Edições do Gosto | 15 | novembro • dezembro 2014 | Bimestral | 2€ (CONT.)
a revista que apetece
NATAL
Estrela
Receitas tradicionais e novas formas de surpreender a família!
aS delíCiaS da Serra
na cozinha com
VANDA MIRANDA
INCLUI o lement
sup
MAKRO
e ainda... O Menu dO Chefe VítOr SObral À MeSa COM Claudia SeMedO
ROVANIEMI O PAI NATAL MORA AQUI
SUMÁRIO 04 SUMÁRIO 04
10 38
Festas felizes
26
30 40
sumário 15 | novembro • dezembro | 2014
10 16 26 30 34 38 40 42
16
44 É Natal! É Natal!
46
MENU DO CHEFE Vítor Sobral
TEMA PRINCIPAL
Natal
À MESA COM
Cláudia Semedo
PRODUTO ESPECIAL
Kiwi
MERCADO
Mercado do Livramento, Setúbal
CARRINHO DE COMPRAS
Festas felizes
AO VIRAR DA ESQUINA Xocoa
O DOCE NUNCA AMARGOU
Natal diferente... mas delicioso
INDESPENSÁVEL
“Restos” de Natal
VERY IMPORTANT KITCHEN Vanda Miranda
# 15 novembro . dezembro ‘14
05 SUMÁRIO
46 54
60
70
Vanda Miranda A voz de todas as manhãs
52 54 56 60 66 68 70 74 76 78 80
BEBIDAS
Bebidas de... Natal
LÁ FORA
38
Rovaniemi, a terra do Pai Natal
CÁ DENTRO
Serra da Estrela
ESTADO LÍQUIDO
Quinta do Pessegueiro
MARMITA
Wrap & Arroz
ORIGEM VEGETAL
Refeição completa
O QUE É O COMER?!
Pequeno Natal...
UMA QUESTÃO DE GOSTO
Para que servem os livros? Por Duarte Calvão
IDEIAS COM SABOR
Doces com alma
CRÍTICA DE RESTAURANTE
Qosqo
QUEREMOS
índice de receitas
guisadinho de 45 Bacalhau sobre s grão com coentro couve lombarda e s ina lâm s, rde ve s 45 Salada de folha secos de borrego e frutos los me gu co 50 Risotto de Baby t gh Ni t gh Ni la 52 Vanil cenoura 53 Zacapa Toddy da Esquina lhau 15 Farófias da Tasca 66 Wrap de baca lombarda e ovo e uv co de grelos u, so lha mo ca 17 Ba 67 Arroz cre sto de salsa pe de ine gu 18 Filetes de polvo 68 Lin los gre e as 19 Polvo, batat as e nozes borrego, marinad m compota 20 Costoletas de 69 Pão indiano co nova salteada a tat ba o da Ilha m, eij cri qu e ale com de abóbora ate-cereja a e tomate seco tat ba de a com chalotas e tom lad 69 Sa o ijã ue caril 21 Tarte de req com maionese de vermelhos me tos cre 22 Leite 70 Coroa de fru mboesas s fra da de na o, ba lad Ra 23 71 Bolo ge çã ma m co i 31 Doce de kiw e mascarpone ma 31 Salada de muxa i com queijo e kiw de kiwi ido ert inv lo Bo 32 especiarias de 42 Crème brûlée ma ge 43 Torrão de lima 44 Cheesecake de
assada, cabeça 12 Sopa de maçã de xara e pejo lhau, ovo 13 Lombo de baca fre escalfado e espina via, laranja e eró ch iz, rn do Co 14
06 EDITORIAL
COLABORADORES
CONHEÇA OS COLABORADORES DESTA EDIÇÃO
Rita Cupido, diretora
editorial
LUÍS RODRIGUES
DUARTE CALVÃO
PAULO RUSSELL-PINTO
Restaurante Grei
Turismo de Lisboa
Crítico Gastronómico
MARIA JOÃO DE ALMEIDA
JOSÉ CORDEIRO
VIRGÍLIO GOMES
Restaurante Chefe Cordeiro
Gastrónomo
LEONOR DE SOUSA BASTOS
MARGARIDA MAGALHÃES
Momentos quentes e felizes é o que procuramos nesta época de festividades. Quando reunimos a família mais alargada, é normal que se juntem as tradições de vários pontos do País (e até de além-fronteiras). Como escolher ou uma coroa de frutos vermelhos? Não escolha, aventure-se e encha a casa com todos os aromas e a mesa com as sugestões dos nossos chefes. Para quem procura um destino para usar aqueles últimos dias de férias, preparámos dois roteiros de neve. (Re)descubra a de Rovaniemi, onde o Natal é tema todo o ano. Vanda Miranda, voz e cara da rádio Comercial, cozinhou para nós e falou-nos da sua paixão tardia pela cozinha. Agora que terá José Avillez como colega das manhãs da rádio, o céu é o limite. Descubra as sugestões de presentes que reunimos para lhe facilitar a tarefa de estar a par das tendências. Ofereça um livro, um acessório, ou um curso de cozinha e vinhos. Há sugestões para todos. Para nós, o melhor presente é tê-lo desse lado.
Vinho.Tv
Um feliz Natal e um fantástico ano de 2015!
Edições do Gosto
2014 | Bimestral | 15 | novembro • dezembro
| 2€ (CONT.)
DAVE PALETHORPE
a revista que apetece
Cinco Lounge
Cooking & Margarida
NATAL
la tre EsDELÍ CIAS
ais Receitas tradicion e novas formas ília! de surpreender a fam
AS DA SERRA
na cozinha com
VANDA MIRANDA
COMER 15 CLUI
IN ento suplem
O MAKR
e ainda... O MENU DO CHEFE VÍTOR SOBRAL À MESA COM CLAUDIA SEMEDO
ROVANIEMI AQUI O PAI NATAL MORA
# 15 novembro . dezembro ‘14
ISABEL ZIBAIA RAFAEL CincoQuartosDeLaranja.com
VÍTOR SOBRAL
Tasca da Esquina
09 07 MIGALHAS
ABSOLUTAMENTE WARHOL A marca de vodka sueca Absolut decidiu replicar uma obra de arte como decoração da sua mais recente garrafa. A obra pertence a Andy Warhol e foi criada originalmente em 1986, impulsionando o movimento artístico da Pop Art. Se deseja ter a sua própria obra de arte em casa saiba que irão ser distribuidas 4 milhões de garrafas em todo o mundo. Para mais informação aceda a www.absolut.com.
makro de parabél ndessde 1989
Portuga Presente em lhadas pelo país, acaba s espa ia. e com 10 loja meio século de existênc u r ço ra de comemo ão especial a marca lan si , a c rnacionais Para esta o produtos inte uma série de s, promovendo também rteio rry, vouchers e so grupo Metro Cash & Ca O s. e diversas açõ m site com uma série eo criou u trevistas ond n e e s o h n u bre de testem saber mais so cliente pode te si da ao a marca. Ace etro.com m rs a www.50ye
MODA NA SOBRE(MESA) “Fashion Pastry by...” é o titulo que dá nome ao projeto do Restaurante Astória, situado no coração do Porto, que conta já com três edições na sua história. Esta iniciativa tem como objetivo criar um prato onde se junte o melhor da moda e da gastronomia. Por isso mesmo, a edição deste ano tem como convidado o experiente designer português Luís Buchinho. “Sem Título” é o nome da sobremesa criada em conjunto com o chefe Pedro Sequeira que se encontra disponível até 31 de janeiro de 2015. Para reservas contate 220 035 600.
SAGRES REFORÇA PORTUGALIDADE A Cerveja Sagres, em parceria com a conceituada artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos, acaba de lançar no mercado nacional uma coleção limitada e exclusiva de latas Sagres com ilustrações representativas das obras de Joana Vasconcelos e que simbolizam as dez regiões do nosso País. Trás-os-Montes e Alto Douro, Entre Douro e Minho, Beira Interior, Beira Litoral, Estremadura e Ribatejo, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores são as regiões representadas nas latas de 33 cl e que estão disponíveis nas grandes superfícies, nos restaurantes, bares e cafés. Ao todo foram lançadas cerca de 2,5 milhões de latas. «Portugal é uma fonte privilegiada de inspiração para o meu trabalho, e foi com muito gosto associada às regiões de Portugal», sublinhou Joana Vasconcelos. comer a revista que apetece
08 PARA LER
Livros para todos! PARA OS “PETISQUEIROS”
AMANTES DE VIAGENS “Papa-Quilómetros Europa - Amor e uma autocaravana” do chefe Ljubomir Stanisic – O chefe jugoslavo está de volta com o seu terceiro livro que combina 30 receitas provenientes de 12 países europeus, com crónicas escritas por Mónica Franco. O livro relata a viagem do chefe em família numa autocaravana pela Europa. Perfeito para quem gosta de combinar gastronomia e aventura. Disponível com o pvp de 18,90€.
DECORAÇÃO DE BOLOS “Açúcar em Flor” de Clara Pedro – Dominar a arte de criar flores e folhas em pasta de açucar é o desafio lançado pela autora, mestre em decoração de bolos pela Escola Wilton e formadora na Escola Profissional de Decoração Artística de Bolos Isto Faz-se. O livro pretende ser um guia completo, desde a escolha dos materiais necessários às técnicas de execução passo a passo. Disponível com o pvp de 21,95€.
ENTUSIASTAS DE VINHO
“Guia de Enoturismo em Portugal” de Maria João de Almeida – este livro é um guia essencial para quem quer desfrutar do melhor que o país tem para oferecer. O guia apresenta os melhores vinhos, seleccionados pela enóloga portuguesa, numa viagem pelas diversas regiões portuguesas. Assim como sugere uma selecção dos melhores restaurantes e hotéis para desfrutar com um copo de bom vinho na mão. Disponível com o pvp de 18,00€. # 15 novembro . dezembro ‘14
GULOSOS E APAIXONADOS “Doces da Nossa Vida” de Virgílio Nogueira Gomes – Uma homenagem às gerações de mulheres doceiras do nosso país pelo nosso colaborador Virgílio Nogueira Gomes, Investigador em História da Alimentação e professor de Gastronomia, Cultura e História da Alimentação. As origens e a história por detrás das receitas e dos doces que povoam as nossas mesas. Disponível com o pvp de 18,50€. Usufrua do cupão de desconto para este livro no final da revista!
