Construindo #09

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Revista

CONSTRUINDO Ano IV | Nº 9 | R$ 9,90 | Editora Destaques Catarinenses

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SANTA CATARINA

Colombo anuncia R$ 1,5 bilhão em obras para

Prevenção de Cheias

no Vale do Itajaí

Investimentos estrangeiros

no setor devem ultrapassar US$ 14 bilhões em 2012

Empresa catarinense contrata trabalhadores haitianos que buscam um

Recomeço de Vida

P U B L I C A Ç Ã O DA CÂMARA DE D E S E N VO LV I M E N TO DA I N D Ú S T R I A D A CONSTRUÇÃO DE SANTA CATARINA CDIC

De olho no mercado árabe Empresários Catarinenses visitam os Emirados Árabes em busca de inovações

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Sumário

FEICON BATIMA T–

Salão Internacion al da Construção Data: 27 a 31 de março Local: Anhembi – São Paulo Site: www.feicon.co m.br

© 2008 Go Squared Ltd.

23º Congresso Bra sileiro do Aço Data: 26 a 28 de junho Local: Transamé rica Expo Center – São Paulo/SP Site: www.expoaco .org.br 83º ENIC – Encont ro Nacional da Ind ústria da Constru ção Data: 10 a 12 de agosto Evento: Local: Wo rld Trade Center – São Paulo/SP Site: www.sindusc onsp.com.br/enic 19º Salão do imó vel Construfair/SC Data: 21 a 26 de agosto Local: Florianópo lis/SC Site: www.construf airsc.com.br

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Palavra do Presidente

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Seja um Investidor

Certificação e qualidade no Oeste de SC

A Força da Construção Civil R$ 14 bilhões em investimentos estrangeiros

Mercado Imobiliário Norte de SC investe em sustentabilidade

Mercado disputa a classe C

Mulheres na Construção Projeto prevê 10% de vagas femininas

Artigo O foco pra 2012 - Jorge Luiz Strehl

Cidades Sem tempo para errar

Ficha Técnica: Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Sheila R. Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dorva Rezende (DRT-RS 6220) Textos e pesquisas: Beatrice Gonçalves, Mateus Boing e assessorias Editor de Arte: Rodrigo Kurtz eu@rodrigokurtz.com Produção: Elsa A. R. Matos - producao@ editoradestaques.com.br Comercialização: Rosângela Rosário publicidade2@editoradestaques.com.br, Dilma G. da Silva Machado - publicidade@editoradestaques.com.br Editora Destaques Catarinenses Ltda. Rua Manoel Loureiro, 470 | São José | SC | CEP 88117-330 | Fone: (48) 3246-5972 e 3258-8859

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Cidades/Investimento R$ 1,5 bilhão para prevenção de enchentes

Capa Catarinenses visitam o mercado árabe

Governo/Código Florestal Regras diferenciadas para áreas urbanas

Sinduscons A força do associativismo

Histórias de vida Haitianos em busca da redenção

CREA Posse do novo presidente

Responsabilidade social Capacitação de presos para a construção

Relação dos Presidentes dos Sinduscons do Estado de Santa Catarina Balneário Camboriú: Carlos Haacke; Blumenau: Amauri Alberto Buzzi; Brusque: Ademir Pereira; Chapecó: Lenoir Broch; Criciúma: Jair Paulo Savi; Grande Florianópolis: Helio Bairros; Itajaí: José Carlos Santos Leal; Itapema: João Formento; Jaraguá do Sul: Paulo Obenaus; Joinville: Luis Carlos Presente; Lages: Albraino da Silva Brazil; Rio do Sul: Arno Nardelli; São Miguel do Oeste: Ivo Bortolossi; Tubarão: José Sylvio Ghisi.

www.construindosc.com.br www.twitter.com/construindosc www.facebook.com/editoradestaques


Palavra do Presidente

Certificação ISO é garantia de qualidade na obra .dtL derauqS oG 8002 ©

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Oeste catarinense está experimentando elevado crescimento na construção civil. O produto interno da região tem tido bons resultados nos últimos anos, decorrentes principalmente no preço dos insumos primários, crescimento da agroindústria e da aceitação de nossos produtos no mercado externo. Essa conjuntura resulta em um mercado ascendente na região, o que, por sua vez, faz com que a construção civil seja beneficiária de parte dos recursos disponíveis. Chapecó centraliza boa parte dos investimentos pela própria condição de ser a maior cidade do Oeste. Tem indústria forte e investimentos diversificados – fatores que atraem profissionais de todos os ramos. De acordo com o presidente do Sinduscon de Chapecó, Lenoir Antonio Broch, uma das principais metas para 2012, além da formação profissional, é trabalhar para que os empresários locais se interessem em obter certificações ISO e nota máxima no Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). “Tenho certeza que, com bons projetos, teríamos boas obras. Elas seriam executadas dentro de um cronograma real e com valores condizentes com o mercado. Urge implementar, nas obras públicas, o PBQP-H para termos qualidade, obras longevas e preço justo. Não podemos aceitar que, principalmente para obras públicas, não se exija certificação de qualidade ou a implementação desse programa, que tem como objetivo justa-

mente melhorar a sua qualidade. Não é admissível desacreditar ou desestimular empresas que investem em qualidade a terem que continuar participando de concorrência pública em igualdade de condições com empresas que não se credenciam a desenvolver tal habilidade”, afirma o dirigente. Segundo ele, para isso não é necessário reformar a Lei das Licitações (a lei no 8.666). Basta um pequeno ato de permissão para que os entes federativos passem a exigir, nos editais, a necessária certificação, que é um programa desenvolvido

pelo próprio governo federal desde a década de 1990. “Sobre isso acredito que seja necessário um espaço apropriado, mas acho de extrema necessidade ampliarmos o debate. De outra parte, precisamos capacitar e investir no conhecimento dos nossos empresários. Ainda não temos um banco de dados para promover decisões baseadas em números, pesquisas de mercado, estudos de conjuntura, variáveis diversas como renda ou clima, forçando-os a tomar decisões, às vezes usando a intuição”, diz Broch.

Lenoir Broch é Presidente do SINDUSCON de Chapecó.

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A Força da Indústria na Construção Civil

Construção civil no Brasil atrairá investimentos em © 2008 Go Squared Ltd.

2012 Expectativa é que valor ultrapasse US$ 14 bilhões

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pesar da crise econômica que vem assustando o mundo desde o final de 2008, o Brasil é um dos países que menos têm sofrido impacto financeiro. As boas expectativas para 2012 têm atraído investimentos estrangeiros em muitos setores e a bola da vez é a construção civil. Júlio Monte Carlo, economista graduado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e filiado ao Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), conta que, com a proximidade de grandes eventos esportivos que acontecerão no País – como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016 – combinados com o boom imobiliário brasileiro e a crise na Europa e nos Estados Unidos, tem se tornado cada vez mais evidente o interesse de bancos, empresas e fundos de pensões estrangeiros em investir em ações ligadas à construção civil no Brasil. “Os potenciais investidores apostam sempre em mercados mais seguros, como o europeu e o americano. Mas, incrivelmente, a crise está fazendo muito bem ao nosso mercado e os investimentos estão tomando seu rumo em direção aos países emergentes, mas que possam oferecer alguma segurança. E o Brasil encaixa-se em todas essas características”, afirma o economista. Otávio Freitas, especialista em 8

economia internacional pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que os investidores estrangeiros encontram no Brasil uma oportunidade de aplicar seus investimentos e obter lucros mesmo em momentos financeiramente conturbados. Para ele, porém, os grandes atrativos que diferenciam o país de outros emergentes são sua situação social atual e também algumas medidas adotadas recentemente pelo governo. Segundo ele, o país apresenta, hoje, um bom sistema político e econômico – em que é visível o aumento gradativo da classe média, juntamente com as facilidades provenientes do acesso ao crédito. O Brasil também possui um baixo endividamento e uma renda relativamente alta. “Os salários têm aumentado, mas, ao mesmo tempo, existe ainda uma defasagem quando se trata de habitação no Brasil. Além disso, as obras

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para os eventos esportivos e medidas governamentais, como a redução de 6% para 0% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em títulos privados de longo prazo com prazos de vencimento superiores a quatro anos, são um prato cheio para o investidor”, afirma. A expectativa, segundo informações da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), é que os investimentos estrangeiros na construção civil brasileira ultrapassem US$14 bilhões em 2012. O investimento, de acordo com Carlo, é em médio prazo e envolve não apenas imóveis residenciais, mas também shopping centers e centros comerciais, cujo número tem aumentado muito no país. Apesar de ainda oferecer riscos, o investimento imobiliário apresenta altas taxas de crescimento e um retorno acima dos mercados europeus e americanos.


