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Reduzindo as pegadas de operações de petróleo e gás através da tecnologia

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Marcelo Batocchio Vice-Presidente de Área da Welltec (América do Sul)

A Welltec se estabeleceu no Brasil em 2009, e desde então a empresa dinamarquesa tem solidificado a sua posição como a principal provedora de tecnologia avançada para operadores da indústria de energia.

A extensão do litoral brasileiro é um ímã para atividades econômicas, como o turismo, porém, apenas no interior das praias de Macaé, rodeada por restingas, há um ponto principal para outra potência econômica, o que é geralmente considerado o centro da indústria de petróleo e gás no Brasil.

Enquanto as operações de petróleo e gás podem ser classificadas em aproximadamente 20 segmentos, a prestadora de serviços dinamarquesa Welltec é altamente ativa em dois aspectos centrais de Completação e Intervenção – estes podem ser respectivamente considerados como o design e a implementação da infraestrutura de poços, e a subsequente otimização de recursos, através da manutenção.

Em ambas as frentes, a Welltec está liderando no aspecto ambiental, no cerne da sua oferta de valor, auxiliando os operadores a aumentarem a eficiência e a reduzirem as emissões de carbono.

O Vice-Presidente de Área, Marcelo Batocchio, prevê aproximadamente 50 colaboradores na região da América Latina, com ampla atividade em curso, no Brasil e na Argentina.

“Nós trabalhamos com operadores da indústria de energia ao redor do mundo. Aqui, no Brasil, o nosso foco é o mercado offshore, onde desempenhamos operações convencionais e sofisticadas, com praticamente todos os operadores residentes no país. Nossas tecnologias mais avançadas são parte do portfólio local, e este agrega grande valor a respeito de precisão operacional, confiança, redução de custos e, o mais importante, a redução de emissões.”

O processo licitatório (ou licitação) para acordar a prestação de serviços é um evento regular na indústria, e a celebração, em janeiro, de um contrato de três anos de Intervenção Mecânica para a Petrobras sinaliza uma expansão significativa de obrigações para a Welltec – tendo investido recentemente em uma nova base, suas intenções na região estão claras.

Uma nova instalação em Macaé

Projetando e fabricando internamente todos os produtos e serviços (principalmente na Dinamarca), a Welltec utiliza a abordagem de estabelecer polos centrais para atender a demanda, exatamente onde ela surge, e isso significa uma presença permanente no Brasil, por mais de uma década. O crescimento exponencial durante este período, especialmente por volta de 2017, foi fundamental para a decisão de constituir maior capacidade operacional.

Investindo na personalização de uma nova base em Macaé, em abril de 2021, a instalação agora comporta as operações de Completação e Intervenção, fornecendo espaço para a mobilização de equipamentos, testes e manutenção, com áreas completamente dedicadas à manutenção e à montagem de produtos. A partir de maio de 2021, a instalação concluiu o processo de obter duas das mais avançadas normas da indústria: ISO9001 versão 2015, e o Instituto Americano de Petróleo (API) Q2 – garantindo o padrão dos sistemas de gestão internos.

A base de Macaé da Welltec é composta de 1.500 m2 de oficina e 750 m2 da área de escritórios, totalizando um terreno de aproximadamente 3.000 m2 .

“A nova base possui um papel importante no cenário atual, pois, nos auxilia a administrar uma grande parte da atividade regional do mesmo local, desde a fabricação de produtos, até a entrega e o suporte operacional.”

Os benefícios da expansão não se limitam aos aspectos imediatos do negócio e, conforme o Brasil vai se tornando um importante centro de inovação e suporte para toda a região, a base da Welltec de Macaé se prepara para receber matérias-primas e equipamentos para atender também os mercados na Argentina, e continuar trabalhando no desenvolvimento de soluções em outros países, como Bolívia e México.

“O crescimento sustentável gera constantemente novos empregos e oportunidades para profissionais de diversas áreas, e nós também estamos comprometidos com escolas técnicas e universidades, onde futuros talentos estão em processo de concluir uma educação de qualidade.”

