muito além do esporte: os melhores lugares para curtir na terra da rainha
quer apostar?
estudo exclusivo da 2016 "crava" os vencedores de todas as medalhas que serão distribuídas em londres
pátria amada
quem são, de onde vêm e as chances de todos os brasileiros que vão disputar os jogos
discretos e fundamentais
a psicóloga, o Veterinário e outros profissionais dos Bastidores que ajudam os atletas a Brilhar
força extra
como o maior evento esportivo do planeta impulsionou a economia britânica em plena crise na europa
ouro à vista
Depois De mais De 160 conquistas na carreira, o velejaDor robert scheiDt poDe faturar o terceiro título olímpico e se tornar o esportista mais vitorioso Da história Do brasil. o que esse sujeito tem De especial?
julho/agosto 2012 edição 29 | ano 3
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Homem ao mar Se confirmar o favoritiSmo e conquiStar o tricampeonato olímpico, o velejador robert Scheidt pode Se tornar o maior atleta braSileiro da hiStória. maS iSSo não deve mudar em nada o Sujeito boa-praça que coleciona 161 títuloS na carreira
por luIza vIllaméa fotos EmIlIano capozollI
51 julho 2012 | istoĂŠ 2016
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na ÁGua o velejador sempre teve uma ligação afetiva com o mar. Sua família frequentava o Yacht club de São paulo quando ele nasceu
foto: arquivo pessoal
Um peão de madeira do jogo de xadrez tem espaço garantido na bagagem que o velejador Robert Scheidt vai levar para Londres. A peça o acompanha em todas as competições importantes desde 1984, quando a encontrou em um quarto de hotel, em Florianópolis (SC). Scheidt tinha dez anos e, acompanhado dos pais, Karin e Fritz, participava de seu primeiro campeonato brasileiro. “Ainda bem que não encontrei um bispo”, brinca o velejador. “Poderia ter virado padre.” Única peça do xadrez que só pode andar para a frente, o peão, de fato, tem muito mais a ver com Scheidt. O velejador só pensa em avançar – sobre as águas –, de preferência com vento forte. Aos 38 anos, 1,87 m de altura e 82 quilos, Scheidt é dono de uma coleção de 161 títulos, entre eles duas medalhas olímpicas de ouro, conquistadas em Atlanta, nos Estados Unidos (1996), e em Atenas, na Grécia (2004). Com vento a favor, em Londres Scheidt pode se tornar o primeiro atleta brasileiro com três medalhas de ouro em Olimpíadas. “Se acontecer, será uma glória, mas eu tento não ficar com essa ideia na cabeça”, diz o velejador. “Em vez de pensar no resultado final, foco no que é preciso fazer para melhorar a velejada.” Scheidt adotou tática similar ao se preparar para os Jogos de Atenas, quando competia individualmente, na classe Laser (leia quadro à pág. ...). Até então, o Brasil tinha apenas um bicampeão olímpico: Adhemar Ferreira da Silva (1927-2001). Ouro no salto triplo em Helsinque, na Finlândia (1952), e em Melbourne, na Austrália (1956), Silva morreu aos 74 anos, sem que nenhum atleta do País alcançasse sua marca histórica. Em Atenas, o cenário mudou. Cinco brasileiros sagraram-se bicampeões olímpicos: Scheidt, a dupla de velejadores Torben Grael e Marcelo Ferreira, na classe Star, e Giovane e Maurício, do vôlei. No ano passado,
Grael e Ferreira desistiram da carreira olímpica. Como jogadores, Giovane e Maurício já se afastaram das quadras. Scheidt detém, portanto, as maiores chances de superar a façanha de Silva (campeão nos 50 metros livre em Pequim, em 2008, o nadador César Cielo vai disputar várias provas em Londres e também é candidato ao recorde brasileiro de ouros olímpicos). Na Olimpíada, Scheidt vai velejar pela classe Star junto com Bruno Prada, com quem começou a fazer dupla em 2005. Entre outros títulos, os dois conquistaram uma medalha de prata nos Jogos de Pequim, na China (2008). “Scheidt é um cara determinado, um vencedor”, diz Prada. “Velejar com ele é como ter jogado no Santos de Pelé.” Pelé, a propósito, é o grande ídolo de Scheidt. Os olhos azuis do velejador faíscam ao lembrar que, durante uma homenagem no Santos, conheceu o Rei do Futebol. O homenageado era ele, Scheidt, mas, ao relatar o encontro, fala como se fosse um garoto que deu a sorte de estar com Pelé na sede do clube pelo qual torce desde sempre. Um dos profissionais da vela mais festejados do mundo, Scheidt, ao contrário de muitas estrelas esportivas, é um boa-praça, sem exibir qualquer sinal de afetação. Quem diz isso é o supervisor de serviços gerais Geraldo dos Anjos Peixoto, 61 anos, os últimos 29 trabalhando no Yacht Club Santo Amaro, às margens da represa de Guarapiranga, em São Paulo. Peixoto coloca sobre a grama a caixa de papelão que carregava para contar que se lembra de Scheidt ainda criança, na classe dos iniciantes, a Optimist. “Ele era um moleque tranquilo, que não dava trabalho nenhum e conversava com todo mundo”, diz Peixoto. “Não mudou nada.” Quando Scheidt nasceu, a família já frequentava o Yacht Club. O pai, o administrador de empresas Fritz, sempre foi esportista e até hoje, aos 73 anos, veleja. Chegou a disputar a sele-
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tiva para a Olimpíada de Roma (1960). Não conseguiu a vaga, mas passou para os filhos a paixão pela modalidade. Thomas, o mais velho, é fotógrafo e técnico de vela. Em 1982, foi campeão mundial na classe Pinguim, muito popular entre os adeptos da vela naquele período. Carla, a filha do meio, pratica windsurfe. Foi ela quem ajudou o caçula a escolher o nome do veleiro que ele usa quando está em São Paulo, o “Guarini”. “Em tupi-guarani significa guerreiro”, diz Scheidt. De forma indireta, o avô paterno de Scheidt também contribuiu para consolidar a prática da vela na família. Depois de uma bemsucedida carreira como industrial, o imigrante alemão, que desembarcara sem recursos em Santos entre as duas guerras mundiais, resolveu se tornar pintor. Escolheu para viver justamente Ilhabela, no litoral norte paulista, um paraíso para os praticantes de esportes náuticos. “Comecei a passar temporadas em Ilhabela na época em que era uma ilha de pescadores”, diz Scheidt. “Não tinha nem balsa.” O curioso na saga de Scheidt é que o vínculo com a navegação ocorre também por parte da família da mãe, Karin, que morreu no ano passado. Com apenas 17 anos, o pai dela deixou a Suécia natal para trabalhar como tripulante de navio. Chegou a capitão. De tanto navegar pelo mundo, acabou desembarcando no Brasil, onde chegou a trabalhar em um projeto para tornar navegável o rio Itajaí, em Santa Catarina. Até hoje a família tem um estaleiro na região, o Kalmar. O avô materno de Scheidt, no entanto, não velejava. “Eu fui para a vela por causa de meu pai”, ressalta o atleta. Foi também de Fritz que o bicampeão olímpico ganhou, aos 9 anos, o primeiro barco só dele – o “Vulcão”. “Era um Optimist de maprecoce Scheidt em uma cena de infância: ele ganhou o primeiro barco aos 9 anos
deira, comprado de segunda mão”, diz Scheidt. Antes, ele velejava no day sailer do pai, o “Joker”. Não por acaso, Scheidt estabeleceu desde cedo uma relação de intimidade com o vento. “Sempre tive muito prazer em senti-lo, em aproveitá-lo para velejar mais rápido”, diz. No começo da carreira, quando entrava em uma regata com vento fraco, ele chegava a se sentir “desmoralizado”. Aos poucos, superou a dificuldade, embora goste mesmo é de vento forte. Os motivos: ele imprime mais velocidade ao barco, exige mais perícia e preparo físico do atleta, ao mesmo tempo em que “premia” o velejador mais bem treinado. Convicto de que
Treinador de Scheidt na classe Laser, Cláudio Biekarck se referiu à particularidade durante a Semana Brasileira de Vela, em Búzios (RJ), no começo de fevereiro. Na ocasião, Scheidt acabara de garantir a vaga para representar o País em Londres. Para Biekarck, o fato de o também bicampeão olímpico Torben Grael ter anunciado no ano passado a disposição de concorrer à vaga influenciou o treinamento de Scheidt. “Isso trouxe um impulso novo para o Robert, que se dedicou totalmente à Star”, afirma Biekarck, atual chefe da equipe brasileira de vela. “Dos 13 eventos de que participou no ano passado, ele ganhou 11.” Em
"é poSSível ler o vento pelo movimento da ÁGua e daS nuvenS. quem antecipa iSSo toma aS deciSõeS certaS" o vento tem muitas artimanhas e que nunca é igual de um momento para o outro, Scheidt acredita que o principal é estar treinado a ponto de velejar o barco automaticamente, como se dirige um carro. “Só assim dá para olhar para fora do barco e tentar prever o que vai acontecer na frente”, afirma. “Com o tempo, é possível ler o vento pelo movimento da água e das nuvens. O vento que se vê no olho já está muito próximo, enquanto o das nuvens que estão chegando ainda vai demorar um pouco para acontecer. Quem consegue antecipar isso, toma as decisões mais acertadas e está sempre na frente dos adversários.” O tom de voz baixo e suave convive com outra característica marcante do velejador: a competitividade.
agosto, Torben Grael acabou desistindo da disputa olímpica, por uma série de fatores: dificuldade em conseguir patrocínio e vontade de dedicar-se aos próprios projetos e às regatas de vela oceânica. Aos 51 anos, ele é o velejador brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas – além das duas de ouro, uma de prata em Los Angeles, nos Estados Unidos (1984), e duas de bronze, em Sidney, na Austrália (2000), e em Seul, na Coreia do Sul (1988). Embora afastado da competição olímpica, Torben Grael acompanha de perto os preparativos para Londres e não se surpreendeu com a vitória de Scheidt na Semana Brasileira de Vela: “O Robert é um velejador de talento, ele é sempre o mais bem treinado,
o mais bem preparado.” Em outras palavras: trata-se de atleta fominha, daqueles que não perdem uma prova sequer, que jamais chegam atrasados aos treinos e que labutam sempre mais do que os outros. Nos Jogos de 2012, as provas náuticas vão acontecer em Weymouth e Portland, na costa sul da Inglaterra. Lembrando que velejar é um esporte de “média, regularidade e consistência”, para usar uma espécie de mantra dos praticantes do esporte, Scheidt reconhece que em uma Olimpíada o nível de pressão é muito alto. “Nos seis dias de regata, o importante é estar com a cabeça positiva e pensar no que pode dar certo para ganhar um metro, uma posição”, diz. Em Weymouth e Portland, o brasileiro estará também atento à performance da equipe lituana, em especial à de sua mulher, Gintare, medalha de prata na classe Laser Radial nos Jogos de Pequim. Scheidt conta que a conheceu em 2007, nos preparativos para a Olimpíada, e se casou “rapidinho”, em outubro do ano seguinte. Na cerimônia realizada em Kaunas, na Lituânia, onde Gintare nasceu, Scheidt não se fez de rogado diante da tradição local: atravessou a ponte da cidade histórica carregando a noiva no colo. Hoje com 29 anos, Gintare confidencia que Scheidt chamou a sua atenção pela primeira vez quando ela tinha 18 anos e velejava pela Europa. “Naquela época, ele não era para o meu bico”, brinca Gintare, usando uma expressão lituana cuja tradução literal é “para o meu nariz”. Enquanto Scheidt já tinha uma respeitável série de títulos – e uma medalha olímpica de ouro – a velejadora começava a sua carreira internacional. “Eu nem falava inglês ainda”, diz a atleta lituana. Desde que se casaram, Gintare e Scheidt passam uma parte do ano no Brasil e outra na Europa. Durante a temporada europeia de vela, entre março e setembro, eles vivem na cidade italiana de Torbole,
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a S CL a SSe S o LÍ mPI CaS quando a vela estreou nos jogos olímpicos, na paris de 1900, os barcos eram grandes, com até 12 velejadores a bordo. em 2012, o maior número de tripulantes – três – está previsto para uma classe estreante, a elliot 6 m. as competições náuticas vão acontecer em Weymouth e portland, na costa sul da inglaterra. Serão seis classes para homens e quatro para mulheres.
