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Contos que não são de fadas ou será que podem ser?



Lúcia Kaoru Chiguira

Contos que não são de fadas ou será que podem ser?

São Paulo 2013


Copyright © 2013 by Editora Baraúna SE Ltda Capa e Projeto Gráfico Aline Benitez Revisão Diagramação Monica Rodrigues CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________

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Chiguira, Lúcia Kaoru Contos que não são de fadas, ou será que podem ser?/ Lúcia Kaoru Chiguira. - São Paulo: Baraúna, 2013. ISBN 978-85-7923-673-0 1. Psicanálise I. Título. 13-0848.

CDD: 150.195 CDU: 159.964.2

06.02.13 07.02.13

042688

________________________________________________________________ Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

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Dedicado a todos que me acompanharam, acompanham e o farĂŁo amanhĂŁ, nesta fascinante aventura que ĂŠ a vida.



Quem passou pela vida em branca nuvem E em plácido palácio adormeceu Quem não sentiu o frio da desgraça Quem passou pela vida e não sofreu Foi espectro de homem- não foi homem Só passou pala vida – não viveu Francisco Otaviano



Sumário Nota da autora...........................................................11 O avô e seus netos......................................................15 A mãe e os três filhos..................................................17 E ela venceu!!! (A nenê)..............................................21 A psicoembriologia poderia auxiliar os bebês e talvez explicar para uma criança o que não se vê?............... 25 É possível conversar com a criança como se ainda o fosse?.................................................................27 Tem sentido falar e explicar fatos para bebês?..............29 O secador de cabelos substitui o nirvana?...................31 Animal: poder-se-ia aplicar a psicoembriologia ou a psicanálise?.......................................................... 33 E Freud tinha razão!!! .................................................35 O inconsciente não tem barreiras ..............................37


Plantas: tem consciente e inconsciente?......................39 Um conto onde a fantasia mistura-se com a realidade.....43 Determinismo psíquico, será que existe?.....................47 Ética ou Moral?..........................................................51 Engatinhando.............................................................55 O que funciona: a teoria ou a prática?........................57 Sonhos: uma mistura do passado, do presente e quem sabe do futuro?...........................................................59 Os bolinhos................................................................61 Sincronicidade ...........................................................63 Futebol ......................................................................65 O reino encantado da terra do nunca.........................67 Como entrar nesse mundo da criança?........................69


Nota da autora Por ser dirigido a psicanalistas e a não especialistas, deixo algumas explicações: para maiores informações, os interessados deverão procurar cursos, livros e sites referentes ao assunto. FREUD: pai da psicanálise, descreve o aparelho psíquico – com o Inconsciente, Pré-consciente e Consciente. Refere-se: Id, Superego e Ego. Muitos são os seus seguidores, discípulos que seguiram a sua linha, outros partiram para abordagens diversas, linha arquetípica (Jung), energética (Reich), atendimento infantil (Melanie Klein, F. Dolto, D. Winnicott, outros), etc.. Ao ser gerado, o ser humano é um indivíduo, com seus desejos (Inconsciente), vontade (consciente), o pré-consciente no limbo, e ainda com o Id (que acolhe o instinto, desejo, denominado pulsão no ser humano= energia), em confronto com o Superego, tendo como mediador o Ego (o ser consciente). A Psicoembriologia é a Psicanálise voltada ao bebê desde a fertilização até o 3 º ano de vida.

