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de passagem julho de 2009


de passagem trabalho de Conclusão de curso julho de 2009

Escola de Comunicações e Artes Departamento de Artes Plásticas Universidade de São Paulo



de passagem trabalho de Conclusão de curso julho de 2009

Este Trabalho tem a modesta intenção de apresentar parte dos trabalhos desenvolvidos por mim no período em que fui aluno do Departamento de Artes Plásticas na Universidade de São Paulo.

Compartilho com parte das reflexões de Louise. Esse livro não apresenta uma conclusão, não há uma tese a ser refutada ou uma narrativa definitiva. Prefiro acreditar que o trabalho ocorra em função desses “saltos de todo tipo”.

Coincidentemente, no período em que estava finalizando este livro, quando iniciava este texto – momento que de todas as maneiras tentava adiar por minha dificuldade em transpor para a escrita as reflexões que pautaram este trabalho –, tive contato com o livro Descontrução do Pai/ Reconstrução do Pai, de Louise Bourgeois, que em determinada passagem dizia:

De Passagem é formado pela escolha de 17 fotografias, de três lugares onde vivi por algum tempo, e que faz parte de um grupo muito maior de fotografias tiradas quase que diariamente nesses últimos anos. Meu interesse nesses “espaços”, onde (à primeira vista) nada ocorre, é tentar de alguma forma captar o que há de próprio neles, e de criar um instrumento que auxilie a memória e que traga de volta as experiências ali vividas. Vejo nesses registros a busca em desvendar (ou se perder) um labirinto, onde as fotografias e as cenas da minha memória se mesclam.

As palavras de um artista devem ser entendidas sempre com cuidado... O artista que discute o suposto “significado” de seu trabalho está, normalmente, descrevendo a faceta literária de seu tema. O âmago de seu impulso original deve ser encontrado, caso exista, em seu próprio trabalho... Quero explicar tal peça. Não entendo a razão de os artistas dizerem qualquer coisa porque supõem que o trabalho fala por si; e o que quer que digam sobre ele soa como desculpa, como algo desnecessário... Jamais falo literalmente; para compreender-me é preciso usar analogia e interpretação, saltos de todo tipo... Eu suspeito das palavras. Elas não me interessam, elas não me satisfazem, Sofro por causa do modo como as palavras esgotam a si mesmas.

Talvez um dos principais elementos que se deva ter conhecimento ao se deparar com minhas fotos e que, infelizmente, possam passar despercebido pela impossibilidade de se ilustrar seu processo de produção; seja exatamente seu o passo anterior, com suas inúmeras manipulações, testes, edições e diversas escolhas até chegar ao resultado – que não considero como final – apresentado. Contudo, desejo que todos que se depararem com essas fotos tenham, ao menos, um pouco do prazer que para mim foi realizá-las.

Rogério Domingos de Miranda Bacharelado em Artes Plásticas - Multimídia Intermídia


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de passagem trabalho de Conclusão de curso

Gostaria de agradecer, a todos que de alguma forma me ajudaram na concretização desse material, em especial ao Professor João Luiz Musa pela orientação, e a todos os amigos que tive a sorte de encontrar nesses últimos cinco anos como aluno do departamento. Muito obrigado!


Professor Orientador: Prof. Dr. João Luiz Musa

Banca composta por: Prof. Dr. Mario Celso Ramiro de Andrade Profª. Dra. Silvia Regina Ferreira de Laurentiz

Escola de Comunicações e Artes Departamento de Artes Plásticas Universidade de São Paulo



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