Roberto
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oberto Proença de Macêdo, 70, natural de Fortaleza, engenheiro mecânico (UFC), é presidente da J.Macêdo Comércio Administração e Participação, membro do Conselho de Administração da J.Macêdo S/A, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, vice-presidente da Conferência Nacional da Indústria - CNI, ex-representante do empresariado brasileiro na Organização Internacional do Trabalho – OIT, membro do conselho do Sebrae-CE, membro do Conselho da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE, e membro do Fórum Nacional da Indústria da CNI. Integra, dentre outros, o conselho da The Nature Conservancy do Brasil (TNC), é membro dos conselhos Nacional e Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga e do Conselho Universitário da Universidade de Fortaleza (Unifor). Participa também como conselheiro-colaborador da Fazenda da Esperança, foi presidente e é membro do Conselho da Associação Caatinga.
Esta coletânea de artigos elaborados por Roberto Macedo ao longo dos últimos anos mostra-o de corpo inteiro, na sua grandeza como empresário e como cidadão, preocupado com o aperfeiçoamento da sociedade em que vive. Sua leitura vai enriquecer a todos, pois suas lições e recomendações são inestimáveis notadamente para os jovens que estão iniciando suas atividades e muitos se tornarão empresários na sua verdadeira acepção da palavra. / Antonio Delfim Netto
9 788575 296189
Macedo
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Indústria e Cidadania na integração local-global
A
chei que poderia ser útil reunir esses textos em capítulos por afinidades temáticas e publicá-los em um livro que coloco à disposição de quem tenha interesse pelos assuntos sobre os quais escrevi. Pesou também para essa decisão a compreensão que tenho de que a rapidez, a intensidade e a complexidade das transformações que estão ocorrendo no mundo impõem cada vez mais a necessidade de intercambiarmos pensamentos e práticas na busca de convergências sobre aonde queremos chegar e de aprimoramento do que precisamos fazer nessa caminhada. Espero, com a publicação desse livro, estar dando uma contribuição nesse sentido. / Roberto Macedo
Made in
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Organização Flávio Paiva / João de Paula Monteiro Projeto Gráfico e Capa Geraldo Jesuino Editoração Eletrônica Virna Jesuino Foto do Autor Giovanni Santos Ilustração da Capa Aldemir Martins [Acrílica sobre tela, 1998. Acervo do Grupo J. Macêdo]
Roberto Macedo
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Indústria e cidadania na interação local-global
FORTALEZA 2014
Copyright © 2014 by Roberto Macedo
Fundação Demócrito Rocha Presidente João Dummar Neto Diretor Geral Marcos Tardin Edições Demócrito Rocha (EDR) (marca registrada da Fundação Demócrito Rocha) Editora Executiva Regina Ribeiro Editor Adjunto Raymundo Netto Gerente de Produção Sérgio Falcão Editor de Design Amaurício Cortez Catalogação na Fonte Kelly Pereira
M151m
Macedo, Roberto Made in Ceará: indústria e cidadania na interação local-global / Roberto Macedo. – Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014. 632p.; 15,0 x 22,5 cm. Prefácio: Antônio Delfim Netto ISBN 978-85-7529-618-9 1. Artigo – Opinião 2. Ceará – Desenvolvimento I. Macedo, Roberto. II. Título CDU 82-94(813.1)
Agradecimentos
Este livro é fruto de muitos fatores que mudaram a
minha vida por oito anos, de 2006 a 2014. São muitas as pessoas a quem devo agradecimentos pelo que me ajudaram durante esta jornada. Começo pelos meus amigos Assis Machado, Pedro Philomeno e Demócrito Dummar, meu irmão Amarílio e meu Pai José Macêdo, que muito me pressionaram para aceitar a indicação do meu nome para candidatar-me à presidência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) com a missão de promover sua reunificação.
