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sem glúten | 2017

2017 46 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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www.celiacos.org.pt

chocolate da época amido de trigo sem glúten: é seguro? certificação apc/biotrab em novas marcas e restaurante italiano


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sem glúten | 2017

EDITORIAL

SUMÁRIO

Mafalda Carvalho

Ano novo, novos órgãos sociais, novo alento para continuar a trabalhar em prol da qualidade de vida dos celíacos e dos seus familiares. Vamos dar continuidade a todas as atividades que têm obtido grande recetividade junto dos sócios, como é o caso dos workshops de culinária, nos quais, a par dos temas clássicos, teremos também algumas novidades – destacamos os workshops para crianças. Além do Porto, onde já temos uma intensa atividade, vamos também fortalecer a nossa presença no Algarve, voltar à Madeira e iniciar o nosso trabalho nos Açores. Voltaremos em abril com o Celiac para adultos e em outubro com uma novidade: a versão do curso destinada aos jovens. Respondendo às solicitações dos nossos associados, iniciamos este ano as consultas de psicologia. Por agora estamos apenas em Lisboa, mas pretendemos estender este serviço também ao Porto. Aumentámos a revista, diversificando ainda mais as temáticas abordadas, e queremos tornar os nossos encontros cada vez mais atrativos, aumentando o leque de expertise dos palestrantes e abordando a doença celíaca de acordo com os mais recentes avanços da investigação. Premiaremos os sócios mais participativos, oferecendo-lhes descontos especiais, e facilitaremos as formas de pagamento para que todos possam beneficiar das iniciativas da APC. Maio, sendo o mês do celíaco, estará como sempre repleto de atividades dispersas por todo o país. Fique atento ao calendário de eventos, porque certamente não vai querer perder nada. Nada disto seria possível sem a contribuição de todos – por mais profissional que seja a nossa atuação, somos uma associação em que TODOS somos responsáveis pelo seu sucesso e, por isso, devemos empenhar-nos e envolver-nos – e tudo só fará sentido também com a entusiástica participação de TODOS. Divulgue a APC, angarie novos sócios, novos amigos, porque JUNTOS somos mais fortes, e capazes de feitos ainda mais grandiosos. Um excelente 2017 para todos!

CONTACTOS INSTITUCIONAIS APC APC morada Av. Júlio Dinis, n.º23, 1.º Esq, 1050-130 Lisboa (Junto ao celeiro da Avenida da República) telf. 217 530 193 | telm. 919 213 496 / 918 139 511 site www.celiacos.org.pt e-mail apc@celiacos.org.pt | nutricionista@celiacos.org.pt facebook http://www.facebook.com/APCeliacos FICHA TÉCNICA

ESPECIAL

INICIATIVAS

04 Conheça os novos órgãos sociais da APC 06 44.º Encontro Nacional de Celíacos 07 DC nos media 08 Workshop de Natal sem glúten

Check-Up, 1.º Dia Nacional do Rastreio

09 Almoço de Natal

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PERGUNTAS CELÍACAS Perguntas celíacas — respostas sem glúten

NOVIDADES 11 Naturefoods

| Mar Ibérica | Vila Galé Soria Natural | Probios | BioActivo | Dr. Oetker

NOTÍCIAS 13 Theo Kakaw 14 Choc’Me | Casal dos Planetas 16 La Trattoria agora certificado ENTREVISTA 18 DGAV DA ÉPOCA 19 Folar, chocolates e outros doces tradicionais RADAR 20 Chocolate INFORMAÇÃO TÉCNICA 21 Amido de trigo sem glúten 22 Produtos de pastelaria com e sem glúten ESPAÇO DO SÓCIO 24 Pão Nosso lança projecto de crowdfunding

Prémio Amigo da APC 2016 Rubrica Celeiro Pontos de venda | Dar mais ao sócio Atendimento no Porto, novas datas

título Sem Glúten | periodicidade Quadrimestral | tiragem 2000 exemplares propriedade APC - Associação Portuguesa de Celíacos diretora Mafalda Carvalho | edição APC redação Daniela Afonso, Rita Jorge e Vanessa Domingos design Vanda Mota | impressão Dilazo - Artes Gráficas SA fotografia da capa Yummy Stock

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AVISO LEGAL · A APC divulga informação generalizada direcionada aos seus associados e demais interessados na doença celíaca. Os conteúdos da revista Sem Glúten (incluindo artigos, receitas, anúncios publicitários e outro tipo de informação) não têm a intenção de dar um parecer médico, dietético ou legal, pelo que a leitura dos seus conteúdos não dispensa o aconselhamento médico especializado. · A APC não pode ser considerada responsável por eventuais modificações de fabrico que surjam após divulgação dos artigos/anúncios publicitários, nomeadamente no que respeita a alterações nos ingredientes dos produtos divulgados como isentos de glúten após análise, uma vez que essas alterações são da responsabilidade dos fabricantes/produtores. · Alertamos ainda para o facto de a APC não poder garantir a total isenção de glúten nos produtos confecionados e comercializados nos restaurantes/ padarias/ pastelarias divulgados. A confirmação deverá sempre ser feita pelo consumidor aquando da visita ao estabelecimento.

VIAGENS 28 Bruxelas sem glúten

RECEITAS SEM GLÚTEN 29 Bolo de iogurte e lima-limão 30 Trança folhada com creme de pera


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ESPECIAL

CONHEÇA OS NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA APC

DIREÇÃO

PRESIDENTE

Mafalda Carvalho Consultora de Empresas e Executive Coach na ProPeople | Celíaca | Lisboa

TESOUREIRA

Em novembro de 2016, foram eleitos os membros dos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Celíacos (APC) para o quadriénio 2017-2020. Nesta edição da Sem Glúten, quisemos dar a conhecer as caras que estarão à frente da associação nos próximos quatro anos.

ASSEMBLEIA-GERAL

PRESIDENTE

Teresa Amaral Advogada | Mãe de dois celíacos Oeiras/Lisboa

1.ª SECRETÁRIA

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE

Inês Serrano Economista | Mãe de duas celíacas Carnaxide/Lisboa

VOGAL

Fernanda Gamito

Sofia Crisóstomo

Catarina Lobão

Auditora | Celíaca | Seixal/Setúbal

Farmacêutica | Mãe e irmã de celíacos Lisboa

Docente no Ensino Superior (Enfermagem) Celíaca | Leiria

VOGAL

2.ª SECRETÁRIA

Rita Morais

Carmen Soares

Responsável da Qualidade e Investigação, Bial (farmacêutica) | Mãe de um celíaco | Porto

Nutricionista | Celíaca | Oliveira do Hospital

Comercial nos Correios de Portugal, SA Celíaca | Algarve

Susana Tavares

SUPLENTE

VOGAL

SUPLENTE

Marta Miguel

Rita Rebelo

Gestora de Recursos Humanos Celíaca | De Lisboa, a viver no Porto

Engenheira Eletrotécnica | Celíaca Matosinhos

SUPLENTE

SUPLENTE

Almerinda Nascimento

Rute Freitas

Psicóloga clínica | Mãe de uma celíaca Lisboa

Auditora | Celíaca | Funchal/Madeira


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INICIATIVAS


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INICIATIVAS

44.º ENCONTRO NACIONAL DE CELÍACOS BATE RECORDE DE PARTICIPAÇÃO O 44.º Encontro Nacional de Celíacos decorreu no dia 19 de novembro de 2016 e contou com o maior número de participantes de sempre: 240 pessoas acorreram ao Lagoas Park Hotel, em Oeiras, para o evento. O programa técnico contou com apresentações do Dr. Paulo Ratilal, gastroenterologista, com o tema «Além da dieta: novidades»; da Dra. Susana Rebelo Pacheco, pediatra, com o tema «Celíacos e doenças auto-imunes»; e de André Santos, gestor de Qualidade da McDonald’s Portugal, com o tema «Menu para celíacos: um ano na McDonald’s». O encontro contou ainda com a presença de Mafalda Ribeiro, com a apresentação «Por cada volta um obrigada». Este dia foi também marcado pelas eleições para os órgãos sociais da APC para o quadriénio 2017-2020, seguido da discussão do plano de actividades e orçamento para 2017. Simultaneamente às palestras, o átrio do hotel acolheu stands de exposição de empresas parceiras, o que permitiu a

descoberta de algumas novidades e a degustação de produtos. Este encontro contou também com uma colaboração da ETIC (Escola de Tecnologias, Inovação e Criação), na cobertura fotográfica e audiovisual do evento. A animação das crianças ficou a cargo da Smartlyfun. O evento contou com o apoio dos parceiros: DauraDamm, Esparguete sem glúten Carpe Diem Portugal, Celeiro/Schär, Garcia & Filhos, Genius Gluten Free, Glutamine Sem Glúten, Milaneza/Nacional, Minipreço, Museu do Pão, Arroz Pato Real, Sovex, Nestlé, Dacsa Atlantic (Ceifeira), Auchan, Vimeiro, Ferbar, Fruut, Gullón, Nobre, Pescanova, Iswari SuperFoods Portugal, Gluoff – Bolos sem Glúten, Laboratórios Germano de Sousa, Mar Iberica, S.A.. Veja ou reveja os momentos do 44.º Encontro no vídeo disponível no canal de YouTube da Associação Portuguesa de Celíacos.


