato está aumentando. Consumidores estão aproveitando as convenientes soluções móveis de tocar e pagar. E três em cada quatro entrevistados indicaram que continuarão usando esse método após a pandemia. O reconhecimento facial, algo considerado inacessível para muitos negócios, passa a se tornar cada vez mais realidade. Os exemplos já podem ser vistos através de tecnologias oferecidas por grandes players de mercado e por startups. Essa tecnologia pode ser aplicada em situações que vão desde o reconhecimento de colaboradores em empresas até o pagamento de contas sem a necessidade de dinheiro, cartão ou senha.
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O Instituto Information Management conversou com Marcelo Zanelatto, diretor de tecnologia da Acesso Digital. Ele conta que a ferramenta funciona a partir de uma selfie. Em seguida, a tecnologia de reconhecimento facial analisa os pontos da face, como as distâncias entre olhos e nariz, nariz e boca, entre outros. Essa análise é feita por um motor biométrico, que é o sistema que interpreta essas informações.
Segundo Marcelo, depois que a selfie é tirada o motor faz a interpretação e os pontos são confrontados com os dados da base da empresa, gerando um score de autenticação que vai de -100 a +100.
“Quanto mais informações consistentes temos de determinada pessoa na nossa base, mais próximo do +100 será o score. A ferramenta também identifica quando alguém está tentando se passar por uma pessoa já cadastrada na base, usando seu “Do ponto de vista do usuário, CPF. Nesse caso, é gerado o o AcessoBio, nossa solução, score negativo”, explica. traz na tela o modelo de enquadramento. É um processo De acordo com o executivo, simples: ele tira a selfie com o o score é a única informação rosto centralizado e sem aces- que a Acesso Digital comsórios, como óculos e chapéu. partilha com a empresa que A iluminação também é im- utiliza a ferramenta, para que portante, pois uma imagem ela decida se vai permitir uma com má qualidade, luz baixa transação ou não. “O Acesou estourada dificulta a iden- soBio está presente em servitificação”, aponta. ços financeiros, como análise
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matéria ferramenta da Acesso Digital é treinada para reconhecer rostos brasileiros, miscigenados, independentemente de cor, raça ou gênero. “Existem vários motores biométricos no mercado e é importante atentar-se a isso ao contratar uma solução de reconhecimento facial. Quando uma empresa opta por adquirir uma tecnologia estrangeira, a tendência é de que ela esteja treinada para identificar mais pessoas de um Marcelo Zanelatto, diretor de tecnologia da Acesso Digital determinado biotipo, como orientais, no caso de uma ferrade concessão de crédito, novos e passa por testes constantes. menta japonesa, por exemplo”, clientes e abertura de contas; no “Nossa tecnologia de reconhe- conclui Marcelo Zanelatto. e-commerce com a autentica- cimento facial é associada a ção de transações online e, com uma tecnologia de vida (live- Sobre a Acesso Digital a pandemia, estamos iniciando ness), que garante que a pessoa o uso da tecnologia na teleme- que tira a foto está ao vivo e que A Acesso Digital foi criada para dicina, validando identidades de não é alguém tirando uma foto simplificar a relação das pessomédicos e pacientes para evitar de uma foto. Em números, nos as com as empresas por meio fraudes em consultas e no aces- pedidos de crédito em maio, por da identidade digital. Primeira so a laudos online. exemplo, identificamos mais IDTech brasileira, foi fundada de 12 mil tentativas de fraude em 2007 por Diego Martins, Nossa solução é utilizada em dentre mais de 2,4 milhões de com a ajuda de Rui Jordão e três dos cinco maiores bancos solicitações. Com isso, evitamos Paulo Alencastro e foi pioneira privados, em sete das dez maio- prejuízos de mais de R$ 27 mi- ao oferecer soluções de biometria facial, admissão digital e res varejistas e em sete das dez lhões para nossos clientes”. assinatura eletrônica. Com sede maiores fintechs do país”, destaca Marcelo. A ferramenta distingue os diver- em São Paulo, a Acesso Digital sos biotipos brasileiros. Como tem como clientes os principais O diretor explica que a ferra- toda tecnologia é baseada em bancos do país e grandes emmenta tem acurácia de 99,95% treinamento de máquina, a presas varejistas do Brasil.
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www.zuri.wf
matéria Controle de acesso e temperatura Outra utilização do reconhecimento facial está diretamente ligada ao controle e acesso de pessoas a edifícios e empresas. Os casos de Covid-19 obrigam as empresas a uma prevenção maior, principalmente no que tange a evitar contágio. O Instituto Infomation Management ouviu Eduardo Atanazio, especialista em marketing da 18 Gigas, empresa que representa a tecnologia da Quinyx Company no Brasil. Eles desenvolveram o CAAT (Controle de Acesso e Aferição de Temperatura).
das informações de aproxima- dados no formato binário e em damente 1 segundo”, afirma. algoritmos, sendo armazenados numa base de dados. A leitura biométrica facial é um avanço da tecnologia para O software, segundo Eduardo, facilitar a identificação e auten- é capaz de mapear diversas ticação das pessoas de modo características fisiológicas únirápido, eficaz, permitindo o uso cas do rosto humano, como a em diversos ambientes. Esse re- distância entre os olhos, a linha conhecimento é feito através de da mandíbula, o tamanho do um software, capaz de mapear queixo, o comprimento do nadiversos traços únicos do ros- riz, curva da bochecha, o conto humano, convertendo esses torno dos lábios etc. “Com a
O equipamento, segundo Eduardo, realiza o reconhecimento facial por meio de uma câmera frontal que faz a biometria facial. “Esta câmera identifica pessoas com ou sem a máscara, ao mesmo tempo em que é realizada a aferição da temperatura corporal. O CAAT possui sensores infravermelhos na parte frontal, o que permite essa leitura paralela e instantânea, com retorno
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O CAAT faz o reconhecimento facial mesmo com utilização de máscaras
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matéria leitura desses pontos do rosto, o sistema é capaz de identificar os indivíduos de acordo com as informações disponíveis no banco de dados, onde são comparados com a imagem captada pela câmera, permitindo identificação das pessoas”, explica.
temperatura com a função de identificar a febre, e neste caso deve ser feito uma nova amostragem por outro método pois a contraprova é bem vinda em O executivo conta também todo sistema de que é improvável ocorrer frau- saúde”, destaca. de, mesmo que a pessoa use maquiagem, mude o corte do De acordo com o cabelo, use óculos, use másca- executivo, o equira, entre outros, devido o rosto pamento faz o humano ser composto por di- reconhecimento versas características que são com máscara e Eduardo Atanazio, especialista em marketing da 18 Gigas únicas em cada pessoa, garan- óculos. Pelo fato tindo a segurança e eficiência de a leitura principal ser na redo equipamento. gião da testa, olhos e nariz, é fluxo de pessoas, mesmo que importante não utilizar acessó- este seja baixo”, conclui Eduar“O CAAT tem capacidade para rios como bonés, chapéus e si- do Atanazio. cadastramento de até 30 mil milares. pessoas. Para a identificação, é necessário registrar um cadas- “O CAAT é uma solução que Sobre o CAAT tro nesta base de dados e este atende ao mercado de forma registro pode ser feito direta- ampla, podendo ser utilizado Outros diferenciais são a exmente no CAAT ou via upload em Aeroportos, Terminais Rodo- portação de dados em tempo de uma base de dados já exis- viários, Shoppings, Hotéis, Esco- real, a segurança, já que o CAAT tente”, aponta. las e Faculdades/Universidades, Quinyx distingue faces humaBancos, Escritórios, Indústrias, nas de fotos, e a possibilidade Com o CAAT não é necessário Supermercados, Condomínios de identificação noturna, pois fazer contato físico com o apa- Comerciais e Residenciais, Está- conta com infravermelho e luzes de LED. relho, diferente da biometria via dios, entre outros. impressão digital, o que protege os usuários da contaminação O CAAT pode ser utilizado em Mais informações pelo site www.acessocaat.com.br por contato. “O CAAT afere a qualquer ambiente que tenha
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Serviços digitais do governo passam de 700 e meta é digitalizar todos até 2022 Até agora, 56% dos serviços do governo federal já são digitais e a economia desde janeiro de 2019, foi de R$ 2,2 bilhões.
Por Prado Junior O portal Gov.br e seu crescente acesso são indicadores de que a população opta cada vez mais pela forma on-line. Desde janeiro, foram contabilizados 12 milhões de novos usuários. Os números em 2020, aumentam a cada mês. Foram 4,6 milhões em janeiro, 4,1 milhões em fevereiro, 6,7 milhões em março e 14 milhões em abril – 108% de aumento em relação ao mês anterior. O secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro, conversou com o Instituto Information Management. Segundo ele a transformação digital já é uma realidade no Brasil. Luis Felipe: Como sociedade, sem dúvida! Representamos a quarta
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maior população de usuários conectados do mundo e estamos entre os três primeiros no uso das maiores plataformas de rede social. De acordo com o cetic.br, 3 a cada 4 brasileiros acessam a internet frequentemente, 99% deles por intermédio dos seus smartphones. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 9 em cada 10 tem acesso a rede. Como governo, estamos avançando rapidamente. 56% dos serviços do governo federal já são digitais - teremos 100% até 2022 - e 68% dos adultos brasileiros afirmam ter usado governo eletrônico no último ano. A aceleração da transformação digital empreendida desde janeiro do ano passado pelo governo brasileiro já permite que o cidadão tenha os serviços ao alcance da mão 24 horas
por dia, 7 dias por semana, onde estiver, sem precisar se deslocar. Essa aceleração trouxe resultados importantes neste período crítico de enfrentamento à Covid19, como o acesso mais fácil e rápido ao Auxílio Emergencial de R$ 600, criado já na forma digital para atender a população mais vulnerável, por exemplo. Ainda vale ressaltar a Estratégia de Governo Digital 2020-2022, recentemente publicada. A meta é tornar o governo totalmente digital nestes três anos e impulsionar estados e municípios para participarem ativamente, integrados ainda mais a essa transformação. O brasileiro já é digital. O governo está correndo atrás do prejuízo para entregar uma experiência digital
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matéria agradável - no mínimo a mesma que o cidadão experimenta nos serviços privados. Temos muito o que fazer, descobrir, aprender e aprimorar. Na entrevista Luis Felipe falou sobre o como é o trabalho da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia. Luis Felipe: É muito gratificante e muito divertido! Todos nós temos um desafio comum de oferecer direção, remover barreiras e ditar o ritmo desta transformação. Conseguimos montar uma equipe incrível, formada por servidores públicos de vários órgãos e com formação diversificada; de cientistas da computação a psicólogos. Procuramos desenvolver profissionais dinâmicos e inovadores, ágeis e precisos, focados em entregas de valor, incansáveis na solução de problemas e, principalmente, apaixonados pelo nosso usuário, o cidadão brasileiro. O nosso dia-a-dia movimenta-se em várias direções. O trabalho é
horizontal, na coordenação das equipes do governo federal e, ao mesmo tempo, vertical, como impulsionador das ações nos entes federados. Queremos atingir todos os órgãos da administração pública federal e, também, disseminar planos e condutas que auxiliem estados e municípios a ampliar de vez a oferta de serviços digitais e a encerrar a era do papel. No âmbito federal, apoiamos os órgãos do governo na elaboração e execução de seus planos de transformação digital. Estamos concluindo, por exemplo, até o final deste ano, a migração de todos os sites de governo para o portal gov.br, que cresce a cada mês em número de acessos. Já com a Rede Nacional de Governo Digital, a Rede gov.br , estados e municípios passaram a aplicar avanços e práticas já testados pelo governo federal para igualmente acelerar a digitalização dos serviços prestados. Quando aderem à Rede, esses en-
tes têm acesso a iniciativas comuns a todos. A sinergia entre as diferentes esferas favorece um ambiente mais propício ainda à inovação. Hoje, fazem parte da Rede gov.br: Distrito Federal, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de municípios das cinco regiões e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). A consolidação e a ampliação da Rede Gov.Br fazem parte do conjunto de diretrizes e metas que compõem a nova Estratégia de Governo Digital. Um dos objetivos contidos no documento é, inclusive, integrar todos os estados brasileiros à Rede Gov.br até 2022. Cada vez mais, é essencial compartilharmos as ferramentas de que dispomos, seja na administração federal, estadual ou municipal. Quem ganha é o cidadão. Governo do Futuro De acordo com Luis Felipe, o objetivo dessa transformação é que o governo do futuro deve ser digital, centrado no cidadão, integrado, confiável, inteligente, transparente e aberto, e eficiente. Luis Felipe: A transformação digital irá diminuir a distância entre governo e cidadão, economizar recursos, impulsionar a transformação digital de estados e municípios, e reconquistar a confiança dos brasileiros.
Secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro
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Até o fim de 2022, prevemos ofertar digitalmente todos os serviços públicos federais possíveis de serem
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matéria digitalizados. Estimamos que a nova estratégia irá gerar uma economia de R$ 38 bilhões para os cofres públicos em cinco anos (2020-2025). Essa economia deve liberar mais recursos para as políticas públicas essenciais, como saúde, educação e segurança pública. Estamos dedicados em colocar o governo na palma da mão de todo o brasileiro. Ou seja, onde o cidadão estiver. Os serviços públicos devem estar disponíveis em todos os dispositivos, todas as plataformas, todos os assistentes, todos os aplicativos de mensagens e, naturalmente, no portal gov.br. Resultados Ele também destacou os resultados obtidos em um ano e meio de gestão. Luis Felipe: Em 18 meses, desde janeiro de 2019, mais de 700 serviços do governo federal foram digitalizados, entre eles a carteira de trabalho, a solicitação de aposentadoria por tempo de contribuição, o auxílio-maternidade rural, o seguro-desemprego do empregado doméstico - alguns dos mais solicitados em todo o país. São praticamente 3 novos serviços digitais a cada 2 dias. O lançamento da Estratégia de Governo Digital (gov.br/governodigital) é um dos marcos que previmos para o ano e já entregamos à sociedade, em abril. É ousada em suas metas. Entendemos que é necessário traçar o caminho para um governo totalmente digital, no qual dados e tecnologia sustentam políticas e serviços públicos de melhor qualidade. Entre as metas estabelecidas na Estratégia, além das já citadas, como
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a digitalização de 100% dos serviços do governo federal, previmos, por exemplo: redução de 20% nos custos de TI; redução de prazo para abertura, alteração e extinção de empresas para 1 dia; meios de pagamentos digitais para serviços que envolvam taxas; utilização de inteligência artificial em políticas públicas, entre outras 58 iniciativas. De acordo com o secretário só em 2020 foram 38,7 milhões de novos usuários. Luis Felipe: São pessoas que passaram a procurar informações, orientações e acesso aos serviços do governo federal no portal gov.br e que antes não buscavam ali. Essa é uma ferramenta em permanente evolução para tornar mais fácil e ágil o acesso do cidadão, o acompanhamento de suas demandas ao poder público e a resolução de suas solicitações.
no ano passado, duas mil pessoas já participaram. Aspectos como acessibilidade, segurança e baixo percentual de adesão das pessoas, quando isso ocorre, são analisados. O enfrentamento à pandemia e a intensa procura da população pelos serviços digitais - em decorrência da restrição de deslocamentos em diversos locais e do fechamento momentâneo de agências, como as do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo -, nos desafia a qualificá-los ainda mais. O secretário afirmou que a meta é digitalizar todos os mais de 3,5 mil serviços do governo até o final de 2022. Luis Felipe: Além desse resultado, estipulamos a meta pontual de atingir no biênio 2019-2020 os mil serviços transformados em digitais. Chegamos ao mês de junho com 729.
Somente em maio, atingimos 12,5 milhões de diferentes usuários do portal. O nível de satisfação dessas pessoas com o gov.br é monitorado, assim como os serviços mais visados, de impacto mais massivo entre a população.
Mais do que contabilizar serviços digitalizados, nos preocupamos com a experiência do cidadão nesses canais, com a capacidade de os sistemas suportarem a demanda e, em especial, com a segurança e privacidade dos dados do cidadão.
Mantemos na Secretaria de Governo Digital uma área específica de experiência do usuário, com a qual viemos testando e melhorando os serviços digitais antes do lançamento e depois de entrarem em funcionamento.
Economia
No intuito de aperfeiçoar os serviços sob a ótica dos usuários, realizamos este ano pesquisas com eles sobre o próprio portal e alguns serviços muito demandados, como o e-Social. Desde que começamos a aplicá-las,
Luis Felipe: A economia não é só em recursos para os cofres públicos. Também calculamos as horas de burocracia poupadas pelo cidadão com a digitalização desses serviços, já que não precisa perder tempo
O secretário de Governo Digital estima que a economia com os serviços já digitalizados desde janeiro de 2019, foi de R$ 2,2 bilhões.
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matéria com deslocamento e espera em filas: chega a 147 milhões de horas. Equivale a um dia inteiro de trabalho a toda a população economicamente ativa da Grande São Paulo.A aplicação da nova Estratégia de Governo Digital e a digitalização total dos serviços do governo federal nos permitem prever, em cinco anos (2020-2025), a economia de R$ 38 bilhões. Estão incluídos nesse cálculo a eliminação do papel e da burocracia, locação de estruturas e manutenção dessa logística, contratação de pessoal para atendimento presencial ou telefônico, e, ainda, a eliminação das perdas com erros e fraudes em serviços públicos. Ele também falou sobre os 10 serviços mais acessados no portal gov.br, que concentra todos os serviços do governo federal. Luis Felipe: Inscrever-se no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, Solicitar o Seguro-desemprego, Sacar o Abono Salarial, Solicitar Auxílio Emergencial de R$ 600 (Covid19), Obter a Carteira
de Trabalho, Emitir o comprovante do Cadastro Único, Consultar informações cadastrais no CPF, Cadastrar recurso relativo ao Seguro-desemprego, Fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e Obter informações atualizadas sobre o Coronavírus.
as ações coordenadas pelo governo federal, observando a lei e a privacidade do cidadão. Este é um momento em que os esforços da sociedade, órgãos públicos e setor produtivo estão concentrados no enfrentamento à pandemia e seus impactos.
De acordo com o secretário, além do portal gov.br, aplicativos das lojas oficiais do governo federal também são muito procurados pelos usuários, como o Coronavirus SUS, Meu INSS, ENEM, CNH digital e Carteira de Trabalho Digital.
É um período também em que assuntos como o compartilhamento de dados, privacidade de dados pessoais e segurança da informação são focos de debates e interpretações até mesmo divergentes. Por isso, é importante destacar que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é clara quanto à garantia dos direitos do cidadão.
LGPD Luis Felipe Monteiro destacou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor no mês de agosto, e sua influência na Secretaria de Governo Digital. Luis Felipe: O governo deve se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados. Como órgão transversal da transformação digital, a Secretaria de Governo Digital operacionaliza
Para facilitar a compreensão dos agentes de órgãos do governo federal e ajudar a prepará-los para a entrada da LGPD em vigor, produzimos e já difundimos neste primeiro semestre um guia de boas práticas a serem observadas no tratamento dos dados. Atualizações e novas diretrizes serão, sucessivamente, incorporadas ao guia. O objetivo é padronizar as ações e eliminar dúvidas dos agentes públicos que se envolverão no tratamento de dados pessoais. Em aderência aos preceitos da LGPD, destaco, por fim, que a interoperabilidade de dados entre os diferentes órgãos públicos é um requisito estruturante e essencial para o desenvolvimento de um governo digital no Brasil. Entendo que os dados é que devem ‘correr’ entre os sistemas do governo e não o cidadão, de um lado para o outro, com uma pasta cheia de documentos em papel, buscando provar ‘quem ele é’ para governo.
Luis Felipe: meta é digitalizar todos os serviços federais até 2022
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entrevista
Digitalizar para aproximar Entrevista com Everton Abrili da VIVO facilities e mobilidade, em empresas nos segmentos de energia elétrica e telecomunicações.
Everton Abrili é gerente de Operações Prediais, Mobilidade, Digitalização e Serviços Corporativos na Vivo. Formado em Gestão Empresarial pela Fatec de Indaiatuba-SP, possui MBA em Marketing pela FAC – Anhanguera e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas pela Unicamp. Há 12 anos, atua diretamente com patrimônio e processos relacionados à digitalização, operações prediais,
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IIMA: A Vivo tem sido pioneira na inovação e implantação de processos digitais, principalmente nas lojas, e tem disponibilizado ao mercado soluções com o tema “Digitalizar para aproximar”. Neste contexto, qual a visão da empresa em relação à transformação digital corporativa e como isso contribui em tempos de pandemia? Everton Abrili: A nova realidade imposta pela pandemia acelerou ainda mais a transformação digital em muitos segmentos. Percebe-se também uma intensificação do comportamento digital dos consumidores, bem como o surgimento de novos hábitos entre eles. Nosso propósito – Digitalizar para Aproximar – está muito alinhado à essa
necessidade. Estamos trabalhando para manter o Brasil conectado. Na Vivo, nosso processo de digitalização já ocorre há muito tempo e envolve diversas áreas da empresa, com o objetivo de potencializar a experiência do cliente, adaptar-se às suas novas expectativas e antecipar suas necessidades a partir da criação de uma proposta de valor digital, da automatização de processos e da transformação de redes e sistema. Temos esforços de digitalização em diferentes áreas. No pilar de negócios, com nossa estratégia centrada em dados e serviços digitais, temos avançado fortemente na oferta de serviços que vão além da conectividade, posicionando a Vivo como um hub de conteúdo e serviços digitais. Também buscamos promover a transformação digital de nossos processos,
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entrevista combinando ferramentas de melhoria contínua, que simplificam e otimizam as atividades, às soluções digitais, como o RPA (Robotic Process Automation), visando automatizar um processo já maximizado e gerar eficiência fim a fim. A habilitação de Bots traz benefícios como execução de atividades de forma mais rápida e eficiente, substituição de trabalhos manuais e repetitivos, redução de erros e riscos, além de liberar nossos colaboradores para realizar atividades que agregam valor ao negócio e a seu desenvolvimento profissional. Também adotamos trabalho remoto e o método ágil de trabalho. Nossos canais digitais avançam em eficiência no atendimento aos nossos clientes. Cerca de 80% dos motivos de chamada dos nossos clientes para o Call Center podem ser resolvidos pelos apps Meu Vivo – entre outras funcionalidades, é possível pedir 2ª via de conta, fazer recargas e solicitar suporte remoto para solucionar problemas técnicos. O app se tornou a principal plataforma de atendimento da Vivo – em maio foram mais de 80 milhões de acessos e 17,9 milhões de usuários. O isolamento social fez crescer o uso da Aura, inteligência artificial da Vivo, como alternativa para que os clientes da empresa tenham acesso a serviços. IIMA: Com o mercado mais digital, a Vivo já possui alguma proposta para adequar a Governança Documental da companhia?
