ISTOÉ GENTE 670

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climão na corte: rainha elizabeth rebaixa status de kate middleton

Giovanna ewbank, pós-divórcio: “meu foco é trabalho”

istoegente.com.br

tom cruise faz 50 em crise: separado de katie holmes e sem poder falar com a filha WALter sALLes diz à Gente que deseja filmar de novo com fernanda montenegro FernAndA LimA, sexy e cheia de humor: “estou numa vida de velhinha”

sharon stone e martin mica: amor em camboriú

A atriz e o filho Quinn visitam a cidade onde o modelo mora 11/jul/2012

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Fotos excLusivAs

Juliana Knust

as cenas do casaMenTo eM BaLI na ilha da Indonésia, a atriz celebra a

união com o empresário Gustavo Machado, pai de seu filho de 1 ano e 9 meses


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Casamento dos sonhos Sob os encantos da indonésia, a atriz Juliana KnuSt troca alianças com o empresário GuStavo Machado numa cerimônia hindu em Bali, quase dois anos depois do nascimento do primeiro filho, Matheus POR BRUNA NARCIZO


Fotos arquivo Pessoal

Dois momentos da cerimônia: o casal sendo abençoado e trocando alianças. “Foi tudo muito lindo”, diz Juliana. À esq., a atriz jogando o buquê

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Acima, a emoção do casal na cerimônia, com a atriz segurando o buquê de flores nativas. Abaixo, a mesa decorada para o jantar de núpcias, debruçada sobre o Oceano Índico

Denise • Do alto do penhasco, a imagem do sol se Fraga no pondo no Oceano Índico e os tons dourados papel de da paisagem deixaram o cenárioVicky, aindaemmais Sem bucólico, com ares de sonho. Era fimPensar de tar-: texto de na paradisíaca ilha de Bali, na Indonésia, temperado do dia 8 de junho. Em meio a aromas de incom humor censos e cânticos do monge que realizou inglês faz a cerimônia, a atriz Juliana Knustsucesso e o empreem São Paulo sário Gustavo Machado recitavam votos de amor eterno. “Foi o auge do casamento. Ele foi um poeta”, sorri Juliana. Na ocasião, o noivo contou toda a história do casal: do primeiro beijo aos lugares que já visitaram. Tudo de um jeito lúdico. “Foi muito emocionante falarmos um para o outro da nossa relação”, diz a atriz. Nessa hora, a emoção contagiou os nove amigos ali presentes. “Todos choraram.” Juliana e Gustavo se conheceram há cerca de 4 anos. Um ano depois, quando já moravam juntos havia um mês, ela engravidou do primeiro filho, Matheus. O casamento nunca foi uma prerrogativa do casal. “Eu e ele já nos sentíamos casados. A maior prova é o


“Eu e o Gustavo já nos sentíamos casados. A maior prova disso é o nosso filho, Matheus”

O caminho de pétalas de flores pelo jardim da propriedade até o penhasco onde foi realizado o casamento

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nosso filho”, diz a atriz. A proposta de realizar a cerimônia em Bali, durante as férias, não foi programada. A ideia surgiu de repente. Gustavo já estava com tudo certo para viajar para a Indonésia com um grupo de amigos surfistas. Um mês antes, ele disse a Juliana que gostaria de se casar lá. “Como recusar um convite desses? Ele organizou e resolvemos ir às pressas. Foi lindo e inesquecível”, conta. Juliana queria toda a família e mais amigos presentes, mas não houve tempo. A ausência mais sentida foi a do filho, Matheus, de 1 ano e 9 meses, que ficou, pela primeira vez, 15 dias longe dos pais. Pesou na decisão de deixar o bebê no Rio de Janeiro, a longa viagem do Brasil até Bali: são quase 48 horas. “É uma viagem muito cruel para uma criança tão pequena. Deixamos o Matheus com as avós e não teve nenhum problema”, conta Juliana. “Foi mais difícil para mim. A saudade dói. Mas foi muito bom fazermos essa viagem a dois.”

