um mundo alĂŠm do nosso
Ednnaldo Gonçalves
um mundo além do nosso
São Paulo 2013
Copyright © 2013 by Editora Baraúna SE Ltda Capa Monica Rodriguês Projeto Gráfico Aline Benitez Revisão Daniel Vinícius
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________ G626u Gonçalves, Ednnaldo Um mundo além do nosso/ Ednnaldo Gonçalves; organização Editora Baraúna. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2013. ISBN 978-85-7923-763-8 1. Ficção brasileira. I. Título. 13-03061
CDD: 869.93 CDU: 869.134.3(81)-3 ________________________________________________________________ 16/07/2013 17/07/2013 ________________________________________________________________
Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br
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“O tamanho da ambição humana é incalculável, e sem limites. Quando é usada em coisas do bem, pode trazer o sucesso, a alegria, a prosperidade... No entanto, há homens ambiciosos pela riqueza e para consegui-la são capazes de tudo. São capazes de roubar, matar e destruir sem o mínimo de culpa e piedade.” De que adianta conquistar um mundo inteiro e perder o mais importante: a própria vida?
Agradecimentos
Meus agradecimentos primeiramente a Deus, por ter me aberto as portas para a publicação dessa obra. Especialmente à minha irmã Vânia, pela força que sempre me deu para eu escrever. Aos meus sobrinhos, Amanda e Lucas, por ter me emprestado seus nomes. À minha mãe Azenita, por estar sempre do meu lado quando precisei. E, sobretudo, a todos àqueles que de alguma forma contribuíram para que esta obra fosse produzida.
Dedicatória À minha mãe, Azenita; meu pai José, minhas irmãs e meus irmãos, meus sobrinhos, cunhados e cunhadas, os demais parentes em geral, e aos amigos. Dedico também a voces, leitores desta obra que vão mergulharem em meu mundo, na minha história e nos meus pensamentos. O que posso lhes dizer é que viagem comigo para um mundo ainda desconhecido, um mundo de coisas encantadas, um mundo onde tudo é possível... Um mundo muito além do nosso.
Aos leitores Amados leitores, o que é uma pessoa sem tirar o pé da realidade, sem sonhar, sem viajar pela imaginação... Enfim, sem mergulhar em outro mundo? Não muita coisa, não é mesmo? São essas viagens que faz com que sempre podemos conhecer coisas novas e descobrir novos horizontes, que só existem na nossa imaginação. Convido-os a conhecer Vernaki, um planeta muito além da Terra. Vamos conhecer a aldeia dos mutantes, as lutas e vitórias de um povo muito guerreiro, que tentam proteger o seu mundo dos ataques de ambiciosos. Vamos conhecer um trio de doutores sem escrúpulos, capazes de tudo pela riqueza. E os moços submetidos a cobaias, mas que conseguiram vencer os desafios onde tudo parecia ser impossível e provar que tudo tem um lado bom. O que você faria se acordasse um dia em outro planeta, e sem memória? Não faz ideia, não é mesmo? Talvez depois de ler a vida desses humanos, transformados em cobaias em Vernaki, possam surgir ideias em sua cabeça, sobre como viver em um mundo muito além do nosso.
O começo do pesadelo Tudo começou quando acordei. Parecia que eu estava acordando de um sono muito longo e profundo, sem que eu pudesse sequer lembrar-me de meu nome ou algo que aconteceu comigo antes de dormir. Passei a observar o lugar em que eu estava e posso dizer que estranhei muito. Era uma grande sala branca, como a de um hospital. O que eu estava fazendo ali? Essa foi a primeira pergunta que veio à minha cabeça. Será que eu estava sonhando? Fechei os olhos e abri-os novamente. Não, não era sonho, talvez fosse um pesadelo, mas destes que a gente tem acordado. Tentei lembrar- me de alguma coisa que teria acontecido comigo, porém, nada me vinha à cabeça, até parecia que minha vida estava começando no momento em que eu acordei naquela sala. Comecei a observar tudo ali dentro, e por mais que eu tentei não consegui reconhecer nada. Porém, percebi que estava
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deitado em uma cama com uma haste ao lado. Observei também que havia um frasco com pouquíssimo líquido naquela haste. Dele saía uma sonda que estava ligada ao meu braço direito. Tentei me levantar e foi somente aí que percebi que eu estava imóvel. Juro que fiquei sem saber o que pensar. Fiz mais algumas tentativas, porém, nada adiantou, apenas a minha cabeça se movia, e assim eu pude virá-la para os lados. Ao olhar do meu lado esquerdo, vi várias camas emparelhadas e bem arrumadas, todas com lençóis que de longe pareciam estar limpos. Do lado de cada cama se encontrava uma haste e uma mesinha branca com uma bandeja de frascos que aparentavam ser de remédios. Todas as camas pareciam ser iguaiszinhas a minha. Virei meu rosto para o lado direito e fiquei surpreso. Havia ali várias camas emparelhadas também, mas estas, ao contrário das do lado direito estavam todas ocupadas por pacientes. Todos com a haste ao lado com um frasco e uma sonda que ligava ao braço direito de cada paciente. Eles permaneciam imóveis como eu. De repente ouvi passos e vozes que viam em direção ao local em que estávamos. Ao ver que alguém estava entrando, fechei os olhos e fiquei ligado esperando que eles dissessem alguma coisa. Não consegui me segurar de olhos fechados, e levado pela curiosidade, abri apenas uma gretinha dos meus olhos. Fiquei surpreso com o que vi. Na cama ao meu lado direito, a mais próxima, tinha dois homens olhando o paciente que ali se encontrava. Um já era meio velho, branco, baixo, meio gordo e de cabelos grisalhos, usava roupas brancas como a de médicos.
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O outro era mais novo, forte, alto, cabelos negros e meio curtos, também estava usando roupas brancas. Carregava uma maleta na mão e observava o paciente do meu lado. Depois de observarem o paciente, algum tempo calados, o mais jovem passou a examiná-lo. Com um aparelho, mediu a pressão, depois ouviu o coração, virou- o de costas e examinou os pulmões. Terminado o exame, disse: — Ele está tudo nos conformes, Dr. Quintanilha, já não corre mais risco de morte. — Melhor assim, Dr. Isaque. Não poderia ter perdido mais uma cobaia. Não é nada fácil trazê-los da Terra até aqui. — E não vai perder. — Respondeu ele. — Agora sou eu que estou à frente, não é mais o Dr. Reinaldo, aquele incompetente que o senhor tanto confiava. — Não toca mais no nome daquele miserável, prefiro fazer de conta que ele nunca existiu. — Como o senhor quiser. — respondeu o Dr. Isaque. — Precisamos de mais droga urgentemente. Quando chega? — Não sei, mas já deve estar a caminho. — falou Quintanilha. Quando iam saindo do quarto, o telefone do Dr. Quintanilha tocou. Não entendi o que ele dizia direito, mas vi que ele não gostava nada do telefonema. Fez uma cara horrível, e saindo do quarto bateu a porta com força. Fiquei pensando o que seria que eles estavam fazendo conosco. Estávamos doentes? Eles eram mesmos doutores? Aquele lugar seria mesmo um hospital? Por que será que eu não lembrava sequer meu nome? Olhei para
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