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Everton Abrili: A Vivo atua em diferentes as frentes para promover a digitalização de documentos, tanto na gestão documental interna, como nos pontos de contato do cliente com a empresa, o que nos permite que nosso negócio seja cada vez mais sustentável. Por meio da digitalização de nossa operação e com os produtos e serviços digitais que oferecemos aos nossos clientes (Meu Vivo), buscamos reduzir o consumo e o armazenamento de papel em todas as áreas da companhia. Em 2019, ao menos 25 milhões de clientes optaram por faturas digitais e 19 milhões de contratos foram assinados eletronicamente em nossas lojas, por meio de tablets. Estas iniciativas representaram a economia de recursos - água, energia, combustíveis - vinculados à produção da madeira, fabricação e transporte do papel, deixando de gerar cerca de 342 milhões de folhas de papel no ano. Em 2018, a frente de digitalização de contratos foi revertida no plantio de mudas em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e 24 mil de árvores nativas foram plantadas às margens do reservatório de Promissão, em São Paulo.
segurança e rastreabilidade dos documentos e maior produtividade com a otimização do tempo. O projeto Paperless, ou empresa sem papel, começou a ser implantado pela Vivo em 2018 e prevê reduzir em 70% o volume de impressões de documentos internos até 2021. Atualmente, o volume médio de impressões da empresa é de aproximadamente 3,5 milhões de folhas ao mês, contra 4,4 milhões em 2018. A expectativa é que este volume seja reduzido para, no máximo, 1,3 milhões de páginas até o final de 2021. Para atingir sua meta, a Vivo trabalha em um projeto de reprografia, que prevê a redução máxima de impressões e fotocópias e a digitalização de contratos também junto a fornecedores e clientes B2B. No projeto piloto, que previa 1 milhão de contratos/mês assinados digitalmente, economizamos 240 milhões de folhas em apenas um ano. Na repografia, que engloba impressão e cópias de documentos, são impressos aproximadamente 50 milhões de páginas/ano. A redução prevista com a digitalização destes documentos chega a 75%.
IIMA: Como o projeto Paperless se encaixa nesta visão?
Para isso, investimos na capacitação e conscientização das equipes internas, mudanças em sistemas da empresa e implantação de novas frentes de digitalização.
Everton Abrili: A digitalização confere mais sustentabilidade, mais
IIMA: É certo que todas as empresas têm hoje um legado em
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entrevista papel. De alguma forma isso impacta nos custos, na produtividade dos processos administrativos e de negócios. Como a Vivo está endereçando esta questão? Everton Abrili: O projeto Arquivamento, Organização, Digitalização e Descarte de documentos físicos visa realizar a redução e otimização dos documentos armazenados no acervo documental da Telefônica na guarda externa. Com a incorporação de outras operadoras também recebemos acervo documental, fazendo com que tivéssemos um crescimento significativo de documentos físicos. Implementando as metodologias de governança documental e investindo em novas tecnologias para apoio organizacional na transformação digital, esperamos ao final do projeto reduzir em 90% toda documentação física que possuímos, mantendo apenas documentos de guarda permanente. IIMA: Em que estágio se encontra esse projeto do legado? Everton Abrili: Estamos trabalhando no levantamento dos tipos documentais, desenvolvendo e aplicando a tabela de temporalidade documental aprovada pelo comitê interno da Telefônica. Até o momento, tivemos uma redução de 10% do acervo, trabalhando com a organização, otimização e descarte de caixas, que são enviadas para reciclagem.
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IIMA: Qual o prazo para conclusão? Everton Abrili: A expectativa é de 5 anos. IIMA: Quais as lições aprendidas até agora? Existem formas de evitar que esse cenário se perpetue? Everton Abrili: Observamos que não basta ter ferramentas de governança e controle do acervo, se não tivermos a conscientização das pessoas e o entendimento da importância da governança documental na empresa, desde sua geração até o descarte seguro das informações. O apoio da alta gestão da empresa foi fundamental para o projeto, e todos aderiram à ideia de termos um processo mais eficiente e seguro, criando uma nova visão de gestão documental, com impacto positivo sobre o desempenho da organização. Com o projeto, tivemos a oportunidade de desenvolver o Portal de Governança Documental que irá auxiliar e beneficiar a companhia na gestão de documentos de forma centralizada, otimizando todo fluxo de documentação tramitado em suas atividades e possibilitando a rastreabilidade em todo seu ciclo de vida na produção até o seu destino final. Também tivemos outras frentes como a contratação de um portal de assinatura onde visa aumentar a documentação nato eletrônica, reduzindo a geração do papel, implementando processos mais digitais.
IIMA: Qual sua visão sobre o impacto destes projetos nos processos em geral e na gestão corporativa? Everton Abrili: Uma gestão documental feita adequadamente evita que dados críticos se percam, que o volume excessivo de documentos acabe mascarando informações relevantes para as soluções dos problemas e que recursos sejam dispensados na obtenção e manutenção de documentos sem utilidade. O Projeto Paperless visa a transformação digital nos processos corporativos trazendo eficiência, agilidade, controle, segurança na gestão da informação, redução de custos, com impressão, guarda e movimentação de documentos, além de criar um novo conceito e modelo de governança documental que vai de encontro ao novo cenário digital do mercado. Colaborando principalmente com os princípios de sustentabilidade, que são fundamentais ao nosso meio ambiente. A transformação da governança documental é importante pois se renova através da automatização dos processos, saindo do papel para o digital, compartilhando de forma segura e rápida as informações para o negócio, obtendo uma guarda mais eficiente e gestão centralizada, trazendo assim, uma melhor experiencia para os usuários e clientes da companhia.
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artigo
Governança Corporativa importa Por Wilton Tamane
CDIA+ na WM Tamane Consultoria
Além da pandemia causada pelo novo corona vírus, uma outra pandemia se alastrou há muito tempo e, da mesma forma, tem tomado a agenda e atenção de gestores e executivos de forma generalizada. Trata-se da pandemia digital.
também, da mesma forma, mudou a forma como vivemos e trabalhamos, como nos comunicamos e compartilhamos dados e informações. Essa pandemia digital nos trouxe um novo normal. Hoje temos um ecossistema global digital e a questão básica se resume a adapte-se ou está fora do mercado.
Corporativa pós pandemia sanitária e em plena pandemia digital.
E graças a essa pandemia digital, vários segmentos da economia puderam continuar suas atividades. Home office hoje está na pauta de muitas corporações, públicas e privadas e para muitas delas, veio para ficar. O novo normal será cada vez mais digital.
No site do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) https://www.ibgc.org.br, traduz de uma forma bem clara em quatro princípios básicos que reproduzo abaixo:
O ponto de reflexão é como não deixar o foco em digital ofuscar o foco na Governança Corporativa. A tecnologia e plataformas digitais com certeza podem ser um importante pilar para a Governança Corporativa.
Transparência – Consiste no desejo de disponibilizar para as Esse vírus de zeros e uns que pra- E obviamente é de suma importân- partes interessadas as informações ticamente contaminou a todos e, cia saber como será a Governança que sejam de seu interesse e não
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artigo apenas aquelas impostas por dis- intelectual, humano, social, amposições de leis ou regulamentos. biental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, con- Destes quatro princípios, vale destemplando também os demais tacar alguns trechos que nos levam fatores (inclusive intangíveis) que a refletir a forma como estamos norteiam a ação gerencial e que conduzindo alguns pontos imporconduzem à preservação e à otimi- tantes. zação do valor da organização; Do princípio da Transparência, Equidade – Caracteriza-se pelo podemos destacar “Consiste no tratamento justo e isonômico de desejo de disponibilizar para as todos os sócios e demais partes partes interessadas as informações interessadas (stakeholders), levan- que sejam de seu interesse e não do em consideração seus direitos, apenas aquelas impostas por disdeveres, necessidades, interesses e posições de leis ou regulamentos.” expectativas; Da Equidade, podemos inferir que Prestação de contas (ac- “direitos, deveres, necessidades, countability) – Os agentes de interesses e expectativas” devem governança devem prestar contas estar explicitados e devidamente de sua atuação de modo claro, documentados, acordadas, aproconciso, compreensível e tempes- vadas e validadas e não de forma tivo, assumindo integralmente tácita. as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência Da Prestação de Contas, “de modo e responsabilidade no âmbito dos claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralseus papéis; mente as consequências de seus Responsabilidade corpora- atos e omissões” e novamente tiva – Os agentes de governan- seus atos devem estar explicitaça devem zelar pela viabilidade dos e devidamente documentados, econômico-financeira das organi- acordadas, aprovadas e validadas zações, reduzir as externalidades com total rastreabilidade e trilhas negativas de seus negócios e suas de auditoria. operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu E por fim, na Responsabilidade modelo de negócios, os diversos Corporativa, a viabilidade econôcapitais (financeiro, manufaturado, mico-financeira, seu modelo de
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negócios, os diversos capitais, da mesma forma devem estar muito bem documentados, seguros e controlados. Em resumo, a Governança Documental deve ser um importante pilar da Governança Corporativa, sem o qual nenhum dos quatro princípios me parece se sustentar. Se não estão devidamente documentados, acordados, aprovados e validados com total rastreabilidade e trilhas de auditoria, fica o dito pelo não dito e com muita margem a diversas interpretações e sem que se possa evidenciar as responsabilidades, erros, acertos e conformidades. Se faz necessário e urgente o olhar para a Governança Documental, por mais que isso possa parecer algo “fora do contexto digital”. Um ponto que poucos tem conhecimento reside no fato de que dados e informações não se sustentam, perdem muito de seu valor como evidência se não estiverem devidamente documentadas, validadas, controladas e em conformidade. Além disso, documentos devem estar devidamente organizados e em repositórios seguros e acessíveis de acordo com as normas e que garantam a integridade e a confiabilidade desses documentos.
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artigo artigo
O Covid-19 e o futuro do blockchain Por Gustavo Paro
Diretor de vendas corporativas da R3 para a América Latina É o que estamos assistindo acontecer, no aspecto econômico, com a utilização de tecnologias de Blockchain/DLT (Distributed Ledger Technology). Elas têm sido utilizadas tanto na criação de ativos digitais quanto de moedas ou tokens estáveis, com equivalência financeira em moedas soberanas.
A pandemia global de Covid-19 tem representado um desafio e tanto para toda a humanidade em todas as suas áreas de atuação. Em algumas delas os prejuízos serão altos, e inevitáveis, do mesmo modo que, em outras, haverá ganhos advindos do desenvolvimento forçado pela nova realidade trazida pela necessidade de isolamento social e a criação de novos processos e rotinas de negócios.
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de todo o mundo no estudo, teste e potencial criação destas moedas soberanas digitais.
Alguns destes bancos centrais, inclusive, vêm se reunindo em consórcios desde 2015 com o objetivo de entender melhor e testar a dinâmica e o comportamento das plataformas de blockchain/DLT. É o caso, Um caso de uso que vem aparecen- por exemplo, dos projetos Jasper do com destaque é a CBDC (Central (Canadá), Ubin (Singapura) e InthaBank Digital Currency), que seria non (Tailândia). equivalente à criação de uma moeda soberana digital com o objetivo Estas instituições seguem acompade trazer controle, transparência e nhando de perto a evolução destas auditoria ao processo de emissão e plataformas com o objetivo de, um distribuição de recursos do Gover- dia, conseguirem viabilizar uma mono, para os Estados e Prefeituras, eda digital emitida por seus respecaté mesmo diretamente para a po- tivos governos. Quando isso acontecer, veremos uma grande aceleração pulação quando necessário. dos processos de pagamentos e liOs CBDCs nos mostram uma evolu- quidação bruta em tempo real e de ção latente entre os bancos centrais pagamentos instantâneos.
