Novos Caminhos da EaD
Novos caminhos da EaD 24 e 25 de setembro de 2014
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Instituto Federal de Brasília (IFB) Wilson Conciani (Reitor do IFB) Adilson Cesar de Araújo (Pró-Reitor de Ensino) Veruska Ribeiro Machado (Diretora de Desenvolvimento de Ensino – DRDE) Ana Carolina Simões L. F. dos Santos (Diretora de Políticas de Ensino – DRPE) Coordenação Geral de Educação a Distância Josué de Sousa Mendes Luiz Carlos Ribeiro de Abreu Paulo Antônio Baltazar Ramos Stela Martins Teles Comitê Organizador Jefferson Sampaio de Moura Jennifer de Carvalho Medeiros Blenda Cavalcante de Oliveira Ana Cláudia Bernardes Vilarinho Oliveira Equipe de trabalho do 3º Fórum Ana Paula Lelis Anna Katarina Anaísa Marques Alex Helder Benedito Soares Bernardo Miglio
Carlos Wanderley Delzina Braz Denise Moura Diana Oliveira Diógenes Reis Gerson Borges Kadidja Oliveira Lidiane Camargos Luciano Dartora Noeme Gonçalves Onasses Mendes Pablo Juliano Assunção Riva Andrade Rodrigo Rodrigues Rosemary Linhares Sarah Braga Sylvana Karla Apoio Coordenadores de Polo Coordenadores de Curso Coordenadores de Tutoria Professores-Pesquisadores Tutores Diagramação e Projeto Gráfico Jam Silva Agradecimento Núcleo de Comunicação do IFB (NUCS) Alunos dos Campi: Brasília e São Sebastião
O objetivo do Fórum é [re]pensar novas práticas e novos caminhos da Educação a Distância [EaD] na educação profissional técnica e tecnológica [EPTT], especialmente no âmbito da Rede Federal.
3º Fórum de Educação a Distância
Qua
24 de setembro 8h30 - 9h30 Credenciamento dos participantes 9h - 9h30 Apresentação musical [pianista convidado] 9h30 - 10h Abertura do evento e boas vindas aos participantes
Composição da mesa: Reitor, Pró-Reitor e Coordenador Geral de EaD
10h - 11h30 Palestras de abertura
Carlos Artur de Carvalho Arêas: Por uma política de EaD na Rede Federal (Setec) Jean Marc Georges Mutzig: Gestão da EaD no Brasil (Capes) Cassandra Ribeiro Joye: Uma experiência da política de EaD na Rede Federal (IFCE) Mediação: Adilson César de Araújo (Pró-Reitor de Ensino do IFB)
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Novos Caminhos da EaD
11h30 - 12h30 Perguntas e respostas 12h30 Intervalo para almoço 14h - 15h Palestra “A EaD como estratégia de formação profissional” Jefferson Sampaio (IFB)
15h - 18h Comunicações orais
Eixo 1: Novas práticas de EaD na educação profissional (Mediador: Lidiane Camargos - Sala: 205 Bl. A) Eixo 2: Competências docentes para a EaD (Mediadora: Riva Andrade - Auditório do Bloco C - Campus Brasília) Eixo 3: Processos avaliativos em EaD (Mediador: Bernardo Miglio - Sala: 206 Bl. A)
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Qui
25 de setembro 9h - 12h Minicursos
1. Profuncionário: Ana Maria Marques Palagi (Mediação: Delzina Braz - Auditório do Bloco C - Campus Brasília) 2. Educação inclusiva em EaD: Sylvana karla (Mediação: Ana Paula Lelis Rodrigues - Sala: 203 Bl. A) 3. Novas metodologias em EaD: Ormezinda Maria Aya Ribeiro (Mediação: Stela Teles - Sala: 206 Bl. A) 4. Tecnologia e inovação em AVA: Leila Ribeiro (Mediação: Diógenes Reis - Sala: 108 Bl. A) 5. O moodle e suas interfaces: Gerson Borges, Alex Helder e Rodrigo Rodrigues (Mediação: Pablo Juliano Assunção - Sala: 108 Bl. D) 6. Estratégias de estudo em EaD: Jennifer Medeiros (Mediação: Rosemary Linhares - Sala: 109 Bl. D)
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12h Intervalo para almoço 14h - 15h30 Encontro de Experiências IFRN (Ilane Ferreira Cavalcante), IFB (Cláudio Nei Nascimento Silva) e IFS (Carlos Leopoldo Pinto Siqueira)
15h30 - 16h Perguntas e respostas 16h - 16h30 Encerramento Josué de Sousa Mendes (Coordenador Geral da EaD no IFB)
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Resumos
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1.A formação de tutores e os saberes desenvolvidos na prática da tutoria a distância no NEAD/IFRJ Aline Pinto Amorim
