ISTOÉ GENTE 675

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As primeirAs imAgens do bebê de Carla Bruni e sarkozy

istoegente.com.br

musa da chanel nos anos 80, Gisele zelauy conta os bastidores dos tempos de top na maison Cameron diaz fala à Gente: “tenho muito amor para dar”

o pAizão Marcello Novaes faz 50 anos e cria os filhos sem tabus: “em casa tem camisinha para todos”

EXCLUSIVO

BETTY FARIA

SUCESSO Avenida E DRAMA Brasil

Aplaudida na novela , a atriz vive um conflito familiar e entra na Justiça pelo direito de visitar a neta de 10 anos

um ensAio com BruNa liNzMeyer: A Atriz diz que se sente tensA nAs cenAs de nudez em Gabriela

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15/ago/2012

ano 13 n° 675

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A LUTA de beTTy A atriz Betty Faria brilha em seu retorno à tevê, será homenageada em Gramado, mas vive um momento delicado: com uma ação na 18ª Vara de Família no Tribunal de Justiça do Rio, ela tenta obter liminar para visitar regularmente a neta, Giulia, filha da atriz Alexandra Marzo

• Betty Faria saía de casa, a pé, para ir ao terapeuta, ali mesmo no Leblon, quando foi parada por uma fã. No bairro carioca onde o vai e vem de artistas e celebridades não faz ninguém virar o pescoço (salvo os turistas), a cena deixou a atriz surpresa e feliz. Era a prova do sucesso de Pilar de Albuquerque, a socialite falida, meio trambiqueira e divertidíssima, que chegou para tirar o sossego do genro Cadinho, vivido por Alexandre Borges, e roubar a cena em Avenida Brasil. E quem mais além dela seria perfeita para a personagem de João Emanuel Carneiro? Repetindo a piada com seu nome da qual até ela acha graça, só Betty faria... “É uma coisa performática, a Pilar entrou na trama para fazer uma aparição aqui outra ali, e as pessoas adoram. Gostaria que ela fizesse parte da trama de forma efetiva”, disse ela à Gente na quinta-feira 9. No Twitter o número de seguidores da atriz dobrou em uma semana depois que Pilar entrou em cena: “Só a Betty Faria para resgatar o glamour de fumar um Charm no horário nobre”, twittou um deles. Longe dos folhetins globais desde 2007, o retorno em grande estilo vem acompanhado de uma homenagem. Aos 71 anos, ela receberá o Troféu Oscarito pelo conjunto de sua carreira no Festival Internacional de Cinema de Gramado, este mês.

Tudo isso só não diminuiu a tristeza de um drama vivido pela atriz dentro da própria família. Há pelo menos quatro meses, Betty tem dificuldade de visitar a neta Giulia, filha de Alexandra Marzo, sua filha com o ator Claudio Marzo, 71 anos. Alexandra não estaria bem, alternando períodos de depressão e em sua reclusão tem isolado também a menina do convívio com a avó. Betty adora a neta e estaria sofrendo muito com a situação. Nas últimas semanas a situação se agravou. A atriz decidiu entrar na Justiça pedindo o direito de ver Giulia livremente. A ação que propõe a regulamentação de visitas dos avós corre na 18ª Vara de Família no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O processo, em trâmite há uma semana, não havia sido despachado pelo juiz até quinta-feira 9. A expectativa é a de obtenção de uma liminar que permita as visitas. O advogado da atriz, Paulo Lins e Silva, não quis comentar o caso, alegando questões éticas. Giulia, 10 anos, é filha de Alexandra com Sean Butler. Os dois não vivem juntos e o pai não daria nenhum apoio material na criação da menina. Sobre o processo, Betty se recusou a comentar: “Não vou falar sobre isso”, declarou. Também procurada por Gente, Alexandra negou saber sobre a ação

Há pelo menos quatro meses, a atriz tem tido dificuldades de ver a neta Giulia


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A ação, em trâmite há uma semana, propõe a regulamentação das visitas regulares da atriz à neta. O advogado da atriz, Paulo Lins e Silva, não quis se pronunciar alegando questões éticas

movida pela mãe e declarou que Betty levou sua filha para jantar no domingo 5, no restaurante japonês Manekineko, no Itanhangá, no Rio. Um dos gerentes do restaurante confirmou que a atriz esteve lá por volta das 21 horas, acompanhada do filho, o produtor João de Faria Daniel (seu caçula, do casamento com o diretor Daniel Filho), mais a nora e uma menina. Além de Giulia, Betty tem outros três netos, os gêmeos Valentina e João Paulo, 9 anos, e Antonio, 7. Eles são filhos de João de Faria Daniel. A avó já foi vista na praia em companhia das crianças e adora levá-las ao teatro. Foi assim, por exemplo, no espetáculo Festa na Floresta, no Vivo Rio, em 10 de julho do ano passado. O passeio foi registrado por fotógrafos (Gente optou por não republicar as imagens de Betty com Giulia). Na quinta-feira 9, ela disse que estava planejando levá-las para assistir à peça O Mágico de Oz, no teatro João Caetano, no fim de semana. “Adoro passear com os quatro netos juntos. Só não os levo para comer fast-food, de jeito nenhum. Não levo meus netos para comer porcaria. Vamos a restaurantes japoneses, eles sabem até usar os palitinhos”, disse a atriz, que ajuda nas despesas de Giulia.

• Depressão

• Amigas de Alexandra afirmam que a atriz passou por um período difícil. Ela atuou em novelas como Top Model e Mulheres de Areia, mas está afastada da tevê há 13 anos, desde 1999. “Ela está numa fase de recomeçar, se curou da depressão”, disse a astróloga Claudia Lisboa. “Ela é uma heroína na vida. Tudo já passou”, acrescentou a amiga Camilla Amado, diretora de teatro. Em entrevista em junho deste ano ao jornal Extra, Alexandra contou que saiu da tevê para cuidar da filha, pois não queria que Giulia crescesse longe dela. Desde então, tem atuado como astróloga. “Ela se formou comigo. Pelo mapa astral dela, eu a orientei a retomar a carreira de atriz”, completa Claudia. Alexandra, 43 anos, declarou ao jornal que voltaria a atuar em uma peça dirigida por Camilla. “Se ela falou que quer a minha direção, ela vai ter”, disse a diretora. Recentemente, Betty também se curou de uma doença que a acometeu, a polimialgia, uma inflamação das articulações. “Não sinto mais nada, mas senti muitas dores que só diminuíam com cortisona e fiquei viciada na droga por quatro anos. É uma doença terrível. Mas agora estou ótima.” A cura coincidiu com a festejada volta às novelas da Glo-


• “Ela está numa fase de recomeçar, se curou da depressão” • CARREIRA INTERROMPIDA

Claudia Lisboa, astróloga, sobre a amiga Alexandra Marzo

Alexandra Marzo está afastada da tevê desde 1999, mas fez novelas de sucesso e chamava a atenção pela semelhança física com a mãe, Betty Faria Sua estreia na televisão foi em 1986 com a novela Hipertensão. Na trama, ela viveu Taís Dois anos mais tarde, em 1988, viveu Betty em Fera Radical No mesmo ano, interpretou Mariana, na minissérie O Primo Basílio Em 1989 deu voz à Silvia, em O Salvador da Pátria No sucesso Top Model viveu Giulia, em 1989 (foto acima) Em 1990 fez parte do elenco de Brasileiras e Brasileiros, do SBT, como Alma Três anos mais tarde, em 1993, em Mulheres de Areia, fez Carola Sampaio Em 1994 fez uma ponta como uma estudante em Incidente em Antares No ano seguinte, 1995, fez uma participação especial como Suzy em Malhação Seu último trabalho na telinha foi em 1999, como Lili, em Suave Veneno

Alexandra Marzo teria se afastado da tevê por 13 anos para cuidar da filha, que hoje está com 10 anos

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Capa Fora dos folhetins globais desde 2007, Betty Faria voltou ao ar como a divertida Pilar, em Avenida Brasil: “É uma coisa performática, as pessoas adoram”, diz ela

bo. Sua última personagem na emissora havia sido na novela Duas Caras, de Aguinaldo Silva, há cinco anos. Em 2010, ela gravou a trama Uma Rosa com Amor, no SBT, e viajou o Brasil com a peça Shirley Valentine, que foi sucesso. O prêmio em Gramado celebra a ótima fase profissional. “Estou muito feliz, me senti honrada. Quando era criança, em Copacabana, eu via os filmes da Atlântida e adorava Oscarito”, conta a atriz. “Receber uma homenagem de um dos festivais de cinema mais importantes do Brasil, não é para qualquer um, né?” Dona de um corpo invejável, moldado pela dança, Betty conta que agora faz exercícios em casa. “Queria voltar a dançar, mas estou com problemas no joelho e não dá mais.” A personagem de Avenida Brasil é hoje a sua grande diversão. “Pilar perdeu a fortuna, mas não a pose. Eu me divirto demais por participar de uma novela fantástica, um sucesso, bom elenco, bem dirigida. É um luxo.” Adora contracenar com Alexandre Borges e Carolina Ferraz. “Eles são umas graças, companheiros, tudo harmônico”, diz. Ela brinca que não tem coragem de perguntar ao autor, João Emanuel Carneiro, qual será o fim de Pilar. “Ocupado em escrever aqueles textos maravilhosos, não tenho como perturbá-lo: E aí, João, eu vou ficar até o final?”, indaga ela, caindo na risada. Betty não gosta de fazer planos para o futuro e diz viver o que define como seu “lado Macunaíma, sem culpa e sem vergonha”. Não que ela não adore trabalhar e se dedicar aos seus projetos. “Mas não tenho nada na cabeça agora. Pode ser que daqui a dois meses tenha aquela fissura, aqueles planos.” Com sabedoria e a autoridade de uma das maiores damas da televisão, Betty resume: “Aos 71 anos, eu só quero ser feliz.” •