09 09 MIGALHAS
MARAGOGYPE NESPRESSO estão de volta! Desta vez a marca apresenta “Especial Reserve Maragogype”, uma edição limitada feita com um grão de café raro, momentos únicos aos amantes de café, a Nespresso apresenta também a coleção “Reveal Collection”, um conjunto de dois copos exclusivos ao nível do café que os acompanha. Estas novidades já se encontram disponíveis para adquirir em qualquer loja Nespresso. Para mais informações aceda em www.nestle-nespresso.com
CHIADO RECEBE KOOK
10 MENU DO CHEFE
VÍTOR SOBRAL Chefe português de renome, é reconhecido dentro e fora deste nosso retângulo à beira-mar. Vítor Sobral tem, nos genes, o desejo de abarcar o mundo: «A ideia de que porque sou português sou pequenino sempre me irritou. Eu sou do tamanho dos outros…». Este desejo não faz, no entanto, produtos portugueses são a nossa maior riqueza». Com uma paixão pelo Brasil, onde se desloca regularmente há mais de 15 anos, Vítor Sobral inaugurou, em 2011, a Tasca da Esquina de São Paulo, levando Portugal à mesa do país irmão (além de ter presença, também, em Angola e, claro, Lisboa e Porto). A lista de colaborações - cursos onde é formador, restaurantes por onde passou, consultorias que prestou, livros editados (o mais recente por como outras atividades que levou a cabo - é de tal forma extensa que não teríamos espaço nesta edição para mais que não fosse o rico currículo do chefe e empresário. Sobressai, entre tantas outras distinções, o facto de ser comendador da Ordem do Infante D. Henrique desde março de 2006. Num país onde, por vezes, o reconhecimento tarda, é de louvar. huMbertO MOuCO
MENU DO CHEFE
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12 MENU DO CHEFE
Sopa de maçã assada, cabeça de xara e poejo Ingredientes
Preparação
10 pessoas Sopa 10 maçãs reinetas 2 cebolas em gomos 2 alhos em metades 200 g alho-francês 5 bagos pimenta-da-Jamaica Azeite virgem extra, água, sal marinho q.b.
Xara 1 kg faceira porco 1 cebola 1 c. chá cravinho 2 folhas louro 2 dl vinho branco Sal marinho, poejo e pimenta de moinho q.b.
Descaroçar as maçãs reinetas. Colocar num tabuleiro de forno com azeite, sal e pimenta-da-Jamaica moída. Levar ao forno a assar a 180 ºC aproximadamente durante 15 minutos. À parte, preparar um fundo com cebola, alho e alho-francês. Juntar a maçã assada, cobrir com água, tapar e deixar ferver lentamente durante 10 minutos. Findo esse tempo, triturar a faceira com sal, cravinho moído em pó e louro, durante duas horas no mínimo. Num tacho com água ao lume, juntar a cebola e o vinho branco. cozida. Retirar a carne, picar em pedaços pequenos e perfumar com pejos e pimenta preta de moinho. Enrolar a carne em película mantendo a forma de um cilindro bem prensado. Reservar no frio. Laminar a xara, colocar em prato de sopa, perfumar com poejo e servir a sopa sobre a mesma.
15 13 MENU MENU DO DO CHEFE CHEFE
Lombo de bacalhau,
ovo escalfado e espinafre Ingredientes 10 pessoas 2,5 kg lombo de bacalhau demolhado 5 dentes alho laminado
5 dl azeite virgem extra 1dl vinagre de vinho branco 5 folhas louro 1 c. sopa pimenta preta em grão
Preparação Num tabuleiro de forno colocar os alhos, as especiarias, o vinagre e metade do azeite. Levar ao forno a 150ºc durante 10 minutos aproximadamente. Colocar os lombos de bacalhau num tabuleiro, temperar com o restante azeite, cobrir e levar ao forno a 150ºc durante 15 minutos aproximadamente Acompanhe com esparregado, ovo escalvado e decore com cebola frita.
14 16 MENU MENU DO D0 CHEFE
Pode confecionar-se com qua lquer corte do borrego. Depende do gosto pessoa l.
Codorniz, cheróvia, laranja e cenoura Ingredientes 10 pessoas Codorniz 30 peitos codorniz 2 dentes alho em metades 1dl vinho branco 5 folhas louro Vinagre de vinho branco, sal marinho, pimenta preta q.b. Puré 1 kg xeróvia 200 g alho francês
2 dl água Azeite virgem extra, sal marinho q.b. Pickles 200 g cenoura laminada 2 dl vinagre 1 dl vinho branco 1 c. sopa açúcar 1 c. sopa sal marinho 1 c. sopa mostarda em grão 1 estrela de anis 1 ramo erva-príncipe 5 laranjas em gomos Salsa picada q.b.
Preparação Colocar os peitos de codorniz a marinar com os restantes ingredientes durante 20 minutos. Para o puré, colocar todos os ingredientes num tacho ao
pickles, misturar bem a cenoura com o sal, numa tigela, e deixar repousar durante 20 minutos. Colocar os restantes ingredientes num tacho ao lume. Deixar ferver durante 2 minutos. Juntar a cenoura e retirar do lume. Corar os peitos de codorniz em azeite quente, do lado da pele, até Guarnecer com o puré de cheróvia, os pickles de cenoura, laranja degomada e perfumar com salsa.
17 15 MENU DO CHEFE
Farófias da Tasca da Esquina Ingredientes 10 pessoas
taSCa da eSquina
8 ovos 7 dl leite Zeste de 1 limão 1 pau canela 3 favas tonka 1 c. sopa farinha Maizena 120 g açúcar
Preparação Aquecer o leite até começar a produzir vapor. Bater as claras em castelo com um pouco de sal e açúcar. Com a ajuda de uma colher de gelado, fazer pequenas bolas de clara e colocar a cozer no leite com o tacho tapado, em lume baixo, durante 1 minuto. Retirar a clara cozida e reservar. Juntar ao leite a fava tonka, canela, zeste de limão e ferver. Diluir a farinha Maizena num pouco de leite frio, coar o leite de cozer as claras e misturar os dois preparados. Levar ao lume a cozer a farinha, juntar às gemas e terminar com açúcar. Colocar o preparado no sifão, carregar com gás e reservar no frio. No momento de servir, colocar a bola de claras no fundo de um prato, preencher com espuma de leite creme e polvilhar com canela e açúcar.
16 18
Volta a Portugal, em redor das mesas de Natal Chegada a quadra natalícia, cada região de Portugal tem as suas próprias tradições de Natal, sobretudo a nível gastronómico. Para nos ajudarem a descodificar os vários “natais” portugueses, convidámos seis chefes, oriundos de seis regiões diferentes, para partilharem as suas memórias e tradições natalícias, à mesa e em família. bárbara SilVa |
N
luíS rOdriGueS |
huMbertO MOuCO
atal «é quando um homem quiser», já dizia o poeta Ary dos Santos e cantava Paulo de Carvalho. A verdade é que o Natal combina na perfeição com o mês de dezembro, com o frio e o inverno acabado de chegar, com as comidas reconfortantes que nos aquecem a alma e o coração, e com as recordações de infância que guardamos num lugar especial da memória. As tradições que guardamos como típicas desta quadra festiva dependem muito de onde nascemos e fomos criados. Apesar de traços comuns, basta viajarmos um pouco por todo o país, de norte a sul e até às ilhas, para percebemos como é vivido de formas tão diferentes, tanto a nível cultural como gastronómico. E para nos ajudarem a descodificar os vários Natais portugueses, convidámos seis chefes para partilharem as suas memórias e tradições natalícias. «Neste nosso pequeno país, o Natal é sinónimo de uma extensa montra de iguarias, sabores e aromas de uma festividade que nos é tão querida», explica Inês Diniz. Entre todos os cheiros e paladares ligados ao Natal, «há um que associo logo, que é o sabor e o aroma da canela», revela a chefe do restaurante Casa Inês, em pleno bairro de Campanhã, no Porto. Tal como a cozinha que gere todos os dias é inspirada em memórias pessoais e familiares, tal como na região nortenha de onde é natural, Inês Diniz guarda dos Natais da sua infância «memórias de grande expectativa pela chegada da noite de Consoada, o momento mais ansiado» e outras tradições culturais, tais como as decorações alusivas à época e a presença na Missa do Galo. «Na parte gastronómica, recordo com saudade o bacalhau cozido, toda a variedade de doçarias e, acima de tudo, todos os aromas que invadiam a casa», revela a chefe.
Para o presente importou as tradições natalícias da infância, «sempre com sabores que nos transportam à época». Na sua noite de Consoada não pode faltar o bacalhau cozido, enquanto no almoço do dia de Natal o astro é o cabrito assado. Já no que toca a doçaria, as rabanadas, a aletria, o pudim de ovos e os sonhos são indispensáveis, garante, sublinhando: «Para mim, a verdadeira estrela gastronómica do Natal, e que não pode faltar, sem margem para dúvidas, é o bacalhau cozido». O “fiel amigo” e “rei do Natal” um pouco por todo o país ganha vida na cozinha de Inês Diniz durante todo o ano sob a forma de bacalhau assado no forno ou à Gomes de Sá, entre outras especialidades típicas da região. No litoral-norte de Portugal, entre Douro e Minho, a Consoada é assim protagonizada pelo bacalhau e pelo polvo, normalmente servidos simples e cozidos com batatas e couve portuguesa. Bebe-se ainda vinho quente com mel e pau de canela até ao final da noite. No dia de Natal, é tradição fazer-se a “roupa velha” (as sobras do jantar da Consoada, bem regadas com azeite e fritas em alho), que faz companhia ao cabrito assado, e comem-se frutos secos (amêndoas, avelãs, figos e passas), rabanadas e bolinhos de bolina. No jantar de dia 25 de dezembro há ainda espaço para peru assado com creme de castanhas, seguido de mexidos de leite ou aletria. No capítulo da doçaria natalícia há ainda espaço para os formigos (iguaria típica com vinho do Porto, água, pão, casca de limão, pau de canela, mel, pinhões e nozes) rabanadas douradas, sonhos e leite-creme. Igualmente a norte, mas mais no interior, em Trás-os-Montes e Alto Douro, os pratos natalícios são mais robustos, mas também se opta pelo bacalhau e pelo polvo cozido na véspera, acompanhados de migas doces e filhós de jerimú (abóbora-menina) à sobremesa. o
FOTOS dr
TEMA PRINCIPAL
Natal
19 17 TEMA TEMA PRINCIPAL PRINCIPAL
Bacalhau,
couve lombarda e ovo Ingredientes 170 g bacalhau 2 dentes alho 1 folha louro Sal e pimenta q.b. Couve lombarda, ovo cozido e grão-de-bico q.b.
Preparação Num tacho com água, adicionar um pouco de sal, pimenta, os dentes de alho e a folha de louro. Quando ferver adicionar o bacalhau e cozer (sete minutos). O bacalhau deve acompanhar com os sabores tradicionais de natal: grão-de-bico cozido, folhas de couve lombarda e ovo cozido. Na travessa dispor as couves, o grão e o ovo
18 20 TEMA PRINCIPAL PRINCIPAL TEMA
Filetes de polvo Ingredientes Sobras de polvo (de um jantar natalício) Farinha e ovo q.b.
Preparação Como é normal, a comida pode sobrar nesta época natalícia. Se for esse o caso com o prato de polvo, pode sempre aproveitar da seguinte forma: Cortar o polvo em lâminas e passar por farinha e ovo e fritar. Poderá ser uma boa entrada mas, se assim, o desejar poderá acompanhar com um arroz cremoso de tomate e passará a ser um bom almoço ou jantar.
A Consoada é também enriquecida com filetes de polvo com arroz de polvo, bolinhos de bacalhau, bacalhau com grelos e sopa de grãode-bico com massa e couve. No almoço de Natal predominam sobretudo as carnes: começa-se por uma canja rústica e depois
da Capela, na Quinta das Lágrimas, diz que tenta recriar a gastronomia tradicional «mantendo a salvaguarda dos seus sabores naturais e únicos, transmitidos de forma familiar». Oriundo de uma família de agricultores, o chefe lembra que os Natais se
serve-se um assado que pode ser de peru, leitão, borrego ou porco. A nível cultural, em Bragança celebram-se as Festas dos Rapazes (“caretos”), que se iniciam no Natal e se prolongam até ao Dia de Reis, a 6 de janeiro, uma tradição antiga que alia o sagrado ao profano na quadra natalícia. Na região da Guarda é típica a sopa de Natal, consistente e rica, na qual abundam ingredientes como o feijão-vermelho, o bacalhau, o pão, a couve e os ovos, e o “magusto da velha” no dia 26 de dezembro, com mais de 150 quilos de castanhas assadas. Viajando para as Beiras, o bacalhau cozido com batatas e couves continua a ser o protagonista da Consoada, seguido de rabanadas, sonhos e filhoses. Para o dia de Natal, escolhe-se o cabrito assado no forno e ainda o bolo torto (confecionado com a massa das filhós) ou as filhós de joelho (tendidas no joelho, o que lhes confere uma forma peculiar). Desta região são também tradicionais os “madeiros”, grandes fogueiras acendidas nas praças principais ou no adro da igreja na véspera de Natal, que permanecem acesas durante vários dias. No centro do país, em Coimbra, Albano Lourenço, chefe do Arcadas
diferenciavam de acordo com o ano agrícola. A Consoada era cedo, com caldeirada de bacalhau e filhoses de abóbora. No sapatinho havia prendas e rebuçados. «Lembro-me de ser um jantar diferente, da interação entre todos, da Missa do Galo, das peças teatrais e das broas de frutos secos», conta Albano Lourenço, que continua hoje a celebrar e a festejar o Natal da mesma forma. «O dia 25 de dezembro é sempre em casa dos meus pais com chanfana, caldeirada de enguias ou leitão assado», conta. Para o chefe, o Natal é sinónimo de «inverno, família, partilha, fogueira, chuva, bons cogumelos, trufa preta, grelos da Gândara, frutos secos, rabanadas, bacalhau, filhoses e chocolate». Abóbora, canela, mel, passas, assados, arroz doce, fritos, são os sabores e paladares que mais associa ao Natal. Quanto ao bacalhau, «diria com convicção que não pode mesmo faltar». Apesar de avisar desde logo que é de Lisboa e, por isso, não tem grandes tradições de Natal, o chefe Henrique Sá Pessoa, do restaurante Alma, também não hesita em nomear o bacalhau cozido como o sinónimo de Natal, a nível gastronómico. o
21 19 TEMA TEMA PRINCIPAL PRINCIPAL
Polvo, batatas e grelos Ingredientes
Preparação
1 polvo com cerca de 4 kg 2 paus de canela 2 anis estrelado 2 cebolas roxas ½ litro de vinho tinto Grelos e batata assada q.b.
Num tacho dispor o polvo com o pau de canela, o anis, as cebolas cortadas ao meio e o vinho. Cobrir o polvo com água, até dois dedos acima, e cozer. Quando cozido deve retirar e deixar arrefecer. Cortar nas porções desejadas. Antes de servir numa frigideira com um pouco de azeite e 2 dentes de alho saltear para que ganhe mais sabor. Deverá ser acompanhado com grelos salteados e batata assada no forno. Ao dispor na travessa, adicione folhas de coentros e azeite.
oé O polv ça n e s pre nas assídua Norte o d mesas país. do
24 20 TEMA PRINCIPAL
Costeletas de borrego marinadas com alecrim, batata nova salteada com chalotas e tomate-cereja Ingredientes Para as costeletas 180 g costeletas de borrego 5 g alecrim 10 g azeite 10 g vinho branco 2 dentes alho Sal e pimenta q.b.
Para a batata nova 6 batatas primor (previamente cozidas) 6 tomates-cereja 4 chalotas 4 cogumelos marron 10 g manteiga 5 g salsa Sal e pimenta q.b.
Preparação Para as costeletas: Marinar as costeletas com os ingredientes um dia antes de usar. Numa frigideira bem quente, fazer as costeletas com um pouco de azeite (guardar os sucos da marinada). Quando estiverem prontas, retirar da frigideira e colocar no seu lugar os líquidos da marinada. Deixar ferver e, na hora de servir, dispor por cima das costeletas. Para a batata nova: Numa frigideira, dispor a manteiga. Quando derretida, adicionar as chalotas, a batata, o tomate-cereja e os
Numa travessa dispor as batatas, por cima as costeletas e,
Somam-se outras tradições culinárias, como o peru assado e «as filhoses da minha avó», revela. «As maiores memórias que tenho do Natal passam por estar com a minha família, que é bastante numerosa, e conviver com os meus primos. Em pequeno fazíamos normalmente
(doce semelhante às azevias), as broas de milho, as rabanadas e as filhós servem para adoçar a boca. Na região, o litão (peixe da família do tubarão e típico do Algarve), continua a fazer as delícias de muitas famílias na noite da Consoada, em alternativa ao bacalhau. No dia 26
um teatro para os nossos pais e tios e era sempre super divertido», lembra. Hoje continua a passar o Natal com a família e cada um contribui com alguma especialidade gastronómica. «Não somos excessivamente tradicionalistas. Vamos variando nas receitas, mas o bacalhau e o peru estão lá. A mousse de chocolate da minha tia e o bolo de noz do meu pai também não podem faltar», explica Sá Pessoa. Mais a sul, no Alentejo e no Algarve, o Natal assume diferentes tradições históricas e culturais, com repercussões à mesa. Apesar de antigamente a Consoada ser enriquecida com um galo, hoje predomina o bacalhau, seguido pelos tradicionais doces alentejanos de Natal, tais como as azevias de grão ou batata-doce. No dia de Natal temos os pratos de peru, recheado ou servido com enchidos alentejanos e mais doces como coscorões ou carolo (doce feito com bolinhas à base de massa de pão, canela e açúcar, que são cozinhadas no forno e servidas polvilhadas de açúcar). No Algarve mantém-se a tradição do galo à Consoada, que compete com o baca-lhau pelo lugar à mesa da Consoada, enquanto no almoço de Natal se come peru recheado, assado no forno. As empanadilhas
de dezembro come-se o galo de cabidela e na zona da serra algarvia são as papas de milho (xerém) a fazer as honras da casa, com carne da matança do porco, sardinhas fritas ou amêijoas. «Foram poucos os Natais que passei na região dos meus pais, que é o Algarve, mas o que mais me marcou foi a forma simples e um pouco austera de celebrar o Natal», conta o chefe Bertílio Gomes, do restaurante Chapitô à Mesa (Lisboa), acrescentando: «Recordo-me que não existia árvore de Natal nem Pai Natal, os símbolos eram outros. Havia um menino Jesus, as searas de trigo que se fazia germinar para decorar e os postais de Natal recebidos de familiares e amigos eram expostos em redor de tudo isto, tudo iluminado por velas. Na gastronomia recordo-me dos fritos de Natal e da sua preparação durante a noite de Consoada.» Ainda hoje, Bertílio Gomes jura a pés juntos que «o Natal não tem o mesmo sabor se não comer umas boas azevias de grão ou batata-doce”, tradicionais do Sul de Portugal. Na sua mesa brilham os mesmos símbolos gastronómicos que a maioria dos portugueses: o bolo-rei, o bacalhau com couves, as filhoses, azevias e sonhos. o
25 21 TEMA PRINCIPAL
Use sco o f re e u req ijãlha ou da e de ov a Estrela. Serra dor é mais O sab enso. int
Tarte de requeijão Ingredientes
Preparação
350 g requeijão de ovelha 70 g natas 3 ovos 125 g açúcar Casca ralada de 1 limão 250 g massa de quebrar
Numa taça juntar todos os ingredientes e misturar. Numa forma de tarte dispor a base da massa de quebrar. Colocar o aparelho do queijo e levar ao forno a 160 ºC durante 30 minutos. Antes de servir, polvilhar com canela.
26 22 TEMA PRINCIPAL
Leite creme Ingredientes 1 L leite 8 gemas 200 g açúcar 1 pau canela 1 casca laranja 30 g farinha Maizena
Preparação Ferver o leite com o pau de canela e a casca de laranja. Bater as gemas com o açúcar e a farinha Maizena. Adicionar o leite e levar ao lume para cozer, mexendo sem parar.
«O Natal é uma época festiva marcada pelo convívio familiar, que obviamente tem a mesa como ponto de encontro», sublinha Bertílio Gomes. Nesta viagem pelas diferentes tradições regionais natalícias ficam apenas a faltar as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, que pela sua insularidade se distinguem desde logo das outras regiões continentais quando o assunto é Natal. Orgulhoso em relatar ao pormenor o natal na sua terra natal, o madeirense Raul Ferreira, chefe executivo do hotel Madeira Regency Palace, garante que na pérola do Atlântico o bacalhau perde a batalha para as espetadas típicas e para a carne vinha d’alhos, ex-libris da região. «As memórias de Natal que guardo da minha infância são as da matança do porco, e de todo o ritual de desmancho e armazenamento da mesma carne. Cozer o sangue temperado com sal, pimenta, alho, salsa picada, e depois fazer sandes e distribuir pelos convidados, ao mesmo tempo que se faziam os torresmos», relata Raul Ferreira, sem esquecer que à meia-noite de 24 de dezembro é tradição beber chocolate quente, comer sandes de frango, queijo e canja de galinha caseira, com a família. O que não pode mesmo faltar no Natal madeirense, diz o chefe, é a carne vinha d’alhos, em pão caseiro frito, acompanhada de batata bolota assada e arroz branco de segurelha, uma iguaria que
começa a ser preparada logo no dia 23, com o tempero da carne de porco com vinha de alhos, vinho branco, vinagre, sal, alho, segurelha (“parente” do tomilho), pimenta da terra, louro, para marinar durante 24 horas. Depois de cozer a carne no próprio molho da marinada, há que escorrer, salteá-la numa frigideira em banha de porco, cortar fatias de pão caseiro, ensopar no molho e fritar na frigideira onde é feita a carne. Além disso, na Madeira come-se ainda carne de vaca assada no forno ou estufada na panela, acompanhada de batata bolota assada no forno com alho, louro, ervas aromáticas, serve-se canja de galinha à meia-noite e amassa-se pão caseiro com batata-doce. Como sobremesa brilha o bolo madeira quente, o bolo de família, bolo de mel, broas de mel e ainda biscoitos de mel. Destaque também para os licores caseiros, para as sobremesas (pudins de maracujá, de anona ou de ovos) e para os presépios a imitar as serras da Madeira (“rochinhas”). Tradições que o chefe quer passar ao filho, «para que as tradições da terra não se percam e se mantenham de geração em geração». Tal como a Madeira, os Açores são também um pouco diferentes nesta altura do ano, com a galinha a ser o prato de eleição, quer em canjas, guisados ou assados, principalmente na Consoada. Outras carnes, como a de porco e de vaca, também têm o seu lugaro
25 23 TEMA PRINCIPAL
Rabanadas Ingredientes
Preparação
12 fatias pão de véspera 5 dl leite 350 g açúcar 1 pau de canela Raspa 1 laranja 4 ovos Canela em pó e açúcar em pó q.b.
Levar o leite a ferver com a laranja e o açúcar. Bater os ovos. Juntar a canela em pó com o açúcar em pó. Quando o leite ferver, deixar arrefecer. Passar o pão primeiro pelo leite e, depois, pelos ovos. Fritar e, antes de servir, passar pela mistura de canela e açúcar.
o ser Poderã de uma s comida imples ou s a m r fo as por a n h ad acomp lado (como um ge unilha) ou o de ba ce de vinho i um cálo Porto. d
26 24 TEMA PRINCIPAL
COMER BEM OU BEM COMER? Por Virgílio Nogueiro Gomes, Gastrónomo
Natal O Natal é, seguramente, a festa que mais variedade de
para o hotel, pois não se pode improvisar a reproduzir tradições que não se conhecem. Apenas quatro hóspedes jantaram no hotel… Eu, longe da obrigação do bacalhau, e não temendo as consequências do pecado, jantei um cabrito bem à moda local. Regressado a Portugal não abdiquei da doçaria que é, para mim, o que mais representa o Natal. Noutros tempos, também nós transformámos os hábitos nos locais que íamos descobrindo e, por vezes, fundimos a nossa tradição com a de outros povos. Isto Em todas as artes, e mais incisivamente nas artes culinárias. Nada de grave, portanto, a invasão de outras tradições, ou de outros produtos, no nosso país. O importante é não deixarmos perder as nossas tradições. Ou, antes que acabe a sua prática alargada, se façam os registos para entender a evolução do gosto. Espero que as atuais tradições não se percam enquanto eu andar por cá. Por isso, experimentemos as coisas novas sem deixar perder as nossas raízes. Se uns produtos vão desaparecendo, outros reaparecem sob novas formas e de mais fácil consumo. E o importante é fazer a festa. Pelo menos nesta época pratiquemos as ações de partilha neste mundo perturbado. Bom Natal e Bom Ano de 2015.
reStaurante Grei
nas mesas de Natal neste arquipélago. Para adoçar surgem os licores e sobremesas como rabanadas, arroz doce ou variados bolos secos. A tradição manda que cada família faça o seu próprio licor em casa e é costume visitar os vizinhos e provar as diferentes bebidas. O chefe açoriano Paulo Mota explica que se trata de ir beber uma “miguinha”. «As minhas memórias de infância do Natal são da família reunida à volta da mesa, o cheiro da criptoméria [árvore típica dos Açores] picada e usada para cobrir o chão da cozinha, a árvore de natal decorada com tangerinas e os postais de natal que os imigrantes mandavam com alguns dólares para ajudar na festa», relembra Paulo Mota. Na Consoada, a Missa do Galo seguia-se ao jantar composto pela galinha mais gorda do galinheiro, assada com recheio dos miúdos, e os licores caseiros (tangerina, ananás, licor de leite). «Temos também uma tradição de nos dias de festa que é ir à casa dos amigos beber um “miguinha”, para provar os licores caseiros», revela. No Natal açoriano não falta também o bacalhau cozido com todos, o polvo assado, o capão, o peru assado, o arroz doce, os figos e nozes, e os licores caseiros, exclusivos da época natalícia. Como se vê, Portugal é um país pequeno ao nível do território, mas um gigante na variedade gastronómica. Bom Natal.
independentemente da formação ou prática religiosa, mais pessoas aglomera em atitudes conviviais. Transformou-se na grande festa anual da família. Curiosamente na Madeira quando se referem à “Festa”, é a festa do Natal que invocam por ser, verdadeiramente, a grande ocasião, ou porque reunir a família é o grande evento da união das pessoas que têm laços familiares. Não quero criticar (antes pelo contrário) que o comércio aproveite esta oportunidade para efetuar mais vendas e encerrar o ano com mais faturação. Fazem eles bem e, com as novas técnicas de vendas e publicidade, deixam-nos perplexos tal a variedade da oferta. Mas, nesta transformação das festividades natalícias, cada vez menos religiosas e mais profanas, não se perdeu ainda a tradição da vingança na gulodice. Hoje em dia o Natal celebra-se em todo o mundo, mesmo nos países sem a força do catolicismo. Lembro-me de um episódio que comigo aconteceu, há vários anos, em Marrocos. O hotel no qual estava alojado decide fazer um jantar natalício à moda europeia, atendendo
28 26 À MESA COM
CLÁUDIA SEMEDO É adepta de uma alimentação saudável e dá preferência a produtos biológicos e pratos confecionados com tempo e amor. Cláudia Semedo tem na gastronomia japonesa uma das suas paixões e o restaurante Tomo, em Algés, o seu eleito para degustar o melhor sushi e sashimi de Lisboa. . bárbara SilVa |
huMbertO MOuCO
29 27 À MESA COM
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a avó Em minha casa sempre se comeu muito bem. A minha mãe e a minh da possível. são cozinheiras excelentes e a gastronomia sempre foi o mais varia
"
o
comer a revista que apetece
28 28 À MESA COM
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Adoro sashimi mas sou muito entar democrática. Gosto de experim coisas diferentes.
A mulher dos “sete ofícios Semedo Após duas horas de conversa, Cláudia urante resta no os zinh pau os pousa finalmente próximo o para ir segu de es Ant Tomo, em Algés. a aind tem atriz a nal, ssio compromisso profi a que fãs, ns algu com as tempo para fotografi o para os Plan . ecrã eno reconhecem do pequ prefere futuro? Cláudia Semedo sorri e diz que um com se faza edid desp A viver o presente. pai! Kan . sake de gole brinde e mais um # 15 novembro . dezembro ‘14
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30 30 PRODUTO ESPECIAL
KIWI
SarO O frutO que teM nOMe de PáS
Campeão da vitamina C, da Ásia para os nossos pratos, o kiwi estabeleceu-se em Portugal em 1973. E nunca mais nos abandonou, para nosso bem. iSabel Zibaia rafael
consistência cremosa, com um sabor doce e ligeiramente ácido, que nos faz lembrar os morangos ou o ananás e que torna este fruto muito
como escolher e guardar
é ao natural, descascado e fatiado ou, então, cortado ao meio e a polpa removida com uma colher, que faz as delícias de quem o aprecia. Os kiwis mais comuns são da espécie Actinidia Deliciosa. No entanto, entre as espécies consumidas destaca-se a Actinidia Chinensis, onde se inclui o kiwi de polpa amarela (variedade Gold), que surgiu em 1992. Esta espécie tem um sabor mais doce e é mais aromática, a lembrar frutos tropicais, como a manga, e com aromas a pêssego e melão. O seu potencial comercial está limitado pela sua curta duração em armazém, o que ajuda a que chegue aos mercados com um preço mais elevado.
Ao comprar kiwis deve optar-se por frutos de polpa macia, mas que não estejam moles nem com a pele enrugada ou com cortes. Para os escolher, pressionar suavemente com o polegar a zona média do fruto, onde a polpa deve apresentar resistência e voltar à forma inicial. Os frutos demasiado maduros não são saborosos. O kiwi pode ser
De onde vem?
furos, ou mantido à temperatura ambiente, para ir amadurecendo.
O kiwi é originário das encostas do vale do rio Yantzé, China. Apesar de ser considerado fruto nacional desse país, foram os neozelandeses que reconheceram o seu potencial e o começaram a comercializar. A história começa em 1904, quando Isabel Fraser, professora na localidade de Wanganui, Nova Zelândia, regressa de uma viagem à China e traz algumas semementes pretas da Actinidia Deliciosa. Deu as sementes a Alexander Allison que inicia o seu cultivo. Em 1905 começam a crescer os primeiros kiwis em solo neozelandês e os primeiros frutos surgem em 1910. Na altura eram conhecidos como “míhóu tao” (pêssego dos macacos) e “yang tao” (pêssego de yang) nomes que os neozelandeses alteraram para “groselhas chinesas”. A partir de 1920 a espécie é melhorada. Atuamente o maior produtor mundial de kiwi é a Itália, seguido da Nova Zelândia - que foi o maior produtor até à decada de 80 – Chile, França, Grécia, Japão e Estados Unidos. # 15 novembro . dezembro ‘14
Porquê kiwi? Em 1952 o kiwi começa a ser exportado para Inglaterra e em 1959 chega aos Estados Unidos da América. Ao entrar nestes mercados, houve a necessidade de mudar o nome. Em França recebeu a designação pouco apelativa de “souris végétal” (vegetal-rato). Ainda se tentou o nome “melonette” mas, na altura, tanto os melões como as groselhas eram altamente taxados nos EUA. Em 1959 o nome é alterado para a designação atual. Kiwi é o nome de uma ave, símbolo da Nova Zelândia, que, apesar de ter asas, não voa e possui uma penugem acastanhada e um corpo oval, muito semelhante ao fruto.
FOTOS dr
O kiwi esconde por baixo da sua casca acastanhada, coberta por
31 31 PRODUTO ESPECIAL
Kiwi em Portugal O primeiro pomar de kiwis em Portugal foi plantado em 1973, na zona de Vila Nova de Gaia. A partir dos anos 80 a cultura começou a ter alguma expansão devido à elevada rentabilidade e qualidade da fruta produzida. As variedades mais cultivadas são o Hayward, o Summer Kiwi e o Early Green. As regiões do Minho, Douro e Beira Litorais destacam-se no panorama nacional para o cultivo do fruto, graças às suas características climáticas: verãos pouco quentes e muitas horas de frio no inverno. A colheita é feita nos meses de novembro e dezembro.
DOCE DE KIWI COM MAÇÃ INGREDIENTES 850 ml 40m 650 g kiwis 450 g maçãs 450 g açúcar
125 g mel 1 pau de canela Sumo ½ limão
PREPARAÇÃO Descascar os kiwis e as maçãs. Cortar os kiwis para uma panela e juntar as maçãs raladas. Adicionar os restantes ingredientes e levar ao lume. Deixar cozer a fruta durante 15 minutos, aproximadamente. Triturar a mistura com a varinha mágica e deixar apurar, mexendo de vez em quando até obter ponto de estrada.
fatias finas
Para obter fatias iguais, cor tar o kiw i previamente descascado com um cor tador de ovos.
SALADA DE MUXAMA COM QUEIJO E KIWI INGREDIENTES 4 pessoas 30m 2 kiwis 100 g de muxama de atum 100 g queijo feta 70 g rúcula
4 c. sopa cebola frita 0,5 dl azeite 1 c. sopa vinagre Sal e pimenta-preta q.b.
PREPARAÇÃO Descascar os kiwis e cortar às rodelas. Cortar a muxama em fatias Adicionar o queijo desfeito grosseiramente e a cebola frita. Temperar com sal e pimenta-preta a gosto. Regar com o azeite e o vinagre.
comer a revista que apetece
32 32 PRODUTO PRODUTO ESPECIAL ESPECIAL
como usar
O kiw i não funciona bem em gelatinas devido a uma enzima - actidina que impede que esta solidifique.
CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS
BOLO INVERTIDO
DE KIWI
INGREDIENTES 12 pessoas 1h
4 a 5 kiwis Gold (de polpa amarela) 40 g manteiga 50 g açúcar moreno 250 g açúcar branco
70 g manteiga sem sal 4 ovos médios 1 dl leite 1 rodela limão 225 g farinha com fermento
PREPARAÇÃO Untar uma forma redonda com a manteiga derretida. Polvilhar a base da forma com o açúcar moreno. Descascar os kiwis e cortar em rodelas. Dispor as rodelas na base da forma. Adicionar ao leite o sumo da rodela de limão. Deixar repousar pelo menos 5 minutos. Irá, assim, obter um leite mais espesso. Bater a manteiga com o açúcar branco. Adicionar os ovos um a um, mexendo bem entre cada adição. Adicionar a farinha alternadamente com a mistura de leite. Levar ao forno pré-aquecido a 180 ºC durante 45 minutos. Deixar arrefecer uns minutos e desenformar.
OS MELHORES ALIADOS DAS SUAS RECEITAS
Kiwi Continente preço por Kg, (3,99€), Continente
# 15 novembro . dezembro ‘14
Gelatina Pronta Kiwi Koala emb. 130 g (0,91€), Jumbo
Doses Fruta Kiwi essenCial, ComPal emb. 3 x 110 ml, (2,09€), Jumbo
KorKen Recipiente c/tampa, vidro incolor, (1,99€), IKEA
34 MERCADO
mercado
do livramento
Afamado por ter do mais fresco peixe, o Mercado do Livramento, em Setúbal, tem também duas fileiras de bancadas, uma em cada extremo da sua área, exclusivas para os pequenos produtores da região. Fruta e legumes por quem os semeia, cuida e colhe. ana JOrGe |
huMbertO MOuCO
Funcionando num edifício de interesse arquitetónico, o Mercado do Livramento, em plena avenida Luísa Todi, a principal artéria de Setúbal, a construção original, com colunas em ferro fundido e um grande painel de azulejos assinado por Pedro Jorge Pinto, data de 1930. Nele estão retratadas as lides da pesca, do sal e da lavoura, num memorial aos saberes e ofícios tradicionais da região e elogio aos seus mestres.
alemã Buehler-Brockhaus, cujos responsáveis residem em Setúbal. estacionamento demover a clientela. Há parques de estacionamento parquímetro, na avenida, sim, mas conseguir um é cruzar-se com a única agulha do palheiro. Isto em dia de semana. Assim sendo, arme-se de pé prático e de longa distância, quem por lá passar numa manhã de sábado ou domingo, os dias mais frequentados. A qualidade dos bens vendidos no mercado pesa mais na balança do que todas estas questões menores. «O que é que isso interessa, menina? Eu não me alimento com estacionamentos, o mais importante é o que estaciona no nosso estômago», defende Cristiana Torres, nos seus 63 anos e carregada de víveres para a semana.
Universos completamente diferentes Acerca da singularidade dos mercados, e não apenas das inerentes ao Livramento, Henrique João, presidente da Associação de Comerciantes do Mercado do Livramento, refere que o primeiro erro que as pessoas cometem é comparar, em preço e qualidade, os mercados às grandes o # 15 novembro . dezembro ‘14
36 MERCADO
MERCADO DO LIVRAMENTO
superfícies. «São universos completamente diferentes». O segundo erro, continua, é «associar os mercados todos, pondo-os no mesmo saco». Estas comparações são, na opinião deste líder associativo, «as maiores asneiras e crimes que se podem fazer ao comércio tradicional dos secular, muito mais antigo que o próprio edifício, e é também um mercado que ganhou raízes e uma identidade própria na região em que se insere. Qualquer pessoa desta zona o conhece, mesmo os mais novos: grande parte da clientela é constituída por casais jovens que passam por Além do famosa frescura do peixe do mercado de Setúbal, Henrique João destaca outra singularidade: a existência de duas alas ocupadas com produtores da região. Ou seja, hortícolas e frutícolas vindas diretamente do produtor para o consumidor, sem intermediários. Ao todo são 160 produtores, que se revezam na ocupação das bancadas. «Todos os dias há produtos fresquinhos, seja em que setor for», assegura. Sendo antigo na génese, o edifício em si foi algo de uma remodelação que viria a deixar más memórias: a parede que ruiu, referida anteriormente, provocou a morte de cinco pessoas. Ultrapassado esse trauma (mas nunca esquecido), hoje usufrui-se da outra face da moeda, com uma nova zona técnica com um cais de cargas e descargas, áreas de gelo e de frio, balneários e galerias com lojas no piso superior, atualmente subaproveitadas e pouco frequentadas, ao contrário do mercado propriamente dito, situado no piso térreo. Porém, há evidências de que novas obras se começam a tornar necessárias, nomeadamente no pavimento, que, aqui e ali, acumula poças de água. Em certas zonas, e com algum exagero, sugere-se que se faça resguardar o pé
clientes se distraem molham os pés todos», lamenta. Ainda assim, e feito o aviso, retomemos o raciocínio da indefetível Cristiana Torres: o que mais interessa é mesmo a comida que estacionamos no nosso estômago. Desse ponto de vista, Setúbal e o seu mercado têm “estacionamento” de qualidade para dar e vender.
FESTAS DE NATAL
Festas para empresas, grupos de amigos ou familiares, com menus a partir de 20.00€ por pessoa
CHRISTMAS PARTIES
Corporate parties, friends or families’ groups, with menus from 20.00 € per person
LISBON MARRIOTT HOTEL Avenida dos Combatentes, 45 1600 - 042 Lisboa Tel: 217235400
38 36 CARRINHO DE COMPRAS
Pega de cozi nha (PSC), ZaraH ome
Argola de pos Guardana Home ra a (PSC), Z
Cortador ad, Gingerbre ), € (5,10 iac Cookman
Bowl, &M (9,99€), H
Tealight, &M (4,99€), H
Formas para bo lachas, (3,99€, conj 3) , H&M Home
festas felizes ... em família ou com amigos, o Natal é sempre uma época festiva onde se espalha a magia. Deixamos aqui algumas ideias de presentes para fazer feliz quem mais gosta.