O presente artigo apresenta uma reflexão acerca da formação de tutores do Núcleo de Educação a Distância do Instituto Federal do Rio de Janeiro – NEaD/IFRJ, incluindo os resultados de pesquisa realizada no segundo semestre de 2013, e apresentada através da monografia submetida ao Programa de Pós-Graduação Especialização em Gestão e Docência em EaD da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Especialista em Gestão e Docência em Educação a Distância. A formação de tutores foi estudada com base em referencial teórico na área, na análise da formação de tutores realizada pelo NEaD, considerando o último curso ministrado e dados das edições anteriores e, ainda, através de entrevista com tutores do núcleo. Considerando a análise dos resultados obtidos aponta-se que os tutores, a partir de sua prática, desenvolvem os seguintes saberes e competências: Capacidade de mediação no AVEA; Capacidade de fornecer feedback; Aprofundamento no conteúdo; Capacidade de estabelecer vínculos afetivos com os alunos; Capacidade de realizar avaliação e capacidade de criar estratégias de motivação e incentivo para os alunos. Além disso, a pesquisa permitiu concluir que os tutores se esforçam para colocar em prática todos os saberes e conhecimento construídos durante a capacitação, bem como permitiu sinalizar algumas possibilidades de melhoria e de demandas para a formação continuada do tutores do NEaD/IFRJ. A questão da mediação no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem, a importância da afetividade nas ações de tutoria e a constatação de que o feedback é um ponto a ser bem realizado na avaliação dos estudantes foram pontos evidenciados nas entrevistas realizadas com os tutores. A formação dos tutores é uma preocupação constante para as coordenações geral e de tutoria do NEaD e os estudos acerca desse tema, bem como o acompanhamento e a análise do trabalho dos tutores na ação de tutoria, são objeto permanente de atenção e pesquisa a fim de melhorar o atendimento aos estudantes da modalidade EaD do IFRJ.
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2. Expansão da educação profissional a distância: formação técnica em meio ambiente no Distrito Federal Tallyrand Moreira Jorcelino | Uziel da Silva Alves
Ambiente e Saúde é um dos 13 (treze) eixos tecnológicos classificados no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação. O futuro egresso do curso técnico em Meio Ambiente, através dos conhecimentos inerentes ao curso, ligados à: legislação e políticas ambientais, gestão e educação ambiental, ecossistemas, impactos ambientais, poluição ambiental, desenvolvimento e tecnologias sustentáveis, e processos produtivos, saúde coletiva; terá por atribuições a possibilidade de: coletar, armazenar e interpretar informações, dados e documentações ambientais; colaborar na elaboração de laudos, relatórios e estudos ambientais; auxiliar na elaboração, acompanhamento e execução de sistemas de gestão ambiental; atuar na organização de programas de educação ambiental, de conservação e preservação de recursos naturais, de redução, reúso e reciclagem; além de identificar as intervenções ambientais, analisar suas consequências e operacionalizar a execução de ações para preservação, conservação, otimização, minimização e remediação dos seus efeitos. Como possibilidade de atuação no mercado de trabalho, há as instituições públicas e privadas; o terceiro setor - organizações não governamentais (ONGs), cooperativas, associações, fundações, institutos, instituições filantrópicas, entidades de assistência social, organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs); as estações de tratamento de resíduos; as unidades de conservação ambiental; dentre outras. Para uma contínua oferta de vagas a residentes no Distrito Federal e entorno, e seu melhor preparo para o campo profissional, faz-se necessário um esforço e uma integração entre instituição educacional e mercado de trabalho.