Crescimento do setor

A crise está fazendo muito bem ao nosso mercado e os investimentos estão tomando seu rumo em direção aos países emergentes

De acordo com dados da (CBIC), em 2011, a construção civil no Brasil registrou um crescimento de 4,8% em relação a 2010. As expectativas do setor para 2012 são ainda mais otimistas: acredita-se que o balanço será ainda maior, alcançando um crescimento de 5 %. Otávio Freitas conta que o Brasil é o segundo lugar no mundo mais procurado para investimentos em construção, perdendo apenas para os EUA. O economista aponta que a indústria tem se mantido em um ritmo mais forte do que o Produto Interno Bruto (PIB) e a tendência é que continue assim. “O setor habitacional continuará se desenvolvendo em razão do aumento da renda e das facilidades de crédito. Mesmo internamente, os investimentos nacionais em construção civil certamente aumentarão. Além disso, felizmente o Brasil, mais uma vez está tirando vantagem da crise financeira internacional e consolidando-se como um país propício a bons investimentos. Eu diria que 2012 é o ano da construção civil e também o ano do Brasil. Só precisamos tirar proveito para, de fato, avançarmos. A oportunidade está aí”, aponta.

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A Força da Indústria na Construção Civil

O ano da construção civil – PIB de 5% © 2008 Go Squared Ltd.

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ndices anunciados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) são confirmados por analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano foi mantida em 3,3%. Na última semana, em encontro promovido pela CBIC, foi divulgada a expectativa de crescimento de 3,7% do PIB e para o segmento da construção estimativa é de que o índice alcance os 5%. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Cezário Siqueira, participou do evento realizado na quarta-feira (08), em Brasília, e afirma que perspectivas

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Emprego e renda do trabalhador serão mantidos para 2012 são mais positivas do que as de 2011. Após um ano de crescimento consolidado em 2010, o ano posterior apresentou estabilização e até baixas em alguns setores devido ao cenário internacional, puxado pela crise iniciada na Grécia. De acordo com Siqueira, apesar de não haver definições concretas, economistas convidados pela CBIC apostam em um ano de retomada. Em Mato Grosso, cuja demanda é maior e por ser um Estado receptor de inves-

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timentos, o desenvolvimento pode ser ainda superior. Com relação exclusivamente à construção, CBIC e o presidente do Sinduscon-MT defendem a continuidade da expansão por se tratar de um setor que possui investimentos de longo prazo e não são efêmeros, ou seja, uma obra não acaba em poucos meses e os contratos já assinados terão andamento, mantendo os empregos e a renda do trabalhador.

As perspectivas para 2012 são mais positivas do que as de 2011


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A Força da Indústria na Construção Civil

Número de trabalhadores com registro na construção civil dobra nos últimos cinco anos

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projeto de Lei 2579/11, que está em discussão na Câmara dos Deputados, faz uma série de alterações na Lei do Estágio, em vigor há mais de três anos, com o objetivo de evitar interpretações dúbias e assegurar direitos aos estagiários. Um dos pontos previstos no texto, de autoria do deputado Edson Pimenta, PSD-BA, prevê a formação de associações de estagiários para negociar demandas com a empresa concedente do estágio. Esta medida aproxima o estagiário de trabalhadores contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pois a associação também poderá denunciar o descumprimento da lei em nome da classe aos órgãos fiscalizadores. Outra medida constante no projeto é a que concede intervalo de 15 minutos para jornadas de estágio superiores de quatro horas. Hoje, a Lei do Estágio prevê jornada

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Projeto cria associação de estagiários

de quatro no caso de educação especial e nos anos finais do ensino fundamental na modalidade profissional de educação de jovens e adultos. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões do Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. A quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor da construção civil dobrou nos últimos cinco anos. Até o final de dezembro de 2011, o setor contabilizava 2.762.156 empregos celetistas; em 2006, o montante era de 1.388.958, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Fatores como o aumento do financiamento habitacional, programas sociais, além dos investimentos previstos por conta da Copa e da Olimpíada têm contribuído para o bom resultado.

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Sustentabilidade

© 2008 Go Squared Ltd.

Termoforro

Nova aposta da linha de isolantes térmicos e preenchimentos da Termotécnica

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ma das novidades da 20ª edição da Feicon Batimat será o Termoforro, mais um produto da linha de isolantes térmicos e preenchimentos da Termotécnica. Com design moderno, o isolante é perfeitamente aplicável em hospitais, prédios públicos e comerciais, além de escolas, indústrias e residências. As placas, apoiadas sobre estruturas de perfil “T”, com bordas rebaixadas, aliado ao sistema de forro suspenso, permitem a instalação de diversos acessórios, como ar-condicionado e alto-falantes. O Termoforro aceita a aplicação de tintas PVA ou acrílicas. Entre os principais benefícios estão o fato do material ser 100% reciclável, retardante à chama, não reagente ao cimento, cal, argamassas, ou gessos, além de estar imune a fungos e bactérias. A Feicon Batimat acontece de 27 a 31 de março, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). Serviço: Termotécnica (Matriz) Rua Albano Schmidt, 2750 - Boa Vista - Joinville - SC - 89206-001 Fone: (47) 3451-2725 / Fax: (47) 3451-2600 marketing@termotecnica.ind.br www.termotecnica.com.br

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Mercado Imobiliário

Norte catarinense investe em © 2008 Go Squared Ltd.

sustentabilidade D

e acordo com matéria da revista Exame publicada em outubro passado, o Norte catarinense tem potencial para crescer duas vezes mais que São Paulo e Rio de Janeiro nos próximos dois anos. Ainda conforme a revista, na última década, foram gerados na região 160 mil novos empregos formais, ampliando o número de trabalhadores com carteira assinada para 381 mil, numa população de 1,2 milhão de pessoas. Esse bom momento se reflete no mercado imobiliário. “O mercado de imóveis está aquecido em Joinville e as perspectivas são promissoras para a região Norte”, diz Jorge Laureano, presidente do Secovi Norte, que representa o setor imobiliário em 18 cidades da região, num total de 1,4 mil associados, incluindo 340 empresas. Segundo Laureano, os apartamentos de dois e três quartos são os mais procurados em Joinville atualmente. Com perfil familiar, a clientela é formada por muitos migrantes. São profissionais de várias partes do Estado e do país em busca das oportunidades existentes na região. Uma das medidas tomadas pelo poder público de Joinville para que o crescimento seja sustentável diz respeito diretamente ao Secovi. Trata-se da lei que torna obrigatória a separação do lixo em condomínios da cidade. Prédios já existentes têm dois anos para se regularizar. “A partir de

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março estamos realizando palestras com síndicos e zeladores para orientá-los a respeito da lei”, afirma Laureano, acrescentando que a iniciativa tem o apoio da Fundação Municipal do Meio Ambiente. A falta de espaço para instalar as lixeiras seletivas em cores azul, amarela, verde e vermelha é um problema que pode ocorrer em alguns condomínios, mas Laureano acredita que “para tudo há uma solução”. “Em casos como esses vamos ter que negociar um espaço com a prefeitura”, afirma o dirigente. Além de palestras sobre como separar o lixo, o Secovi Norte planeja outras ações de sustentabilidade para

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2012. Segundo Laureano, a entidade está programando treinamentos para orientar os condomínios a como economizar água ou reaproveitar a água da chuva para uso em banheiros ou lavagens de áreas externas. Criado em 1992, o Secovi Norte tem sede em Joinville e está presente também em Araquari, Barra do Sul, Campo Alegre, Canoinhas, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itaiópolis, Itapoá, Jaraguá do Sul, Mafra, Porto União, São Bento do Sul, Três Barras, São Francisco do Sul, Schroeder e Rio Negrinho. Em 2007, o Secovi deixou de ser uma entidade seccional e passou a ser considerado uma associação sindical.

Potencial de crescimento da região é duas vezes maior que São Paulo e Rio de Janeiro, e procura por imóveis de dois e três quartos é grande


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Seja um Investidor

Mercado disputa a classe C © 2008 Go Squared Ltd.

