Ed.4 EaD em Revista

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Ano I • Edição 04 • Outubro/Novembro 2008 • Distribuição Gratuita

ENTREVISTA EXCLUSIVA Carlos Bielschowsky, Secretário SEED – MEC: “não estaremos fechando pólos legalmente constituídos e sim lugares de oferta ilegal”



EDITO RIAL E DI T O R I A L

Caro leitor, Ano I • Edição 04 • Outubro/Novembro 2008 • Distribuição Gratuita

Nesta 4a edição da EaD em Revista trazemos uma polêmica, como deve funcionar a Educação a Distância no Brasil daqui pra frente. Para entender melhor o que acontece e que repercussões isto pode ter para os alunos, conversamos com o secretário de Ensino a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, numa entrevista exclusiva.

ENTREVISTA EXCLUSIVA Carlos Bielschowsky: “não estaremos fechando pólos legalmente constituídos e sim lugares de oferta ilegal”

Ano I • Edição 04 • Outubro/Novembro 2008

Mostramos também o resultado do IGC – Índice Geral de Cursos – que o MEC divulgou neste segundo semestre de 2008 para que você possa acompanhar a sua instituição de ensino superior. E vamos falar sobre as possibilidades de financiamento de estudos, em época de crise econômica, fique de olho nas alternativas para não deixar de estudar por falta de recursos. Isso e muito mais você vai encontrar nas páginas seguintes, que preparamos com muita dedicação pra você! Boa leitura! Cristiane Lebelem editora

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ÍÍ NND ID ICE CE 3 5 8 13 16 20 24 25 29

Editorial Painel da Educação o que acontece no setor da educação no Brasil Pronunciamento ABED Fechamento de Pólos gera discussão em todo país Como usar a internet para estudar Financiamento de estudos Agenda de eventos Dia nacional da EaD Entrevista Cesumar Com a criação de Núcleo de EaD, a Cesumar desponta Entrevista Anhanguera a Instituição que mais cresce no país tem ações na Bovespa, e se interessa muito pelo futuro da EaD

EXPEDIENTE

Estudantes de EaD em REVISTA é uma publicação da Associação Brasielira dos Estudantes de Ensino a Distância Edição 04 – outubro/novembro 2008 Envie sua opinião e sugestões: revista@estudantesead.org.br Jornalista Responsável Cristiane Lebelem MTB 4547/18/187 –PR

DESTAQUES

Capa - Entrevista MEC MEC acirra fiscalização da EaD no Brasil

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Colaboraram nesta edição: Alex Sonia Luiza Martins Aline Campos de Barros Eleni Aparecida Campos de Barros Ragi Gonçalves Projeto Gráfico: Suzy Suzuki

IGC – Índice Geral de Cursos MEC divulga avaliação nacional de cursos e instituições de Ensino

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Diagramação: Suzy Suzuki Impressão: DG Gráfica Parceria:

Empregabilidade O Futuro dos Jovens no Mercado de Trabalho começa na escolha do curso

Editada pela ABE-EAD Tiragem: 500.000 exemplares

21 Congresso ABED Congresso ABED – Congresso Internacional de EaD reúne especialistas do mundo todo em Santos-SP

28 4 EaD Outubro/Novembro de 2008

ABE-EAD Rua 24 de maio, 188 – 3oandar – conj. 323 República – São Paulo-SP (11) 3224-1170 www.estudantesead.org.br


E D U CE DAU Ç ÃO CAÇÃO

Educação deverá ter R$ 10 bilhões a mais para distribuir Distribuir de forma homogênea os recursos previstos no orçamento para a Educação em 2009, que são da ordem de R$ 41, 5 bilhões, para os quatro eixos de atuação da pasta: educação básica, educação profissional, educação superior e alfabetização. O valor do orçamento de 2009 supera em R$ 10 bilhões o orçamento deste ano, que foi de R$ 31, 2 bilhões. (Agência Brasil)

Projeto do governo cria comissão para indenizar a UNE O Projeto de Lei 3931/08, do Executivo, reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro pela destruição da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1964, e cria uma comissão para estabelecer o valor e a forma da indenização a que a entidade estudantil terá direito. A UNE e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) dividiam a sede na Praia do Flamengo desde 1942. O local foi um dos primeiros alvos do golpe militar de 64 - foi incendiado e saqueado em 1º de abril daquele ano. Em 1980, a sede foi demolida. (Agência Câmara)

Novo sindicato pode reunir 80 mil professores universitários do país Cerca de 80 mil professores universitários da rede pública federal do país contam com um novo órgão representativo: o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal. A fundação foi aprovada com 595 votos favoráveis, três contra e uma abstenção, em assembléia geral extraordinária, realizada na sede nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), com a participação de representantes de 22 estados. (Folha Online)

Analfabetismo se concentra entre pobres, negros e nordestinos, aponta Unesco O analfabeto brasileiro continua sendo em sua maioria nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos. A análise é do especialista em educação de jovens e adultos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, Timothy Ireland. Dados de 2006 da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domícilios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 10,38% da população se declara analfabeta absoluta, ou seja, não sabe ler ou escrever um bilhete simples. O percentual representa 14,3 milhões de brasileiros. (Agência Brasil)

Mulheres brasileiras têm mesmas chances de educação que os homens O Brasil está entre os 24 países que dão as mesmas oportunidades de educação a ambos os sexos, segundo relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM). Segundo o Fórum Econômico Mundial, a melhor aconteceu devido ao aumento no número de matrículas de mulheres na educação primária. O país também está entre os 36 países que promovem políticas de saúde que beneficiam igualmente homens e mulheres. Apesar disso, o Brasil está apenas em 73º lugar no ranking que mede a igualdade entre os sexos. (BBC Brasil)

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C APA CAPA

MEC acirra fiscalização do ensino a distância no Brasil Preocupação com a qualidade do ensino pela metodologia EaD colocou as maiores instituições do país na mira do Ministério.

O

Ministério da Educação (MEC) determinou a desativação de 1.337 centros de EaD no país, com a suspensão de vestibulares ou redução de novas vagas, e prazo de um ano para que as universidades promovam melhorias, sob ameaça de descredenciamento. A ação atingiu as quatro maiores instituições no Brasil, que juntas somam quase 800 mil alunos. E o MEC afirma que está medida é um freio na expansão, com um choque de qualidade, diz o Secretário de Ensino a Distancia Carlos Bielschowsky, que concedeu entrevista à EaD em Revista sobre este assunto. EaD em Revista: Como o senhor descreve a educação a distância no Brasil hoje? Carlos Bielschowsky: O grande desafio do momento é democratizar o acesso à de educação superior utilizando educação a distância associada a uma inequívoca qualidade acadêmica, ou seja, crescer com qualidade. EaD: Para um país com as dimensões do Brasil, a EaD representa um avanço no processo de educação do povo brasileiro? CB: Sem dúvida nenhuma. A EaD é absolutamente fundamental na conquista do acesso não só ao do ensino superior como também para a formação continuada no Brasil, a exemplo do que vem ocorrendo em todo mundo. No Brasil temos uma grande tradição na utilização de EaD para formação continuada, mas começamos tarde com o ensino

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superior, apesar de sermos um país de dimensões continentais. O crescimento da utilização de EaD também na graduação é um grande avanço na conquista da cidadania brasileira.

A EaD é absolutamente fundamental na conquista do acesso não só ao do ensino superior como também para a formação continuada no Brasil, a exemplo do que vem ocorrendo em todo mundo.

EaD: Como o MEC compara o ensino presencial e a distância? CB:Cada vez mais temos uma distância menor entre a educação presencial e a educação a distância. A grande novidade que EaD traz não está na utilização de tecnologia de informação e comunicação, que são sem dúvida importantes, mas em reconhecer que o estudante deve ser autor do próprio conhecimento, ou seja, é pautada no fortalecimento da conquista da autonomia pelo estudante. Uma vez conquistada essa auto-

nomia, acaba-se criando um aprendiz para a vida inteira. E esta metodologia, inerente ao método de educação a distância, vem se alastrando também para a educação presencial. Por outro lado, a educação presencial tem se utilizado cada vez mais das TIC´s. Concluindo, acredito que no futuro educação presencial e educação a distância se fundirão. EaD: A EaD vai continuar apresentando o mesmo ritmo de crescimento dos últimos anos? Por quanto tempo? CB: Queremos que cresça sim, desde que com qualidade. Como estamos regulando o setor para que apresente aceitáveis padrões de qualidade, possivelmente teremos um período curto de adaptação com menor crescimento para, em seguida, continuar no mesmo ritmo. EaD: Pesquisadores de EaD argumentam que o MEC possui “regras demais” para a educação a distância. Esta fiscalização realizada pelo Ministério já começou a dar resultados? CB: Com certeza, já estamos colhendo frutos que estarão sendo percebidos pelos alunos em seus cursos a partir do ano que vem. Sem dúvida nenhuma, é nosso papel proteger nossos alunos, o direito da população brasileira a uma boa educação superior com EaD, coibindo práticas que apresentam um viés excessivamente mercantilista, que não oferecem aos alunos o necessário apoio a seus estudos. As opiniões expressas por alguns poucos especialistas não refletem o


C AC PA PAA universo da maioria que nos apóia e dos alunos que querem qualidade. EaD: No caso do fechamento de pólo de apoio presencial, o que o aluno deve fazer se não existir em sua cidade nenhum outro pólo da mesma instituição de ensino ou de uma concorrente? CB: Em primeiro lugar, não estaremos fechando pólos legalmente constituídos e sim lugares de oferta ilegal e que contam com uma infra-estrutura de apoio praticamente inexistente. Mesmo nestes casos, estaremos exigindo que as instituições ofereçam aos alunos já matriculados, em melhores condições, a oferta até a conclusão de seus cursos. Queremos oferecer aos nossos alunos o mínimo aceitável para um curso superior, pólos presenciais que tenham uma boa biblioteca, laboratórios de informática com número de computadores condizentes com o número de alunos e com acesso à internet com banda larga, salas para estudos com tutores qualificados e outros requisitos importantes para o desenvolvimento de um curso de qualidade. Trata-se de um mínimo de respeito ao estudante. EaD: O aluno pode solicitar transferência para um curso da Universidade Aberta do Brasil? O que ele deve fazer? É preciso passar por processo seletivo? CB: A Universidade Aberta do Brasil é uma iniciativa pública que já engloba 77 universidades públicas e de qualidade em todo o território nacional. As universidades públicas têm um processo seletivo de transferência para os cursos presenciais e a distância, que é de sua competência. EaD: Um aluno de curso a distância pode pedir transferência para um curso presencial? Há alguma dificuldade na questão de documentação, ou carga-horária? CB: Há casos de alunos do curso a

distância pedir transferência para um presencial e vice-versa, do presencial para o curso a distância. São regras internas das universidades no exercício de sua autonomia. EaD: Existe algum plano de atuação do MEC para o caso de cidades que perdem totalmente seus cursos a distância devido ao fechamento de pólos de apoio presencial? Uma alteração na prioridade de implantação de pólo da UAB ou a criação de um pólo onde ainda não havia sido planejado? CB: Temos uma lista de 600 pólos que estão implementados ou em fase de implementação. E neste momento está sendo feito o planejamento de instalação de outros 250. Este plano está sendo realizado pelos secretários de educação, juntamente com os reitores das universidades federais, estaduais e Cefets. EaD: A UAB planeja criar 300 mil vagas até 2010, número esse já atendido pela iniciativa privada. Por que o crescimento da UAB ocorre de maneira tão conservadora? CB: As universidades públicas são cuidadosas com a questão da qualidade do ensino. Estão implementando seus cursos oferecendo, inicialmente, um número limitado de vagas, mas conquistada a metodologia, avançarão rapidamente. Já temos universidades onde quase a metade de suas vagas é nesta modalidade. Esta curva prevê chegar a 2012 com mais de 500 mil alunos em cursos de graduação e especialização. EaD: Existe por parte do MEC uma visão de estatizar a EaD? CB: Não, de forma alguma. É muito importante a contribuição de todos neste processo e gostaria de destacar, por exemplo, o papel das pontifícias universidades católicas, das universidades católicas e de algumas universidades comunitárias neste processo de oferecer EaD com qualidade.

