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JOIAS DE FAMILIA [6828]
from LYRA PURA
Aquella solteirona foi da avó a netta predilecta. Não é bella nem faz questão de ser, da parentela, querida. Rabugenta, vive só.
A avó, por sua vez, não tinha dó das filhas nem das nettas. Dizem della que, extremamente chata, só naquella nettinha achar podia seu xodó.
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A velha ja morreu, mas a nettinha, agora assaz madura, não se cansa, vaidosa, de exhibir uma alliança herdada da vovó, que valor tinha. Com todos fora a velha tão mesquinha! Com uma só pessoa quiz ser mansa... Por que será? Mais longe quem alcança apponcta, a cada agulha, sua linha.
LEGITIMA VICTIMA [4111]
“Não, Junior, por favor!”, a mãe supplica. Por lei, ella não pode nem a voz erguer para a creança, como nós sabemos, e o menino arteiro fica.
A louça quebra toda, alem da rica garrafa de crystal e, logo appós, inventa diabrura mais atroz, capaz de até chocar a dona Chica. Trepando na cadeira, faz o gatto entrar no microondas! Fica vendo passar na “tela”, ao vivo, o assassinato! Quem é que impedirá mais esse addendo?
Qual lei contemplar pode infantil acto?
Não ouse a mãe punil-o pelo horrendo folguedo, que elle grita: {Agora eu macto você! Quer me batter? Eu me defendo!}