Fotos arquivo Pessoal

Fé e amor: a atriz faz uma prece, logo após a cerimônia religiosa


“Meu casamento parecia uma grande meditação. Era como se estivéssemos conectados pela alma”

Os convidados jogam pétalas de flores no casal. Abaixo, Juliana e Gustavo fazem um brinde já como marido e mulher 14/01/2011

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Fotos arquivo Pessoal

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• Ritual contra mau-olhado sada. O número “8” tem importância especial • Sem valor religioso ou civil no Brasil, o na história de Juliana e Gustavo. O primeiro

No alto, a euforia dos convidados após o “sim” dos noivos. Acima, detalhe do altar religioso

casamento de Juliana Knust e Gustavo Machado foi realizado por um monge, seguindo os preceitos do hinduísmo, religião dominante na ilha. Durante a cerimônia, o monge permanecia recitando um mantra e tocando um sino. Houve até um ritual de limpeza de energias, para tirar mau-olhado. O religioso preparou uma mistura de essência de flores para abençoar o casal. “Foi mais ou menos meia hora de cerimônia, que é um ritual lindo”, diz a atriz. “Meu casamento parecia uma grande meditação. Era como se estivéssemos conectados pela alma. Como se fosse uma cerimônia espiritual, em que as palavras não contam muito.” Tudo isso aconteceu nos jardins da casa que Gustavo alugou em Bali, na tranquila vila de Uluwatu Surf, que tem pousadas românticas e charmosas. Foi a primeira vez que o local, conhecido por receber surfistas e viajantes do mundo inteiro, realizou uma cerimônia de casamento na qual os noivos eram turistas. Apesar da correria para organizar a cerimônia, ao menos a data foi muito bem pen-

beijo do casal foi no dia 8 de novembro de 2008. O filho deles, Matheus, nasceu no dia 8 de setembro de 2010. Nada mais natural, portanto, do que marcarem o casamento também para o dia 8 – de junho. E os moradores da ilha ajudaram ainda mais no clima de paz e descontração. “É um povo muito religioso, tolerante e bondoso. As pessoas têm tempo de sorrir para você. Você anda pelas ruas e elas vão sorrindo”, lembra Juliana. De volta ao Brasil com as energias recarregadas, a atriz – que viveu Zuleika, na novela Fina Estampa, da Globo – se prepara para sair em turnê pelo Brasil, com a peça Meu Ex-Imaginário. “Começo a ensaiar ainda este mês (julho) para estrear em agosto”, diz. Juliana também comemora a conquista dos direitos de uma peça que pretende montar em breve. “Ainda não quero contar qual é o texto. Mas posso dizer que foi uma peça montada há alguns anos e que fez muito sucesso. Neste projeto, estamos eu e o Raoni Carneiro. Vamos começar a captar patrocínio para o espetáculo.” Feliz no amor e com a benção dos monges, Juliana promete mais sucesso na carreira e na vida. •


“Nosso primeiro beijo foi no dia 8. Nosso filho nasceu no dia 8. Nada melhor do que nos casarmos também no dia 8”

Juliana e Gustavo: votos de matrimônio ao pôr do sol da Indonésia

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Separação

Kevin Winter/AFP

Na terça-feira 3, o ator se declarou chocado e extremamente chateado com as últimas notícias em sua vida pessoal

Crise

dos 50

Tom Cruise celebrou

seu aniversário de meio século sem a companhia da filha, suri, e de Katie Holmes, que pediu o divórcio cinco dias antes da comemoração

POR Júlia leão


as mulheres de tOm

Fotos Divulgação

Os principais relacionamentos do galã, que se casou a primeira vez aos 24 anos

Em 1987, o ator se uniu à atriz Mimi Rogers, seis anos mais velha que ele. O casal manteve o relacionamento por três anos

A cientologia, religião seguida por Tom, e divergências na educação de Suri teriam motivado os desentendimentos do casal

• No início dos anos 1980, Tom Cruise ficou conhecido como o homem mais bonito do mundo ao despontar no filme Negócio Arriscado (1983). Quase 30 anos depois, o galã completou 50 anos, na terça-feira 3, ainda charmoso, mas em meio a um escândalo. Ele esperava apagar as velinhas ao lado da mulher, Katie Holmes, e da filha de 6 anos, Suri, mas foi pego de surpresa cinco dias antes, ao receber o comunicado de que a mulher havia entrado com o pedido de divórcio e de custódia integral da filha, após cinco anos de casados. Em meio a esse turbilhão, o astro de Top Gun – Ases Indomáveis (1986) cancelou sua viagem para Nova York, onde faria uma festa ao lado de Katie e da filha, e festejou discretamente, longe dos paparazzi. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, ele deu uma pausa nas gravações de seu novo longa, Oblivian, que está sendo rodado na Islândia, e pegou seu jato particular às duas da manhã com destino a Los Angeles, na Califórnia. Em sua mansão, o ator passou o dia com os filhos Isabella e Connor – de sua união com Nicole Kidman – e alguns outros parentes. Na ocasião, o galã declarou em nota oficial