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Libido (do latim: desejo; vontade) – energia que move o ser humano, na busca pela realização de suas necessidades básicas – incluindo o prazer, a fome, procriação, artes, trabalho, o brincar, etc.. Pulsão (do alemão: Trieb) – impulso energético originado do inconsciente; suas divisões, variam de acordo com a corrente psicanalítica em questão, sendo as mais conhecidas, a pulsão de vida e a morte. A criança tem a sua erotização descrita em fases, e as fixações, em algumas delas, em maior ou menor grau trarão consequências em comportamentos, atitudes do adulto, influenciando na escolha de profissões, caso não resolvidas de forma adequada, poderá estar relacionada a patologias diversas. Determinismo Psíquico – “você sabe, não sabe como nem porque, mas sabe que sim, são escolhas feitas na vida e que vão ser explicadas num futuro próximo ou distante”, as religiões e filosofias denominam-as de: intuição, coincidências, revelação divina ou mediunidade. Sincronicidade: fatos que ocorrem simultaneamente, aparentemente sem explicação, mas que na psicanálise pode-se referir como algo relacionado ao Inconsciente Coletivo de Jung. Nirvana – do sânscrito –“nirvana”, da filosofia budista = paz, quietude perpétua, ausência total de sofrimento – seria como o bebê se sentiria, no paraíso da vida intrauterina, onde não precisa, ao ser alimentado, respirar, fazer esforço algum: não tem frio nem calor, provavelmente é para onde, os que querem dar cabo da vida para cessar a dor, almejam voltar.

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As fases psicossexuais, aproximadamente em anos: Oral – 0 a 1 ano – libido ligado à boca, ao sugar, prazer autoerótico – fixação aqui, ligada a patologias da alimentação, pessoas que são insaciáveis, tudo querem, profissionais que muito utilizam a fala, ou tem atividades ligadas ao ato de alimentar, vícios (álcool, produtos fumígenos, outras drogas). Anal – 1 a 3 anos- relacionada à retenção ou expulsão das fezes – associada à autoridade – excesso de (autoritarismo) ou falta de (sem limites), associação com o dinheiro (descontrole financeiro X avarento), colecionadores compulsivos. Fálica – 4 a 6 anos – descoberta dos órgãos genitais, identificação com crianças do mesmo sexo, nas brincadeiras evidenciam o Poder, que aflora nessa idade, super-heróis para os meninos e bonecas, princesas e fadas para as meninas. Podem manifestar-se, fixações nessa fase, como busca pelo poder, títulos, bens materiais ou soberba. 4 – Complexo de Édipo – ocorre no período entre 3 a 7 anos, aproximadamente: é a descoberta do amor por um dos genitores e a hostilidade e rivalidade pelo outro genitor. 5 – Período de Latência – 6 a 11 anos – busca pelo saber, curiosidades, intelectualidade, é quando o Ego se reforça e o Superego torna-se mais severo. A criança utiliza suas energias, em atividades sociais, escolares, esportes, relacionando-se também com pessoas fora da estrutura familiar. É a fase intermediária, passando depois para a Genital adulta.

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Ética, Moral, Código Penal – noções Ética – o que é bom para você e para mim, o indivíduo nasce com ou sem, e herda do lado masculino. Moral – são os ensinamentos das normas de convivência, passados pela família, escola, igrejas, etc. Código-Penal – são leis válidas para uma determinada sociedade, com o intuito de manter a sua integridade e união. Quando os três níveis acima não conseguem conter o indivíduo, há o sistema prisional e de penalidades, cujas variáveis dependem do país, continente ou de uma comunidade formada (ex. leis de tribos indígenas podem divergir em um mesmo país).

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O avô e seus netos Era um avô caridoso, ajudava igrejas, tinha um “monte” de afilhados, conhecido e “amado” pelos muitos que dele se aproximavam para pedir algum favor ou “doação”. Gostava de festejar todas as datas comemorativas com os filhos e netos, eram quatro filhos e nove netos. Então, começava com Natal, Páscoa, Dia das Mães, dos Pais, aniversários dos netos e outros que ninguém se lembra. Havia um comportamento, que os filhos achavam normal, mas uma observadora não concordava (por acaso a mãe de três dos netos). Em quase todas as festas, depois da comilança, havia a tal da surpresa do avô para os presentes, inicialmente, incluindo os adultos, com o passar do tempo só para as crianças. Cada um recebia um envelope, contendo uma quantia em dinheiro, mas, qual era a anormalidade ou normalidade referida? Os valores contidos eram todos diferentes, de acordo com a idade: então, o primeiro neto recebia, por exemplo – no valor atual – (fictício) – R$ 100,00, o segundo, R$ 90,00- no caso dos três irmãos, a disparidade chegava a R$ 100,00//R$ 60,00//R$ 20,00... Assim que recebiam sua porção, todos saiam correndo

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