3. Processos avaliativos na capacitação de tutores da ESAF Kelly Ramos de Souza Bitencourt | Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos
A formação de tutores a distância é uma prática da Escola de Administração Fazendária - ESAF, para garantir o treinamento desses profissionais antes da oferta do curso. O curso Capacitação de Tutores para EAD é ofertado a distância com 40 horas, realizadas pelo ambiente virtual Moodle 12
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durante 4 semanas. O conteúdo é distribuído em 3 módulos: Comunicação, Educação e Tutoria em EaD. Cada módulo apresenta como principal atividade a discussão por meio dos fóruns virtuais, cuja participação é, na sua maioria, avaliativa. O curso também utiliza exercícios de fixação com atividades em formatos diversificados, como palavra-cruzada e “forca”. A avaliação final é composta por 5 questões de múltipla escolha. Embora essa formação tenha uma carga horária considerada curta, sua realização é imprescindível para garantir a atuação do tutor, que só deixa de realizá-lo se comprovar realização anterior de curso equivalente. Associado à experiência do tutor, o formato avaliativo desse curso privilegia o debate e a colaboração entre os pares. Este trabalho pretende relatar a experiência com a oferta do referido curso, apresentar os resultados do questionário “avaliação de satisfação com o curso” e, dessa forma, retratar a impressão destes sobre o formato dos conteúdos e do processo avaliativo do curso. Para este relato foram consideradas as últimas três ofertas do curso, que contou, ao todo, com 50 respondentes. Dentre as 30 questões que compõem a pesquisa de satisfação, 4 são dedicadas respectivamente às expectativas dos participantes em relação aos itens: linguagem utilizada (clareza e objetividade), qualidade do material didático, percentual de alcance do objetivo proposto e nível dos exercícios avaliativos e de fixação. Em relação ao alcance do objetivo proposto, 70% dos participantes consideraram o percentual de alcance de 90%. No quesito linguagem utilizada, 48% dos participantes consideraram ótima e outros 46% avaliaram em bom. Esse fator tem uma estreita relação com a qualidade do material didático, que foi avaliado como bom por 50% dos respondentes e ótimo por outros 34%. Por fim, o nível das atividades avaliativas e dos exercícios de fixação foi considerado ótimo por 48% e bom por 46% dos estudantes. Essa amostragem revela um formato de curso com materiais didáticos e processos avaliativos bem aceitos por parte de seu público. Tais percentuais se devem, dentre outras estratégias, ao acompanhamento permanente da coordenação pedagógica do curso e à assimilação, sempre que possível, das sugestões dos participantes no aperfeiçoamento do curso e da sua condução.
4. Avaliação na Educação a Distância: formas, tipos e finalidades Rilma Pereira da Silva | Maria Olívia dos Santos Ferreira
Esta pesquisa tem por objetivo fazer uma exploração bibliográfica sobre a Avaliação na Educação a Distância, fazendo uma breve reflexão da sua forma, tipos e finalidades para o ensino. A Educação a Distância é um instrumento para a formação de pessoas, uma alternativa para elas atuarem diante 13
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de novas informações e aquisição de conhecimentos. Todo o texto é voltado para a prática pedagógica, em que o atual contexto de uso da interne,t além de está transformando o conceito de sala de aula, também está moldando a forma de aprendizagem. A primeira parte descreve sobre Avaliação da Aprendizagem na Educação a Distância, com sua finalidade e a seleção de materiais, propostas baseadas em Fonseca e Saraiva (1995). A segunda parte discorre a cerca dos Pontos Negativos da Educação a Distância, caso não seja bem aplicada, rotulando os indivíduos, à luz de Schelemmer & Fagundes (2002). A terceira parte apresenta os Positivos da Educação a Distância, como o alcance a um maior número de pessoas e adaptação ao ritmo de aprendizagem do aluno, apresentados por Niskier (2000) e Scremin (2002). A quarta parte fala da importância da elaboração de estratégias do professor-tutor e de algumas ferramentas da Educação a Distância, presentes nas plataformas Moodle e Blackboard, baseada em Fonseca e outros autores. A quinta parte pontua os reflexos da Educação a Distância, responsabilizando o professor-tutor e o aluno distintamente no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, cada um com suas atribuições para que o processo seja significativo, fundamentada em Hoffmann (2008) e Fonseca. A sexta parte apresenta e descreve os três tipos de avaliação (diagnóstica, formativa e somativa), apoiadas nos escritos de Fernandes (2009). Em Considerações Finais, é afirma-se que este Artigo é o início da discussão acerca da importância da avaliação no processo de ensino e aprendizagem na Educação a Distância.
