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Samaúma e o povo das Américas – Final



Samaúma e o povo das Américas – Final

Kiko Proença São Paulo 2018


Copyright © 2018 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa Henrique Proença Diagramação Editora Baraúna Revisão Editora Baraúna

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________ P964s

Proença, Kiko. Samaúma e o povo das Américas: final / Kiko Proença. – São Paulo (SP): Baraúna, 2018.

ISBN 978-85-437-0872-0

354 p. : 16 x 23 cm

1. Ficção brasileira. 2. Literatura infantojuvenil. II. Título. CDD 028.5 ________________________________________________________________

Impresso no Brasil Printed in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

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“Sempre que possível, Dê um sorriso a um estranho na rua. Pode ser o único gesto de amor que ele verá no dia.” Jorge Mario Bergoglio – Papa Francisco.



“Sabe qual é a ironia da vida? É ter pressa para crescer e, depois suspirar pela infância perdida! É perder a saúde para ter dinheiro e depois, perder dinheiro para ter saúde! É pensar ansiosamente no futuro e esquecer o presente e, mesmo assim, não viver nem o presente nem o futuro! E viver como se nunca fôssemos morrer e morrer sem nunca ter vivido! A vida é feita destas contradições. A palavra “vida” começa com a letra “v”, o resto é “ida”. Desfrute do presente e da companhia de quem te faz feliz. Viva cada amanhecer, observando que esta é a parte mais bonita do dia porque é quando Deus te diz: Levantate! Presenteio-te com outra oportunidade de viver e começar de novo! Os dias bons te dão felicidade; os dias ruins te dão experiência; as tentativas te mantêm forte; as provas te mantêm humano; as quedas te mantêm humilde; mas somente Deus te mantém em pé.” Autor desconhecido.



“A água pura, a fim de manter-se pura é servida em taça vazia. A treva da meia noite é a ocasião em que o tempo dá sinal de partida para novo alvorecer. Por maior que seja a dificuldade jamais desanime. O nosso pior momento na vida é sempre o momento de melhorar.” CHICO Xavier.



Agradecimentos Obrigado senhor Deus, pela condição de saúde que me deu para poder concluir essa trilogia. Obrigado Jocemari de Fátima Proença, minha esposa SUCI pelas críticas, incentivos e paciência. Obrigado aos meus filhos Henrique e Guilherme Proença, carinhosamente aqui colocados como Ike Arse, por ser um torcedor ferrenho do Arsenal da Inglaterra e Gui Barna, por ser torcedor, não tão ferrenho quanto o irmão, mas ainda torcedor do Barcelona da Espanha. Obrigado à minha mãe, Zuramil Botogoski Proença, que aos 48 anos ficou viúva e foi pai e mãe, minha e dos meus três irmãos e que, portanto não poderia ser outra pessoa, se não minha rainha Zura. Ao meu falecido pai, aqui carinhosamente homenageado como Hédison, rei dos Samaús que me deu carinho, amor, educação e partiu cedo demais. Aos meus irmãos Edison Proença Júnior (Edison Júnior), Mauricio Proença (Maurice de Provence) e Carlos Alberto Proença (Charles Albert), sarristas ao extremo, mas amados por mim. Às minhas cunhadas, concunhadas, cunhados, sobrinhos (as), Dona Elza Macedo Borges, minha segunda mãe e Licanor Siqueira Borges, in memorian; ao meu afilhado Marco Antônio Bertogna (líder de área Marko) e a todos os meus familiares, o meu muito obrigado. Obrigado aos inúmeros amigos, alguns dos quais emprestei os nomes aos personagens, não que os personagens signifiquem a descrição real de cada um deles, nada disso. Trata-se de uma obra de ficção e como tal, tudo é ficção.


Aos que não tiveram seus nomes utilizados, não significa que são menos importantes em minha vida, ao contrário, se eu pudesse, nominaria a todos, mas faltariam páginas para descrever a grandeza que cada um de vocês tem; o valor e o carinho que tenho por cada um de vocês é indescritível. Aceitem apenas o meu muito obrigado por permitirem, por me deixarem fazer parte da vida de todos vocês.”

KIKO Proença, o autor.


Prólogo Janeiro de 1914 de nosso senhor Jesus Cristo da era vulgar. A rainha Zura havia ido atender a um pedido de socorro de seu novo amigo e considerado um filho para ela, chamado Francisco. Porém não conseguiu encontrá-lo, ao menos não do modo como ela gostaria. Achava que o havia encontrado, todavia, sem vida, no fundo do oceano junto com outros cinco corpos que supunha ela, serem os amigos de Francisco e mais algum que conheceram nas andanças da sua jornada e, nesse momento, ela regressa ao seu reino e está em algum lugar dos céus do setentrião da América do Sul; em algum lugar da Amazônia, retornando ao seu trono no reino dos Samaús, acompanhada por Moz, Ike Arse, Gui Barna e Zulmira, que passou da condição de humana para a condição de Samaú, tornando-se, portanto, uma Samaumana. Já Francisco, que Zura, Zulmira e toda sua equipe julgavam estar morto, vive um momento ímpar no Atol das Rocas, sendo assistido pelo responsável daquele arquipélago, o senhor Nirton Polga e sua família, que não medem esforços para tratar de algumas feridas e do esgotamento físico e mental que o jovem polaco sofreu nos últimos dias. Ficará com os Polga até ter suas forças restabelecidas e encontre uma carona em algum navio cargueiro, ou algum vapor que passe ali por perto, ou mesmo em Fernando de Noronha, para que ele siga seu caminho e possa avisar sua mãe de que está vivo.