EaD: Em outros países, como o Equador, por exemplo, existem instituições de EaD que possuem modelos onde o pólo de apoio presencial não tem um papel tão obrigatório como aqui. Qual modelo de EaD o senhor considera ideal para nosso país? CB: Conheço o modelo da Universidade Católica do Equador, sou muito amigo de seu Reitor, o padre Manuel Corrales Pascual e já tive o prazer de visitar o campus desta universidade na cidade de Loja. Eles têm pólos presenciais que são importantes no início do curso, oferecendo metodologia de EaD. Nós entendemos que o pólo de apoio presencial deve ter um papel maior. Percebemos que enquanto alguns alunos podem prosseguir em seus estudos utilizando a internet, porque dispõem de banda larga em casa e estão adaptadas à metodologia, a grande maioria não dispõe deste recurso e necessita de interação presencial, apoio de colegas e da tutoria presencial. EaD: O que acontecerá com os centros de apoio que não possuírem a infra-estrutura exigida para um pólo de apoio presencial? CB: Não existe a figura de centro de apoio e sim de pólo de apoio presencial. E os pólos devem contar com a infraestrutura que nossos alunos merecem. O aluno tem o direito de contar com livros na biblioteca dos pólos. Tem o direito de contar com laboratórios de informática com banda larga, laboratórios de biologia, física e química nos cursos da área de ciência, salas de estudo climatizadas, apoio presencial em seus estudos, enfim, um conjunto de requisitos mínimos que mostram o respeito das instituições para com seus alunos. EaD: O que um cidadão interessado em estudar a distância deve observar antes de se matricular em um curso de EaD? Outubro/Novembro de 2008

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C APA CAPA A primeira coisa que deve observar é a qualidade da instituição que oferece o curso e, em especial, o corpo docente da instituição que cuida destes cursos. Deve também conversar com amigos que fazem o curso para buscar informações sobre o material didático, apoio ao estudante e o quanto eles estão se dedicando ao curso. E atenção, se seu amigo não reclamar que não tem ido tomar chope com os amigos, de que a namorada ou namorado reclamam de falta de atenção e que não consegue mais ir ao cinema, desconfie. Um curso de educação superior requer muito estudo. Se eles não reclamarem do rigor das provas, do excesso de trabalho, desconfie. Porque fazer um curso que não dá trabalho significa gastar tempo e dinheiro em algo que não lhe dará conhecimento, e ter um diploma não basta para que você se coloque em uma boa posição no mercado de trabalho. Mais vale se dedicar agora e ser feliz no futuro. Qual mensagem que o senhor deixa aos milhares de estudantes que hoje fazem EaD? É uma mensagem muito positiva, pois essa modalidade oferece acesso a um sistema educacional que permite chegar a lugares que não se chegava antes, permite flexibilidade em horários de estudos e, principalmente, permite um método de estudo centrado no estudante. Isso quer dizer que ele será um estudante para a vida inteira, com autonomia de buscar conhecimentos para sua carreira profissional, por toda a vida. Cerca de 70% de centros de apoio não são credenciadas pelo MEC. Quais serão as decisões para esses centros? Os centros não serão bruscamente interrompidos, apenas não serão admitidos novos alunos. Os alunos lá matriculados serão remanejados para pólos da mesma instituição, desde que existam pólos próximos, ou estes lugares que você chamou de centros de apoio serão mantidos pelas instituições até que os alunos hoje matriculados completem seus cursos. ■

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PRONUNCIAMENTO DA ABED – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Tendo sido solicitada para manifestar sua opinião sobre as recentes decisões da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação quanto ao desempenho de algumas instituições de ensino superior, como Presidente da ABED-Associação Brasileira de Educação a Distância, sociedade científica sem fins lucrativos, aproveito esta oportunidade para fazer as seguintes observações: 1. É louvável a insistência do Ministério da Educação (MEC) em estabelecer critérios para a garantia de qualidade por parte das instituições credenciadas para oferecer cursos através da modalidade educação a distância (EAD). Essa função atribuída ao MEC pela Constituição do país deve ser um esforço de múltiplas etapas. A ABED espera continuar apoiando o MEC, sobretudo promovendo pesquisas e conclaves, nos quais os critérios de qualidade em EAD são debatidos por educadores e outros profissionais experientes. Quando entidades da sociedade civil e órgãos do Estado juntam suas energias em prol de uma meta comum, os resultados certamente são mais positivos. Nesse sentido, a ABED teve a honra de ser parceira da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na realização de um seminário internacional, em 16 de junho, sobre as “conquistas” da EAD nos últimos anos. 2. A EAD representa a mais apropriada solução para aumentar o acesso a estudos pós-secundários destinado a camadas da nossa população que não tiveram essa oportunidade no passado, ou por morarem longe dos centros urbanos (70% dos municípios brasileiros não dispõem de qualquer instituição de ensino superior), ou por não terem condições econômicas para se dedicar aos estudos. A flexibilidade oferecida pela EAD é ideal para pessoas que têm de trabalhar para seu próprio sustento, que têm a motivação para progredir profissionalmente e a auto-disciplina necessária para completar tarefas acadêmicas, mesmo quando não há um docente a seu lado auxiliando-as. É difícil imaginar uma preparação melhor para demandas profissionais cada vez mais exigentes. 3. Seja na convencional opção presencial, seja na modalidade a distância, os critérios de qualidade no ensino superior devem ser iguais, levando o aluno aos mesmos propósitos: usar a informação com inteligência, aplicar o conhecimento adquirido na disciplina escolhida e em outras áreas, desenvolver espírito crítico e realizar pesquisa, além de comunicar-se com clareza. 4. As restrições do MEC a certas instituições por terem demonstrado deficiências, não implica penalização, mas preocupação com o aperfeiçoamento continuado e sustentável—tal como as práticas esportivas que impõem obstáculos cada vez mais desafiadores. Por isso, achamos salutar que as instituições sempre tenham a oportunidade de corrigir suas atividades sujeitas a críticas justas. 5. Consideramos oportuno que a mídia veicule comentários não somente a respeito das instituições que receberam uma “chamada de atenção” (por deficiências no seu desempenho acadêmico), mas também sobre a grande maioria que oferece cursos a distância operando com sucesso e com qualidade equivalente à dos mais destacados centros de ensino superior no exterior. A ABED, desde sua fundação, em 1995, vem defendendo a idéia de que é contraproducente assumir que qualidade (no binômio ensino/aprendizagem) seja monopólio de instituições públicas—há exemplos de excelência e de mediocridade em ambos os universos, no convencional ou a distância. 6. A intervenção do MEC nas instituições não está baseada nos resultados de avaliação da aprendizagem determinados pela Lei do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), segundo a qual o maior peso da nota de avaliação da qualidade da aprendizagem na graduação está nos resultados do ENADE. Esses resultados do ENADE são amplamente favoráveis à modalidade da EAD como parâmetro legal para o indicativo de qualidade. 7. Acreditamos que o MEC esteja equivocado ao estabelecer que há apenas um único modelo de qualidade na EAD,

e que é este o modelo adotado pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), importante projeto do próprio Ministério. O MEC diz que é apenas no formato da educação “semipresencial” (a mistura do presencial com a EAD), com atendimento regular de alunos em “pólos presenciais, é que existe “qualidade”. Essa visão diminui as possibilidades de experimentação, de inovação e de abordagens pluralistas, fatores altamente positivos, defendidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (No. 9394/1996) . Da mesma forma, representam uma atitude conservadora e fechada. Por exemplo, o MEC exige biblioteca presencial e específica para cada curso oferecida no pólo, e não aceita bibliotecas digitais online, ou a possibilidade de a biblioteca central da universidade enviar livros solicitados pelos alunos. 8. As premissas de “estrutura física e de tutor presencial” adotadas pelo MEC representam, na prática, um entrave para a EAD no país. O que o MEC está propondo é um retorno à década de 1970 no Brasil, quando as grandes universidades públicas, que buscavam atender a uma ou outra região distante, criavam ali um “campus avançado”, que funcionava de forma semelhante ãquilo que o MEC está propondo para a UAB. Naquele “campus avançado” era criado um ou outro curso, com uma pequena infra-estrutura de apoio e com o deslocamento temporário de professores da universidade para atender aquela localidade. Ou seja, a exigência do MEC de que todas as instituições devem seguir o modelo único dos pólos presenciais da UAB oprime a educação a distância e cria a “educação distante”. O MEC tem o direito e a liberdade de proceder assim no seu próprio programa, mas não pode obrigar toda a sociedade a fazer o mesmo. 9. A ABED sempre defendeu uma EAD de qualidade, e sempre estimulou a pesquisa científica e a troca de saberes para a inovação tecnológica e o desenvolvimento de estratégias educacionais na modalidade. Mas, a atual política do MEC é restritiva ao uso das novas tecnologias, em especial às tecnologias digitais que estão revolucionando a educação em todo o mundo. Pesquisa do INEP mostrou que 82,9% dos alunos da EAD estão conectados à Internet, e que o Brasil é o país com a maior taxa de crescimento da rede www no mundo. O MEC parece não reconhecer a validade dos fenômenos contemporâneos de aprendizado em rede, do “empowered student” (o aluno ‘fortalecido’ pelo apoio da tecnologia), de inteligência coletiva, de professores e de alunos interagindo on-line e off-line sem prejuízo para o resultado da aprendizagem, do uso de sistemas avançados de simulação e virtualidade, além de outros exemplos de sucesso em todo o mundo. É significativa que a edição de 2008 (reportando a situação de 2007) do Anuário Estatístico Brasileiro da Educação a Distância demonstrou que, pela primeira vez, a forma de estudo mais utilizada na EAD no Brasil foi através da Internet, e não mais através de material impresso. 10. Nós não queremos acreditar que o Brasil esteja entrando numa fase de conservadorismo político e administrativo na educação superior a distância, com a imposição de um modelo único e da ameaça de descredenciamento das instituições que tentarem fazer seu trabalho de outro modo. Temos certeza de que os responsáveis pela área de EAD no Ministério compartilham com os associados da ABED no que se refere a uma visão universal de desenvolvimento científico e tecnológico e de propostas educacionais, cujo conteúdo é a experimentação e a avaliação de resultados efetivos--o caminho para a modernização, para a conquista de novos patamares de conhecimento e a descoberta de novas ferramentas para o aprimoramento cognitivo. A ABED quer se unir ao MEC para desenvolver na EAD nacional um ambiente de práticas de qualidade que contribuam para o desenvolvimento geral do país. Com o reconhecimento de múltiplos modelos de atuação, além da aplicação de um alto nível de exigência acadêmica dos alunos, docentes e instituições envolvidos no processo, com certeza venceremos esta etapa de “dores de crescimento”. Prof. Dr. Fredric M. Litto Presidente da ABED www.abed.org.br