5. Os recursos disponíveis no Moodle 2.6: Você sabe quais são? Rodrigo Rodrigues Oliveira
Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa bibliográfica cujo objetivo visa oferecer suporte tecnológico, associado á orientação pedagógica, aos que desejam adotar as novas tecnologias, sobretudo, o Moodle 2.6 como um espaço que possibilita a construção do conhecimento de modo colaborativo por intermédio das principais ferramentas como; o fórum, a tarefa, o questionário, o chat, o glossário, o diário e a wiki. Trabalhou-se a luz das referências de Azevedo (2003 e 2005), Mendonça (2009), Mourão (2013) e Silva (2013). O escopo teórico se concentrou em dois pontos principais. Inicialmente, realizamos uma breve introdução acerca do Moodle 2.6, suas características, as interfaces síncronas e assíncronas e, por conseguinte, a vivência de experiências didáticas no Moodle 2.6, assim, como apresentamos a técnica da costura textual como um exercício que permite ao educando ir elaborando suas próprias sínteses. As conclusões a que chegamos indicam que 14
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não devemos, apenas, compreender o ambiente virtual como um espaço de efetiva organização do trabalho pedagógico, mas principalmente como um suporte para transcender ao modelo tradicional unidirecional de ensino (do professor para o aluno), empregando outras formas de ensinar e aprender como, por exemplo, a educação não-linear onde cada sujeito tem a possibilidade de fazer suas escolhas e trilhar os caminhos mais adequados à sua formação. A utilização do ambiente virtual de aprendizagem Moodle 2.6, a partir das possibilidades de interação síncrona e assíncrona, promove o protagonismo dos sujeitos e, dessa maneira, fomenta a interação entre os participantes e a construção do conhecimento de modo colaborativo. Assim, o processo de ensino-aprendizagem na contemporaneidade deve possibilitar a construção de laços e conhecimentos para fazer face às mudanças do contexto atual corroborando, assim, para a construção do conhecimento de um sujeito social, comprometido com o processo, mas também com a sua formação pautada na coletividade, ou seja, protagonista de sua própria aprendizagem.
6. Novas práticas para educação profissional: EaD e o conceito H Thamara Lima
A educação profissional é de importância fundamental para a sociedade brasileira contemporânea, pois é um dos principais instrumentos de combate à falta de mão de obra qualificada, problema que ganhou evidência devido à grande geração de empregos impulsionada pelo recente crescimento econômico e consequente evolução dos mercados nacionais. Dessa forma, mecanismos que promovem a melhoria e a otimização da educação são fundamentais para suprir essa carência, e a Educação a Distância (EaD) se demonstra como um caminho estratégico para ampliar e fortalecer a educação profissional. Apesar de ser uma modalidade que existe há muitos anos, com o avanço tecnológico ganhou mais espaço e visibilidade. Novas práticas para o desenvolvimento da aprendizagem surgiram, dentre elas o Ambiente de Gestão de Aprendizagem (AGA) ou Conceito H se destaca, caracterizando-se como uma metodologia que extrapola o entendimento de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) atualmente utilizado em cursos na modalidade EaD e que estimula a autonomia, explorando todos os serviços que a internet dispõe no processo de aprendizagem. O presente artigo pretende demonstrar de que formas inovações na modalidade da EaD refletem na educação profissional. Para isso, a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica ancorada nos autores Jaqueline Moll e Donald A. Schön que trouxeram os elementos da educação profissional, bem 15
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como nas obras de José Manuel Moran, Maria Balonni e Cleomar Rocha que serviram de base para a compreensão da Educação a Distância e do Conceito H. Por meio deste trabalho, ficou evidenciada a importância da EaD na educação profissional e de como a exploração de novas práticas e ferramentas refletem na melhoria e otimização desta modalidade, bem como no desenvolvimento de profissionais mais capacitados e inovadores.
7. Fundamentos e experiências dos processos de avaliação do Curso de Educação a Distância em Música da Universidade de Brasília Elias do Nascimento Melo Filho | Emilio Gomes Martins
Este trabalho apresenta os principais e relevantes fundamentos da avaliação, descrevendo de forma breve alguns questionamentos importantes do contexto histórico da avaliação, algumas discussões sobre o ato de avaliar, o significado da avaliação no contexto presencial e a Distância, as funções da avaliação em seu contexto educacional, os tipos de avaliação e suas aplicações na modalidade a Distância. O trabalho é resultado de uma pesquisa realizada na disciplina intitulada Educação a Distância do Departamento de Métodos e Técnicas da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, ministrada pela Professora Leda Fiorentini. A disciplina Educação a Distância é uma disciplina obrigatória no curso de Música da Universidade de Brasília, tanto na modalidade presencial como também na Educação a Distância, no qual há uma resistência por conta dos alunos na modalidade a Distância quando a forma de aprender a metodologia do ensino musical a partir de interações virtuais com o professor e outros alunos. O objetivo deste trabalho é destacar de forma resumida como os processos de avaliação devem ser pensados e planejados na Educação a Distância, comparando com os processos de avaliação da modalidade presencial e apresentando conceitos, particularidades e benefícios do processo de avaliação da Educação a Distância voltados ao curso de Música, que compreende conceitos semelhantes da metodologia dos outros cursos de artes. A metodologia deste trabalho destina-se a pesquisa qualitativa, na pesquisa exploratória de materiais de referenciais teóricos que abordam as questões históricas e discursivas sobre o tema de avaliação na Educação a Distância e das experiências advindas dos alunos, docentes e equipe gestora do curso de Educação a Distância em Música da Universidade de Brasília, organizadas através de entrevistas narrativas. No caráter de avaliação, o curso de Música na modalidade 16
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a Distância apresenta várias abordagens de avaliação usando diferentes tecnologias e diferentes abordagens metodológicas em mídias interativas por parte da gestão e coordenação, da equipe de docentes, tutores e dos alunos.