1 470
2 Laser
3 Star
o barco muito rápido de três velas tem tripulação de duas pessoas e alta sensibilidade ao movimento do corpo do atleta. virou classe olímpica em 1976, em montreal. o nome se deve ao comprimento da embarcação: 470 centímetros. homens e mulheres usam barcos idênticos.
o barco é projetado para um tripulante. o laser Standard tem área de vela maior e se destina às provas masculinas, enquanto o laser radial é reservado às mulheres. entrou para a olimpíada em 1996, quando Scheidt se tornou o primeiro campeão olímpico da classe.
a mais tradicional classe da vela é disputada só por homens. entrou para a olimpíada em 1932, em los angeles. o barco tem duas velas e dois tripulantes. é a atual classe Scheidt, que disputa as provas ao lado de bruno prada. em pequim, em 2008, a dupla levou a prata.
4 rS:X
5 49er
6 Finn
classe olímpica do windsurfe, é disputada individualmente. em vez de barco, o atleta tem como base uma prancha com vela. as provas masculinas começaram em 1984, em los angeles, e as femininas em 1992, em barcelona. as velas das mulheres são menores.
além de uma vela grande, o 49er tem duas asas laterais e o casco fechado. projetado para ser tripulado por dois atletas, o barco estreou como classe olímpica em Sydney, em 2000. para as provas deste ano, ganhou um novo design e mastro de carbono.
como o laser, tem apenas uma vela e um tripulante (masculino), mas pesa quase o dobro – 145 quilos. o velejador precisa ter grande porte, ser forte e pesar em torno de 100 quilos. desde os jogos de helsinque, em 1952, o finn esteve em todas as olimpíadas de verão.
470
laser
VeLeJa Da S De a LTo reNDImeNTo Star
rS:X
dono de 161 títulos, robert Scheidt começou sua coleção de vitórias internacionais com apenas 11 anos, em algarrobo, no chile, quando se tornou campeão sul-americano da classe optimist, um barco de iniciação à vela. a seguir, as principais conquistas:
• Quatro medalhas olímpicas – ouro em atlanta, nos estados unidos (1996) e em atenas, na Grécia (2004); prata em Sydney (2000), na classe laser, e em pequim (2008), na classe Star • Três medalhas de ouro em Jogos pan-americanos na classe laser – em mar del plata, argentina (1995); em Winnipeg, canadá (1999); em Santo domingo, república dominicana (2003) finn
7 elliott 6 m Única classe olímpica com três tripulantes a participar dos jogos de 2012, o elliot 6 m será também o único barco novo das competições. projetado em 2000 na nova Zelândia, o barco tem seis metros de comprimento e destina-se às disputas femininas.
foto: divulgação | pedro dias/agência istoé
• Bicampeão mundial da classe Star, junto com bruno prada – em cascais, em portugal, [2007], e em perth, na austrália, [2011] • octacampeão mundial da classe Laser – na ilha tenerife, espanha (1995); na cidade do cabo, África do Sul (1996); em algarrobo, chile (1997), em cancún, méxico (2000); em cork, irlanda (2001); em cape cod, nos estados unidos (2002); em bodrum, na turquia (2004); e em fortaleza, no ceará (2005) • Campeão mundial Júnior da classe Laser, em largs, na escócia [1991]
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em família Scheidt com a mulher, Gintare (medalha de prata na classe laser em pequim), e o filho, eric: eles dividem o tempo entre a cidade italiana de torbole e São paulo
no norte do lago de Garda. Um dos melhores pontos de windsurfe da Europa, a região também é conhecida por favorecer a prática de esportes como alpinismo e mountain bike. “É um ambiente de montanha com um grande lago no meio”, descreve Scheidt. “A cidade onde moramos é bem pequena, daquelas em que as casas têm cercas baixinhas. Dá para fazer tudo de bicicleta.” Como se não bastasse, o casal tem à disposição o lago de Garda, que abriga uma respeitável flotilha de veleiros e no qual treinam atletas de várias partes do mundo. No Brasil, eles mantêm um apartamento em São Paulo, próximo à represa de Guarapiranga. Costumam treinar em Ilhabela e em Guarapiranga. Em dezembro passado, Gintare e Scheidt aproveitaram um dia de sol para levar o filho, Erik, então com 2 anos e 4 meses, para velejar na represa. Eles tinham acabado de chegar do Mundial de Perth, na Austrália, onde Gintare garantira com antecipação sua vaga para os Jogos de Londres e Scheidt sagrara-se bicampeão da classe Star. Embarcaram no “Joker”, o mesmo barco no qual Scheidt, ainda criança, aprendeu a velejar com o pai. “Tinha uma boia parada, ficamos brincando de passar perto dela. O Erik gostou muito”, relata Scheidt. “Depois paramos numa prainha do outro lado da represa.” Onze meses antes, os velejadores já tinham levado o filho para um passeio no “Joker”. Na ocasião, com apenas 1 ano e 5 meses, Erik ficou um pouco assustado. Tudo indica que o garoto já começou a tomar gosto pelo esporte. Vai ver está no sangue.
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58 julho 2012 | istoé 2016 fotos: arquivo pessoal | divulgação | emiliano capozolli
sustentabilidade
eMPResAs qUe tIveRAM A RePUtAçãO MAnchAdA POR desAstRes hUMAnItáRIOs e ecOLóGIcOs UsAM O PAtROcínIO nA OLIMPíAdA PARA tentAR MOstRAR qUe nãO sãO As vILãs dA hIstóRIA, MAs seU dIscURsO nãO cOnvence Os AtIvIstAs
POR UM JOGO LIMPO por Lucas BesseL
foto: Rafiq Maqbool /AP
As IMAGens de MULheRes MORtAs, de cRIAnçAs defORMAdAs e de uma cidade destruída não são exatamente aquelas que o Comitê Olímpico Internacional (COI) gostaria de ver associadas aos Jogos. Enquanto Londres realiza os últimos preparativos para receber milhares de atletas e turistas, é com essas inconvenientes lembranças que os organizadores e alguns dos patrocinadores têm que lidar. Isso porque entre as empresas que investem na Olimpíada estão ao menos três – Dow, BP e Rio Tinto – que são alvos constantes dos ambientalistas e de entidades de defesa dos direitos humanos. A questão ficou ainda mais em evidência porque esta Olimpíada está sendo chamada de “a mais verde da história”, alegação sustentada por fatos concretos (baixo custo de construção, uso de materiais reciclados e arenas desmontáveis), mas difícil de ser compreendida em meio a discursos excessivamente retóricos. “Empresas como BP e Dow sujam a imagem de sustentabilidade da Olimpíada de Londres”, escreveu o influente professor e ativista americano Jules Boykoff em artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian. “Se o Comitê Olímpico Internacional e os organizadores da Olimpíada de Londres querem que seus programas de patrocínio sejam de fato éticos, eles próprios precisam demonstrar alguma ética e romper os contratos com essas empresas.” Esse tipo de discurso foi repetido à exaustão por ambientalistas e organizações não governamentais dos mais variados ramos de atuação nos meses que antecederam a Olimpíada. Os motivos de tanta animosidade são variados. Ainda estão frescas na memória as imagens da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, operada pela BP, em chamas no Golfo do México após uma explosão que matou 11 operários, em 2010. O que se seguiu foi o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, com 4,9 milhões de barris de petróleo cru vazando nas águas próximas à costa americana. Menos recente, mas ainda mais grave, foi o vazamento de gás tóxico que matou quase instantaneamente mais de três mil pessoas na região de Bhopal, na Índia. Estimativas do governo colocam em mais de
REVOLTA Manifestantes indianos protestam contra o patrocínio olímpico da Dow Chemical. Em entrevista à 2016, executivo da empresa diz que "os que tentam associar a Dow ao incidente da Bhopal não estão bem informados ou orientados”
sustentabilidade
OURO SUJO? Manifestantes protestam em Londres contra a gigante mineradora Rio Tinto, fornecedora do metal utilizado na confecção das medalhas dos Jogos Olímpicos de 2012
dez mil os mortos nas semanas seguintes, sem falar nos danos de longo prazo. A fábrica era operada por uma filial da Union Carbide Corporation, empresa comprada pela Dow Chemical em 2001, que desde então virou alvo de protestos furiosos. Colocados em perspectiva, esses terríveis acidentes parecem ter sido utilizados com pouco critério pelos críticos que atacam os Jogos Olímpicos. O acordo de patrocínio da BP com o COI foi firmado antes mesmo do desastre com a plataforma Deepwater Horizon, e a petrolífera britânica já pagou mais de US$ 6,7 bilhões em indenizações ao governo americano e a habitantes das costas de Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida. Outros US$ 13,3 bilhões foram colocados em um fundo criado pela BP exclusivamente para atender as vítimas do vazamento. A Dow, que comprou a empresa responsável pelo acidente em Bhopal, nunca teve qualquer relação com a filial indiana da Union Carbide, que anos antes já tinha feito um acordo de indenizações com o governo local no valor de US$ 470 milhões – considerado extremamente baixo, dados os danos de longo prazo. “O acordo feito entre o governo da Índia, a Union Carbide e a Union Carbide India Limited aconteceu em 1989, muito antes da
aquisição das ações da Union Carbide pela Dow, em 2001”, disse à 2016 Sandro Sato, responsável pela área de novos negócios da Dow Operações Olímpicas, divisão da empresa que cuida das iniciativas ligadas aos Jogos. “Aqueles que tentam associar a Dow ao incidente não estão bem informados ou orientados”, diz o executivo da empresa química. O discurso e os argumentos, no entanto, ainda não foram suficientes para convencer os ativistas. No site greenwashgold.org – mantido pelas ONGs London Mining Network, Bhopal Medical Appeal e UK Tar Sands Network – críticos dizem que patrocinadores como a gigante mineradora Rio Tinto dão pouca atenção às demandas da população nos locais de suas operações. Entre as alegações está a de que a titã dos minérios, responsável por prover o metal para a confecção das medalhas olímpicas, usa muito da já escassa água da região desértica que abriga a mina de Oyu Tolgoi, na Mongólia. O site também afirma que a poluição causada pelas minas da Rio Tinto no Estado americano de Utah “contribui para centenas de nascimentos prematuros” na área de Salt Lake City. “A Rio Tinto está longe de ser uma mineradora verde”, diz Cherise Udell, da organização Utah Moms for Clean Air. “Em Utah, eles Fotos: Justin Tallis/AFP | Rafiq Maqbool /AP | Gerald Herbert/AP | Shutterstock
são o maior emissor de toxinas responsáveis por causar danos à saúde humana.” Enquanto carecem de fundamentação científica, essas acusações parecem perfeitas para atingir as empresas na questão do patrocínio olímpico. É justamente das minas de Oyu Tolgoi e Utah que vem o metal utilizado para fazer as medalhas da Olimpíada de Londres, por exemplo. d i n h e i r o pa r a l i m pa r a i m ag e m Na luta para limpar a barra, os patrocinadores dos Jogos Olímpicos investem em ações ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Como “parceiro oficial de sustentabilidade”, a BP já colocou centenas de milhões de dólares em programas como o Objetivo Neutro (Target Neutral), que tem por missão neutralizar as emissões de carbono das pessoas que viajarão a Londres para assistir aos Jogos. Ao se cadastrar no site da campanha, o turista informa de onde vem, para onde vai e como vai se locomover. A empresa, então, se compromete a compensar essa poluição implantando, por exemplo, o uso de biomassa no lugar de carvao e lenha em três fábricas de tijolos no estado do Rio de Janeiro. A petrolífera conta com ações nos cinco continentes e diz já ter obtido a adesão de quase 200 mil pessoas ao programa de neutralização de carbono durante a competição olímpica. A Dow, por sua vez, fornece praticamente todos os revestimentos plásticos utilizados nas arenas construídas para os Jogos, enquanto trabalha para que esses materiais sintéticos sejam menos agressivos ao meio ambiente. “O uso de
