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VOLATILIDADE DO DOLLAR [5289]

Disparam pela rua. Vem attraz, de terno, um assaltado executivo. Na frente, um malandrinho muito vivo, levando-lhe a valise: tem mais gaz. Berrando, o executivo ao povo faz pedidos de soccorro: “O fugitivo meus dollares roubou! Eu não me privo tão facil delles! Peguem o rapaz!” É claro que euphemistico ser tento.

Não disse nesses termos. Disse appenas “Soccorro! Fui roubado!” O povo, attento à grana, sempre accorre nessas scenas.

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Attraz do ladrão correm quando, ao vento aberta, a mala mostra que pequenas as notas não são: voam, cento a cento… Parescem de gallinhas umas pennas.

DISSONNETTO DA GRANA A GRANEL [1498]

Em vez de numa loja ser vendido, ja compro até no banco o chocolate, tão alta a quotação, que tem subido accyma do que vale outro quilate.

Ballança em que, antes, ouro era medido, agora é mais commum que cuide e tracte dum ouro comestivel, preferido quer do capitalista, quer do vate. Minusculos tablettes custam tanto (em euro ou libra, dollar ou cruzado, conforme o cambio), para meu expanto, quanto um lingote solido e dourado.

“Dinheiro ou chocolate?”, o caixa indaga, si tenho algum em compta creditado e, ja que assim prefiro, elle me paga em trez bombons metade do ordenado.

POR PREÇO DE BANANA [6886]

Glaucão, sou optimista! Bom motivo eu vejo, mesmo nessa carestia! Exsiste inflação? Sobe todo dia o preço da comida? Ah, bem me exquivo! Me viro! Sou bastante creativo! Si falta bacon, minha theoria é simples: de banana as cascas ia jogar no lixo? Nunca! Sou é vivo! As cascas, dependendo do que faço com ellas, frictas podem ser, Glaucão!

Serão tiras de bacon, quando são salgadas, ao tempero dando espaço!

Você nunca provou? Jamais excasso será tal alimento! Tambem não estão em falta, podem ser ração, das fructas ja chupadas, o bagaço!

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