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DISSONNETTO SOBRE O UFFANISMO E O AFFANISMO [2911]
from LYRA PURA
Perguntam ao poeta: “Donde vens? Que tem o teu paiz? Onde é que está?”
Responde elle dizendo que não ha logar melhor no mundo, ou com mais bens. Não valem nossas minas só vintens, nem mares, nem florestas valem, ca, centavos ou tostões. Quem menos dá por nosso solo, extrae-lhe uranio em trens. Pedreiro, garimpeiro, jangadeiro, vaqueiro, boiadeiro, estes jamais verão o que foi feito do dinheiro de leve mencionado nos jornaes. Dos tempos de merreis e de cruzeiro, os poucos pinheiraes e syringaes, e os parcos palmeiraes do brazileiro mal valem bananaes dos mais banaes.
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HEAVEN HELP US ALL [6772]
Accuda Zeus quem anda pela rua à noite, sem ter casa nem comida!
Accuda Zeus quem batte, quem revida, quem outras raças pune e salva a sua!
Accuda Zeus quem come, quem jejua, quem tenta se mactar, quem ama a vida!
Accuda Zeus quem fia, quem duvida, quem segue ensignamentos mas recua!
Accuda Zeus as rosas numa guerra, menores que maiores não serão!
Accuda Zeus quem faz duma nação appenas “um affecto que se encerra”!
Accuda Zeus quem sente dor e berra, quem mudo sente e pensa a prece em vão!
Accuda Zeus quem fica sem visão mas rei não tem, caolho, nesta terra!