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DC NOS MEDIA NATAL SAUDÁVEL E SEM GLÚTEN A presidente da APC, Mafalda Carvalho, e a nutricionista Rita Jorge foram entrevistadas para o site do Programa de Alimentação Saudável do Jumbo, no âmbito da rubrica «Saudável com…» no mês de dezembro de 2016. Sendo o Natal uma época tão especial, e tendo em conta o know-how e experiência de ambas, a entrevista teve o intuito sobretudo de divulgar como pode o Natal ser isento de glúten e saudável, mas também abordaram outras temáticas interessantes de promoção da saúde alimentar dirigida aos celíacos. Consulte a entrevista em http://alimentacaosaudavel.jumbo. pt/saudavel_com/. Note-se que no ponto 8, aquando da referência ao consumo da aveia, este diz respeito a aveia certificada como isenta de glúten. A sua introdução na dieta deve ser feita com acompanhamento médico e nutricional. Na questão 9, onde é mencionado que «o celíaco pode muito bem viver com esta doença crónica sem que isso tenha de se refletir no seu orçamento familiar», deve ler-se «sem que isso tenha de se refletir muito no seu orçamento familiar».

INICIATIVAS


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INICIATIVAS

WORKSHOP DE NATAL SEM GLÚTEN, PORTO No seguimento do sucesso do workshop «Natal Sem Glúten» realizado em 2015, a APC decidiu replicar a iniciativa, desta vez no Porto. O evento decorreu na manhã do dia 3 de dezembro de 2016, no espaço Workshops Pop Up.com, com o apoio da Glutamine. No workshop, Mafalda Carvalho, presidente da APC, partilhou com os participantes as suas receitas de Natal sem glúten, ensinando truques para nunca mais errarem. A receita mais esperada e apreciada foi a de bolo-rei sem glúten. As restantes receitas, sonhos de cenoura, cheesecake de manteiga de amendoim e rabanadas no forno, foram também muito apreciadas, e todos os participantes ficaram a perceber como é possível, e descomplicado, tornar o seu Natal ainda mais especial. As receitas estão disponíveis a sócios e amigos no portal da APC.

CHECK-UP, 1.º DIA NACIONAL DO RASTREIO A Check-Up, Dia Nacional do Rastreio, que decorreu nos dias 4, 5 e 6 de novembro, é uma ação em que foram disponibilizados vários rastreios gratuitos nas estações ferroviárias da Gare do Oriente e de Campanhã, tendo contado com a presença da Associação Portuguesa de Celíacos. Reunida uma equipa de voluntários, foi possível levar a cabo uma ação de sensibilização para o subdiagnóstico da doença celíaca na população em geral, abordando as pessoas que circulavam nas estações e que passavam pelos stands da APC, presentes nas estações de Lisboa e do Porto. A APC agradece aos voluntários, sem os quais esta ação não teria sido possível: Lisboa: Ana, Almerinda, Bernardo, Cláudia, Fernanda, Filipa, Inês, Inês, João, Mafalda, Margarida, Maria, Patrícia, Paula, Sandra, Sofia, Sónia e Teresa. Porto: Ercília, Evelise, Felisbela, Florbela, Helena, Joana, Marta, Sandra, Susana e Teresa.


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INICIATIVAS

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ALMOÇO DE NATAL, ALGARVE No passado dia 4 de dezembro realizou-se no restaurante M&N, no Montenegro, Faro, mais um almoço de Natal do grupo de associados e amigos da APC. Este restaurante tem desde sempre sido recetivo às necessidades dos clientes celíacos, tendo em conta possíveis riscos de contaminação. A iniciativa contou com a presença de cerca de trinta pessoas. O almoço foi patrocinado pelas lojas Celeiro com o pão para a refeição e um cabaz que foi sorteado entre os presentes. À semelhança do que tem acontecido noutros eventos, os participantes tiveram um bom momento de partilha de experiências e convívio. Carmen Soares Membro dos órgãos sociais da APC e do grupo de celíacos do Algarve.


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PERGUNTAS CELÍACAS

PERGUNTAS CELÍACAS — RESPOSTAS SEM GLÚTEN Envie-nos as suas dúvidas e questões relacionadas com a doença celíaca. Neste espaço serão publicadas, seguramente, respostas sem glúten. Dr. Paulo Oliveira Ratilal, responsável por esta rubrica, é médico gastrenterologista, exercendo a sua atividade clínica e endoscópica no Hospital Cuf Descobertas, em Lisboa. Tem especial dedicação à doença celíaca, interessando-se por uma abordagem global, nas suas vertentes de diagnóstico, acompanhamento e tratamento. Contacte-o através do e-mail perguntas.celiacas@celiacos.org.pt

TENHO 32 ANOS E FUI RECENTEMENTE DIAGNOSTICADO COMO CELÍACO. AINDA ME ESTOU A «HABITUAR» AO ASSUNTO, MAS QUAIS SERÃO OS PRÓXIMOS PASSOS? MT, Beja Muitos celíacos contam que o mais difícil foi mesmo chegar até ao diagnóstico. A partir dessa altura, a manutenção de uma dieta isenta de glúten permitirá a recuperação intestinal, a remissão das queixas e a restituição da sua qualidade de vida. Uma vez diagnosticada a DC, torna-se importante: Aprender sobre a DC, recorrendo sempre a fontes de informação cientificamente fiáveis. Cada celíaco deve estar capacitado para ser o melhor veículo de informação e de divulgação no seu círculo de amigos e familiares. Controlar a sua dieta com segurança. Para isso há que aprender a escolher os alimentos (conhecer os proibidos, os perigosos e os permitidos) e a interpretar correctamente os rótulos das embalagens, extraindo daí a informação vital. A manipulação dos alimentos e o cozinhar sem glúten não deverão representar problemas e, para o facilitar, existem truques e dicas ensinados em encontros e workshops organizados para o efeito. Manter a sua vida e rotinas habituais, adaptando-as a um estilo de vida gluten free. Não é de esperar qualquer constrangimento ou limitação no plano familiar, social, académico ou profissional: deve continuar a comer fora, a divertir-se com os seus amigos, a frequentar as casas de familiares e a viajar. Existem certamente «momentos difíceis» no cumprimento da dieta isenta de glúten, de provação ou de tentação, que se aprendem a gerir eficazmente. A passagem do tempo e a experiência individual seguramente vão ajudar. Aderir à vigilância médica e ao acompanhamento dietético com a periodicidade que lhe for recomendada, de acordo com o seu caso específico. Alguns celíacos precisarão, nos primeiros tempos, de apoio médico mais intensivo e regular, devido à sua idade, ao maior impacto da DC no organismo ou à presença de doenças associadas.