que está chocado e extremamente chateado com as últimas notícias de sua vida pessoal. Segundo o site TMZ, desde o pedido de divórcio ele tem tentado falar com a caçula, mas Katie está dificultado a comunicação. Especula-se que o motivo da separação está relacionado à religião de Tom, a cientologia. Como a atriz não segue a mesma linha espiritual, as divergências começaram quando o ator quis que Suri fosse educada por mestres da seita em casa e Katie preferia que a filha fosse à escola como qualquer outra criança. Mas, se a chegada da meia-idade representa uma crise familiar, financeiramente o astro não tem do que reclamar. No dia do seu aniversário, a revista Forbes divulgou a lista dos atores mais bem pagos do mundo e Tom Cruise lidera o ranking com uma fortuna estimada em US$ 75 milhões, cerca de R$ 150 milhões, adquirida somente do início de 2011 até hoje. •

Veja galeria de fotos do ator em

Em 1990, Tom se casou com Nicole Kidman, com quem ficou por 11 anos e adotou dois filhos, Isabella e Connor (hoje com 20 e 17 anos respectivamente)

O namoro com a espanhola Penélope Cruz foi dos mais longêvos: permaneceram juntos de 2001 a 2004

A união com Katie Holmes aconteceu em 2006. A imprensa noticiou que no contrato nupcial consta uma cláusula garantindo que, no caso de divórcio, a atriz receberá US$ 3 milhões por cada ano de casamento, além de uma mansão na Califórnia

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Diversão & Arte

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

avalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom ★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

cinema •

Walter SalleS

“Eu mE INtErESSO mAIS PElO QuE não conheço”

Divulgação

SalleS conheceu oS “jovenS poetaS de 80 anoS” que São retratadoS no livro

Indicado à Palma de Ouro em Cannes por Na Estrada, o diretor fala da aventura que foi adaptar a cultuada obra de Jack Kerouac e conta estar trabalhando em uma história para Gael García Bernal Suzana Uchôa itiberê

• Walter Salles tinha 18 anos quando leu Na Estrada pela primeira vez. Para o rapaz que vivia no Brasil da ditadura, o relato libertário e libertino de Jack Kerouac sobre suas andanças pela América teve impacto fulminante. Um dos expoentes da geração beat, Kerouac é Sal (Sam Riley) na adaptação que estreia na sexta-feira 13. Mas a força à frente daquela jornada foi Neal Cassady – no filme, Dean (Garrett Hedlund, um dos favoritos para constar na lista do Oscar) – que junto com Marylou (Kristen Stewart) e outros personagens que embarcam e desembarcam da viagem atravessam os Estados Unidos em busca de autoconhecimento e de liberdade. O diretor imprime na tela a pulsação dos jovens poetas e

espera que sua visão do livro de Kerouac conquiste a nova geração. • Central do Brasil, Diários de Motocicleta e Na Estrada. Qual o fascínio que os road movies exercem sobre você? • Os filmes de estrada são um ponto de interseção entre o documentário e a ficção, porque aquilo que acontece à margem da estrada, o inesperado, acaba sendo tão ou mais importante do que o que está escrito no roteiro. Filmes de estrada são relatos em que personagens são transformados pelo que veem, pelas pessoas que encontram. Até hoje, me sinto mais interessado por aquilo que não conheço do que pelo que me é familiar.


‘‘Tenho o forte desejo de reencontrar Fernanda Montenegro, quase 15 anos depois de Central do Brasil” • Hesitou quando recebeu o convite de Francis Ford Coppola para dirigir a adaptação? • Sim, hesitei. Um dos diretores da Zoetrope, a produtora de Coppola, viu Diários de Motocicleta no Festival de Sundance, em 2004, e conversamos sobre On the Road. O livro tinha me impactado profundamente quando o li pela primeira vez, aos 18 anos. Fiquei marcado pela liberdade radical dos personagens, pela narrativa ritmada pelo jazz, pela sensorialidade com que o sexo e as drogas eram descritos. Era o oposto daquilo que vivíamos na época, no Brasil dos anos 70. Por outro lado, aquele universo pertencia a uma cultura que não era a minha, e por isso a ideia de fazer um documentário que buscasse não só o livro e o legado de Kerouac, mas também um filme possível. Eles toparam e passei anos entrevistando personagens do livro que estão vivos, poetas contemporâneos de Kerouac que fundaram com ele a geração Beat, além de artistas influenciados pelo movimento.

Cassady. Kerouac vinha de uma família conservadora de Quebec. Foi preciso que uma figura inspiradora como Neal Cassady o levasse ao outro extremo dessa curva. Neal também era filho de imigrantes (irlandeses e alemães), mas sua mãe morreu quando era criança e ele se desgarrou do pai aos 10 anos.

