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MISCELLANEA DA PASSAGEM [6012]
from LYRA PURA
Na Terra a gente passa. Alguem se salva? Pensando no Neil Diamond, tambem faço a minha lista branca neste espaço. Mas fica a Terra, fica a Estrella d’Alva. Lamarca, Lampeão, Senna, Tancredo, Chacrinha, Tiradentes, Golbery, Golias, Calabar, Noel, Loredo, Dolores, Irman Dulce, Hebe, Dercy, Millor, Filinto Müller, Azevedo, Elis, Nara, Raul, Satan, Fleury, Getulio, Janio, Plinio, Figueiredo, Garrincha, Ary, Vavá, Jobim, Didi, Cazuza, Padim Ciço… cada, a dedo listado, de passagem por aqui, seu prazo consummou, mais tarde ou cedo. Inglorio ou não, meu tempo não perdi.
TERRITORIO TRANSITORIO [4454]
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Si longa for demais a minha estrada, talvez nem haja tempo de voltar. Si houver, voltar aonde? A qual logar pertenço? Algo acharei, voltando, ou nada? Na duvida, prosigo. Penso, a cada momento, si na vida vou deixar alguma coisa prompta e, quando o par de botas pendurar, si a coisa aggrada. A vida passa rapido! Me enganno achando que algum plano poderia bollar, pois muda tudo, ao fim dum anno, e exquesço de fazer o que fazia. Ephemero demais é o ser humano. Melhor, mesmo, é prever uma utopia mensal, ou semanal, cumprindo um plano a cada minutinho do meu dia.
MEMENTO HOMO [6422]
Aqui, quer ser um homem capitão. Alli, quer ser um homem general. Alem, quer ser um homem, affinal, o rei no seu castello, uma ambição. Diz Loudon, bardo folk, esse que não é muito conhescido, mas é tal qual Dylan, que nós somos, em geral, fragillimos. Pouquissimos não são. Mas quer um capitão ver seu navio singrar, inabballavel, na tormenta. Quer ver um general, na violenta battalha, que jamais perdeu o brio. Si estou no meu castello, sim, confio que esteja, aqui, seguro. Mas quem tenta ser rei um dia passa dos septenta, oitenta… Ja tem medo. Sente frio.