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MANIFESTO SEXORALISTA (1/2) [7973]

(1)

{Sei por experiencia propria, cego: um pau os travestis chupam melhor que muita mulher! Numa festa ja flertei com um bonito -- ou mais bonita que muitas putas, Glauco! Sussurrei em seu ouvido: “E então? Quer me chupar com essa bocca linda que me excita?” Nós fomos ao banheiro. Ahi tirei p’ra fora a rolla. Aquella gatta fez na vida a chupetinha mais gostosa que tive! Percebi, cego: uma puta não chupa assim tão bem, tão delicada nos labios e na lingua! Se empenhava bastante na cabeça, até que, emfim, na hora de gozar, me punhetou de leve com a bocca. Ah! Que deleite! A porra foi todinha para dentro daquella gargantinha! Arrancou minhas golfadas sem perder nenhuma gotta! Assim é que se faz! Não como as putas, que não se especializam em tirar a porra dum caralho numa bronha buccal tão bem battida, cego! Ou não?

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Você não sente inveja dum traveco?

Queria no logar della ficar?

Que gloria para um cego chupador, não acha? Performar com sua bocca aquillo que faria com a mão alguem que se punheta, não é facto?}

(2)

-- Razão, caro Diego, não lhe nego, pois desses argumentos sei de cor. Esposas, namoradas, não está ninguem de fora nessa. A favorita chupeta, quem faz mesmo, alem do gay, é a mais transsexual, essa exemplar mulher que ja foi homem. Quem imita, usando a propria bocca, como usei, aquillo que sentiu alguma vez no pau, quando chupado, melhor dosa os toques labiaes, linguaes -- labuta que puta alguma nunca fará, nada egual, jamais, ainda que de escrava se faça. Nada novo, para mim. Ao cego, ja faz parte de seu show mostrar-se efficiente. Que approveite quem delle se servir! Eu me concentro e faço meu melhor, não nestas linhas, appenas, mas tambem na mais escrota das practicas buccaes, sob ordens brutas, bebendo mijo, ouvindo o mais vulgar e chulo commentario, sem vergonha nenhuma, adjoelhado pelo chão.

Inveja sinto, claro, mas eu secco, tal como o travesti, meu paladar curtindo, o doce semen de sabor salgado, amargo, ou acre. Jamais oca a bocca dum ceguinho fica, tão fatal a vocação que tem ao acto.

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