I GI GC C

MEC lança novo índice de cursos unificado Uma nova ferramenta na hora de escolher um curso: o Índice Geral de Cursos IGC ajuda o estudante a conhecer as instituições de Ensino Superior no Brasil POR

RAGI GONÇALVES

O Ministério da Educação (MEC) lançou no início de setembro o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), um novo método de avaliação da qualidade de cursos e instituições de ensino. Apresentado pelo ministro da Educação Fernando Haddad, o índice classifica as instituições com notas de 1 a 5, e também em valores contínuos de 0 a 500. Desse modo é possível verificar o quão perto de uma nota maior ou menor a instituição está. O IGC não apenas servirá para orientar a população na hora de escolher um curso ou uma instituição de ensino, como também passa a servir como base para as próximas avaliações feitas pelo MEC. De acordo com o ministro Fernando Haddad, os resultados das visitas e desempenho dos estudantes eram muito discrepantes, o que deve mudar com a base de dados mais organizada e objetiva do índice. “Ou sela um termo de compromisso de saneamento de deficiência, ou, no limite, até o descredenciamento” – Fernando Haddad Os problemas nas instituições de ensino, se detectados, serão abordados pelo MEC de duas maneiras: ou será feito um termo de compromisso entre o ministério e a instituição para sanar as dificuldades, ou em último caso a perda de autonomia e até descredenciamento. O resultado no IGC também vai influenciar na abertura de novos cursos. Uma pontuação baixa em vários anos vai pesar negativamente na hora de obter um novo crédito para um curso novo. Já podem ser consultados os resultados de 173 universidades, 131 centros universitários e 1.444 instituições de ensino entre faculdades, institutos, escolas superiores e outras. Essas IES representam 78,8% do total de instituições do país. IGC usa dados do Enade e do Censo de Educação O Índice Geral de Cursos leva em consideração os cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) das instituições para ser calculado. As pós-graduações usam a

ENADE O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes avalia anualmente alunos do primeiro e último ano de vários cursos selecionados pelo Ministério da Educação. O objetivo do Enade é “avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial”, ou seja, avaliar o quanto do curso está sendo aproveitado pelos alunos. A nota do Enade vai de 1 a 5. CONCEITO IDD O Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) compara o resultado dos desempenhos no Enade dos estudantes concluintes de um curso em relação aos alunos de outras instituições cujos estudantes ingressantes possuem perfil semelhante. O IDD é a diferença entre o desempenho médio esperado pelos concluinte de um curso e o desempenho médio esperado dos concluintes desse mesmo curso, e representa o quanto cada curso se destaca da média. A nota do IDD vai de 1 a 5. CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR O Censo da Educação Superior coleta todos os anos dados das Instituições de Ensino Superior como número de vagas, candidatos, ingressos, matrículas e concluintes. Estas informações são compiladas e apresentadas como um panorama da situação do nível superior de ensino no Brasil.

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II GGC C Nota Capes, enquanto a graduação é avaliada pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC). “Nós criamos uma cultura de avaliar cursos, e agora é a primeira vez que saltamos da avaliação de cursos para a avaliação institucional” – Ronaldo Motta, Secretário de Educação Superior em entrevista à Globo News. A fórmula do CPC é composta pelo resultado do Enade (40%), o Conceito IDD (30%) e os dados variáveis de insumo (30%) obtidos através do Censo da Educação Superior. Foi calculado o CPC dos cursos de graduação que fizeram o Enade entre 2005 e 2007, enquanto a nota Capes é referente aos anos de 2004 a 2006. Universidades de São Paulo IES

Sigla

Dep. Adm.

IGC Faixa Contín . Universidade Federal de São UNIFES FEDERAL 5 439 Paulo P Universidade Federal de São UFSCA FEDERAL 4 390 Carlos R Pontifícia Universidade Católica PUC-SP PRIVADA 4 369 de São Paulo Universidade Estadual Paulista UNESP PRIVADA 4 365 Júlio Mesquita Filho Universidade Presbiteriana MACKE PRIVADA 4 304 Mackenzie NZIE

Centros Universitários de São Paulo IES Sigla

Centro Universitário Álvares Penteado Centro Universitário SENAC

FECAP SENAC SP

Dep. Adm.

IGC Faixa Contín . PRIVADA 4 346 PRIVADA

4

320

Melhores instituições na categoria “Outros” de São Paulo IES Sigla Dep. IGC Adm. Faixa Contín . Faculdade de Odontologia São SLMAN PRIVADA 5 482 Leopoldo Mandic DIC Escola de Administração de FGV- PRIVADA 5 458 Empresas de São Paulo EAESP Instituto Tecnológico de ITA FEDERAL 5 453 Aeronáutica Instituto Superior de Educação ISE Vera PRIVADA 5 446 Vera Cruz Cruz Faculdade Ibmec São Paulo Ibmec PRIVADA 5 431 Faculdade de Medicina de São FAMER ESTADU 5 430 José do Rio Preto P AL Faculdade de Administração de FACAM PRIVADA 5 418 Empresas P Faculdade de São Bento FSB PRIVADA 5 396 Faculdade de Ciências FACAM PRIVADA 5 396 Econômicas P

10 EaD Outubro/Novembro de 2008

Confira quais as melhores IES de São Paulo segundo o IGC O Índice Geral de Cursos divulgado pelo MEC é dividido em três categorias, Universidades, Centros Universitários e Outros. As universidades possuem 30,1% das suas instituições com nota 4 e 5, os Centros Universitários 9% e a categoria Outros possui 5%. A nota do IGC, dividida em faixas e nota contínua, vai de 1 a 5 e 0 a 500, respectivamente, sendo a nota mais alta melhor. Veja abaixo quais instituições do Estado de São Paulo se destacaram nas três categorias. ■

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo Faculdade Doutor Francisco Maeda Instituto Superior de Educação de São Paulo

FCMSC SP

PRIVADA

4

375

FAFRA PRIVADA M SINGUL PRIVADA ARIDAD ES / ISESP ESAGS PRIVADA

4

370

4

367

4

358

4

351

4 4

350 346

4

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4

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4 4

316 315

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4

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4 4

306 306

4 4 4

305 303 302

Escola Superior de Administração e Gestão Faculdade de Administração da FAEPRIVADA FAAP FAAP Faculdade Autônoma de Direito FADISP PRIVADA Faculdade de Comunicação e FACOM- PRIVADA Marketing da FAAP FAAP Faculdade de Ciências FAHU PRIVADA Humanas de Garça Faculdade de Economia da FECPRIVADA FAAP FAAP Faculdade de Computação e FCIPRIVADA Informática da FAAP FAAP Trevisan Escola Superior de FAT PRIVADA Negócios Escola Superior de ESPM PRIVADA Propaganda e Marketing Faculdade Campos Elíseos FCE PRIVADA Faculdade de Direito de Franca FDF MUNICIP AL Faculdade de Medicina de FAMEM ESTADU Marília A AL Escola Superior de ESAMC PRIVADA Santos Administração, Marketing e Comunicação de Santos Faculdade de Ciências da FACIS PRIVADA Saúde de São Paulo Faculdade Gennari e Peartree FGP PRIVADA Instituto Superior de Educação ISEJ PRIVADA de Junqueirópolis Faculdade Santa Rita FASAR PRIVADA Faculdade de Medicina do ABC FMABC PRIVADA Faculdades Integradas Antônio FIAETP PRIVADA Eufrásio de Toledo de P Presidente Prudente


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Internet para estudar Além dos sites de relacionamento e bate-papo a internet pode ser o seu lugar de estudo! DA REDAÇÃO

Aos poucos a Internet vai ganhando espaço como ferramenta complementar de estudos, os universitários encontram uma enorme variedade de materiais especializados, além da possibilidade de interagir com estudantes de todos os níveis, aumentando ainda mais o seu campo de conhecimento e adquirindo mais informações em menos tempo. Especialistas garantem que a Internet usada corretamente dá aos alunos mais uma oportunidade de explorar e pesquisar assuntos que muitas vezes jamais seriam encontrados nas bibliotecas das instituições de ensino. E para não comprometer os estudos e perder tempo, os alunos em geral devem dar preferência à fontes de pesquisa confiáveis e de qualidade, por isso a nossa a Estudantes de SP em REVISTA selecionou pra você algumas dicas para navegar pela rede mundial de computadores. Confira a seguir algumas sugestões de sites. Outubro/Novembro de 2008

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II NNT ETR NEERT N E T Comunidades Algumas instituições de ensino têm seus próprios fóruns de discussão, salas de chat ou mesmo mural de recados on-line, mas esses geralmente são recursos pouco utilizados pelos alunos. Alguns sites específicos de rede sociais, entretanto, são ótimos lugares para encontrar outros estudantes da mesma faculdade, tirar dúvidas ou conversar sobre as aulas. Orkut – a mais popular rede social no Brasil, o Orkut já passou de polêmica a unanimidade, mas ainda assim é a rede que possui mais usuários, logo, a com maiores chances de se encontrar quem se procura.

Também estão disponíveis uma agenda, armazenamento de fotos e um editor de texto e de tabelas, similares aos programas Word e Excel, mas totalmente on-line.

www.gmail.com

www.yahoo.com

Informações e notícias sobre educação www.orkut.com Facebook – muito popular nos EUA e em outros países, o Facebook está engatinhando por aqui. Seus pontos fortes são a interface simples de usar e vários aplicativos desenvolvidos dentro do próprio site.