TENHO O DIAGNÓSTICO DE CELÍACA HÁ VÁRIOS ANOS. É FREQUENTE, EM CONVERSAS COM AMIGOS SOBRE O TEMA, OUVI-LOS QUEIXAR DE VÁRIOS SINTOMAS QUE ATÉ PODERÃO CORRESPONDER À DOENÇA CELÍACA. MUITAS VEZES ATÉ ME CONTAM QUE EXPERIMENTARAM (OU QUE ESTÃO A FAZER) UMA DIETA SEM GLÚTEN E QUE SE SENTEM MUITO MELHOR. INVARIAVELMENTE, PERGUNTAM-ME SE SÃO INTOLERANTES AO GLÚTEN E O QUE DEVEM FAZER… LA, Porto Muito frequentemente ouvimos indivíduos a relatar queixas de distensão (ou inchaço) abdominal, de sensação de gases, de flatulência e de cólicas abdominais, por vezes acompanhadas de gorgolejo (ruídos no abdómen). Essas pessoas podem não ter qualquer alteração do trânsito intestinal ou, então, até contarem ter diarreia ou obstipação. Alguns desses indivíduos já perceberam que uma dieta isenta ou «com menos» glúten os faz sentir melhor. Claro que, quando a conversa é tida com um celíaco (ou com um médico…), percebe-se onde se quer chegar: «será que também sou celíaco?» Vejamos: Todos os sintomas referidos acima são inespecíficos da DC e muito frequentes na prática clínica. Não são sintomas que, isoladamente, façam imediatamente apontar para a DC e, na verdade, a maior probabilidade é de se tratar de uma outra doença que se pode manifestar desta forma, tal como a síndrome do cólon irritável ou a intolerância à lactose. Não é apenas por se verificar uma relação entre ingerir menos glúten e ficar melhor que se faz o diagnóstico de DC. Ao diminuir o volume de glúten ingerido, reduz-se frequentemente a carga de fibra da dieta (entre outros componentes) e isso, por si só, poderá ter um impacto positivo nas queixas apresentadas. Embora isto isoladamente não permita fazer o diagnóstico de DC, o seu médico assistente terá todo o interesse em saber dessa associação. Não deve ser iniciada uma dieta isenta de glúten antes de se consultar um médico e de fazer o estudo adequado. O cumprimento de tal dieta por um indivíduo não celíaco nunca representa, por si só, um risco para a sua saúde desde que esta seja equilibrada e racional, como qualquer outra opção nutricional o deve ser. Contudo, é importante salientar que algumas semanas de dieta isenta glúten poderão comprometer os resultados dos exames complementares e assim adiar-se ou perder-se a oportunidade de um diagnóstico preciso da situação. Assim sendo, os indivíduos que têm queixas e cuja experiência alimentar os coloca na dúvida de serem ou não celíacos devem ser encaminhados para o seu médico e não devem iniciar dieta isenta de glúten antes de ser feito o estudo clínico adequado. Só assim se poderá chegar ao diagnóstico acertado.


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NOVIDADES

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NATUREFOODS PASTÉIS DE NATA E DE FEIJÃO ULTRACONGELADOS A Naturefoods lançou dois produtos ultracongelados: pastéis de nata e pastéis de feijão, ambos isentos de glúten. Estes produtos são também vegetarianos, isentos de lactose e adoçados com stevia. Podem ser encontrados nas lojas Celeiro.

MAR IBÉRICA LANÇA PRODUTOS CONGELADOS SEM GLÚTEN A empresa Mar ibérica lança vários produtos congelados isentos de glúten, com o logótipo da APC. A gama de produtos sem glúten inclui: delícias do mar, preparado para arroz de marisco, preparado para arroz de marisco com refogado, preparado para sopa de marisco, preparado para sopa de peixe e marisco, cocktail de marisco, cocktail para arroz de marisco, caril de marisco, cataplana de pescado e marisco, e preparado para massada de peixe e marisco. Grande parte destas referências está já disponível nas lojas E. Leclerc, Intermarché e El Corte Inglés, e estará brevemente disponível nas lojas Recheio e Pingo Doce.


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NOVIDADES

PROBIOS COM LINHA ALTRICEREALI E MASSAS DE LEGUMINOSAS EM PORTUGAL

VILA GALÉ CRIA PEQUENO-ALMOÇO PARA CELÍACOS A Vila Galé tem um pequeno-almoço sem glúten apto para os seus clientes celíacos. Esta opção está disponível nos 20 hotéis do grupo em Portugal e não representa custos adicionais para os hóspedes que tenham este tipo de necessidades alimentares. O pequeno-almoço inclui diferentes tipos de pão, cereais e pastelaria isentos de glúten. O diretor de Alimentação e Bebidas da Vila Galé, Miguel Santos, explica: «Ao disponibilizarmos um pequeno-almoço apto para celíacos, queremos reforçar a confiança destes hóspedes, assegurando-lhes que tivemos todos os cuidados necessários na escolha, preparação e confeção dos alimentos que o compõem, sem risco de contaminações cruzadas.»

SORIA NATURAL

Estão disponíveis no mercado nacional produtos da linha Altricereali da Probios, alimentos biológicos sem glúten. Atualmente, são comercializados os flocos de trigo sarraceno, de amaranto e de quinoa, bem como minitartes de aveia com recheio de mirtilo, de trigo sarraceno com recheio de damasco, e ainda biscoitos de aveia com doce de cereja. A marca Probios tem na sua gama, agora disponíveis em Portugal, massas de leguminosas. As massas de grão-de-bico, lentilhas vermelhas e feijão preto são isentas de glúten, ricas em proteína vegetal e fibra. Ambos os produtos podem ser encontrados em algumas lojas Jumbo na área de Lisboa.

GAMA BIOACTIVO SUPLEMENTOS ISENTOS DE GLÚTEN Procurando dar resposta às necessidades das pessoas que precisam de tomar suplementos nutricionais, mas que, sendo celíacas, precisam de garantir a segurança dos mesmos quanto à ausência de glúten, a gama BioActivo, da Pharma Nord, assegura a isenção de glúten nos seus produtos. A Pharma Nord é uma empresa dinamarquesa que fabrica, comercializa e desenvolve suplementos nutricionais, e que está no mercado de farmácia em Portugal desde abril de 2004.

GAMA DE PRODUTOS SEM GLÚTEN A Soria abarca várias etapas da cadeia de produção: produção biológica de matéria-prima própria e instalações dedicadas à elaboração de produtos à base de plantas medicinais, alimentação biológica e alimentação especial, nomeadamente isenta de glúten, lactose e ovo, num catálogo composto por mais de 80 referências. Entre os produtos isentos de glúten destacam-se hambúrgueres vegetais, tofu, empadas, tortilhas, refeições pré-preparadas, massas, snacks, cereais e sobremesas. A Soria Natural prima pela segurança em toda a gama de produtos sem glúten. Cada lote é analisado de forma a comprovar a ausência de componentes alergénicos, sendo exigido que o conteúdo de glúten seja inferior a 10 ppm, e a Soria Natural não comercializa nenhuma referência que supere as 3 ppm. Consulte todos os produtos sem glúten em http://sorianatural. es/pt/alimentacion/productos/especial.

DR. OETKER LANÇA PIZZAS SEM GLUTEN DA MARCA RISTORANTE A Dr. Oetker lançou duas pizzas sem glúten da marca Ristorante, nas variedades mozzarella e salame. Estas novas pizzas são feitas com uma base de massa com ingredientes naturalmente sem glúten, como farinha de arroz, fécula de batata, flocos de batata e proteína de ervilha. Esta gama é produzida numa fábriba da Dr. Oetker, em Wittlich (Alemanha), numa linha de fabrico dedicada exclusivamente a produtos sem glúten e separada da restante produção. Todas as pizzas Dr. Oetker estão disponíveis em diversos supermercados na secção dos produtos congelados.


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THEO KAKAW CERTIFICADA PELA APC/BIOTRAB

A empresa produtora de chocolates artesanais aderiu à certificação para produtos sem glúten no final do ano passado. A Theo Kakaw é uma empresa portuguesa que se dedica à chocolataria artesanal, usando como ingrediente principal o chocolate belga ao qual adiciona produtos tipicamente portugueses. Alguns dos produtos utilizados são o vinho do Porto, queijo da Serra da Estrela, flor de sal, aguardente velha, alfarroba, ginja, frutos secos, entre outros, contando com parcerias com vários produtores nacionais. Do portefólio da empresa, agora certificada pelo projecto Gluten Free da APC/Biotrab, fazem parte chocolates sem glúten, sem açúcar e biológicos, em formatos como bombons, tabletes, trufas e creme de chocolate. Os produtos podem ser adquiridos na sua loja, localizada no Hospital Cuf Porto. THEO KAKAW Rua Dr. António Martins Costa Maia, 184 Maia | 966474914 www.theokakaw.pt | comercial.theokakaw@gmail.com

NOTÍCIAS


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NOTÍCIAS

CHOC’ME CONFECIONA BOLOS SEM GLÚTEN CERTIFICADOS

A Choc’Me é uma empresa criada em março de 2016 que se dedica ao fabrico artesanal de bolos sem glúten, certificada pelo projecto Gluten Free da APC/Biotrab. Neste momento, dedica-se à confecção de bolo de chocolate e de cheesecake de frutos vermelhos. Ambos os bolos são vendidos congelados em tamanho normal (cerca de 1 kg) e em miniatura (cerca de 500 g). A iniciativa surgiu da dificuldade em encontrar sobremesas sem glúten e sem aditivos que fossem apreciadas por toda a família. Após várias tentativas, os responsáveis conseguiram criar duas receitas de sucesso. O número de pedidos que receberam por parte de amigos levou à decisão de constituir uma empresa dedicada ao fabrico artesanal de bolos sem glúten. A Choc’Me produz apenas produtos sem glúten e sem aditivos, vendidos ultracongelados e com validade de seis meses. As encomendas podem ser efectuadas por e-mail (choc.me.choc@ gmail.com) ou através da página no Facebook (https://www. facebook.com/chocmechoc/).

