Desenvolvimento Infantil 2

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DESENVOLVIMENTO

INFANTIL 2 LIMITES


LIMITES


Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los. Platão A importância dos limites Os limites são essenciais para o crescimento saudável de uma criança. Os responsáveis devem se lembrar de que a criança vai viver em sociedade e que, portanto, deve saber respeitar regras e lidar com frustrações de modo natural. Os limites e a forma de colocá-los mudam conforme a idade, mas o ponto crucial é que o ‘sim’ deve significar ‘sim’ e o ‘não’ deve ser verdadeiramente um ‘não’, e que, às vezes, pode-se negociar” mas isso não significa ceder à pressão da criança que insiste.


Orientações •

Sempre explique o motivo de uma regra, mesmo que a criança ainda não entenda completamente o que se passa.

Nunca minta, para fixar limites é preciso haver confiança.

Respeite a criança como indivíduo e ensine que ela deve reparar seus erros.

Os limites começam a ser estabelecidos desde o nascimento, e devem ser fixados de modo estável (sempre os mesmos) e coerente (a mãe não deve mudar de opinião ou rotina toda hora, pois isso deixa o bebê inseguro e confuso).


Use frases curtas e objetivas, mas sempre explicativas. Deixe claro que a argumentação pode resolver problemas. Gritos e agressões, não.

Mostre ou explique sempre as consequências dos atos, os perigos, os resultados. Por exemplo: Se você puxar o rabo do gato, ele pode te arranhar e, além disso, os animais sentem dor e podem se ferir e sofrer assim como as crianças.

Abaixe-se para falar com a criança “olho no olho”.


Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única. Albert Schweitzer

O exemplo educa muito mais do que as palavras. Haja você mesmo com responsabilidade. Se quer que seu filho não use drogas, não fume nem beba beber perto dele.


Deixe viver, deixe brincar... •

O processo de dar à criança mais liberdades e responsabilidades acontece aos poucos, de acordo com a percepção que elas vão ganhando com o tempo. Isso faz parte da construção de personalidade, autoestima e do desenvolvimento psicomotor. Supervisione e proteja, mas não impeça seu filho de se desenvolver, brincar e enfrentar pequenos desafios próprios da idade.


Respeito •

A aprendizagem começa em casa, com regras simples de respeito ao próprio corpo e rotinas de autocuidado: escovar os dentes, tomar banho e comer. A criança deve organizar seu próprio ambiente, guardando os brinquedos e materiais.

Devem aprender a respeitar os pais, familiares e outras pessoas e assimilar as regras sociais de comportamento.


Noção de comunidade •

Crianças devem respeitar os animais e o meio-ambiente. Pequenas responsabilidades, como passear no quintal com o cachorro e molhar as plantas são essenciais para o bom desenvolvimento.

As crianças precisam ter noção de comunidade entendendo seu papel como indivíduo dentro da sociedade.


Saúde se ensina •

Regras para uma boa alimentação devem ser ensinadas diariamente prevenindo doenças graves que ocorrem por causa da obesidade.

Os pais devem dar o exemplo da prática de esportes. Uma caminhada é suficiente para criar bons hábitos.

A criança não deve consumir guloseimas como doces, salgadinhos, refrigerantes e produtos enlatados e industrializados.


Educação para o consumo • As

crianças devem ser educadas para consumir apenas o necessário, entendendo, desde cedo, que tudo que consumimos prejudica a natureza e gera lixo. • As compras não podem substituir afeto, atenção dos pais e brincadeiras saudáveis. Brinquedos e roupas e guloseimas em excesso só prejudicam a formação emocional e a saúde da criança. Brinquedos só devem ser comprados em datas especiais. Sabe lidar com a frustração de ter de esperar uma data para ganhar um presente faz parte do crescimento saudável.


Educação para o uso da tecnologia Os limites devem ser fixados também nas atividades diárias. É preciso limitar o uso tecnologias como tablets, celulares e computadores a apenas alguns minutos por dia. A criança deve ter tempo para brincar ao ar livre, descansar e Interagir com outras crianças.


Os pais devem cuidar e proteger, sem serem superprotetores. A criança deve experimentar o mundo com supervisão para aprender a ter autonomia e a decidir.

Os pais devem ouvir os filhos e mostrar compreensão e respeito pelos sentimentos que a criança exterioriza, principalmente quando está ela está triste, com medo ou nervosa com alguma situação. Diga algo como “eu sei como você se sente, realmente isso é bem difícil, mas, e se fizemos tal coisa....?