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artigo E o futuro irá além da criação e implementação de moedas digitais. Quando falamos em processos de negócios, por exemplo, o Brasil vem amadurecendo ano após ano o uso das tecnologias de Blockchain/DLT. Várias aplicações de negócios vêm sendo desenvolvidas e testadas desde 2015, no mercado público e privado, e algumas delas, como o PIER (Plataforma de Integração de Informações das Entidades Reguladoras), já estão sendo utilizadas em produção pelos reguladores para troca de documentos entre eles: Banco Central, CVM e SUSEP.
cos e empresas de todo o mundo conectados à R3, empresa criadora da plataforma Corda. Desde então eles vêm desenvolvendo tanto soluções internas, quanto colaborativas entre eles e demais participantes do mercado. Um exemplo foi a aplicação “Fingerprint”, para compartilhamento informações de cadastro de clientes entre eles, respeitando as regras de privacidade. Esta solução foi apresentada durante o CIAB de 2017.
pela Blupay. Todos receberam o suporte da R3, que é parceira oficial do LIFT ao lado de empresas como Microsoft, Oracle, IBM, Amazon, Cielo e Multiledger.
Do mesmo modo empresas dos setores de energia, seguros, saúde, comércio internacional, cadeias de suprimentos, agrícola e telecomunicações também estão acompanhando a evolução do blockchain/ DLT, discutindo possibilidades e oportunidades de melhoria de eficiAinda sobre as instituições brasilei- ência operacional em processos de ras, é interessante citar o trabalho negócios, assim como de geração do LIFT (Laboratório de Inovações de novas receitas. Com a pressão Outros exemplos são a RBSFN Financeiras e Tecnológicas) do Ban- criada pela pandemia, muitas des(Rede Blockchain do Sistema Finan- co Central do Brasil. tas discussões têm se acelerado. ceiro Nacional), criado pela CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) É uma plataforma para aceleração Em quase todos os casos, temos aqui no Brasil, para servir como um de projetos que promovam a ino- visto o uso da tecnologia de bloprovedor de aplicações em Block- vação financeira e tecnológica em ckchain para simplificar e resolver chain para a indústria financeira; e áreas específicas de interesse, como problemas existentes em processos do projeto SPUNTA, na Itália, que Pagamentos Instantâneos e Open de negócios atuais. Elas são utilizaentrou em produção neste mês de Banking. Todos os anos, durante o das com o objetivo de trazer beneabril, inicialmente com 32 bancos LIFT Day, os projetos que foram es- fícios como a redução do tempo de inclusos, redesenhando o processo colhidos para serem acelerados, são liquidação destes processos, reduzindo a necessidade de conciliação de reconciliação dos pagamentos apresentados. e reconciliação de dados, prevenção interbancários, e englobará em sua fase final todos os bancos italianos. Em 2019, cinco deles escolheram o a fraudes e melhoria da eficiência blockchain como pilar dos seus pro- operacional dos processos, além de E não apenas governos. Alguns ban- jetos, sendo que quatro deles utili- reduzir custos e abrir novas possibicos e empresas de diversos setores zaram a plataforma Corda, da R3. lidades de geração de receitas. da economia também têm se aventurado no uso destas tecnologias. Alguns exemplos são o FinID, siste- É um processo que já vinha em evoAlguns já em estágio avançado, ma de identidade soberana digital lução, e ganha mais força no atual como é o caso do Bradesco, do Itaú- descentralizada, desenvolvido pelo contexto. É questão de tempo – -Unibanco e da B3. As instituições CPQD; o marketplace de commo- pouco – para verificarmos o impacbrasileiras fazem parte desde 2016 dities Gavea; e o sistema de paga- to destes benefícios em processos de um grupo de mais de 120 ban- mento instantâneo desenvolvido de negócios e cadeias de valor.
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Conheça a Tempo Soluções A Tempo é um parceiro propositivo. Nós provemos e implantamos soluções estratégicas para gestão de todo o ciclo de vida da informação e dos documentos da sua empresa. Mapeamos, implementamos e executamos soluções adequadas às suas necessidades, ao seu tamanho e ao seu budget.
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artigo artigo
Real importância do mapeamento de processos Por Carlos A. Bassi
Diretor da INFORMSYS Consultoria
Qual a real importância de realizar o mapeamento dos processos de negócio na empresa? Esta é uma pergunta recorrente que escuto nas diversas consultorias e palestras que realizo e, constantemente vejo em publicações e redes sociais. O propósito da modelagem de um processo de negócio é criar uma representação que permita compreender e
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comunicar seu funcionamento a to- tra na cabeça das pessoas e que não dos os envolvidos. Esta representação está registrado ou documentado. deve ser o mais precisa possível. Por consequência, não pode ser raO nível de detalhamento e a forma pidamente repassado para outras como este modelo será gerado irá pessoas. Muitas das regras do nedepender do objetivo para o qual gócio e soluções de contorno para será utilizado. O intuito pode ser muitos dos problemas enfrentados apenas para documentação do pro- no dia a dia fazem parte deste cocesso, para realizar uma avaliação e nhecimento tácito, refletem a expeidentificação de pontos a serem ra- riência dos profissionais e, fonte das cionalizados ou, realizar a aplicação informações mais relevantes quande tecnologias e ferramentas para do da análise do processo. sua automação. Em determinadas situações um diagrama simples Muitos questionam a necessidade poderá ser suficiente enquanto em de realizar a modelagem da situaalguns casos será necessário um ção atual dos processos, a chamamodelo completo e detalhado. da modelagem do cenário atual ou normalmente referenciada como O maior desafio no mapeamento é ‘ASIS’, alegando se tratar de um extrair o conhecimento tácito dos en- desperdício de tempo e recursos, volvidos nos processos. Trata-se da- principalmente quando se deseja quele conhecimento que se encon- especificar um novo cenário.
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artigo O que muitos não percebem é que a maioria das pessoas envolvidas em um processo possuem apenas a visão das atividades que desempenham e, desconhecem ou não se preocupam com o processo como um todo.
dem que nem deveria ser realizada a modelagem do cenário atual e partir direto para a modelagem do cenário futuro, normalmente referenciada como ‘TOBE’.
A falta de uma análise detalhada da Realizar o mapeamento do proces- necessidade na execução de determiso e expor a todos os colaborado- nada atividade pode acabar direciores este cenário atual é uma grande nando a automação de erros e teremos oportunidade para que os envolvidos assim uma bagunça automatizada. passem a enxergar o processo como um todo, o quanto as suas ativida- A adoção desta abordagem devedes afetam as demais atividades do rá ser criteriosamente avaliada em processo e, como possíveis erros ou face do nível de maturidade da oratrasos podem influenciar de forma ganização na gestão por processos negativa o resultado final que o pro- e na aplicação de metodologias ágeis de projetos. cesso se propõe a entregar. Outro ponto que tem causado alguma confusão quanto a necessidade ou não de realizar o mapeamento de processos é o chamado Agile BPM ou BPM Ágil. Trata-se da aplicação de metodologias ágeis em projetos de BPM – Business Process Management. Ocorre que alguns acabam levando para o lado de que não há necessidade de realizar o mapeamento ou que este mapeamento deve ser o mais superficial ou granular. Muitas vezes o resultado entregue não atenderá as expectativas pela adoção desta abordagem. Quando for utilizada alguma ferramenta BPMS - Business Process Management System para automação do processo, alguns defen-
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A apresentação da modelagem do cenário atual de um processo e sua discussão com todos os envolvidos permite que as pessoas enxerguem os erros que são cometidos, a quantidade de handoffs - passagem do processo de um perfil para outro realizados ao longo do processo, os desperdícios e atrasos gerados por atividades redundantes e que não agregam nenhum valor bem como, a execução de atividades por perfis profissionais que não possuem atribuição ou responsabilidade para tal.
aderência a normatizações e legislações que se aplicam ao segmento de atuação ou, de forma mais abrangente, na proteção e privacidade de dados pessoais que a organização manipula. A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados em breve passará a vigorar no Brasil e todas as empresas terão que se adequar. O mapeamento dos processos de trabalho será chave nesta jornada de adequação pois permite identificar os pontos onde os dados pessoais são capturados, enviados, manipulados e armazenados. O mapeamento fornece uma série de subsídios aos responsáveis pela condução de projetos envolvendo processos além do simples fluxo de tarefas.
Dentre os quais, o entendimento da cultura organizacional, a identificação de conflitos de interesse entre áreas e perfis, permite relacionar as deficiências de ferramentas e sistemas utilizados e, o estágio de capacitação dos profissionais. Estes subsídios serão fundamentais para superar as possíveis resistências dos envolvidos na implementação de Quando as pessoas passam a enxer- mudanças nos processos. gar os pontos acima, elas começam a pensar nas mudanças necessárias Como vemos a real importância do mapara corrigir ou até mesmo melho- peamento dos processos de negócio rar os processos. Um ponto relevan- será elevar o nível de maturidade da orte que o mapeamento de processos ganização na gestão por processos. oferece é a identificação do nível de
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Como garantir segurança jurídica nos processos de digitalização de documentos Por Francisco Lopes de Aguiar e Claudete Aurora da Silva Diretor Técnico de Governança Documental Soluarq / Diretoria Executiva Soluarq
Documentos Digitalizados passam a produzir os mesmos efeitos legais dos Documentos Originais registrados em suporte papel a partir da regulamentação do disposto no inciso X do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e no art. 2º- Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, para estabelecer a técnica e os requisitos para a digitalização de documentos públicos ou privados, a fim de que os documentos digitalizados produzam os mesmos efeitos legais dos documentos originais promulgado pelo Decreto nº 10.278, de 18 de março de 2020. Todavia, sabemos que os respectivos dispositivos jurídicos supracitados, raras vezes, mencionam outros dispositivos jurídicos, normativos, técnicos e procedimentais que
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possam ampliar e contribuir para que o mercado obtenha uma compreensão sistêmica e fundamentada para interpretar e fazer aplicação correta da lei. Como conseqüência do exposto, acabam provocando no mercado muitos questionamentos e dúvidas acerca de seu teor, ocasionando assim muitas interpretações reduzidas e imprecisas sobre quais abordagens metodológicas, técnicas e procedimentais adotar nos processos de digitalização de documentos. Nessa perspectiva, é importante destacar que a aplicabilidade do tema “Digitalização de Documentos” é por natureza complexo e interdisciplinar e está inter-relacionado com diversas áreas do conhecimento (Análise de Sistemas; Ciência da Computação; Administração; Ciência da Informação; Arquivística; Biblioteconomia, etc). No entanto, constata-se no mercado que muitos projetos de digitalização ainda persistem em conceber e aplicar uma abordagem simplista, pois são meramente compreendidos enquanto um processo de captura para conversão.
Como conseqüência dessa visão, temos como resultado o fracasso e baixa qualidade técnica desses projetos, já que não foram contemplados em sua abordagem as diversas variáveis técnicas, procedimentais, metodológicas e tecnológicas necessárias. Como se vê, o processo de “Digitalização de Documentos” é por natureza complexo e interdisciplinar, assim para garantir o sucesso de sua implementação, se faz necessário tratá-lo indissociável de outras matérias, tais como: Políticas de Gestão Documental (Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos); Sistemas de Negócios (GED/ECM - Gerenciamento Eletrônico de Documentos); SIGAD (Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos); Planejamento de Requisitos de Metadados - e-ARQ Brasil; Descrição Arquivística-ISAD-G/NOBRADE; Políticas de Preservação Digital para armazenamento e acesso a longo prazo - Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis - RDC-Arq; Lei de Acesso a Informação - LAI e Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais- LGPD.
