Quando o futebol salvou o mundo 15

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Quando o futebol salvou o mundo



Leandro Antônio Gatti

Quando o futebol salvou o mundo

São Paulo 2017


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Adriane Gozzo

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________ G235q Gatti, Leandro Antônio Quando o futebol salvou o mundo / Leandro Antônio Gatti. -- 1. ed. -São Paulo : Baraúna, 2017. il. ISBN: 978-85-437-0749-5 1. Esportes - Ficção brasileira. 2. Futebol - Ficção brasileira. 3. Ficção brasileira. I. Título. 17-39448

CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

________________________________________________________________ 31/01/2017 03/02/2017 Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Sumário Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Primeira Parte: Semeando para o futuro . . . . . . . . . 13 Segunda Parte: O possível futuro em que o futebol salvou o mundo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Epílogo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Pequenas advertências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76



Introdução Após ter escrito meu segundo livro, “A Ação Social do Futebol na Capital Paulista na Fase do Amadorismo (1916-1932)”, estudo que inspirou a campanha “O Futebol Tá no Meu Sangue”, concebida com os professores Renzo e Ana Taddei, Dr. Alberto Calastretti e membros do Rotary Club de São Paulo Oeste, era minha intenção dedicar uma nova publicação a ações sociais promovidas pelo futebol na atualidade, destacando o papel das torcidas organizadas que, de certa forma, ocuparam estas funções, que antes eram desempenhadas pelos clubes. Contudo, ocorreu-me a ideia de fazê-lo através de uma história ficcional, que concretizaria em sua narrativa o sonho (utópico?) de ver os recursos do futebol sendo usados em escala planetária, pelo seu poder de mobilização dos povos, para popularizar o acesso ao uso e à produção de tecnologia espacial de ponta, a fim de tornar nossa querida Terra mais eficiente no quesito rastreamento, detecção e prevenção contra impactos de corpos celestes, como cometas e asteroi7


des, tema pelo qual manifesto profundo interesse desde minha juventude. Assim sendo, manipulando meu próprio nome, assumo a identidade de “Antônio Delgart” e exploro na primeira parte da narrativa aqui contida aspectos de minha própria biografia que, no fundo, eram motivados pela obsessão com relação à proteção planetária, a partir da “força de unidade” do futebol já percebida por personalidades como Jules Rimet, o criador da Copa do Mundo, que o fez com intenção de reunir a população do globo por meio do “sport bretão” e que teve, merecidamente, seu nome colocado na primeira taça da Copa, que ficou de posse definitiva do Brasil, sendo, desde 1974, substituída pela FIFA World Cup, que jamais será de posse definitiva de nenhum país, por determinação da autoridade máxima do futebol mundial. Pode não parecer tão óbvio, mas promover recursos para que todas as nações ao redor do planeta tivessem acesso ao uso e à produção própria de tecnologia espacial significaria ter levado a todos estes povos à concretização de suas soberanias e à erradicação de carestias como: fome, pobreza, doenças, evasão escolar, etc., etc., que só o futebol, se canalizado efetivamente para isto, poderia começar a promover de modo mais concreto. Constatando-se o que a FIFA gera em termos de mobilização humana, tecnológica e monetária, quando promove a Copa do Mundo em diferentes partes do globo, além do fato de que existe uma Organização das Nações Unidas de Jogadores de Futebol Contra a Fome, onde jogadores como Paolo Rossi e Roberto 8


Baggio já foram embaixadores, a utopia aqui sonhada por mim (e a qual quero compartilhar com o leitor) já não se mostra assim tão absurda, ainda mais porque na vida real, e para quem já leu “A Ação Social do Futebol”, constatou que todos os envolvidos com a disputa da pelota mobilizaram-se no passado em favor de hospitais, vítimas de acidentes de trabalho, etc., etc., e que hoje aciona uma poderosa indústria de marketing e equipamentos esportivos, que poderia, repito, ser muito mais ampliada para investimentos em inúmeros segmentos sociais e, até mesmo, para aprimorar os avanços humanos na exploração espacial que, por sua vez, sempre trouxeram, como consequência, benefícios sociais em grande escala. Se consegui aguçar a curiosidade do leitor com relação à trama, vejo, portanto, que esta introdução cumpriu bem sua função e da qual aproveito para expressar meus agradecimentos aos professores e membros do Rotary já citados, ao Dr. Antônio Roque Citadini, autor da biografia “Neco, o Primeiro Ídolo”, ao jornalista Celso Dario Unzelte, ao historiador Henrique Campi Neto, ao professor Luiz Moura, pelos anos de convivência na lida da pesquisa e estudos relativos a futebol, em seus múltiplos aspectos, à minha própria família, pelo apoio que sempre me deu (e dá) em projetos que quero desenvolver, além de prestar um reconhecimento ao jornalista Rubens Ribeiro, pelo “mega” trabalho de pesquisa que resultou no livro “O Caminho da Bola”, que foi uma das primeiras e mais importantes referências bibliográficas no que se refe9


re a ações sociais promovidas pelo futebol que utilizei, além dos líderes das torcidas Dragões da Real e seu presidente André Azevedo, Gaviões da Fiel, com seu diretor de departamento social Denis Nogueira e Mancha Verde, na figura de seu presidente Marcos Torres, o “Marquinhos”, que tornaram a campanha “O Futebol Tá no Meu Sangue”, uma realidade. Que essa pequena “biografia-ficção” possa se converter em fonte de inspiração para todos aqueles que, como eu, acreditam que muito daquilo que parece utópico na atualidade possa vir a ser real algum dia, a exemplo do futuro otimista que projeto para o Brasil e o Mundo, na segunda parte desta obra. Boa leitura! Leandro Antônio Gatti

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“O homem não permanecerá sempre na Terra. A busca da luz e do espaço o levará a penetrar os limites da atmosfera, timidamente a princípio, mas ao final para conquistar a totalidade do espaço solar.” (KonstantinTsiolkovsky, pai da Cosmonáutica)

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Primeira Parte: Semeando para o futuro

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1993 A 24 de março, os astrônomos Carolyn Shoemaker, Eugene Shoemaker e David H. Levy descobrem um cometa que seria posteriormente batizado como Shoemaker-Levy 9, em homenagem a eles. Neste mesmo dia, um jovem brasileiro, fascinado por ficção científica, observação espacial e história, de nome Antônio Delgart completa 17 anos, caminhando para encerrar o Ensino Médio (à época chamado Colegial) e preparando-se para prestar o vestibular pela primeira vez em sua vida.

1994 Entre os dias 16 e 22 de julho, fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 chocam-se contra a superfície de Júpiter, produzindo manchas que levaram os astrônomos a afirmarem que, caso o impacto fosse na Terra, teria sido o fim da espécie humana, à semelhança do evento que levou à extinção os dinossauros, bem como se não fosse pela existência de Júpiter, eventos como 15


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