Manter-se atualizado sobre o que está acontecendo em sua comunidade e em seu país é considerado um requisito importante no mercado de trabalho. E informar-se sobre as novidades da educação é prioridade na vida estudantil. Nota 10 - Divulga notícias relativas a instituições de ensino, fundações e órgãos públicos. Além de novidades o visitante também pode consultar uma agenda de eventos e concursos.

www.facebook.com Google Grupos – Grupos do Google, propriedade do Google Inc., conhecido mundialmente, permite que grupos de pessoas se comuniquem através da Internet, formando grupos de discussão de diversos assuntos, trocando idéias on-line ou por e-mail, compartilhando arquivos e dados dos membros.

www.nota10.com.br Universia - Este portal centraliza informações sobre a vida universitária, e principalmente, sobre mercado de trabalho. Notícias, conselhos, dicas e várias ferramentas de interação também estão disponíveis para os usuários.

http://groups.google.com.br

E-mails gratuitos Servidores, grandes portais e demais empresas de Internet hoje em dia oferecem e-mails como um produto básico, possibilitando que qualquer pessoa tenha o seu próprio, ou mais de um. Resta ao aluno escolher então qual lhe oferece as melhores vantagens. Tanto o Yahoo quanto o Gmail oferecem vários gigabytes de espaço, e são apenas os mais conhecidos entre vários. O Gmail, por exemplo, tem uma política de “nunca mais apague seus e-mails” e oferece uma ferramenta de busca para localizar palavras-chave dentro apenas das suas mensagens.

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www.universia.com.br Ministério da Educação - Além de regras, leis, editais e informações detalhadas sobre os vários programas do Ministério da Educação relativos à Educação Superior, o site do MEC é atualizado quase diariamente com notícias da área.

www.mec.gov.br


I N T EI NRT ENR NEE TT Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), cuja missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e eqüidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.

www.inep.gov.br Agência Educa Brasil – Uma agência de notícias para a educação. Disponibiliza serviços de notícias, incluindo entrevistas, coberturas, reportagens, resenhas de livros, pesquisas e outros textos jornalísticos, além de fotografias, infografias e gráficos para uso editorial. É uma aliança entre jornalismo e educação, ou seja, uma combinação de conteúdo, tecnologia e soluções integradas para a educação de um novo tempo.

www.educabrasil.com.br/eb

leria de imagens. Como diz o nome do site, tudo na língua portuguesa.

www.bibvirt.futuro.usp.br Portal Domínio Público - site oficial do Governo Brasileiro para distribuição de obras digitais, o Domínio Público há anos aparece em um e-mail alertando para o seu possível fechamento, fato já desmentido pelo Ministério da Educação várias vezes. Possui mais de 50 mil obras cadastradas, entre textos, imagens, vídeos e arquivos de áudio. A seção de Teses e Dissertações exige que o usuário se cadastre antes de consultar os textos disponíveis.

www.dominiopublico.gov.br

Project Gutenberg – pioneiro na distribuição dos livros eletrônicos, possui um acervo próprio de 20 mil títulos digitalizados e conta com uma equipe de milhares de voluntários para comparar os textos originais impressos com as cópias virtuais. Através de parcerias com projetos semelhantes o site oferece aos visitantes mais de 100 mil livros eletrônicos gratuitos. Disponibiliza literatura, ensaios e livros técnicos em vários formatos, inclusive áudio. A maioria dos livros está em inglês.

Bibliotecas virtuais O investimento em livros durante o curso superior é um conhecido problema, sempre presente na vida do universitário. Mas graças às bibliotecas virtuais, os alunos de vários cursos encontram um certo alívio. De acordo com a lei brasileira, os livros entram em domínio público 70 anos após o dia 1º de janeiro seguinte à morte do autor (ou seja, em 2008 entraram em domínio público os livros de todos os autores falecidos em 1937). Após este tempo podem ser digitados ou scanneados e distribuídos pela internet livremente, contanto que a obra não seja alterada nem sua autoria removida. Apesar de livros técnicos ficarem razoavelmente defasados após um período tão longo, obras literárias e clássicos não sofrem tanto. Confira alguns sites de e-books abaixo: Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa – possui livros de literatura, biografias, acadêmicos e também várias edições de periódicos voltados para o ensino superior. Vários livros em áudio e uma impressionante ga-

www.gutenberg.org

Manybooks – atualizado diariamente com livros de vários idiomas, conta principalmente com literatura e livros de história. Oferece a maior variedade de formatos para download, permitindo inclusive que o usuário escolha as dimensões do arquivo antes de baixa-lo.

http://manybooks.net

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FF IINN ANCIAMENTO ANCIAMENTO

Falta de dinheiro não é motivo pra parar de estudar Hoje existem vários tipos de bolsas e financiamentos para dar um forcinha ao estudante Da Redação

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olsas escolares e financiamentos estudantis ajudam milhares de universitários a continuar estudando todos os anos. Através destes programas o aluno pode obter desconto parcial ou total da mensalidade, ou crédito para pagar o curso apenas depois que se formar. Os principais beneficiados são alunos de famílias de baixa renda, que com este auxílio podem cursar uma faculdade particular de qualidade.

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Um exemplo de atuação nesta área é o Instituto Bolsa Universidade, uma Organização Não-Governamental (ONG) que, através de parcerias com várias instituições de ensino superior, oferece bolsas de estudo parciais que variam de 5% a 70% das mensalidades, bolsas de estudo integrais e também orientam os alunos sobre as diversas linhas de financiamento disponíveis no país.


F I N A N C I A M E FNI NTA NOC I ADM EE N TEOSDTE U DOS ESTUDOS “O ProUni foi uma mudança de vida. Eu não tinha esperança de faculdade antes disso” Josué da Silva Oliveira (Pedagogia Eadcon)

MEC – O Programa Universidade para Todos (ProUni) do Ministério da Educação é uma iniciativa criada pelo Governo Federal em 2004, para oferecer bolsas de estudo em instituições de ensino privadas para alunos de baixa renda. O programa exige que os candidatos a uma bolsa cumpra uma série de pré-requisitos, entre eles ter cursado o ensino médio em escola pública, ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtido ao menos nota mínima, além de ter renda familiar de até três salários mínimos. A renda familiar do candidato na verdade determina qual bolsa ele pode requisitar, indo de bolsa integral até bolsa parcial de 25% de desconto na mensalidade. Já o Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (FIES) é o programa federal do MEC para financiar a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação.

“Eu sempre quis fazer uma graduação de Arquitetura em uma universidade conceituada, mas não tive uma boa base para passar em uma universidade pública, onde as vagas são muito concorridas. A solução foi procurar uma universidade privada e com a ajuda da Bolsa Universidade, este sonho se tornou real, e hoje faço parte de uma conceituada universidade, com um custo acessível.” Advana de Fátima Silva (Arquitetura e Urbanismo – Anhembi Morumbi)

“Através do Bolsa Universidade obtenho desconto no meu curso, o que está ajudando muito. Fazer um curso superior não é fácil, pois custam caro, o que não condiz com a minha realidade e com a realidade de muitos. Apoio plenamente o instituto, e espero que ele consiga aumentar ainda mais o número de participantes. A educação é a base de um país melhor em todos os sentidos.” Ceciliane Batista Veloso (Direito – Faculdade das Américas)

Para se candidatar a um financiamento, o aluno deve estar matriculado em uma instituição privada, cadastrada no FIES e bem avaliada pelo MEC. Até 100% da mensalidade pode ser financiada, e durante este período o aluno paga uma taxa de no máximo R$ 50 por trimestre. A taxa de juros anual é fixa, e varia de 3,5% a 6,5%, dependendo do curso. Após se formar o aluno tem um prazo de seis meses de carência antes de começar a pagar as prestações do financiamento. Privado – O Crédito Universitário PRAVALER, da empresa Ideal Invest, é um representante da atuação do setor privado na área de financiamento estudantil. Através do PRAVALER o aluno que atende a certos pré-requisitos pode financiar metade do valor das mensalidades, e pagar estes durante um período igual ao dobro do tempo em que os utilizou. Por exemplo, ao financiar quatro anos de faculdade, o aluno irá pagar 50% da mensalidade por oito anos. O crédito está disponível em mais de 100 instituições de ensino, num total de 5.900 opções de curso. Como não há limite de vagas, basta o aluno fazer uma proposta para verificar se seu crédito será aprovado. No site da empresa é possível simular as condições de financiamento e pagamento. Os alunos inscritos no Instituto também são incentivados a utilizar a internet, e podem participar de testes vocacionais, simulados e de palestras sobre profissões, através da rede de parcerias da ONG. ■

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Seja um fiscal da EaD no Brasil

www.estudantesead.org.br Faça sua crítica, sugestão, reclamação ou elogio! Conte como funciona o seu sistema de Educação a Distância DENUNCIE, VAMOS JUNTOS MORALIZAR A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL.


COMUNICADO A EADCON, empresa que oferece sistema de educação a distância desde 1999, em respeito aos milhares de alunos que freqüentam seus cursos de pós-graduação e aqueles de graduação realizados em parceria com a UNITINS e com a FAEL, sente-se na obrigação de informar, frente à divulgação recente do MEC sobre algumas novas diretrizes para o funcionamento do ensino a distância, que: 1. Não oferece cursos de graduação, mas sim viabiliza recursos à UNITINS e à FAEL, o que permite que essas ofereçam a alunos localizados nos mais diversos pontos do país seus cursos de graduação; 2. Para isso, a EADCON oferece salas, bibliotecas, acesso à internet e telessalas, as quais transmitem as aulas da UNITINS e FAEL. Essa estrutura abrange 1500 cidades e 27 estados brasileiros, beneficiando milhares de alunos em todo o Brasil; 3. Através de seu sistema, a EADCON garante a inclusão aos moradores de cidades que ficam distantes dos grandes centros urbanos; 4. De acordo com a Portaria Normativa n.º 40 de 12 de dezembro de 2007 e o Decreto nº 6.303 de 12 de dezembro de 2007, todos os alunos da parceria com UNITINS e FAEL estão vinculados aos Pólos Presenciais credenciados, conforme determina o Ministério, sendo que os Centros Associados não substituem os Pólos Presenciais, pois são instalações de apoio local para atividades acadêmicas adicionais ao programa pedagógico indicado pelo MEC; 5. Do mesmo modo, as referidas medidas não geram qualquer impacto sobre os Pólos Presenciais credenciados pelo MEC, nem sobre os cursos de pós-graduação e extensão;

6. A EADCON reforça que não há qualquer alteração para os alunos já matriculados e que utilizam os Centros Associados; 7. A disposição do MEC se refere apenas a novos alunos que prestariam vestibular neste ano; 8. Encontra-se em estágio adiantado nas negociações com a UNITINS e com a FAEL o processo de saneamento junto ao MEC, o que permite operar sem qualquer restrição e de forma aderente às regras do ensino a distância. As portarias do MEC publicadas em Diário Oficial autorizam que a UNITINS e a FAEL ofereçam educação a distância em todo o território nacional em parceria com a EADCON; 9. Oferece ainda à comunidade o benefício do curso Pré-Vestibular Cidadão, em que alunos oriundos da rede pública podem se preparar, gratuitamente, para os processos seletivos de universidades de todo o país. Além das aulas, são oferecidas apostilas sem qualquer custo ao estudante; 10. A EADCON reafirma sua responsabilidade social para que o ensino de qualidade da UNITINS e da FAEL seja transmitido a todas as cidades do território nacional, especialmente àquelas regiões mais distantes dos centros urbanos.