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artigo Em outras palavras, há uma ausência de um olhar sistêmico e estratégico nas etapas de planejamento, implementação e gerenciamento sistemático do processo de “Digitalização de Documentos”. Assim, para concebê-lo de modo estratégico, seguro e sustentável se faz necessário inter-relacioná-lo diretamente com a noção de “Governança Arquivística”. Assim gostariamos de salientar que para aplicar o Decreto 10.278/2020, de modo a garantir a segurança jurídica do documento digitalizado é de suma importância considerar as matérias acima supracitadas, pois é perceptível que o modelo apresentado pelo respectivo decreto não estabelece de modo claro um conjunto específico de requisitos técnicos, metodológicos e procedimentais. Em vez disso, identifica um modelo genérico de requisitos que são minimamente necessários para cumprir e garantir a segurança jurídica de documentos digitalizados. No que se refere aos pontos negativos do decreto, justamente por não apresentar esclarecimentos detalhados acerca dos requisitos técnico-funcionais indicados, destacam-se alguns pontos a seguir: • A lei só protege os documentos históricos originais e ainda das instituições públicas e declaradas de interesse público; • Não reconhece as resoluções do CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos (como por exemplo: resolução 31 - Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes; resolução 39 e 43 - diretrizes para a implementação de repositórios digitais confiáveis - RDC-Arq; resolução 25 - Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos - e-ARQ Brasil e resolução 35 Código de Classificação de Documentos de
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Arquivo para a Administração Pública - atividades meio e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos. • Não apresenta requisitos técnico-funcionais para o tratamento de documentos natodigitais (indicação ampla da camada de metadados necessários para assegurar a sua organicidade, autenticidade e integridade (metadados de descrição; metadados de eventos de gestão; metadados de temporalidade; metadados de permissionamento; metadados do objeto digital e metadados de preservação digital); • Não obriga uso do padrão de certificação digital ICP-Brasil para documentos privados, nem estabelece diretrizes; • Não faz nenhuma referência ao entendimento técnico-funcional dos conceitos “Cadeia de custódia e RDC-Arq - Repositórios Digitais Confiáveis”; • Não apresenta informações e procedimentos técnico-funcionais para a aplicação de OCR (Reconhecimento Óptico de Documentos); • Não sugere e nem indica o desenvolvimento de instrumentos de gestão por parte das organizações do segmento privado ((Plano de Classificação de Documentos e Tabela de Temporalidade, conforme estabelecido na Portaria nº 47 do Arquivo Nacional); • Não apresenta e nem indica procedimentos técnico-funcionais acerca de como converter/digitalizar documentos do gênero audiovisual; Desse modo, se faz necessário fazer uma leitura “para além do decreto”, cotejar e apoiar-se em outras fontes de informação de cunho
técnico, normativo, metodológico e procedimental referente a gestão documental. No intuito de diluir as dúvidas técnicas, procedimentais e metodológicas acerca da aplicação do Decreto 10.278/2020, destaca-se a seguir a metodologia diferenciada da empresa Soluarq no mercado brasileiro ao ressignificar o conceito de gestão documental a partir da utilização e implementação do conceito de “Governança Arquivística” em seus projetos de Digitalização, isto porque a Soluarq, tem como abordagem em seus projetos “Desenvolver e implementar a cultura de governança arquivística para apoiar a perenidade e posicionamento estratégico dos negócios de nossos clientes de modo transparente e sustentável”.Na prática, isto quer dizer que a Soluarq tem contribuído significativamente com os negócios de seus clientes, justamente por considerar em seus projetos as especificidades que envolvem a maturidade dos processos e gestão documental de cada empresa (cultura, procedimentos, regulatório e infraestrutura). A Soluarq entende que não é sustentável aplicar o decreto igual para todos os segmentos e organizações, sua aplicabilidade exige uma abordagem qualitativa, segura, transparente, responsável e cuidadosa possível. Assim, responderemos as duas questões centrais que suscita a aplicabilidade do Decreto 10.278/2020. Questão 1: Como garantir a manutenção a longo prazo da integridade, confiabilidade, rastreabilidade, confiabilidade, auditabilidade, confidencialidade e interoperabilidade dos documentos digitalizados para assegurar a sua segurança jurídica? Questão 2: Quais abordagens metodológicas, procedimentais técnicas e tecnologias deverão ser adotadas nos processos de digitalização de documentos?
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artigo Para responder essas duas questões centrais do Decreto 10.278/2020, entra em cena a aplicação da abordagem da Governança Arquiística, criada pela Soluarq enquanto metodologia diferenciada no mercado brasileiro, apoiada em duas abordagens inter-relacionadas entre si: • Abordagem 1 - Governança Arquivística. refere-se a aplicação de uma macrovisão nos projetos de gestão documental de seus clientes. Definido como: “Um conjunto transversal de diretrizes estratégicas, táticas e operacionais de modo a provocar sinergias interativas e relacionais entre pessoas, processos de negócios, soluções tecnológicas, fluxos de trabalho, documentos, dados e informações, ajudando assim as organizações corporativas alinharem os seus programas arquivísticos com os 4 pilares que sustentam a governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade de seus negócios”. Na prática significa, conceber e implementar uma “Arquitetura de Governança Documental” a partir da concepção de programas, projetos, redes, sistemas, políticas, procedimentos, etc para instituir a cultura Arquivística na cultura organizacional de seus clientes, tendo como ponto de partida a adoção e aplicação de um conjunto de melhores práticas e padrões assumidos nacional e internacionalmente, com o objetivo de garantir controles e gerenciamento efetivos de modo a ampliar e garantir a sustentabilidade, segurança e melhor performance dos negócios de seus clientes. • Abordagem 2 - Gestão Documental. Refere-se a aplicação de técnicas, procedimentos e métodos sistemáticos no gerenciamento dos documentos nas suas respectivas fases: produção; tramitação; acesso/
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uso; arquivamento, avaliação e sua destinação final (eliminação e/ou recolhimento) a partir da adoção dos principais instrumentos de gestão: PCD - Plano de Classificação de Documentos e TTD - Tabela de Temporalidade de Documentos. Isto é, na prática, diz respeito aos aspectos gerenciais de todo o ciclo documental, contemplando ações de preservação física e lógica de documentos a curto, médio e longo prazo, mecanismos eficazes de recuperação, difusão, acesso, infra-estrutura física e tecnológica, compliance com os marcos jurídicos, normativos e regulatórios, etc. Em sua essência a aplicação da “Governança Arquivística” tem como principal finalidade instituir a sustentabilidade, confiabilidade e responsabilidade dos diversos atores internos e externos às organizações, criando uma cultura documental pautada na eficiência a partir da adoção de mecanismos de monitoramento, avaliação, planejamento e re(direcionamento) das organizações. Por fim a boa Governança Arquivística, contribui para o desenvolvimento econômico sustentável, proporcionando melhorias constantes no desempenho das empresas. Por este motivo a Soluarq, elegeu essa abordagem para aplicar nos projetos de seus clientes, por considerá-la fundamental para evitar a implementação de projetos não eficazes na perspectiva da sua sustentabilidade a longo prazo. No intuito de subsidiar todas as lacunas e dúvidas que o decreto suscita, apresentaremos a seguir 8 (oito) pontos-chaves que deverão ser considerados no momento da aplicabilidade do Decreto 10.278: 1. Diagnóstico Estratégico de Governança Arquivística (visando a criação de uma matriz de gestão documental);
2. Institucionalização de Políticas de Gestão Documental (desenvolvimento, e/ou customização de Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos); 3. Parametrização dos Sistemas de Negócios (GED/ECM - Gerenciamento Eletrônico de Documentos) para alinhamento com o conceito de SIGAD (Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos), tendo como apoio o Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos - e-ARQ Brasil); 4. Planejamento e implementação de Requisitos de Metadados de negócios - (tendo como base o e-ARQ Brasil, bem como base a Norma ABNT NBR ISO 23081-2 - primeira versão de 28 de abril de 2020 - Gerenciamento de metadados para documentos de arquivo parte 1 e 2: problemas conceituais e implementação; 5. Definição dos níveis de Descrição Arquivística-ISAD-G/NOBRADE (Definição dos níveis e padrão de descrição/catalogação do acervo arquivístico); 6. Elaboração de Políticas de Preservação Digital para armazenamento e acesso a longo prazo - Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis - RDC-Arq; 7. Compliance com a Lei de Acesso a Informação - LAI (mapeamento de documentos para acesso público); 8. Compliance com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD (mapeamento de documentos que registram os “dados pessoais e dados sensíveis).
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artigoCHEGOU REVISTA PARA ENVIE SUAS A NOTÍCIAS OUQUEM ARTIGOS QUERASABER TUDOABEINFO SOBRE PARA REVISTA ~
AUTOMAÇAO INTELIGENTE DE Em Julho estará circulando a 1ª edição da Revista ABEINFO - publicação Bimestral da ASSOCIAÇÃO de PROCESSOS EMPRESAS e PROFISSIONAIS da INFORMAÇÃO.
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artigo
Os novos desafios da área de Gestão de Documentos e Conteúdos Por Maralyza Pinheiro
CEO em MPGED / Consultant in organization and management of physical and digital documents
dos e terão dificuldades para aplicar o decreto e também as organizações que digitalizaram seus acervos antes do decreto, se não cumpriram com as determinações que o mesmo traz, apenas terão copias digitalizadas, sem valor legal.
Os novos desafios da área de Gestão de Documentos e Conteúdos com a aprovação do Decreto 10.278/2020, sobre digitalização são inúmeros. Sabemos que nas corporações brasileiras, o acumulo de massa documental é grande, e precisávamos avançar com as legislações para podermos conduzir os trabalhos de digitalização. Existem ganhos consideráveis para as organizações com o Decreto, contudo precisamos ter cautela na sua aplicabilidade nas corporações em todo Brasil. Precisamos entender que muitas organizações ainda não têm gestão documental e processos bem defini-
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4. No decreto também fala sobre a manutenção e preservação dos documentosdigitalizados, contudo acredito que possamos melhorar esses aspectos dentro de um Projeto de Digitalização;
5. O decreto aborda também sobre a preservação e eliminação de docuDestaco alguns pontos do Decreto mentos na área pública, coforme a 10.278 que são relevantes para as em- TTD – Tabela de Temporalidade de presas de Digitalização e para profis- Documentos, que são aprovadas pesionais da informação antenados: las instituições arquivísticas públicas e inclusive cita o Conselho Nacional de 1. Temos a obrigatoriedade da certifi- Arquivos – CONARQ. cação digital, conforme a ICP – Brasil para garantir a autoria da digitalização Com a publicação do decreto temos e a integridade do documento e seus a chance de sermos protagonistas na metadados, para os órgãos públicos; transformação digital e Inovação nas grandes corporações brasileiras, mas 2. A padronização mínima para os me- precisamos ter cautela e passar pelo tadados, estabelecendo padrões para processo de amadurecimento e até a localização de um documento; de possíveis melhorias com relação ao decreto, sair eliminando tudo não é a 3. Padronização técnica mínima para solução. As empresas que aliam gesa digitalização de documentos, impor- tão documental, gestão de processos e tantíssimo, inclusive para podermos tecnologias para digitalização e consemensurar espaço para armazenamen- guem entender o decreto como aliado to tanto cloud quanto on premise, di- nesse processo, com certeza terão mais gitalizando o que, de fato é necessário. chances de se destacar no mercado.