eira, Manteigu Home (PSC), Zara copos, Bases para Home ra (PSC), Za
# 15 novembro . dezembro ‘14
sco Farm, fra para mel, (25,90€), iac Cookman
CARRINHO DE COMPRAS
37 39 Cozinha, Panos de Home (PSC), Zara
uteira vestris, fr emma Sil ssi, aneo, Ale Mediterr cia Inexisten (73,60€),
Prato de al, natal, Sp ), € 0 ,7 1 (1 cia Inexisten
Guardanapos Coleção natal, (2,08€ cada), Renova Plate, (5,99€), me H&M Ho
CookMAniAC www.cookmaniac.com tlf. 214 667 013 ikeA www.ikea.com tlf. 707 20 50 50
l, lata com Vinterku ,99€ tampa, (6 s), Ikea e 3 unidad
ineXiSTÊnCiA www.loja.inexistencia.com tlf. 225 400 948 ZARAHoMe www.zarahome.com H&M www.hm.com
FOTOS dr
TeSCoMA www.tescoma.com tlf. 256 330 756 RenoVA www.renova.pt/revcomer tlf. 249 830 200
oldes Delícia, M itos, para bisco , unidades) (5,90€ 3 Tescoma
oroa Adorno C 9,99€), Pinhas, (2 e Zara Hom
comer a revista que apetece
AO VIRAR DA ESQUINA
40
Vai um bombom? ades Tem 13 varied or p s te diferen . onde escolher
Xocoa
Arte catalã em Lisboa Os catalães costumam dizer que, em matéria de chocolate, os franceses, os suíços e os belgas são os seus melhores alunos. Se dúvidas houver acerca das razões para esta altivez, elas podem ser tiradas a limpo em Lisboa, na Xocoa, uma chocolateria que junta os rituais de Barcelona às compotas e bolachas artesanais portuguesas. ana JOrGe |
huMbertO MOuCO
chancela criada pelos irmãos Marc e Miguel Escursell, a quarta geração de uma família que se iniciou na doçaria e chocolateria em propriamente dito, decidiram operar uma mudança no negócio e, há alguns anos, abriram a primeira loja na rua Petritxol, em Barcelona, cidade de Gaudí. O negócio expandiu-se e chegaram a ter dezenas de unidades comerciais, de Valência a Girona, passado por Madrid e Lleida. O sucesso foi tal que a capacidade de produção não chegava para as encomendas. Sem stock, entre o caminho da tradição artesanal, que lhes continuaria a limitar a produção, os irmãos Escursell optaram pela segunda via. Em nome de um saber fazer que exige tempo e dedicação, escolheram fechar a maior parte das lojas. Das poucas que ainda existem fora de Barcelona, Marcos e Sérgio Felizardo (ela engenheira têxtil, ele ligado ao jornalismo e ao cinema), ambos residentes na Covilhã, mudaram-se
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41 AO VIRAR DA ESQUINA
XOCOA
exclusiva da marca. Desde que, em 2009, abriram a loja, Carla e Sérgio poucas férias têm tido, o que não é uma contrariedade. Para eles é um gosto estar com os clientes, explicar-lhes os detalhes gourmet da dito, frequentes vezes, que têm o melhor chocolate quente de Lisboa (€2,20). Esta bebida decorre de uma interpretação de Carla e Sérgio da fórmula feita na casa-mãe, em Barcelona. Quem já andou por Espanha, não apenas pela Catalunha, lembrar-se-á do chocolate “à espanhola”, espesso, não muito amargo, mas também sem pecar por desse chocolate. Leva cacau, açúcar glacé, canela e um espessante natural, à base de milho. O segredo da receita é a mistura dos diferente da de Barcelona, o que tem granjeado elogios por parte de quem está familiarizado com as duas versões, inclusive dos próprios Escursell, que estão ao corrente das alterações. «Primeiro deixamos ferver o leite e só depois é que juntamos os ingredientes e mexemos. Eles fazem por partes, primeiro usam leite frio, só depois é que o aquecem», conta Sérgio Felizardo. De referir que as quantidades feitas de cada vez são sempre muito poucas. Além do chocolate quente, as 13 variedades de bombons são, naturalmente, os produtos ícone da loja. No início eram em forma de moeda até que, há cerca de dois anos, evoluíram para um formato semelhante a um pequeno torrão. Há sempre sortidos disponíveis para ofertas, mesmo fora da época de Natal. Pegámos num ao acaso: predomina o chocolate negro, com uma seleção de bombons de framboesa, menta e canela. Há ainda tabletes de arroz estufado com chocolate negro, trufas gigantes de laranja e cacau, e bolas de creme de chocolate e avelã com biscoito crocante por dentro. Os sortidos (entre 15€ e 30€) vão sempre variando de acordo com os produtos disponíveis. Por isso, não é de admirar se nem sempre houver algum tipo de chocolate disponível. Manufatura artesanal assim o obriga. Carla e Sérgio consideraram que a loja não se deveria restringir à venda exclusiva de chocolate e seus derivados, por isso aqui se encontram alguns produtos nacionais associados à doçaria e que vão bem com o chocolate, caso do vinho. Vindas de Leiria, as aveianas de laranja, chocolate, hortelã e sementes de girassol e as bolachas de pistácio ou duplo chocolate, entre outras bolachas artesanais, são disso exemplo. Há também compotas “bela caroça”, feitas no Soito, concelho do Sabugal, com ingredientes da reserva natural da Malcata, de onde também provém o mel. O vinho biológico também está representado na loja, este Natal com uma edição especial da Quinta da Serradinha, um vinho mais doce do que o habitual. Pela época natalícia há também uma multitude de bolachas com decorações alusivas à época e que satisfazem o paladar gustativo e visual. Não será preciso fazer um referendo para que se reconheça o
O DOCE DOCE NUNCA NUNCA AMARGOU AMARGOU 40 O 42
natal diferente… mas delicioso!
leOnOr de SOuSa baStOS |
MiGuel COelhO
Crème brûlée de especiarias inGreDientes 8 pessoas 45m 1 L natas 140 g açúcar mascavado claro 12 gemas 10 g gengibre fresco ralado ½ c. chá canela moída ¼ c. chá noz-moscada ralada ½ c. chá cardamomo moído ½ c. chá extrato de baunilha Açúcar q.b. para queimar
PreParaÇÃo Pré-aquecer o forno a 165 ºC. Colocar 8 ramequins dentro de um tabuleiro de forno. Numa taça, bater as gemas com o açúcar e reservar. Num tacho, colocar as natas e as especiarias e levar ao lume até ferver. Retirar o tacho do lume e verter as natas sobre a mistura de açúcar e gemas, aos poucos, e mexendo continuamente. Passar o creme por um coador e distribuir pelos ramequins. Encher o tabuleiro com água bem quente até cerca de ¾ da altura das formas. Levar ao forno durante e o centro abane ligeiramente. Retirar do forno e deixar arrefecer completamente sobre uma grade de pastelaria. Refrigerar durante a noite. Espalhar o açúcar sobre a superfície do creme e queimar com um maçarico até que o açúcar tenha um tom de caramelo.
inGreDientes 10 pessoas 1h30 torrão 400 g amêndoa moída (crua e pelada) 100 g gemas (cerca de 5 unidades) 90 g água 250 g açúcar Gema pasteleira 175 g açúcar 75 ml água 8 g amido de milho 2 ovos grandes 2 gemas
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PreParaÇÃo torrão Forrar um tabuleiro/caixa com papel vegetal. Colocar as gemas numa taça e misturar ligeiramente. Reservar. Num tacho, misturar a água com o açúcar e levar ao lume até atingir os 114 ºC (medir com um termómetro gemas, mexendo constantemente. Juntar metade da amêndoa (200 g) e levar a lume brando durante cerca de 1 a 2 minutos sem nunca deixar de mexer. Retirar do lume, mexendo sempre até que a mistura pare de cozer. Juntar a amêndoa restante (200 g) e misturar bem. Pôr a mistura dentro do tabuleiro e tapar com uma folha de papel
Gema pasteleira Numa taça, misturar os ovos, as gemas e o amido de milho e reservar. Num tacho, misturar a água com o açúcar e levar ao lume até atingir os 105 ºC. Retirar do lume e verter deixar de mexer. Passar a mistura por um coador. Voltar a levar o preparado ao lume, mexendo constantemente até que engrosse e sem deixar que ferva. Retirar do lume, espalhar a mistura num tabuleiro e tapar com película aderente rente à superfície. Deixar arrefecer completamente.
O O DOCE DOCE NUNCA NUNCA AMARGOU AMARGOU
Torrão de gema
para servir
Retirar o torrão do tabule e cor tar a gosto. Por cimiro a do torrão, espalhar uma camada de gema pastelei e alisar com uma espátu ra la. Polvi lhar com açúcar e queimar com um maçarico ou um queimador.
OS MELHORES ALIADOS DAS SUAS RECEITAS
QueimaDor leite Creme
BeDriFt
(16,90€), Worten
1 un., (7,99€), IKEA
lYCKaD travessa Forno Cj2, Preto (9,99€), IKEA
GenGiBre Continente preço por Kg (5,09€), Continente
comer a revista que apetece
42 44 INDESPENSÁVEL
“Restos” de Natal É tão típico da ocasião quanto a oferta de presentes. Falamos, como adivinha, por certo, dos “restos” resultantes das refeições de Natal. O que fazer com eles? Damos algumas ideias... bem como um doce. Afinal, o que é doce nunca é demais, certo? luíS rOdriGueS |
huMbertO MOuCO
Ingredientes
Preparação
800 g queijo 1,5 lima 40 g gelatina 400 g bolacha de aveia 200 g açúcar 6 ovos 150 g natas 150 g manteiga
Bater o queijo com o sumo e a raspa da lima. Juntar as gemas com as folhas de gelatina previamente demolhadas. Bater as natas e adicionar. Adicionar as claras levantadas em castelo. Para a base Juntar as bolachas trituradas com a manteiga. Forrar a tarteira com a base das bolachas, adicionar o aparelho de queijo e levar ao frio.
reStaurante Grei
CHEESECAKE DE LIMA
INDESPENSÁVEL INDESPENSÁVEL 43 45
BACALHAU
SOBRE GUISADINHO DE COUVE LOMBARDA E GRÃO COM COENTROS INGREDIENTES 100 g bacalhau 10 g azeite Sal e pimenta q.b.
60 g grão-de-bico já cozido 80 g couve lombarda 45 g cenoura 5 g coentros
Guisadinho de grão 10 g cebola picada 5 g azeite 2 dentes alho laminados 1 folha louro
PREPARAÇÃO O bacalhau deve ser salteado com o azeite numa frigideira antes
Guisadinho Num tacho por a cebola com o alho e a folha de louro a refogar com o azeite. Adicionar a couve lombarda e a cenoura. Adicionar
Se quiser lgo acrescentar a , to mais ao pra s aconselhamo o ad um ovo esca lfo d a m ci por baca lhau.
acrescentar os coentros. Dispor, num prato, primeiro o guisadinho e depois o bacalhau por cima.
Pode, r b tam ém, faze a esta sa lad para levar na marmita.
SALADA DE FOLHAS VERDES, LÂMINAS DE BORREGO E FRUTOS SECOS INGREDIENTES 60 g mistura de alfaces 5 g azeite 10 g de cogumelos setas de cardo
75 g borrego assado 35 g frutos secos (neste caso foram nozes) 4 tomates-cereja Sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO Lavar as alfaces e escorrer muito bem. Cortar o borrego Juntar todos os ingredientes num recipiente, adicionar o sal, pimenta e azeite e misturar. Servir a gosto. comer a revista que apetece
46 VERY IMPORTANT KITCHEN
Vanda Miranda A voz de todas as manhãs Dona de uma voz tão enérgica quanto suave, Vanda Miranda trabalha na rádio desde a adolescência. Atualmente destaca-se como fazendo parte da equipa das Manhãs da Comercial, programa que tanto contribui para o ânimo e boa disposição matinal de muitos portugueses. Não dá workshops de cozinha, mas bem podia fazê-lo. A primeira aula: risotto de cogumelos. texto AnA Jorge | fotos Humberto mouco
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# 15 novembro . dezembro ‘14
VERY IMPORTANT KITCHEN
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48 VERY IMPORTANT KITCHEN
do é a de ter ce to ui m r ha al ab tr a ar eç m A vantagem de co nhar os meus filhos pa om ac o ig ns co e qu lo pe , a tarde livre em diversas atividades.
