Ilusões do Mundo por Cecília Meireles

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IlusĂľes do Mundo por

CecĂ­lia Meireles



Nilcileia da Silva Rosario

Ilusões do Mundo por

Cecília Meireles

São Paulo 2012


Copyright © 2012 by Editora Baraúna SE Ltda Capa AF Capas Projeto Gráfico Aline Benitez Revisão Bianca Briones

Priscila Loiola CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________ S578i Silva, Nilciléia da Ilusões do mundo por Cecília Meireles/ Nilciléia da Silva. - São Paulo: Baraúna, 2012. Inclui índice ISBN 978-85-7923-566-5 1. Meireles, Cecília, 1901-1964 - Crítica e interpretação. 2. Poesia brasileira História e crítica. 3. Crônica brasileira - História e crítica. I. Título. 12-2850.

CDD: 869.91 CDU: 821.134.3(81)-1

02.05.12 10.05.12 035218 ________________________________________________________________ Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA Rua da Glória, 246 – 3º andar CEP 01510-000 – Liberdade – São Paulo - SP www.editorabarauna.com.br


A toda minha famĂ­lia. Sempre.



A Deus, força e sustento sempre. A minha mãe, Nilza Antônia e meus irmãos, Nilcelene Rosario e Nilcirlei Rosario que procuraram entender os momentos que busquei dedicar-me aos estudos e não pude compartilhar das reuniões e dos passeios em família. A Professora Matildes Demetrio, pela orientação, pela confiança que sempre depositou em meu trabalho e as trocas de ideias. A Universidade Federal Fluminense por me propiciar o privilégio da dedicação, nesses dois anos, ao estudo. Aos professores Paulo Bezerra e Luis Filipe Ribeiro, pelas sugestões e pela crítica atenta de primeira leitura do projeto de pesquisa. Aos professores que participaram da banca examinadora, Mário César Lugarinho e Danielle Cristina Mendes Pereira, prestando valiosas contribuições para esta pesquisa; assim como os professores suplentes, Cláudio de Sá Capuano e Claudete Daflon dos Santos que se disponibilizaram a participar da avaliação. A todos os professores com quem aprendi, ao longo dos cursos de Graduação e Pós-Graduação, lições que vão além do conteúdo acadêmico, tal como os


professores José Luís Jobim, Glória Braga Onelley e Lívia Paes Barreto. Aos meus amigos pelo apoio e amizade de sempre. Aqueles de sempre me incentivaram para não desistir: Ana Carla, Lúcia Iara, Raquel Zimermann, Alessandra Pimentel, Daniella Faro e Lenir Dias. Aos que chegaram junto com o curso me ajudaram a caminhar: Luciano e Mônica Gomes. Aos funcionários da Faculdade de Letras, pela presteza do trabalho e estima sempre dispensadas. Particularmente, à Nelma pela compreensão das dificuldades dos alunos, auxiliando no sentido de tranquilizar e informar qual é a melhor saída. O meu muito obrigada!


Cecília, és, como o ar, Diáfana, diáfana. Mas o ar tem limites: Tu, quem te pode limitar? Manuel Bandeira



OS CONVALESCENTES SONHAM Ponho-me então a escrever crônicas, estas crônicas de “Quadrante”. Mas que rapidez, que engenho, que verve, que originalidade! Terminada uma série, (...) Ah! isto devem ser as crônicas dos meus seis companheiros da semana! Cecília Meireles



SUMÁRIO Introdução.................................................... 15 Manifesto..................................................... 23 1 – A crônica e os cronistas........................... 25 As cidades e a memória................................. 58 2 - As cidades sob o olhar de Cecília Meireles...... 59 3 – O Mundo Encantado De Nanja.................118 Conclusão....................................................136 4 – Considerações Finais...............................137 Referências Bibliográficas..............................140 Apêndice.....................................................150



INTRODUÇÃO Conhecida como uma das maiores poetisas brasileiras da década de 1920, Cecília Meireles revelou-se também ser uma cronista por excelência, ao eleger, no espaço narrativo das crônicas, o ritmo, o tempo e a paisagem do Rio de Janeiro e do Brasil, utilizando uma linguagem literária, em que mescla os acontecimentos do mundo moderno, o desenvolvimento desordenado das grandes metrópoles, as transformações sociais que disseminam a miséria, a crise econômica e política; com os anseios e inquietações de um eu subjetivo que deseja evadir-se para um mundo melhor, um mundo mágico, o da Ilha do Nanja que, nas crônicas, concretiza a utopia de uma sociedade harmônica e ideal. A linguagem empregada é espontânea, direta, carregada de poeticidade. Existe a dinamicidade e a ação de um texto teatral, de um ato, com a intenção de provocar nos ouvintes/leitores a impressão de que o narrador se dirige a um interlocutor eventual, com quem conversa sobre política, viagens, economia, trânsito, ecologia, amizade, guerra, solidariedade, educação, violência, vida, 15


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