• Por quatro anos, senti muitas dores Pela Polimialgia. agora estou ótima. aos 71 anos, eu só quero ser feliz” • Betty Faria

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Diversão & Arte

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

avalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom ★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

cinema •

“Jude Law gOsTOu de fAzeR um Zé Mané”

Fernando Meirelles Cineasta lembra Cidade de Deus, que completa 10 anos e fala do elenco estelar de 360, seu novo filme que reúne nomes como Anthony Hopkins e Rachel Weisz Suzana Uchôa itiberê

• Fernando Meirelles recorre a Freud para explicar à Gente a temática de 360, exibido na abertura do 40º Festival de Gramado e que entra em cartaz na sexta 17. “Todas as histórias são sobre pessoas normais, brigando contra seus desejos e pulsões”, diz. O roteiro de Peter Morgan (A Rainha) arma um mosaico de contos interconectados que se desenrolam em Viena, Londres, Paris, Denver, Phoenix e Rio de Janeiro. Meirelles cercou-se de um elenco internacional para montar um delicado caleidoscópio da natureza humana. 360 é uma obra intimista. O diretor está guardando o furor para Nemesis, seu próximo filme, sobre a lendária rixa entre Aristóteles Onassis e Robert Kennedy

Meirelles pretende voltar a filMar no Brasil depois de rodar uM longa soBre aristóteles onassis

• Tem preferência por alguma das histórias de 360? • Gosto da sequência do Ben Foster com a Maria Flor. Sinto pena e torço por aquele personagem assombrado pelos próprios impulsos. O discurso do Anthony Hopkins no AA (Alcoólicos Anônimos) também me comove e o flerte do dentista com a assistente acho leve e bonito.


• O formato de múltiplas histórias tem sido considerado ultrapassado. O que mais o atraiu no projeto? • Filmes com muitas histórias não são novidade, mas não sinto que sejam ultrapassados. É um gênero, acho. Seria como dizer que filmes de super-heróis ou comédias românticas são ultrapassados. Fui atraído pela chance de trabalhar com Peter (Morgan) e com bons atores de vários países, mas, principalmente, pelo fato de o filme não ter um antagonista. Todos os personagens são pessoas boas tentando fazer o seu melhor. Nem sempre conseguem. • Você teve liberdade criativa? • A beleza de se fazer filmes independentes é que sou também um dos produtores, portanto as relações são de parceria e não de contratado e contratante, como nos filmes de estúdio. Por isso nunca quis filmar nos EUA. • A logística para se realizar uma obra com diversas histórias, locações e línguas deve ser complicada. • O desafio é maior para os produtores, que precisam prever deslocamentos, hospedagens, lidar com leis e contratos. Para o diretor não faz tanta diferença. Todo dia me levavam para o set e eu apenas fazia o que sei fazer. Fora um ator russo, os outros falavam inglês ou francês. Então, não foi um grande problema. • É sua segunda parceria com Rachel Weisz, que ganhou o Oscar por O Jardineiro Fiel. Como foi a escolha do elenco? • Cada ator veio por um caminho. O Jamel Debbouze, o dentista de Paris, foi o primeiro que escolhi e dei trabalho para a produção, que adiou o começo das filmagens para acomodá-lo nas datas. A Maria Flor e o Juliano Cazarré entraram porque gosto de ambos, profissional e pessoalmente. Rachel veio por sua capacidade e prazer em improvisar. Sabia que ela me ajudaria enriquecendo as cenas, como de fato ajudou. Hopkins entrou porque é o Hopkins, quem vai ser louco de recusá-lo? Achei interessante chamar o Jude Law para fazer um cara ordinário, que está sendo

cena do filMe coM Jude law e rachel weisz

largado pela mulher. Ele gostou da ideia de fazer um Zé Mané. • Amor e traição são temas que se sobressaem em 360. • Mais do que a traição em si, me interessa a questão de termos um lado primitivo que nos leva por caminhos que não planejamos andar. Todas as histórias são sobre pessoas normais, brigando contra seus desejos e pulsões. Em O Mal-Estar na Civilização, Freud já dizia que precisamos reprimir nossos impulsos para que possamos construir uma civilização. A sublimação do desejo é o que nos leva a criar a arte, a ciência, religiões, sistemas políticos etc. É como se a felicidade, ou a plenitude, fosse antagônica à vida civilizada. Mesmo vivendo em uma sociedade muito mais aberta do que a que Freud viveu, parece que ainda não resolvemos este problema. • Qual a melhor lembrança das filmagens de Cidade de Deus, que completa dez anos? • A relação com o elenco foi a parte mais enriquecedora do processo. Achar o elenco, prepará-lo e aprender com os garotos sobre um Brasil que eu desconhecia.