CASAL DOS PLANETAS DOCES CONVENTUAIS CERTIFICADOS

Casal dos Planetas Fotografia

A empresa Casal dos Planetas, dedicada à produção de doces conventuais confecionados com ingredientes provenientes de agricultura em Modo de Produção Biológico (MPB), é agora certificada pela APC/Biotrab para a produção de produtos isentos de glúten. A empresa, localizada em Castanheira do Ribatejo, é uma pequena exploração agropecuária totalmente convertida ao MPB há mais de duas décadas, que produz uva de mesa, vinho e fruta, como dióspiro, pêssego, figo e romã. Tendo iniciado a produção de ovos há 12 anos, também em MPB, optou por aliar a comercialização em fresco à produção artesanal de doçaria, tendo para tal licenciado uma cozinha artesanal. A produção de doces conventuais da Casal dos Planetas tem também como objetivo dar resposta às necessidades especiais de alimentação dos consumidores, tendo optado pela produção de produtos não só biológicos, como também isentos de glúten. Atualmente, podem encontrar-se à venda os seguintes produtos identificados com o logótipo da APC: pão-de-ló, molotof, castanhas de ovos, broinhas de ovos, quindim, toucinho-do-céu, doce de ovos sem açúcar, doce de ovos sem açúcar com canela, e doce de ovos sem açúcar com amêndoa. Os produtos podem ser encomendados diretamente à Casal dos Planetas, por e-mail ou através da pagina de Facebook ou encontrados nos pontos de venda Miosótis e Pomar da Rosa, ambos em Lisboa.


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NOTÍCIAS


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NOTÍCIAS

LA TRATTORIA RESTAURANTE ITALIANO CERTIFICADO PELA BIOTRAB O restaurante La Trattoria, em Lisboa, com quarenta anos de história, começou há alguns anos a disponibilizar pratos sem glúten. Agora, procurando «acompanhar o mercado e a sua evolução», o restaurante aderiu ao projeto Gluten Free, sendo agora certificado como seguro para celíacos. «A Trattoria começou a interessar-se pelo problema da doença celíaca há muitos anos, quando começou a ser mais frequente o aparecimento, principalmente de estrangeiros, com esta patologia», diz o restaurante em comunicado. De facto, foi em 2009 que decorreu o primeiro jantar sem glúten na Trattoria, na altura organizado pela APC Jovem no âmbito dos «jantares verdes», um conceito que procurava identificar e divulgar espaços seguros para as refeições dos celíacos. No ano seguinte, a APC organizou uma ação de formação para todos os colaboradores do restaurante, procurando transmitir conhecimentos sobre a doença celíaca e os cuidados a ter com os clientes que seguem uma dieta isenta de glúten. Ainda em 2010, outro jantar convívio seria organizado no restaurante, procurando dar continuidade a esta sensibilização.

A partir de agora, o restaurante La Trattoria é também certificado pelo projeto Gluten Free da APC/Biotrab, procurando prestar o melhor serviço aos clientes celíacos e não só. «Estamos sempre em constante aprendizagem e investimos na formação dos nossos Chefs, pelo que além de sermos certificados em “Produção de Produtos sem Glúten”, temos uma forte preocupação na correta utilização de produtos potencialmente alergénicos, pois temos de estar preparados para as várias alergias e intolerâncias alimentares dos dias de hoje», afirma o restaurante. Entre as opções sem glúten incluem-se várias entradas, risotos, pratos de massa, de carne e de peixe, além de várias sobremesas. Pode consultar o menu completo na secção Sem Glúten do site do restaurante: www.latrattoria.pt.

LA TRATTORIA Rua Artilharia Um, 79, 1250-038 Lisboa | 21 385 30 43 | geral@latrattoria.pt Horário de funcionamento: Almoço: segunda a sexta-feira, 12h30 às 15h00 | Jantar: domingo a quinta-feira, 19h30 às 23h00 | Sexta e Sábado: das 19h30 às 24h00


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ENTREVISTA

No dia 20 de julho de 2016, entrou em aplicação o Regulamento de Execução n.º 828/2014 relativo aos requisitos de prestação de informações aos consumidores sobre a ausência ou a presença reduzida de glúten nos géneros alimentícios. Com vista a esclarecer as empresas do sector, a DGAV — Direção-Geral de Alimentação e Veterinária emitiu uma nota orientadora relativa à menção «isento de glúten» na rotulagem de géneros alimentícios. Desta nota orientadora constam os produtos nos quais «não é admissível a menção “isento de glúten”, por ser evidente a isenção e improvável a contaminação (incluindo a tecnicamente inevitável)». Em entrevista, a DGAV explica como foi elaborada esta lista e qual o seu objetivo.

QUAL O OBJETIVO DESTA NOTA ORIENTADORA? Esta nota orientadora destina-se a esclarecer os operadores quanto ao entendimento da autoridade competente para a regulamentação da informação ao consumidor - a DGAV -, no que respeita à necessidade de informar sobre o estatuto do alimento quanto ao glúten sem infringir a alínea c) do art.º 7.º do Regulamento (UE) n.º 1169/2011, ao sugerir que este possui características especiais quando todos os géneros alimentícios similares possuem essas mesmas características — ausência de glúten, por exemplo.

DE QUE FORMA FOI AVALIADA A IMPROVÁVEL CONTAMINAÇÃO DAS CATEGORIAS DEFINIDAS JUNTO DAS EMPRESAS DO SETOR AGROALIMENTAR? É de salientar que a lista é constituída maioritariamente por alimentos simples e/ou pouco transformados. Esta premissa, aliada ao facto de o glúten apenas existir em determinados cereais, permitiu fazer apelo ao conhecimento detido na DGAV, decorrente do controlo sobre as indústrias nas quais são laborados certos géneros alimentícios transformados incluídos na lista, como o queijo. Por outro lado, não nos foram reportados pela APC problemas relativos à contaminação de alimentos constantes das categorias referidas. Finalmente, esta avaliação não é um processo finalizado, uma vez que caso venham a surgir informações relevantes dos setores envolvidos, será efetuada avaliação caso a caso e eventualmente alterada a lista.

COMO CARACTERIZA A RECETIVIDADE DAS EMPRESAS DO SETOR AGROALIMENTAR À LISTA DE PRODUTOS DEFINIDA? Não houve contestação à lista, o que permite supor que os operadores preferem clareza no tratamento de uma matéria tão sensível como esta.

COMO É GARANTIDO O CUMPRIMENTO DOS LIMITES MÁXIMOS DE GLÚTEN PRESENTES NOS PRODUTOS IDENTIFICADOS COMO «ISENTOS DE GLÚTEN», CONFORME ESTIPULADOS NA LEGISLAÇÃO? Em primeiro lugar, o Regulamento de Execução (UE) n.º 828/2014 contém limites muito claros de teor de glúten para as menções permitidas, «isento de glúten» e «teor muito baixo de glúten», que balizam o autocontrolo dos operadores. E tendo em conta que, a partir da entrada em aplicação deste Regulamento, os géneros alimentícios «isentos de glúten» passaram a ser considerados como géneros alimentícios comuns, da inteira responsabilidade dos operadores que os produzem, nos termos do Regulamento (CE) n.º 178/2002, o teor de glúten passa a ser avaliado como os demais parâmetros, no âmbito do controlo oficial de que é objeto toda a cadeia alimentar, mantendo-se o seu controlo analítico por amostragem.