À Tânia, minha amada esposa, grande mãe, amiga e companheira há mais de meio século, pela compreensão das minhas ausências constantes; aos meus filhos, filhas, noras e genros, pela generosidade com que acataram a redução do nosso tempo de convivência, e, aos meus netos e netas, cujo afeto não me faltou, mesmo eu não tendo podido acompanhar tão de perto como gostaria seus crescimentos e desenvolvimento. Aos familiares acionistas, conselheiros, dirigentes e colaboradores do Grupo J. Macêdo, pela aceitação da minha
dedicação ao novo papel que passei a desempenhar, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento empresarial do nosso Estado e do País. Aos colegas de diretoria nos dois mandatos que exerci na Federação das Indústrias, às lideranças dos sindicatos filiados e a todos os que compõem o corpo funcional do Sistema FIEC. Sou também grato aos presidentes Armando Monteiro e Robson Andrade e todos os que integram a CNI, instituição maior de representação do setor industrial brasileiro. À amiga Luciana Dummar, que me convocou para escrever um artigo mensal na página de Opinião do seu jornal O POVO, canal de comunicação mais amplo, que me possibilitou compartilhar minhas reflexões com seus leitores e que gerou parte significativa dos textos desta coletânea. Agradeço igualmente à Luciana pela receptividade demonstrada à minha ideia de publicar este livro nas Edições Demócrito Rocha. A sugestão, insistência e capacidade de convencimento do Flávio Paiva e do João de Paula dobraram a minha resistência em publicar este livro. Aos dois, faço um agradecimento muito especial pelas centenas de horas que investimos juntos desenvolvendo e registrando ideias, princípios, conceitos e posicionamentos que eu ia formulando, com os alcances e limites determinados pela visão pública inerente ao cargo de presidente da FIEC. Destaco o agradecimento ao meu Pai, José Macêdo, já com 95 anos, pelos ensinamentos que embasam a minha formação e pelos seus exemplos de honestidade, simplicidade, verdade e valorização das pessoas e das essências ao invés das aparências.
Por fim, agradeço a Deus, sentindo que fui ouvido na minha prece feita publicamente ao discursar na posse de cada um dos mandatos frente à FIEC: “Que eu conheça, que eu entenda e que eu faça o que Tu queres”. Prece esta, que me foi ensinada pelo saudoso amigo padre Fred Solón.
Prefácio Antonio Delfim Netto
Causa imensa satisfação quando um livro desta natu-
reza chega às nossas mãos, com o privilegio de ser escolhido para elaborar o seu prefácio, o que faço muito honrado e com grande emoção. As experiências acumuladas por um eficiente empresário como Roberto Macêdo que herdou todas as qualidades do seu pai, o Senador José Dias Macêdo e acrescentou às suas, mostram a importância da contribuição do setor privado ao desenvolvimento brasileiro, além de sua contribuição pessoal para a sociedade em que está inserido. A persistente pregação de suas convicções permite uma significativa descentralização das melhorias que estavam concentradas no país e contribui para a integração nacional. Hoje, Estados como o Ceará e a região nordestina, criam mais empregos e oportunidades que as tradicionais metrópoles brasileiras que sofrem com os exageros de suas escalas e seus problemas. Empresários como Roberto Macêdo acompanham tudo que acontece no mundo globalizado e no Brasil, inclusive
seus avanços tecnológicos. Com suas preciosas vivências das empresas onde estão integrados com os seus colaboradores, têm a visão mais clara de tudo que pode ser aperfeiçoado, maior que muitas autoridades ou acadêmicos. São legítimos representantes do Brasil real onde se realiza a produção com eficiência e humanidade, e que permitem a melhoria do bem estar de toda a população brasileira. São eles que detectam as oportunidades que se apresentam e ousam aproveitá-las com o espírito animal que possuem como bons empresários. Apontam que mecanismos como as Zonas Especiais de Exportação precisam ser intensificados para manter a nossa competitividade com relação ao resto do mundo que os adotam. Nos diálogos com as autoridades são eles os professores do que precisa ser melhorado, com coragem para apontar as dificuldades desnecessárias ainda existentes, apoiados moralmente nas suas duras experiências. Com visões de longo prazo sabem que nas economias as flutuações são naturais, e que os investimentos demandam tempo para maturar. Sabem das potencialidades do mercado interno brasileiro, mas estão conscientes que fazemos parte do mundo e devemos expandir as nossas exportações de forma competitiva, até para a sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro ao longo do tempo. E que o setor industrial brasileiro necessita inovar continuamente, inclusive nos seus processos de gestão para continuar criando empregos de qualidade. Sabem das condições brasileiras, mas que podemos aprender muito com a experiência dos outros, notadamente os países emergentes que procuram conquistar seu espaço no mundo.