• Você tem acompanhado como está a produção do documentário Cidade de Deus – 10 Anos Depois e da versão em quadrinhos? • Tenho ajudado no documentário, mas não me envolvi oficialmente para que não vire um filme chapa-branca. A HQ, sim, estou produzindo com o Ricardo Laganaro, amigo da O2. Está muito bonita e espero lançá-la até o Natal. • O que pode contar sobre seu próximo filme? • É a adaptação de Nemesis, biografia do armador grego Aristóteles Onassis escrita por Peter Adams. O centro da história é o ódio que Onassis nutria por Bobby Kennedy e o reverso. O cara mais rico do mundo contra o cara mais poderoso. Muito escândalo, sexo, algumas mortes, tudo na época mais chique que houve, os 50 e os 60. • Quando vai voltar a filmar no Brasil? • Depois de Nemesis, só não sei o quê. Mas na hora saberei.

VEJA O TRAILER DO FILME NO SITE WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

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Ensaio

“Há tensão

nas cenas de nudez

de Gabriela”

Aos 19 anos, BrunA Linzmeyer fala da carreira, das cenas picantes no remake da novela, do desejo de ser mãe e do namoro com michel melamed, 17 anos mais velho. e conta que enfrenta preconceitos por ser bonita POR Simone BlaneS fOtOS michelle Silva / ag. iStoÉ EdiçãO dE mOda Bianca Zaramella StyliSt george KraKowiaK / aBÁ mgt



• O Brasil está encantado com a beleza de Bruna Linzmeyer. Aos 19 anos, a atriz de olhos azuis e boca carnuda tem sido um dos destaques do remake da novela Gabriela, na Globo. Na pele da personagem Anabela, dançarina e prostituta da trama, ela protagoniza cenas de nudez e sexo. E mostra que, além de linda, tem coragem para enfrentar papéis polêmicos. “Só tenho medo de ter medo. Há tensão nas cenas de nudez de Gabriela. Mas usar meu corpo no trabalho faz parte.” E continua: “Não entendo uma atriz dizer que não corta o cabelo, não dá beijo na boca em cena. Que atriz é essa?” Ela quer usar talento e atitude para não ser apenas mais um rosto bonito na tevê. Desde sempre, ouve elogios à sua beleza. Ainda menina, era parada nas ruas por homens, mulheres, jovens, idosos. Todos se diziam encantados com sua pele alva iluminada pelos olhos azuis. Bruna nunca se achou tudo isso. Até hoje, é assim. “Para mim, ainda é estranho essa coisa de me acharem superbonita. A beleza é muito bem-vinda, ajuda. Mas também gera preconceitos”, diz a atriz. “Outro dia, um amigo me indicou para um trabalho e mostrou a minha foto. A primeira coisa que o produtor disse foi: ‘Ela é linda. Mas é boa atriz?’”. Bruna se queixa de ainda sofrer pela ideia equivocada que se tem de que uma mulher muito bonita não pode ser, também, talentosa e inteligente.

“Para mim, ainda é estranho essa coisa de me acharem superbonita. A beleza ajuda, mas gera preconceitos”

Vestido Les Lis Blanc. Brinco em ouro rosé com turmalinas verdes, rubis e diamantes negros Emar Batalha

Ensaio



“Quero ser mãe e vivenciar o amor incondicional da maternidade. Mas só daqui a uns 20 anos”

Vestido Bo.Bô. Bourgeois Boheme. Brinco franjas em ouro amarelo Jack Vartanian. Bracelete em ouro rosé Tiffany&Co

Ensaio


• Amor e trabalho

• Quem tiver qualquer tipo de preconceito em relação a Bruna, basta uma conversa para perceber que ela tem conteúdo, sim. Entende muito de cinema, literatura, filosofia, teatro. Cita gênios como Nelson Rodrigues, Woody Allen e o suíco Karl Barth com naturalidade e domínio de causa. E tudo com apenas 19 anos. Para ela, o fato de sempre ter se relacionado com pessoas mais experientes ajuda nesse sentido. “Tive poucos amigos da minha idade. Estou sempre aprendendo”, conta a atriz, que há quase dois anos namora o ator e diretor de teatro Michel Melamed, 36 anos – 17 a mais do que ela. O casal está junto também no trabalho. Na peça Adeus à Carne ou Go To Brazil – em cartaz no Sesc Santana, em São Paulo –, Bruna é dirigida pelo namorado. Ela diz que interpreta a si mesma, tamanha a entrega no espetáculo, que fala da complexidade das relações humanas. “Coloco minha vida no palco, meu amor e meus desejos”, diz. Fora do palco, Bruna curte o namoro com Melamed viajando para conhecer novos lugares e gastronomias. Em suas andanças, já experimentou carne de tubarão e algas. “Meu maior pecado financeiro é viajar”, diz. A atriz conta que ela e o namorado estão num ótimo momento. E adianta o desejo de ser mãe. Mas esse é um plano para o futuro. “Ainda sou muito nova. Mas quero ser mãe e vivenciar o amor incondicional da maternidade”, declara. “Mas só daqui a uns 20 anos”. Até lá, ela pretende continuar encantando o País com seu talento e sua beleza. •

ASSISTA À ATRIZ EM CENAS DE GABRIELA EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

BElEza • Ronaldo EscobaR/ abÁ MGT agRadEcimEntO • casa 92 casa92.bloGspoT.coM.bR 14/01/2011

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Estilo Casa • Por Silviane Neno

radical chique

No novo apartamento da arquiteta Nórea de Vitto, em São Paulo, não sobram excessos. O único pecado é estar ali com pressa, sem tempo para olhar a vista e sentir a brisa enquanto a cidade pulsa lá embaixo FOTOS Juca Rodrigues/Ag.IstoÉ


O amplo salão foi dividido em três ambientes. As mesas de centro são da Butik, linha criada por Nórea de Vitto e Beto Galvez. A tela é de Antonio Lizárraga

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Estilo Casa

Acima, N贸rea na janela de seu quarto. S茫o Paulo a perder de vista. Abaixo, mesa de centro de Juliana Benfatti


• No circuito da arquitetura e do design paulistano Nórea de Vitto dispensa apresentações. Mas para quem está chegando agora, vamos aos créditos. Há mais de 20 anos, ela e Beto Galvez, seu sócio e grande amigo, dividem um dos escritórios de décor mais badalados da metrópole. Já faz tempo os dois caíram na graça de um público exigente. Leia-se ricos low-profile, gente que prefere o chique sóbrio, que detesta ostentar, e uma turma da moda que joga no mesmo time. É aquele estilo que não erra, de pantones afinados com mobiliário de responsa e achados de época. Dito isso, vamos à nova casa de Nórea, para onde ela se mudou há um ano com os três filhos jovens, móveis, peças inseparáveis e seu indefectível bom gosto. O apartamento é uma daquelas joias nos Jardins. Predinho com ares neoclássicos, um por andar, ali onde o buxixo fashion já faz fronteira com uma área mais arborizada, quase respirando os ares do parque do Ibirapuera. “O que me encantou foi a vista. É o ponto alto desse apartamento”, conta Nórea numa dessas tardes em São Paulo de um inverno com céu azul. De fato a vista do quarto que ela escolheu chamar de seu é capotante. Como se a cidade estivesse aos pés da raposa que repousa aos pés da cama. Outro ponto a favor foi a

brisa que invade os cômodos suavemente bastando que se abram as janelas. Nórea tomou partido de uma estante já existente na sala e compôs ali além do espaço para as refeições, um canto de trabalho, para ela e os filhos. Como a família toda gosta de receber os amigos ela optou por um grande sofá de couro no ambiente onde fica a tevê. “Privilegiei o conforto e a convivência”, resume. Os tons passeiam pelos cinzas, branco, com pinceladas de chocolate em cantos estratégicos como o hall do elevador. Aqui e ali o dourado também aparece em alguns objetos e móveis. Alguns são da linha que ela desenvolve com Beto, a Butik, todas de criação exclusiva da dupla. É o caso das mesas de centro feitas em mármore e latão que já se tornaram um clássico da marca. Ela preferiu ficar com o menor dos três quartos do apartamento de 260 metros quadrados. Coisas do coração. A grande suíte com closet foi destinada às duas filhas e o outro quarto para Pedro, o único menino da casa, além de Ucho (Carvalho, publicitário e gente fina), o marido de Nórea. Os dois se dividem nas duas casas, a dela e a dele. Fórmula moderna e inteligente para nossos tempos modernos. Mas certamente é da janela dela que São Paulo é infinitamente mais bonita. •

Acima, o sofá Chanel foi revestido de veludo molhado azul. Na foto menor, o hall do elevador ganhou tom chocolate em uma das paredes

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Especial Dia dos Pais

Diogo, o mais velho, Marcello e Pedro, o caรงula, na garagem da casa do ator no Rio: amizade entre pai e filhos


O vilãO é um paizãO

Sucesso em Avenida Brasil no papel de Max, MArcello NovAeS faz 50 anos também em alta com os filhos, Diogo, 17 anos, e Pedro, 15. em casa, ele fala à Gente sobre a educação sem tabus dos dois adolescentes. Altos papos sobre sexo, drogas e rock’n’roll: “Não tem como não falar de drogas com dois filhos surfistas e músicos” POR AnA CorA LimA FOtOs CLáudio CArpi / Abá mGT EdiçãO dE mOda biAnCA ZArAmeLLA stylist ALexAndre SChnAbL