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A importância da padronização da linguagem empresarial Por Clarissa Padovani
Bibliotecária especialista em Leitura e Produção Textual, e CEO da Códice frequência, bem como onde estão armazenados. Gerar um arquivo ou documento é muito fácil, mas tratá-lo é complicado se isso não for padronizado desde o início. Uma empresa é formada por pessoas e caso não seja disponibilizado um manual ou uma norma com essas definições terminológicas, o caos documental é instalado, uma vez que cada pessoa, atribuindo um termo aleatório, desencontra o planejamento tracejado na política empresarial, geDentro da biblioteconomia, trabalha- rando o caos informacional. mos com o que chamamos de padronização da linguagem documentária. A partir dessas questões, o papel do O que quero dizer com isso é que a bibliotecário como gestor da informapartir do momento em que definimos ção é importante para tornar esse doum termo como padrão de algum pro- cumento acessível. Somos habilitados cesso ou procedimento, evitamos que para criar metodologias, com base nas novos documentos sejam criados com necessidades empresariais (pois cada uma terminologia diferente para tratar empresa possui uma necessidade) e o mesmo assunto, causando o caos através disso é possível reorganizar esdocumentário dentro de uma empresa. ses documentos. A falta da padronização de termos é potencializada quando a empresa não conhece o universo do seu acervo, os tipos documentais, quem manipula e acessa esses documentos e com que
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No entanto, essa organização levará tempo caso a empresa não invista em um treinamento da equipe. O resultado de uma metodologia é de longo prazo e pode demorar ainda mais, caso
não haja pessoal capacitado para executar esse trabalho. Pensar que o gestor pode fazer tudo em uma semana é complexo. O trabalho requer análise e cautela. Elaboramos a metodologia e treinamos para que a ordem volte a ser o principal bem no quesito organização da informação. O processo de padronização e implementação em um sistema de base de dados requer uma equipe bem articulada entre profissionais da informação e, TI, dando sequência ao trabalho. Quando a equipe de trabalho está consolidada, e após uma análise aprofundada da empresa e dos seus objetivos a fim de entender suas necessidades, serão executadas as tratativas a fim de solucionar essa problemática. Sabemos que ajustes serão necessários e a empresa deverá estar aberta em realizar essas possíveis mudanças, melhorando a comunicação. Para isso, equipe diretiva, TI e os consultores de informação devem estar trabalhando juntos para que o objetivo final seja alcançado.
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O que vem depois? Por Paulo Marcelo CEO da Solutis
Passados dois meses do início do isolamento social, muitos dos impactos da pandemia de Covid-19 foram absorvidos e outros tantos já são previstos. Há ainda muitas incertezas pela frente, mas já é possível enxergar algumas certe-
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zas e, principalmente, começar- plataformas digitais e o desenmos a tirar alguns aprendizados volvimento de aplicativos para o disso tudo. redirecionamento de estratégias com delivery, entre outros serPara isso, podemos partir de al- viços de meios de pagamentos gumas constatações. Uma delas e pedidos. Essa movimentação é que a aceleração da jornada criou oportunidades para pequedigital não é mais opcional, mas nas empresas e startups que trauma questão de sobrevivência. balham na prestação de serviços Já era certo que a era digital es- de helpdesk, por exemplo, que tava chegando para ficar, mas passaram a resolver problemas agora podemos afirmar que ela de software remotamente. já chegou e a tecnologia tem sido fundamental para viabilizar Pequenos integradores de teceste momento, o que tem trazido nologia e aqueles que oferecem aprendizados e desafios. suporte também ampliaram suas atuações, e não está sendo o sufiO coronavírus acelerou o uso de ciente. Todos estão em casa com
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artigo seus equipamentos e a maior transações, mas de usá-los para seus produtos e serviços com parte não estava preparada para eliminar burocracia e simplificar mais facilidade e conveniência um trabalho intenso e diário. a vida do cliente. aos seus clientes. Pequenas empresas e startups que faziam trabalhos pontuais de videoconferência estão com pedidos sobrepostos. Há muitas oportunidades nessa área como implementação da ferramenta para conectar times em reuniões em empresas de variados setores, consultoria e resolução de problemas técnicos. No mercado financeiro, as fintechs viram suas chances se ampliarem, diante da necessidade urgente dos bancos tradicionais em colocar em prática estratégias emergenciais. E mesmo os bancos que já tinham uso digital intenso passaram a ter a necessidade de oferecer produtos que não estavam customizados para o canal digital. Não se trata mais de oferecer novos canais para fazer
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A urgência de olhar os clientes como um todo para entender suas demandas e necessidades está impulsionando o modelo digital das organizações. Estamos vivendo hoje novos modelos de trabalho, com a massificação do home office, da maior interação entre as pessoas e de consumo que, aliás, no modo de retomada, terá um novo perfil, com utilização mais intensa de delivery e comércio eletrônico. Está claro que, no movimento de retomada, o tripé disponibilidade, performance e segurança será ainda mais importante. Não falaremos mais de transformação digital, mas de sustentação digital. As grandes empresas já estão nesse caminho e as pequenas também precisarão fazer chegar
O fato é que o negócio que não for digital não vai sobreviver e para isso a tecnologia terá que ser simples para viabilizá-lo. Os negócios estão se tornando plataformas e, na nuvem e na internet, a plataforma será o negócio. Esta é a visão de um futuro que se tornou presente. Já estamos mais amadurecidos por tudo o que estamos passando, mais digitais e mais humanos. O aprendizado é enorme. Precisamos tirar tudo o que temos de melhor. Viver com mais leveza e usar a tecnologia para simplificar e melhorar nossas vidas. Consumo, lazer, saúde e educação, tudo isso vai mudar. Acredito que seremos uma sociedade muito melhor!
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A Inteligência Artificial no combate ao coronavírus Por Sabrina Creder e Mariana Fortuna
Sócia e advogada do MLA / Advogada do MLA – Miranda Lima Advogados de Saúde (OMS) declarou o surto da Covid-19 como pandemia.
O uso da Inteligência Artificial (AI), vem trazendo inovações e benefícios para a área da saúde há algum tempo. Hoje, o grande desafio é encontrar novas aplicações e desenvolver novas soluções com esta tecnologia. Entre aplicações conhecidas, podemos citar sua utilização na triagem e classificação dos níveis de gravidade em emergência de hospitais, monitoramento e diagnóstico de pacientes, análises de exames pré-operatórios, entre outros. Agora, o mundo se depara com uma pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), identificado no dia 31 de dezembro do último ano em Wuhan, na China. Em março, a Organização Mundial
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Mas, diferente de grandes pandemias do passado, a Covid-19 é única, principalmente pela rapidez da disseminação, tanto pelas características do vírus, quanto pela influência da globalização. Por outro lado, nunca na história se utilizou tanta tecnologia para combater uma pandemia e a Inteligência Artificial tem sido uma ferramenta importante nessa batalha. Na corrida pelo combate ao vírus, diversos algoritmos vêm sendo desenvolvidos e empregados globalmente. Na Flórida, US, um hospital está utilizando AI capaz de identificar visitantes com febre, através de reconhecimento facial. Um software similar tem monitorado o fluxo de passageiros em estações de trem e metrô na China. Outro sistema, utilizado num hospital de Tel Aviv, Israel, monitora os sinais vitais de pacientes através de um sensor colocado nos leitos, embaixo dos colchões. Esse sistema analisa
constantemente dados como batimentos cardíacos, atividade respiratória e movimentos corporais e emite alerta a equipe médica em caso de sinais de agravamento da condição do paciente. No Brasil, temos algumas aplicações em uso, como o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, que está utilizando uma solução de IA, desenvolvida em parceria com a USP, capaz de detectar, com 78% de acerto, quais pacientes estão infectados pelo novo coronavírus, por meio de exames de sangue de rotina e de informações básicas da internação dos pacientes. Segundo pesquisadores, é a primeira com essa finalidade no mundo. Sidney Klajner, presidente do Einstein disse também, em outra oportunidade, que estão pesquisando uma maneira de usar IA para detectar os casos que possam vir a piorar e necessitar de leitos de UTI. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) está investindo R$ 100 milhões no combate ao coronavírus e entre as soluções
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tecnológicas baseadas em IA em desenvolvimento estão: um estudo para seleção de moléculas que possam inibir a replicação viral; e a utilização do Robô Laura/MCTIC para fazer o pronto atendimento digital e triagem de pacientes com suspeita de contaminação pelo novo Coronavírus. Mas, além de monitoramento e tratamento dos pacientes, a IA é fundamental na prevenção de epidemias e pandemias como a da Covid-19, cujos dados – se devidamente considerados – poderão poupar a humanidade de novas crises tal qual a vivenciada atualmente. Em um exemplo mais remoto, pode ser citada a aplicação de IA no combate à dengue, criada pela Artificial Intelligence in Medical Epidemiology (AIME), em 2015. A tecnologia foi testada no Rio de Janeiro usando dados de 2007 a 2013 e alcançou uma precisão de 84% no diagnóstico, dentro de uma área analisada de 63 quilômetros quadrados de extensão. O projeto-piloto foi realizado na Malásia e acertou em 88% das vezes. Em relação à Covid-19, o algoritmo da
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BlueDot enviou um alerta a organizações de saúde e empresas aéreas para que evitassem a região de Wuhan, na China, 10 dias antes do pronunciamento da OMS e 7 dias antes da manifestação do CDC (Centro de Controle de Doenças – USA) sobre o surto no local que seria confirmado depois como epicentro da epidemia. Utilizando dados de companhias aéreas, o sistema da BlueDot foi capaz de prever quais cidades próximas teriam focos da doença, mesmo antes da confirmação dos casos. Um ponto de atenção quanto à utilização de IA no combate ao coronavírus é que o alicerce do treino dos algoritmos e da implementação desta tecnologia são os dados. A inteligência artificial sem base de dados para análise é como ter um carro supermoderno, mas sem o motor. Não vai funcionar. E no caso do combate ao novo coronavírus, estes dados são, em sua maioria, de natureza pessoal e, muitas vezes, sensível, vez que dizem respeito à saúde dos indivíduos. É certo que uma crise mundial como esta pandemia tem inúmeras bases legais para tratamento de dados pessoais e apesar de a lei 13.709/2018 (LGPD) ainda não estar
em vigência – e estima-se que o seu início será adiado para janeiro/2021 – muitos dos seus princípios e regras se encontram em outras normas que regem o tratamento de dados pessoais (como o Marco Civil da Internet), assim, é importante que seja considerada no tratamento desses dados. A crise sanitária que hoje se vivencia não é uma “carta-branca” para coleta, armazenamento e distribuição indiscriminada desses dados. Há, portanto, que se encontrar uma ponderação entre as necessidades e vantagens da utilização da IA e a proteção dos dados pessoais, levando em conta que os dados utilizados no combate ao coronavírus foram coletados durante um período de anormalidade e esse – espera-se – terá um fim. Do mesmo modo, deverá o ser o tratamento dos dados coletados durante a pandemia. Pois, observando os princípios que norteiam a proteção de dados pessoais e cessado o binômio necessidade/finalidade, o correto será a anonimização - deixando-os aptos apenas para uso estatístico – ou a completa eliminação.
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Adequação à Lei Geral de Proteção de Dados pode determinar confiança e futuro de marcas e empresas Por Paulo Baldin
Gerente de Segurança da Informação & Proteção de Dados e Privacidade no Banco Carrefour
dores, perfil de navegação para definir, em tempo real, produtos a serem oferecidos a seus clientes e prospects, outro exemplo, são as empresas do mercado financeiro que correlacionam dados públicos e de birôs dos seus clientes de modo a apoiar na construção de seu perfil de crédito para ofertar produtos.
