1 minute read

RELENDO BASHÔ [5014]

Pequeno, o lago. Está tudo (Caramba!) tão quieto, que uma mosca ser ouvida podia, alli voando e pondo a vida em risco, caso um sapo os ares lamba. A mosca não está na chorda bamba, comtudo, e sim o sapo, que encomprida a lingua e secca a sente, o que o convida no lago a mergulhar: chorda e caçamba. Naquella aguinha quieta a luz nem pisca. Siquer nenhuma nuvem se accinzenta. Nem vento batte. O sapo não se aguenta e pulla. O movimento os ares risca. Vejamos isso em camera mais lenta: a aberta bocca, a lingua, a fugaz isca… Ainda assim, paresce a perna arisca, pullando! A aguinha, agora, é barulhenta!

Advertisement

This article is from: