O Passarinho Carrancudo

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Horácio Dídimo

Ilustrações Daniel Diaz

Foi no céu azul da literatura infantil que o Passarinho Carrancudo aprendeu a voar. Antes ele morava numa construção poética, feita de chuva e tijolo. E agora se preparem, caros leitores, pois lá se vem ele novamente.



Horácio Dídimo

Ilustrações Daniel Diaz

Fortaleza 2003


Copyright©2003 by Edições Demócrito Rocha

Direção Executiva Albanisa Lúcia Dummar Pontes Coordenação Editorial Walter Coe Conselho Editorial Edgar Linhares, Fabiano dos Santos, Horácio Dídimo e Luiza de Teodoro Supervisão Gráfica Roberto Santos Projeto Gráfico e Ilustrações Daniel Diaz Digitação Gutemberg Figueredo Tratamento de Imagens Freitas Filho Revisão Vessillo Monte, Manoel Macêdo e Edísio Fernandes Catalogação na fonte Rodrigo Leite

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

D556p

Dídimo, Horácio. O passarinho carrancudo / Horácio Dídimo; ilustrações Daniel Diaz. − Fortaleza : Edições Demócrito Rocha, 2003. 28p. : il. color. (Coleção mestre jabuti) ISBN 85-7529-164-5 1. Literatura para crianças. 2. Poesia. I. Título. CDU 82-93:82-1

EDIÇÕES DEMÓCRITO ROCHA Av. Aguanambi, 282 - Joaquim Távora - Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará Tel.: (85) 255.6176 - 255.6256 - Fax (85) 255.6276 E-mail: edr@fdr.com.br - www.fdr.com.br


Para os meus netos Carla, Gisele Cristina, Paulo Dídimo Filho, Thales Dídimo, Ana Paula, Jamile Cristina, Jonas Dídimo e as gêmeas Gianna e Liana.



O Passarinho Carrancudo Literatura Infantil1 Foi no céu azul da Literatura Infantil que o Passarinho Carrancudo aprendeu a voar. Antes ele morava numa construção poética, feita de chuva e tijolo2. No dia em que os sismógrafos cismaram e a terra chegou a tremer, ele se deu conta de que não sabia navegar. Foi quando ouviu falar na existência de um reino, onde ele certamente poderia construir o seu ninho nos ramos da Videira3. E lá se foi o Passarinho Carrancudo para o Reino da Literatura Infantil. Lá aprendeu a voar, a cantar4 e a refletir sobre a Poesia5. Levou consigo os amigos mais próximos: o Anãozinho TantoFez, o Afinador de Palavras e o Sapãozinho Cantor, o Tigre-deBengala, o Leão-de-Peruca, o Bicho Pernas-Pra-Que-Te-Quero, o Dragãozinho Tra-La-Li e a Tartaruga-Que-Não-Sabia-Dizer-Adeus. Lá todos eles aprenderam que a asa é azul, verde é a verdade, o tempo é cinza, é cinza, é cinza , e suave é o amor. Horácio Dídimo


Notas: 1

DÍDIMO, Horácio. O passarinho carrancudo. Fortaleza: Imprensa Universitária, 1980. Capa, projeto gráfico e ilustrações (animação) de Geraldo Jesuíno. 2. ed. 1983. 2 ______. A palavra e a palavra. Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto,

1980. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 1984 (sob o título Amor - palavra que muda de cor). 3. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2002. 3 Cf. Os sismógrafos quando cismam a terra chega a tremer. In: A palavra e a

palavra. 3. ed. p. 158. 4 Cf.

______. O canto do passarinho carrancudo. Partituras de Elvira Drummond. Revista de Letras, Fortaleza, v. 14, 1989, p.227. Cf. ______. O canto do passarinho carrancudo. In: ______. Historinhas cascudas. ilustrações de Inácio C. Braúna. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. p. 14-15. 5 Cf. ______. Poesia e literatura infantil: reflexões de um passarinho carran-

cudo. Revista de Letras, Fortaleza. Universidade Federal do Ceará, v.4-5, 1981-1982,


Sumário Apresentação a asa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 a discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 a galinha e o grão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 a palavra chave. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 a tartaruga que não sabia dizer adeus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 as maravilhas da natureza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 de repente as folhas verdes e as árvores tranqüilas . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 o afinador de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 o anãozinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 o bicho feio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 o dragão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 o labirinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 o momento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 o passarinho carrancudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 o pássaro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 o rei não-francisco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 o relógio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 o sol existe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 os gigantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 quem vem lá? quem vem lá? — perguntou o porteiro . . . . . . . . . . . . . . 27 Sobre os Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28


a asa a asa é azul verde é a verdade o tempo é cinza é cinza é cinza suave é o amor

8


a discussão o violino diz que sim e o violão diz que não e o poeta faz dó ré mi fá sol lá si com as suas palavrinhas 9


Horácio Dídimo

Ilustrações Daniel Diaz

Foi no céu azul da literatura infantil que o Passarinho Carrancudo aprendeu a voar. Antes ele morava numa construção poética, feita de chuva e tijolo. E agora se preparem, caros leitores, pois lá se vem ele novamente.


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