• Quanto sua visão da história mudou nesse processo? • O encontro com esses jovens poetas de 80 anos, que me receberam de forma generosa, me abriu portas fundamentais para a compreensão da época na qual o filme se passa, e dos personagens principais. Até o fim do ano, pretendo ter uma versão de duas horas do documentário que funcione como complemento ao filme.

• Garrett Hedlund já despontou em listas prévias do Oscar. Ele trouxe bagagem própria para o personagem? • No dia em que veio fazer o teste,

• Dean era um rebelde, mas suas transgressões não chocam hoje. Como espera que o público jovem se identifique com o filme? • Acho que Dean é hoje, numa época onde o politicamente correto se tornou a norma do dia, um personagem tão ou mais incômodo quanto era nos anos 50. Mas é possível olhar o contra-campo disso, ou seja, Dean é interessante porque é um personagem que pula sem paraquedas, anda na contramão. E não faz isso pelo prazer da transgressão, e sim porque está em busca de respostas, de algo maior, que a sociedade conservadora daquela época – e talvez da nossa – não conseguia responder.

Garrett tinha viajado três dias desde o Estado de Minnesota. Ele escreveu um texto no caminho e pediu para ler. Parecia que estávamos ouvindo Dean. É um daqueles casos de entrega absoluta. • E o que vem a seguir? • Tenho trabalhado numa história original desenvolvida para Gael García Bernal, de quem fiquei muito amigo nas filmagens de Diários de Motocicleta. Há também um forte desejo de reencontrar Fernanda Montenegro, quase 15 anos depois de Central do Brasil. •

‘‘Na juventude, tentava escrever, fotografava, tinha o desejo de pegar a estrada para conhecer o mundo, mas não encontrei uma figura para inspirar-me a fazê-lo”

KriSten Stewart, Garret hedlund e Sam riley (no fundo) interpretam o trio de jovenS que viaja oS eua

• Sal viaja após a morte do pai, e Dean está em busca de seu pai. A figura paterna está no cerne da narrativa. • Na Estrada é, entre muitos temas, a história de jovens em busca de pais desaparecidos e que não conseguem ser, alguns anos mais tarde, eles mesmos pais. A família tradicional é questionada por Kerouac, sob a influência de Neal

Divulgação

• Na juventude, tinha mais em comum com Sal ou com Dean? • Com Sal, certamente... Tentava escrever, fotografava, tinha o desejo de pegar a estrada para conhecer o mundo, mas não encontrei uma figura como Dean para inspirar-me a fazê-lo.

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“Lutei duro para ser respeitada” Juliette Binoche lembra o início da carreira, quando

atuou em projetos de que não gostou, fala da dificuldade de equilibrar vida amorosa e profissional, e sobre vaidade e das cenas difíceis do filme elles

POR Carlos Helí de almeida

• Juliette Binoche é do tipo de atriz que faz muito bem filmes românticos, como Chocolate (2000), no qual formou par romântico com Johnny Depp, mas fica melhor ainda em histórias dramáticas e sexualmente provocadoras, como o drama Perdas e Danos (1991). Em Elles, que estreia no Brasil no dia 20, a estrela francesa, ganhadora do Oscar de coadjuvante por seu desempenho em O Paciente Inglês (1996), retorna ao terreno das mulheres abaladas moral e sexualmente. No filme, Juliette interpreta uma jornalista que prepara uma reportagem sobre universitárias que trabalham como garotas de programa e começa a questionar seu casamento burguês. Exibido nos festivais de Toronto e Veneza do ano passado, Elles causou certa sensação por algumas cenas mais atrevidas, como a que a protagonista se masturba. “Não deixei Malagorzata (Szumowska, diretora) sair do meu lado. Já que ela havia inventado aquela situação, queria saber se eu estava fazendo direito”, diz a atriz, rindo com as lembranças das filmagens.

• Vê alguma analogia entre os atributos da mulher casada e a prostituição? • Juliette. De forma alguma! Minha personagem não é uma prostituta. Preparar o jantar para o marido é uma escolha da mulher, não? O fato de ela sentir que está satisfazendo sexualmente o marido, no filme, vem de uma crise mais ampla. Ela tem uma família perfeita, um trabalho que ela adora, tudo de bom que o dinheiro pode comprar, mas não entende por que o relacionamento com o marido e com os filhos não vai bem. Ela se pergunta o que é o amor, o sexo e se, no final das contas, o dinheiro preencherá esse vazio. • Fazer a maioria das cenas sem maquiagem e com uma luz desfavorável a incomodou? • Foram escolhas da diretora. Ela e o diretor de fotografia queriam reforçar o contrataste entre a minha personagem, uma quarentona, e as jovens prostitutas que ela conhece. Não vi nenhum problema nisso, porque se você não vê o contraste entre elas, não vai parecer real.