Imóvel comprado na planta pode ter uma valorização média até a conclusão da obra entre 25% e 35%

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om 95 milhões de habitantes, a classe “C” no Brasil representa mais um importante mercado para os construtores de imóveis e vice-versa. Somando-se aos já tradicionais investidores das classes A e B, ela tem sido cada vez mais disputada devido a sua capacidade de consumo e investimento, que cresce ano a ano em função das facilidades na aquisição de crédito, aumento de renda das famílias e estabilidade no emprego. O Brasil vem sendo um novo oásis para os investidores do mundo. Hoje é o segundo país em investimentos estrangeiros (só perde para os Estados Unidos) e os brasileiros também estão atentos a essa situação. Com novo perfil, a classe média tem investido em todos os segmentos imobiliários, tanto para sua primeira casa própria quanto para buscar renda adicional. Imóveis na planta, imóveis prontos para renda com aluguéis, terrenos para valorização e outros. O Brasil é um país com cada vez mais jovens participando do mercado e com perspectivas de evolução con-

tínua do crescimento da renda e de novas mudanças na vida profissional. Na maioria das regiões, o desenvolvimento econômico tem sido uma realidade, por execução de projetos nos mais variados setores da economia. Isto vem proporcionando maior capacidade de investimento. Com crédito disponível e muito dinheiro para habitação, a construção civil proporciona um sólido investimento. Um imóvel comprado na planta pode ter uma valorização média até a conclusão da obra entre 25% e 35%. Na fase do financiamento, o investidor pode optar pela venda ou aluguel gerando renda ou lucro imediato. Mas como todo negócio, o consumidor antes de fazer suas aplicações, deve pesquisar todos os fatores de risco e burocráticos, detalhes que podem significar um problema em lugar de lucro quando não respeitados adequadamente. Seguro, registros de contratos, negativas, etc. são detalhes que bem observados, podem ser garantia de bons resultados.

Com novo perfil, a classe média tem investido em todos os segmentos imobiliários, tanto para sua primeira casa própria quanto para buscar renda adicional

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QUANTO MAIS SÃO JOSÉ CRESCE, MAIS A GENTE SE APROXIMA. A Câmara Municipal de São José quer ficar ainda mais perto de você, por isso criou e aprovou inúmeros projetos, eventos e programas para o benefício de todos os josefenses. E ficar mais perto é estar sempre ao seu lado, levando tudo que a nossa gente precisa para uma vida melhor. Vamos juntos fazer mais um grande ano pelo nosso município.

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ. CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ.

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Câmara Municipal de São José Santa Catarina

www.cmsj.sc.gov.br CONSTRUINDO SANTA CATARINA

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Mulheres na Construção

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Projeto prevê

10% de vagas para mulheres Iniciativa de deputado paraense altera a CLT e a Lei de Licitações

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o mínimo 10% do quadro de pessoal numa obra deve ser obrigatoriamente preenchido por mulheres nas empresas da Construção Civil, se um projeto de lei nesse sentido for aprovado pela câmara. O Projeto de Lei 2856/11, do deputado Jânio Natal (PRB-PA), alteraria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43). Além disso, o projeto também traria alterações para a Lei de Licitações (8.666/93), onde tornaria obrigatória a inclusão desse percentual mínimo para contratações de mulheres no edital de convocação ou, quando houver dispensa de licitação, no contrato administrativo. A justificativa do deputado é combater a resistência por parte de al-

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guns empreiteiros na contratação de mulheres para trabalhar na construção civil. “Os empreiteiros normalmente ignoram as vantagens do trabalho feminino e não se sensibilizam com estudos, segundo os quais, a atitude sempre mais cautelosa e detalhista das mulheres contribui para a edificação de prédios mais confiáveis”, diz Natal Como tramita em caráter conclusivo, o projeto não terá que passar pelo plenário da Casa, tendo que ser aprovado somente pelas comissões designadas: do Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após a aprovação, o projeto segue para o Senado.


Programa do DF capacita mão de obra feminina

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m quase todos os estados brasileiros, através dos Sinduscons, do SENAI, de outros órgãos do governo e também particulares, estão sendo ministrados inúmeros cursos que proporcionam às mulheres oportunidades na Construção Civil. Elas têm um grande potencial a ser explorado e poderão contribuir decisivamente para solução da crise de mão de obra no setor. Um ótimo exemplo será relatado a seguir. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), em parceria com a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e com o Instituto Federal de Brasília (IFB), promoveram no dia 29 de fevereiro, em Taguatinga, a cerimônia inaugural do programa “Mulheres na Construção”. Durante o evento foram realizadas palestras explicativas sobre como funciona o projeto e quais os benefícios trabalhistas. O programa “Mulheres na Construção” visa capacitar a mão de obra feminina para trabalhar no setor, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). A ideia é preencher um número considerável de vagas do setor com mão

de obra feminina, promovendo a inclusão social e produtiva das mulheres da região. A iniciativa conta, também, com o apoio da Secretaria da Mulher. A Sudeco irá investir cerca de R$1,1 milhão para realizar os cursos, gratuitos, que serão ministrados pelo IFB. O “Mulheres na Construção” vai ensinar às mulheres a exercer funções de azulejista e pintora. As

alunas do curso vão receber do IFB uma Bolsa de Iniciação ao Trabalho, no valor de R$ 200 por mês, para as despesas com alimentação e transporte. Para a primeira etapa, a intenção é capacitar 440 alunos, em sua maioria mulheres. No decorrer da capacitação, além dos cursos técnicos, as mulheres também vão aprender noções de cidadania e dos direitos da mulher.

Alunas recebem bolsa de R$ 200 para despesas com alimentação e transporte durante o curso

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Artigo

O foco para 2012

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Jorge Luiz Strehl Vice-presidente Regional Vale do Itajaí da FIESC

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ó reduzir juros e facilitar crédito não basta para enfrentar a crise. A Europa continua buscando uma saída organizada da crise financeira. Numa ação coordenada pelo FED norte-americano, seis bancos centrais facilitam os empréstimos interbancários em dólares para a zona do euro. Novas reuniões do BCE (Banco Central Europeu) e dos bancos centrais dos países que formam o bloco são marcadas para buscar evitar futuras insolvências. No Brasil, o governo anuncia a redução do IOF no crédito ao consumo para estimular o financiamento a pessoas físicas, bem como desonerações tributárias para incentivar as vendas de determinados setores, como parte da estratégia de não deixar a economia esfriar. Mesmo com todas essas medidas, o Brasil ainda continua muito distante das taxas de financiamentos ofertadas no Primeiro Mundo. O crédito bancário médio está por volta de 39% e o consignado, em 28%, isso sem falar nos juros estratosféricos do crediário e do cheque especial. A inadimplência também não ajuda na redução das taxas. Neste aspecto, o mercado de crédito imobiliário segue sendo um porto seguro para investidores e famílias. Com os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da Caderneta de Poupança, ele oferece empréstimos a taxas entre 5% e 12% mais TR (Taxa Referencial). Em 2011, somente os recursos da poupança destinados ao financiamento da construção e da aquisição de moradias devem superar em 50% o valor concedido em 2010. Isso mostra o importante papel do financiamento para a atividade da construção e a economia do país. O crédito imobiliário, que historicamente representava apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto), agora já representa 5% e ainda tem muito espaço para crescer, comparado a outros países. Para tanto, será preciso fortalecê-lo ainda mais e inovar, buscando novas fontes para seu financiamento. Mas, nem por isso as construtoras estão imunes ao elevado custo do financiamento bancário. Isso pode ser 22

constatado na comparação das Sondagens Nacionais da Construção, realizadas trimestralmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O histórico das sondagens mostra que os empresários da construção esperam mais dificuldades financeiras em 2012. Neste cenário, para manter o crescimento econômico e enfrentar a crise, o governo terá a grande responsabilidade de agir em outras frentes além da redução dos juros e da facilitação do crédito. Precisará também voltar a elevar seus investimentos especialmente em

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infraestrutura e habitação, bem como impulsionar medidas que desonerem o setor produtivo e contribuam para elevar a produtividade. E necessitará, em todos os níveis e instâncias, elevar sua eficiência administrativa. As grandes medidas macroeconômicas precisam ser acompanhadas de um elenco de ações que efetivamente estimulem o investimento na produção e no fortalecimento do mercado interno, nosso maior cacife para enfrentar os desdobramentos da crise europeia e manter a taxa de crescimento da economia.

Para manter o crescimento econômico e enfrentar a crise, o governo terá de agir em outras frentes além da redução dos juros e da facilitação do crédito


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Qualidade

Norma de desempenho vigora em um ano © 2008 Go Squared Ltd.

