O gato de sapatinhos vermelhos

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sheilla alves ilustrações veridiana gaio de magalhães


Copyright © Sheilla Alves Texto Sheilla Alves Ilustrações Veridiana Gaio de Magalhães Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Rex Design Coordenação Editorial Editora Biruta 4ª edição - 2010

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Alves, Sheilla O gato de sapatinhos vermelhos / Sheilla Alves ; ilustrações Veridiana Gaio de Magalhães. -São Paulo : Biruta, 2003. -- (Série contos de agora)

1. Literatura infanto-juvenil I. Magalhães, Veridiana Gaio de. II. Título. III. Série.

03-5750

CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 028.5 2. Literatura infanto-juvenil 028.5

Edição em conformidade com o acordo ortográfico da língua portuguesa. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Biruta Ltda. Rua Coronel José Eusébio 95 Travessa Dona Paula 120 CEP 01239-030 São Paulo SP Brasil Tel/Fax (11) 3081-5741 Tel (11) 3081-5739 Email: biruta@editorabiruta.com.br Site: www.editorabiruta.com.br

A reprodução de qualquer parte desta obra é ilegal e configura uma apropriação indevida dos direitos intelectuais e patrimoniais do autor.


Para meus sobrinhos Gabriel e VinĂ­cius. Queridos "gatos": adorĂĄveis e espertos.


Vim ao mundo pelas mĂŁos de um habilidoso sapateiro. Era feito do mais puro couro de bĂşfalo, minha cor original era amarelada e meu aspecto muito chique. O bom artesĂŁo me deu canos longos, saltos, solas grossas e forjou em mim alguns desenhos em alto relevo. Foi assim que eu nasci: um belo par de botas masculinas.



Meu primeiro dono foi – acredite! – um gato. Que por sua vez tinha como dono um pobre rapaz, que havia ficado órfão de pouco. Sua única herança, ele: o gato.


E ali eu vivia, calçado por aqueles pés de almofadinhas rosadas. Não fossem as unhas do meu dono a me espetarem vez em quando e aquele rabo que esbarrava em mim, fazendo cócegas, até que eu diria levar uma vida bastante confortável.


Não bastasse o disparate de um gato de botas, aquele meu dono era para lá de esperto, gatuno mesmo e, além de tudo, ainda falava! Fato era que o gato corria de lá para cá, sempre calçado em mim, cheio de histórias e artimanhas. Inventou de chamar seu pobre dono de marquês de Carabás. E não é que todos acreditaram?



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