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DISSONNETTO PARA UM FILHO DESOBEDIENTE [2650]

Maria, latta d’agua na cabeça, o morro vae subindo e nem se cansa. Levando, pela mão, uma creança, la vae a mãe. E, caso o filho cresça, difficil é que à mãe elle obedesça. Ao baile funk irá. Quando não dansa, “indola” a droga, pesa na ballança, emballa. E mette balla em quem meresça. Maria não queria um filho assim. Queria que o moleque, la na feira, vendesse só laranja. Honesto, emfim. Sem vicio que durasse a vida inteira. No maximo, um só pó: pirlimpimpim. Mas elle ganhou grana de quem cheira e viu que era mais facil o dindim. Trocou pelo trocado a brincadeira.

DISSONNETTO DO CRIME FAMELICO [1594]

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A camera indiscreta e patrulheira que ha no supermercado photographa os passos do moleque que se exgueira por entre as pratteleiras e as “abbafa”.

O joven ladrãozinho faz a feira: biscoitos, doces, ballas… A garrafa de whisky não lhe excappa à mão certeira!

Minutos mais, e o joven ja se sapha! Detido na sahida, foi levado ao proximo districto. Ha quem confisque aquillo que roubou. É o delegado, que indaga: {Si é por fome, por que whisky?}

O cynico ladrão nem titubeia, sciente de seu risco, caso pisque. Sabendo que não fica na cadeia, responde: “Só por pão, tem quem se arrisque?”

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