ISTOÉ GENTE 656

Michel teló e thais fersoza assumidíssimos em show em são Paulo

entrevistA com eMílio surita: “somos melhores que o cqc”

Julia roberts, A rAinhA má: “é nos contos de fAdAs que confiAmos nossAs vidAs”

oprah winfrey e A viAgem Ao brAsil do médium João de deus

20 anos de carreira

AS revelAçõeS de

Regiane

Mauricio de sousa escreve sobre A perdA de Millôr

Alves

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“Sexo é 60% de uma relação” “Trabalho desde os 13”

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“Já traí e fui traída”

9/abR/2012

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Este ano, Regiane Alves completa duas décadas de carreira, ainda comemorando o sucesso da sua mais recente personagem na TV, a gostosona Cris, da novela A Vida da Gente.

E falando sem medo sobre tudo: sexo, família, casamento, terapia...

POR Gustavo autran*

fOtOs alê de souza

Capa

• Ela tem 33 anos. E já acumula duas décadas de carreira (15 anos na tevê), com personagens que vão desde a mocinha inocente a mulheres provocantes, como a popozuda Cris, que interpretou recentemente na novela A Vida da Gente, da Globo. Bonita, discreta e inteligente, a paulista Regiane Alves demonstra sobriedade até na hora de escolher trabalhos mais ousados. Foi assim, por exemplo, quando saiu na capa da Playboy, em 2003, e um ano depois, ao fazer cenas de nudez no filme Onde Anda Você (assista ao trailer em istoegente.com.br). “Tenho a minha sensualidade. Mas ela não está num vestido curto ou num decote. Acho que deve ser mais pela atitude”, diz a atriz. Essa atitude ela demonstra sem parcimônia, na entrevista a seguir, na qual fala de tudo. E dispara: “Pra mim, o sexo representa 60% de uma relação”.

• Você está completando 20 anos de carreira. Que balanço faz da sua história?

• Regiane. Nossa! Passa rápido, né? Acho que é muita paixão pelo que faço, dedicação e saber qual o meu caminho. Comecei como modelo, aos 13 anos, e sempre soube que queria mais. Sabia que queria ser atriz de vários papéis, diversificar a carreira, trabalhar em várias áreas. Sempre tive essa preocupação. Tive a sorte de pessoas bacanas acreditarem no meu trabalho, me incentivando, me orientando, como o Ricardo Waddington (diretor de núcleo da Globo), que me contratou sem ter papel para mim. Também devo muito ao diretor Rogério Papinha. Antes disso, fiz muita coisa.

Fui para a Oficina de Atores da Globo, fiz testes, fui reprovada, fiz minha primeira novela no SBT (Fascinação, em 1997). De lá para cá, fiz trabalhos ótimos, teatro, cinema, conheci pessoas muito queridas.

• Existe algum arrependimento nesse caminho profissional?

• Não. Tudo o que vivi está registrado e me ajudou a ser uma atriz melhor. Às vezes, tenho aquela sensação de rever um trabalho e achar que poderia ser melhor. Isso acontece principalmente com o cinema, que fica eternizado. Como, por exemplo, com o filme Onde Anda Você (de 2004 e no qual ela faz cenas de nudez). Mas não me arrependo. Acho que isso é saber envelhecer.

• Que papel gostaria de ter feito e por quê?

• Gostaria de ter feito a personagem Heloísa, de Anos Rebeldes. Era uma personagem que tinha liberdade e independência. Também gostei muito de Engraçadinha, com a

Alessandra Negrini. São duas personagens incríveis e que marcaram a minha vida quando eu ainda sonhava em ser atriz.

• Seu mais recente personagem na TV (a provocante Cris, na novela A Vida da Gente) era uma mulher muito sensual.

Além desse papel, você já fez cenas de nu no cinema (em 2004, no filme Onde Anda Você) e saiu na capa da Playboy.

Considera-se uma mulher sensual?

• Devo ter esse tempero em algum lugar. Só não sei onde (risos). Tem mulher que realmente é assim. Eu sou um pouco de tudo. É lógico que tenho a minha sensualidade, mas ela não está num vestido curto ou num decote. Acho que deve ser mais pela atitude.

• Mas como a sua sensualidade se manifesta?

• Acho que toda mulher sempre tem o dia em que acorda e diz: ‘Hoje, eu vou me arrumar. Quero estar bonita’. Por outro lado, às vezes uma atitude ou um movimento espontâneo pode ser muito sensual para um cara.

Isso era um grande problema para mim.

Quando saí na capa da Playboy, foi muito difícil aceitar a ideia. Eu pensava: ‘Eu, na capa da Playboy? Será que tenho a ver com isso?’.

Eu não me achava a mulher ideal para ser capa de uma revista masculina. Foi muito estranho aceitar que aquilo poderia ser legal.

Tinha de falar com minha mãe, com meu pai. Quando eu tinha 17 anos, eu não sabia que podia ser sensual. Quando recebi o convite da Playboy, eu já tinha 24. A gente vai se conhecendo aos poucos. Hoje, tenho uma sensualidade que não é a mesma que tinha aos 17. Entendo mais o meu corpo, como funciona. Meu namorado (o cinegrafista João Duarte) fala que eu sou muito charmosa.

Talvez, minha sensualidade esteja aí.

• Por falar no seu namorado... Como você e o João Duarte (30 anos), que é câmera da Globo, se aproximaram?

• A gente se conheceu em 2008, trabalhando na novela Beleza Pura. Eu estava no elenco e ele era um dos cinegrafistas da equipe. A gente começou a conversar e ficou amigo.