8. A disciplina de artes visuais integrando conhecimento das habilidades do Curso de Administração – PROEJA/EAD da Escola Técnica de Ceilândia. Dorisdei Valente Rodrigues
Este trabalho destaca uma experiência no ambiente moodle na disciplina de artes visuais do curso PROEJA-Técnico de Administração. A disciplina teve como objetivo integrar os conhecimentos da área de artes e de administração para desenvolver e habilitar profissionais com perfil voltado à administração com foco do desenvolvimento de habilidades e competências dos elementos da linguagem visual (cor, linha, movimento, textura e outros) inerentes às áreas de marketing e comercial que compõem conteúdos das disciplinas técnicas de administração. A disciplina de artes visuais foi construída sobre os eixos: mundo do trabalho, colaboração; cultura e tecnologia a partir da ideia de contaminação entre as disciplinas. A ideia de contaminação entre as disciplinas no campo da arte se inicia com uma potencialização das relações entre diferentes campos artísticos (artes visuais, teatro, música, engenharia e etc) que com o surgimento da fotografia essas potencialidades ficaram ainda mais evidentes na relação entre técnica, arte e vida, pois as tecnologias de geração e reprodução de imagem tornam-se novas ferramentas no campo da educação a distancia. Os eixos delimitaram a construção de cada semana no ambiente virtual de aprendizagem. O processo colaborativo foi construído no dialógico, durante as coordenações pedagógicas, momento onde todos os professores tanto das disciplinas do ensino médio como das disciplinas da educação profissional participavam de forma ativa e colaborativa. Pensar a integração de conteúdos como uma contaminação entre diferentes áreas é defender a construção coletiva do conhecimento articulado com a ideia de sujeitos, lugares e saberes articulados para uma dada problemática. Os diálogos entre áreas e componentes curriculares estão fundamentados nas reflexões de Nicolescu (2000), seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento, através das diferentes disciplinas e além de qualquer disciplina. O planejamento coletivo e a avaliação 17
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é um processo fundamental para promover a integração dos conteúdos e sua contextualização com a realidade vivida pelos educandos. Ao encontro desta perspectiva, Santomé (2000), sem romper com a perspectiva de um currículo com disciplinas, mas também não fechado às mesmas, postula que um currículo integrado: Deve servir para atender às necessidades de alunos/as de compreender a sociedade na qual vivemos, favorecendo consequentemente o desenvolvimento de diversas aptidões tanto técnica como sociais; devem ser respeitados os conhecimentos prévios, as necessidades, os interesses e os ritmos de aprendizagens dos/as alunos/as deve aumentar a participação nas discussões, decisões e reflexões individuais e coletivas.
9. Precarização do trabalho na Educação a Distância: condições de trabalho do tutor virtual Rebecca Samara Fidelis de Almeida
As transformações provenientes do declínio do modo de produção fordista culminaram com a emergência do regime de acumulação flexível e promoveu profundas mudanças na economia política do capitalismo do século XX, gerando novas formas de organização produtiva baseadas na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo (HARVEY, 2010, p. 140). O sistema educacional brasileiro também sofre os reflexos dessas transformações, pois já em meados da década de 1980 inicia-se a adoção de medidas governamentais visando a adequação do sistema educacional brasileiro ao processo econômico de reestruturação produtiva e de globalização. A partir da década 1990 são intensificadas as ações mais efetivas no sentido de ajustar as políticas educacionais ao processo de reforma do Estado brasileiro (BELLONNI, 2001). Consequentemente, com o advento da evolução das tecnologias de informação e comunicação, com a aplicação das tecnologias da informática, notadamente da Internet, a educação à distância avança e se consolida como uma grande oportunidade educativa neste século (BELLONNI, 2001). Nessa conjuntura, surge um novo personagem, cujas atividades laborais correspondem justamente aos moldes empreendidos pela necessidade de flexibilidade dos modos de produção e do trabalho: o tutor virtual ou à distância. Este agente é central na mediação entre o conhecimento e o aprendiz nos ambientes virtuais de aprendizagem, desempenhando um papel crucial para uma incursão bem sucedida no mundo da educação à distância. Destarte, essa nova modalidade de 18
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organização do trabalho, a partir da metodologia da educação à distância, aponta condições laborais preocupantes e pautadas pela precariedade em função de uma série de fatores, além de indicar processos de intensificação crescente do trabalho. Nesse sentido, torna-se imprescindível apontar as contradições existentes entre a prática da contratação precarizada de trabalhadores e os novos modos de intensificação de forma predatória do trabalho intelectivo promovidas por esse processo, bem como novas contradições em relação ao potencial de alienação que vem sendo concretizadas dentro do âmbito das políticas públicas educacionais que se beneficiam dessa metodologia educacional. A complexa simbiose entre neoliberalismo, reestruturação produtiva e de processos crescentes de intensificação e cooptação da subjetividade do trabalho humano trouxeram consequências muito profundas para o universo da classe trabalhadora, criando no mundo contemporâneo um desenho polissêmico e multifacetado que caracteriza a nova morfologia da classe trabalhadora em função do processo crescente da internacionalização do capital (ANTUNES, 2011).