NBR 15.575 deverá mudar a forma como se constrói no país e atualizações serão publicadas pela ABNT

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norma de desempenho NBR 15.575 deve entrar em vigor em março de 2013 e promete mudar a forma de se construir no Brasil. Com a normatização, fabricantes de materiais de construção civil, construtoras e prestadores de serviço precisarão garantir requisitos mínimos de segurança, conforto, funcionalidade e eficiência aos produtos que vendem no mercado. Para isso, deverão testar e certificar, por meio de laudos técnicos, que os materiais e utensílios que fabricam ou utilizam nas obras estão de acordo com os padrões de qualidade exigidos e que os imóveis construídos foram planejados para promover conforto térmico e acústico ao ambiente, como está previsto na NBR 15.575. A norma estabelece padrões de qualidade para sistemas estruturais, de pisos, vedações, coberturas e sistemas hidrossanitários para todas as edificações, independentemente de altura, e os classifica de acordo com o desempenho como mínimo, intermediário e superior. Ela não tem força de lei, mas a tendência é que o mercado a utilize como um parâ26

metro para comprovar o desempenho dos produtos vendidos. A NBR 15.575 poderá ainda ser usada pelos consumidores como uma ferramenta legal para exigir a qualidade dos imóveis adquiridos. A medida entraria em vigor em 2010, mas a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prorrogou o prazo para que as empresas do ramo pudessem propor alterações à normatização. Há dois anos, a entidade formou uma comissão de estudos com representantes da cadeia produtiva da construção civil e tem promovido reuniões mensais para discutir os requisitos da norma. Todas as atualizações propostas pelo grupo serão divulgadas no site da ABNT em março de 2012. A partir desse período, a normatização passará por uma outra consulta pública para então ser aprovada pelo setor. O empresário Mário Rambo, vice-presidente de Tecnologias Inovadoras do Sinduscon de Balneário Camboriú, é o único representante de Santa Catarina no grupo de estudos sobre a norma na ABNT. Ele explica que desde o início das discus-

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sões sobre a normatização foram apresentadas mais de cinco mil propostas de alteração ao texto original e que na atual fase de debates estão sendo discutidos como serão testados e certificados os produtos utilizados nas obras. “No Brasil ainda há poucos laboratórios com capacidade de emitir laudos técnicos sobre o desempenho e a qualidade dos materiais de construção civil. Nós temos trabalhado para sensibilizar as federações industriais e as universidades a construírem centros de excelência nessa área”. Além de laboratórios especializados, Rambo avalia que será preciso também capacitar engenheiros para testar os produtos e advogados, juízes e promotores para que eles entendam quais serão as novas exigências que deverão ser cobradas das empresas do setor. “A norma NBR 15.575 não responsabiliza apenas as construtoras pela qualidade e pelo desempenho dos imóveis construídos. Todo o setor terá que garantir a eficiência dos produtos vendidos. A norma cobra das empresas um trabalho muito maior de atendimento ao cliente no pós-venda”.


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Cidades

© 2008 Go Squared Ltd.

Por Paulo Safady Simão *

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ma grande parte das cidades brasileiras, em particular as de médio e grande porte, se encontra à beira de um colapso e está cada dia mais distante do objetivo de proporcionar aos seus habitantes uma boa qualidade de vida. Neste sentido, as eleições municipais de 2012 assumem papel crucial: ou a sociedade brasileira elege um novo modelo de gestão voltado ao desenvolvimento urbano sustentável ou continuará empurrando os problemas para baixo do tapete. Pesquisa recente do IBGE constatou, no censo de 2010, o lamentável crescimento de aglomerados precários, totalizando 6.329 áreas espalhadas por 323 municípios brasileiros e que abrigam mais de 3,2 milhões de domicílios e 11 milhões de pessoas. São áreas ocupadas irregularmente, sem serviços públicos adequados, representadas por favelas, palafitas, grotas e vilas. O resultado desse descaso são as repetidas tragédias nas épocas das chuvas e a alta incidência de doenças causadas pela falta de saneamento básico - principalmente entre crianças. São várias as razões que levaram o país a ter que conviver com esta lamentável realidade. A principal origem do problema está na ausência, durante longos anos, de políticas urbanas adequadas. Justamente no momento em que a população rural migrava maciçamente para as grandes regiões metropolitanas. O resultado não poderia ser outro. Às vésperas de se tornar a quinta potência econômica do mundo, o Brasil não pode se omitir em equacionar estas e outras questões urgentes. Nos últimos anos, foram implementados e/ou desenvolvidos alguns programas e projetos cruciais, como os voltados para a área imobiliária, com destaque para o projeto Minha Casa, Minha Vida; o Plano Nacional de Saneamento, que demonstra preocupação maior com a área de saneamento básico - com destaque para a atuação da Funasa no atendimento dos municípios com menos

de 50 mil habitantes; a política de resíduos sólidos, que encontrou boa repercussão em várias unidades da federação; e algumas obras do PAC, voltadas para a mobilidade urbana, especialmente nos grandes centros e nos projetos de urbanização das favelas, onde a própria pesquisa do IBGE já acusou alguns avanços importantes. Mas ainda é necessário continuar avançando para alcançarmos uma verdadeira e definitiva mudança. Lembrando sempre do papel estratégico que o empresariado no Brasil já vem desenvolvendo na solução de problemas estruturais do país por meio de parcerias público-privadas. Na área de habitação, por exemplo, não podemos relaxar e voltar ao passado. É urgente revermos as regras e as condições da segunda etapa do programa de moradia social do Governo federal. Não podemos deixar que obstáculos comprometam o bom andamento do programa, sob pena de não alcançarmos as metas previstas. Quanto ao saneamento básico, onde o país ainda mantém uma enorme dívida social, é preciso inovar e ousar, da mesma forma como o país encontrou a solução para o problema do déficit habitacional com o programa Minha Casa, Minha Vida. Temos que reabilitar as dezenas de companhias de saneamento espalhadas pelo país que estão, em sua maioria, operando no vermelho. É urgente pensarmos na implementação de um fundo federal que apoie o desenvolvimento de planos regionais de saneamento, com foco nas bacias hidrográficas e que também financie os planos municipais que se reportarem a este plano regional. Temos que pensar ainda em estímulos e incentivos aos agentes envolvidos, para que os obstáculos existentes sejam afastados. É necessário estabelecer metas ousadas e uma estrutura de acompanhamento e fiscalização eficiente dos serviços e obras a serem contratados, reduzindo os desperdícios, melhorando a qualidade dos empreendimentos e agindo preventivamente aos inúme-

ros problemas de saúde que afetam a nossa população por deficiência de saneamento. Na área da mobilidade urbana, já passou da hora de encararmos com seriedade o problema e pensarmos em soluções coletivas de qualidade para a mobilidade dos cidadãos, hoje submetidos a um verdadeiro suplício, perdendo preciosas horas diárias no trânsito em detrimento do maior convívio com suas famílias e disponibilidade para o lazer. Isso significa, entre outras ações, investir em transporte de massa e desestimular o uso do transporte individual. É urgente que esses e outros temas que dizem respeito à qualidade de vida em nossas cidades, ocupem lugar de destaque na agenda pública em 2012. Os gestores municipais não podem continuar negligenciando a solução desses problemas, como tem acontecido ao longo da nossa história. Não temos mais tempo para errar. Precisamos eleger um novo modelo de gestão para as nossas cidades que incorpore inovação, sustentabilidade e qualidade de vida da população como condições fundamentais ao desenvolvimento. Com a palavra, os eleitores brasileiros. * Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção

É hora de eleger um novo modelo de gestão para as nossas cidades que incorpore inovação, sustentabilidade e qualidade de vida da população como condições fundamentais ao desenvolvimento

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Cidades | Investimentos

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governador do Estado Raimundo Colombo, anunciou, na tarde desta quinta-feira (23 de fevereiro), em Itajaí, o investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão de reais em obras e ações que visam prevenir e minimizar o impacto das enchentes nos municípios do Vale do Itajaí. Logo após a apresentação do plano de ações, foi feita a assinatura do edital de licitação para a contratação dos Projetos da Construção das Comportas do Rio Itajaí Mirim. O projeto de Prevenção e Mitigação de Desastres na Bacia do Rio Itajaí possui ao todo 14 medidas estruturais e não estruturais de impacto que devem ser concluídas em um prazo de cinco anos após o início das obras. Foi elaborado pela JICA, fundação japonesa que na opinião do Governador, é a mais bem preparada do mundo quanto à prevenção de

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desastres. “E o conceito do projeto é administrar a chegada da água nas cidades, com foco na prevenção, pois as catástrofes naturais vão se tornar cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas do planeta”, ressaltou Colombo. O valor para implantação total do projeto é de R$ 1,5 bilhão, parte custeado pelo Governo do Estado e parte pela União. Compõem as 14 medidas de impacto do projeto a implantação do Sistema de Monitoramento, Alerta e Alarme da Bacia do Rio Itajaí; sobrelevação das Barragens de Taió e de Ituporanga; medidas de prevenção de escorregamentos em rodovias; construção de comportas no Rio Itajaí-Mirim; construção de sete barragens de pequeno porte; construção de uma barragem de médio porte a montante do Rio Itajaí-Mirim; obras de melhoramentos no canal do rio

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em Taió (3,7 km); em Rio do Sul (8,2 km); em Timbó (1,0 km) e em Blumenau (15,8 km); obras de melhoramentos nos canais dos ribeirões Garcia e Velha em Blumenau (7,0 km); obras de melhoramentos do canal do rio em Ilhota (8,0 km); construção de canal extravasor no Rio Itajaí-Açu e ainda inclui-se as obras de Readequação de Hidrelétricas. De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff, as ações do projeto são extremamente importantes porque, um caminhão de barro que hoje é colocado em Rio do Sul pode ser fator complicador para Itajaí em uma situação de enchente. Já o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Paulo Bornhausen, disse que a apresentação deste projeto representa um momento histórico para Itajaí, o Vale e toda Santa Catarina. E


Reunião em Itajaí com o Governador Raimundo Colombo e lideranças regionais.

fez uma comparação com o futebol, ao citar que a ação de Colombo “não é um gol de placa e sim, um gol de bicicleta do meio de campo”. Falando em nome de todos os prefeitos presentes, Jandir Bellini destacou que este projeto de prevenção às cheias vem sendo discutido desde a década de 80 e lembrou o ex-governador Antônio Carlos Konder Reis, que iniciou as tratativas e debates a respeito. O prefeito de Itajaí concordou com a afirmação de Geraldo Althoff sobre os reflexos que a sua cidade sofre, em situações de enchente, em relação ao que é feito

nos municípios do alto e médio Vale do Itajaí. Bellini destacou, ainda, para o governador Raimundo Colombo, que a profissionalização da Defesa Civil, que o governo do Estado começa a trabalhar, já foi implantada em Itajaí, que recentemente empossou e iniciou o treinamento com 10 agentes concursados. “A apresentação deste projeto que há tanto tempo vem sendo estudado e debatido, é a realização de um sonho para Itajaí e os demais municípios do Vale, por isso só temos a agradecer ao governador”, finalizou.

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Cidades

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ara o prefeito Milton Hobus, de Rio do Sul, cidade que foi bastante prejudicada pelas cheias do ano passado, a largada do plano de contenção e mitigação das cheias e desastres naturais (deslizamentos de encostas, entre outros), traduz o verdadeiro norte do governo catarinense, “cuidar das pessoas” e significa a “renovação das esperanças para o Alto Vale do Itajaí”. As barragens de Taió e Ituporanga serão aumentadas em dois metros de altura, ampliando em 35 bilhões de litros de água a capacidade de armazenamento das duas, com um custo de R$ 33 milhões. O prazo para a realização das obras é de 36 meses. Esse é o terceiro edital lançado do plano de prevenção de cheias para a região. No encontro realizado no Parque Universitário Norberto Frahm, localizado no encontro dos rios Itajaí do Oeste e o Itajaí do Sul, que formam o Itajaí-Açu, no centro de Rio do Sul, no dia 24 de fevereiro, Colombo apresentou pessoalmente à população o plano de prevenção. “As ações se fundamentam em 14 pontos”, iniciou Colombo, explicando o Plano de Prevenção e Mitigação das Cheias na Bacia do Rio Itajaí. O valor da implantação desta primeira etapa será de R$ 512 milhões e as ações se fundamentam em várias iniciativas.


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arabe ‘

De olho no mercado © 2008 Go Squared Ltd.

Comitiva de empresários catarinenses participa da Big Five, a maior feira da construção civil do Oriente Médio

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s Emirados Árabes estão entre os países que mais crescem no mundo. Estima-se que mais de 1,3 mil obras estejam em andamento na região e outros 300 projetos estejam em estudo para serem implementados. Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira estão sendo investidos cerca de US$ 418 bilhões em grandes obras no país e estão previstos recursos de mais US$ 143 bilhões para serem utilizados em novos projetos nos próximos anos. O mercado árabe não chama a atenção apenas pelo grande volume de obras e recursos investidos, o país é referência também em desenvolver projetos grandiosos e ao mesmo tempo sustentáveis como Masdar City, cidade que está sendo construída próxima à capital Abu Dhabi e que tem como diferencial ser totalmente autossustentável. O Brasil tem se configurado como um importante fornecedor de produtos e serviços para os Emirados Árabes. Só no primeiro trimestre de 2011, o setor da construção civil exportou mais de US$ 16 milhões ao país árabe com a venda de pisos, mármores, granitos e materiais que promovam a eficiência energética e o consumo racional de água. Apesar do já intenso mercado, o governo brasileiro considera que é possível promover ainda mais a aproximação entre os dois países e tem organizado, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exporta34

ções e Investimentos (Apex), rodadas de negócios entre empresários dos dois países e viabilizado a participação de empresas nacionais em eventos nos Emirados Árabes. Em novembro do ano passado, mais de 30 empresas brasileiras do setor da construção civil estiveram na Big Five em Dubai, considerada uma das maiores feiras de construção civil do Oriente. Durante dez dias, elas expuseram seus produtos, participaram de rodadas de negócios, seminários e cursos realizados na feira. Dez empresários catarinenses integraram a comitiva da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na feira. “É muito importante participar de eventos como a Big Five. Na feira nós pudemos conhecer diferentes tecnologias e entender os diferenciais dos processos produtivos árabes. Lá eles utilizam muito mais a tecnologia dos pré-fabricados do que aqui e isso permite que eles realizem obras em um curto período de tempo, gastando menos e evitando o desperdício de materiais”, avalia Nivaldo Pinheiro, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção Civil da Fiesc e líder da comitiva catarinense na Big Five. Pinheiro explica que essa foi a quinta missão empresarial organizada pela Fiesc a Dubai e que a entidade espera organizar outras comitivas catarinenses para eventos do setor da construção civil nos próximos anos.

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“Dos empresários de Santa Catarina que fizeram parte da missão eram poucos os que já conheciam Dubai. Ao participar dessas feiras, eles entram em contato com uma outra realidade da construção civil e isso os ajuda inclusive a buscar soluções para melhorar seus processos e a ampliarem seus mercados. É uma ótima oportunidade também para fazer contato com outros fornecedores e trazer produtos diferentes para as obras que são realizadas no Brasil. Hoje importar pode ser uma boa opção porque há preços bastante competitivos no mercado”. Além de participar da feira, o grupo catarinense esteve em Masdar City para acompanhar as obras da cidade sustentável que está sendo planejada para receber cerca de 40 mil habitantes e mais de mil empresas de tecnologia limpa. O empreendimento já abriga um parque de energia solar com 87 mil placas fotovoltaicas que geram 10 megawatts e nos próximos anos deve ser instalado um segundo parque para a geração de 100 megawatts de energia. “Eles estão construindo na cidade o Instituto Masdar de Ciência e Tecnologia, uma universidade especializada em desenvolver tecnologias limpas. A instituição está sendo construída em parceria com o Massachussets Institute of Technology dos Estados Unidos. A ideia deles é que a universidade seja uma das principais no mundo em pesquisas sobre sustentabilidade”, afirma Pinheiro.


Nivaldo Pinheiro e comitiva da FIESC

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Pavilhão Brasil Além da comitiva da Fiesc, outro grupo de empresários brasileiros também esteve na Big Five. Organizados pela Apex, eles participaram do Pavilhão Brasil da Big Five e apresentaram seus produtos e serviços para o mercado árabe. Entre as empresas expositoras estava a Itagres de Tubarão (SC) que apresentou seus lançamentos em mármores polidos e retificados de alto brilho e em revestimentos. “A Itagres participa da Big Five desde 2006 e esse tem sido um importante evento para a demonstração de nossos produtos, para a abertura de novos mercados e para a escolha de potenciais distribuidores dos materiais da Itagres na região”, avalia Camila Mesquita, do departamento de marketing da empresa. No Pavilhão Brasil além de expor seus produtos, as empresas brasileiras participaram também de uma rodada de negócios com 150 empresários árabes selecionados pela organização do evento. “A feira tem se revelado uma excelente oportunidade para os empresários brasileiros interessados em expandir os negócios neste setor. Sabemos que os empresários emiráticos estão interessados no Brasil e que há um empenho do departamento econômico em promover Dubai como um polo comercial para mercados vizinhos, com potencial de atender cerca de 1,3 milhão de pessoas, além de apresentar facilidades em infraestrutura e no próprio sistema financeiro”, avalia Michel Alaby, diretor – geral da Câmara de Comércio Árabe- Brasileira. Apesar da constante participação de marcas brasileiras na Big Five, Nivaldo Pinheiro avalia que ainda há espaço para que mais empresas do setor exponham seus produtos no evento. O empresário destaca que só a Itália teve mais de 300 expositores em seu pavilhão, enquanto o Brasil teve 22. “Mesmo com a crise, os Emirados Árabes continuam construindo e o padrão deles é alto com projetos ousados, que contemplam tanto o aspecto visual quanto o uso de tecnologia de ponta. Para o setor da construção civil foi uma excelente oportunidade para fazer contatos, eu só espero que no ano que vem tenha mais empresas brasileiras expondo seus produtos”., sustenta. 36