• Tão logo a luz estava montada na garagem da casa, local onde ficam guardadas as pranchas de surfe, bikes e uma oficina, e o figurino vestido, Pedro, 15 anos, vai ajudar o irmão Diogo, dois anos mais velho, a ajeitar os cabelos. São fios revoltos, morenos, bem ao estilo garoto de praia. Auxílio feito com as mãos mesmo, nada de pente. Não demora e o gesto vira brincadeira entre os meninos, que logo são abraçados pelo pai, personagem central deste ensaio especialíssimo de Gente. O cinquentão recente Marcello Novaes, com seu astral sempre jovem e em ótima forma, é apaixonado pelos garotos. “Nossa relação é forte e bastante intensa. Somos muito unidos. Eu tenho muita sorte porque eles são bons garotos, educados, meigos e pessoas de caráter”, disse o ator, todo orgulhoso. Marcello recebeu a revista numa tarde de domingo no condomínio Itanhangá, zona oeste do Rio, onde mora. Aproveitou a rara folga na agenda de gravações de Avenida Brasil – novela da Globo onde interpreta com talento o vilão Max, par da temível Carminha, vivida por Adriana Esteves – e a ocasião para se reunir com os meninos. O papo entre eles é de uma cumplicidade típica de melhores amigos. Eles falam de tudo: drogas, sexo, futuro, profissão, mulheres... sim, mulheres, claro! São três homens em casa e o papai-galã ainda por cima está solteiro. “Tem camisinha em casa sim, para usufruto de todos nós.”

Bom prevenir. Afinal, o trio derrete corações. O loiro Pedro veio do casamento com a atriz Letícia Spiller. O moreno Diogo, da união com a empresária Sheyla Beta. E não é incomum ter professoras e colegas de escola dos dois, por exemplo, elogiando o paizão. “Sempre foi assim, um olhar diferente... Já nos acostumamos. Mas falam bem do trabalho dele também”, diz Pedro. Na entrevista a seguir, tem o pai falando dos filhos, o ator falando do sucesso na novela e o galã que completa 50 anos na segundafeira 13, solteiro, redefinindo a felicidade. “A próxima namorada vai aparecer naturalmente. Nunca me dei bem quando corri atrás de uma conquista.” Dá para acreditar? • Diogo, que tipo de pai é o Marcello? • Meu pai é um superpai na verdade. Ele é cuidadoso, atencioso, sempre que pode está com a gente e se preocupa muito, como todo pai (risos). Mas ele é maravilhoso. Eu não podia ter pai melhor. Ele é muito especial para mim. • E para você, Pedro? • Meu pai é tudo isso. A gente se espelha muito nele. Para mim, ele é um exemplo. Eu amo o meu pai. • E quando ele fica bravo? • Pedro. Com a escola! Ele quer a média. • Diogo. Ele prioriza muito essa coisa da


Especial Dia dos Pais

educação. Cobra notas, estudo, conhecimento. Ele não quer que a gente seja o melhor aluno da classe, mas que tenha notas boas e que saiba a matéria. • E vocês conversam de tudo com ele? • Diogo. Sim. Além de pai, ele é o nosso melhor amigo. A gente sempre conta as coisas. • É assim mesmo, Marcello? • É, sim, a gente não tem limite. Nós falamos de droga, sexo, escola, trabalho, tudo. Eu penso que as melhores relações são aquelas em que, antes de tudo, você é amigo. Quero que eles sintam que sou o melhor amigo deles. • De drogas e sexo também... • Não tem como não falar de drogas com dois filhos adolescentes, surfistas e músicos em casa. Falamos abertamente sobre os riscos, os caminhos que podem ser desastrosos. E de sexo, claro. • Compra preservativo e tudo? • Em casa tem muitas camisinhas para usufruto de todos nós (risos). • E quando algum apronta, tem castigo? • Quando eles erram, quero que tenham a liberdade de me dizer “Pai, eu errei”. E conversamos, entramos num acordo, dou o castigo se tiver de ser e explico. Tudo numa boa. • Já precisou dar umas palmadas? • Nunca encostei a mão nos meus filhos. Acho isso desnecessário. Quando eu falo que estou chateado com um deles, ele já fica cabisbaixo. Sou completamente contra a violência. • Como é ser pai de dois adolescentes? • Tenho sorte porque a relação que eu tenho com as mães deles é muito bonita, saudável, e isso reflete nos meus filhos. Tenho um carinho pela Sheyla e pela Letícia. Protejo elas, sou um agregador das famílias. E Diogo e Pedro são duas pessoas completamente diferentes. E não quero que eles sejam iguais a mim nem às mães deles: quero que sejam eles.