Depois de muito tempo, me contaram que ele era filho da Regina Duarte. O mais engraçado é que, quando eu fiz uma novela com a Regina, em 2002, ela chegou pra mim, toda animada, e falou: ‘Meu filho te achou linda. Você tem namorado?’. Eu disse: ‘Ai, Regina, eu tenho’. Foi na novela Desejos de Mulher. Eu achei engraçado a Regina Duar-

‘‘Tenho a minha sensualidade.

Mas ela não está num vestido curto ou num decote.

Acho que deve ser mais pela atitude” te me perguntar se eu tinha namorado. Depois, o João começou a trabalhar na Globo.

A gente se conheceu em 2008. Depois, eu fui fazer Tempos Modernos e ele também era câmera da novela. Éramos amigos.

• E como o amigo virou namorado?

• Acho que era mais pelos papos que a gente tinha, como ele era. Eu o admirava. Ele era muito educado, atencioso. Isso me chamava a atenção. Foi acontecendo aos poucos.

• Como foi ver a Regina Duarte passar da posição de ídolo para o papel de sogra?

• A Regina é muito especial. Ela faz tudo parecer normal. Sabe quando a pessoa é tudo?

São várias mulheres dentro dela: mãe, sogra, atriz, amiga. Às vezes, eu olho pra ela e penso: “Essa mulher não é minha sogra. É minha amiga”. É uma pessoa com quem eu fico à vontade para procurar se estiver precisando de alguma coisa, principalmente no trabalho.

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“Se tem alguma coisa que não te agrada na relação, você tem de falar.

Se você não falar, a outra pessoa nunca vai saber o que você está pensando e sentindo”

• Você tem 33 anos e viveu experiências intensas de amor. Já teve quatro casamentos e se separou. O que aprendeu com as experiências do passado?

• Meus pais são casados há 40 anos. Muitas vezes, perguntam ao meu pai como é possível manter o casamento por tanto tempo. Ele sempre diz: “Tem de ter muita paciência”. E é isso. Eu sou paciente, mas também sou estourada. Eu falo. Não fico com aquele problema por muito tempo. Na hora, eu explodo. Falo e tudo se resolve. Eu sou direta. Se tem alguma coisa que não te agrada na relação, você tem de falar. Se você não falar, a outra pessoa nunca vai saber o que você está pensando e sentindo. É um pacto que você faz com a outra pessoa: “Eu quero estar com ela e vou viver intensamente com ela o tempo que eu tenho”.

Essas são as minhas regrinhas. Você não tem de fazer uma coisa só para agradar ao outro ou deixar de fazer alguma coisa pelo outro. Tem de rolar sempre um consenso.

• As separações que você viveu abalaram sua visão de casamento?

• Abalaram, sim. Você repensa um monte de coisa. Mas eu acredito na união de duas pessoas. Acho que é possível. Mas se você me perguntar se eu tenho vontade de casar, eu não tenho mais esse sonho. Festa, igreja... não vou pensar nisso agora. Mas acredito muito na união de duas pessoas, de morar junto e viver uma vida em comum. Tenho meus pais como referência. Eles são casados há 40 anos. Meu irmão ficou casado por 12 anos. O bacana é que meu pai, mesmo sendo casado há 40 anos, um dia chegou pro meu irmão e falou: “Você está numa outra época, numa relação que não está boa. Você precisa entender isso e partir para uma melhor”. Eu achei muito legal, vindo do meu pai.

• Acredita que o casamento pode dar certo se for fora dos padrões estabelecidos, como morar em casas separadas?

• Hoje, eu não cogitaria morar em casas separadas. Mas acho que o casamento é um pacto que você faz com a outra pessoa. A gente nunca sabe o que acontece entre quatro paredes. Cada um tem a sua regra. Eu tenho uma amiga que é casada há 18 anos, e ela mora no Rio e o marido, em São Paulo. Mas eles estão juntos há 18 anos e se dão superbem.

• Mas e você? Quais são os códigos que você estabelece nas suas relações?

Fidelidade é fundamental?

• Depende de cada um. No meu atual relacionamento, sim (risos). Eu e o João temos um pacto. Estamos juntos e não cabe mais ninguém. Se, por acaso, tiver alguém a fim de entrar ou tiver abalando alguma coisa, a gente vai sentar e conversar. É uma coisa clara desde o início da nossa relação.

• Com você é sempre assim? As coisas sempre são muito claras?

• Não. É legal, mas é um trabalho, uma opção que você faz. Este momento é uma opção. Já estamos juntos há um ano. Eu acho legal porque ele foi claro desde o início: “Aqui, somos só nós dois. Não existe mais ninguém”. Eu adorei. Acho que as relações deviam ser assim. Na hora que tiver espaço para entrar outra pessoa, é sinal de que não está bem. Se teve espaço para acontecer isso, é porque alguma coisa não tá legal. E o mais difícil é assumir esse sentimento. Porque é muito fácil ficar na zona de conforto, com aquele pensamento: “Vou lá viver uma história e volto depois”. É comodismo. O grande

• Viveria uma relação aberta?

• Hoje, não. Talvez, um dia eu mude. Mas eu sou muito romântica. Não tenho essa vontade e não estou nessa fase.

‘‘O sexo é 60% de uma relação.

Muitas vezes, é o sexo que segura a relação.

Se você tem uma boa cama, é um termômetro”

• Como lida com o ciúme?

• Sou um pouco ciumenta. Pra ser sincera, sou bem ciumenta. Mas não fico no pé. Acho péssimo ficar ligando, falando... Se eu perceber alguma coisa, eu não vou falar naquele momento. Vou esperar para falar em casa, quando estiver a sós. Resumindo, tem de conversar muito para entender a frequência do outro, pra saber que aquilo pode gerar ciúme.

há 12 anos. Este ano, completo 20 anos de profissão. Na hora de ter meu filho, vou querer ter tempo pra poder curtir, de estar ali, de estar totalmente envolvida.

lance é você não expor a outra pessoa. É você proteger e respeitar o outro.