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Masdar

City

A iniciativa vai abrigar 40 mil habitantes e 1,5 mil empresas de tecnologia limpa, além do já operante Masdar Institute of Science and Technology, uma universidade com foco em pesquisa e inovação, desenvolvida em cooperação com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Imperial College. Todas as ruas de Masdar contarão com prédios projetados em ângulos que facilitam a criação de sombras e ajudam na manutenção de uma temperatura agradável. A cidade estará livre de consgestionamentos - o sistema de transporte, todo elétrico, vai operar no subsolo. Também será instalada, na região, a sede da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) que hoje funciona em Abu Dhabi. O Emirado planeja suprir 7% de suas necessidades energéticas com fontes renováveis em apenas uma década. Há dois anos em construção, sob tutela da firma Foster & Partners, e orçada em 22 bilhões de dólares, Masdar City deverá ser concluída em 2016. CONSTRUINDO SANTA CATARINA

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Poder Público

investe em

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prefeitura de Biguaçu está realizando uma série de obras estruturais para evitar enchentes e inundações na cidade. Estão sendo investidos R$ 33 milhões para a construção de um Sistema de Macrodrenagem Urbana para drenar e canalizar as águas das chuvas para o mar e para o rio Biguaçu. Um projeto que irá beneficiar moradores de diversos bairros do município como Jardim São Miguel, Centro, Carandaí e Bom Viver. Os recursos vêm do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “A macrodrenagem é muito importante para a cidade. Serão feitas galerias para o escoamento das águas da chuva além de travessias e pontes em quatro bacias hidrográficas do município. A obra começou a ser feita em janeiro de

Município da Grande Florianópolis realiza obras de macrodrenagem e saneamento, num total de quase R$ 100 milhões de recursos obtidos junto a organismos federais .dtL derauqS oG 8002 ©

2012 e será realizada em dois anos”, afirma José Castelo Deschamps, prefeito de Biguaçu. Além da macrodrenagem, para evitar as enchentes são necessários ainda a dragagem do rio Biguaçu e a construção de molhes no local. Para a execução das obras são esperados mais de R$ 19 milhões oriundos do PAC 2. A prefeitura já abriu licitação para os projetos e espera em breve dar início as obras. “A dragagem do rio e a construção dos molhes são uma segunda etapa no processo de macrodrenagem urbana. Elas vão garantir que a água das chuvas tenha uma vazão mais rápida para o mar e para o rio. Essas são obras estruturais que precisam ser feitas no município”. Um outro projeto que deve sair do papel em breve é o de tratamento de esgoto em Biguaçu. Um convênio da pre-

feitura firmado com a Casan dará início às primeiras obras de esgoto sanitário no município. Serão investidos cerca de R$ 45 milhões, recursos vindos do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal por meio do Programa Saneamento para Todos. Do valor total, cerca de 60% será utilizado nas obras de saneamento básico e os 40% restantes deverão ser utilizados pela Casan para melhorar e ampliar o sistema de abastecimento de água no município. “Hoje nós não temos tratamento de esgoto em Biguaçu. Mas vamos conseguir mudar isso com essas obras de esgoto sanitário. A meta é que esses sistemas que serão construídos consigam fazer o tratamento de 50% do esgoto gerado na área urbana do município”, explica o prefeito. Em 2012, também estão previstas mudanças no Plano Diretor do Município. A prefeitura deve encaminhar para a Câmara de Vereadores um novo projeto até a metade do ano. A proposta, segundo Deschamps, é pensar em obras para a orla marítima do município. “Pretendemos definir como iremos revitalizar os 15 quilômetros da orla que temos e definir como ficará a construção de piers no local, que áreas serão destinadas para prática de lazer e como se dará a utilização do local para a maricultura. Além disso, queremos fazer o engordamento da faixa de areia da praia em cerca de 200 a 300 metros”, diz.

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Poder Público

Saúde © 2008 Go Squared Ltd.

O Hospital Regional de Biguaçu deve ser inaugurado ainda este ano. A obra está 90% concluída e terá capacidade para 131 leitos. A unidade está sendo construída com recursos do município, do estado e da Organização Mundial da Família, entidade que foi criada pelas Nações Unidas durante a Segunda Guerra Mundial e hoje atua em mais de 27 países. O hospital terá maternidade, centro cirúrgico e UTIs para atendimento de crianças e adultos. “A construção do hospital foi feita com material pré-fabricado que foi enviado pela Organização Mundial da Família. Faltam agora algumas adaptações no entorno da área para que ele seja inaugurado”, afirma o prefeito. O município também tem investido no atendimento pré-hospitalar. Em fevereiro, a prefeitura inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Fundos. O local funcionará 24 horas por dia e irá oferecer atendimento médico de emergência a adultos e crianças. “O investimento para a obra veio do governo federal através do Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa unidade vamos triplicar a nossa capacidade de atendimento”, explica Deschamps.

Prefeito José Castelo Deschamps

Taxa zero Nós entendemos que é preciso ter um aeroporto no continente e hoje o único local disponível para receber aviões é em Tijucas.É inadmissível pensar só em aumentar o aeroporto Hercílio Luz em Florianópolis se não é possível ampliar os acessos ao local. Hoje só há uma estrada que leva até ao aeroporto

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Os moradores de Biguaçu não precisam mais pagar pela taxa de coleta de lixo. Um acordo firmado entre a prefeitura e a empresa ProActiva, responsável pelo aterro sanitário que funciona no município, isenta o contribuinte de Biguaçu a pagar a contribuição. A partir deste ano, a prefeitura cobrará da ProcAtiva um valor de R$ 5 pela tonelada de lixo trazida de fora do município para o aterro, um valor que irá bonificar o lixo gerado na cidade. “A prefeitura não perdeu receita, porque o valor agora pago pela empresa equivale ao que antes era cobrado do contribuinte. No carne do IPTU deste ano já vem escrito lixo zero”, comenta Deschamps. Além de obras estruturais no município, o prefeito de Biguaçu considera que é fundamental pensar em novos projetos para a região metropolitana da Grande Florianópolis. Deschamps e mais um grupo de 10 prefeitos de cidades do Vale do Rio Tijucas têm se mobilizado para construir um aeroporto no município de Tijucas. “Nós entendemos que é preciso ter um aeroporto no continente e hoje o único local disponível para receber aviões é em Tijucas.É inadmissível pensar só em aumentar o aeroporto Hercílio Luz em Florianópolis se não é possível ampliar os acessos ao local. Hoje só há uma estrada que leva até ao aeroporto”, afirma. Deschamps também tem trabalhado para que seja construído um rodoanel a partir do km 175 da BR- 101 em Biguaçu até o km 222 em Palhoça. Uma obra que estava prevista para ser executada quando foi feita a duplicação da BR-101, mas que até agora não saiu do papel. “Nós estamos sensibilizando a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) para que essa obra saia o mais rápido possível. A empresa que ganhou a concessão do pedágio nesses quilômetros é obrigada a construir esse contorno viário, mas até agora não começou a fazer a obra. Biguaçu, São José, Florianópolis e Palhoça são cortadas pela BR-101 e precisam do rodoanel para melhorar a mobilidade urbana”, diz.

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Governo | Novo Código Florestal

Regras diferenciadas para áreas urbanas no Código Florestal © 2008 Go Squared Ltd.

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objetivo das lideranças catarinenses é derrubar percentual mínimo de área verde em construções e preservação de matas em margem de rios em áreas urbanas. Nas cidades, o Plano diretor deve estabelecer as regras para a utilização sustentável e adequada dos espaços. A presidente Dilma Roussef, após tramitação e votação prevista para março na câmara, deverá sancionar o projeto que define o código florestal brasileiro. Em Santa Catarina e em outros estados do Brasil, organizações da indústria e construção civil, entre outros, têm feito lobby para excluir do Código Florestal dispositivos que prevêem a proteção de vegetação em áreas urbanas. O código voltou à Câmara depois de alterado pelo Senado para votação final. O movimento favorável às alterações, tem o apoio de vários líderes, inclusive de setores do próprio PT. Representantes da CNI (Confederação Nacional da Indústria) pediram ao relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que suprima dois pontos do substitutivo do Senado. A CBIC (Câmara Brasileira da

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Indústria da Construção), principal entidade da construção civil, quer modificar um terceiro ponto. Os deputados podem acatar as modificações do Senado, suprimi-las ou rejeitá-las em favor do texto original aprovado por eles em 2011. Um dos pontos contestados estabelece um percentual mínimo de 20m² de área verde por pessoa nas expansões urbanas. A CBIC considera essa cifra inaceitável porque manter vegetação aumenta o preço da terra uma vez que novos empreendimentos precisariam de áreas maiores. Num momento em que o mercado da construção civil se volta para a periferia das grandes cidades, em parte com financiamento público (via Minha Casa, Minha Vida), o setor teme prejuízo aos negócios com o código. Já a CNI se opõe a dois parágrafos do texto que estabelecem percentuais mínimos de preservação em matas ciliares em área urbana. Segundo Cláudio Brandão Cavalcanti, do setor de assuntos legislativos da CNI, esse assunto é competência dos municípios, através dos respectivos planos diretores.