Dona Vanda, progenitora de Francisco, e seu pai Teodoro acreditam que Francisco está no navio SS Imperator, feliz por retornar à terra natal de seus pais, contudo, nem imaginam que ele, Francisco, foi jogado duas vezes de embarcações ao encontro do Oceano Atlântico; a primeira do próprio navio SS Imperator, pelo comandante da nau e seus marinheiros e a segunda pelo capitão Toby Thompson que roubou seu valiosíssimo colar de topázio azul. Os pais de Francisco, portanto, se encontram ansiosos por notícias do filho amado, todavia, estão tranquilos, pois sabem que essas notícias logo chegarão por cartas, vindas da Polônia, ou de algum porto em que o navio atraque e ele tenha tempo de ir até um posto de envio de missivas e telegramas onde possa relatar tudo de bom que viveu em sua viagem, cruzando as águas azuis do Atlântico e de como foi recebido por seus parentes europeus. Eles, os pais, não sabem, mas essas notícias levarão mais tempo do que imaginam e, as primeiras que chegarão, não serão nada daquilo que supunham ou esperam. Também estão preocupados com o ferimento por projétil de arma de fogo que o amado filho tinha na perna, já que a cicatrização era lenta, assim como, a lesão de seu Teodoro, ambas causadas pelo ganancioso Yves de France quando do assalto à casa dos Botogoski no dia de natal de 1913. Os amigos dormenteiros, vulgarmente chamados os assentadores de dormentes, estão dois na cidade de Castro no Paraná. São eles: Rosmir e Lino e um na floresta Amazônica na lida com a extração do látex em companhia do sogro. Júlio Elbert cuida dessa atividade durante o dia e a noite se dedica a tomar conta do pequeno Charles Albert, seu filho e da falecida amada Tereza. Os primos Samaús, Yum Kaax e Kakupakat que ao serem derrotados, tentaram, sem sucesso, sequestrar os protegidos da rainha Zura e também seu líder espiritual Moz T. Lopss III, haviam se refugiado no interior do inframundo em uma área rural, lugar recôndito onde um pequeno casebre os dava guarida. Ali, em meio a uma vegetação densa e longe da encantadora Lúminis, estavam desde meados do mês de outubro de 1913. Pois, vários dias antes, ha-


viam sequestrado Zulmira, ainda na casa dos pais dela, quando foi à pequena construção para necessidades fisiológicas, amarrando-a e colocando-a juntamente com um potente veneno de rã espalhado nas cordas e estacas que a prendiam para que quem tentasse salvá-la morresse contaminado; depois ainda atiraram contra ela, o que lhe causou a dilaceração do seu coração, mas que graças à velocidade de felinos indômitos, conseguiram a tempo chegar ao hospital de base Tchukau e lá transplantarem um triângulo isóscele que lhe deu a vida e a capacidade da metamorfose; Os primos e seus comparsas ainda agrediram Francisco sendo que após essa agressão o jogaram no rio Ji-Paraná; depois o prenderam novamente, após ter sido salvo pelo grupamento do major Rondon e por Moz, enquanto ariranha, que também acabou sendo preso pelos primos Samaús, primos esses que acabaram derrotados mais uma vez e perderam vários homens. Por isso resolveram voltar e se refugiar no inframundo. Lá, encontraram uma pessoa importante para ajudar nos seus planos de usurpação do trono da rainha Zura. Esse Samaú estava muito debilitado e eles então passaram a tratar dessa pessoa no afã de melhorarem seu contingente de malfeitores, ávidos pelo poder. Com desvarios, delírios, sonhavam com a coroa adornando suas cabeças e o domínio total dos três reinos Samaús: Amazônia, Machu Picchu e Chichén Itzá. Nestas próximas páginas teremos o desfecho dessa história que começou há vinte e quatro anos atrás, em 1890, quando um jovem casal polonês aguardava o embarque em uma Maria Fumaça na longínqua Cracóvia, na Polônia, sob um frio tremendo, abaixo de zero, sem sabermos se o final será feliz, ou se será dentro da nova realidade que se descortina para Samaús, Samaumanos e humanos, já que o ano de 1914 inicia com vários distúrbios pelo mundo, inclusive pelos inframundos de Chichén Itza, na península de Yucatán; em Machu Picchu nos Andes peruanos e na bela Lúminis, sob o imenso tapete de infinitos tons de verde da Amazônia. O planeta todo estava sofrendo incríveis vicissitudes. Era um barril de pólvoras prestes a explodir.


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