Divulgação

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“Montar uma estrutura familiar a partir dessa profissão é muito difícil. É quase impossível” • Procurou conhecer garotas de programa reais para fazer o filme? • Não. Apenas vi um ótimo documentário sobre o tema. Mas eu já me considerava familiarizada com o assunto porque, na época em que eu estudava, tive uma amiga que se prostituía para poder pagar os estudos. Um pouco mais tarde, conheci outras mulheres que faziam isso para sobreviver. Não as julgo. Lamento que elas precisem fazer isso, claro, porque acho triste a situação de uma mulher que precisa usar o corpo para ganhar dinheiro. Não se compra coisas com seu corpo. Mas sei bem o que é ser jovem e não ter recursos. • Então, você não vem de uma família abastada? Foram anos difíceis, até poder sustentar-se? • Sei exatamente a luta que é estudar e não ter dinheiro para cobrir suas necessidades básicas. Na minha época, não tive ajuda do Estado, não tive o apoio da minha família. Trabalhei como caixa durante algum tempo. Estudar e trabalhar ao mesmo tempo drena todas as suas energias, é quase impossível. Depois, comecei a fazer pequenos trabalhos como atriz, que não me satisfizeram ou me fizeram sentir respeitada. Tive de lutar duro para ser respeitada. Tive sorte de conseguir isso ainda cedo na vida. • É verdade que a diretora fez vocês assistir a um DVD com dezenas de mulheres chegando ao êxtase como preparação para a sequência em que sua personagem se masturba no filme? • Sim, ela editou um material com cerca de 40 mulheres nessa situação, que ela pegou na internet. O pior é que eu quis assistir! (risos) Eu tinha que trabalhar a cena, porque é a responsabilidade do ator. Mas não eram trechos pornográficos; a gente só vê os rostos das mulheres. Em muitos casos, pareciam mulheres dando à luz, ou em agonia antes da morte. (risos) • Você se sente desconfortável em situações como essa? • Na verdade, não. Como disse, a responsabilidade do ator é fazer a cena como ela é pedida. Em casos como esse, que podem não ser muito agradáveis, difíceis até, eu me agarro a um aspecto artístico da situação. Vi a cena como uma pintura, na qual se misturam reações de um parto e de agonia. E deixei a preocupação de como isso ficava na tela para Malgorzata. Ela quis me deixar sozinha no set e assistir à

filmagem em outro lugar, pelo monitor, para eu me sentir mais confortável, mas eu não a deixei sair do meu lado. Disse: “Você escreveu esta cena, então você vai ficar comigo e me dizer se estou fazendo direito!” (risos) • Você tem dois filhos adolescentes, frutos de relacionamentos diferentes. O fato de não ter um companheiro com quem possa dividir os afazeres domésticos e profissionais, como a sua personagem no filme, não a preocupa? • Montar uma estrutura familiar a partir dessa profissão é muito difícil. É quase impossível, porque não combina com a vida como ela é. Mas se você quer ser mãe, é preciso criar uma estrutura para isso, para que eles possam evoluir, crescer, e que permita que você usufrua da maternidade e da profissão que escolheu de forma estável. A grande questão é ter ou não a pessoa certa ao seu lado. Mas, com o passar dos anos, ficou claro para mim o motivo pelo qual escolhi essa profissão e a vida que escolhi para mim. •

Em Elles, a atriz é uma jornalista que questiona o próprio casamento, após entrevistar jovens prostitutas

‘‘Não julgo (mulheres que se prostituem). Lamento que precisem fazer isso, claro, porque acho triste a situação de uma mulher que precisa usar o corpo para ganhar dinheiro. Mas sei bem o que é ser jovem e não ter recursos’’



Estilo Casa • Por Silviane Neno

O apartamento de 280 metros quadrados mantém o estilo do pai de João, o músico Roberto de Carvalho. As plantas têm a função de preservar a intimidade da casa. Ao lado, detalhe do altar. Abaixo, o retrato da mãe, Rita Lee


desculpe o auê Filho de Rita Lee e Roberto de Carvalho, há cinco anos João Lee habita sozinho o apartamento maluco beleza onde morava com os pais reportagem Juliana Faddul FotoS Marcelo Navarro / Ag.IstoÉ