Sobre os castigos O castigo é um tema polêmico. Uma criança não deve ser castigada, pois educar não tem relação com punir. Mas os limites devem ser definidos e encarados pela criança como a consequência de um ato (pode-se pedir a ela que repare o dano que causou ou arrume o que estragou, por exemplo). Os pais devem ser justos e manter a calma. Não devem gritar nem agredir física ou moralmente a criança.


Causa e consequência A educação nunca pode gerar medo, é preciso que a criança compreenda que errou e por que está sendo castigada. Para que os limites sejam respeitados, é importante que a criança arque com as consequências de seus atos.

Na prática: Quando a criança fica brava e quebra um brinquedo, deve saber que ficará sem ele. Se jogar as coisas pelo chão, terá de pegá-las. Se for agressiva, não será atendida no que deseja. Se não guardou os brinquedos, poderá perdê-los. Se sujou, deve limpar, se bagunçou deve arrumar. Se excedeu as horas combinadas, ficará sem o tablet. É importante que a criança entenda que essas implicações são naturais, não são castigos, mas sim as consequências das escolhas feitas por eles.


Atividades que as crianças podem fazer: •2

a 3 anos

Guardar os brinquedos

Lavar as mãos

Comer sozinho

Escovar os dentes com supervisão


4 a 5 anos •

Limpar o que sujou

Tomar banho sozinho, se vestir e se calçar

Ir ao banheiro fazer xixi e cocô e se limpar sozinho

Colocar comida no prato

Cuidar dos objetos e materiais escolares


6 a 7 anos • Preparar o lanche da escola • Arrumar a cama e o quarto 8 a 9 anos • Administrar o tempo, escolhendo os horários de suas atividades • Ajudar no preparo de uma refeição 9 a 12 anos • A criança já deve saber seu papel dentro de casa e pode assumir pequenas responsabilidades.


LIDANDO COM A

BIRRA


Criar uma criança é fácil, basta satisfazer-lhe as vontades. Educar é trabalhoso. Içami Tiba

Lidando com a birra Quando uma criança não está conseguindo lidar com uma frustração, costuma fazer birra. Ela é um sintoma de que a criança ainda não consegue se comunicar de outra forma. Fique atento: a birra pode sinalizar que a criança está estressada em razão de problemas como uma morte em família, a separação dos pais ou a chegada de um irmãozinho, por exemplo.

Assista: Birra | Conversa com Criança https://www.youtube.com/watch?v=bHiSRoQR1hw


Seja firme e não volte atrás É comum encontrarmos crianças fazendo birra por que querem comprar alguma coisa, ir ou não ir a algum lugar, pegar ou comer alguma coisa. Isso acontece a todo instante, em casa ou na rua. É importante que os pais não cedam só para “não passar vergonha”. Seja firme e não volte atrás. Tenha em mente que a educação dos filhos é mais importante do que julgamentos de quem está passando. Crianças sentem-se seguras quando os pais se mantêm coerentes e fazem aquilo que dizem.


Lembre-se: Você é o adulto da relação •

O adulto deve manter a calma e agir conscientemente, para não reforçar este comportamento. Se o adulto se irrita, as coisas saem do controle e a criança vai notar nele uma fragilidade a ser explorada.

Na hora da crise, respire fundo e mantenha a calma.

• Não

supervalorize o evento nem se apavore. Leve a criança até um local reservado e a deixe extravasar por um tempo.

Diga simplesmente que poderão conversar quando ela se acalmar, mas não ceda ao que ela quer. Mantenha-se firme e não volte atrás.


Não é não •A

criança precisa aprender que há momentos em não vai poder fazer ou ganhar algo, mesmo que faça birra, grite e esperneie. Isso dá a ela equilíbrio e segurança. Também vai aprender a esperar pela recompensa. Sem isso, poderá se tornar um adulto infeliz e problemático.

• Superar alguma

frustração é importante para que a criança aprenda a sair-se fortalecida das dificuldades.

• Os

limites devem ser claros e justos e a criança precisa se sentir motivada a cumpri-los.


Não revide Não bata, não xingue e não ameace. Se a criança se jogar no chão ou espernear, espere a crise passar. Se perceber que a criança está em perigo de se machucar, contenha-a, mas sem agredi-la.

Depois da birra Converse com a criança depois que ela se acalmar explicando o porquê do “não” que recebeu. Demonstre que você se importa com ela com atos de carinho. Ouça e fale sobre o que a criança pode aprender com aquela situação.

Assista ao vídeo: COMO NÃO EXPLODIR COM SEU(S) FILHO(A)S - Conversa com Criança https://www.youtube.com/watch?v=oNJNLGJoVLY



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