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VALLE DE LAGRYMAS [4465]
from LYRA PURA
O dicto diz que, para morrer, basta estar vivo. Verdade. Mas tambem é facil de occorrer o azar, alem da morte… e, de desgraça, a lista é vasta. Queimar a mão é simples, mas contrasta curar a queimadura: a gente tem que olhar para a folhinha. Caso alguem o braço quebre, tempo maior gasta. É sempre assim: na hora da desgraça, as coisas accontescem num instante, um olho, que Satan pisca, perante. Na cura, não: o tempo nunca passa. Malefica, a tendencia triumphante caminha sempre à frente, feito caça que excappa ao caçador. Que ninguem faça idéa de que a guarda o anjo garante!
LAMPEJO QUE REENSEJA [5532]
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Fallei, ja, deste caso. O passageiro dum omnibus, do lado da janella sentado, num instante nota aquella calçada, aquella casa, aquelle cheiro. Ja para traz ficou a scena. Inteiro, aquelle filme volta e se revela presente no passado. Grava a tela o poncto em que correu tudo, ligeiro. Aquillo teve curta duração.
Que extranha sensação! Não morou la, jamais passou alli, mas impressão de estar revisitando, o olhar lhe dá.
Commenta com alguem, que lhe diz: “Não ha duvida! A alma é lucida! Quem ja não viu aquillo noutra encarnação? A scena, certamente, voltará!”