produtos epóxi com baixo nível de compostos orgânicos voláteis nas piscinas de treinamento ajuda a reduzir os riscos de saúde e a melhorar a segurança ambiental”, diz Sato. A cobertura que ficará em volta do estádio olímpico de Londres também é feita de material 100% reciclável. Ali, serão projetadas imagens dos símbolos e heróis dos Jogos (e nenhuma da logomarca da Dow). Tudo isso pode ser pouco útil se essas empresas não conseguirem fazer o público tomar conhecimento de suas ações no mundo real, no dia a dia das perfurações, das fábricas e das minerações. “A imagem da BP sofreu um arranhão muito grande por causa do acidente no Golfo do México”, diz Eduardo Tomiya, diretor da BrandAnalytics, consultoria especializada em marcas. “Não é apenas o patrocínio na Olimpíada que vai fazer com que tudo melhore. É preciso que as ações de prevenção de acidentes também sejam levadas ao conhecimento das pessoas”, afirma o executivo. Mesmo assim, na visão de Tomiya, o apoio aos Jogos pode ser uma plataforma eficiente no sentido de deixar o público ciente de que a empresa se preocupa em custear um evento que é referência global quando o assunto é fazer o certo. “A causa é muito nobre, o evento é global, o número de esportes é muito grande e as modalidades são bem inclusivas, abrangentes”, afirma. “Essa, sem dúvida, é uma associação muito boa para a marca.” É com essa ligação que as empresas esperam conquistar um público que, nos últimos anos, acostumou-se a vê-las mais por meio de manchetes negativas do que pelos produtos que todos nós usamos todos os dias.
FOGO Sobreviventes do desastre de Bhopal queimam bonecos que representam o presidente do Comitê Organizador de Londres-2012, Sebastian Coe (abaixo). À direita, plataforma da BP arde em chamas no Golfo do México
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HISTÓrIa
play the game
nós, briTânicos, conTribuímos não só para a invenção de esporTes, mas Também ensinamos às pessoas como se diverTir com eles. sem nossa inspiração, muiTas das modalidades nem sequer exisTiriam. Talvez nem a olimpíada Tal qual a conhecemos hoje em dia
por DaviD NicholsoN, de Londres
PIONEIROS Alunos do internato de Rugby correm atrás da bola oval: o esporte foi inventado nessa instituição e por isso recebeu esse nome. Ao lado, convite para um banquete em honra aos nadadores britânicos na Olimpíada de 1908
Tudo começou com dinheiro. Há 350 anos, fazer apostas era algo tão popular na Grã-Bretanha que os mecenas mais ricos começaram a financiar times de críquete e boxeadores para que eles pudessem desafiar os rivais. Alguns esportes já eram bem conhecidos – o futebol havia sido inventado muito tempo antes e no século 16 o rei Henrique VIII era um amante das raquetes de tênis –, mas o incentivo financeiro foi crucial para a difusão de diversas modalidades. Seria injusto, porém, afirmar que o dinheiro foi o único fator determinante. O interesse da elite britânica pela prática esportiva também contribuiu para o surgimento de atividades como golfe, badminton, tênis de mesa, hóquei, corrida de bicicleta, hipismo, pentatlo moderno, esqui e algumas formas de iatismo e remo. Além de criar alguns dos esportes mais populares do planeta, os britânicos definiram regras, administraram organizações e, talvez por isso, estiveram em todas as edições dos Jogos Olímpicos. As escolas britânicas frequentadas pelos ricos sempre deram importância ao desenvolvimento de habilidades esportivas e foram responsáveis pela criação de vários jogos. O rúgbi surgiu em um internato chamado Rugby, e seu nascimento se deu por acaso. Um menino que jogava futebol – e provavelmente não tinha talento com os pés – pegou a bola com as mãos e saiu em disparada, no que foi prontamente perseguido por outros garotos desesperados para recuperar o material do jogo (que mais tarde se tornaria oval). Para se ter uma ideia do papel da elite na disseminação dos esportes, os alunos matriculados em escolas particulares representam hoje apenas 7% de todas as crianças em idade escolar no Reino Unido, embora 30% dos atletas que competirão em Londres 2012 venham dessas instituições privadas. Há razões claras para isso: as escolas particulares têm instalações desportivas muito melhores do que Imagens: Warwickshire Archives | Bob Thomas / Popperfoto
HISTÓrIa
as escolas públicas. As crianças matriculadas em internatos (elas vivem e dormem nas escolas e só saem de lá nas férias) têm mais oportunidades de praticar esportes. Em muitos casos, a razão de ser dessas escolas gira em torno do bom desempenho dos alunos nesse quesito. Fui aluno de escolas públicas durante grande parte do ensino fundamental e completei os cinco últimos anos do colégio em um internato. A diferença foi imensa. Em vez de as crianças competirem pelas notas, a disputa era em torno de quem se destacava nos esportes. O maior prêmio era fazer parte do time de futebol ou de críquete e ganhar pequenos brasões – distribuídos aos melhores jogadores – que os alunos costuram nos ternos dos uniformes. No colégio interno, passávamos todas as tardes de quarta-feira praticando esportes. Viajávamos para outras escolas aos sábados para jogar futebol ou críquete em pequenos campeonatos. Treinávamos no ginásio à noite, jogávamos tênis aos domingos e corríamos 15 quilômetros entre os campos locais para as provas de cross-country. Participávamos dos campeonatos nacionais de esgrima, fazíamos natação duas vezes por semana na própria escola e até praticávamos treinamentos militares, que envolviam outros esportes, como o tiro. Era fácil entender por que o custo dessa educação (que hoje é de cerca de 40 mil libras por ano) valia a pena.
Observe que interessante: o próprio Deus deu uma mãozinha para tornar os britânicos tão bons no incentivo ao esporte. Na cabeça de muitos educadores, praticar qualquer modalidade estava ligado à religião. Manter o corpo e a mente sãos era visto como algo moralmente bom, competir de forma justa e honesta fazia parte do plano divino para cada um. “O esporte desenvolvia o caráter e a moralidade”, diz o historiador Brian Mac. Simplificando: o esporte mantém as crianças problemáticas fora de encrencas e lhes dá algo em que gastar energia. Existe um ditado na Inglaterra que afirma que as Guerras Mundiais do século 20 foram “vencidas nas quadras de Eton”,
mulhERES ESPORTISTAS Antes dos britânicos, elas não tinham vez nas competições. Na foto maior, Charlotte Cooper, a primeira campeã olímpica (Paris, 1900). No alto, a Princesa Anne, que competiu nos Jogos de montreal, em 1976
féRIAS dISPuTAdAS foram os britânicos que, na estação suíça de St. moritz, transformaram o esqui em esporte e inventaram o hóquei no gelo
um dos internatos mais tradicionais da Inglaterra. O que a sabedoria popular quer dizer é que a disciplina, a coragem, a determinação e a força física e atlética necessárias aos soldados podem ser ensinadas e praticadas em quadras de esportes. Crianças adoram ser testadas fisicamente e respondem muito bem às instruções de correr, saltar, escalar e nadar – e respondem ainda melhor quando são colocadas umas contra as outras em um esporte no qual têm a chance de ganhar. Esta é uma parte fantástica da psique britânica: contribuímos não só para a invenção de esportes, mas também ensinamos às pessoas como se divertir (parece presunção, mas é isso mesmo). Hoje, bilhões de pessoas assistem ao futebol na tevê e se divertem com as partidas, mesmo quando elas próprias não jogam. Isso é resultado direto da invenção do futebol britânico, um jogo para ser desfrutado. O Brasil seria um país muito diferente se não fosse pelo futebol. Durante séculos, as pessoas usaram esquis para ir de uma aldeia a outra em áreas montanhosas. Mas somente quando os britânicos chegaram a St. Moritz, em meados do século 19, foi que alguém teve a ideia de esquiar montanha abaixo de forma rápida, transformando essa atividade em um esporte que virou a base dos Jogos Olímpicos de Inverno. A primeira Olimpíada foi disputada na Grécia antiga, no século 8 a.C., como parte de um festival religioso. A competição deixou de acontecer quando os romanos invadiram a região, no século 4 a.C, e reapareceu somente em 1896. Desde então, a cada quatro anos, o esporte volta a ser uma religião (exceto nos anos de 1916, 1940 e 1944, por causa das guerras). Foram as oportunidades de lazer e os esportes que apareceram após a Revolução Industrial que deram origem aos Jogos Olímpicos modernos e, desde então, a Grã-Bretanha teve um papel importante na evolução da Olimpíada. fotos: Popperfoto | Ron Galella/WireImage | Gamma-Keystone / Getty
No século 19, os britâNicos começaram a traNsformar o lazer em esporte e o esporte em competição. além de criar modalidades, eles aprimoraram as regras. no boxe, foram os ingleses que estipularam o uso de luvas, a divisão por rounds e a contagem de dez segundos para o nocauteado
TRAdIçÃO Neta da rainha Elizabeth, Zara Phillips vai competir no hipismo em londres e repete o feito de sua mãe, também atleta
As escolas e as associações desportivas britânicas desenvolveram as regras que ainda existem em muitos esportes. Esse é um aspecto importante de todos eles e faz parte da forma de interagir dos ingleses desde cedo. Se você observar crianças inglesas em um parque, verá que, muitas vezes, elas vão se reunir em grupos e a criança mais velha, mais forte ou mais criativa vai dizer às outras quais regras devem ser seguidas. Talvez isso aconteça em todos os países, mas certamente aconteceu na Grã-Bretanha do século 19, quando o mundo disse: “Ok, estamos de acordo! Então, agora são 11 jogadores em um time de futebol, porque os britânicos disseram que é assim. O goleiro pode usar as mãos, porque eles disseram que pode”, e assim por diante. Resultado disso é que a influência britânica permeia muitos dos esportes jogados hoje em dia, e não só porque eles foram inventados no país, mas também por causa de suas regras. O boxe obedece ao chamado Regimento de Queensbury, concebido em 1865 e aprovado pelo marquês de Queensbury. As regras estipulavam o uso de luvas, os rounds de três minutos e a contagem até dez se um pugilista fosse à lona. Por muitos anos, os britânicos amantes de esportes continuaram a ter forte influência sobre a administração das mais variadas modalidades. Isso é uma verdade até hoje. A
Federação Internacional de Tênis, por exemplo, continua sediada ao sul de Londres, perto de Wimbledon. Mas, conforme os esportes se tornaram mais internacionais, o mesmo aconteceu com sua administração. Algumas modalidades inventadas no Reino Unido agora são sediadas na Suíça (a Fifa é um dos casos) ou em Mônaco, onde está a sede da Associação Internacional de Federações de Atletismo. Os britânicos, no entanto, têm uma relação ainda próxima com os organismos desportivos: a filha da rainha, a princesa Anne, competiu pela Grã-Bretanha na Olimpíada de Montreal, em 1976, no hipismo. Mais tarde, ela foi presidente da Federação Equestre Internacional. A filha de Anne, Zara, vai competir nos Jogos Olímpicos de Londres, na mesma categoria (ela também é casada com um atleta profissional, o jogador de rúgbi Mike Tindall). As mulheres têm seu papel de destaque na popularização do esporte entre os súditos da rainha. Na Grã-Bretanha, elas foram autorizadas a participar de competições muito antes do que em outras parte do mundo. A primeira campeã olímpica da história foi Charlotte Cooper, ganhadora da medalha de ouro de tênis nos Jogos Olímpicos de 1900, em Paris. Em Londres 2012, haverá o mesmo número de mulheres e homens competindo pelo Reino Unido. A Arábia Saudita, em contradição, não tem nenhuma representante do sexo feminino. Nós, britânicos, podemos não ser a maior potência esportiva da atualidade, mas sem nosso espírito inventivo muitas das modalidades nem sequer existiriam. Talvez nem a Olimpíada tal qual a conhecemos hoje em dia.