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# 15 novembro . dezembro ‘14
VERY IMPORTANT KITCHEN
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50 VERY IMPORTANT KITCHEN
(Este) é um prato para fazer com muito amor.
Risotto de cogumelos Ingredientes
Preparação
# 15 novembro . dezembro ‘14
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Teka Portugal, S.A. Sede: Estrada da Mota - Apart. 533, 3834 - 909 Ílhavo, Tel.: (+351) 234 329 500 Delegação e Showroom: Alameda dos Oceanos - Lote 1.02.1.1 A/B/R, Parque da Nações, 1990 - 203 Lisboa, Tel.: (+351) 218 401 285 Visite a nossa página do facebook em www.facebook.com/TekaPortugal
52 BEBIDAS
Bebidas de Natal Quentes e boas. Não são castanhas, mas partilham o mote. Fique com algumas bebidas para a quadra que se adivinha. receitas DAVe PALetHorPe | fotos Humberto mouco
Vanilla Night Night Baby IngreDIenteS PrePArAÇÃo
de baunilha
e aqueça numa panela um cálice, decorar com
53 IngreDIenteS
AgrAdecimentos bLAck PePPer & bASIL
5 ml sumo de lima
PrePArAÇÃo
BEBIDAS
Zacapa Toddy
54 LÁ FORA
Natal 365 dias por ano
por ano e Imagine um lugar onde é Natal 365 dias l estão Nata Pai do ica onde as portas da oficina mág dos am cheg que s ante visit sempre abertas para os a-se cham e e exist r luga Esse do. mun do quatro cantos o com me assu Rovaniemi, a cidade finlandesa que se r Pola lo Círcu o plen em a capital da região da Lapónia, de latitu da lelo para so famo e Ártico. É a partir dest -se (com uma terrestre que tudo muda: o frio intensifica ígrados), cent temperatura média de apenas 3 graus entre ano, por dias a neve abunda (em média 180 ras auro icas míst as eis visív novembro e abril), são (24 luta abso noite de dia um os men pelo boreais e há os men pelo ém, horas de escuridão) no inverno e, tamb al bore o verã no sol) de s um dia de luz absoluta (24 hora te”). -noi (o chamado “sol da meia
Rovaniemi
A terra do Pai Natal
Eleita pelo guia Lonely Planet como o melhor destino de inverno na Europa, a cidade finlandesa de Rovaniemi apresenta-se ao mundo como a morada oficial do Pai Natal. Visitada por milhares de turistas por ano, a capital da Lapónia é também famosa pelas auroras boreais e pelo “sol da meia-noite”. texto bárbArA SILVA | fotos roVAnIemI tourISm & mArketIng LtD
importante do ano na cidade.
55 LÁ FORA
CINCO RESTAURANTES SANTAMUS
Em pleno Círculo Polar Ártico, é descrito como o “restaurante das sensações”, com uma atmosfera única. Recom enda-se a sopa de queijo de cabra, o filé de rena em fogo lento e a pannacota de mirtilo. www.santamus.com
CAFE & BAR 21
Este é um novíssimo espaço em Rovaniemi, que combina um bar de cocktails e pratos rápidos, como waffles doces (7,90 euros) e salgadas (10,70 euros), saladas e gelados (6,90 euros ), além da carta de vinhos e cocktails. www.cafebar21.fi
RAVINTOLA NILI
No centro da cidade de Rovaniemi, este restaurante tem um ambiente típico da Lapónia e a oferta gastronómic a espelha bem a região. www.nili.fi
SKY OUNASVAARA
O restaurante do hotel com o mesmo nome é um ex-libris na cidade e tem as melhores vistas sobre as pistas de esqui e as florestas geladas. www.laplandhotels.com
SNOWLAND IGLOO
Fotos Dr
Tal como o nome indica, trata-se de um restaurante inteiramente construído no gelo, o que constitui desde logo uma atração turística. www.snowland.fi
por ano.
56 CÁ DENTRO
Serra da Estrela No topo de Portugal
Com a chegada do inverno, muitos portugueses começam a planear uma visita à Serra da Estrela para ver a neve que por lá cai em abundância e se mantém até ao calor da primavera. Conheça melhor este destino turístico tão procurado e saiba o que melhor por lá se faz. texto bárbArA SILVA fotos
locais a visitar , Varanda COV ILH Ã: Covão do Boi, Pedra do Urso es, Covão do Cort das Vale ais, Unh de dos Pastores, Vale ais da Serra, Unh ros, Mou Ferro, Vale de Beijames, Vila de Sarzedo, Cortes. do Negro, Sumo GOU VEI A: Cabeça do Velho, Curral inho, Taloeiro, degu do Mondego, Vale do Rossim, Mon Assedace, Casais de Sra. te, Mon do Sra. , Folgosinho, Melo de Folgosinho. rela, Valhelhas, GUA RDA : Caldeirão, Vila Soeiro, Miza . Soito do Sra. te, mon Planalto de Vide
o da Ametade, Nave MA NTE IGA S: Vale do Zêzere, Covã ão do Corvo, Poios Frag no, de Santo António, Poço do Infer Covão da Ponte, a, Sant e Font s, rada Dou as Brancos, Penh São Lourenço. o da Caniça, SEIA: Cabeça da Velha, Fervença, Sum a do Gato, Cabeço Penh a, Broc da Poço a, Garganta de Lorig Desterro, do Sra. co, de Santo Estevão, Fraga do Alvo do Alva. Vale co, Alvo de Vale a, Lorig de Valezim, Vale órica de Linhares CEL ORICO DA BEI RA: Aldeia Hist alhas de Celorico Mur e elo da Beira, Penha de Prados, Cast da Beira.
# 15 novembro . dezembro ‘14
em que os animais subiam para os pastos da montanha.
57 CÁ DENTRO
Produtos da serra
o queijo da Serra da Estre la, o requeijão, o azeite e o me l (de urze ou rosmanin ho ), o pão de centeio do Sabu gueiro, a broa de mi lho, o fumeir o tradicional, o cabrito ou a ag uardente de medronho.
outros pontos de interesse.
comer a revista que apetece
58 CÁ DENTRO
TRADIÇÃO & INOVAÇÃO Por Paulo Russell-Pinto, crítico gastronómico
o ouro da Serra mil anos. E que Diz-se que a sua história tem dois queijo da Serra o ano já no tempo do Império Rom sanal na arte a form de ido duz da Estrela era pro de ta queijo este é, Península Ibérica. Para quem gos ueses e o cartão tug por sem dúvida, o rei dos queijos prio país. pró do o com ão de visita não só da regi ão contempla os A sua área geográfica de produç nos de Algodres, For concelhos de Celorico da Beira, pital, Seia Hos do eira Gouveia, Manteigas, Oliv Covilhã, da os celh con dos ias ues e algumas freg é e ingu o facto de Guarda e Trancoso. O que o dist sal e leite de com ente ser produzido exclusivam Mondegueira), rra Chu (ou ira dale ovelha da raça Bor unculus L., card ara coalhado pela flor do cardo Cin ão. regi da a ístic planta espontânea caracter
# 15 novembro . dezembro ‘14
60 ESTADO LĂ?QUIDO
Quinta do Pessegueiro, vinhos com personalidade
61 ESTADO LÍQUIDO
O empresário francês e líder mundial de moda infantil, Roger Zannier, é o proprietário da Quinta do Pessegueiro, pela qual se apaixonou numa das frequentes visitas a Portugal no âmbito das suas atividades têxteis. Em 1991 adquiriu o terreno e começou imediatamente a plantar vinhas, nascendo assim o seu primeiro - e um dos mais importantes - investimentos no setor vitivinícola. texto mArIA JoÃo De ALmeIDA | fotos QuIntA Do PeSSegueIro
62 ESTADO LÍQUIDO
QUINTA DO PESSEGUEIRO ervedosa do douro gPs: 41°11’10.00”n 7°29’05.00”o tlf. 254 422 081
de Almeida
Quinta do Pessegueiro
# 15 novembro . dezembro ‘14
63 ESTADO LÍQUIDO
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Erigida no coração da propriedade, a adega distingue-se pela sua beleza e funcionalidade, mas também pelo facto de respeitar o ambiente.
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ESTADO LÍQUIDO
64
três
VINHOS cASA DAS gAeIrAS reSerVA tInto 2012 (Lisboa) PVP 8,50€ / 9,50€
Aragonês
Um vinho muito agradável e envolvente, produzido a partir das castas Syrah, Touriga Nacional e Touriga Franca. Vinho de cor rubi intensa, com aromas profundos e complexos, onde sobressaem os frutos vermelhos maduros, algum balsâmico e folha de tabaco seco. Na boca, os taninos surpreendem pela grande qualidade e pela excelente integração com a fina acidez do vinho. O final é longo, persistente e complexo.
É uma das poucas castas que Portugal e espanha têm em comum e, de acordo com alguns autores, terá sido em Valdepeñas ou na rioja. em Portugal esta casta está espalhada por todo o território, com especial incidência no douro, dão e Alentejo, sendo que nestas duas primeiras regiões é conhecida por tinta roriz. em espanha, a casta chama-se tempranillo. Fora da Península ibérica, o seu cultivo expandiu-se para países como a França, Argentina, estados Unidos e Austrália. com controlo de rendimentos, permite a produção de excelentes produtos, facto comprovado pela sua presença em vinho do Porto e tintos de grande qualidade. os vinhos resultantes desta casta são geralmente cheios, encorpados, ricos em cor e de de sabor macio, tendem a tornar-se mais complexos com o tempo e a obter muito bons resultados com o estágio em madeira. esta é uma casta muito generosa na produção mas também muito sensível. o bago é pequeno e arredondado, de coloração negra-azul e uniforme, enquanto a polpa apresenta uma estrutura macia e suculenta.
Numa refeição deverão seguir-se algumas regras para melhor usufruirmos das características dos vinhos. Deverá primeiro servir-se o seco antes do doce, o novo antes do velho, o branco antes do tinto. Isso acontece para que as características de um vinho não “abafem” as do outro. Ou seja, o ideal é seguir uma progressão que vá do bom ao excelente, do leve ao encorpado, do simples ao subtil.