DE QUE FORMA AVALIAM O CONTRIBUTO DA APC NA ELABORAÇÃO DA NOTA ORIENTADORA? O contributo da APC foi essencial, na medida em que nos foi proporcionada a visão dos principais representantes dos doentes celíacos sobre a informação de que carecem em matéria de escolhas alimentares, sendo de salientar que, com poucas exceções, esta veio corroborar a visão da própria autoridade relativamente à lista contida na nota.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO COM OS AGENTES DO SETOR, NOMEADAMENTE AS ASSOCIAÇÕES REPRESENTANTES DE DOENTES, NA ELABORAÇÃO DA LEGISLAÇÃO? Os agentes dos diferentes setores, nomeadamente os representantes dos doentes, quando seja o caso, fornecem um importante contributo na elaboração de normas regulamentares (nacionais ou da União), ao sublinharem a relevância de determinados requisitos ou a pertinência do estabelecimento de limites que permitam acomodar as suas restrições alimentares particulares. 08 de novembro de 2016


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DA ÉPOCA

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FOLAR, CHOCOLATES E OUTROS DOCES TRADICIONAIS A época da Páscoa tende a ser associada ao convívio com a família, mas também aliada à oferta das iguarias e produtos típicos. Porque a seleção de produtos isentos de glúten seguros nunca pode ser descurada, e para facilitar as celebrações, damos-lhe a conhecer alguns produtos especiais oferecidos pelos estabelecimentos parceiros da APC (no âmbito do Projeto Gluten Free – Certificação APC/Biotrab), bem como algumas referências de produtos embalados que poderá encontrar nas grandes superfícies. Com uma oferta de pastelaria tradicional, a ZARZUELA1 preparou para esta Páscoa folar, ninho (ambos em forma individual ou familiar), brigadeiro pequeno, broa de milho, broa de mel com amêndoa, sortidos com formatos alusivos à Páscoa e cabazes de Páscoa pequenos e familiares. As encomendas podem ser feitas por telefone, por e-mail ou na loja. Os associados da APC têm 10% de desconto nas suas compras. Contam ainda com as novidades: merendas, salame de chocolate, mais oferta congelada, workshops de padaria e pastelaria, jantares com menu sem glúten em dias específicos, e aos fins de semana bolo sem glúten e sem ovo. A GLUOFF tem todos os produtos disponíveis, sendo a novidade o Ninho de Páscoa em duas opções, pão de ló com cobertura de doce de ovos ou bolo de chocolate com cobertura de mousse de chocolate2. As encomendas deverão ser efetuadas até ao dia 11 de abril através de mensagem privada no Facebook, telefone (917301520) ou pelo e-mail gluoff.orders@gmail.com. As encomendas podem ser levantadas nos dias 14 e 15 de abril ou entregues ao domicilio.

FERBAR* Ovo chocolate de leite 120 g, Soy Luna Ovo chocolate de leite 120 g, Frozen Ovo chocolate de leite 120 g, Star Wars Coelhos de chocolate Riegelein 60 g e 150 g3 VIEIRA DE CASTRO* Drageias Cláudias 200 g Drageias Napolitanas 200 g Drageias Dianas 200 g Drageias Margaridas 200 g Drageias Belinhas 400 g Drageias Premium chocolate branco + framboesa Drageias Premium chocolate leite + caramelo4 Drageias Premium chocolate negro + sabor a laranja Drageias Premium chocolate branco + sabor a limão Drageias Premium chocolate branco + café NESTLÉ* Chocolate para culinária 200 g (44% de cacau) Chocolate para culinária 200 g (53% de cacau) Extrafino, Chocolate de leite 300 g Extrafino, Chocolate de leite com amêndoas 300 g Extrafino, Chocolate de leite com avelãs 123 g Extrafino, Chocolate preto semiamargo 300 g Chocolate preto com trufa 100 g Bombons Quality Street 265 g e 480 g Bombons Plaisir Avelã 125 g5 Bombons Plaisir Cereja 137 g

Os locais de recolha das encomendas serão: CASCAIS: Fábrica da empresa, Rua 1.º de Maio, 175, Aldeia de Juso LISBOA: Saloia, Rua de São Bento, 102

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*Estas referências são da inteira responsabilidade dos respetivos fabricantes, que garantem não haver presença de glúten na composição destes produtos alimentares, nem perigo de contaminação na linha de fabrico, reiterando, deste modo, a isenção de glúten no produto final. Alertamos que estes resultados não dispensam a leitura atenta do rótulo, uma vez que a sua composição poderá ser alterada sem aviso prévio.


RADAR INFORMAÇÃO TÉCNICA

Neste espaço, serão abordados temas da atualidade em artigos de opinião da autoria de profissionais de diversas áreas, com temas relacionados com saúde e bem-estar, na perspetiva de um especialista na matéria. Nesta edição, contamos com a opinião da nutricionista Ana Pimenta Martins falando sobre o chocolate.

O chocolate é produzido a partir das sementes do fruto do cacaueiro – árvore originária das regiões tropicais da América do Sul. O seu nome científico é Theobroma cacao, sendo que theobroma significa «o alimento dos deuses». As sementes de cacau eram utilizadas como moeda de troca pela civilização asteca, no México, há cerca de 3000 anos. O cacau e os produtos à base de cacau, de que é exemplo o chocolate, são largamente consumidos em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que o consumo per capita ronde os 1,21 kg/ pessoa/ano. O seu consumo está não só associado ao valor hedónico, mas também aos potenciais benefícios para a saúde. De facto, o cacau e os produtos derivados têm vindo a ser alvo de intensa investigação sobretudo por causa da sua interessante composição em fitoquímicos, particularmente pelo seu teor em polifenóis. As sementes do cacau são submetidas a um conjunto de operações antes de se produzir o chocolate. Primeiro são fermentadas e secas ao sol antes de serem embaladas para exportação. Nos países consumidores, os fabricantes do chocolate escolhem e limpam os grãos e torram-nos para melhorar o sabor e o aroma. Os grãos torrados são depois descascados e triturados. A temperatura atingida durante a trituração derrete a gordura das sementes, obtendo-se uma substância gorda e amarga, o licor de cacau. A manteiga de cacau é libertada do licor por meio de prensagem, obtendo-se por fim um produto sólido de cacau. É com este produto, depois de moído e peneirado, que se fabrica o cacau em pó. O chocolate como produto de confeitaria resulta da adição de outros ingredientes, por exemplo açúcar e gordura, ao licor de cacau. Normalmente, a gordura adicionada ao chocolate é a manteiga de cacau, que lhe confere a sua textura inconfundível. Hoje em dia é comum a adição de outros ingredientes às diferentes categorias de chocolate, nomeadamente leite, cereais, sementes e

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CHOCOLATE

ANA PIMENTA MARTINS Nutricionista na Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN)

frutos secos, que contribuem para a grande variedade de tipos que se encontram no mercado. As três principais categorias de chocolate – negro, de leite e branco – apresentam diferenças na sua composição e, consequentemente, no valor nutricional. O chocolate negro não contém leite, ao contrário do chocolate de leite e do branco. O chocolate de leite apresenta uma menor quantidade de cacau comparativamente ao negro, e o branco não contém cacau, apenas manteiga de cacau à qual é adicionada uma elevada quantidade de açúcar. Do ponto de vista nutricional, o chocolate é fonte de quantidades variáveis de açúcar, gordura e certas vitaminas e minerais, como magnésio, ferro, cálcio, carotenos, vitaminas E e do complexo B. O teor em polifenóis, particularmente flavonoides, tende a ser mais elevado no chocolate negro em comparação com o chocolate de leite e é praticamente irrelevante no caso do chocolate branco. Por ser rico em gordura e açúcar, o chocolate apresenta um teor energético elevado – cerca de 500 kcal/100 g. A ingestão de chocolate aumenta a produção de endorfinas e serotonina, que apresentam um efeito estimulante. A sensação de prazer e bem-estar proporcionada pelo chocolate deve-se, em parte, à substância feniletilamina, que existe naturalmente no cérebro, libertando-se em alturas de excitação emocional. O cacau contém ainda cafeína e teobromina, que estimulam o sistema nervoso central, contribuindo para o aumento do estado de alerta e estímulo do raciocínio. Para algumas pessoas, o chocolate tem um efeito calmante, uma vez que o associam, desde a infância, a conforto ou recompensa. As evidências científicas acumuladas nos últimos anos demonstram que o consumo moderado de chocolate, concretamente chocolate negro e amargo, pode exercer efeitos protetores contra o desenvolvimento de doença cardiovascular. Estes efeitos parecem dever-se à presença dos flavonoides do cacau, especialmente ácido gálico e epicatequinas. Consumido com moderação, o chocolate fornece um valor calórico pouco significativo na alimentação diária. Não existe uma quantidade diária recomendada de chocolate, uma vez que a mesma varia em função das características individuais de cada pessoa. Os portadores de doença celíaca podem consumir chocolate? Sim, desde que escolham os chocolates aos quais não sejam adicionados ingredientes que possam conter glúten (por exemplo, cereais, trigo, malte de cevada…) ou que possam ter sido alvo de contaminação cruzada. Felizmente, a indústria alimentar está cada vez mais atenta a esta problemática, e a oferta de chocolates aptos para celíacos está a aumentar. O facto de não terem glúten não significa que sejam saudáveis – como bem se sabe! As regras são as mesmas – a melhor opção é o chocolate negro com maior percentagem de cacau possível e, sempre, em doses moderadas!