• Até para trair tem de ter ética?

• Também não sou cega, de achar que isso jamais aconteceria. Já aconteceu comigo. Já fui traída e já traí. Mas a gente aprende com isso. Mas sempre dá pra evitar, né? É como aquela frase do filme Closer, dita pela Natalie Portman: “Tem um segundo em que você pode falar: ‘Não quero’”. Eu adoro. É assim mesmo. Se o que eu tenho em casa ou no meu namoro é muito legal, eu não vou botar aquilo em risco. Eu não vou querer perder.

Tem de ter esse momento de consciência.

• Sua volta à terapia no ano passado teve a ver com a fase mais difícil da sua separação?

• Sim. Mas eu não comecei a fazer quando estava me separando. Foi uns quatro meses depois. Eu queria entender o tempo das relações, quanto tempo elas duram, o que elas deixaram, pra não ficar com essa coisa do “pôxa, não deu certo”. Cada vez, eu tenho mais certeza de que o certo é viver um dia de cada vez, vivendo plenamente, sem exigir muito do outro. Não adianta planejar muito. Você tem de fazer do seu tempo algo precioso.

• Você se sente pronta pra ser mãe hoje?

• Não sei se estou pronta. Mas animada, com certeza, eu estou. Adoraria ter um filho. Desde os 28, 29 anos, bateu muito forte essa vontade. É hormonal. Alguma coisa muda.

Você olha o mundo com outros olhos. Dá vontade de passar pra alguém tudo o que você aprendeu. Eu e o João já falamos sobre ter filhos. Não fazemos planos. Mas a vontade existe. Outra coisa importante: uma mãe precisa ter disponibilidade e disposição. Eu trabalho desde os 13 anos. Comecei como modelo. Depois, fiz teatro. Já estou na Globo

• Tem medo de envelhecer?

• Não. É estranho. Para a mulher, tem aquela coisa: “Nossa! Não tinha isso aqui!”. Muda um pouco. Nunca fiz nada. Nem botox. Mas não sou contra. Se eu precisasse fazer uma plástica, eu faria. Mas só se fosse muito pouco, nada radical. Não dá pra entender uma garota de 20 anos fazer botox. Tem de cuidar da alimentação, fazer atividade física. Envelhecer tem a ver com a maneira como você leva a sua vida. Meu pai fala que está com 64 anos, mas se sente como um garoto de 19.

• Qual a importância do sexo na sua vida?

• Total. Pra mim, o sexo é 60% da relação.

Aliás, muitas vezes, é o sexo que segura a relação. Se você tem uma cama boa, é um termômetro. Os outros 40% ficam com diálogo e companheirismo.

• E a quantidade do sexo pesa?

• Acho que um casal que transa cinco vezes por semana é bem feliz, né? (risos). Prefiro qualidade à quantidade. Mas tem vários fatores também. Tem o estresse, tem de sentir como está seu parceiro. Mas, com certeza, uma boa cama é fundamental.

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• Faria um novo ensaio para a Playboy (ela foi capa da revista em agosto de 2003)?

• Não. Já fiz como eu queria ter feito. Naquele momento, tinha a coisa da personagem, que era a Dóris (na novela Mulheres Apaixonadas) e que foi um estouro. A Dóris era polêmica. Foi uma oportunidade para eu aceitar que poderia ser uma mulher sensual. E também tinha a questão da grana, que era muito boa (na época, comentou-se que ela tinha recebido um cachê de R$ 200 mil). Comprei um apartamento com o dinheiro da revista.

Tinha muita coisa envolvida, principalmente por causa da instabilidade da minha profissão. Hoje, estou bem mais estável, tenho um contrato com a Globo. Não tenho necessidade de fazer nada pela grana. Se eu fizesse, seria por vaidade. Mas isso também já foi suprido. Hoje, eu não faria. Mas não sei se daqui a uns três ou quatro anos, estarei fazendo uma personagem e pode ser legal, entende?

Hoje, não tenho vontade. Atualmente, prefiro fazer um ensaio bacana, como este que fizemos para esta entrevista. • (*COLAbOROU ThAíS bOTELhO)

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MÚSICA •

Maria bethânia

“Bateram em mim, MAs eu nãO quebRO” é um r já z “AmA sto”, di o e te pro iA soBr eu e ev ân r h t c s e B ee sco o qu o di text lAmA n c de

Cantora lança álbum criado para ter som “nu”, diz que “andou” para os ataques dirigidos a ela na polêmica sobre seu blog de poesia, diz que o mundo anda sem classe e revela que seu oásis é o sertão brasileiro Mauro Ferreira

• Oásis de Bethânia, o 50º disco de Maria Bethânia, marca uma mudança de sonoridade na discografia da artista.

Com a intenção de gravar um disco que caracteriza de “nu”, ela entregou a criação de cada faixa a um músico diferente. Lenine toca seu violão percussivo em “O Velho Francisco”, Djavan arranja inédita “Vive”. A intérprete pela primeira vez recita texto de sua autoria e regrava “Calúnia”, sucesso de Dalva de Oliveira (1917 - 1972), em faixas que soam como recados endereçados aos que a atacaram em março do ano passado por estar envolvida na criação do blog O Mundo Precisa de Poesia, projeto que gerou polêmica por ter tido autorização do Minc para captar verba de R$ 1,3 milhão. “Me bateram, mas eu andei. Sou como Chico

Buarque: não quebro. Sou macia”, avisa Bethânia, ao ser questionada se desistira do projeto por conta da polêmica.