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Estilo Casa

Acima, o quadro de James Dean é do irmão Antônio. Ao lado, a obra de Ismael Nery

• A história se repetia muito. Geralmente à noite. João, ainda um menino, pronto para dormir, ouvia algumas batidas na parede. Não, contrariando o imaginário infantil, ele não pensava em assombração ou bichos escondidos no apartamento de 280 m² no Morumbi. Era a mãe, Rita Lee, avisando do andar de cima que ia dormir e que tinha um presente para o pai, Roberto de Carvalho. Ela então amarrava algo num barbante e enviava por fora do prédio para o marido pegar. “Quando nos mudamos do antigo apartamento em Higienópolis, meus pais decidiram morar em apartamentos diferentes. Ela no de cima e ele no de baixo. Eles então se tornaram namoradinhos de novo”, conta João. Assim, o casal, e consequentemente a família, passou a ocupar dois andares com décor completamente diferentes, o de Roberto mais clássico e o de Rita, colorido como um figurino dos tempos da Tropicália. Quando os pais decidiram mudar dali para uma casa (uma só dessa vez) na Granja Viana, João resolveu ficar no andar paterno. Mas, antes, algumas regras foram estabelecidas. Todas, segundo ele, são seguidas à risca: manter o cercadinho do cachorro (o schnauzer Mike) e não cozinhar carne vermelha. João também decidiu não reformar nada e ainda manteve o décor dos pais. De quebra, também herdou peças importantes de Miró, Ismael Nery e do irmão Antônio: “Meu artista favorito é Van Gogh. Gostaria de uma obra dele, mas ainda não cheguei lá”, brinca. João é o único membro da família com um diploma universitário (ele fez administração) e a não ter nenhuma tatuagem. Mas o DNA artístico da família, sempre esteve ali, à espreita. Ele trabalhava num banco quando a coisa bateu forte. Decidiu abandonar o emprego e enveredar para a música... eletrônica: “Sou DJ, sou da música eletrônica. Não gosto dessas modinhas pop que tocam nas rádios.” Junto com cinco amigos ele fundou o coletivo de artistas Pulp e a Frank Entertainment


Agency. A agência produz, por exemplo, o Winter Festival de Gramado, evento de música eletrônica que acontece junto com o festival de cinema, em agosto. Para facilitar o trabalho de mixagens, ele manteve o estúdio do pai no apartamento, mas também trabalha na casa da Granja Viana. Rita e Roberto observam sem dar palpite: “Eles sabem que não é a praia deles. Outro dia minha mãe me disse ‘você já ouviu uma menina nova, a Nina Kraviz?’. Pô, claro que sim, né?” Há dois anos ele investiu em bons fones de ouvido para não incomodar os vizinhos. A convivência no prédio, aliás, nunca foi das mais tranquilas desde os tempos em que a família toda vivia lá. “Ás vezes, moradores batiam aqui em casa procurando minha mãe. Éramos observados também pelo prédio da frente. Era muito chato.” Para fugir das janelas indiscretas João encheu de plantas a sacada. A família nunca foi de receber gente em casa e João mantém o costume: “Durante os 15 anos que vivo aqui, acho que só recebi uns três amigos.” Mas aos domingos a família repete a tradição de se reunir em torno da mesa em longos almoços permeados de boas conversas. “Meus pais podem parecer doidões, mas eles são muito ‘paizão’ e ‘mãezona’. Quando saíam em turnê, sempre voltavam no domingo para a gente almoçar. E é assim até hoje.” Rita e Roberto, quem diria, só criaram ovelhas negras na canção. •

João em seu estúdio doméstico. Ao lado, uma obra de Miró. O móvel à dir. é herança da avó, Ramilda. Ao lado, os Grammy Latinos que a mãe ganhou: um dos poucos que sobraram após o assalto na casa da Granja Viana, onde ficavam todos os prêmios da dupla

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Ensaio

E “

stou numa vida de velhinha” Velhinha? Com esse corpão? Pois é, aos 35 anos, a apresentadora Fernanda Lima diz que sua vida hoje está focada na educação dos filhos – os gêmeos Francisco e João –, em curtir o marido, Rodrigo Hilbert, e ficar na varanda de casa, tomando chimarrão POR Simone BlaneS


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Fotos Ale Dequeker/Divulgação


Ensaio

“Eu ganho legal, não preciso (posar nua)” “Não eram vestidos. Eram uma arquitetura, peças de arte, esculturas”, diz Julia sobre o figurino de sua personagem


“Passo meus fins de semana na minha varanda, tomando chimarrão, lendo e dando pitaco nas coisas, sabe? Só falta um curso de corte e costura porque a máquina, eu já tenho” • The book is...