O autor tem clara consciência da importância do meio ambiente e de tudo que esteja ligado a ele para preservação da sustentabilidade. Destaca a importância das entidades de classe que desempenham um papel fundamental na economia brasileira. Mas, também a relevância do empresário como cidadão contribuindo para a consolidação de uma sociedade mais justa, desenvolvida e democrática. Não se pode continuar a esperar que o governo faça tudo. Ele está agigantado e com baixa eficiência. Logo, a própria sociedade precisa exercer o seu papel no que lhe é possível. Ele chama a atenção para o fato de muitas funções que no passado eram do Estado e hoje podem ser exercidas com maior eficiência pelo setor privado. Como a falta de transparência pode deixar espaço para indesejáveis privilégios é que se torna indispensável o aperfeiçoamento da governança. Por ser pragmático o autor sugere que a atuação dos empresários comece localmente pelas cidades onde vivem, resolvendo seus problemas, e depois da região em que estão inseridos. Os cearenses deram exemplos, inclusive nas adversidades das secas, ajudando a estender as fronteiras brasileiras até os confins da Amazônia. Os empresários têm também responsabilidades sociais que devem complementar sua eficiência econômica. Esta coletânea de artigos elaborados por Roberto Macêdo ao longo dos últimos anos mostra-o de corpo inteiro, na sua grandeza como empresário e como cidadão, preocupado com o aperfeiçoamento da sociedade em que vive. Sua leitura vai enriquecer a todos, pois suas lições e recomenda-
ções são inestimáveis notadamente para os jovens que estão iniciando suas atividades e muitos se tornarão empresários na sua verdadeira acepção da palavra. São Paulo, 2014.
Introdução
Durante os oito anos em que presidi a Federação das
Indústrias do Estado Ceará (FIEC), procurei me disciplinar
para registrar ideias que me surgiam sobre o que precisávamos fazer e ao mesmo tempo relatar e refletir sobre o que ia sendo feito. As experiências que ocorreram neste período me despertaram também para escrever sobre conexões entre a vida empresarial e seus vínculos com a política, a sociedade e a esfera pessoal. Os escritos resultantes desse exercício foram publicados preponderantemente na Revista da FIEC e na página de Opinião do jornal O POVO, do Ceará. Com a aproximação do fim da minha gestão (2007 – 2014) à frente da FIEC, ao rever esses artigos com o propósito de avaliar a consistência entre o que se planejou e o que efetivamente foi realizado, descobri vários nexos entre seus conteúdos, que não se revelavam facilmente na leitura individualizada com periodicidade mensal. Percebi também a diferença que se pode notar sobre o que se diz de algo em uma determinada circunstância e o que isto significa
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Made in Ceará
quando decantado pelo tempo e colocado em seus diversos encadeamentos. Ao fazer estas constatações achei que poderia ser útil reunir esses textos em capítulos por afinidades temáticas e publicá-los em um livro que coloco à disposição de quem tenha interesse pelos assuntos sobre os quais escrevi. Pesou também para essa decisão a compreensão que tenho de que a rapidez, a intensidade e a complexidade das transformações que estão ocorrendo no mundo impõem cada vez mais a necessidade de intercambiarmos pensamentos e práticas na busca de convergências sobre aonde queremos chegar e de aprimoramento do que precisamos fazer nessa caminhada. Espero, com a publicação desse livro, estar dando uma contribuição nesse sentido. Tomada a decisão de publicar o Made in Ceará não tive muitas dúvidas sobre quem procurar para prefaciá-lo. O nome do professor Delfim Netto surgiu com naturalidade, por entender que este respeitado intérprete da vida econômica e política brasileiras, conhecido por suas abordagens perspicazes sobre a inserção soberana do Brasil na dinâmica global, certamente colocaria um valioso olhar externo sobre o que escrevi, por conta do seu vasto conhecimento e comprovada experiência nas relações do Brasil consigo e com o mundo, acumulados em sua vida acadêmica, parlamentar e em três ministérios da República. Nas páginas seguintes o leitor vai encontrar anotações que revelam o meu olhar sobre os temas que mais mexeram comigo nesses anos. Verá o quanto é forte o meu sonho de alcançarmos um padrão de competitividade mundial em