AA GGE NED N DA A

Encontro de Administração na Bahia Acontece nos dias 29 e 30 de novembro, a II Conferência de Administração (CONAD) na cidade de Livramento, na Bahia. O tema do evento é “Administrar Vencendo Desafios”, e as palestras vão abordar temas como o mercado de ações, gestão empresarial, relacionamento com o cliente, administração pública e marketing pessoal. Prestigiam a II CONAD profissionais de instituições como o Sebrae, o Instituto Euvaldo Lodi, entre outras. PROGRAMAÇÃO 29/11 16h – Credenciamento 16h 30min – Hino Nacional 17h – Abertura 17h 30min – Como Investir no Mercado de Ações José Carlos Valle da Silva – IEL/BA 18h 30min – Qualidade de Vida para Vencer Desafios Carlene Brito – FIB 19h 30min – Pedagogia Empreendedora José Walter Pires – SEBRAE/BA 30/11 08h – Princípios Básicos da Gestão Empresarial Dr. Geraldo Nunes de Queiroz 09h – Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente Antônio Cordeiro – FIB 10h – Coffee Break 10h 30min – Administração Pública: Gestão Fiscal Responsável Fernando Carlos Cardoso Almeida – CRC/BA

14h – Marketing Pessoal: Venda-se! José Francisco Vitarelli – Eadcon/SP 16h – Eadcon: A Primeira em Educação a Distância Jayme Villas Boas – Eadcon/BA 17h – Motivação, Entusiasmo e Otimismo no planeta Eadcon Everaldo Lázaro – Braskem Interessados podem se inscrever pela internet, no endereço www.intelectos.com.br . A taxa de inscrição é de R$ 30, e dá o direito a um certificado, além da participação no sorteio de brindes.

II Conferência de Administração – CONAD Data: 29 e 30 de Novembro Local: Livramento – BA Informações: eventos.eadcon@gmail.com (77) 3444-1956

AGENDA DE EVENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PROGRAMAÇÃO 2008 Seminário Unirede Data: 09 a 11 de Dezembro Local: Minas Gerais http://www.nead.ufsj.edu.br/unirede/ Educação a Distância – Desafios e Possibilidades Data: 11 de Dezembro Local: Vitória da Conquista – BA http://www.uesb.br/ I Congresso de Educação a Distância – Roraima Data: 12 a 14 de Dezembro http://www.univirr.rr.gov.br/congresso/

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PROGRAMAÇÃO 2009 VII Congresso Brasileiro de Gestão Educacional Data: 25 a 27 de Março Local: São Paulo - SP http://www.humus.com.br/geduc/ Congresso de Integração e Desenvolvimento em EaD Data: 20 a 22 de Maio http://www.senacead.com.br/cidead/


E M P R E G EAM PBR IE GL AI BDI L IAD ADD EE

Emprego para o jovem brasileiro é um grande desafio Não basta mais ter vontade e força para trabalhar, o jovem brasileiro precisa traçar objetivos desde a escolha do curso e da instituição de ensino Da Redação Para muitos jovens a oportunidade de freqüentar um curso superior já é uma grande vitória. Mas está conquista nem sempre é reconhecida assim que se consegue o diploma. Especialistas afirmam que o grande desafio da atualidade é conseguir perceber qual é o caminho mais adequado para cada perfil de estudante antes mesmo de escolher o curso superior, a instituição, ou no caso de muitos brasileiros, a metodologia de estudo. E por conta deste último ponto, o Ensino a Distância pode ser a melhor alternativa para dar conta do recado. Para entender o caminho das pedras, conversamos com o Professor José Luiz Poli, especialista em empregabilidade de jovens. EaD em Revista: Uma das grandes questões da atualidade é a dificuldade para se conseguir um emprego. O senhor é um especialista na análise da relação entre o estudo e a empregabilidade, como podemos definir este cenário no Brasil atualmente? José Luiz Poli: Todos nós, quando saímos da faculdade, temos a esperança de conseguirmos um bom e lucrativo emprego na área escolhida. Mas a maioria se depara com a falta de vagas nas empresas (que estão cada dia empregando menos). O que o mercado de trabalho procura hoje é gente disposta a desempenhar bem todas as tarefas e funções – que muitas vezes variam e não são propriamente da área de sua formação – e atender às metas da empresa (o que não são necessariamente as suas). Se você consegue fazer tudo isso, você tem um alto grau de empregabilidade. É exatamente isso que faz a diferença no mercado de trabalho. O serviço do funcionário precisa agregar

valor. Valor quer dizer trabalho bem-feito, do modo que se espera que seja feito, racional, limpo, cuidadoso, sem erro. Não adianta pensar em “meios termos”, fazer as coisas mais ou menos! É preciso saber e saber fazer, para obter resultados! E resultado significa valor para as empresas. Foi-se o tempo em que as empresas contratavam por questões familiares, de amizade, de proximidade de moradia ou qualquer outro benefício aparente. Hoje contratam para que suas metas sejam alcançadas em menos tempo, com menor custo e mais qualidade. Os jovens são as opções mais escolhidas, por causa da audácia e da vontade de ter um futuro melhor. Diante da crise do desemprego, existe um caminho para o crescimento, esperança, motivação e confiança! A resposta é: ALTA TAXA DE EMPREGABILIDADE, ou seja, aquele que possuir elevado nível de competência, estiver informado do mundo dos negócios, buscar novos conhecimentos e estiver apto a assumir responsabilidades, mudanças, desafios e metas, será um profissional mais preparado para o mercado de trabalho. EaD: Na década de 90 já se fala em desemprego estrutural, ou seja, era a previsão de que iria ter mais gente pra trabalhar do que emprego, o que poderia ter sido feito para amenizar a escassez de postos de trabalho? JLP: Uma pesquisa nacional sobre o desemprego nos últimos anos chegou à conclusão de que 60% das empresas brasileiras enxugaram seus quadros de funcionários e diminuíram os empregos oferecidos. Empresas-modelo foram incorporadas para garantir a produtividade

(palavra tão em voga atualmente) e melhor aproveitamento da mão-de-obra. Isso tudo está acontecendo graças à racionalização das funções, do aumento da competitividade e da necessidade de melhorar o desempenho nas tarefas. Em resumo, o que os empregadores querem é produtividade! Vale ressaltar que produtividade é uma fração onde o numerador (a parte de cima da fração) representa a produção de bens ou serviços (quantidade produzida) e o denominador (a parte de baixo) representa a quantidade de trabalhadores versus horas. Atualmente, o que os empregadores querem é que o numerador seja maior do que o denominador. Isso quer dizer que as empresas têm muito mais interesse naquele que não fica fixo em uma função, mas o que é versátil e competente para desempenhar todas as tarefas necessárias na empresa. Aumentar a taxa de empregabilidade requer um planejamento pessoal e profissional, ou seja, um Projeto de Vida! Um recente estudo revelou que existe uma relação direta entre o grau de instrução e o crescimento de remuneração. As pessoas com maior grau de instrução apresentam menor taxa de desemprego, principalmente aquelas vinculadas ao ensino superior, diferente daquelas com pouca instrução que acabam por aceitar qualquer tipo de emprego, até o subemprego. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE, fica evidente o crescimento salarial relacionado ao estudo. Somente com uma graduação, diploma de um curso superior, seu salário já cresce 168%. Concluindo uma pós-graduação, seu salário aproxima-se dos 4 mil reais com mais 51% de aumento.

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EE MMP RPE GRAEB IG ABILIDADE LIDADE elaborando grades curriculares inovadoras; ajudando o aluno a ser pró-ativo e capaz de realiza a auto-aprendizagem; capacitando os professores para a nova realidade da educação e, finalmente estando próximo das empresas. Essas ações podem reduzir o descompasso entre o estudo e a qualificação de mão-deobra quando essa situação existir. Esses números comprovam a necessidade de conhecimento e ensino. Isso influencia o aluno, mas numa visão macro, também o seu país. “Essa deficiência provoca perda de competitividade do país em relação a economias com as quais disputa o mercado global. Ou seja, enquanto a educação brasileira não der um salto qualitativo, o país continuará patinando” diz Alberto Rodriguez, especialista em educação do Banco Mundial a revista Exame de 27 de setembro de 2006. Então você se pergunta, por que o salário baixo? Novamente a resposta: porque o brasileiro aprende pouco e se interessa pouco. Quem se interessar, estudar, pesquisar e se desenvolver vai ganhar mais, vai se destacar. O brasileiro estuda em média 5 anos, contra 11 do coreano, 9 do argentino e dez da maioria dos países desenvolvidos. Se o brasileiro estudasse 12 anos como os americanos, a renda nacional seria mais que o dobro da atual. EaD: Na sua opinião existe um descompasso entre o estudo e a qualificação de mão-de-obra? JLP: Existe em algumas situações um descompasso entre o que ensina e o que o mercado de trabalho exige. Alguns currículos escolares apresentam defasagem em relação a demanda das empresas; alguns professores não se atualizam com as necessidades impostas pelo mercado e, nesses casos quem sai prejudicado é o aluno que está aprendendo algo sem valor para as empresas. O foco hoje é atender a crescente necessidade de profissionais qualificados e antecipar o futuro