Atualmente as empresas contam com os benefícios de informações armazenadas de seus clientes, prospects e funcionários (entenda-se titular do dado) permitindo que as equipes analisem esses dados e consequentemente criando vantagem competitiva a partir de estratégias baseadas em técnicas de Big Data, como por exemplo, empresas de e-commerce utilizam dados pessoais e sensíveis de seus consumi-
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de dados pessoais dos cidadãos europeus (Diretiva de Proteção de Dados), em 2012 iniciou uma reformulação dos conceitos e em 2018 iniciou-se a vigência da tão conhecida GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados em tradução livre) conciliando as leis de privacidade de dados de toda a Europa empoderando ainda mais seus ciTodo esse fenômeno por traz das téc- dadãos e de forma indireta “forçannicas de Big Data apenas está sendo do” as empresas a utilizarem com possível pois tivemos uma inclusão de cuidado as informações pessoais ardispositivos móveis e IOT no cotidiano mazenadas dos titulares dos dados. das pessoas com um preço acessível, grande quantidade de redes sociais e Por conta da explosão de dados que os mais diversos apps sendo utiliza- hoje em dia é trafegado e armazedos, crescimento de compras online e nado o objetivo da GDPR se por um não podemos esquecer da computa- lado, é proteger os cidadãos contra o ção em nuvem que apoiou o armaze- risco de violação de sua privacidade namento “ilimitado” de dados. em um mundo cada vez mais voltado aos dados, por outro lado, uma atuContudo a união Europeia que des- ação mais ética na gestão de dados, de 1995 se preocupa com o tema especialmente por parte de empresas.
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artigo Desta forma o tema proteção de dados e privacidade ganhou os “holofotes” e o que antes era apenas mais uma lei agora se torna um diferencial competitivo para as empresas e uma série de leis “imitadoras” foram aparecendo em todo o mundo e em julho de 2018 foi aprovada por unanimidade pelo Plenário do Senado Brasileiro a LGPD (Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais) que está em vacatio legis.
Com a expectativa da prorrogação da vigência da LGPD, uma janela de oportunidade é aberta para que as empresas que não realizaram essa jornada busquem por soluções visando se adequar o mais rápido possível. Já as companhias que estão na jornada devem permanecer com os projetos e acabam ganhando um tempo extra, pois o objetivo é fazer com que a proteção de dados e privacidade seja encarada com a Tendo em vista, todo esse panora- importância e seriedade que o merma dos últimos 10 anos, a confian- cado já está exigindo. ça na empresa/marca é fortalecida ou derrubada conforme demonstra Atualmente vazamento de dados seu posicionamento perante os titu- estão se tornando cada vez mais lares dos dados que reconhecem a caro, por exemplo, a empresa Brinecessidade das empresas em rela- tish Airways e a Marriott tiveram ção a proteção e bem-estar dos fun- que adicionar milhões no custo ficionários, mudança nos produtos, nal de seus incidentes, depois de preços e agora na forma que utili- terem cometido uma irregularidade zam e protegem os dados pessoais. perante a GDPR. Entendo que esses exemplos sejam radicais na escala A jornada para estar em compliance de impacto financeiro perante uma em proteção de dados e privacidade violação de dados, porém esses tienvolve investimentos em tecnolo- pos de incidentes continuam a augia, pessoas e reestruturação dos mentar ano após ano para empreprocessos, caso a empresa tome a sas de todos os tipos e tamanhos. decisão de não realizar essa jornada, continuará com um baixo nível O custo médio de uma violação de de proteção de dados em compa- dados aumentou nos últimos anos, ração ao padrão das empresas que incluindo custos diretos e indiretos enfrentaram essa jornada e isso relacionados ao tempo e esforço significa que essas empresas terão para tratar com uma violação, opormais dificuldades em manter e de- tunidades perdidas como rotativisenvolver relacionamento com os ti- dade de clientes como resultado de tulares dos dados, além de diminuir má publicidade e multas regulatóo nível de competitividade e credibi- rias de acordo relatório da IBM e do lidade dos seus negócios. Ponemon Institute.
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Se tempo e reputação para a empresa nos dias de hoje é dinheiro e não estar em compliance em proteção de dados e privacidade para detectar e conter uma violação pode ser tonar muito caro, indicados por estudos da IBM demonstram que de forma geral são necessários 279 dias para identificar e conter uma violação, enquanto no Brasil são necessários 361 dias. Isso demonstra que as empresas não estão preparadas para realizar a comunicação prevista no artigo 48, §1º, da LGPD que determina como a comunicação deverá ser realizada para a ANPD e aos titulares dos dados. Portanto, as empresas que não estão dispostas em embarcar nessa jornada para garantir a conformidade podem sofrer multas regulatórias, que estão se tornando cada vez mais constantes e além dos custos materiais, as empresas de capital aberto provavelmente também sentirão o valor de suas ações afetados por violações de dados, porém, atualmente temos o entendimento que os valores pagos através de multas e baixas nas ações não costumam ter um longo impacto na empresa, mas os danos na reputação se mantém por um bom tempo e perdendo a confiança dos titulares dos dados ocasionando perda de negócios e consequentemente aumentando o custo total da violação.
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webnews Stefanini Rafael e Brasiliano Interisk anunciam parceria para desenvolver projetos para gestão de riscos A tecnologia já está sendo ofertada no mercado e as companhias têm como expectativa que o mercado consuma cada vez mais ferramentas de cibersegurança
O que a tecnologia tem feito para combater a pandemia de covid-19? Não é exagero dizer que, se não fosse a tecnologia, a pandemia de covid-19 seria muito mais impactante para a economia e a sociedade global do que está sendo atualmente. Não que a quantidade de infectados e de mortes seja irrelevante, pelo contrário.
Carlos Roberto Fortner substituirá Marcelo Amaro Buz O ITI é uma autarquia federal, vinculada a Casa Civil da Presidência da República e tem por missão manter e executar as políticas da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Ao ITI compete ainda ser a primeira autoridade da cadeia de certificação digital – AC Raiz.
Como o RH pode incentivar uma cultura de inovação Os líderes de RH estão sendo cada vez mais pressionados a assumirem um papel estratégico dentro das empresas e, para isso, precisam inovar, seja no relacionamento com os colaboradores ou na parte administrativa.
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s avanços tecnológicos e a digitalização estão mudando o mundo e o futuro do trabalho. O uso de novas tecnologias abre oportunidades sem precedentes. A conscientização das empresas sobre a importância da digitalização evoluiu nos últimos anos. O ELO ECM Suite é um software ideal para processos transparentes e eficientes em todos os departamentos da empresa. Oferecendo um arquivamento digital controlado,
o sistema é a base para documentos dentro de um processo inteligente. Os usuários encontram rapidamente documentos, dados e informações que podem ser vinculados a fluxos de trabalho, discutidos usando ferramentas de colaboração, e até mesmo utilizar poderosas ferramentas de análise. O ELO ECM Suite pode ser integrado a outros sistemas e ambientes já existentes na empresa. www.elo.com, #elodigital
Enterprise Content Management · Gerenciamento de documentos · Arquivamento · Fluxo de trabalho
webnews Automação bancária da Orion é destaque nas operações do Woori Bank Com forte presença na Ásia, o banco de origem coreana Woori Bank chegou no Brasil em 2008, quando seu primeiro escritório foi estruturado no país, na cidade de São Paulo. Em janeiro de 2012, período em que tiveram autorização para funcionar como estabelecimento bancário no Brasil, a rede inaugurou sua primeira agência.
Sky.One anuncia novo Programa de Estágio em parceria com Faculdade Impacta A Sky.One, uma das 10 melhores empresas para se trabalhar segundo o ranking Top 25 Startups LinkedIn Brasil e detentora do selo Great Place To Work, acaba de anunciar seu novo Programa de Estágio, em parceria com a Faculdade Impacta. O objetivo é recrutar remotamente cerca de 10 profissionais que devem iniciar suas atividades a partir de agosto de 2020.
Receita Digital da Memed pode agora ser assinada por todos os certificados que seguem o padrão ICP-Brasil Com o uso disseminado por mais de 130 mil médicos, em meio à pandemia do Coronavírus e seguindo todos os padrões e orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Federal de Farmácia (CFF), Anvisa e ITI, a plataforma de prescrição digital da empresa agora assina as receitas com diversos tipos de certificado padrão ICP-Brasil, facilitando ainda mais a forma de garantir a autenticidade das receitas
Tecnologia de reconhecimento facial da NEC ocupa o primeiro lugar nos testes de precisão do NIST A NEC Corporation, líder na integração de tecnologias de TI e de rede, acaba de anunciar que sua tecnologia de reconhecimento facial foi reconhecida como a de maior precisão do mercado, após um teste realizado pelo NIST junto aos fornecedores globais do segmento, com uma taxa de erro de 0,5% ao identificar 12 milhões de pessoas.
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webnews Smiles utiliza a plataforma de Automated Machine Learning da DataRobot para ampliar modelos preditivos e gerar insights A tecnologia da DataRobot traz mais agilidade na tomada de decisões e se torna uma aliada importante da área de Customer Success da Smiles. A Smiles, programa de fidelidade da GOL, decidiu investir em análises mais robustas de seus dados para oferecer uma experiência diferenciada aos clientes.
BPO ajuda empresas a lidarem com crise de coronavírus Lidar com as questões contábeis e fiscais de uma empresa é um grande desafio para os executivos da área. Com tantas legislações e mudanças no sistema tributário brasileiro, é preciso se antecipar ao Fisco e estar em dia com todas as obrigações, evitando, assim, auditorias desnecessárias por parte de órgãos fiscalizadores do Governo.
Como a análise de big data está impulsionando o mercado da saúde no Brasil Diante do potencial do Big Data na saúde, as aplicações existentes hoje apenas engatinham. No futuro, ela mudará drasticamente a forma e a velocidade dos diagnósticos, a indicação de tratamentos e a criação de estratégias epidemiológicas preventivas.
Você seria capaz de proteger e armazenar 360 bilhões de horas de conferências web de negócios? Estamos em um dos momentos decisivos da história. Nosso mundo cada vez mais digital está passando por uma mudança acelerada por causa da situação atual. Todos os dias, vemos mais empresas apostando na criação de plataformas de negócios (páginas, aplicativos, serviços online) para reforçar sua vantagem competitiva e diferenciação.
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Assespro-PR alerta empresas sobre adequação à LGPD, que pode entrar em vigor em agosto A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei 13.709/18) deve mesmo entrar em vigor em agosto desse ano. É o que afirma Ana Lúcia Bittencourt Starepravo, Diretora da Assespro-PR, entidade que representa o setor de Tecnologia da Informação no Paraná.
Empresas com automação e robotização de processos e soluções em nuvem ganham destaque em meio à crise A busca por eficiência operacional e redução de custos sempre é uma vertente na maioria das organizações, independente do setor em que atuam. A transformação digital e a disrupção dos negócios fez com que as empresas discutissem constantemente seus modelos de negócio.
Nova Epson EcoTank M2120 facilita a rotina de quem trabalha em casa Para uma parcela da população brasileira e alguns setores da economia, o home office deixou de ser uma prática pontual e passou a fazer parte do dia a dia. De acordo com um estudo da Infobase, “Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios”, 30% das empresas no Brasil e no mundo devem tornar isso uma realidade permanente daqui para frente.
O futuro pós-pandemia passa por uma nova mentalidade tecnológica O impacto do COVID-19 se deu em diversas frentes do país. No campo da saúde, um desafio colossal para as autoridades responsáveis. Para os trabalhadores, uma necessidade imediata de se adaptar a decretos emergenciais de quarentena, visando frear a curva de contaminação do vírus.