• esse disco marca uma mudança de sonoridade em sua discografia, já que seu maestro há cerca de 30 anos, Jaime Alem, cuidou apenas de uma faixa. qual a razão da mudança?

• Foi uma escolha. Não queria voltar ao estúdio com a mesma formação musical. Queria antes de tudo que o disco fosse nu. Se eu soubesse tocar algum instrumento, (o disco) seria somente eu tocando e cantando. Tinha um desejo de fazer de outra maneira.

• O que tem no oásis de bethânia?

• O sertão brasileiro. Essa foto de Gringo Cardia na capa do CD é do ser-

“Eu escrevo e queimo o que escrevo. Acho purificador. Gosto de me preservar, de me resguardar da visibilidade do palco”

• Por que demorou tanto para dizer num disco um texto de sua autoria?

• Não é demora. Sou uma cantora, não sou escritora. Adoro escrever e escrevo muito. Mas eu escrevo e queimo o que escrevo. Acho purificador. Gosto de me preservar, de me resguardar da visibilidade do palco e da vitrine que a minha profissão de cantora exige. Só que eu achei que precisava escrever essas palavras e precisava dizer essas palavras.

• A música “Calúnia” e seu texto na faixa “Carta de Amor” são um recado para quem a atacou durante a polêmica do blog de poesia?

• Eu escrevo para mim, não escrevo para quem não possa me compreender.

Sempre passeei pelo repertório de Dalva de Oliveira. Dentro desse contexto, a escolha de “Calúnia” me pareceu um bom prólogo para esse meu texto. Agora, cada um pensa de um jeito. Eu faço meu trabalho. Meu texto

‘‘(Cantar) É um ofício delicado e o mundo está grosseiro.

O mundo está sem classe, sem querer prestar atenção no detalhe. O mundo tá pancada!”

é uma carta de amor para mim. Sou eu escrevendo para mim para me libertar dos meus demônios.

• O amor na sua carta soa como um protesto?

Isso é teatro. E teatro é para iludir. • Amar já é um protesto. Como diz Ferreira Gullar, a arte só existe porque a vida não basta. Como artista, eu sou muito verdadeira. Como cantora, lido com uma coisa fina, com corda vocal, que é uma coisa tênue, mais tênue do que um fio de cabelo. É um ofício delicado e o mundo está grosseiro.

O mundo está sem classe, sem querer prestar atenção no detalhe.

O mundo tá pancada!

• Você abortou o projeto de ter um blog de poesia por conta da polêmica em torno da autorização do Ministério da Cultura para a captação da verba de R$ 1,3 milhão?

• Não abortei o blog porque nunca engravidei dele. O projeto era do Hermano Vianna e do Andrucha Waddington. Eles me passaram a ideia e me convidaram para participar. Mas teve aquele acontecimento desagradável, tão pesado, tão soturno, e o Hermano cancelou todo o projeto – com toda a razão.

O blog seria útil. Seria bom para difundir a poesia. Infelizmente, aconteceu tudo aquilo. E o meu nome foi escolhido para a polêmica por ser talvez o que causasse maior frisson. Sou muito séria.

Faço meu trabalho, vivo minha vida sossegada, não sou de turma. Isso vem causando muita reverência, muito reconhecimento. Chega uma hora em que isso incomoda. Aproveitaram toda essa coisa para me bater. E me bateram, mas eu andei. Sou como Chico Buarque: não quebro, não! Sou macia.

• Ouviu o disco de Gal, Recanto, produzido por Caetano Veloso?

• Eu ouvi. Foi Caetano que me deu de presente. Não é para ouvir toda hora, nem todo dia. Não é um disco qualquer.

Caetano é um músico exuberante e Gal tem uma musicalidade danada. Fiquei apaixonada pela primeira faixa. O Brasil receber no mesmo ano um disco inédito de Caetano Veloso e outro de Chico Buarque é um privilégio enorme. Não vi o show, mas soube que o espetáculo está uma beleza, que Gal tá cantando bonito. É um reconhecimento de Caetano a uma cantora que sustentou o movimento que ele e (Gilberto) Gil criaram... Nada mais justo que homenageá-la e reverenciá-la com esse álbum. •

‘‘O Brasil receber no mesmo ano um disco inédito de Caetano Veloso e outro de Chico Buarque é um privilégio enorme”

Fotos Helcio Nagamine

tão de Alagoas. O silêncio, a resignação e a dignidade são as marcas do sertanejo. Falta tudo no sertão brasileiro. Mas, para mim, o sertão é uma fonte, é uma nascente pura. Ele me bota do tamanho que eu sou. O sertão é a vida seca.

O sertanejo tem amor por sua terra.

14/01/2011

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“Somos 30 vezes melhores do que o CQC” Apresentador do programa Pânico, Emílio Surita volta ao trabalho, agora na Band e com salário de R$ 1,5 milhão.

Em entrevista à Gente, ele fala da conturbada saída da RedeTV!, dos boatos a respeito do seu envolvimento com as panicats e alfineta a turma do CQC, seus novos colegas de emissora POR Júlia leão

• Emílio Surita está de volta às noites de domingo. Depois do elenco do seu programa, Pânico, ficar quase cinco meses sem receber o salário da RedeTV! e um mês fora do ar, ele e sua equipe acabaram de voltar ao trabalho, só que, agora, na Band. A estreia foi no domingo 1º, às 21h. Antes, eles tiveram 30 dias para elaborar novos quadros, ganharam um novo membro – Guilherme Santana – e triplicaram o salário. Estima-se, por exemplo, que o salário de Emílio Surita, 50 anos, tenha saltado de R$ 500 mil para R$ 1,5 milhão mensais. E capricharam na escolha das novas assistentes de palco, que agora são cinco, e não quatro. “O Pânico vai fazer qualquer menino ficar parado durante duas horas em frente à tevê. As novas panicats fogem do perfil bombado. Elas têm corpo de menina normal, bunda redondinha, lindas.” E esse é o tipo de mulher que Surita também gosta mais. “Minha mulher (Anne Surita) é assim”.

