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DISSONNETTO DA DADIVA ADVERSA [1583]

A dupla maldicção, que annulla a van belleza e as ambições futeis embarga, transforma o joven bruxo numa ran e a virgem bruxa numa velha amarga. Por outro lado, o typico galan obstenta da burrice a crassa carga, e a bella actriz, à qual não falta fan, só tem a offerescer a chota larga. Aos factos não ha nada que resista. O surdo é genial compositor. Maneta é aquelle celebre esculptor. O cego é o mais maldicto sonnettista.

Assim Satan nos deixa a sua pista:

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Não ha do Alleijadinho obras que provem que quiz perder a mão, nem do Beethoven o ouvido, ou do Mattoso sua vista.

DISSONNETTO DO NARIZ CHARMOSO [1709]

Bocage eternizou o narigão ao qual um epigramma foi bastante. Nem mesmo o Juca Chaves fora tão sincero nesse thema relevante.

Difficil encontrar alguem que cante um orgam de tamanha proporção, pois torna-se o nariz, quando gigante, maior, quanto mais prestam-lhe attenção. Mas nunca tal assumpto será findo.

Amigo meu, judeu, jamais scismara com tal protuberancia em sua cara, até que alguem lhe leu Bocage, rindo.

Ah! Como o thema pode ser malvindo!

Em plastica ja pensa, ao analysta lamenta-se, por mais que a gente insista que aquillo é justamente o que o faz lindo!

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