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nossa indústria e a minha crença de que isso só será possível mediante uma profunda mudança cultural para a inovação e se nós empresários desempenharmos o papel de protagonistas do desenvolvimento. Perceberá, além disso, que, mesmo havendo ainda muito a fazer, já demos alguns passos nesta direção, com a identificação de ecossistemas de inovação no Ceará e o lançamento das primeiras bases para a criação de uma cultura de cooperação entre governos, academia e indústria. Uma outra dimensão que muito valorizo nesses escritos é a correta postura na relação capital-trabalho, acreditando que o empregador e o empregado têm muitos interesses em comum, cuja valorização fortalece as duas partes, as empresas, o nosso Estado e o País. O desenvolvimento equilibrado do Brasil, do Nordeste e do Ceará é objeto recorrente de minhas atenções. A confiança no potencial de crescimento do nosso país, respeitando o meio ambiente, por meio da construção de uma economia verde, é outro ponto frequente neste livro. Da mesma forma, é muito presente aqui a questão das reformas necessárias para destravar o país que, para mim, precisam inevitavelmente ser precedidas pela Reforma Política. Em função disso, tenho defendido a necessidade de um posicionamento consciente em favor do voto de qualidade para expurgar da vida pública os políticos traidores da política. Dos assuntos tratados neste espaço, um dos que mais requereu minha dedicação foi o do associativismo. Tendo encontrado nossa Federação dividida em correntes antagônicas, com baixa representatividade e com muitos entraves burocráticos, nossa Diretoria empenhou-se desde o começo
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do primeiro mandato em direcionar ações para a construção de uma entidade “ágil, sem os vícios paralisantes da burocracia, dotada de recursos para fins bem definidos e capaz de liderar uma política de desenvolvimento para a nossa economia”, como escrevi em maio de 2008 na mensagem da presidência, intitulada “Um sistema para a competitividade industrial”, publicada na Revista da FIEC (Capítulo 6). A característica de máquina pesada é uma realidade crônica na administração de nossas entidades classistas em nível nacional. Em que pese os êxitos obtidos na eliminação de privilégios funcionais, no fortalecimento associativo, na democratização do processo eleitoral da nossa Federação, com a introdução do voto direto do empresário, o problema da estrutura inchada ainda levará tempo para ser completamente solucionado. Nesse sentido, fizemos um diagnóstico da situação, tomamos várias medidas simplificadoras e estamos deixando uma série de proposições para a continuidade do processo de sua adequação organizacional às finalidades da nossa entidade. O leitor poderá constatar na leitura deste livro que, para solucionarmos esse problema estrutural, optamos por criar um centro de gravidade embasado no aumento da competitividade da nossa indústria, sempre em linha com os planos e diretrizes de longo prazo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apostando que a dinâmica dessa força atuaria de fora para dentro, induzindo, consequentemente, as mudanças internas requeridas. Por outro lado, as concepções que desenvolvemos para intensificar o alinhamento da FIEC com os nossos 39 sindicatos e para fortalecer os víncu-
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los destes com seus associados – formuladas em um decálogo que denominei de Governança Sindical (Capítulo 6), – desempenharam também um papel de grande relevância como estímulo à melhoria da gestão da nossa entidade. Embora as atividades como presidente da FIEC, somadas às minhas obrigações de acionista e dirigente do Grupo J. Macêdo, exercessem uma forte pressão na minha agenda de assuntos empresariais, sempre dei um jeito de encontrar algum tempo para escrever sobre algumas coisas que valorizo pessoalmente como partes indispensáveis a um sentido de vida integrada e harmônica. Assim, nas páginas deste livro, encontram-se também manifestações de valores e crenças do cotidiano, relativos à vida familiar, à espiritualidade, ao sentido de justiça e à importância de um judiciário acreditado, ao direito das pessoas a terem um lugar onde possam viver bem, enfim, a uma cidadania de corresponsabilidades. O pensamento orientado para o aproveitamento das oportunidades globais das vocações locais levou-me a encontrar no título da mensagem da presidência, publicada na Revista FIEC de outubro de 2010, o nome Made in Ceará para este livro (Capítulo 4), que traduzisse sua ideia central. No primeiro momento fiquei em dúvida se ele seria apropriado, porque não gosto muito de misturar palavras de outro idioma com o nosso, mas dada a força simbólica que essa expressão adquiriu como marca de lugares que produzem coisas para o mundo, decidi-me por adotá-la. Afinal, a minha gestão empenhou-se fortemente em defender a posição de que a indústria do Ceará é capaz de fabricar produtos que possam competir com outros de qualquer lugar do mundo.