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INFORMAÇÃO TÉCNICA

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Daniela Afonso | Nutricionista APC

AMIDO DE TRIGO SEM GLÚTEN

ESPAÇO NUTRICIONISTA

É um ingrediente cada vez mais presente na lista de ingredientes de alguns produtos específicos sem glúten, identificados com a menção «isento de glúten», sobretudo em farinhas e pães, mas também em bolos, bolachas e biscoitos. Quando nos apercebemos da sua presença num produto identificado como «isento de glúten», é normal que surja o pensamento «Mas tem trigo! É mesmo seguro? Posso consumir?». Nestes casos, sim, o produto é apto para o consumidor celíaco. Vamos explicar…

A identificação da origem do amido é importante considerando casos específicos de alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten não celíaca, permitindo a distinção do que são produtos sem glúten e produtos sem trigo, necessária em abordagens terapêuticas especificas. Não esquecer que o ingrediente amido de trigo presente na lista de ingredientes dos produtos perigosos (processados), sem salvaguardar a «isenção de glúten», continua a ser proibido.

Teoricamente o amido é um hidrato de carbono, teoricamente sem fração proteica, isto é verdade se o considerarmos puro. No entanto, o amido de trigo «comum» pode conter glúten e os níveis de contaminação, que podem chegar a valores elevados, dependem do processo de produção. A diferença entre o ingrediente que é o nosso tema – amido de trigo sem glúten – é que este é especialmente produzido para que o glúten seja removido e se encontre dentro da referência do Codex (menos de 20 ppm). Este ingrediente é apreciado pela indústria de produtos sem glúten devido às suas favoráveis propriedades tecnologias. Em comparação com os amidos de alimentos naturalmente isentos de glúten (arroz, milho, etc.), este permite uma maior absorção de água, densidade da massa e volume no pão, melhorando a qualidade e a textura dos produtos. O amido de trigo sem glúten é um amido de trigo que tem um teor de glúten dentro do Codex standard e que pode ser usado nos produtos específicos sem glúten, rotulados com a menção «isento de glúten» e aptos aos consumidores celíacos. Neste caso, a origem botânica (trigo) do amido deve ser indicada no rótulo, independentemente da referência no rótulo do «isento de glúten»/«sem glúten».

Bibliografia consultada Walter, T. et al. (2014), «Production of gluten-free wheat starch by peptidase treatment», Journal of Cereal Science, http://dx.doi.org/10.1016/j.jcs.2014.02.012. Coeliac UK, https://www.coeliac.org.uk/home/. Starch Europe, «Gluten-free labelling and allergen labelling exemption granted for wheat starch derivatives», http://www.starch.eu. Scherf K.A. et al. (2016), «Gluten and wheat sensitivities - An overview», Journal of Cereal Science, http://dx.doi.org/10.1016/j.jcs.2015.07.008.

Já marcou a sua consulta de Nutrição? O nutricionista tem um papel essencial na implementação e monitorização da dieta isenta de glúten. Assim, aconselhamos que marque a sua consulta com as nutricionistas da APC através dos contactos 918 139 511 | 217 530 193 | nutricionista@celiacos.org.pt e beneficie dos preços especiais para sócios e amigos da APC: Sócio: 15 € a primeira consulta e 10 € as consultas subsequentes. | Amigo APC: 20 €. Sugira temas que gostasse de ver abordados nesta rubrica, dê-nos a sua opinião através do e-mail nutricionista@celiacos.org.pt ou do telefone 918139511. A sua sugestão é bem-vinda!


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INFORMAÇÃO TÉCNICA

Para uma contínua atualização sobre a importância de uma alimentação equilibrada e diversificada dos indivíduos com doença celíaca, a APC estabeleceu uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição. O Instituto Ricardo Jorge tem uma tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde. Especificamente, no âmbito da alimentação e nutrição, desenvolve atividades nas áreas da segurança alimentar, toxicologia e avaliação do risco, composição de alimentos, estilos de vida e impacto na saúde. Na sequência desta colaboração, serão incluídos conteúdos na revista Sem Glúten relativos a resultados de investigação produzidos pelo Instituto Ricardo Jorge relacionados com a alimentação e a saúde dos doentes celíacos.

PRODUTOS DE PASTELARIA COM E SEM GLÚTEN: DESCUBRA AS DIFERENÇAS NUTRICIONAIS Tânia Gonçalves Albuquerque1,2, Mafalda Alexandra Silva1, M. Beatriz P.P. Oliveira2, Helena S. Costa1,2*

Unidade de Investigação e Desenvolvimento, Departamento de Alimentação e Nutrição, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.; (2) REQUIMTE-LAQV/Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto; *helena.costa@insa.min-saude.pt (1)

Para responder à prática de uma alimentação equilibrada, diversificada e completa, por parte de uma população com necessidades nutricionais específicas, a indústria alimentar tem-se empenhado em aumentar a oferta e a variedade de produtos isentos de glúten. Dentro destes citam-se as bolachas, biscoitos, bolos, farinhas e massas, disponíveis nas superfícies comerciais, entre os quais existe já uma grande variedade. Algumas das referidas categorias de alimentos são consideradas fontes de gordura saturada, sal e açúcar, sendo o seu consumo muitas vezes desaconselhado. Uma ingestão excessiva de alguns destes nutrientes está correlacionada com um aumento do risco de desenvolvimento de algumas doenças crónicas. Atualmente, recomenda-se para o sal uma ingestão máxima de 5 g/dia e de 20 g/dia para a gordura saturada (1,2). A evidência científica sugere que uma alimentação isenta de glúten pode causar défices do ponto de vista nutricional, nomeadamente no que respeita a fibra alimentar, vitaminas e minerais (3-5). A equipa de investigação coordenada pela Doutora Helena Soares Costa, investigadora principal na Unidade de Investigação e Desenvolvimento do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no âmbito do projeto de investigação «Avaliação de ácidos gordos trans, gordura saturada e sal em alimentos processados: estudo do panorama português (PTranSALT)», considerou

pertinente, pelos motivos acima referidos, desenvolver um trabalho de investigação preliminar para avaliar as diferenças do ponto de vista nutricional entre produtos de pastelaria com e sem glúten, tendo por base a determinação analítica dos teores de gordura e de sal, e do perfil de ácidos gordos. Nesse sentido, em 2015, foram adquiridos 14 produtos de pastelaria, que incluíram: bolachas tipo Maria, bolachas tipo crackers, bolachas tipo wafers, bolachas recheadas e madalenas (9 produtos com glúten e 5 produtos similares sem glúten). Posteriormente, estas amostras foram analisadas laboratorialmente para a avaliação do teor de gordura total, teor de sal e perfil de ácidos gordos (incluindo os ácidos gordos trans) (6). Relativamente ao teor de sal nos alimentos analisados, as bolachas tipo crackers apresentaram os teores de sal mais elevados (1,40 g/100 g). Dos produtos analisados, as madalenas, as bolachas recheadas e as bolachas tipo crackers sem glúten apresentaram teores de sal superiores, comparativamente aos produtos similares com glúten. Considera-se que é muito importante continuar a desenvolver iniciativas, em estreita colaboração com a indústria alimentar, no sentido de diminuir os teores de sal nestes alimentos. O teor de gordura total nas amostras analisadas variou entre 11,1 e 27,7 g/100 g, para as bolachas tipo Maria com glúten e as bolachas tipo wafers com glúten, respetivamente. Tendo em conta que a dose de referência para a ingestão de gordura é de 70 g por dia, uma porção de bolachas recheadas (3 bolachas ≈ 75 g) pode contribuir com 17 a 22% da dose de referência (2). As bolachas tipo crackers e tipo Maria sem glúten apresentaram teores de gordura superiores aos produtos similares com glúten. Em 71% dos alimentos analisados neste trabalho, os ácidos gordos


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INFORMAÇÃO TÉCNICA

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maioritários são saturados. A ingestão de alimentos ricos neste tipo de ácidos gordos está relacionada com um aumento do colesterol ligado às lipoproteínas de baixa densidade e, consequentemente, com um aumento do risco de desenvolvimento de doença coronária. No entanto, a bolacha tipo Maria sem glúten apresentou um teor de ácidos gordos monoinsaturados cerca de 4 vezes superior aos produtos similares com glúten. A ingestão destes ácidos gordos está associada a um efeito protetor no desenvolvimento de doença coronária. Este facto está relacionado com o tipo de gordura utilizado na produção destas bolachas e leva-nos a considerar que é possível produzir alimentos similares com qualidade nutricional mais adequada às recomendações. Relativamente aos ácidos gordos trans, os teores determinados nos produtos analisados são inferiores aos valores recomendados internacionalmente, ou seja, inferior a 2% do teor de gordura total, considerando-se deste ponto de vista seguros (7). Sendo este tipo de alimentos apreciado por todas as faixas etárias, mas sobretudo por jovens, é muito importante alargar este trabalho de investigação preliminar a uma maior gama de produtos.