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EaD: O jovem brasileiro sabe escolher a profissão, ou este é mais um fator que dificulta a empregabilidade? JLP: O jovem brasileiro é um dos mais inteligentes do mundo e sabe fazer escolhas. Para as classes mais altas em que o estudante tem mais tempo para se preparar com apoio das escolas particulares, da família e até de profissionais especializados em orientação vocacional a tarefa é um pouco mais estruturada. Já para os estudantes que não têm a mesma estrutura à disposição a missão é um pouco mais difícil. O que muitas vezes prejudica esse jovem trabalhador brasileiro são as bases para a escolha, ou seja, no ensino médio ele não recebe orientação alguma, suas famílias não podem ajudar pois ninguém fez uma faculdade e nem tem intimidade com o assunto e além disso ele tem pouco tempo e ambiente para se dedicar a uma pesquisa mais aprofundada. Quem tem contribuído com esse jovem é a empresa através de um superior que se preocupa com o desenvolvimento dos seus funcionários. Neste último caso a empresa orientando o jovem a fazer uma faculdade contribui para o aumento da empregabilidade desse cidadão. EaD: Por que o jovem é quem mais sofre com a falta de emprego e oportunidade? JLP: Existem duas camadas da população que sofrem com a falta de emprego, o jovem e o adulto acima de 50 anos. Nos dois casos existem uma série de fatores entre os quais a própria descriminação. Para o jovem pois alegam falta de experiência, mas como o jovem

pode ter experiência se ele não tem a oportunidade de mostrar seu valor!? E, para o adulto numa idade mais avançada pois alegam que o salário é muito alto, que ele não está atualizado, etc. Os dois problemas só se resolvem com uma economia mais próspera e uma sociedade menos descriminadora. EaD: Existe alguma forma do estudante garantir competitividade no mercado de trabalho? JLP: A pessoa ao fazer um bom Curso Superior, coloca-se frente a um mercado, cujo salário inicial é em média o triplo do seu investimento em mensalidades e materiais didáticos. Além disso, existem benefícios adicionais para quem faz um curso superior como o networking, a inclusão social, a possibilidade de abrir um negócio próprio e a preparação para a vida de uma forma geral. Ao fazer uma faculdade o aluno tem como benefício além do conhecimento adquirido, ampliar sua rede de amizades, o que lhe permite ter mais informação sobre o que ocorre em outras empresas tais como novidades de mercado, modernas técnicas de negócios, nível de salários, etc. Vou citar alguns pontos que os estudantes precisam saber ao buscar sua oportunidade no mercado de trabalho: • Não há mais cargos para pessoas ingênuas, passageiros e turistas em atividades profissionais. O que existe é um grande mercado competitivo de gente muito boa que acabou de entrar. • No clima empresarial atual, infelizmente, o que importa é a versatilidade, a competência e o profissionalismo. Pessoas que desempenhavam apenas o seu papel, mesmo que melhor possível, estão sendo trocadas por outras mais produtivas. • As funções devem ser desempenhadas com rigor, critérios mais exatos, agilidade, com o objetivo de atingir metas com maior produtividade e, claro, com muita eficiência.


E M P R E G EAM PBR IE GL AI BDI L IAD ADD EE • Você contrataria alguém que não sabe informática, mal sabe escrever uma carta, tampouco entende uma palavra em outra língua a não ser o português? Se seu currículo está como alguns problemas como os acima é hora de mudar. EaD: Como se preparar para ser uma mão-de-obra interessante? JLP: O primeiro preparo diz respeito a questão cultural, ou seja, o profissional que deseja sucesso em sua carreira como empresário ou funcionário deve entender que o mercado requer pessoas com alto grau de comprometimento com o negócio em todos os sentidos. Se o objetivo for ser empresário, você deve entender que seu funcionário é um parceiro de negócios. Por outro lado, o funcionário deve entender que deve desenvolver suas atividades como se fosse para sua própria empresa, isto é, deve ser preocupar em fazer suas tarefas no menor prazo, com o menor custo e a melhor qualidade. Para todos valem as regras universais do mercado como estar atualizado com as últimas notícias, estabelecer uma excelente rede de relacionamentos, fazer cursos que atendam tecnicamente a demanda das organizações e ter muita iniciativa. Vou citar um exemplo interessante: outro dia estava conversando com um rapaz cujos avós eram italianos e ele tinha vontade de aprender essa língua. Conversando um pouco mais descobri que ele trabalhava numa multinacional inglesa com filiais nos EUA, Brasil e cinco países da América Latina. Aprofundando o batepapo percebi que ele tinha um inglês básico e não sabia nada de espanhol. Então pergunto: ele deve aprender italiano!? Preparar-se é estar pronto para o jogo antes dele começar, é isso que deve fazer o profissional com visão de negócios e futuro. EaD: Qual a perspectiva de futuro para o emprego no Brasil? JLP: A inclusão social é um processo

para a construção de um novo tipo de sociedade, através de transformações nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e utensílios mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas e, portanto, também do próprio portador de necessidades especiais. Na educação, a inclusão destaca-se na oportunidade do acesso ao ensino superior. Algumas instituições de ensino tem dirigido seus programas para isso e, entre as que se destacam, podemos citar a Anhanguera Educacional que tem conseguido equilibrar de forma eficaz a relação entre o custo da mensalidade com a qualidade do ensino. Hoje, devido a esse pioneirismo, inúmeros jovens e adultos tem conseguido seus diplomas de cursos superiores e, com isso, incluir-se em grupos dos quais estavam distantes anteriormente. Também temos o empreendedorismo. Por vocação natural ou devido as dificuldades financeiras geradas pelo sistema econômico nacional, o negócio próprio é uma maneira que o profissional encontra para garantir uma renda. Possuir o ensino superior hoje significa ter conhecimentos suficientes para o futuro empresário ingressar nesse mercado competitivo em um negócio próprio, com possibilidades reais de sucesso. Como exemplo, temos o médico veterinário que pode abrir sua própria clínica, o advogado que pode ter seu escritório de advocacia, um bacharel em letras apto a lecionar com aulas particulares, um fisioterapeuta que pode atender em sua clínica ou a domicílio entre outros casos. O que se observa, portanto, é que o ensino superior abre um maior leque de oportunidades para pessoas que já tem vocação empreendedora, assim como para aqueles que por alguma circunstância específica se colocam frente a uma necessidade de ter seu próprio negócio.

EaD: Quais as profissões que mais tem espaço atualmente? JLP: Nos próximos anos uma série de profissões estarão em alta, principalmente no Brasil. No campo da engenharia haverá uma demanda enorme de empresas no ramo de construção civil, as petroquímicas, a área de design, o mercado sucro-alcooleiro e a área de saúde avançada entre outras. O crescimento da economia traz um fenônemo bastante positivo, pois naturalmente com a elevação do poder aquisitivo as pessoas tendem a consumir mais e isso gera oportunidades em todos os níveis. Se imaginarmos que teremos mais consumo, também teremos necessidade de mais administradores, profissionais de marketing e propgaganda, advogados, etc. Se o país também entender que a educação é vital para sua soberania, a necessidade de professores será gigante em todas as camadas do ensino, assim vejo grandes perspectivas para todas as profissões com maior vantagem para algumas como as citadas anteriormente. EaD: Qual é a sua dica para o estudante que vai escolher seu curso agora? JLP: Escolher o curso com que tenha afinidade em uma faculdade cuja relação custo-benefício atenda o seu perfil. Ler jornais impressos ou na internet para saber sobre as novidades do mercado. Outro dia saiu uma matéria falando sobre a indústria do design relatando os investimentos no setor nos próximos anos, isso é fundamental para quem está em dúvida entre algumas profissões da mesma área pois ajudam na definição da carreira a seguir. Existem sites interessantes como o Ikwa com dicas de orientação profissional e vídeos com depoimentos de vários profissionais. Outra dica é para o candidato visitar as faculdades, conversar com colegas, enfim tomar uma decisão consciente e inteligente. ■

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EE VVE NETN TO-EaD O-EaD

27 de Novembro Comemorações do Dia Nacional da EaD No dia 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Educação a Distância. A data foi instituída pela ABED há cinco anos. E por todo o país as instituições que oferecem esta metodologia de ensino programam comemorações com palestras e eventos. SÃO PAULO Será realizado o 3º Encontro CIEEABED de Educação a Distância, que terá diversas atividades e a transmissão, ao vivo pela web (15h de Brasília) pelo link http://webcast4.isat. com.br/abed/ciee2008/form.asp Além da palestra, os pólos da ABED também organizam programações locais para comemorar o Dia Nacional de EAD. BELO HORIZONTE Com o tema: “EaD: A Nova Imagem da Educação”, o Pólo Belo Horizonte tem uma série de atividades programadas na Puc Minas. O credenciamento dos participantes será feito das 8h30 às 9h. Logo após, serão realizadas as oficinas, ‘Vídeo Aula – PUC Minas’, ‘Material Gráfico – PUC Minas’, ‘Material didático impresso – UFMG’, e ‘Andragogia: técnicas e vivências na aprendizagem do adulto - WR3EAD’, com duração de 3h cada. No período da tarde, no Auditório da Puc Minas Virtual, haverá a transmissão, ao vivo, das Palestras direto da ABED em São Paulo. Às 17h, acontece ‘Reflexões sobre o processo de acreditação e a capacitação profissional’. E o encerramento será às 17h40, com o coordenador do Pólo Belo Horizonte, Enilton Ferreira Rocha. Saiba mais pelo http://www.virtual. pucminas.br/default.htm Ainda em Minas, a webAula também tem uma novidade para o dia da EAD, e oferece a campanha ‘Conhecimento não tem preço!’. Deste modo, serão disponibilizados, no dia 27 de novembro, os cursos do Shopping webAula gratuitamente! Acesse www. conhecimentonaotempreco.com.br faça seu cadastro, escolha um curso e faça um treinamento totalmente grátis.

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RIO DE JANEIRO A coordenação do Pólo ABED-RJ convida seus associados e amigos para participarem da webconferência ‘Qualificação a distância de profissionais ligados à gestão de projetos de investimentos na esfera pública: a experiência do Curso, Gestão de Projetos de Investimentos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz’, que será realizada pela especialista em Gestão de Projetos de Investimento, Profa. Dra. Luisa Regina Pessoa. A webconferência acontece no dia 28/11, às 14h, como parte dos eventos comemorativos ao Dia Nacional de Educação a Distância, e terá espaço no próprio ambiente virtual de interação para que os participantes possam tirar suas dúvidas. Link de acesso: www.redefiocruz. fiocruz.br CURITIBA O pólo Curitiba terá a palestra “elearning como diferencial competitivo para Indústria”, que será proferida pelo diretor de tecnologia da Digital SK, Romain Mallard. A palestra será realizada no auditório da Unindus – Universidade da Indústria, e acontece às 17h do dia 27 de novembro. Mais informações no endereço www. unindus.org.br CAMPO GRANDE A coordenadora do pólo Campo Grande, Gilse T. Lazzari Perosa, participará do evento Webcasts do Portal Educação, na sede do Portal, e proferirá a palestra “A ABED e os Novos Rumos da EAD’, às 9h (horário de Brasília). Mais informações no site do Portal www.portaleducacao.com.br SANTOS No Pólo Santos, a palestra do momento interação será transmitida na Faculdade de Tecnologia da Baixada, onde será Projetada por datashow na sala 22 do Prédio Antigo, e estará disponível para Professores, Alunos e Associados.