Mesmo trabalhando cercado de tantas beldades, o apresentador afirma que nunca teve problemas de ciúme. “A Pepela (como Surita chama a mulher) não tem ciúme de mim. As panicats sempre frequentaram minha casa.

Nunca comi nenhuma panicat.” Na estreia na Band, o programa chegou a ficar em segundo lugar no Ibope, com picos de 14 pontos, perdendo apenas para a Globo, com 17, mas ainda abaixo dos 18 que chegou a dar na RedeTV!. Confiante, Surita declara que estar na mesma emissora que os concorrentes de humor do CQC não é problema. “Temos perfis de pauta e público diferentes”, diz ele, para em seguida bater nos novos colegas de emissora. “Não tenho motivos para ter medo dos caras do CQC. Somos 30 vezes melhores do que eles. Temos uma relação de respeito com eles. Mas ninguém morre de amor um pelo outro.” Confira a entrevista exclusiva que Emílio Surita concedeu à Gente.

entrevista

9/4/2012

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“As panicats sempre frequentaram minha casa. Minha mulher não tem problema de ciúme das meninas. Sou muito amigo das panicats e nunca comi nenhuma delas”

A casa é nova. Mas a turma é a mesma (da esq. para a dir.): Carioca, Bola, Surita, Sabrina Sato, Ceará e Vesgo

entrevista

‘‘Se eu pudesse, colocaria o ex-presidente Lula no meu programa.

Esse cara é legal. Gosto dele. É inteligente e perspicaz. Ele consegue falar com a pessoa mais simples e, ao mesmo tempo, com a mais pomposa.

Seria bom tê-lo no elenco”

• Como ficou a questão do atraso de pagamento da RedeTV!?

• Emílio. Tive problemas. Por isso, o casamento com eles acabou. E o divórcio foi litigioso. O Pânico sempre foi movido por polêmicas. Essa é mais uma delas.

• Você tem dois filhos (Dudu Surita, 17 anos, e Emílio Jr., 18) que também trabalham na televisão. Como é vê-los apresentando programas infantis?

• Eu nunca incentivei meus filhos a fazer televisão. Como trabalho nesse meio há muito tempo, sei como é difícil. É tudo inseguro. Não é só o talento que conta. Mas agora eu não posso fazer muita coisa. Cada um trilhou o seu caminho. Eu preferia que eles tivessem investido em algo diferente da dramaturgia e apresentação. O pior de tudo é que parte dessas escolhas que eles fizeram é culpa minha. Sempre levei muito do trabalho para casa. Desde que o Pânico começou, na década de 90, todas as reuniões de pauta são na minha casa. Acredito que eles foram pegando o gostinho.

• Você é casado há 20 anos. Sua mulher não tem ciúme do seu trabalho?

• O apelo sexual que existe no programa, só existe lá. Eu nunca comi nenhuma panicat.

Elas frequentam minha casa, são minhas amigas. Isso tudo é um mistério criado para o público. Estou casado e sou muito feliz com a minha esposa.

não, eu vou sempre apoiar o humorista. Tem uma turma boa, que acompanhou essa evolução e que veio da internet, como o Rafinha Bastos e o Danilo Gentili. Mas essa galera nova ainda não aprendeu que há coisas que você não pode falar na tevê aberta. É muito diferente da web, em que o território é muito livre. No Pânico, nesses dez anos, também erramos muito, até porque não somos bonzinhos. Mas o que podemos fazer se, às vezes, o esdrúxulo agrada?

• Se tivesse todo o dinheiro do mundo, quem colocaria no seu programa?

• Eu acho que para um programa dar certo não é só uma questão de dinheiro, mas muito mais de criatividade. Porém, se pudesse colocaria o ex-presidente Lula. Esse cara é legal. Gosto dele e o admiro muito. Ele é muito inteligente, perspicaz. Consegue falar com a pessoa mais simples e, ao mesmo tempo, entender a mais pomposa. Sabe o que quer e consegue. Seria bom tê-lo no elenco.

• Se a Globo chamasse você, sem a sua equipe, para ter um programa só seu, ganhando o triplo do que você está recebendo hoje, você iria?

• Não iria porque sou o pior da minha equipe. Eu comando o programa, mas sou o menos talentoso. Só iria para a Globo se pudesse levar todos do Pânico comigo. •

• O que você acha do tipo de humor pós-Chico Anysio?

• Eu acho que o humor do Chico era sutil, inteligente. Com o tempo, essa coisa do humor esdrúxulo apareceu e chegamos ao estágio em que estamos hoje. Seja grotesco ou 9/4/2012

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A páscoA mágicA de Cecilia Dale

A empresária, cujo nome é sinônimo de decoração feliz, abre sua casa em Caucaia, pertinho de São Paulo, e mostra como será a Páscoa em família FOTOS Juca Rodrigues/Ag. Istoé REPORTAGEM Juliana Faddul

Estilo Casa • Por Silviane Neno

9/4/2012

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A mesa principal ĂŠ montada em uma das varandas da casa.

Em cada lugar, um capricho. Os legumes sĂŁo pacotinhos de chocolate

Estilo Casa

Acima, a mesa decorada para a Páscoa

• Ovinhos escondidos no jardim, em cima do piano e em todos os cantos. Todos os anos, a casa da empresária Cecilia Dale, em Caucaia (SP), é tomada pelo espírito da Páscoa. “Nós viajamos tanto, trabalhamos sempre, que temos de dar valor a todos os momentos. Se você pensa: ‘Ah, é besteira’, daqui a pouco você viveu a sua vida inteira como besteira”, filosofa.