100 juLho 2012 | istoé 2016 foto: Indigo/Getty
Por AdAlberto leister Filho e Guilherme CostA
A 2016 consultou comitês olímpicos internAcionAis, cruzou dAdos de rAnkings e AvAliou A performAnce dos AtletAs nAs últimAs duAs temporAdAs pArA fAzer projeções de todos os ouros, prAtAs e bronzes que serão distribuídos nos jogos
ApontAr vencedores em competições esportivAs é um exercício complicAdo. por mAis que Alguns AtletAs se Aproximem dA condição de gênios, nem sempre o fAvoritismo é trAduzido em vitóriAs. No ano passado, o jamaicano Usain Bolt, maior velocista da história, queimou a largada no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, e ficou sem medalha. Contusões de última hora podem atingir qualquer um, como aconteceu com a brasileira Juliana Silva, favorita ao ouro no vôlei de praia, às vésperas dos Jogos de Pequim-2008. Isso sem falar na força do imponderável – o Sobrenatural de Almeida, para citar o personagem criado por Nelson Rodrigues –, que, às vezes, transforma figuras secundárias em campeões. Apesar das dificuldades e dos riscos envolvidos, a 2016 encarou o desafio. Para chegar à lista de ouros, pratas e bronzes em modalidades tão díspares quanto esgrima e judô, consultamos comitês olímpicos, rankings internacionais e performances em competições de ponta. No atletismo e na natação, foram examinados o desempenho no último Mundial e as melhores marcas obtidas na temporada passada e na atual. Um atleta com boa regularidade em toda uma temporada tende a ser um medalhista em Londres mais do que um competidor que tenha apenas uma marca significativa. Em modalidades de luta, houve análise do confronto direto entre os principais atletas. Em alguns esportes, como esgrima, tênis, tênis de mesa e badminton, o ranking foi um fator determinante para se estabelecer previsões. Se as projeções da 2016 se confirmarem, o Brasil terá em Londres o melhor desempenho de sua história, com um total de 19 medalhas, das quais 5 de ouro. A conta inclui o ouro inédito no futebol masculino, a primeira medalha da ginástica artística, com Arthur Zanetti nas argolas, e o retorno ao pódio olímpico do boxe, após ausência de 44 anos. Londres-2012 deverá ser também a Olimpíada da confirmação da China como potência olímpica dominante, superando os Estados Unidos no ranking final das nações, a exemplo do que aconteceu em Pequim-2008, quando o país asiático faturou 51 ouros, ante 36 dos americanos. Nas páginas a seguir, você terá as nossas projeções de todas as medalhas que serão distribuídas em Londres. Também preparamos um material especial com as maiores rivalidades que estarão em jogo na Olimpíada, as grandes “barbadas” – atletas e seleções que dificilmente perderão o ouro –, as hegemonias ameaçadas e as beldades que trarão brilho extra ao evento.
119 julho 2012 | istoé 2016
Usain Bolt
AS MAIORES RIVALIDADES > Bolt x Blake O inimigo está ao lado. Não é nenhum americano a principal ameaça à hegemonia do jamaicano Usain Bolt. Yohan Blake, atual campeão mundial dos 100 metros e companheiro de treinos do Relâmpago, é o único que pode encarar Bolt, principalmente nos 200 metros. > estados Unidos x China O confronto direto pela liderança do quadro geral de medalhas deve ser mais acirrado na ginástica artística. Chineses e americanos duelam na maior parte das provas. A China domina o masculino, enquanto os Estados Unidos equilibram a disputa com triunfos no feminino.
> loChte x PhelPs Um duelo de 22 medalhas
olímpicas e 52 em Mundiais. Michael Phelps, maior campeão olímpico da história, é zebra no confronto com o compatriota Ryan Lochte. Os ex-amigos se enfrentam nos 200 e 400 metros medley e nos 200 metros livre, provas em que Phelps é campeão olímpico, e Lochte, dono do ouro no último Mundial. > Cielo x MagnUssen Cesar Cielo é favorito nos 50 metros livre e o australiano James Magnussen, nos 100. A questão é que um quer surpreender o outro na prova em que não é especialista. Enquanto Magnussen treina a velocidade para bater o brasileiro na prova mais rápida da natação, Cielo busca estender o ritmo intenso de suas braçadas para surpreender o Míssil, apelido do adversário. > djokoviC x nadal x Federer O trio que domina o circuito internacional de tênis deve repetir grandes confrontos na Olimpíada. Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer já possuem título na histórica grama de Wimbledon, mas buscam aumentar o rol de conquistas com o ouro olímpico.
> roBert sCheidt/BrUno Prada x ian PerCy/andrew siMPson Ian Percy e Andrew Simpson, campeões olímpicos em Pequim-2008, tinham tudo para se tornar heróis britânicos na raia de Weymouth, que conhecem tão bem. O diabo é que existe uma dupla melhor do que eles. Robert Scheidt e Bruno Prada são atuais bicampeões mundiais e nem devem se lembrar da última vez que perderam para os britânicos. > walsh/May-treanor x jUliana/larissa Um confronto que foi adiado. Elas eram as melhores duplas do mundo na Olimpíada de Pequim-2008, quando Juliana se machucou e ficou de fora dos Jogos, facilitando o caminho das rivais ao título. Depois, as americanas desfizeram a parceria, período em que Walsh aproveitou para ter dois filhos. Agora, tudo como antes, com uma diferença: as americanas perderam 6 dos últimos 8 duelos com as brasileiras, incluindo a decisão do Mundial. Fotos: Dylan Martinez/Reuters | Reprodução Yamamay | Martin Rose/ Bongarts
FederiCa Pellegrini
AS BELAS > anna ChiCherova A russa tem cabelos alourados, olhos verdes, barriga tanquinho, corpo longilíneo com 1,78 metro de altura e 53 quilos. Ah, é campeã mundial e favorita ao ouro no salto em altura.
> Mariana Pajón A Colômbia
andreas thorkildsen
tem sua musa no esporte. Mariana Pajón é campeã mundial de BMX e entra em Londres como uma das favoritas ao pódio. Por trás do macacão e do capacete se escondem pernas bem torneadas e sorriso de ninfeta. > lUCiana ayMar Conhecida na Argentina como Maradona de saias, foi eleita sete vezes a melhor jogadora
> andreas thorkildsen no lançaMento de dardo
do mundo de hóquei sobre grama. Em Londres, a musa dará adeus ao time.
O norueguês Andreas Thorkildsen tenta
> FederiCa Pellegrini A
o inédito tricampeonato olímpico no
italiana, bicampeã mundial dos 200 e 400
lançamento do dardo, o que o colocaria
metros, já colocou piercing nos seios, fez fotos
à frente do ícone tcheco Jan Zelezný,
sensuais (neste retrato, ela aparece seminua
recordista mundial da prova. Mas outro
em uma campanha da marca Yamamay) e
tcheco ameaça o reinado de Thorkildsen:
tem sete tatuagens espalhadas pelo corpo. Anna Kournikova. A russa Maria Sharapova não só ocupou o lugar de musa do tênis mundial como ganhou os títulos com que sua antecessora apenas sonhou. Com a conquista em Roland Garros neste ano, Sharapova entrou para o seleto grupo das tenistas com pelo menos um título em cada um dos quatro torneios de Grand Slam.
Vítezslav Veselý. > aleManha no
AS HEGEMONIAS AMEAÇADAS
> Maria sharaPova Esqueça
adestraMento No balé do hipismo, a Alemanha ganha a prova por equipes desde Montreal-1976. Mas agora os favoritos são os holandeses, que têm um time mais unido. Tão unido que dois integrantes do grupo, Edward Gal e Hans Peter Minderhoud, são também namorados há quase uma década. A dupla assumiu publicamente a relação há dois anos. > Mijain lóPez
na lUta greCo-roMana Maior ídolo do esporte olímpico cubano atual, o tetracampeão mundial e campeão olímpico Mijain López vê-se ameaçado pelo turco Rıza Kayaalp, dez anos mais novo, que o derrotou na final do último Mundial, em Istambul (Turquia).
painel
AS BARBADAS > QUênia na Maratona Que país se dá ao luxo de esnobar um recordista mundial para formar sua equipe olímpica? O Quênia fez isso e solenemente desprezou Patrick Makau para a disputa da maratona. Mesmo assim, ninguém duvida que, em 12 de agosto, Wilson Kipsang, Abel Kirui ou Emmanuel Mutai estará no topo do pódio na prova mais charmosa do atletismo. > estados Unidos no BasQUete FeMinino O verdadeiro Dream Team são elas. As americanas não perdem um jogo em Olimpíadas desde Barcelona-1992 e a espetacular invencibilidade já dura 33 partidas. Agora, elas tentam em Londres o pentacampeonato.