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Esta convicção levou-me a optar por um livro todo feito no Ceará, desde o projeto gráfico do professor Geraldo Jesuino à publicação pelas Edições Demócrito Rocha, que se comprometeu a imprimi-lo em gráfica cearense. A escolha da imagem da capa recaiu sobre uma das cinco obras pintadas em 1998, com exclusividade, pelo artista plástico Aldemir Martins (1922 – 2006), cearense de renome internacional, e que foram aplicadas em um projeto de embalagens da nossa indústria Hidracor, revestindo as tintas líquidas da nossa empresa com a beleza e a magia da arte Made in Ceará.
Capítulo UM
Sumário
Pensar localmente, agir globalmente Pensar localmente e agir globalmente 27/ Cultura para o desenvolvimento 31/ Inovação e valorização dos nossos talentos 35/ Uma agenda positiva de todos nós 39/ Estaleiro: uma necessidade estratégica 43/ A união do Nordeste 47/ Nordeste unido 51/ A refinaria está chegando 55/ Acelerar em 2012 59/ Pecém: uma nova fronteira do Ceará 63/ Instrumentos de desenvolvimento 67/ Desafios do Pacto pelo Pecém 71/ A fragilidade da falta de união 75/ O Nordeste no Brasil e no Mundo 79/ Cearenses para o Ceará 83/ O Nordeste e um Brasil desenvolvidos 87/ Inovação e desenvolvimento regional 91/ Prospecção do futuro 95
Capítulo DOIS
Círculos viciosos que travam o desenvolvimento
Capítulo TRÊS
Serenidade nas turbulências
Desenvolvimento nacional só com equilíbrio regional 101/ Dólar baixo: é preciso reagir 105/ Na “Contramão da História” 109/ A reforma tributária que precisamos 113/ Por um Congresso à altura do Brasil 117/ Na contramão do desenvolvimento 121/ Mais emprego é com crescimento 125/ Pré-Sal para todos os brasileiros 129/ Destravar o FNE 133/ O Brasil que queremos ser 137/ Retorno da CPMF é retrocesso 141/ Precariedade das BRs trava o desenvolvimento 145/ A energia na redução do custo Brasil 149/O alcance social e econômico da energia 153/ Novo imposto 157/ Redenção hídrica 161
Os desafios de 2008 167/ Vamos realizar nosso sonho 171/ Serenidade diante da crise 175/ 2009, o ano da superação 181/ A coragem de ser otimista 185/ Hora de arregaçar as mangas 189/ Resposta da indústria à crise 193/ Tire o “S” da crise e CRIE 199/ Hora de ser proativo 203/ Novo motor da economia mundial 207/
Capítulo QUATRO
Protagonismo e competitividade
Capítulo CINCO
Inovação e cooperação
Um novo patamar industrial 213/ Vamos além de Portugal 217/ Agenda a partir do 4º ENAI 221/ O Guia Industrial nos 60 anos da FIEC 225/ Made in Ceará 229/ Agenda para a competitividade 233/ Fornecedores de excelência 237/ Hora de exportar para a China 241/ Exemplos da China 245/ A indústria em padrão mundial 249/ Medidas contra a desindustrialização 253/ Agenda de protagonismo no 6º ENAI 257/ Todo dia é dia da indústria 261/ Rumo a um novo patamar industrial 265/ 7º ENAI – Convergência pela competitividade 269/ Produtividade, inovação e indústria do futuro 273/ Saudação à mulher empresária 277/ Um novo patamar produtivo 281/ Futuros possíveis 285/ Protagonismo em primeiro plano 289/ Por uma nova atitude empresarial 293
Universidade, empresa e sociedade 299/ Com o olhar no futuro 303/ Inovar na gestão 307/ A inovação e a relação empresas + instituições de ciência e tecnologia 311/ Demandas desafiadoras 315/ Academia e indústria em Israel 319/ Inovação em Israel 323/ Ecossistema de inovação 327/ Inovação e valorização dos nossos talentos 331/ A terceira revolução industrial 335/ A inovação na prática 339/ O ecossistema produtivo do Ceará 343/ A Inovação Aberta 347/ Conexão mundial para a inovação 351/ Os desafios do SENAI-CE aos 70 anos 355