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IDC avalia que 53% das empresas vão reduzir seus investimentos em TI na América Latina no segundo trimestre de 2020, em resposta à pandemia de covid-19 A fase atual das empresas de TI é de realinhamento e este movimento deve se estender por 6 a 11 meses em relação ao início da pandemia de covid-19. “O realinhamento vai levar mais tempo e exigir mais atenção das organizações, que vão precisar adequar seus gastos para atender as principais necessidades durante esse período”
Menos papel e mais árvores: digitalização é uma das principais medidas para a proteção do meio ambiente Junho é o mês do Meio Ambiente, que agradece à tecnologia pela crescente economia de papel, e, consequentemente, de recursos naturais, como árvores e água, com as possibilidades trazidas pela digitalização de documentos, arquivos, livros, projetos e outros tipos de informação.
Como utilizar a venda direta para amenizar os efeitos do coronavírus em suas finanças? Desde que a crise causada pelo avanço do novo coronavírus chegou ao Brasil, muitas empresas foram gravemente afetadas, o que levou milhares de brasileiros ao desemprego. A partir disso, o setor de venda direta se tornou uma saída interessante para todos aqueles que não podem esperar a crise passar para voltar a ter renda.
Mauricio Valim assume a Superintendência de Operações da Valid Certificadora A multinacional brasileira Valid anuncia Mauricio Valim como o novo Superintendente de Operações da Valid Certificadora. Com experiência no desenvolvimento de plataformas digitais, aceleração de e-commerce e estruturação de equipes, a atuação de Valim tem como objetivo a expansão do negócio e experiência do cliente.
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Aplicativo permite monitorar o fluxo de pessoas dentro dos comércios A pandemia de coronavírus tem impactado toda a esfera econômica global. Para diminuir a disseminação de infectados, muitas empresas têm fechado suas portas, passando a atuar no modelo home office. Apenas o comércio com atividades essenciais à vida continua operando normalmente.
Nama registra um aumento de 332% no consumo de sua plataforma de chatbots desde fevereiro O estado de distanciamento social imposto pelas autoridades como resposta ao avanço do Coronavírus já começa a causar diversos problemas de ordem econômica. A maioria das empresas foi obrigada a paralisar suas operações sem um plano de continuidade de negócios, o que por consequência causou impacto nas vendas e no faturamento.
Plataforma de robotização WDG Automation maximiza a eficiência dos processos administrativos no setor varejista e industrial Após 6 meses da implantação do WDG Automation, plataforma de RPA (Robotic Process Automation ou Automação Robótica de Processos), em suas áreas operacionais, a GAM Distribuidora de Medicamentos e Perfumaria já tem motivos para comemorar.
Qual a importância de promover um ambiente empresarial inovador? O universo corporativo se transforma progressivamente. Com o avanço de tecnologias disruptivas, empresas têm aperfeiçoado suas operações, a comunicação com o cliente e tomadas de decisões com o apoio de máquinas inteligentes, sistemas integrados de gestão, aplicativos e ferramentas, entre outras tecnologias.
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Otimize seus dados, trate suas fontes informacionais. Este é momento de olharmos para o outro e para o mundo, Informação é tudo!!!
nós só temos esta casa. 90% dos dados que há no mundo hoje foram criados nos últimos dois anos e agora, a cada dois anos, o mundo dobra a taxa em que os dados são produzidos. Um estudo da Business Software Alliance (BSA), diz que 2,5 quintilhões de bytes são criados todos os dias. Consulte-nos e veja como podemos ajudar www.cassdoc.com.br
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webnews cezar.taurion@kickgrupo.com.br Pegasystems lança ‘plataforma para as plataformas’, solução que consolida tecnologias de diversos fornecedores
A Pegasystems Inc. (NASDAQ: PEGA), empresa de software que potencializa a transformação digital nas principais empresas do mundo, anuncia o Pega Process Fabric ™, uma nova arquitetura de software baseada em nuvem, projetada para otimizar radicalmente a forma como as organizações direcionam o trabalho por meio de suas tecnologias em uso (distribuídas).
Stefanini Rafael é reconhecida como novo Parceiro Global do Ano pela AT&T Cybersecurity A Stefanini Rafael, venture do Grupo Stefanini especializada em soluções avançadas de Inteligência e de Cyber Defense, recebeu da AT&T Cybersecurity, desenvolvedora de serviços comerciais e de código aberto para gerenciar ataques cibernéticos, incluindo o Open Threat Exchange, a maior plataforma de segurança de computadores do mundo, o prêmio de “Novo Parceiro Global do Ano de 2019”.
Plataforma digital organiza em tempo real escalas e plantões de profissionais da saúde Controlar as escalas e plantões de profissionais nas instituições de saúde sempre foi um desafio. Preenchendo manualmente a data e horário de trabalho de cada médico ou enfermeiro, por exemplo, os gestores dessa área devem estar atentos a mudanças, trocas de turnos e imprevistos dentro de sua equipe.
Como será o BPO após a pandemia de coronavírus? O Brasil é mais um dos inúmeros países afetados pela pandemia de COVID-19. Infelizmente, os números referentes ao vírus em solo brasileiro justificam uma preocupação fervorosa de autoridades em amenizar os efeitos danosos para a economia do país.
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opinião Tadeu Cruz
tadeuj.cruz@gmail.com
Planejamento estratégico, agora é hora
Vou fugir dos clichês que existem para os momentos de crises em chinês, japonês, javanês. Vou me concentrar no que realmente importa, no que devemos fazer num momento de crise como o que estamos vivendo. Precisamos aproveitar a pandemia, a quarentena, a queda generalizada do PIB mundial, para fazermos alguma coisa produtiva e positiva, e não somente ficarmos chorando e lamentando as perdas econômicas. Nada mais apropriado neste momento do que aproveitarmos a desaceleração da economia parta realizarmos o Planejamento Estratégico da empresa. Vemos, em todos os meios de comunicação, que jamais seremos, ou voltaremos a ser, como éramos antes do Covid-19, quer em termos pessoais, quer em termos organizacionais e econômicos. A mudança pode ser para melhor ou para pior, muito só depende de nós mesmos e de darmos um rumo, traçarmos um plano, tanto para a empresa quanto para nossa vida pessoal, para seguirmos em frente quando a pandemia passar e não precisarmos mais estar em quarentena. Este rumo chama-se Planejamento Estratégico. Se no passado a maioria das empresas não deu muita bola para ele, a situação agora mudou. é imprescindível que cada uma busque descobrir a si mesma e
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conhecendo-se crie um plano para seguir adiante. Não é fácil, eu sei. Mas é imperioso que façamos. Precisamos pensar no Covid-19 como uma oportunidade de acelerarmos o futuro, fazendo-o acontecer mais cedo nas relações pessoais, organizacionais e comerciais. Para ajudar às empresas a pensarem melhor na necessidade imperiosa de criar um Planejamento Estratégico, aqui vão alguns pontos de atenção. 1. Reúna a alta direção, os sócios, a alta gerência e comece a fazer um Planejamento Estratégico. Não dispense a ajuda, a participação, de todos os colaboradores da organização, pois de onde menos se espera podem surgir ideia maravilhosas, e exequíveis. 2. O ponto de partida é ter consciência de que os efeitos da pandemia devem perdurar por muito tempo, e que jamais voltaremos a ser como éramos, tanto nas relações pessoais com nas de negócios. Mesmo que surja uma vacina eficaz contra o Coronavírus, muitos países devem alternar períodos de abertura e isolamento ainda por muito tempo, temendo uma segunda, terceira, quarta onda de contágio. A exemplo do que acontece, de tempos em tempos, com as endemias do vírus ebola na África. Assim, o principal ponto
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opinião Tadeu Cruz de partida é reconhecer que NUNCA MAIS O MUNDO SERÁ O MESMO! 3. Também comece por reconhecer que todos seremos, teremos que ser, mais solidários uns com os outros. Pode ser que sua empresa necessite se reinventar e possa vir a ganhar dinheiro sendo mais participativa e solidária. Os canais de distribuição serão mais diretos e eficientes, e muitos creem que os atravessadores diminuirão suas participações nas transações comerciais. A exemplo do que vem ocorrendo com a distribuição de hortaliças, verduras e frutas em várias cidades. 4. Entenda como os hábitos de consumo mudarão. Como diz o Copenhagen Institute for Futures Studies, a ideia de “menos é mais” vai guiar os consumidores daqui para frente. Quer um exemplo prático? Na minha casa, há muito tempo, já não passo a ferro roupas minhas e da minha filha e nem por isso deixei de ser recebido por presidentes de Tribunais de Justiça, presidentes de grandes organizações, ou meus alunos riram ou me faltaram com o respeito em sala de aula. Tudo é uma questão de postura. Tenho me preocupado em comprar roupas que corretamente estendidas não amassam, pois são feitas com tecidos, naturais, que permitem este tipo de uso. Além de muita economia de energia, também não perco tempo fazendo coisas que no mundo atual, a meu ver, não fazem mais sentido. Na Europa, já há muito tempo, é comum o reuso de imóveis e utensílios de casa. Não se
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joga fora o que ainda está em perfeitas condições de uso. Este movimento chama-se Minimalismo. 5. Lembre-se de começar o Planejamento Estratégico por reconhecer que o modelo econômico que conhecemos como capitalismo será questionado e sofrerá modificações. Por que? Simples! O dinheiro sumiu! O dinheiro acabou para uma imensa quantidade de pessoas e as previsões são catastróficas para o aumento da pobreza no mundo. Por tudo isto as pessoas estarão mais conscientes na hora de consumir. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’”, escreveu no site O Futuro das Coisas Sabina Deweik, mestre em comunicação semiótica pela PUC e pesquisadora de comportamento e tendências. 6. Pense que se antes o delivery já era muito utilizado, agora ele será essencialmente utilizado. Discuta se sua empresa pode se beneficiar deste tipo de relação com seus clientes. 7. Os mais idosos vão se lembrar do Shop Time, programa de vendas pela TV que proporcionava belos descontos, além de permitir que nós pudéssemos focar onde irmos quando precisávamos comprar algo. Pois é, com as novas Tecnologias da Informação será possível mantermos abertos e aumentarmos a participação dos canais de compra e venda conquistados durante a quarentena, tais como o Instagram, o Whatsapp empresarial, que até já está aceitando pagamentos e envio de dinheiro pela plataforma, os apps. Neste sen-
tido destaco as Casas Bahia, O Ponto Frio, o Magalu, a Amazon, a Americanos, entre muitas outras iniciativas de comercio eletrônico. Se um CEO disser que não conseguirá manter a empresa lucrativa somente com o e-commerce, tenha certeza, a empresa dele tem tudo para desaparecer. 8. A educação à distância será uma tendência cada vez mais presente em nossas vidas, principalmente num país de dimensões continentais como o nosso. A USP, e outras grandes universidades brasileira, já disseram que aulas presenciais só no ano que vem, em 2021, e eu me arisco a dizer, talvez! 9. Os hábitos de consumo, de comportamento, de vestiário, de deslocamento, todos mudarão. Eu me lembro que ficava olhando o costume japonês de usar máscaras para prevenção de transmissão de gripe, e pensava “como seria bom que tivéssemos esse hábito”. Pronto! O Covid-19 nos forçou a termos esse hábito. No inicio muitos resistiram, mas agora, e por muito tempo, ninguém mais deixará de usá-las. Os conscientes sabem que elas salvam vidas. Os outros continuarão morrendo! 10. Resumindo, agora é hora de aproveitarmos a quarentena, provocada pela pandemia, para repensarmos o futuro próprio e o das nossas empresas. Bom Planejamento Estratégico.
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