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CNI e CBIC defendem alterações no texto que será votado pela Câmara dos Deputados O temor da indústria é que o Ministério Público comece a propor ações para tirar fábricas de beira de rio. Paulo Piau já sinalizou que acolherá as demandas. Representantes da indústria citam o apoio dos petistas Cândido Vaccarezza (SP), líder do governo, e Carlos Zarattini (SP). Como o governo não tem posição fechada, ainda será possível corrigir distorções que venham a implicar em futuros entraves ao desenvolvimento das cidades. Com a segunda votação já marcada no plenário da Câmara para o dia 6 de março, o texto seguirá para assinatura da presidente Dilma Rousseff após sua aprovação pelos deputados.


Campo e cidade são coisas diferentes O projeto do novo Código Florestal que chegou ao Congresso em maio de 2011 propunha alterações na lei ambiental que deveriam ser aplicadas da mesma forma no campo quanto na cidade. Entre as medidas propostas estavam a de exigir que os 15 metros em torno das margens de rios e cursos de água deveriam ser preservados em zonas rurais e urbanas. Uma proposta interessante, mas que segundo o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, é difícil de ser aplicada nas cidades principalmente naquelas em que já há um grande adensamento urbano e as áreas em torno dos rios estão ocupadas há anos. Atentos às discussões que estavam sendo feitas no Congresso, o Sinduscon da Grande Florianópolis e entidades do setor imobiliário como Sindimóveis, Secovi e Creci de Santa Catarina resolve-

ram se unir para juntas sensibilizar os parlamentares sobre a necessidade de legislações ambientais diferentes para o campo e para a cidade. “Nós percebemos que o código seria desastroso para o setor imobiliário e procuramos alguns deputados e senadores para falar sobre as dificuldades que o setor enfrentaria com a aprovação do projeto. Nós entendemos que é preciso separar os assuntos. O campo e a cidade tem uma dependência um do outro, mas não na questão ambiental. Não há como tratar o rio da cidade da mesma forma que o rio que há no campo. Nas zonas rurais ele está intacto e na cidade já está poluído”, avalia Helio Bairros. Outro ponto que o setor considera polêmico é o que limita o crescimento das cidades. “Nós entendemos que as cidades terão problemas sérios com o cres-

cimento em áreas novas porque terão dificuldades em transformar áreas rurais em áreas urbanas. Será preciso otimizar os espaços hoje ocupados nas cidades e os planos diretores dos municípios precisam estar atentos a essas mudanças”, avalia o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis. O projeto do novo código florestal ao passar pelo Senado em novembro de 2011 sofreu mudanças e algumas emendas no texto separam as questões ambientais do campo e da cidade. Pela proposta que segue para a Câmara dos Deputados cada município através de seu plano diretor é quem irá definir qual é o afastamento dos cursos de água que deve ser respeitado pelas edificações. O projeto volta agora para a Câmara de Deputados para ser rediscutido e depois será encaminhado para sanção presidencial.

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Governo | Financiamentos

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Banco do Brasil reforça crédito imobiliário Instituição pretende ser a terceira do país em financiamento para moradia até o fim de 2013

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Banco do Brasil (BB) pretende reforçar a concessão de crédito imobiliário em 2012. O banco deve fechar 2011 com um estoque de R$ 7,7 bilhões em financiamento de imóveis, o que representa um aumento de 126% em relação aos R$ 3,4 bilhões de dezembro de 2010. Segundo o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Caffarelli, ainda existe uma margem de R$ 5 bilhões para aumentar esse valor com recursos da poupança, podendo passar de R$ 12 bilhões em 2012. O Banco do Brasil passou muitos anos sem ter financiamento imobiliário e ainda tem margem para crescer. Como o país tem um déficit de 8 milhões de famílias sem casa própria, e o BB conquistou a quinta posição em financiamento imobiliário no país, ultrapassando o HSBC, e atrás da Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco, a expectativa do banco é passar para a terceira posição até o fim de 2013. Em 2011, o banco atingiu a marca de 57 milhões de clientes. Segundo Caffarelli, 18 milhões têm cadastro pré-aprovado, dos quais 13 milhões têm propensão a tomar crédito. No

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entanto, apenas 5 milhões tem operações com o BB. Entre algumas razões para uma adesão ainda baixa estão a falta de informação sobre os programas e as taxas praticadas pelo banco e o atendimento. Para suprir essa questão, a estratégia estabelecida pelo banco é focar mais no relacionamento com seus atuais clientes, criando uma espécie de “fidelidade”. O foco não estará na aquisição de novos clientes. O crédito imobiliário é o maior produto fidelizador. Ao adquirir um financiamento para a compra da casa própria o cliente chega a ficar mais de 20 anos ligado ao banco por uma única operação. Além do crédito ao comprador, o vice-presidente disse que o banco também começa a ampliar a concessão de financiamentos a construtoras, que atualmente representam apenas 20% do valor operacionalizado. Segundo ele, 2,3 mil construtoras já estão cadastradas e 800 têm limite de crédito. Para justificar o potencial de aumento dos empréstimos nessa área, Cafarrelli diz que o banco tem mostrado aos clientes “agilidade e velocidade na liberação de crédito imobiliário”.


Letra de crédito imobiliário é um investimento atraente

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m papel de menor liquidez, mas com bom rendimento, isenção de imposto de renda e baixo risco. São as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que vêm conquistando espaço na carteira de investimento dos clientes de alta renda. O produto, ofertado pelos bancos privados, é uma importante alternativa de diversificação. Bancos já oferecem LCIs com aplicação mínima de R$ 30 mil. É o caso do Banco Santander, que passou a oferecer este ano os papéis no varejo. Na Caixa Econômica Federal, a aplicação mínima é de R$ 50 mil. Em um momento de aquecimento do mercado de imóveis, a tendência é de crescimento da carteira de crédito imobiliário dos bancos e, consequentemente, de emissões deste tipo de papel. Para atender a demanda dos compradores de imóveis, instituições financeiras precisam de recursos, e uma das fontes de captação, além

Aplicação mínima no papel é de R$ 30 mil, com prazo para resgate que varia de 60 a 180 dias e isenção de IR da poupança, são as LCIs. No Santander, os papéis têm prazo mínimo de 180 dias para resgate. Na Caixa Econômica, o prazo para resgate da aplicação é ainda menor, de 60 dias. Lastreados em Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), o maior diferencial do título com relação ao Certificado de Depósito Interbancário (CDB) é que oferece isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. No caso de pessoa jurídica, quanto maior o prazo de aplicação, menor é a alíquota do imposto, que pode chegar a 15% após 720 dias na Caixa. A operação das LCIs é simples, semelhante à do CDB: o banco remunera o investidor, já com taxa líquida do Imposto de Renda. Outras aplicações, como o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIS), além de mais complexas, têm menor liquidez. Portanto, os CRIs são mais arriscados que as LCIs. Além da bai-

xa liquidez, o risco de inadimplência é mais alto, pois o investidor não se torna credor do banco, mas de quem financiou o imóvel, indiretamente, via securitizadora. Se os devedores finais forem pessoas físicas,o risco é ainda maior. Na hora de investir em LCIs, é importante conhecer o perfil da carteira de crédito da instituição escolhida. Grandes bancos, além de terem mais rigor no crédito concedido, tem carteira mais pulverizada entre milhares de clientes e empreendimentos, o que ameniza riscos para o investidor. Os papéis têm garantia de R$ 70 mil investidos, a mesma segurança oferecida no CDB e na poupança pelo Fundo Garantidor de Crédito. Na Caixa, a transferência de titularidade e agência e conta da aplicação podem ser feitas a qualquer momento. O investimento também pode ter garantia pessoal, como fiança.

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Qualidade e rapidez nas obras de pequeno a grande porte.