A colaboração produz o sucesso

Apesar dos desafios mundiais da indústria originadas pela atual Pandemia de Covid, 2021 foi um ano de conquistas notáveis para a Welltec e os seus principais parceiros, no Brasil. O ano começou com uma instalação pioneira da primeira completação inteligente de poço aberto – uma instalação submarina tecnologicamente avançada.

Este poço de águas ultra profundas foi o culminar de extensa colaboração, após o estabelecimento de canais de comunicação estreitos entre o HQ na Dinamarca e os colaboradores locais, facilitando o design e o processo de qualificação no Brasil. Criado em parceria com a Shell e a Petrobras, a nova completação possibilita o monitoramento em tempo real, e o controle de um reservatório de muitas zonas. A colaboração local vai além da entrega de tecnologia exclusiva, mas também significa integração e compatibilidade com conceitos pertencentes aos clientes.

“Além do fornecimento de equipamentos importantes, que tiveram um papel essencial no desenvolvimento de novos conceitos de poço no Pré-Sal, temos muito orgulho da nossa participação [em 2021], e do fornecimento de equipamentos para o projeto da Petrobras conhecido como TOTUS, no qual o operador comprovou publicamente uma redução de custos de construção de 30 milhões de dólares.”

O comprometimento com a constante pesquisa e o desenvolvimento relevante para a área, com a redução de CO2,e com benefícios ambientais relativos à construção e à manutenção de poços, continua sendo a base do negócio da Welltec.

“Um objetivo importante que buscamos alcançar, em termos de otimização de processo, é a construção do primeiro poço sem cimento do mundo. É uma meta extremamente ousada, mas que irá promover, talvez, uma das principais mudanças no conceito de construção de poços da história.”

Olhando para o futuro

Solidificando a sua posição como a principal provedora de tecnologia avançada para operadores da indústria de energia, a Welltec está determinada a continuar trabalhando para atender as necessidades dos operadores na América do Sul, e além. Outros clientes locais incluem o operador multinacional, Equinor, presente no Brasil por mais de 20 anos, e com o qual a Welltec também tem uma parceria importante na região da Escandinávia.

“Permanecemos atentos ao mercado, uma vez que licitações são lançadas regularmente, e novos operadores estão chegando ao país. No curto prazo, nosso foco é corresponder adequadamente a estas licitações, e na importância dos equipamentos necessários para iniciar contratos, como uni-

dades de cabo elétrico, equipamentos de controle de pressão, novas ferramentas, etc.” As parcerias firmadas com operadores nacionais e internacionais, no Brasil, têm sido um importante condutor de crescimento e inovação, e o trabalho com agentes globais, como Equinor, Shell e Petrobras, tem sido crucial para a implementação de novos projetos de construção no Pré-Sal – com a Petrobras garantindo um prêmio de inovação na Conferência de Tecnologia Offshore 2021, em Houston. De fato, tudo que é pioneiro no Brasil pode servir como referência para uso global, devido aos grandes benefícios obtidos. “Nossos parceiros locais possibilitam que nós trabalhemos continuamente em novos equipamentos e soluções, que quebrem paradigmas e mudem a forma que trabalhamos em termos de construção, manutenção e abandono de poços.” “Esperamos continuar exercendo o papel de um fornecedor exclusivo da tecnologia avançada para o desenvolvimento do Pré-Sal. Estamos fazendo tudo que está em nosso alcance, para atingir os objetivos de nossos clientes de forma plenamente satisfatória, entregando melhorias em cada etapa, reduzindo a pegada de instalações e operações subsequentes.” Marcelo Batocchio possui mais Marcelo Batocchio – Vice-Presidente de Área da de 28 anos de experiência dedicados Welltec (América do Sul) à indústria de energia upstream, com experiência em Perfilagem, Completação e Testes de Poços. Marcelo já trabalhou nos mercados onshore e offshore, incluindo projetos de Completação Inteligente em águas ultra profundas. Ele comanda uma equipe técnica de alto nível, que apresenta soluções inovadoras para os clientes da Weltec.