> valentina vezzali na esgriMa Os praticantes são claros: esgrima não é uma luta e sim um jogo. Portanto, Valentina Vezzali é a melhor jogadora da história. Atual tricampeã olímpica do sabre, a italiana tem 13 ouros em Mundiais e dificilmente será jogada fora do pódio em Londres. > teddy riner no jUdô A última derrota do gigante Riner (2,04 m) em sua categoria de peso foi na Olimpíada de Pequim-2008, quando se contentou com o bronze. Quatro anos depois e com seis títulos mundiais no currículo (um recorde), o francês, nascido em Guadalupe, só quer conquistar a única comenda que falta em sua coleção.
> Behdad saliMi no levantaMento de Peso O nome pode ser complicado, mas o iraniano é a nova sensação dos tablados. Bicampeão mundial, Salimi possui 168 quilos distribuídos em 1,85 metro de altura. Foi o suficiente para levantar 464 quilos (somados arranque e arremesso) para ficar com o bicampeonato mundial.
> jaPonesas na lUta FeMinina A luta livre para mulheres entrou no programa olímpico em Sydney-2000. Como no judô, as japonesas dominam as disputas. As quatro que vão a Londres, Hitomi Sakamoto, Saori Yoshida, Kaori Icho e Kyoko Hamaguchi, colecionam nada mais que 29 títulos mundiais. > rússia no nado sinCronizado A equipe russa, composta por oito atletas, é sincronizada nas águas e nas notas, sempre iguais: dez. Atuais tricampeãs olímpicas no dueto e por equipes, as meninas devem ficar com o ouro. > China nos saltos
ornaMentais A China fez estragos no Mundial de esportes aquáticos de Xangai, em 2011, quando ficou com os dez ouros em disputa. Agora, diante da ameaça americana no quadro geral de medalhas, muito da esperança
teddy riner
chinesa de manter a hegemonia olímpica vem de um bom desempenho nos saltos ornamentais. > Ben ainslie na vela Lembra daquele inglês chato que impediu o ouro de Robert Scheidt em Sydney-2000? Ben Ainslie continua brilhando nas águas. Em sua quinta Olimpíada, busca o quarto ouro, o terceiro na classe finn. Para isso, terá que cuidar da cabeça. No ano passado, liderava uma competição, mas brigou com um fotógrafo e foi desclassificado.
Fotos: Franck Fife / AFP
AS APOSTAS DA 2016 Confira nas tabelas a seguir a lista de atletas e países que, de acordo com o nosso estudo exclusivo, são os favoritos para conquistar os ouros, pratas e bronzes distribuídos em todas as competições em Londres. No final, observe o quadro geral de medalhas: Atletismo/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
Arrem. de martelo Betty Heidler (ALE)
Wenxiu Zhang (CHN)
Tatyana Lysenko (RUS)
bronze
Salto em altura
Blanka Vlasic (CRO)
Chaunté Lowe (EUA)
Anna Chicherova (RUS)
100 m
Usain Bolt (JAM)
Yohan Blake (JAM)
Asafa Powell (JAM)
Salto em distância Brittney Reese (EUA)
Olga Kucherenko (RUS)
Sostene Moguenara (ALE)
200 m
Yohan Blake (JAM)
Usain Bolt (JAM)
Churandy Martina (HOL)
Salto triplo
Olha Saladuha (UCR)
Caterine Ibargüen (COL)
Olga Rypakova (CAZ)
400 m
LaShawn Merrit (EUA)
Kirani James (GRN)
Jeremy Wariner (EUA)
Salto com vara
Yelena Isinbayeva (RUS)
Fabiana Murer (BRA)
Alana Boyd (AUS)
800 m
David Rudisha (QUE)
Mohammed Aman (ETI)
Abubaker Kaki (SUD)
Heptatlo
Jessica Ennis (GBR)
Tatyana Chernova (RUS)
Nataliya Dobrynska (UCR)
1.500 m
Asbel Kiprop (QUE)
Silas Kiplagat (QUE)
Chepseba Kiplimo (QUE)
Marcha 20 km
Olga Kaniskina (RUS)
Hong Liu (CHN)
Elena Lashmanova (RUS)
5.000 m
Mo Farah (GBR)
Isiah Kiplangat (QUE)
Bernard Lagat (EUA)
Maratona
Mary Keitany (QUE)
Liliya Shobukhova (RUS)
Tiki Gelana (ETI)
10.000 m
Kenenisa Bekele (ETI)
Mo Farah (GBR)
Ibrahim Jeilan (ETI)
110 m c/ barr.
Liu Xiang (CHN)
David Oliver (EUA)
Dayron Robles (CUB)
400 m c/ barr.
Javier Culson (PUR)
Bershawn Jackson (EUA)
Angelo Taylor (EUA)
3.000 m c/ obst. Paul Koech (QUE)
Ezekiel Kemboi (QUE)
Roba Gari (ETI)
4 x 100 m
Jamaica
EUA
Trinidad e Tobago
4 x 400 m
EUA
Jamaica
África do Sul
Arrem. de peso
Reese Hoffa (EUA)
Christian Cantwell (EUA)
Dylan Armstrong (CAN)
Arrem. de disco
Robert Harting (ALE)
Piotr Malachowski (POL)
Gerd Kanter (EST)
Arrem. de dardo
Vítezslav Veselý (TCH)
bAdminton ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Simples/Masc.
Lee Chong Wei (MAL)
Lin Dan (CHN)
Chen Jin (CHN)
Duplas/Masc.
China
Coreia do Sul
Coreia do Sul
Simples/Fem.
Yihan Wang (CHN)
Xin Wang (CHN)
Shixian Wang (CHN)
Duplas/Fem.
China
China
Coreia do Sul
Duplas/Mistas
China
Indonésia
China
Andreas Thorkildsen (NOR)
Matthias de Zordo (ALE)
bAsQuete
Arrem. de martelo Krisztián Pars (HUN)
Pawel Fajdek (POL)
Koji Murofushi (JAP)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Salto em altura
Ivan Ukhov (RUS)
Robert Grabarz (GBR)
Masculino
EUA
Espanha
Lituânia
Salto em distância Marquise Goodwin (EUA)
Greg Rutherford (GBR)
Mitchell Watt (AUS)
Feminino
EUA
Rep. Tcheca
Rússia
Salto triplo
Christian Taylor (EUA)
Will Claye (EUA)
Phillips Idowu (GBR)
Salto com vara
Renaud Lavillenie (FRA)
Paweł Wojciechowski (POL)
Lázaro Borges (CUB)
Decatlo
Trey Hardee (EUA)
Leonel Suárez (CUB)
Ashton Eaton (EUA)
Marcha 20 km
Jesse Williams (EUA)
Valeriy Borchin (RUS)
Vladimir Kanaykin (RUS)
Wang Zhen (CHN)
Marcha 50 km
Sergey Bakulin (RUS)
Denis Nizhegorodov (RUS)
Jared Tallent (AUS)
Maratona
Wilson Kipsang (QUE)
Abel Kirui (QUE)
Ayele Abshero (ETI)
Atletismo/feminino ProvA
ouro
PrAtA
100 m
Carmelita Jeter (EUA)
Veronica Campbell-Brown (JAM) Shelly-Ann Fraser-Pryce (JAM)
bronze
200 m
Allyson Felix (EUA)
Sanya Richards-Ross (EUA)
400 m
Sanya Richards-Ross (EUA) Amantle Montsho (BOT)
Novlene Williams-Mills (JAM)
800 m
Pamela Jelimo (QUE)
Fantu Magiso (ETI)
Mariya Savinova (RUS)
1.500 m
Abeba Arigawe (ETI)
Genzebe Dibaba (ETI)
Maryam Yusuf Jamal (BRN)
5.000 m
Vivian Cheruiyot (QUE)
Meseret Defar (ETI)
Gelete Burka (ETI)
10.000 m
Tirunesh Dibaba (ETI)
Vivian Cheruiyot (QUE)
Florence Kiplagat (QUE)
100 m c/ barreiras Sally Pearson (AUS)
Brigitte Foster-Hylton (JAM)
Priscilla Lopes-Schliep (CAN)
400 m c/ barreiras Lashinda Demus (EUA)
Melaine Walker (JAM)
Kaliese Spencer (JAM)
Veronica Campbell-Brown (EUA)
3.000 m c/ obst. Milcah Chemos Cheywa (QUE) Sofia Assefa (ETI)
Hiwot Ayalew (ETI)
4 x 100 m
EUA
Jamaica
Ucrânia
4 x 400 m
EUA
Rússia
Jamaica
Arrem. de peso
Valerie Adams (NZL)
Nadzeya Ostapchuk (BLR)
Lijiao Gong (CHN)
Arrem. de disco
Sandra Perkovic (CRO)
Nadine Müller (ALE)
Yanfeng Li (CHN)
Arrem. de dardo
Barbora Špotáková (TCH)
Sunette Viljoen (AFS)
Maria Abakumova (RUS)
boXe mAsculino ProvA
PrAtA
bronze
Mosca-ligeiro 49 kg Zou Shiming (CHN)
ouro
Serdamba Purevdorj (MGL)
David Ayrapetyan (RUS) Shin Zoung (CDS)
Mosca 52 kg
Misha Aloyan (RUS)
Rau'shee Warren (EUA)
Michael Colan (IRL) Andrew Selby (GBR)
Galo 56 kg
Lazaro Alvarez (CUB)
Detelin Dalakliev (BUL)
Sergey Vodopyanov (RUS) John Joe Nevin (IRL)
Leve 60 kg
Vasyl Lomachenko (UCR)
Domenico Valentino (ITA)
Yosniel Lopez (CUB) Albert Selimov (RUS)
Meio-médio
Roniel Iglesias (CUB)
Denys Berintchyk (UCR)
Uranchiimegiin Monkh (MGL) Everton Lopes (BRA)
Médio-ligeiro
Taras Shekestyuk (UCR)
Abbos Atoev (UZB)
Alexis Vestine (FRA) Serik Sapiyev (CAZ)
Médio
Evhen Khytrov (UCR)
Ryota Murata (JAP)
Emilio Correa (CUB) Abbos Atoev (UZB)
Meio-pesado
Egor Makhontsev (RUS)
Julio Cesar De La Cruz (CUB)
Elshod Rasulov (UZB) Adibek Niyazmbetov (CAZ)
Pesado
Oleksandr Usyk (UCR)
Artur Beterbiyev (RUS)
Clemente Russo (ITA) Teymur Mammadov (AZE)
Superpesado
Anthony Joshua (GBR)
Magomedrasul Medhidov (AZE) Viktar Zuyev (BLR) Magomedrasul Medzhidov (AZE) 123 julho 2012 | istoé 2016
painel boXe feminino
ciclismo PistA/mAsculino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Mosca
Nicola Adams (GBR)
Ren Cancan (CHN)
Elena Sevelyeva (RUS) Mary Kom (IND)
Keirin
Chris Hoy (GBR)
Maximilian Levy (ALE)
Scott Sunderland (AUS)
Leve
Katye Taylor (IRL)
Natasha Jonas (GBR)
Sofya Ochigava (RUS) Mavzuna Chorieva (TJK)
Omnium
Glen Oshea (AUS)
Zachary Bell (CAN)
Elia Viviani (ITA)
Sprint
Chris Hoy (GBR)
Gregoury Baugé (FRA)
Robert Förstemann (ALE)
Médio
Nadezda Torlopova (RUS)
Savannah Marshall (GBR)
Elena Vystropova (AZE) Claressa Shields (EUA)
Perseg. por equipes Grã-Bretanha
Austrália
Nova Zelândia
Sprint por equipes Grã-Bretanha
França
Austrália
ciclismo bmX
cAnoAgem velocidAde/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
C1-1000 m
David Cal (ESP)
Atila Vajda (HUN)
Vadim Menkov (UZB)
C1-200 m
Valentin Demyanenko (AZE) Afonso Benavides (ESP)
Ivan Shtyl (RUS)
C2-1000 m
Azerbaijão
República Tcheca
K1-1000 m
Adam Van Koeverden (CAN) Max Roff (ALE)
Anders Gustafsson (SUE)
K1-200 m
Piotr Sieminowski (POL)
Ed Mckeever (GBR)
Ronald Rauhe (ALE)
K2-1000 m
Eslováquia
Rússia
Hungria
K2-200 m
França
Grã-Bretanha
Espanha
K4-1000 m
Alemanha
Rússia
Eslováquia
Alemanha
cAnoAgem slAlom/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
C1
Tony Estanguet (FRA)
Michal Martikan (SLO)
Nico Bettge (ALE)
C2
Pavol Hochschorner/ Denis Chanut/ Peter Hochschorner (SLK) Fabien Lefevrea (FRA)
David Florence/ Richard Hounslow (GBR)
K1
Peter Kauzer (SLO)
Alexander Grimm (ALE)
Mateusz Polaczyk (POL)
ProvA
PrAtA
bronze
Individual/Masc. Maris Strombergs (LET)
ouro
Marc Willers (NZL)
Joris Daudet (FRA)
Individual/Fem.