• Com a vida ganha, como se diz, Fernanda foca na prole. E se orgulha disso. Não perde uma reunião de pais, festinha ou apresentação no teatrinho da escola, e investe no conhecimento deles. Toda a família, por exemplo, acaba de voltar de uma temporada de dois meses na Califórnia, nos Estados Unidos, para que os meninos tivessem sua primeira imersão na língua inglesa, com direito a matrícula em um curso para kids do idioma. “Eles adoraram as aulinhas com a teacher. Falavam muito das cores e do rainbow”, contou, sem remorso por eles terem perdido tantas aulas regulares na escola brasileira. “É uma época que podem fazer isso, né?” A viagem serviu também para, segundo Fernanda, dar aos guris uma lição de civilidade. Sair de casa sem medo de assalto e de paparazzi é algo raro para a família, que vive no Rio. “Quis mostrar a eles que existe um lugar que você pode andar na rua, que não tem tanta violência, sem paparazzi, que as pessoas conseguem ter mais dignidade. No Rio, à noite, o máximo que dá para fazer é ir ao teatro e mesmo assim tem que sair correndo e entrar no carro. Eles sempre perguntam: ‘É monstro, mamãe?’ E eu digo: Não, é gente mesmo.”

Fotos Ale Dequeker/Divulgação

• O tempo parou para Fernanda Lima. Aos domingos, da varanda de sua casa na praia da Macumba, no Rio, ela observa os filhos João e Francisco, de 4 anos, crescerem, enquanto vê seu marido, o “senhor” Rodrigo Hilbert, limpar o jardim. “Eu estou numa vida de velhinha. Passo meus fins de semana na minha varanda, tomando chimarrão, lendo e dando pitaco nas coisas, sabe? Só falta um curso de corte e costura porque a máquina, eu já tenho”, brinca ela que conta com a total cumplicidade do marido. “O Rodrigo também é outro: um senhor. É raro irmos a alguma festa”, declara a gaúcha à Gente, no Estúdio Burti, em São Paulo, onde ela deu rasante para estrelar uma campanha de lingerie. Pois é. Aos 35 anos e se dizendo “velhinha”, Fernanda continua linda, dona de um corpo que parece não sentir a ação do tempo. Tanto que a marca Scala apostou nela para ser sua garota-propaganda em 2012, usando peças bem sensuais diante das lentes do fotógrafo Jacques Dequeker, na segunda-feira 25. A silhueta, porém, não é apenas obra da natureza. “Caprichei na malhação esta semana com aulas de levanta-bumbum com caneleira. Porque depois que você tem filho, tudo muda e fazer lingerie é sempre delicado”, explicou Fernanda. A ótima forma que será exibida na campanha, porém, não abrirá caminho para outras ousadias, como posar nua, por exemplo. Pelo menos não para Fernanda, para quem a possibilidade estaria atrelada a uma robusta compensação financeira – algo que não a seduz mais. “Eu ganho legal, não preciso.”

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Ensaio

Como passaram esses dias sem babá nem empregada, João e Francisco aprenderam também a ser mais colaborativos dentro de casa. “Aproveitei para ensiná-los a arrumar a caminha e a limpar o que sujaram. Agora, se me virem com uma vassoura, já falam: mamãe deixa que eu varro”. • Claro que a família tem seus momentos de farra. A pedida no momento são as partidas de vôlei e tênis no videogame – e Fernanda adora essa parte. O problema é que os dois entraram naquela fase de querer dormir mais tarde, lá perto da meia-noite, o que tem dificultado as coisas na vida íntima do casal. “Tem vezes que eu e Rodrigo trancamos a porta do quarto e, daqui a pouco, um dos dois vem batendo: ‘mãe!’. Mas o bom é que entre a gente rola química de pele e não é só sexo, a gente namora mesmo. Então, dribla uma coisinha aqui, combina uma noite ali e assim vai”, relata ela, aos risos. Talvez essa experiência não a empolgue em ter mais filhos. Fora que a própria apresentadora lembra que sua gravidez foi bastante “traumática”, com muitos enjoos. Repetir a dose, portanto, estaria fora dos planos. Fernanda, agora, se prepara para mais uma temporada de seu programa na Globo, Amor&Sexo, que volta ao ar em setembro. “É o emprego ideal. Um programa bacana que as pessoas gostam, se divertem, me reconhecem. Além disso, como é de temporada, tenho bastante tempo para pensar em projetos pessoais e ser mãe mesmo. Por mim ficaria assim para sempre”, pede ela. Que o tempo pare, “senhora” Fernanda. •