O Natal e a Páscoa são os dois feriados favoritos de Cecilia. Tanto que consagraram também a sua marca, a Cecilia Dale, para decorações festivas. A filha da empresária confirma. “Esses feriados são muito importantes para a minha mãe. Ela pode viajar sempre, mas nunca nessas épocas do ano. E faz questão de que toda a família esteja aqui”, conta Paola Dale.

Durante a Páscoa, a família gosta de realizar uma caça aos ovos. “Lembro dessa tradição desde que era pequena. Tínhamos uma casa no Butantã, com um jardim enorme. Só que eu sempre ficava com os ovos menores, já que era a caçula”, relembra Pa-

ola. A tradição, no entanto, começou bem antes de Paola entrar na brincadeira, quando Cecilia ainda era menina. “Comecei fazendo isso aos 14 anos. Adorava pensar na decoração e nas brincadeiras. Mas confesso que hoje em dia, com a loja, tudo fica mais fácil”, diz a empresária.

Para arquitetar a brincadeira, todos ajudam. “Metade dos adultos e das crianças maiores vai esconder os ovos e a outra metade vai distrair os mais novos”, conta Paola.

Para não haver discussões, cada criança tem um kit, com um ovo e um brinquedo. “O ovo é de chocolate. Depois que você come, que lembrança a criança vai ter daquela Páscoa?

Por isso, sempre colocamos algum coelho ou brinquedo”, conta.

Há cerca de três anos, Cecilia teve a ideia de dar um coelho de verdade para cada célula da família como lembrança daquele feriado. Para não haver perigo de reprodução, ela fez questão de comprar todos os coelhos machos. “Só que o Raio de Sol (nome de um dos coelhos) era, na verdade, Raio de Lua.

Cecilia com os netos, João Marcelo e Sofia. Convidados de honra no almoço do domingo de Páscoa.

Brincadeira que não acaba mais.

Ao lado, a casa construída em uma das árvores do terreno

Durante a Páscoa, a coelha reproduziu e nós não percebemos, porque ela escondeu os filhotes muito bem. Até que um dia vimos várias bolinhas de pelo branco, pulando pela casa. Demos todos os filhotes para o caseiro”, ela lembra, aos risos.

Cecilia Dale costuma idealizar o conceito da Páscoa sozinha, mas sempre conta com a ajuda de todos. “Por que você tirou meu coelhinho daqui?”, fala de um lado o neto João Marcelo, de 7 anos. “Vó, vem ver a mesa que eu preparei sozinha”, fala do outro lado a neta Sofia, 4. Os preparativos para a data festiva começam antes do Natal, em novembro e dezembro. “Para não

haver problemas, começo a correr atrás das coisas antes”, fala Cecilia. Os coelhos que compõem a mesa, por exemplo, são feitos à mão para dar maior veracidade às nuances de cor nos pelos.

O número de convidados varia em torno de 30 pessoas, entre crianças e adultos. Para abrigar a extensa família e os amigos nessas épocas festivas, a casa tem oito quartos amplos, além da sala. Todavia, com o passar dos anos, a família foi crescendo. Para abrigar todo mundo, uma casa de hóspedes se tornou parte do complexo. E mais sete quartos auxiliam na hora de alojar as pessoas. Porque, afinal, quanto mais gente, melhor. •

Estilo Casa

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“Nos contos de

• Em Espelho, Espelho Meu, Julia Roberts é apaixonada pelo príncipe encantado. Mas a atriz não é a mocinha. Ela é a Rainha Má na nova versão da história de Branca de Neve (Lilly Collins), dirigida pelo indiano Tarsem Singh. “Ela é louca e não tem ideia”, diz a atriz, que demorou a aceitar o papel porque desconfiou de seu julgamento. Levou o roteiro ao marido, o cameraman Daniel Moder, e foi ele quem a encorajou a ficar com o papel no filme, que estreia na sexta-feira 6 no Brasil.

Julia ficou com a personagem e passou por apuros durante as filmagens, como na sequência em que ela enfeitiça o Príncipe (Armie Hammer) para que ele se apaixone por ela, mas ele vira o filhote de um cachorro que pula para cima dela. Ou da cena do tratamento de beleza da Rainha, em que cobras e larvas são colocadas sobre seu corpo. “Ele (o diretor) estava me torturando com certeza”, brinca.

• O que a fez querer esse papel?

• Julia. Foi mesmo pelo Tarsem (Singh, diretor). Fiquei intrigada com o casamento entre um conto de fadas clássico e esse homem que vejo como um gênio visual. Queria saber como seria essa mistura.

nossas

vidas”

• Como foi seu primeiro encontro com o diretor?

• Ele queria me entregar o roteiro, queria falar comigo sobre isso. Passamos metade da nossa reunião falando sobre um filme dele, The Fall (2006), que eu amei. Só depois falamos sobre Espelho, Espelho Meu. Ele me deu o roteiro e me falou um pouco sobre o que ele queria fazer. Li e fiquei perplexa. Pensava: “Não posso acreditar quanto eu realmente gostei disso.” Nem acreditei em mim. “Ele jogou um feitiço em mim”, pensei. Não podia confiar na minha opinião, o que foi muito incomum para mim. Fui até o meu marido e disse: “Pode me fazer um favor? Pode dar uma olhada nisso? Estou curiosa para saber o que você acha.” Ele olhou e voltou dizendo: “Uau. É muito engraçado. É (um roteiro) realmente vencedor.” Era mesmo tudo aquilo, sabe? Ele me estimulou a fazer.