Mariana Pajon (COL)
Shanaze Reade (GBR)
Sarah Walker (NZL)
ciclismo PistA/feminino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Keirin
Ana Mears (AUS)
Simona Krupeckaite (LIT)
Ekaterina Gnidenko (RUS)
Omnium
Anette Admondson (AUS)
Laura Tott (GBR)
Sarah Hammer (EUA)
Sprint
Victoria Pendleton (GBR)
Ana Mears (AUS)
Simona Krupeckaite (LIT)
Perseg. por equipes Grã-Bretanha
Austrália
Nova Zelândia
Sprint por equipes Alemanha
Austrália
Grã-Bretanha
ciclismo mountAin bike/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Cross country
Julien Absalon (FRA)
Nino Schurter (SUI)
Jaroslav Kulhavý (TCH)
ciclismo mountAin bike/feminino cAnoAgem velocidAde/feminino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Cross country
Maja Wloszczowska (POL)
Catharine Prendel (CAN)
Willow Koerber (EUA)
PrAtA
bronze
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
K1-200 m
Natasa Janics (HUN)
Lisa Carrington (NZL)
Marta Walczykiewicz (POL)
K1-1500 m
Nicola Reinhardt (ALE)
Danuta Kozak (HUN)
Inna Osypenko (UCR)
esgrimA/mAsculino
K2-500 m
Áustria
Hungria
Alemanha
ProvA
K4-500 m
Hungria
Alemanha
Belarus
ouro
Espada individual Paolo Pizzo (ITA)
Nikolai Novosjov (EST)
Bas Verwiljen (HOL)
Florete individual Andrea Cassará (ITA)
Peter Joppich (ALE)
Andrea Baldini (ITA)
cAnoAgem slAlom/feminino
Sabre individual
Aldo Montano (ITA)
Luigi Tarantini (ITA)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Florete por equipes Itália
China
França
K1
Corina Kuhnlea (AUT)
Jana Dukatová (SVK)
Emilie Fer (FRA)
Sabre por equipes Itália
Alemanha
Rússia
PrAtA
bronze
Nicolas Limbach (ALE)
esgrimA/feminino
ciclismo estrAdA/mAsculino
ProvA
ouro
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Contra o relógio
Fabian Cancellara (SUI)
Tony Martin (ALE)
Bradley Wiggins (GBR)
Espada individual Sun Yugie (CHN)
Ana Maria Branza (ROM)
Simona Gherman (ROM)
Fabian Cancellara (SUI)
Florete individual Valentina Vezalli (ITA)
Elisa Di Francisca (ITA)
Nam Hyun Hee (CDS)
Sabre individual
Corrida
Mark Cavendish (GBR)
Philippe Gilbert (BEL)
ciclismo estrAdA/feminino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Contra o relógio
Emma Pooley (GBR)
Judith Arndt (ALE)
Kristin Armstrong (EUA)
Corrida
Marianne Vos (HOL)
Giorgia Bronzini (ITA)
Emma Johansson (SUE)
Mariel Zagunis (EUA)
Olga Kharlan (UCR)
Florete por equipes Itália
Sofya Velikaya (RUS)
Rússia
Coreia do Sul
Espada por equipes China
Romênia
Itália
futebol ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Masculino/equipes Brasil
Espanha
México
Feminino/equipes EUA
Japão
Brasil
Adestramento/ Individual
Edward Gal (HOL)
Laura Bechtolsheimer (GBR)
Isabel Werth (ALE)
Adestramento/ Equipes
Holanda
Alemanha
Grã-Bretanha
hóQuei sobre A grAmA
ginásticA ArtísticA/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Solo
Kohei Uchimura (JAP)
Zou Kai (CHN)
Diego Hypólito (BRA)
Salto sobre a mesa Anton Golotsutskov (RUS)
Yang Hak Seon (CDS)
Thomas Bouhail (FRA)
Barras paralelas Feng Zhe (CHN)
Vasileios Tsolakidis (GRE)
Danell Leyva (EUA)
Cavalo com alça Krisztián Berki (HUN)
Louis Smith (GBR)
Cyril Tommasone (FRA)
Barra fixa
Zou Kai (CHN)
Zhang Chenglong (CHN)
Fabian Hambüchen (ALE)
Argolas
Chen Yibing (CHN)
Arthur Zanetti (BRA)
Yan Mingyong (CHN)
Individual geral
Kohei Uchimura (JAP)
Philipp Boy (ALE)
Daniel Purvis (GBR)
Equipes
China
Japão
EUA
ginásticA ArtísticA/feminino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Trave
Lu Sui (CHN)
Yao Jinnan (CHN)
Jordyn Wieber (EUA)
Solo
Lauren Mitchell (AUS)
Ksenia Afanasyeva (RUS)
Sui Lu (CHN)
Salto sobre a mesa McKayla Maroney (EUA)
Oksana Chusovitina (ALE)
Alicia Sacramone (EUA)
Barras assimétricas Viktoria Komova (RUS)
Beth Tweddle (GBR)
Huang Qiushuang (CHN)
Individual geral
Jordyn Wieber (EUA)
Viktoria Komova (RUS)
Aliya Mustafina (RUS)
Equipes
Estados Unidos
Rússia
China
ginásticA rítmicA/feminino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Equipes/Masc.
Austrália
Alemanha
Holanda
Equipes/Fem.
Holanda
Argentina
Austrália
Judô/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Ligeiro
Richod Sobirov (UZB)
Hiroaki Hiroaka (JAP)
Georgii Zantaraia (UCR) Arsen Galstyan (RUS)
Meio-leve
Masashi Ebiuna (JAP)
Tsagaanbaatar Khashbaatar (MGL) Musa Mogushkov (RUS) Leandro Cunha (BRA)
Leve
Riki Nakaya (JAP)
Dex Elmont (HOL)
Ki Chun Wang (CDS) Navru Jurakobilov (UZB)
Meio-médio
Jae Bum Kim (CDS)
Leandro Guilheiro (BRA)
Enur Mamadli (AZE) Ole Bischof (ALE)
Médio
Ilias Iliadis (GRE)
Masashi Nishiyama (JAP)
Asley Gonzalez (CUB) Kirik Voprosov (RUS)
Meio-pesado
Takamasa Anai (JAP)
Henk Grol (HOL)
Maxim Rakov (CAZ) Sergei Samoilovich (RUS)
Pesado
Teddy Rinner (FRA)
Andreas Toelzer (ALE)
Sung Min Kim (CDS) Oscar Braysson (CUB)
Judô/feminino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Individual geral
Yevgenya Kanayeva (RUS)
Daria Kondakova (RUS)
Aliya Garayeva (AZE)
Ligeiro
Haruna Asami (JAP)
Sarah Menezes (BRA)
Equipes
Itália
Rússia
Bulgária
Eva Csernoviczki (HUN) Alina Dumitru (ROM)
Meio-leve
Yuka Nishida (JAP)
Ana Carrascosa (ESP)
Soraya Haddad (ALG) Bundma Munkhbaatar (MGL)
Leve
Aika Sato (JAP)
Corina Caprioriu (ROM)
Rafaela Silva (BRA) Telma Monteiro (POR)
Meio-médio
Yoshie Ueno (JAP)
Gevrise Emane (FRA)
Urska Zolnir (SLO) Anick Van Emdem (HOL)
Médio
Lucie Decosse (FRA)
Edith Bosch (HOL)
Yoriko Kunihara (JAP) Anet Meszaros (HUN)
Meio-pesado
Akari Ogata (JAP)
Mayra Aguiar (BRA)
Kayla Harrison (EUA) Audrey Tcheumeo (FRA)
Pesado
Wen Tong (CHN)
Megumi Tachimoto (JAP)
Elena Ivashchenko (RUS) Idalys Ortiz (CUB)
ginásticA trAmPolim ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Individual/Masc. Dong Dong (CHN)
Lu Chunlong (CHN)
Masaki Ito (JAP)
Individual/Fem.
Rosannagh MacLeannan (CAN) Li Dan (CHN)
He Wenna (CHN)
hAndebol ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Equipes/Masc.
França
Dinamarca
Espanha
Equipes/Fem.