Fotos Ale Dequeker/Divulgação

• Farra x vida a dois


“Tem vezes que eu e Rodrigo trancamos a porta do quarto e, daqui a pouco, um dos dois vem batendo: ‘mãe!’. Mas o bom é que entre a gente rola química de pele e não é só sexo, a gente namora mesmo. Então, dribla uma coisinha aqui, combina uma noite ali e assim vai” 14/01/2011

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viaja

Sob os encantos de Lisboa A atriz Bárbara Paz é praticamente uma especialista na capital portuguesa. A cada visita à cidade, ela conta que descobre novas facetas e paisagens da terra de Fernando Pessoa DePoimento cedido a Júlia Leão


Shutterstock

Arquivo Pessoal

‘‘Há dez anos, fiz minha primeira viagem para Lisboa. De lá para cá, já visitei essa linda cidade quatro vezes”

A atriz, num passeio pelo Castelo de São Jorge, monumento que se destaca na paisagem urbana da cidade (à esq.)

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A estátua do poeta Fernando Pessoa dá as boas-vindas aos visitantes do café A Brasileira. Abaixo, o fabuloso Mosteiro dos Jerônimos

• “Sempre fui fascinada por Portugal. Desde que abri meu primeiro livro do poeta Fernando Pessoa, Poemas Completos de Alberto Caeiro, sabia que precisava conhecer o país dos nossos colonizadores. Queria caminhar por aquelas ruas e seguir pelos caminhos desse mestre da literatura. Lisboa, Cascais, Sintra. Sabia que um dia iria visitar todos esses lugares. Há dez anos, viajei para Lisboa pela primeira vez. Fui como mochileira, com dois amigos. Foi minha primeira experiência em busca dos melhores cenários da poesia. De lá para cá, já voltei à capital portuguesa quatro vezes. Como sou fascinada pela cidade e encantada com o povo, nas minhas férias do ano passado resolvi ir para lá novamente. Lisboa é linda em todas as épocas, mas a estação de que mais gosto é o inverno. No frio, a arquitetura renascentista, por exemplo, parece resgatar a história de maneira mais verossímil, levando o visitante a uma viagem pelos séculos passados. Resolvi diferenciar meus passeios e fiz o roteiro turístico a pé. Desde o Castelo de São Jorge, um dos monumentos mais emblemáticos de Lisboa, até a Torre de Belém, construída estrategicamente na margem norte do Rio Tejo, entre 1514 e 1520, para defesa da cidade. Apesar de já ter feito esse caminho várias vezes, só nessa ocasião pude usar um pouco do meu lado diretora e fazer fotos dos cenários e paisagens ao meu redor. Fiz até alguns vídeos bem bacanas que hoje fazem parte do meu acervo turístico. Shutterstock

Divulgação

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Shutterstock

• Doce e Fernando Pessoa

Arquivo Pessoal

Shutterstock

Belezas lusitanas: a Torre de Belém, o boêmio Bairro Alto (à esq.) e passeio de bonde, que Bárbara Paz adorou (abaixo)

Outras atrações imperdíveis da capital portuguesa são o Mosteiro dos Jerônimos, que recebe 700 mil visitantes por ano e, ali perto, a Fábrica dos Pastéis de Belém. Não resisto ao famoso doce de nata, especialidade da culinária lusitana. Durante o dia, dei uma volta de bonde pelas ruas da cidade, sentei ao lado da estátua de Fernando Pessoa – no café A Brasileira, no bairro do Chiado – e visitei um dos meus lugares preferidos, o Museu Berardo de Arte contemporânea, cujo acervo possui 862 obras. Mas minha viagem não foi feita só de passeios diurnos. Lisboa tem uma das noites mais charmosas e animadas da Europa. Ao cair do sol, eu subia para o Bairro Alto e escolhia um novo restaurante para conhecer. Apesar de provar diferentes menus, a bacalhoada, harmonizada com vinho tinto, ainda é meu prato predileto. Após a comilança, tirava um tempo para ouvir um belo fado. O Bairro Alto concentra as melhores casas desse estilo musical português, que é, ao mesmo tempo, triste e lindo. Como em todas as minhas visitas a Lisboa, o tempo voou e as férias acabaram. Não vejo a hora de voltar à cidade e reviver essas experiências tão saborosas, que sempre tenho quando estou por lá.” •

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11/7/2012

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