Divulgação

Julia Roberts vive a Rainha Má em Espelho, Espelho Meu, nova versão da história de Branca de Neve, fala do desafio com o figurino e com cenas como a que teve o corpo coberto por cobras e larvas

fadas confiamos

Hollywood

9/4/2012

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AFP

“(Trabalhar com grandes cenários) É o tipo de coisa que nos faz sentir como deve ter sido na velha Hollywood, aquela coisa de E o Vento Levou... É extraordinário trabalhar em um ambiente como aquele.

Torna tudo mágico”

Hollywood

• Pode falar um pouco mais sobre sua personagem?

• Ela está sentada em seu cavalo, na utopia da “rainha louca que pensa que governa o mundo.” Ela é louca e não tem nem ideia. Vai seguindo com a vida. É pretensiosa, irracional e selvagem. É interessante tentar encontrar um equilíbrio para interpretar alguém como ela, porque não queria parecer revoltante, mas eu realmente queria ficar “louca”.

• Tem uma cena favorita?

• Adorei a primeira cena com Lily, porque ela parece tão doce, olhando para mim, e eu puxo os cabelos dela, bato nela. O que quer que eu faça a ela, é horrível.

• Como foi filmar a cena de amor com o príncipe transformado em cachorro?

• Foi a primeira coisa que fizemos. Pobre Armie. Ele chegou dizendo: “Oi, muito prazer”. E então tinha de correr pela sala em cima de mim e começar a me lamber como se fosse um filhote. Ele ficou numa situação difícil. Foi muito divertido! Ele é grande.

Fiquei surpresa que nenhum de nós se machucou naquelas cenas. Ele estava usando botas e é um cara grande.

• E quanto aos figurinos? Como foi usar aqueles vestidos gigantescos?

• Eiko (Ishioka, figurinista) é uma artista como não há outro igual na maneira como tem foco e motivação para chegar ao que ela e Tarsem sonharam. Tudo foi a partir dos sonhos e da imaginação deles. Não eram vestidos. Eram uma arquitetura, peças de arte, esculturas.

Tentar trazer alguma vida real para dentro deles foi um desafio. Todo mundo trabalhou literalmente para diminuir o peso daquilo. Mas foi importante para a interpretação, estar presa àquilo e encontrar determinadas posturas.

• Há uma cena em que estão colocando você dentro daquele vestido.

Como foi filmar aquilo?

• Eu lembro que, de vez em quando, Nathan (Lane, que vive o servo da Rainha) pegava uma enorme manivela e eu pensava: “Oh, meu Deus. Isso realmente pode me machucar.” Mas tudo foi diversão. Tarsem usou todo tipo de aparatos medievais, loucos, como alguns tratamentos de beleza. Ele queria que fossem coisas como nunca se viu. Parecia uma prática normal apertar alguém dentro daqueles espartilhos. Quando eu vi as imagens que serviram de referência, pensei: “Alguém vai se machucar.”

“É interessante tentar encontrar um equilíbrio para interpretar alguém como ela (a Rainha Má), porque não queria parecer revoltante, mas eu realmente queria ficar ‘louca’” • E a cena do tratamento de beleza?

Impressionam as coisas que colocam sobre você.

• Apenas pensei que era assustador. Não gostei de nada daquilo (larvas, cobras e outros bichos) me tocando. Tive de pensar em outras coisas. Tarsem adorou cada minuto daquilo tudo.

• Ele pedia que repetissem a cena?

• Ele adorou tudo. Estava me torturando, com certeza.

• Pode falar um pouco sobre os cenários em que filmaram? Havia alguns realmente grandiosos, não?

• É o tipo de coisa que nos faz sentir como deve ter sido na antiga Hollywood, aquela coisa de E o Vento Levou... Tudo foi construído, era gigantesco. É extraordinário trabalhar em um ambiente como aquele. Torna tudo mágico.

• O que pensa dos filmes sobre contos de fadas e como eles funcionam com o público?

• Acho que, no fundo, é simples matemática.

Você sabe quem é bom, quem é ruim, alguém vai se apaixonar e tudo vai dar certo. É nesse tipo de equação, é nos contos de fadas que confiamos nossas vidas. Como crianças, repetimos essa estrutura e tentamos fazê-la diferente, moderna – e atual. Somos todos tão familiarizados com isso que nos conforta. •

“Não eram vestidos. Eram uma arquitetura, peças de arte, esculturas”, diz Julia sobre o figurino de sua personagem

9/4/2012

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Com o marido, Pedro Scooby, Luana deixa a maternidade Perinatal, no Rio, com Dom no colo (acima e à direita)

“Isso porque quero três” Três dias após o nascimento do filho, Luana volta ao Twitter onde descreve a emoção de ser mãe, revela que o bebê nasceu de cesárea e que está sentindo dor para amamentar

POR Simone BlaneS

Twitter

Acima, Luana paparicando Dom, em sua casa. À dir., a homenagem que Scooby fez ao filho, na prancha

Twitter

Fotos Wallace e André Freitas / Ag. News

Nascimento

‘‘Hoje é DOM.ingo. Dia de Luz. Estou no céu!

Chorona que só. Fico olhando esse milagre e só agradeço” Luana Piovani • Desde que saiu da maternidade Perinatal da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na manhã da quarta-feira 28, Luana Piovani tem dedicado todo seu tempo ao pequeno Dom. O menino, que nasceu na segunda-feira 26, está deixando sua orgulhosa mamãe cada dia mais encantada. “Não consigo dormir, só paquerando meu Domzuco”, postou a atriz em seu Twitter. O marido, Pedro Scooby, também está se revelando um superpai. O surfista confessou que já trocou fraldas e acordou várias vezes durante a noite para cuidar de Dom. “Agora entendo quando meus amigos, que já são pais, me falavam para eu aproveitar as minhas noites de sono.” Mesmo assim, ele não economiza elogios à mulher. “Registrando aqui que essa mãe do Dom é nota infinito!