Noruega
Rússia
França
hiPismo/misto ProvA
PrAtA
bronze
Saltos/Individual Ludger Berbaum (ALE)
ouro
Eric Lamaze (CAN)
Goran Bentson (SUE)
Saltos/Equipes
Alemanha
EUA
Bélgica
CCE/Individual
Michael Jung (ALE)
Andrew Nicholson (NZL)
William Fox (GBR)
CCE/Equipes
Grã-Bretanha (GBR)
Canadá (CAN)
Nova Zelândia (NZL)
125 julho 2012 | istoé 2016
painel levAntAmento de Peso/mAsculino
lutA greco-romAnA/mAsculino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
ProvA
ouro
PrAtA
Até 56 kg
Wu Jingbiao (CHN)
Long Qingquan (CHN)
Valentin Hristov (AZE)
Até 55 kg
Rovshan Bayramov (AZE)
Hamid Soryan Reihanpour (IRI) Roman Amoyan (ARM) Elbek Tazhyiev (BLR)
Até 60 kg
Almat Kebispayev (CAZ)
Hasan Aliyev (AZE)
Até 66 kg
Manuchar Tskhadaia (GEO) Ambako Vachadze (RUS)
Saeid Mourad Abdvali (IRI) Pedro Mulen (CUB)
Até 74 kg
Selcuk Cebi (TUR)
Arsen Julfalakyan (ARM)
Roman Vlasov (RUS) Neven Zugaj (CRO)
Até 84 kg
Nazmi Avluca (TUR)
Damian Janikowski (POL)
Alim Selimov (BLR) Pablo Shorey Hernandez (CUB)
Até 96 kg
Jimmy Lidberg (SUE)
Aslanbek Khushtov (RUS)
Elis Guri (BUL) Amir Aliakbari (IRI)
Até 120 kg
Riza Kayaalp (TUR)
Mijain López (CUB)
Nurmakhan Tinaliev (CAZ) Youri Patrikeev (ARM)
PrAtA
bronze
Individual/Masc. Thomas Lurz (ALE)
Spyridon Gianniotis (GRE)
Sergey Bolshakov (RUS)
Individual/Fem.
Martina Grimaldi (ITA)
Melissa Gorman (AUS)
Até 62 kg
Zhang Jie (CHN)
Kim Un Guk (CDN)
Eko Yuli Irawan (INA)
Até 69 kg
Tang Deshang (CHN)
Oleg Chen (RUS)
Mete Binay (TUR)
Até 77 kg
Lu Xiaojun (CHN)
Tigran G. Martirosyan (ARM)
Su Dajin (CHN)
Até 85 kg
Kianoush Rostami (IRI)
Adrian Zielinski (POL)
Benjamin Hennequin (FRA)
Até 94 kg
Artem Ivanov (UCR)
Ilya Ilin (CAZ)
Até 105 kg
Khadzhimurat Akkayev (RUS) Dmitry Klokov (RUS)
Mais de 105 kg
Behdad Salimi Kordasiabi (IRI) Sajjad Anoushirvani Hamlabad (IRI) Jeon Sang-Guen (CDS)
Alexandr Ivanov (RUS) Marcin Dolega (POL)
levAntAmento de Peso/feminino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Até 48 kg
Tian Yuan (CHN)
Nurcan Taylan (TUR)
Sibel Özkan (TUR)
Até 53 kg
Aylin Dasdelen (TUR)
Zulfiya Chinshanlo (CAZ)
Chen Xiaoting (CHN)
Até 58 kg
Anastassia Novikava (BLR)
Li Xueying (CHN)
Pimsiri Sirikaew (TAI)
Até 63 kg
Maiya Maneza (CAZ)
Svetlana Tsarukayeva (RUS)
Ouyang Xiaofang (CHN)
Até 69 kg
Oxana Slivenko (RUS)
Xiang Yanmei (CHN)
Tatiana Matveeva (RUS)
Até 75 kg
Svetlana Podobedova (CAZ) Nadezhda Evstyukhina (RUS)
Cao Lei (CHN)
Mais de 75 kg
Zhou Lulu (CHN)
Mariam Usman (NIG)
Tatiana Kashirina (RUS)
bronze
Omid Noroozi (IRI) Zaur Kuramagomedov (RUS)
mArAtonA AQuáticA ProvA
ouro
Keri-Anne Payne (GBR)
nAdo sincronizAdo/feminino
lutA livre/mAsculino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Dueto
Rússia
China
Espanha
Equipes
Rússia
China
Espanha
PrAtA
bronze
Cesar Cielo (BRA)
James Magnussen (AUS)
Adrian Nathan (EUA)
James Magnussen (AUS)
Brent Hayden (CAN)
Cesar Cielo (BRA)
Ryan Lochte (EUA)
Ricky Berens (EUA)
Paul Biedermann (ALE)
Yang Sun (CHN)
Tae Hwan Park (CDS)
Paul Biedermann (ALE)
1500 m livre
Yang Sun (CHN)
Ryan Cochrane (CAN)
Gerko Kis (HUN)
100 m costas
Camille Lacourt (FRA)
Jeremy Stravius (FRA)
Ryosuki Irie (JAP)
200 m costas
Ryan Lochte (EUA))
Ryosuki Irie (JAP)
Tyler Clary (EUA)
100 m peito
Kosuke Kitajima (JAP)
Fabio Scozzoli (ITA)
Felipe França (BRA)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Até 55 kg
Victor Lebedev (RUS)
Radoslav Velikov (BUL)
Daulet Niyazbekov (CAZ) Hassan Rahimi (IRI)
Até 60 kg
Besik Kudukhov (RUS)
Zelimkhan Huseinov (AZE)
Vasyl Fedorishin (UCR) Franklin Gómez (PUR)
Até 66 kg
Mehdi Taghavi Kermani (IRI) Yabrail Hasanov (AZE)
Tatsuhiro Yonemitsu (JAP) Sushil Kumar (IND)
ProvA
50 m livre
Até 74 kg
Saderg Goudarzi (IRI)
Jordan Burroughs (EUA)
Denis Tsargush (AZE) Denis Tsargush (RUS)
100 m livre
Até 84 kg
Sharif Sharifov (AZE)
Ibragim Aldatov (UCR)
Dato Marsagishvili (GEO) Zaurbek Sokhiev (UZB)
200 m livre 400 m livre
Até 96 kg
Khetag Gazumov (AZE)
Reza Yazdani (IRI)
Serhat Balci (TUR) Elizbari Odikadze (GEO)
Até 120 kg
Beylal Makhov (RUS)
Aleksey Shemarov (BLR)
Davit Modzmanashvili (GEO) Tervel Dlagnev (EUA)
200 m peito
Kosuke Kitajima (JAP)
lutA livre/feminino
nAtAção/mAsculino ouro
Daniel Gyurta (HUN)
Naoya Tomita (JAP)
100 m borboleta Michael Phelps (EUA)
Tyler McGill (EUA)
Jason Dunford (QUE)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
200 m borboleta Michael Phelps (EUA)
Takeshi Matsuda (JAP)
Peng Wu (CHN)
Até 48 kg
Hitomi Sakamoto (JAP)
Mariya Stankik (AZE)
Carol Hyunh (CAN) Zhuldyz Eshimova (RUS)
200 m medley
Ryan Lochte (EUA)
Michael Phelps (EUA)
Laszlo Cseh (HUN)
Até 55 kg
Saori Yoshida (JAP)
Tonya Verbeek (CAN)
Maria Gurova (RUS) Tetyana Lazareva (UCR)
400 m medley
Ryan Lochte (EUA)
Tyler Clary (EUA)
Laszlo Cseh (HUN)
4 x 100 m livre
Austrália
EUA
França
Até 63 kg
Kaori Ischo (JAP)
Kim Ram Mi (CDN)
Martine Dugranier (CAN) Marianna Sastin (HUN)
4 x 200 m livre
EUA
França
Alemanha
Austrália
Japão
Até 72 kg
Stanka Zlateva (BUL)
Ekaterina Bukina (RUS)
Wang Jiao (CHN) Ali Bernard (EUA)
4 x 100 m medley EUA
nAtAção/feminino
sAltos ornAmentAis/mAsculino
ProvA
ouro
50 m livre
Ranomi Kromowidjojo (HOL) Therese Alshammar (HOL)
PrAtA
bronze
ProvA
PrAtA
bronze
Marleen Veldhuis (HOL)
Plataforma de 10 m Qiu Bo (HN)
ouro
David Boudia (EUA)
Thomas Daley (GBR)
100 m livre
Sarah Sjostorm (SUE)
Jeanette Ottesen (DIN)
Ranomi Kromowidjojo (HOL)
Plat. de 10 m sinc. China
Alemanha
México
200 m livre
Federica Pellegrini (ITA)
Melissa Franklin (EUA)
Camille Muffat (FRA)
Trampolim de 3 m He Chong (CHN)
Qin Kai (CHN)
Ilya Zakharov (RUS)
400 m livre
Rebeca Adlington (GBR)
Federica Pellegrini (ITA)
Camille Muffat (FRA)
Tramp. de 3 m sinc.China
Rússia
EUA
800 m livre
Rebeca Adlington (GBR)
Kate Ziegler (EUA)
Mireia Belmonte (ESP)
100 m costas
Zhao Jing (CHN)
Natalie Coughlin (EUA)
Anastasia Zueva (RUS)
sAltos ornAmentAis/feminino
200 m costas
Melissa Franklin (EUA)
Belinda Hocking (AUS)
Elizabeth Beisel (EUA)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Chen Ruolin (CHN)
100 m peito
Rebecca Soni (EUA)
Leisel Jones (AUS)
Ju Liping (CHN)
Plat. de 10 m
Hu Yadan (CHN)
Paola Espinosa (MEX)
200 m peito
Rebecca Soni (EUA)
Yuliya Yefimova (RUS)
Ye Sun (CHN)
Plat. de 10 m sinc. China
Austrália
Alemanha
100 m borboleta Dana Vollmer (EUA)
Alicia Coutts (AUS)
Sarah Sjostorm (SUE)
Trampolim de 3 m He Zi (CHN)
Wu Minxia (CHN)
Jennifer Abel (CAN)
200 m borboleta Zige Liu (CHN)
Jiao Liuyang (CHN)
Ellen Gandy (GBR)
Tramp. de 3 m sinc.China
Itália
Canadá
200 m medley
Shiwen Ye (CHN)
Stephanie Rice (AUS)
Alicia Coutts (AUS)
400 m medley
Elizabeth Beisel (EUA)
Stephanie Rice (AUS)
Mireia Belmonte (ESP)
tAe kwon do/mAsculino
4 x 100 m livre
Holanda
EUA
Alemanha
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
4 x 200 m livre
EUA
Austrália
China
Até 58 kg
Joel González (ESP)
Chutchawal Khawlaor (TAI)
China
Rússia
Park Ji-Woong (CDS) Gabriel Mercedes (DOM)
Até 68 kg
Servet Tazegül (TUR)
Mohammad Bagheri (IRI)
Rohullah Nikpai (AFG) Lee Dae-Hoon (CDS)
Até 80 kg
Farzad Abdollahi (IRI)
Yunus Sari (TUR)
Ramin Azizov (AZE) Nicolás García (ESP)
Mais de 80 kg
Cha Dong-Ming (CDS)
Yousef Karami (IRI)
Carlo Molfetta (ITA) Akmal Irgashev (UZB)
4 x 100 m medley EUA
PentAtlo moderno ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Individual/Masc. Andrey Moiseyev (RUS)
Serguey Karyakin (RUS)
Adam Morosi (HUN)
Individual/Fem.
Lena Schonebor (ALE)
Viktoria Terechuk (UCR)
Amelie Caze (FRA)
Polo AQuático
tAe kwon do/feminino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Equipes/Masc.
Itália
Sérvia
Hungria
Até 49 kg
Wu Jingyu (CHN)
Yang Shu-Chun (TPE)
Equipes/Fem.