10. Soluções acessíveis para ambientes virtuais de aprendizagem Gilmar Silva Novais | Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos A busca pela capacitação por meio de cursos a distância tem sido cada vez mais crescente. Dados do Censo EAD.br 2012 mostram que o total de cursos a distância ofertados naquele ano atingiu quase 10 mil, sendo que os cursos autorizados/reconhecidos correspondem a menos de 20%. Os investimentos das instituições aumentaram em relação ao ano anterior e a evasão diminuiu. No entanto, o formato de apresentação dos cursos permanece o mesmo e, na sua maioria, são compostos por hiperlinks que levam a textos e a atividades de discussão, principalmente fóruns. Por outro lado, a acessibilidade em ambientes virtuais não é algo presente, embora a Lei nº 10.098/2000, conhecida como Lei da Acessibilidade, trate em seu texto da eliminação de barreiras de comunicação para garantir o direito à informação às pessoas com deficiência. Dentre as formas de tornar esses ambientes acessíveis, destacamos preocupação com a inserção de legendas em vídeos. Além disso, os leitores de tela são uma ótima opção para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual, garantindo o acesso ao conteúdo digital no formato de áudio. Importante ressaltar que haja a preocupação desde a etapa de elaboração dos conteúdos para além de simplesmente criar um depósito de arquivos digitais. Outra técnica que pode ser utilizada em ambientes virtuais é a audiodescrição de imagens, que consiste na descrição textual ou em formato áudio de modo que os deficientes visuais tenham acesso às informações contidas nas imagens. O Moodle possui um recurso que permite fazer a descrição da imagem na forma textual e possibilitar o acesso daqueles que utilizam leitores de tela. Este trabalho pretende relatar os resultados 19
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parciais do projeto de pesquisa, submetido e aceito pelo Edital nº 137/2013 do PIBIC-EM no Instituto Federal de Brasília (IFB), cujo objetivo é identificar as condições de acessibilidade do ambiente virtual de aprendizagem Moodle, utilizado na oferta dos cursos a distância. A pesquisa possui caráter qualitativo, pois pretende avaliar a atual situação dos cursos a distância ofertados pelo IFB.
11. Planejamento e mediação pedagógicos: análise de uma situação educativa a distância Danilo Nogueira Prata
O presente estudo é resultado de uma pesquisa de mestrado e apresenta uma discussão sobre a relação entre planejamento e mediação pedagógica na Educação a Distância (EaD). O tema é considerado no contexto de uma modalidade de ensino que está em constante emergência no cenário nacional de Educação Superior e privilegia o papel e a importância do professor que planeja e o impacto que esta ação gera sobre a mediação pedagógica. O trabalho docente é compreendido a partir de suas percepções sobre o planejamento pedagógico e pela mediação nos ambientes virtuais de aprendizagem, os quais possibilitam a construção do conhecimento, e busca retratar a realidade fática do curso de Pedagogia a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) operacionalizada pela Universidade de Brasília (UnB). Nossos objetivos foram caracterizar a mediação pedagógica como elemento do planejamento; identificar, nos documentos institucionais, evidências de estratégicas de planejamento pedagógico; e verificar as estratégias pessoais dos professores entrevistados sobre o planejamento pedagógico no desenvolvimento das atividades dos professores do curso de Pedagogia a distância. Para desenvolvimento desta investigação foram tomados como base principal os pressupostos da pesquisa de natureza qualitativa. Quanto ao método e à forma de abordar o problema, realizamos uma pesquisa de cunho exploratório a fim de ampliarmos os conhecimentos a respeito do planejamento como suporte mediático ao ensino a distância. Em seguida, baseado nos preceitos teóricos de Mourão (2011), Corrêa (2007), Vectore (2006), Masseto (2002), dentre outros, desenvolvemos uma pesquisa descritiva, com a finalidade de explicitar os fatos identificados. Para atingirmos nossos objetivos, a entrevista semi-estruturada foi escolhida como instrumento de coleta de dados. Por fim, nos valemos da análise de conteúdo como método para análise destes dados coletados por meio das entrevistas, assim como do projeto pedagógico do curso, foco deste estudo. Os resultados da análise apontam para a apresentação de práticas de planejamento 20
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pedagógico, descritos tanto no projeto pedagógico do curso como na atuação docente no âmbito do mesmo. Nossas conclusões nos permitem inferir que planejamento e mediação pedagógica estão relacionados de forma que um influencia no sucesso do outro e contribui, numa análise sistêmica e global, para o sucesso do curso.