Capítulo SEIS
Associativismo e representatividade
Capítulo SETE
Inquietação cidadã
Um exemplo de Vitória 361/ A união faz a força 365/ Fortalecimento associativo 369/ Planejamento integrado 373/ Governança Sindical 377/ Momento de decisão 381/ Um Sistema para a competitividade industrial 385/ Avanços na Governança 389/ Mudança de mentalidade 393/ Redução de jornada só por negociação 397/ A FIEC em dia com o seu tempo 401/ A FIEC aos 60 anos 405/ Fortalecimento sindical para a democracia 409/ Democratização da FIEC 413/ Vitória dos industriais 417/ Pilares para o mandato 2010-2014 421/ Revitalização da indústria 425/ Competitividade com sustentabilidade 429
Liderança cidadã 435/ Força solidária 439/ Desafios para 2010 445/ Reação à insegurança 447/ O voto em candidatos com 3Cs 451/ Para vencer a dengue 455/ Mobilização contra a dengue 459/ Um basta na corrupção 463/ Sociedade e política 467/ Indústria e cidadania 471/ O novo jogo da política 475/ Anonimato e democracia 479/ Impunidade: começo do fim? 483/ Em clima de guerra 487/ Copa do Mundo e Eleições 491/ Torcedores anfitriões 495
Capítulo OITO Capítulo NOVE Capítulo DEZ
Cuidar da cidade Qualidade da gestão municipal 501/ “Fortaleza em Projeto” 505/ Diálogo para a mobilidade urbana 509/ Oportunidades da Copa 2014 513/ Direito à acessibilidade 517/ Ação integrada contra o tráfico 521/ Lembretes aos candidatos 525/ A responsabilidade intransferível 529/ Fortaleza e a nova indústria 533/ Cidade e cidadania 537/ Cuidar da cidade 541/ Memória dinâmica da indústria 545
Relação com a natureza DNA ambiental 551/ Ecocidadania 555/ Recuperação da Caatinga 559/ A Reserva Serra das Almas 563/ Propriedade como patrimônio natural 567/ A Associação Caatinga e o gol do tatu bola 575/ A caatinga e suas riquezas 571/ A vida, a água e o meio ambiente 579
Valores no cotidiano Valores no cotidiano 585/ Família Esperança 589/ Esperança contra as drogas 593/ A indústria da paz 597/ O aniversariante do Natal 601/ Expectativas sobre o novo papa 605/ Alcançar cumes 609/ Paul McCartney 613/ 52 anos de namoro 617/ Rosier, um escultor de sonhos 621/ A Igreja do papa Francisco 625
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Esta coletânea de artigos elaborados por Roberto Macedo ao longo dos últimos anos mostra-o de corpo inteiro, na sua grandeza como empresário e como cidadão, preocupado com o aperfeiçoamento da sociedade em que vive. Sua leitura vai enriquecer a todos, pois suas lições e recomendações são inestimáveis notadamente para os jovens que estão iniciando suas atividades e muitos se tornarão empresários na sua verdadeira acepção da palavra. / Antonio Delfim Netto
9 788575 296189
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Indústria e Cidadania na integração local-global
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chei que poderia ser útil reunir esses textos em capítulos por afinidades temáticas e publicá-los em um livro que coloco à disposição de quem tenha interesse pelos assuntos sobre os quais escrevi. Pesou também para essa decisão a compreensão que tenho de que a rapidez, a intensidade e a complexidade das transformações que estão ocorrendo no mundo impõem cada vez mais a necessidade de intercambiarmos pensamentos e práticas na busca de convergências sobre aonde queremos chegar e de aprimoramento do que precisamos fazer nessa caminhada. Espero, com a publicação desse livro, estar dando uma contribuição nesse sentido. / Roberto Macedo