EUA
Rússia
Itália
Kim So-Hui (CDS) Brigitte Yagüe Enrique (ESP)
Até 57 kg
Hou Yuzhuo (CHN)
Tseng Pei-Hua (TPE)
Jade Jones (GBR) Ana Zaninovic (CRO)
Até 67 kg
Hwang Kyung-Sun (CDS)
Sarah Stevenson (GBR)
Guo Yunfei (CHN) Helena Fromm (ALE)
Mais de 67 kg
Anne Caroline Graffe (FRA)
An Sae-Bom (CDS)
Anastasia Baryshnikova (RUS) Rosana Simón (ESP)
remo/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Skiff simples
Mahe Drysdale (NZL)
Ondrej Synek (TCH)
Allan Campbell (GBR)
Dois sem
Nova Zelândia
Grã-Bretanha
Itália
Skiff duplo
Nova Zelândia
França
Alemanha
Skiff duplo peso leve Grã-Bretanha
Nova Zelândia
Itália
Quatro sem
Grã-Bretanha
Grécia
Austrália
Skiff quádruplo
Austrália
Alemanha
Croácia
Quatro sem peso leve Austrália
Grã-Bretanha
Alemanha
Oito com
Grã-Bretanha
Austrália
Alemanha
tênis/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Simples
Novak Djokovic (SER)
Rafael Nadal (ESP)
Roger Federer (SUI)
Duplas
Bob Bryan/ Mike Bryan (EUA)
Mariusz Fyrstenberg/ Marcin Matkowski (POL)
Andy Murray/ Jamie Murray (GBR)
Skiff simples
Ekaterina Karsten (BLR)
Mirka Knapkova (TCH)
Emma Twig (NZL)
Dois sem
Grã-Bretanha
Nova Zelândia
Austrália
tênis/feminino
Skiff duplo
Austrália
Nova Zelândia
Grã-Bretanha
Simples
Maria Sharapova (RUS)
Victoria Azarenka (BLR)
Petra Kvitova (TCH)
Skiff duplo peso leve Grécia
Grã-Bretanha
Canadá
Duplas
Skiff quádruplo
Alemanha
EUA
Ucrânia
Liezel Huber/ Lisa Raymond (EUA)
Sara Errani/ Roberta Vinci (ITA)
Nadia Petrova/ Elena Vesnina (RUS)
Oito com
EUA
Canadá
Grã-Bretanha 127 julho 2012 | istoé 2016
painel tênis/misto
triAtlo
ProvA
ouro
Duplas
Gisela Dulko/ Nenad Zimonjic/ Juan Martin del Potro (ARG) Ana Ivanovic (SER)
PrAtA
bronze
Individual
Alistair Brownlee (GBR)
Javier Gómez (ESP)
Jonathan Brownlee (GBR)
Radek Stepanek/ Petra Kvitová (TCH)
Individual
Helen Jenkins (GBR)
Andrea Hewitt (NZL)
Emma Moffatt (AUS)
velA
tênis de mesA/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Simples
Wang Hao (CHN)
Zhang Jike (CHN)
Timo Boll (ALE)
Equipes
China
Cingapura
Alemanha
tênis de mesA/feminino
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
470
Mattew Belcher/ Malcolm Page (AUS)
Sime Fantela/ Igor Marenic (CRO)
Luke Patience/ Stuart Bithell (GBR)
49er
Nathan Outteridge/ Iain Jensen (AUS)
Peter Burling/ Blair Tuke (NZL)
Pietro Sibello/ Gianfranco Sibello (ITA)
Finn
Ben Ainslie (GBR)
Pieter Jan Postma (HOL)
Rafael Trujillo (ESP)
Tom Slingsby (AUS)
Paul Goodison (GBR)
Andrew Murdoch (NZL)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Laser
Simples
Ding Ning (CHN)
Li Xiaoxia (CHN)
Feng Tianwei (CIN)
Rs:x
Piotr Myszka (POL)
Nimrod Mashich (ISR)
Dorian van Rijsselberge (HOL)
Japão
Star
Robert Scheidt/ Bruno Prada (BRA)
Andrew Simpson Ian Percy/ (GBR)
Mateusz Kusznierwicz/ Dominik Zicki (POL)
470
Lisa Westerhof/ Lobke Berkhout (HOL)
Tara Pacheco/ Berta Betanzos (ESP)
Gil Cohen/ Vered Buskila (ISR)
Laser radial
Marit Bouwmeester (HOL) Evi Van Acker (BEL)
Paige Railey (EUA)
Match racing
EUA
Grã-Bretanha
França
Rs:x
Marina Alabau (ESP)
Lee Korzits (ISR)
Alessandra Sensini (ITA)
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Equipes/Masc.
Rússia
Polônia
Estados Unidos
Equipes/Fem.
EUA
Rússia
Brasil
PrAtA
bronze
Equipes
China
Cingapura
tiro com Arco/mAsculino ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Equipes
Coreia do Sul
Itália
França
Individual
Kim Woojin (CDS)
Brady Elisson (EUA)
In Dong Hyun (CDS)
tiro com Arco/feminino
vôlei
ProvA
ouro
PrAtA
bronze
Individual
Dasome Jung (CDS)
Natalia Valeeva (ITA)
Denisse Van Lemoen (CHI)
Equipes
Coreia do Sul
Índia
Itália
tiro esPortivo/mAsculino Pistola de ar 10 m Tomoyuki Matsuda (JAP)
Leonid Ekimov (RUS)
Jong Oh Jin (CDS)
Carabina 10 m
Peter Sidi (HUN)
Nicolo Campriani (ITA)
Pistola Tiro rápido 25 m Alexei Klimov (RUS)
Zhang Jian (CHN)
Christin Reitz (ALE)
Pistola 50 m
Quinan Zhu (CHN)
Andrija Zlatic (SER)
Leonid Ekimov (RUS)
Carabina 50 m 3 posições Nicolo Campriani (ITA)
Tomoyuki Matsuda (JAP)
Kristian Ole (NOR)
Jason Parker (EUA)
Carabina 50 m
Eric Uptagrafft (EUA)
Valerian Sauplane (FRA)
Serguey Martinov (BLR)
Fossa dublê
Juan Aramburu (ESP)
Tore Brovold (NOR)
Joshua Richmond (EUA)
Skeet
Tore Brovold (NOR)
Vicent Hancock (EUA)
Enio Falco (ITA)
Alexey Alipov (RUS)
Li Yajun (CHN)
PrAtA
bronze
Pistola de ar 10 m Zorana Arunovic (SER)
Yuling Su (CHN)
Lalita Yauhleuskaya (AUS)
Carabina 10 m
Liuxi Wu (CHN)
Yi Siling (CHN)
Elania Nardelli (ITA)
Fossa olímpica Giovani Palliello (ITA)
tiro esPortivo/feminino ProvA
ouro
Pistola 25 m
Chen Ying (CHN)
Yulia Alipava (RUS)
Munkbayar Dorjuren (ALE)
Carabina 50 m 3 posições
Barbara Engleder (ALE)
Li Peijing (CHN)
Sonja Pfeilschifter (ALE)
Skeet
Kim Rhode (EUA)
Wei Ning (CHN)
Chiara Cainero (ITA)
Fossa olímpica Zuzana Stefecekova (SLK) Liu Yingzi (CHN)
Corey Cogdell (EUA)
vôlei de PrAiA ProvA
ouro
Duplas/Masc.
Emanuel/Alisson (BRA) Rogers/Dalhausser (EUA)
Ricardo/Pedro Cunha (BRA)
Duplas/Fem.
Juliana/Larissa (BRA)
Zhang Xi/Xue (CHN)
Walsh/May-Treanor (EUA)
QUADRO FINAL DE MEDALHAS vwv z
rAnking
PAís
ouro
PrAtA
bronze
totAl
rAnking
PAís
ouro
PrAtA
bronze
totAl
1
CHN China
44
29
23
96
38
UZB Uzbequistão
1
1
6
8
2
EUA Estados Unidos
42
26
26
94
39
SUI Suíça
1
1
2
4
3
RUS Rússia
23
33
33
89
40
ARG Argentina
1
1
0
2
4
GBR Reino Unido
22
18
19
59
41
GEO Geórgia
1
0
3
4
5
JAP Japão
17
8
8
33
42
IRL Irlanda
1
0
2
3
6
AUS Austrália
14
13
13
40
43
PUR Porto Rico
1
0
1
2
7
ALE Alemanha
13
17
23
53
44
LET Letônia
1
0
0
1
8
ITA Itália
11
11
16
38
MAL Malásia
1
0
0
1
9
FRA França
10
7
15
32
46
ROM Romênia
0
3
2
5
10
HOL Holanda
8
5
7
20
47
MGL Mongólia
0
2
2
4
11
QUE Quênia
8
5
3
16
ARM Armênia
0
2
2
4
12
CDS Coreia do Sul
7
4
13
24
BEL Bélgica
0
2
1
3
13
UCR Ucrânia
6
2
9
17
CIN Cingapura
0
2
1
3
14
NZL Nova Zelândia
5
8
5
18
ISR Israel
0
2
1
3
15
BRA Brasil
5
5
9
19
COL Colômbia
0
2
0
2
16
AZE Azerbaijão
5
5
8
18
CDN Coreia do Norte
0
2
0
2
17
IRI Irã
5
5
4
14
DIN Dinamarca
0
2
0
2
18
TUR Turquia
5
2
3
10
TPE Taiwan
0
2
0
2
19
ESP Espanha
4
7
10
21
56
LIT Lituânia
0
1
2
3
20
HUN Hungria
4
5
9
18
57
AFS África do Sul
0
1
1
2
21
POL Polônia
3
8
3
14
EST Estônia
0
1
1
2
22
JAM Jamaica
3
7
5
15
INA Indonésia
0
1
1
2
23
ETI Etiópia
3
5
6
14
TAI Tailândia
0
1
1
2
24
BLR Belarus
3
3
4
10
BOT Botsuana
0
1
0
1
25
CAZ Cazaquistão
3
2
6
11
GRN Granada
0
1
0
1
26
CUB Cuba
2
3
9
14
IND Índia
0
1
0
1
27
TCH República Tcheca
2
3
4
9
64
MEX México
0
0
3
3
28
GRE Grécia
2
3
0
5
65
AFG Afeganistão
0
0
1
1
NOR Noruega
2
3
0
5
ALG Argélia
0
0
1
1
SER Sérvia
2
3
0
5
BRN Bahrein
0
0
1
1
SLK Eslováquia
2
1
1
4
CHI Chile
0
0
1
1
SLO Eslovênia
2
1
1
4
NIG Nigéria
0
0
1
1
33
SUE Suécia
2
0
4
6
POR Portugal
0
0
1
1
34
AUT Áustria
2
0
0
2
SUD Sudão
0
0
1
1
35
CAN Canadá
1
9
7
17
TRI Trinidad & Tobago
0
0
1
1
36
CRO Croácia
1
2
3
6
37
BUL Bulgária
1
2
2
5
TOTAL
302
302
351
955
31
49
52
61
129 julho 2012 | istoé 2016