Pedro tem 15 anos e é filho do ator com a atriz Letícia Spiller: “Ele é falante, vive se machucando e ‘solta’ mais o irmão mais velho”

• Difícil educar a dupla? • Não muito. Procuro dar a educação que eu recebi do meu pai, de caráter, honestidade, educação. E falo de romantismo também, de ser gentil, respeitar o próximo. • Romantismo? • Sim. Sempre falo: quer pegar uma menina, legal. Mas também vamos pensar em cultivar


esse sentimento, que se tenha cuidado com ela. Tem de respeitar o ser humano, algo que anda em falta no mundo atual. A gente que é de uma geração passada sente isso. • Vocês surfam juntos? • Comecei a pegar onda com 12 anos. Esses caras nasceram com as pranchas e os skates do pai. A mesma coisa com relação à música. Aqui em casa tem um estúdio com bateria, guitarra... Os meninos têm uma banda, bem legal, a FDP. Mas não é nada disso que está pensando. Quer dizer “Felipe, Diogo e Pedro”, que eles formam com um primo. •E como vê a relação dos dois irmãos? • Acho que os dois se precisavam. Acredito que nada é por acaso. Eu tinha que ter esses dois caras. Eles são muito amigos, se solicitam, se respeitam. O Pedro solta o Diogo, que é mais introvertido. E o mais velho segura a onda do mais novo, que é um kamikaze, está sempre machucado... É uma relação muito linda. • Você não pensa em ter mais filhos? • Hoje em dia não, mas se eu tivesse que ter mais um, eu gostaria que fosse uma menina. Só que tem um problema... • Qual? • Eu não tenho ninguém no momento, continuo solteiro. E depois de encontrar, precisa de um tempo para a relação se consolidar. É aquela coisa meio careta dos casamentos, “na saúde e na doença até que a morte os separe”. Em outras palavras é a convivência, o namoro, o noivado, o casamento...

‘‘Nunca encostei a mão nos meus filhos. Acho isso desnecessário (...) Sou completamente contra a violência”

Diogo tem 17 anos e é filho de Marcello com Sheyla Beta: “Ele é mais quieto, introvertido e dá equilíbrio ao caçula”


• Você subiria ao altar de novo? • Não. Eu acho careta essa coisa de véu, grinalda, festa. Gastaria esse dinheiro com viagem. Não sou contra. Fui ao casamento do meu amigão Marcelo Serrado e achei lindo! É um barato, mas eu tô fora (risos). • Mas como assim está solteiro!? • Eu também me pergunto isso (risos)! O engraçado é que eu sempre namorei muito, mas depois que eu terminei com a Andreia, há cinco anos, quis ficar sozinho. As pessoas associam a felicidade com estar com alguém, mas acho que é ter uma casa, saúde, emprego, família, enfim. A gente pode ser feliz sem necessariamente ter um grande amor. • E não sente falta? • É claro que faz falta! Vem uma carência, uma saudade de ter alguém, mas não mata não. • Mas as mulheres não dão em cima? • Às vezes dão, às vezes eu dou (risos). Vai acontecer um dia. Acho que essas coisas acontecem naturalmente. Nunca me dei bem quando eu corri atrás de uma conquista. Meninos, já teve mãe de colega de escola ou professora elogiando, chamando seu pai de gato? • Diogo. Sempre tem (risos). Um olhar diferente, mas a gente já se acostumou com isso. • Pedro. Mas tem uma adoração pelo trabalho dele também. • Diogo. E isso é muito legal. E a gente fica mais feliz por elogiarem o seu trabalho do que essa coisa de ser bonito. • Sobre trabalho, chegar aos 50 anos na novela das 8 com Max é um prêmio, não? • Olha, eu estava querendo muito comemorar esse meio século, especialmente neste ano, porque também faço 30 anos de carreira. Mas estou gravando muito e não sei se vai dar. E já recebi esse presente do João (Emanuel Carneiro, o autor). O Max não é só um vilão, é uma vítima! Ele não teve escola, não teve pai, mãe, orientação e, principalmente, educação. Mas assim, o Max é o vilão que está fazendo merchandising, uma coisa muito doida. As pessoas não tem ódio dele e percebo isso na rua.

Leia os extras da entrevista com o ator marceLLo novaes no site WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

• E você esperava essa reação do público? • Não! Eu achei que seria apedrejado nas ruas como as atrizes vilãs que apanham no supermercado, com as velhinhas que puxam o cabelo (risos). •

AgrAdecimento • redLey, reServA, CApi e AuSLAnder BelezA • LiSA TrundA/ Abá mGT

Especial Dia dos Pais



Stanley Chou/AFP

Olimpíada 2012

Globo

No detalhe, Neymar filho beija Neymar pai. Astro da seleção está acompanhado do pai que também interfere nos contratos do filho

Pais

olímPicos Nos Jogos de Londres, eles se juntam aos filhos para competir, torcer, treinar e protagonizar momentos emocionantes