Referências Bibliográficas:

1

World Health Organization (2013). «Mapping salt reduction initiatives in the WHO European Region». WHO Regional Office for Europe, Denmark.

2

Regulamento (UE) n.º 1169/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Outubro de 2011, relativo à prestação de informação aos consumidores sobre os géneros alimentícios. Jornal Oficial da União Europeia, L 304/18.

3

Hopman EGD, le Cessie S, von Blomberg ME, Mearin ML (2006). «Nutritional management of the gluten-free diet in young people with celiac disease in The Netherlands». Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 43: 102-108.

4

Thompson T, Dennis M, Higgins A, Lee AR, Sharrett MK (2005). «Gluten-free diet survey: are Americans with coeliac disease consuming recommended amounts of fibre, iron, calcium and grain foods?». Journal of Human Nutrition and Dietetics, 18: 163-169.

5

Miranda J, Lasa A, Bustamante A, Churruca I, Simon E (2014). «Nutritional differences between a gluten-free diet and a diet containing equivalent products with gluten». Plant Foods for Human Nutrition, 69: 182:187.

6

Albuquerque TG, Oliveira MB, Sanches-Silva A, Bento AC, Costa HS (2016). «The impact of cooking methods on the nutritional quality and safety of chicken breaded nuggets». Food & Function, 7: 2736-2746.

7

World Health Organization (2015). «Eliminating trans fats in Europe – A policy brief». WHO Regional Office for Europe, Denmark. Adaptado do artigo integral: Albuquerque TG, Silva MA, Oliveira MBPP, Costa HS (2016). «Haverá diferenças nutricionais entre produtos de pastelaria com e sem glúten?». Boletim Epidemiológico Observações, 5 (Supl. 8):21-24. Disponível em: http://repositorio.insa.pt/handle/10400.18/4126.


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ESPAÇO DO SÓCIO

PÃO NOSSO LANÇA PROJETO DE CROWDFUNDING DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS SG

A Pão Nosso, uma padaria e pastelaria localizada no Porto, lança o projeto Sem Glúten Bio Artesanal, com o objetivo de colmatar uma deficiência no mercado de produtos alimentares de elevado valor nutritivo, especificamente dirigidos a pessoas com doença celíaca ou afetadas pelas desordens relacionadas com a ingestão de glúten. Procurando adequar a sua oferta de produtos sem glúten para que sejam seguros para os consumidores celíacos, a Pão Nosso aceitou o desafio da APC e procura agora reunir os fundos necessários para a instalação de uma linha de produção que permita a obtenção de produtos de padaria e pastelaria biológicos artesanais e certificados como adequados para celíacos. O projeto Sem Glúten Bio Artesanal pretende beneficiar os doentes celíacos e todos os que procuram uma dieta livre de glúten baseada em produtos biológicos e sem aditivos. A campanha de crowdfunding será lançada online em maio. Fique atento ao lançamento da campanha em https://ppl.com.pt/pt.

PRÉMIO AMIGO DA APC 2016 GRANDE VENCEDOR TRIMESTRAL E ANUAL

Guilherme Bastos foi o sócio vencedor do concurso Amigo da APC 2016. A APC agradece pela sensibilização dos 27 amigos angariados e pela contribuição para o desenvolvimento da associação. Por ter angariado mais amigos durante o ano de 2016, o Guilherme ganhou um voucher para usufruir de um fim de semana em família (dois adultos e duas crianças) num dos hotéis do grupo Playa Senator. O Guilherme foi também vencedor trimestral por duas vezes e por isso recebeu dois cabazes de produtos da Glutamine, no valor de 30 €. Por cada sete amigos inscritos recebeu ainda descontos de 7% em compras de valor igual ou superior a 37,5 € (com portes grátis) na loja online Glutamine. Por ter sido o jovem com mais amigos inscritos até 30 de junho de 2016, ganhou também a inscrição gratuita no Campo de Férias Sem Espiga que a APC realizou em 2016. Desejo de umas ótimas miniférias sem glúten, degustando os vários produtos da Glutamine.


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ESPAÇO DO SÓCIO

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RUBRICA CELEIRO FLOCOS DE QUINOA NATUREFOODS Os novos flocos de quinoa branca da Naturefoods são isentos de glúten, de lactose e adequados a vegans. Com alto teor de fibra e fonte de proteína e ferro, são opções para pequenos-almoços ou lanches. NOVA GAMA DE FLOCOS DE AVEIA* INTEGRAIS ISENTOS DE GLÚTEN NATUREFOODS Os flocos de aveia integrais finos e grossos isentos de glúten da Naturefoods têm um alto teor de fibra e são uma fonte de proteína, estes produtos são ainda sem lactose e adequados a vegans. *

Consulte o seu médico gastroenterologista e/ou nutricionista acerca da inclusão de aveia certificada SG na sua dieta.


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ESPAÇO DO SÓCIO

PONTOS DE VENDA

LAFONATURA: LOJA EM VISEU COM DESCONTO A SÓCIOS A LafoNatura, loja de produtos naturais, torna-se parceira da APC, oferecendo 8% de desconto aos associados, em produtos específicos sem glúten, mediante a apresentação do cartão de sócio válido no momento da compra. Na LafoNatura pode encontrar uma variedade de produtos sem glúten, mas também produtos sem lactose, sem açúcar, vegans e biológicos. O estabelecimento oferece ainda serviço de cafetaria, tendo o cliente a possibilidade de acompanhar a sua bebida com qualquer um dos produtos disponíveis na loja. LAFONATURA - PRODUTOS NATURAIS Rua Adelino Azevedo Pinto, lote 29, loja C (lateral ao Tribunal Judicial de Viseu), 3510-224 Viseu | 232 095 054 | lafonatura@gmail.com

DAR MAIS AO SÓCIO CONSULTAS DE PSICOLOGIA: A APC DISPONIBILIZA UM NOVO SERVIÇO Os estudos demonstram que a adesão à dieta isenta de glúten – única forma de tratamento da doença celíaca (DC) – depende do equilíbrio psíquico do celíaco e da sua rede de suporte familiar e social. O apoio psicológico é, assim, um fator chave para ultrapassar com sucesso os desafios inerentes à DC. Para dar resposta a essa necessidade, a APC apresenta um novo serviço: consultas de Psicologia, com a Dra. Helena Correia. As consultas devem ser marcadas previamente e decorrerão na sede da APC, em Lisboa. Consulte os dias disponíveis e os valores no portal da APC ou através dos contactos habituais (e-mail e telefone).

DRA. HELENA CORREIA Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos, cédula profissional 10317. Formação de base na Universidade de Lisboa e formação pós-graduada no Instituto Piaget. Desde 2002 realiza intervenção psicológica com crianças, jovens e adultos, através de serviços de Consulta Psicológica, Consultoria Psicopedagógica e Aconselhamento. Ativista da causa celíaca, estudiosa do impacto psicossocial do diagnóstico da doença celíaca e da dieta isenta de glúten. Mãe de um menino celíaco.