12. EaD: perspectivas de uso na educação tecnológica em engenharias Loryne Viana Oliveira | Anna Clara Viana de Oliveira | Élio Armando Lima
Com a entrada em vigor da Portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 4.059, em 2004, foi regulamentada a oferata de carga horária a distância para cursos ou disciplinas presenciais. Neste contexto, o trabalho pretende discutir a incorporação de ferramentas do Ensino à Distância (EaD) na educação técnológica, com ênfase no ensino de engenharia, trazendo um breve histórico da modalidade, apresentando suas principais ferramentas, estabelecendo um debate dos possíveis empregos e contribuições aos principais desafios atuais do ensino de engenharia a exemplo da evasão e discussões curriculares. Entendendo que todo processo guarda historicidade, é proposta também uma breve reflexão sobre o itinerário do ensino técnico para entender o viés filosófico de fundo e a sua influência no atual cenário da educação tecnológica. A metodologia aplicada consistiu em revisão bibliográfica. O estudo indicou que o emprego ou não de ferramentas EaD no ensino de engenharia depende não da natureza dos conhecimentos a serem trabalhados como indica o senso comum, mas sim de que se discuta as próprias práticas didático-pedagógicas empregadas pelos professores da área. Mesmo de desenvolvimento incipiente, ocasionado pela recente regulamentação da carga horária à distância, as ferramentas EaD oferecidas podem ser ponto de partida para debates pedagógicos na perspectiva de semipresencialidade, sobretudo se o processo de incorporação destes recursos levar em consideração a natural resistência enfrentada em razão do desconhecimento e forte tradição da modalidade presencial (Cabral, Tarcia, 2010, p.20). Por fim, concluímos que e o uso destas ferramentas não pode nem deve ser orientado por modelos prontos ou pré concebidos, ao invés, entende-se que adquirem sentido ao passo que dão suporte a prática docente, refletindo aspectos da estrutura presencial, mas também inovando ao extrapolar os limites da ocupação dos mesmos espaços e tempos, subsidiando o processo construtivo de aprendizagem. 21
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A pesquisa se põe portanto como um dos passos nesta longa jornada rumo a um ensino de engenharia menos conservador, que possa reunir aspectos mais humanizados em sua concepção, e ao menos que seja consciente de seus pressupostos filosóficos e metodológicos fundantes, por vezes arcaicos e reprodutores de um status quo tecnocrata cego a uma miríade de aspectos constitutivos do próprio educação tecnológica.