# 15 novembro . dezembro ‘14
1991 (Bairrada) PVP 29,90€ Um tinto raro, a um preço bastante acessível, descoberto nas caves da Adega Cooperativa de Cantanhede. Todas as garrafas foram abertas para confirmar se o vinho estava em boas condições, surpreendendo desde logo o enólogo Osvaldo Amado pela positiva. O vinho impressiona pela juventude na cor e no aroma, características típicas dos bons bagas com idade. Fruta encarnada ainda fixa, mas também notas terciárias esperadas, ligeiro verniz, cogumelos e ervas aromáticas. Muito bom.
HerDADe De rIo FrIo tInto 2013 (Península de Setúbal) PVP 4,99€ Um tinto elaborado com as castas Syrah, Touriga Franca e Merlot, cultivadas na Herdade de Rio Frio através de técnicas sustentáveis. É um vinho com aromas a frutos vermelhos e pretos, com destaque para as amoras maduras e geleia. No paladar continua frutado, com taninos bem integrados. É estruturado e muito equilibrado, com bom final de boca.
Garrafeira: a escolha do mês Garrafeira da Sé GARRAFEIRA DA SÉ
Fotos Dr
ORDEM DE SERVIR OS VINHOS À MESA
mArQuêS De mArIALVA conFIrmADo bAgA tInto
65 PUBLI-REPORTAGEM
Super Bock or patrocinad da nto Jovem Tale ia Gastronom
TALENTOSAMENTE HARMONIZADO! Pelo 2ª ano consecutivo a Super Bock foi o patrocinador oficial da categoria Harmonizações com Cerveja do concurso Jovem Talento da Gastronomia.
Fotos tozé cAnAVeIrA
JOVEM TALENTO DA GASTRONOMIA Anualmente o concurso põe à prova centenas de jovens estudantes de cozinha, bar, pastelaria e serviço de sala. este ano o vencedor da categoria Harmonizações com cerveja super Bock foi nichita Zelenscicov que estudou cozinha na escola de Hotelaria e turismo de Lisboa, encontrando-se agora a trabalhar no grémio Literário em Lisboa. comer a revista que apetece
66 MARMITA
WRAP
& Arroz
Wrap de bacalhau Ingredientes
Preparação primeiro o bacalhau e depois o restante. acrescentar uma maionese de alho.
AgrAdecimentos reStAurAnte greI
receitas LuíS roDrIgueS | fotos Humberto mouco
67 MARMITA
Arroz cremoso de grelos Ingredientes
Preparação
APANHADOS DA MARMITA Três vezes por semana, Magda Lacerda rende-se às virtudes da marmita, aproveitando as sobras do jantar. Há quanto tempo é utilizadora da marmita?
nos últimos tempos tem notado um aumento do número de pessoas que trazem a refeição de casa? masculino. Quais as refeições que mais confeciona para levar?
comer a revista que apetece
68 ORIGEM VEGETAL
Refeição completa
Um pão de entrada e linguine como prato principal. Sem esquecer, se quiser, uma “potente” salada a acompanhar. Quer melhor refeição completa? E, claro, vegetariana! receitas LuíS roDrIgueS | fotos Humberto mouco
LINGUINE DE PESTO
DE SALSA E NOZES INGREDIENTES
PREPARAÇÃO
Para o pesto
Dr
Para o pesto
69 ORIGEM VEGETAL
TOMATE SECO
PÃO INDIANO
COM COMPOTA DE ABÓBORA E QUEIJO DA ILHA INGREDIENTES
a oa form Uma b roveitar de ap tas que as bata a noite de d sobram da e a lmoço a o s n o C a l. de Nat
SALADA DE BATATA E TOMATE SECO COM MAIONESE DE CARIL
PREPARAÇÃO
INGREDIENTES
Para a maionese de caril
PREPARAÇÃO Para a maionese de caril
Salada Num prato dispor a batata cortada, o tomate seco cortado em
comer a revista que apetece
70 O QUE É O COMER?!
Pequeno Natal…
estões deliciosas à vista, e ao paladar, sug com ue Fiq os. uen peq is ma dos al … ou o Nat al é das s. Afinal, se se costuma dizer que o Nat para fazer juntamente com as criança crianças, a cozinha também o pode ser! I fotos FooD PeoPLe & DeSIgn receitas mArgArIDA mAgALHÃeS
coroa INGREDIENTES
molho de framboesas
6 pessoas 1h30
cobertura milho ou amido de milho
PREPARAÇÃO
INGREDIENTES
71 O QUE É O COMER?!
Bolo gelado PREPARAÇÃO
6 pessoas 30m
Amêndoas laminadas torradas q.b.
FRAMBOESA
comer a revista que apetece
72
Porque é na escola que se aprende, a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, preparou para si os melhores cursos. Venha aprender todos os truques e dicas, desde a sopas à sobremesa e torne o seu Natal ainda mais delicioso.
ESCOLA DE HOTELARIA E TURISMO DE LISBOA
Próximos cursos 6 novembro – Clássicos da Cozinha Portuguesa 19 novembro – Sopas e Cremes 25 novembro – Reconhecimento e Degustação de Vinhos do Douro 4 dezembro – Ementas de Natal – Sobremesas 10 dezembro – Ementas de Natal – Carne e Peixe
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74 UMA QUESTÃO DE GOSTO
É um típico “círculo vicioso”: as editoras consideram que não há em Portugal mercado para eles e não os publicam. Aqueles que poderiam se interessar por eles não os encontram no mercado… texto DuArte cALVÃo # 15 novembro . dezembro ‘14
Dr
Para que servem os livros?
75 UMA QUESTÃO DE GOSTO mais em termos culturais, em mostrar o posicionamento do
bem este processo: e nd ee pr m co es om G o íli rg Vi lina, um certo rigor, ip sc di a rt ce a um er qu re ro «Um liv tá a fazer», sublinha. es se e qu o ar ns pe re a ga ri ob
comer a revista que apetece
76 38 PUBLI-RECEITA
Pato Real
O arroz do seu Natal Para o arroz doce, para a canja, para o arroz de forno, para os assados e para o cozido, para acompanhar o polvo, o perú ou o fiel “com todos”, para todas as receitas deliciosas e especiais de Portugal. Como acompanhamento ou prato principal do seu Natal, escolha sempre arroz Pato Real.
risotto PREPARAÇÃO
INGREDIENTES 4 pessoas 30 m
picadas
picada sal e pimenta q.b.
51 77 PUBLI-RECEITA
sa r Pode u uvas u o ã ç ma do em vezSir va . ananásatos de com pr ne. ca r
a a l, sir v No Natr u assado com peorno. Se no f , pode r preferi dicionar a u o r usa os fr utos outr os. se c
thai Jasmim com
INGREDIENTES
INGREDIENTES 4 pessoas 30 m
basmati
em cubos pequenos
4 pessoas 30 m
em pedaços
sal q.b.
PREPARAÇÃO
sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
78 CRÍTICA DE RESTAURANTE
RESTAURANTE QOSQO
Surpresa Inesperada O restaurante Qosqo é um dos poucos, ou talvez o único, em Lisboa, que pratica uma cozinha peruana original. texto mIgueL JorDÃo | fotos Humberto mouco
casar muito bem com o atum, no ponto, panado com um crocante.
# 15 novembro . dezembro ‘14
79 Por José Cordeiro, Chefe de Cozinha
Sugestão
GUIA DE RESTAURANTES
Homenagem ao melhor de Portugal Vanda Miranda Cantinho do Avillez Rua dos Duques de Bragança, 7 Lisboa Tlf. 211 992 369
O Valentim Lembro-me que foi já há mais de 10 anos que um amigo me perguntou se já tinha ido ao Valentim em Matosinhos.
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petiscos têm como base os produtos
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lá estará a cuidar das suas brasas. damos sempre os dois.
sugestão
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comer a revista que apetece
80 QUEREMOS
Diretor Geral de Publicações Paulo Amado pa@e-gosto.com Diretora Rita Cupido rita.cupido@e-gosto.com Coordenador Técnico de Cozinha José Cordeiro Produção Vânia Rodrigues vania.rodrigues@e-gosto.com Andreia Gomes andreia.gomes@e-gosto.com Humberto Mouco e DR Design Célia Figueiredo Colaboraram nesta edição Ana Jorge Dias, Bárbara Silva, Dave Palethorpe, Duarte Calvão, Isabel Zibaia Rafael, José Cordeiro, Leonor de Sousa Bastos, Luís Rodrigues, Margarida Magalhães, Maria João de Almeida, Paulo Russell-Pinto, Susana Hurtado, Virgílio Gomes, Vítor Sobral.
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# 15 novembro . dezembro ‘14
A revista comer é propriedade de Rita Cupido e Paulo Amado e é editada pelas Edições do Gosto, Publicações Unipessoal Lda, com sede na Rua Diogo Está registada na ERC
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Esta promoção é válida para produtos seleção RENOVA NATAL. Para usufruir deste cupão deverá usar o código promocional “REV. COMER” no seu carrinho de compras antes de efetuar o pagamento. Promoção exclusiva online, com descontos válidos nos produtos disponíveis no endereço: www.renova.pt/revcomer. Desconto válido até ao dia 31 dezembro 2014.
Na compra de um workshop de cozinha, oferta de um cabaz Club MasterCOOK (inclui:1 pacote masterCOOKies, uma compota e um sal aromatizado). Válido para workshops de cozinha de 25€ ou 30€ durante os meses de novembro e dezembro 2014 e limitadas a uma única utilização. Entregue o voucher no dia do workshop. Oferta válida para as primeiras 5 inscrições.
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Club masterCOOK Rua Francisco Oliveira e Silva, Nº 555/557 Lugar de Louredo – Calendário 4760 Vila Nova de Famalicão Tlm. 917 412 895 www.clubmastercook.com
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AÇÚCAR EM FLOR Esta oferta é válida na compra online do livro de Clara Pedro “Açúcar em Flor”, de 8 de novembro a 30 de dezembro 2014. O valor do livro será devolvido para a conta-cliente, só podendo ser utilizado em futuras compras. Deverá inserir o código “ACUCARFLOR123” no campo “Possui algum código-oferta?” na área de compras. Esta promoção não é acumulável com outras existentes no site. Limitada ao stock existente. Limitado a uma utilização por pessoa e cupão. www.presenca.pt/livro info@presenca.pt Tlf. 214 346 502
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