Sobre a Welltec

A Welltec é uma empresa de tecnologia global, que desenvolve e proporciona soluções eficientes, de alta tecnologia, para a indústria de energia. A empresa foi fundada em 1994, e cresceu rapidamente, através do fornecimento de tecnologia robótica inovadora para operadores de petróleo e gás. Em 2010, a Welltec introduziu um novo segmento de negócio, com foco no desenvolvimento de produtos de Completação. A comercialização desses produtos começou em 2014, e a empresa agora é uma líder global, no campo de tecnologia de obturadores expansíveis de metal. Os produtos e serviços inovadores da Welltec são projetados para otimizar o desempenho e a integridade de um poço, em qualquer ambiente. Através da engenharia avançada e do design leve, as soluções da Welltec têm ajudado clientes a aumentarem a eficiência operacional e reduzirem as pegadas de carbono de forma segura e sustentável, por mais de 25 anos.

Ameaças à segurança cibernética avançam

O infográfico divulgado pela ENISA – Agência da União Europeia para a Segurança Cibernética – destaca as principais ameaças à segurança cibernética que devem surgir, até 2030.

Essa identificação da ENISA foi feita após um exercício de previsão de 8 meses. Com o apoio do seu grupo de especialistas, da CSIRTs Network e dos especialistas da EU CyCLONe, a ENISA realizou um brainstorming num Threat Identification Workshop, para encontrar soluções para os desafios emergentes.

“A mitigação de riscos futuros não pode ser adiada ou evitada. É por isso que qualquer visão sobre o futuro é o nosso melhor plano de seguro. Como diz o ditado: “é melhor prevenir do que remediar” – É preciso responsabilidade de tomar todas as medidas possíveis antecipadamente, para garantir que aumentamos nossa resiliência, ao longo dos anos, para um cenário de segurança cibernética aprimorado em 2030, e além”, disse Juhan Lepassaar, diretor executivo da ENISA.

O exercício mostra que as ameaças identificadas e classificadas são extremamente diversificadas, e ainda incluem aquelas mais relevantes hoje. O que se aprendeu é que as ameaças de hoje ainda precisam ser abordadas, pois, mudaram de caráter. Observou-se também que o aumento das dependências e a popularização de novas tecnologias são fatores essenciais que impulsionam as mudanças. Esses fatores aumentam a complexidade do exercício e, portanto, tornam a compreensão das ameaças ainda mais desafiadora.

As conclusões deste exercício pretendem servir de incentivo à ação.

Realizada entre março e agosto de 2022, a metodologia incluiu exploração colaborativa, com base na análise de fatores políticos, econômicos, sociais e tecnológicos, também conhecidos como análise PESTLE, identificação de ameaças e oficinas de priorização de ameaças. O estudo considerou os quatro grupos de atores de ameaças referidos no relatório ENISA Threat Landscape, e usou a taxonomia de ameaças atual, dividindo as ameaças em categorias de alto nível, com foco específico em ameaças intencionais.

Para identificar ameaças, os especialistas envolvidos no projeto recorreram à prototipagem de ficção científica ou SFP – histórias que permitem aos participantes explorar uma variedade de futuros abordados por diferentes ângulos, baseado em um cenário futuro, derivado de tendências e vivenciado do ponto de vista de um personagem fictício. A ideia era inferir modelos de ambientes futuros, usando pesquisas. A análise, portanto, incluiu técnicas de planejamento, e 5 cenários foram concebidos: 1. Blockchain, deepfakes e crimes cibernéticos em um ambiente rico em dados; 2. Cidades inteligentes ecológicas, sustentáveis e interconectadas (atores não estatais); 3. Mais dados, menos controle; 4. Energia sustentável, força de trabalho automatizada/de curto prazo; 5. Legislação, viés, extinções e ameaças globais.

Os representantes do Grupo de Trabalho Horizontal sobre Questões Cibernéticas de todos os Estados-Membros da UE realizaram uma visita de estudo à sede da ENISA, em Atenas. E as ameaças de 2030 foram apresentadas, para dar início à discussão sobre a gestão de crises cibernéticas na UE, sobre a estratégia da Diretiva sobre Redes e Sistemas de Segurança da Informação (NIS2), e sobre a certificação.

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