Divulgação

Por Edson Franco, Enviado EspEcial a londrEs


Ag. News

Martin Bureau/AFP

Cielo com o bronze dos 50 m livres e ao lado do pai, César também: casa alugada para a família em Londres

• Parece slogan de pomada contra lesões. Para acompanhar o desempenho dos seus filhos na Olimpíada de Londres, não basta ser pai, tem de participar. Na torcida, como técnico ou fornecendo equipamento esportivo, os genitores contribuíram com alguns dos momentos mais emocionantes dos Jogos. E no quesito emoção ninguém superou o sul-africano Bert Le Clos. Ao ver seu filho, Chad, superar o americano Michael Phelps nos 200 metros borboleta por 0,05 segundo, Bert não se conteve, pulou e passou a gritar: “Olha como é lindo o meu menino!” Depois foi dar uma entrevista para a tevê britânica e não conseguiu parar de chorar. Foi informado de que o programa era ao vivo e que aquilo tudo estava indo ao ar. Com um pedido de desculpas pelas lágrimas, ele derreteu o coração de todos os torcedores e redações de jornais no Reino Unido. Os britânicos voltaram a perder a fleuma na final masculina do tênis em Wimbledon. O escocês Andy Murray bateu o suíço Roger Federer. Terminado o jogo, o tenista correu para as tribunas e trocou um abraço demorado com seu pai, Will. Ao lado dos dois, a mãe, Judy, e a namorada, Kim Sears, não controlaram o choro. Frio como nos tempos em que jogava, o técnico de Andy, Ivan Lendl, assistiu sorrindo à cena. E com uma conquista pessoal para comemorar. Apesar de ter colecionado oito títulos de Grand Slam na carreira, nunca foi campeão em Wimbledon. Outro pai veio a Londres na esperança de receber um abraço parecido. Cesar Augusto Cielo alugou uma casa pertinho do Parque Olímpico e ali juntou mulher, filha, amigos e a nora, Priscila Machado, Miss Brasil e namorada do nadador Cesar Cielo. Mandou fazer uma camiseta com letras para formarem juntos a expressão “Cesão Brasil” na arquibancada. O terceiro lugar nos 50 metros rasos frustrou um pouco o sonho de quem viu o filho no topo do pódio em Pequim-2008. Melhor sorte espera ter Neymar da Silva Santos, pai do craque da seleção brasileira de futebol. “Se ele voltar com o ouro, pode pedir o que quiser”, diz ele, lembrando que até a troca do celular do filho passa por sua aprovação. 15/8/2012

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Gregory Bull/AP

Olimpíada 2012

O Brasil também levou a Londres uma dupla de pai e filha ligados pelo mesmo esporte. Presidente do banco Luso Brasileiro e dono da marca Velho Barreiro, o criador de cavalos lusitanos Manuel Tavares de Almeida Filho viu a sua filha, Luiza, ficar com a 22ª colocação na prova de adestramento montada em Pastor, animal treinado no centro de equitação de Almeida Filho. Por conta disso, ele diz ter sofrido mais que os outros pais na Olimpíada. “O meu caso é pior, pois criei o cavalo e quem vai em cima dele.”

O ginasta americano Danell Leyva recebe o apoio do padrasto, Yin Alvarez

Carl Court/AFP

• Família que compete unida

O tenista britânico Andy Murray ganha um abraço emocionado do pai, Will, após vitória sobre Roger Federer na final

• Entre as várias razões que farão Londres-2012 entrar para a história está o fato de, pela primeira vez, os Jogos receberem uma dupla de pai e filha competindo juntos. Os australianos David, 47 anos, e Hayley Chapman, 20, competiram nas provas de pistola de tiro rápido de 25 metros e de pistola de 25 metros, respectivamente. Não foram bem. O pai, que disputou a sua segunda Olimpíada, ficou em 18º lugar. A filha, em 34º. Mas David tem esperança de performances melhores da família no futuro: “Ela está crescendo no esporte e tem a vida toda pela frente. Eu já estou na descendente.” Outro momento histórico foi protagonizado pela judoca árabe Wojdan Shaherkani, 16 anos. Primeira mulher a representar a Arábia Saudita nos Jogos, ela não chegou a ficar mais de um minuto no tatame durante a única luta que disputou e perdeu. Mas foi o suficiente para que seu pai, Ali, que é juiz de judô, chorasse convulsivamente em decorrência do feito inédito da filha. Tanto quanto os atletas que voavam em argolas, cavalos, plataformas, barras e solo, um treinador chamou a atenção de quem assistiu à final individual geral masculina da ginástica olímpica. Ele pulava, gritava e beijava seu pupilo. O atleta que recebia os afagos era o ginasta americano de origem cubana Danell Leyva. O treinador era seu padrasto, Yin Alvarez. No final, o esforço acabou rendendo uma medalha de bronze para a família. •



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