ATENDIMENTO NO PORTO NOVAS DATAS

MERCADO DAS ERVAS COM DESCONTO A SÓCIOS DA APC O Mercado das Ervas é um centro dietético localizado em Ponta Delgada que conta na sua oferta com produtos sem glúten das marcas Noglut, Schär e Nutri Free. Focado na prestação de um serviço de saúde alternativo, o Mercado das Ervas disponibiliza, além dos produtos isentos de glúten, vários produtos naturais e serviços. O Mercado das Ervas pratica agora 5% de desconto aos sócios da APC com cartão válido. MERCADO DAS ERVAS Rua Melo, 26, Ponta Delgada | 296 283 514 / 965 762 957 geral@mercadodaservas.com | www.mercadodaservas.com

Em 2016 a APC assumiu o compromisso de estar mais próxima dos celíacos da zona Norte do país, indo ao Porto de dois em dois meses. As solicitações continuaram e por isso o compromisso será mantido em 2017. Já podem ser consultadas as novas datas em que estaremos no Porto para consultas de nutrição, receção a novos sócios, pagamentos de quotas, entre outros serviços. Já fez a sua marcação? Contacte-nos! Mais informações no portal da APC.


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VIAGENS

Bruxelas sem glúten Inês Pascoal, sócia da APC

Normalmente, quando faço uma viagem, sinto que tenho um fator extra de aventura: a descoberta do gluten free, seja nas prateleiras dos supermercados ou nas ementas dos restaurantes. Antes de me aventurar por outros países, faço uma breve pesquisa no site da associação de celíacos do país de modo a saber onde comprar e comer produtos sem glúten (SG). Mas… também gosto de chegar ao local e ser surpreendida. E foi o que aconteceu em Bruxelas, uma vez que eu só ia passar lá duas noites para ir a um concerto e conhecer um pouco a cidade, e achei que não ia ter muito tempo para explorar o mundo SG. No entanto, em Bruxelas eu senti que o mundo SG estava bem presente... Algumas chocolatarias sabiam indicar quais os bombons SG, os maravilhosos macarons são permitidos em algumas lojas, existem restaurantes com pratos marcados como SG na ementa, inclusive cozinha italiana, e ainda os pequenos supermercados da cidade dedicam uma pequena secção à comida sem glúten. Para acabar a viagem em beleza, encontrei mesmo no centro da cidade uma pastelaria com algumas opções SG para tomar o pequeno-almoço. Para ficar perfeito, só faltava que num país que é conhecido pela cerveja também tivessem algumas cervejas SG pelos bares de Bruxelas, mas infelizmente não encontrei. Cervejas à parte, no final fiquei mesmo só com pena de ficar lá tão pouco tempo… Uma cidade cosmopolita, muito activa e com bastante oferta para a vida de um celíaco.

Sabe onde fazer refeições em segurança? Não se esqueça de consultar os estabelecimentos certificados pela APC/ Biotrab em http://www.celiacos.org.pt/ alimentacao/fora-de-casa/category/fccertificados.html.

Deixe-nos o relato da sua melhor experiência em viagens sem glúten. Desperte a curiosidade e potencie a confiança dos leitores da Sem Glúten.


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RECEITAS SEM GLÚTEN

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Bolo de iogurte e lima-limão com sementes de papoila, recheio de lemon curd e cobertura de mascarpone e limão Receita facultada por Paula Parente, mãe de uma sócia da APC. Adaptada do blog lume BRANDO [http://lume-brando.blogspot.pt/]

Ingredientes para o bolo 3 ovos L 150 g de açúcar 200 g de farinha sem glúten sem fermento 80 g de azeite extra virgem suave 1 iogurte natural 2 colheres de chá de fermento em pó 1 colher de chá de bicarbonato de sódio Raspa e sumo de 1 lima e 2 limões 2 colheres de sopa de sementes de papoila Ingredientes para o recheio e cobertura 1 dose de lemon curd* 1 embalagem de queijo mascarpone Rodelas de limão e lima, hortelã ou outras folhas verdes a gosto *Lemon curd 50 ml de sumo de limão 1 ovo L 75 g de açúcar 1 colher de sobremesa de raspas de limão 30 g de manteiga à temperatura ambiente

Preparação do lemon curd Leve ao lume o ovo bem misturado com o açúcar e o sumo de limão. Com um batedor de varas, mexa sempre para não ganhar grumos, até engrossar. Deve demorar cerca de 10 minutos. Retire do lume e incorpore a manteiga em pedaços e a raspa de limão. Mexa até estar bem derretida e dissolvida no creme. Passe para um frasco esterilizado, tape, deixe arrefecer e guarde no frigorífico. Preparação do bolo Pré-aqueça o forno a 180 °C; Unte muito bem duas formas de 20 cm de diâmetro, polvilhe com farinha sem glúten, forre-lhes o fundo com papel vegetal e volte a untar/polvilhar (em alternativa, use spray desmoldante em vez da manteiga e da farinha, mas use na mesma o papel vegetal). Numa taça, bata os ovos com o açúcar. Junte o azeite e depois a farinha, o fermento e o bicarbonato. Adicione o iogurte, depois o sumo e a raspa da lima e dos limões. Por fim, envolva as sementes de papoila. Divida pelas duas formas e leve ao forno cerca de 20-22 minutos — faça o teste do palito antes de retirar. Desenforme e deixe arrefecer. Preparação recheio e cobertura Coloque um dos bolos no prato de servir, com o lado mais perfeito virado para o prato. Barre com duas colheres de sopa de lemon curd, e coloque o outro bolo por cima, com o lado mais perfeito virado para cima. Numa taça, bata bem o mascarpone. Junte-lhe o restante lemon curd e mexa bem. No início poderá parecer demasiado espesso, mas continue a bater com o batedor de varas, até ficar uma espécie de creme de manteiga macio e brilhante. Cubra todo o bolo com a ajuda de uma espátula, retirando o excesso, nomeadamente das laterais do bolo. Leve ao frigorífico antes de servir (pode fazer o bolo de véspera: no dia seguinte os sabores estão ainda mais pronunciados e vai saber ainda melhor). Decore com as rodelas de lima e limão e algumas folhinhas verdes ao seu gosto antes de servir.


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RECEITAS SEM GLÚTEN

Trança folhada com creme de pera Receita e foto facultadas pela autora do blogue. A rapariga do blog ao lado [http://araparigadoblogaolado.blogspot.pt/]

Ingredientes 1 embalagem de massa folhada sem glúten 3 peras descascadas e cortadas em cubos 1\4 de curgete descascada e cortada em cubos Sumo de uma laranja grande 1 a 2 estrelas de anis 1 pau de canela 5 a 6 colheres de sopa de açúcar (pode optar por não colocar açúcar, como optar por colocar mais) 1 ovo para pincelar Amêndoa ralada ou sementes ou açúcar em pó para polvilhar

Preparação Num tacho leve ao lume o sumo de uma laranja com os restantes ingredientes (peras, curgete, estrelas de anis, pau de canela, açúcar), mexa para envolver todos os ingredientes e se misturem com o sumo da laranja. Deixe ferver bem, indo mexendo aos poucos, até ficar meloso e a fruta suficientemente mole. Retire as estrelas de anis e o pau de canela, e com a ajuda de uma varinha mágica reduza a mistura a puré. Se achar que a mistura ficou muito líquida leve de novo ao lume até engrossar mais um pouco. Estenda a massa folhada sem glúten, com um rolo da massa, aproximando-a de um formato mais rectangular ou quadrado. Corte as partes redondas das pontas e reserve (com as laterais redondas que sobraram pode uni-las e fazer um minifolhado). O corredor que fica no meio será onde vai colocar o recheio. Nas laterais faça cortes na diagonal iguais de um lado e do outro. Com um pincel molhado humedeça as laterais, para que colem umas às outras, quando estiver a entrançar. Comece por enrolar uma das pontas de baixo e depois comece a entrelaçar, colocando uma ponta de um lado por cima do recheio e depois uma ponta do outro lado e assim sucessivamente até terminar. Pincele toda a trança com um ovo batido e um pouco de água e polvilhe a gosto com a amêndoa picada ou sementes. Leve ao forno (190 °C) até que fique cozida e dourada. Retire do forno e deixe arrefecer um pouco. Pode devorar!

ERRATA [1] Na edição n.º 45 da Sem Glúten, na página 25, na rubrica Receitas Sem Glúten, onde se lê «Receita e fotos facultadas pela autora do blogue A rapariga do blog ao lado» deve ler-se «Receita facultada pela autora do blogue A rapariga do blog ao lado». [2] Na edição n.º 45 da Sem Glúten, na página 26, na rubrica Receitas Sem Glúten, onde se lê «Receita e fotos facultadas pela autora do blogue COMIDAcomPAIXÃO» deve ler-se «Receita facultada pela autora do blogue COMIDAcomPAIXÃO». A foto apresentada não é da autora do blogue COMIDAcomPAIXÃO, mas sim do Yummy Stock, estúdio profissional de fotografia.


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sem glĂşten | 2017


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