Sempre com um sorriso no rosto e amor para dar, até nas horas em que está mais cansada”, escreveu Scooby. Adepta ao Twitter, a atriz não demorou para voltar a se comunicar através do microlog. Na quinta-feira 27, ela revelou que Dom veio ao mundo através de uma

cesárea. “Punk, incômodo, inchaço. Queria ter tido normal mas não deu, não dilatei, é o que temos, mas atentem a isso viu. Uma linda quinta da boluda-mãe feliz”. Além disso, a atriz aproveitou para agradecer os presentes, orações e mensagens das pessoas. “Putada amada, intervalinho rápido, vim aqui dar beijo, agradecer. Estamos ótimos e felicíssimos.

Eu já consegui parar. Sei que me tem carinho. Estou muito feliz e emocionada. Beijos da mãe. Lov Lua!”. Scooby também falou de sua emoção com a chegada de Dom. “Chorei igual a uma criança quando ele nasceu”. No domingo 1º, mais mensagens da atriz: “Hoje é DOM.ingo. Dia de Luz. Estou no céu!

Chorona que só. Fico olhando esse milagre e só agradeço”. Ela também conta que está sentindo dor para amamentar, que o bebê é calmo e que quer mais filhos. “Amamentar dói muito! Só registrando. Dane-se. Bora bombar Domzuco. Muso, calmo, cocozento, bezerrão e a luz dos meus olhos. Isso porque quero três”, escreveu. • 9/4/2012

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Meninas de ouro

Um time de beldades brilhou terça-feira, em festa de uma marca de joias em São Paulo.

Mariana Ximenes se despede de São Paulo, Carol Trentini brinda a nova vida de casada e Sabrina Sato rouba a cena POR Juliana Faddul

• Como se fossem amigas de infância, Glo-

ria Coelho e Laura Neiva tricotavam no sofá do Bar Número, em São Paulo, as tendências da moda e o caminho da indústria fashion. Logo ao lado, Carol Trentini e Mariana Ximenes trocavam elogios: “Nossa, como você é bonita” e “Gostei do seu batom. De onde é?”.

A explicação para o casting daquela noite no bar Número era a nova campanha da grife de joias Vivara, que não economiza nas suas escolhas. A turma também jogava confete sobre o trabalho dos fotógrafos Mert Alas e Marcus Piggott. “Fiquei impressionada. Eles fazem tudo! Fotografam e até retocam a sua maquiagem!”, espantou-se Laura Neiva. Mariana Ximenes fazia coro: “Foi tudo muito rápido. Eu não fiquei nem uma manhã inteira lá”.

A lista estrelada também incluiu a atriz Juliana Paes, a modelo Betty Lago, as atrizes Antonia Frering e Sheron Menezzes, as tops Alessandra Ambrósio e Carol Trentini, a roqueira Pitty e a apresentadora Sabrina Sato. Ufa! As fotos aconteceram no Copacabana Palace, durante os dias 20 e 22 de janeiro. “Já havia trabalhado com a maioria delas, mas conheci outras. Teve uma di-

Festa

Laura Neiva, Sabrina Sato e Carol Trentini na festa que movimentou os Jardins na terรงa-feira 27. Mariana Ximenes surpreendeu pelo look inspirado no guardaroupa masculino

André Diniz e Camila Spinosa

Alexandre Birman

Isay Weinfeld

Sabrina Sato, sensual com o vestido Pedro Lourenço branco transparente.

Queridinha da Chanel, Laura Neiva foi com a novidade da temporada: a boy bag

Fotos Luciana Prezia/ Divulgação

Carol Trentini, com seu Louis Vuitton. Pretinho não tão básico

Festa

Louco por elas: o stylist Giovanni Bianco com Mariana Ximenes, Sabrina Sato, Carol Trentini, Laura Neiva, Sheron Menezzes e Thaila Ayala, que foi prestigiar as amigas

nâmica muito gostosa. Quem nunca trabalhou com o Giovanni Bianco, trabalhe. Ele é incrível! Onde ele me chama eu vou.

Confio nele de olhos fechados”, dizia ainda Mariana Ximenes sobre o amigo stylist, que assinou o conceito da campanha.

A dupla, aliás, curtiu bastante a noite. A festa também funcionou como despedida de Mariana, que viajou para Porto Alegre no dia seguinte com a sua peça, Os Altruístas. E o namoro? “Estamos bem, mas não.

Não estamos morando juntos. Pelo contrário, vou viver na ponte aérea”, brincou encerrando o assunto sobre a relação com o publicitário Lucas Mello. A stylist Patrícia Zuffa, responsável pelos looks da atriz e de Laura Neiva no evento, também era só elogios. Mariana, de Phillipe Lim, e Laura, de Carina Duek, chamavam atenção. A boy bag da Chanel de Laura, aliás, causou frisson entre as fashionistas.

Recém-casada, Carol arrastou seu vestido Louis Vuitton ao lado do maridão, Fabio Bartelt. “Eu ainda estou na lua de mel mode on. Ele é o amor da minha vida”, disse fazendo chamego no fotógrafo. Sabrina Sato, um capítulo à parte. Seu Pedro Lourenço com laterais transparentes estava de parar o trânsito. E parou. A festa só acabou porque afinal ainda era terça-feira. •

... Assim como Donata Meirelles

Nizan Guanaes foi checar as novidades...

Marcos Elias

Gloria Coelho deu pinta por lá 14/01/2011 99/99/2012

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I S SN

“Sexo é 60% de uma relação” “Trabalho desde os 13”

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“Já traí e fui traída”

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