13. A motivação no processo de ensino-aprendizagem na EaD Jefferson Sampaio de Moura
O presente artigo analisará o processo de ensino e aprendizagem à distância, com base nos papeis do tutor e do estudante vinculados ao contexto da motivação, como ponto essencial para a otimização dos resultados do curso. A educação a distância possibilita formar profissionais e cidadãos, respeitando as peculiaridades, falta de tempo e necessidades de cada um. O aluno participa ativamente em todas as fases do processo, permitindo que seu senso crítico e emancipação sejam desenvolvidos. O tutor compartilha o protagonismo no processo de ensino e aprendizagem com o estudante, oferecendo subsídios essenciais para o aprendizado significativo. Sabe-se da grande diferença entre o ensino presencial e a distância. Ações tomadas pelo professor na modalidade presencial nem sempre surtirão efeito quando empregadas a distância. As necessidades e públicos, comumente, são distintos de uma modalidade para outra. Muitas são as necessidades e muitos são os desafios para se ofertar um ensino de qualidade, todavia com o estudo do público alvo e das metodologias favoráveis para esse tipo de modalidade, é possível maximizar e potencializar os resultados, proporcionando assim uma troca justa, igualitária e significativa. Quando se refere ao ensino a distância, percebe-se que a motivação é ponto chave para a evolução e produção no ambiente virtual. É possível obter uma melhor aprendizagem quando os estudantes conseguem agir na sua própria velocidade, respeitando seus limites, alcançando suas metas pessoais e conseguindo utilizar aquilo que foi aprendido. Torna-se necessário que o aluno perceba a importância daquele conteúdo, disciplina ou curso para seu avanço, transformação, mudança e melhora tanto pessoal como profissional. O estudante motivado busca espontaneamente pelo que deseja, não necessitando ser pressionado pela família ou por amigos. É possível observar, então, que a motivação é fator determinante para que ocorra rendimento, uma vez que sem interesse do aluno, o processo de ensino-aprendizagem fica prejudicado, resultando em aulas menos produtivas e meramente expositivas. 22
Novos Caminhos da EaD
14. Construção da identidade profissional em meio ambiente na formação técnica-acadêmica a distância Uziel da Silva Alves | Tallyrand Moreira Jorcelino
Diversas políticas educacionais e ações governamentais fomentam o acesso de alunos à educação profissional técnica e a interação professor-aluno no período de vivência acadêmica. A partir disso, este trabalho tem por objetivo abordar iniciativas acadêmicas que visam a construção e o aprimoramento da identidade dos alunos na modalidade ensino a distância, em sua formação técnica-acadêmica em meio ambiente. A educação a distância vem a cada dia perfazendo projetos pedagógicos de cursos na modalidade ensino a distância, por meio de convergência, adaptação da matriz curricular e direitos acadêmicos do ensino presencial, visto a necessidade de discutir e elaborar coletivamente as estratégias acadêmico-científicas de integração, na busca de novas formas de pensar o meio ambiente, a sustentabilidade, as relações humanas, a interação e o diálogo com diferentes culturas, com diversas formas de conhecimento, e na construção de uma nova ética planetária. Como forma de aperfeiçoar requisitos inerentes a experiências teóricas e práticas é importante que alunos participem de cursos ou eventos científicos – congressos, seminários, simpósios, jornadas, feiras, workshops, mostras, fóruns, palestras, conferências, diálogos, rodadas, ciclo de debates, entre outros, nas modalidades presenciais e virtuais, relacionados à área de meio ambiente e afins, a fim de obterem conhecimentos e aprimorarem sua formação. Por meio de orientação acadêmica e relacionamento institucional é fundamental a participação em eventos acadêmicos, atividades culturais, visitas técnicas, atividade de campo, atividades laboratoriais, monitoria, projetos integradores, estágio profissional supervisionado, visando sair preparado para o mercado, obter sucesso na vida profissional, ser bem-sucedido em sua formação e atuação profissional. São muitas as instituições, agências, empresas, organizações, órgãos que tem responsabilidade socioambiental representativa junto à sociedade civil, em cumprimento a missão, visão, valores institucionais, pertinentes às políticas públicas dos setores da saúde, meio ambiente, segurança, trabalho, dentre outros, e suas interdisciplinaridades. Ressalta-se a importância da participação dos alunos em atividades complementares à formação acadêmica, visando atualizar, capacitar, aperfeiçoar conhecimentos, habilidades, atitudes, valores em áreas relacionadas à ciência, tecnologia, sociedade, ambiente, assuntos esses com relevância para o desenvolvimento de competências 23
3º Fórum de Educação a Distância
individuais e coletivas, e também à continuidade dos estudos na formação superior a nível de graduação: formação tecnológica, licenciatura e/ou bacharelado, ofertadas por instituições federais e estaduais de ensino superior públicas e privadas, favorecendo assim uma experiência acadêmica cada vez mais plena e holística, que contribuirá para a escolha de um espaço no mercado de trabalho mais favorável ao seu potencial humano.
15. A relação da Educação a Distância com a inclusão digital por meio das tecnologias de informação e comunicação Cláudia Luíza Marques
Este trabalho aborda o tema da Educação a Distância (EaD), focando a inclusão digital no cenário da Educação Profissional (EP), refletindo sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como auxílio nessa modalidade de ensino, promovendo a inclusão social. Para tanto, apresentam-se algumas concepções de EaD, as funções sociais dessa modalidade de ensino; a importância da inclusão digital e social; e, por fim, considerações sobre o que representa a TIC na vida das pessoas, principalmente no ensino e aprendizagem tendo como cenário a EaD, no sentido de se favorecer essa inclusão. Nesse aspecto, o estudo, em andamento, tem como objetivo analisar a contribuição da EaD em cursos profissionalizantes, delineando fases que compreendem a relação entre a TIC e a necessidade social dos alunos em cursos profissionalizantes de nível médio no Instituto Federal de Brasília.
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