Se eu quiser
falar com
Deus
Se eu quiser
falar com
Deus Gueta Cardoso
São Paulo 2017
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Adriane Gozzo
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PREFÁCIO A TRÊS
Fiquei muito feliz quando minha neta me convidou para escrever o prefácio de seu primeiro livro. Meu coração se encheu de orgulho e de alegria. Eu me lembrei dela pequenininha ainda e do hábito que tinha de levá-la para passar uns dias comigo na minha casa. Eu dizia para minha filha que ia levá-la para engordá-la. Pode parecer estranho, mas eu achava que comigo ela iria se alimentar melhor, mas que nada, eu sabia que, apesar dela estar feliz ao meu lado, ela tinha um lado que sentia muita falta da mãe e da irmã, e quase sempre eu a levava de volta antes do tempo, mas mesmo assim valia esse nosso convívio, e poder ajudar minha filha a cuidar dos meus netos foi uma alegria infindável para mim. Quando, naqueles tempos em que essa minha neta era apenas uma menina franzina e tímida, eu poderia supor que iria escrever o prefácio de seu primeiro livro? 5
São surpresas e alegrias que a vida traz, e meu coração de avó só pode sentir imensa alegria desse gesto de carinho. Sou eu que te agradeço, muito obrigada! Espírito Adelaide
Tem dias que tudo parece que vai dar errado, e depois que esses dias passam é que a gente pode ver o que realmente importa. Foi num desses dias que eu cheguei aqui completamente entristecido com tudo que vivi aí nos meus últimos momentos. Quis Deus que um anjo fosse enviado para me socorrer. É assim, minha querida amiga, que eu hoje te vejo, como um anjinho amigo que vive tão distante da realidade da nossa sociedade aí. Hoje, contudo, não quero mais me lamentar, pelo contrário. Hoje quero levantar um brinde de comemoração e agradecimento a você, minha querida amiga, por estar presenteando a todos, seja aí no plano material, seja aqui no plano espiritual, com este livro singelo e verdadeiro. Sucesso, minha querida amiga, que a luz que te guia continue iluminando e guiando a todos nós. Espírito Célio
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Hoje é um dia muito especial, pois tenho a oportunidade de tecer algumas palavras para minha querida amiga Gueta. Eu a conheci por acaso, quando ela visitava meu amigo Célio doente, e fiquei muito feliz de ver a amizade sincera que ela devotava a ele. Percebi o imenso carinho que ela também sentia por sua mãe, que a acompanhava na visita. Pude perceber que ela seria extremamente útil a esse meu amigo mais no futuro. Quis o destino que eu pudesse de alguma forma unir esses dois assim, de maneira a realizar esse trabalho que eles estão realizando. Fiquei muito feliz em ser convidado também para escrever o prefácio de seu livro, que compartilho com a sua avó Adelaide e com nosso querido amigo Célio. Quis Deus que esse trabalho fosse realizado e fico muito feliz por ter sido eu o instrumento de Deus que ajudou esses dois amigos a realizarem tudo isso. Espírito Rui
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DEDICATÓRIA
Dedico este livro aos meus pais, Antonio e Yolanda, em espírito, minha anjinha guardiã, a quem dedico amor incondicional. E à minha avó Adelaide, em espírito, pela sua alegria e sabedoria. Dedico também aos meus irmãos Ciríaco, Marcia e Kátia, e aos meus sobrinhos Marcus Vinícius, Victor Hugo e Walbert Neto. Aos anjinhos benfazejos, Arthur e Bárbara. Dedico, por fim, aos eternos amigos em espírito Célio, Cristiano Rui, aos meus tios Marly e Orlando, à minha madrinha Mariazinha, ao primo Ricardo e a todos os espíritos que colaboraram e de alguma maneira me ajudaram nessa empreitada. A todos, minha gratidão.
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INTRODUÇÃO
Sou neta de imigrantes portugueses. Minha avó chegou ao Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, “fugindo” de um casamento imposto pela sua família e aqui conheceu meu avô, acabando por formar uma família com três filhos, dos quais minha mãe, uma linda menina de belos olhos azuis, foi a primogênita. Já adulta, minha mãe conheceu meu pai, e dessa união nasceram três filhos, dos quais sou a “filha do meio”. Muito prazer, agora vou contar a vocês a razão deste livro e da necessidade que tenho de repassar as experiências que vivi e vivo, bem como de concretizar a incumbência que recebi de amigos espirituais. Para melhor organizar, dividi o livro em duas partes e, na primeira parte dele, faço uma rápida mas necessária digressão até minha infância e adolescência. 11
Desde já declaro minha gratidão ao plano espiritual e aos infindáveis amigos que lá se encontram, certa de que o amor e a gratidão são uma das maneiras mais seguras de nos aproximarmos de Deus.
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Parte I
Capítulo um
A primeira lembrança que tenho de mim mesma foi no colo de minha mãe, grávida da minha irmã caçula, em que eu me encontrava com uma doença infantil muito comum à época, chamada “coqueluche”, e enquanto tossia muito ouvi minha avó pedindo para a minha mãe que tomasse cuidado com meu peso perto da barriga dela, que já estava grande. A sensação de proteção que eu sentia no colo da minha mãe era indescritível; era como se eu estivesse protegida de todos os perigos desse mundo, com muita paz e carinho. Recordo-me também quando minha irmã caçula nasceu e minha avó indagou ao meu pai, ao entrar em casa, “É menino ou menina?”, e ele afirmou que era outra menina. Lembro-me de que fiquei feliz porque tinha nascido uma irmã para brincar comigo. Só estranhei o nome, porque ela teria nome composto. Por que dois? 15