PORTO ALEGRE O Pólo ABED Porto Alegre, instalado no Senac/RS, tendo o compromisso de difundir a Educação a Distância, não podia deixar de comemorar o Dia Nacional da Educação a Distância. Por esta razão, decidiu realizar a IV Semana Virtual: discutindo a qualidade na educação a distância. Esta semana virtual visa congregar os profissionais dessa modalidade de educação para analisar e discutir os referenciais de qualidade na EaD e o compromisso das instituições em atender a estes referenciais. A programação está no link: http://www.senacead.com.br/index. FLORIANÓPOLIS É com satisfação que o Pólo ABED de Santa Catarina lhe convida para participar no dia 27 de novembro das comemorações do Dia Nacional da Educação a Distância. Neste dia, serão realizadas palestras no Laboratório de Ensino a Distância - LED/UFSC, com transmissão por streaming de vídeo. Para acompanhar a programação e o link para assistência. https://www. uaberta.unisul.br/web/webfolders/ dianacionalead/index.html ARACAJU A coordenação do Pólo Aracaju da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED-Se) tem a satisfação de convidar seus associados e amigos para participarem da webconferência a ser realizada na próxima sexta-feira, 28, às 14h, no Campus UNIT AracajuFarolândia, auditório Padre Arnóbio, localizado no bloco D, como parte dos eventos comemorativos ao Dia Nacional de Educação a Distância. A webconferência, com o tema “Qualificação a distância de profissionais ligados à gestão de projetos de investimentos na esfera pública: a experiência do Curso Gestão de Projetos de Investimentos da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz.”, será realizada pela Especialista em Gestão de Projetos de Investimento, Profª. Drª. Luisa Regina Pessoa. Fonte: www.abed.org.br


Entrevista Entrevista

Com a criação de Núcleo de EaD, Cesumar desponta no cenário da educação brasileira Num movimento forte e preciso o Centro Universitário de Maringá se volta para a verticalização da EaD no Brasil Desde 2009, o Cesumar vem aumentando extraordinariamente o número de alunos em cursos de Ensino a Distância. De lá pra cá foram criados 110 pólos em 19 estados brasileiros, e por causa do crescimento vertiginoso da metodologia EaD, o Cesumar criou o Núcleo de Ensino a Distância, responsável por dar toda a estrutura de estúdios de TV e tecnologia necessários para que os alunos tenham o que há de melhor e mais moderno na Educação a Distância. E é sobre este crescimento que o diretor dão NEAD_- Cesumar, William Matos Silva fala nesta entrevista exclusiva para a EaD em Revista. EaD em Revista: Em um país do tamanho do Brasil, a EaD é uma necessidade para levar a educação até às localizações mais remotas. Mas como conciliar o avanço da EaD com a exclusão digital da maioria da população? William Matos Silva: Em um país continental a preocupação com a equidade social está atrelada as políticas adotadas em especial a educacional. Assim, a EaD tem que ser estruturada para atender as demandas específicas a exemplo das pessoas que são excluídas digitalmente. Propor ferramentas de ensino-aprendizagem que permitam o acesso ao conhecimento é um desa-

fio porem é possível de ser concretizado por meio de ferramentas e tecnologias permitidas pela EaD. EaD: Quando e como foi o primeiro contato do Cesumar com a Educação a Distância (EaD) e a implementação desta modalidade de ensino na instituição? WMS: O Cesumar em sua estrutura organizacional apresenta uma Diretoria de Desenvolvimento Institucional que

Entendemos que o MEC vem desenvolvendo ações que visam a qualidade do processo ensino aprendizagem. O Cesumar apóia toda e qualquer iniciativa que possibilite melhoras no processo educacional

William Matos Silva, Diretor do NEAD – CESUMAR

veio, desde 2005, inserindo ações em EaD no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), culminando no Núcleo de Educação a Distância que oferece cursos de graduação e pós-graduação de qualidade. Com o objetivo de levar uma Educação de Qualidade para todos os lugares do Brasil, o CESUMAR implantou a modalidade a Distância, de modo que os alunos que nele estudem, tenham no curso escolhido todos os conteúdos exigidos pelas Diretrizes Curriculares, avaliações de qualidade, professores capacitados, onde com este conjunto, a Educação a Distância permeie por caminhos onde a Educação Presencial não conseguiria alcançar. Outubro/Novembro de 2008

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Entrevista NEAD - CESUMAR Entrevista NEAD - CESUMAR EaD: Como a Cesumar vê a postura do MEC e as novas regulamentações da EaD no Brasil? WMS: Entendemos que o MEC vem desenvolvendo ações que visam a qualidade do processo ensino aprendizagem. O Cesumar apóia toda e qualquer iniciativa que possibilite melhorias no processo educacional brasileiro não temendo vistorias, supervisões ou demais ações. Para isso, a EaD do CESUMAR segue os Referenciais de Qualidade do Ministério de Educação e Cultura – MEC, concordando que é fundamental a definição de princípios, diretrizes e critérios para as Instituições que oferecem esta modalidade de Ensino, apresentem uma Educação de Qualidade. EaD: Em um primeiro momento a formação de professores foi o foco da EaD, e agora vemos o surgimento de cada vez mais cursos tecnólogos, de formação mais rápida e específica. Qual rumo a Cesumar pretende seguir, e por quê? WMS: O CESUMAR tem acompanhado o direcionamento que o mercado aponta para a EAD. Ao mesmo tempo se preocupa com a demanda que o mercado apresenta e oferece cada dia mais, novos cursos de formação tecnológica. Cursos estes de aproximadamente 2 anos de duração e que formam profissionais capacitados a atuarem no mercado de trabalho oferecendo à prática diária, fundamentos conceituais que poderão contribuir para a tomada de decisões na área de atuação escolhida. Contudo, não nos desligamos, também, das crenças que temos com relação ao que é importante para contribuir com um país com menos desigualdades sociais e mais equilíbrio entre a demanda e o oferecimento de novos postos de trabalho, bem como o crescimento educacional.

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EaD: Como é a relação entre os alunos presenciais e os alunos de EaD do Centro Universitário de Maringá? E qual o perfil de ambos tipos de alunos? WMS: A relação entre os alunos representa a idéia de todo o CESUMAR, ou seja, não diferenciamos tratamento, cobrança pela qualidade, eficiências dos processos internos dentre outros assuntos. Assim, não só os alunos, como também os nossos colaboradores estão engajados no processo. É claro que pelas particularidades da EAD alguns alunos têm migrado do presencial, para esta modalidade, porém este fato não se torna preocupante para os gestores, mas sim, um orgulho por saber que a qualidade consolidada do ensino presencial está presente, também, na EAD. Com relação ao perfil do aluno posso afirmar que quem busca a EAD, tem, e sua maioria, um trabalho compatível com o curso escolhido, são mais velhos do que os alunos do presencial e têm pressa em obter uma titulação.

... pelas particularidades da EAD alguns alunos têm migrado do presencial, para esta modalidade

EaD: A Cesumar firmou algumas parcerias com empresas neste ano para oferecer cursos a distância . Em

... a EaD do CESUMAR segue os Referenciais de Qualidade do MEC...

que consistem exatamente estas parcerias, como elas vão funcionar? WMS: Diante dos dados oriundos do Setor de Acolhimento Estudantil do CESUMAR, que atua no monitoramento da evasão, trancamento e cancelamento de matrículas, muitos alunos não conseguem se deslocar diariamente e em tempo hábil do seu ambiente de trabalho para participar de aulas na modalidade presencial. Assim, sempre atento ás necessidades do alunado, visando a manutenção do seu crescimento profissional e pessoal o CESUMAR firmou parcerias com algumas empresas, levando-as a participar ativamente do processo de construção do conhecimento dos seus colaboradores seja provendo ajudas financeiras ou administrativas. EaD: Como, na sua opinião, a EaD vai influenciar no futuro a educação brasileira, inclusive o atual modelo presencial? WMS: Afirmo que a EaD já está consolidada em nosso pais. Esta característica permite que as modalidades passem a desenvolver ferramentas que visem melhor o processo de aprendizagem, podendo, em breve, atuarem em conjunto permitido que o aluno possa migrar de um sistema para outro de acordo com a sua condição de disponibilidade física ou adequação às ferramentas utilizadas. ■


E V EE N TO VENTO

CIEE E ABED realizam o 3º encontro de educação a distância O Centro de Integração EmpresaEscola (CIEE) e a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) realizam no próximo dia 27, quintafeira, o 3º Encontro CIEE – Abed de Educação a Distância. O evento, que comemora o Dia Nacional da Educação a Distância (EaD), tem início às 8h e conta com palestras de educadores e especialistas durante todo o dia. O encontro será realizado no Espaço Sociocultural – Teatro CIEE (Rua Tabapuã, 445 – Itaim Bibi – São Paulo/SP). A abertura será feita por Paulo Nathanael Pereira de Souza e Luiz Gonzaga Bertelli, respectivamente presidente do Conselho de Administração e executivo do CIEE. Pela manhã, estão programadas palestras sobre O papel da EaD nas Universidades Corporativas e Educação Continuada, com o presidente do Conselho de Administração do CIEE; Educação a Distância: Um Fenômeno em Mudança, com Fredric Michael Litto, presidente da ABED. Após as palestras haverá uma mesa redonda sobre o tema Conhecendo a EaD da era do conhecimento, da qual participam Maria de Oliveira Gonçalves, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas Virtual); João Vianney Valle dos Santos, da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul Virtual-SC), e Marcelo de Car-

SOBRE O CIEE

Fundado há 44 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE é uma organização não governamental (ONG), filantrópica e sem fins lucrativos. Nessas quatro décadas, já inseriu por meio do estágio oito milhões de jovens estudantes no mercado de trabalho, contando com a parceria de 220 mil empresas e órgãos públicos. Mantido por empresas, sua atuação se pauta pela legislação específica para o estágio: a Lei 11.788 de 25/09/08. Mais informações para a imprensa Assessoria de Comunicação do CIEE Jacyra Octaviano (jacyra@cieesp.org.br)

Roberto Mattus (roberto_mattus@cieesp.org.br) 55 11 3040-6525/6526/6527

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valho Borba, da União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp), que terá como moderadora Zélia Ribas Varajão Teixeira Soares, gerente Educacional do CIEE. No período da tarde serão realizadas três palestras. Na primeira, Waldomiro Loyolla, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) fará a Apresentação da UniVesp – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. A segunda palestra tem como tema o Processo de acreditação: um caso de sucesso em auto-avaliação institucional e será proferida por Harold Rizzo, representante do Conselho de Educação a Distância da Colômbia. A última abordará CIEE/EaD e a capacitação profissional, tema que será desenvolvido por Rosa Maria Simone, supervisora de Educação a Distância do CIEE. “O Ensino a Distância tem se desenvolvido e crescido muito, tanto no meio acadêmico como corporativo, assim,

pretendemos promover debate, reflexão e mais conhecimento para pessoas que ainda não estejam familiarizadas com essa nova forma de ensino, bem como motivar a ampliação dos projetos existentes”, pontua Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE. A entidade mantém atualmente 23 cursos de ensino a distância totalmente gratuitos no site www.ciee.org.br, voltados para estudantes e, até o final deste ano, terá capacitado 400 mil jovens. GRATUITO Evento : 3º Encontro CIEE – Abed de Educação à Distância Data: 27 de novembro - terça-feira Horário: das 8h às 17h15 Local: Espaço Sociocultural Teatro CIEE - Rua Tabapuã, 445 Itaim Bibi, São Paulo, SP Inscrições obrigatórias: Tel. (11) 3040-6541 / 6542 ou pelo site www.ciee.org.br.

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C ONGRESO ABED CONGRESO ABED

14º Congresso Internacional de Educação a Distância CIAED 2008: por uma avaliação mais eficaz dos cursos de EaD Da Redação Aconteceu em Setembro a edição anual do Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED) na cidade de Santos, SP, entre os dias 14 a 17. Organizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), com apoio e patrocínio de várias empresas do setor, o tema deste congresso foi “Mapeando o Impacto da EaD na Cultura do Ensino-Aprendizagem”. Os organizadores do evento propuseram discutir meios de avaliar a eficácia dos cursos a distância de modo mais concreto, ou seja conseguir dados que comprovem os bons resultados alardeados pelas instituições de ensino que utilizam a EaD. De acordo com o presidente da Abed, Frederic Litto, “A EaD no Brasil só será considerada “madura” quando a prática da modalidade for acompanhada de informação sobre o impacto do curso, ou da atividade de aprendizagem, no aprendiz”. Através de informações como estas várias melhorias poderiam ser feitas nos cursos, refletindo as necessidades dos alunos. O cenário geral da EaD pública bra-

Fredric M. Litto - presidente da ABED

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sileira foi apresentado pelo secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, que tratou da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Rede formada por universidades federais e estaduais, a UAB possui cerca de 36 mil alunos em vários municípios, e é voltada principalmente para a formação e capacitação de novos professores. “Estamos em um momento muito importante. O número de alunos cresce, a produção de publicações aumenta, e o MEC está supervisionando a qualidade desses cursos. A comunidade tem de discutir os problemas para evoluir e corrigir as deficiências”, afirmou Bielschowsky. “Na União Européia, os estudantes podem completar seus estudos em universidades de diferentes nacionalidades. Por que é que o mesmo não pode acontecer com os países de língua portuguesa? Há mais características que nos unem do que nos afastam.” António Moreira Teixeira, pró-reitor para Inovação em Educação a Distância da Universidade Aberta de Portugal

Da parte internacional do evento participaram com palestras e nas mesas redondas convidados dos Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Moçambique, Espanha, França e Noruega, apresentando a EaD em seus respectivos países ou discutindo suas diferentes realidades. Outras atrações do Congresso também

Legenda

“Há muitas denúncias de problemas relacionados à comunicação entre alunos e instituições, muitas apostilas são mal elaboradas. Não são todas as instituições brasileiras que atuam dessa maneira. No entanto as iniciativas não tão bem sucedidas atrapalham o desenvolvimento do ensino a distância do país” Ricardo Holz, presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância (ABE-EAD)

incluíram a exposição de projetos, apresentação de dezenas de Trabalhos Científicos, palestras, lançamentos de livros e a realização de 11 mini-cursos, com temas como “Estratégias de Marketing na Educação a Distância” e “Planejamento, Estruturação e Gestão de Disciplinas e Cursos a Distância”. ■ Com informações ABED e MEC.


E N T R EEN VT R IE SV I TS T AA

Anhanguera ultrapassa as fronteiras da educação no Brasil A Instituição que mais cresce no país, tem ações na Bovespa, e se interessa muito pelo futuro da EaD A Anhanguera Educacional é a maior instituição de ensino profissional das Américas, com cerca de 220 mil alunos em ensino superior e 500 mil alunos ao ano em ensino profissionalizante. Fundada em 1994, está presente em todos os estados do Brasil, e não pára de crescer. A EaD em Revista entrevistou José Luiz Poli, diretor acadêmico da Anhanguera, para conhecer um pouco mais deste fenômeno na educação do Brasil EaD em Revista: A Anhanguera é uma instituição que reúne diversas faculdades em muitas cidades brasileiras, como vocês estão oferecendo o ensino superior no Brasil? José Luiz Poli: Hoje oferecemos nossos cursos através de nossos pólos, faculdades, centros universitários e universidade nas modalidades presenciais e a distância. Temos em nossos quadros professores doutores, mestres e especialistas com o objetivo de capacitar nossos alunos para o sucesso profissional, assim como se tornarem cidadãos mais conscientes sobre o mundo em que vivem. Na oferta de nossos cursos buscamos a cada ano introduzir melhorias e inovações que estejam de acordo com as demandas da sociedade contemporânea.

EaD: Como começou a Anhanguera? JLP: A Anhanguera iniciou suas atividades na cidade de Leme, interior de São Paulo, no ano de 1994. No primeiro ano tínhamos cerca de 240 alunos em 5 cursos diferentes. Depois a nossa instituição se expandiu para outras cidades do Estado de São Paulo e atualmente estamos em vários estados do Brasil, além do Distrito Federal com 55 unidades de ensino presencial e mais de 200 pólos de ensino a distância, totalizando cerca de 220 mil alunos. EaD: A Anhanguera foi a primeira instituição de ensino no Brasil a abrir capital e entrar na bolsa de valores, como separar o negócio lucrativo da oferta de um bem essencial ao cidadão – a educação? JLP: Existe um equívoco de algumas pessoas em relação a essa questão. A educação, assim como a saúde e a liberdade entre outros, são direitos essenciais à plenitude de um cidadão. A abertura do capital teve propósitos específicos de melhoria da infra-estrutura das unidades existentes como por exemplo a compra de equipamentos mais modernos para os laboratórios, salas de aulas e bibliotecas, bem

como para a construção de unidades em locais carentes de uma Instituição de Ensino Superior e, finalmente para a incorporação de universidades, centros universitários e faculdades por todo o Brasil. Nosso ideal desde o início é levar mais educação através de um sistema de ensino e aprendizagem inovadores para todas as pessoas que querem e desejam ter mais conhecimento e realizar seus projetos de vida. Nós entendemos que os investimentos obtidos com a abertura de capital devem ser prioritariamente destinados ao aumento de oportunidades para o jovem trabalhador brasileiro ter mais acesso ao ensino superior.

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EE NNT RTE VRI SET AV I S T A EaD: Com a expansão de várias instituições e abertura de tantas outras, o aluno tem muita opção na hora de escolher o curso superior, como a Anhanguera compete neste mercado? JLP: A Anhanguera tem como foco principal fornecer uma educação de qualidade com mensalidades acessíveis a um público específico. Nossos alunos são pessoas que trabalham para poder estudar e melhorar de vida. A nossa estratégia baseia-se numa oferta de cursos, localização e preços que nosso prospect procura. Além disso, dirigimos nossos esforços para fazer uma atendimento de qualidade e voltado para atender as necessidades do nosso público. No mercado existem várias instituições com diferentes posicionamentos, portanto entendemos que há espaço para todos os players.

EaD: O que existe de educação a distância na Anhanguera? JLP: A Anhanguera acredita e tem investido muito no ensino a distância. Atualmente temos vários estúdios modernos e estruturados para a produção

A Anhanguera acredita e tem investido muito no ensino a distância. Atualmente temos vários estúdios modernos e estruturado

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HISTÓRICO DA ANHANGUERA Em 1992, um grupo de professores universitários, Prof. Antonio Carbonari Netto, profª Maria Elisa E. Carbonari e profº Poli, idealizaram um modelo de Instituição de Ensino Superior diferente. A principal questão ideológica era: Como os jovens trabalhadores brasileiros poderiam ser inseridos no mundo universitário, uma vez que seus salários não comportavam o pagamento das altas mensalidades das instituições privadas e não existiam vagas no ensino superior público? Em 1994, nascia a primeira instituição da Anhanguera Educacional, denominada, naquela época, de Faculdade de Direito de Leme. Sucesso em seu primeiro vestibular, a instituição, apesar de sofrer inúmeras críticas pelos baixos valores das mensalidades, continuou firme em sua principal visão: Oferecer ensino de qualidade com preços acessíveis. A estratégia funcionou e o crescimento tornou-se uma conseqüência lógica. Até 2002, o grupo multiplicou suas unidades de ensino, diversificando as cidades, sempre em torno da Rodovia Anhanguera. Em 2003, a instituição tornou-se uma S/A com a entrada de parceiros investidores. A operação trouxe fôlego para mais expansão, até que, em março de 2007, após quase três anos de preparo, a Anhanguera entra para a história ao ser a primeira instituição de ensino superior da América Latina a abrir capital na Bolsa de Valores. Além do pioneirismo, a empresa bateu recorde de rendimento dos papéis em 2007, quando chegaram ao pico de 114% de valorização. O número de unidades subiu de oito para quarenta e duas, em seis diferentes estados, fazendo valer o ideal de oferecer ensino superior de qualidade a preços acessíveis a um número cada vez maior de pessoas. Fonte: Assessoria de Imprensa de aulas, professores treinados e qualificados nessa modalidade e capacitação constante de todos os profissionais envolvidos. Temos também material didático específico e atendimento com tutoria eletrônica. Nossos cursos atendem hoje praticamente todas as regiões do país, levando o ensino superior a cidades pequenas, médias e grandes. Nossos cursos atendem tanto a graduação quanto a pós-graduação e estamos iniciando atividades para os cursos de extensão. Temos os seguintes cursos oferecidos na modalidade interativa: Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia, Tecnologia em Logística, Serviço Social, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Superior de Tecnologia em Marketing, Letras – Licenciatura em Língua, Portuguesa e Língua Inglesa, Tecnologia em Gestão de Pequenas e Médias Empresas, e

Tecnologia em Gestão de Serviços de Saúde. EaD: Qual é o projeto educacional para o futuro do Brasil? JLP: Dados da UNESCO apontam que entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos, cerca de 20% estão cursando o ensino superior. Em países vizinhos como a Argentina e Chile, esse índice é de 60% e 40% respectivamente. Nosso projeto é contribuir para que qualquer indivíduo que queira ter acesso ao ensino superior tenha essa oportunidade disponível. Hoje a Anhanguera através de suas unidades e pólos já atende mais de 220 mil alunos nos cursos de graduação e cerca de 20 mil nos cursos de pós-graduação e extensão. Queremos que esses números se superem a cada ano e que em pouco tempo o Brasil tenham índices semelhantes ao dos países desenvolvidos. ■


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