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Referência no mercado catarinense, no segmento de Gestão de Obras, a Catalusa executa seus serviços de forma diferenciada e objetiva, dando a seus clientes menores prazos e descontos na aquisição de materiais. Veja por que a Catalusa é a melhor escolha para a sua reforma: - Velocidade e qualidade para sua obra. - Disponibilidade de trabalhos noturnos e aos fins de semana. - Seu estabelecimento não precisa ficar fechado durante o serviço. - Profissionais altamente treinados e uniformizados. - Rápido atendimento para as suas solicitações. - Ampla experiência em reformas de clínicas, laboratórios e ambulatórios.

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Presidente da CDIC © 2008 Go Squared Ltd.

À

quer ampliar

frente da Câmara de Desenvolvimento da Construção Civil da Fiesc (CDIC), Nivaldo Pinheiro tem como meta trabalhar para ampliar a qualificação dos profissionais da construção civil do Estado nos próximos anos. Para isso considera fundamental aumentar o número e a capacidade de atendimento das escolas de formação da construção civil. “A nossa proposta é cada vez mais levar para os canteiros de obras serviços de qualificação profissional e de assistência médica e odontológica para que os trabalhadores possam, mesmo durante o expediente, se capacitar e cuidar da saúde”, afirma. O presidente da CDIC adianta que, em 2012, quatro unidades móveis do Senai irão percorrer todo o Estado oferecendo cursos de capacitação para pedreiros, pintores, instaladores elétricos e mestres de obras. “O ano passado o Senai trabalhou para a construção das unidades móveis e, neste ano, a entidade começa a trabalhar para a construção das unidades físicas. Essas escolas serão uma oportunidade ímpar para que as empresas catarinenses treinem seus funcionários e melhorem seus processos produtivos”, diz. Além de novas unidades de capacitação, o presidente da CDIC considera que é preciso ampliar o acesso das empresas do setor às unidades de atendimento odontológico do Sesi. “Ao cuidarem de sua saúde no próprio local de trabalho, os funcionários se sentem melhor, querem permanecer na empresa que trabalham e isso diminui a rotatividade no setor. Na Procave nós temos uma experiência muito boa com uma unidade móvel do Sesi especializada em atendimento odontológico. Quando nós levamos a unidade para o canteiro de uma obra em Itajaí nosso planejamento era que ela ficasse lá por três meses. Mas a procura foi tão grande que tivemos que renovar o contrato por mais três meses para que eles pudessem atender todos os funcionários”.

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qualificação

profissional

Nivaldo Pinheiro pretende levar escolas da construção móveis para os canteiros de obras e fornecer assistência médica e odontológica aos trabalhadores O empresário considera também fundamental retomar as discussões sobre a reciclagem de resíduos da construção civil no Estado. Ele cita o caso de Balneário Camboriú que tem uma central de tratamento de resíduos da construção como um bom exemplo que precisa ser seguido por outros municípios. “Eu posso estar na minha obra fazendo toda a separação correta dos resíduos, mas se não tiver um destino final que eu possa enviar o material para a reciclagem fica difícil resolver essa questão. É preciso criar espaços de triagem e reciclagem dos resíduos e para isso o poder público e as entidades da construção civil precisam se mobilizar. Essa é uma questão que terá que ser melhor debatida com o setor e termos que encontrar soluções a curto prazo”. Mesmo com a atual crise na Europa, o empresário avalia que a tendência é que o setor da construção civil no Brasil não seja influenciado pelos altos e baixos da economia. “É claro que o que acontece nos outros países pode aumentar ou não o nível de confiança das pessoas e dos empresários do setor. O que nós temos percebido é que a influência é pequena. O que tem acontecido nos últimos três anos na construção civil é que ela cresceu muito de forma até um pouco desordenada. A tendência é que nós tenhamos um pouco mais de estabilidade, mas acreditamos que não deverá haver nenhum tipo de redução no número de obras”.

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Perfil

Garantia de qualidade

incluindo, além dos critérios de qualidade, a preocupação com a sustentabilidade”. Para Mário Augusto, tratar cada cliente de forma única e diferenciada é um dos fatores de sucesso da Q-ISO. “Temos clientes com cinco profissionais em sua equipe e outros que contam com mais 800 profisom clientes em Santa Catarina, sionais. Ou seja, dificilmente conseguiríaParaná e Rio Grande do Sul, a Q-ISO mos sucesso sem personalizar o sistema Consultoria presta assessoria a em- de gestão de acordo com as condições do presas que buscam ampliar a abrangência cliente. Nossa atuação é no sentido, antes de suas certificações, principalmente a de tudo, de entender as necessidades ISO-9001 e o Programa Brasileiro da Quali- específicas e depois discutir e implemendade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). tar um sistema que seja adequado a cada Em Santa Catarina, os clientes fazem parte demanda particular”, afirma. do setor da construção civil, incluindo Especialista em certificações, Mário infraestrutura viária (rodovias e ferrovias), Augusto enxerga novas demandas no e também da indústria de plástico. A maior mercado além das usuais PBQP-H e ISO parte deles é da região da Grande Florianó- 9001. “A sustentabilidade em obra permite polis e do Vale do Itajaí. que as construtoras busquem certificação “Em seus 15 anos de existência, a Q-ISO Consultoria conquistou mais de 100 clientes de diversos ramos de atuação. No caso da construção civil, temos hoje 25 clientes”, diz Mário Augusto Almeida da Silva, diretor da Q-ISO. Entre os clientes estão a Álamo, Hantei, Mima, Base, Embraed, Arthur Silveira, Edificart e Queiroz Mello. Segundo Mário Augusto, apesar de o PBQP-H e a ISO 9001 serem os principais produtos da Q-ISO, a “necessidade de as empresas ampliarem a abrangência de suas certificações faz com que busquem aquelas de sistemas de gestão integrados,

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de sua gestão ambiental de acordo com a ISO 14001. Já a certificação de saúde e segurança do.dttrabalho, a OHSAS 18000, L derauqS oG 8002 © exige, por exemplo, redução dos riscos de acidentes e consequentemente diminui custos com seguros”. Com relação a melhoria dos projetos, explica Mário Augusto, a Eletrobras e o Inmetro contam com o selo Procel para casas e prédios. As moradias são classificadas com letras, sendo A o grau mais eficiente de consumo de energia e E o menos eficiente. “O selo permite à construtora demonstrar sua preocupação com o meio ambiente, considerando os aspectos de consumo significativo de energia elétrica, desempenho térmico de fachadas e coberturas e iluminação e ventilação naturais, além da eficiência do sistema de aquecimento de água”, conclui.

Mário Augusto Almeida da Silva - Diretor da Q-ISO.

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Industrializar processos reduz déficit de mão de obra © 2008 Go Squared Ltd.

:: Tubarão :: José Sylvio Ghisi

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alta de mão de obra e empreendimentos clandestinos são os dois maiores problemas no setor da construção civil de Tubarão no momento, de acordo com o presidente do Sinduscon local, o empresário José Sylvio Ghisi. “Existem, atualmente, cerca de 10 grupos na cidade, entre pessoas físicas e empresas que não pertencem ao setor, construindo prédios clandestinos e sonegando impostos. Já levantamos documentos e fizemos denúncia, no fim de fevereiro, ao Ministério Público, Receita Federal, secretaria da Fazenda e prefeitura”, afirma Ghisi. Segundo ele, o esquema funciona da seguinte forma: a obra é realizada como se fosse um condomínio a ser habitado pelo grupo que a está construindo, o que garante uma série de isenções fiscais. No entanto, em vez de construir para morar, o grupo faz uso de laranjas para vender as unidades a preço de mercado e sem escritura pública quando o empreendimento é concluído. O próprio grupo faz o financiamento dos imóveis aos clientes. “Já ouvi caso em que o comprador havia pago praticamente todo o valor negociado, cerca de R$ 200 mil, quando lhe pediram mais R$ 100 mil e ele teve que aceitar para não perder o dinheiro já desembolsado”, conta Ghisi. De acordo com o dirigente, a fraude começou a ser realizada na cidade há cerca de dois anos. Outro problema do setor em Tubarão – esse mais crônico – é a falta de mão de obra. Ghisi conta que, embora existam trabalhadores nordestinos sendo empregados por construtoras da cidade, o número é pequeno e não supre a demanda. “Somos uma cidade de médio porte, com 100 mil habitantes, em meio a municípios ainda menores, com 20 mil a 30 mil moradores. Então é difícil atrair esses trabalhadores, que preferem centros maiores”, explica o empresário. Por causa da carência de mão de obra, os salários no setor aumentaram cerca de 20% 54

nos últimos dois anos, estima Ghisi. Ele diz que uma novidade relativamente recente na cidade são os “italianos”, ou seja, os brasileiros que moraram anos na Itália, alguns mais de uma década, e agora estão voltando ao Brasil por causa da crise na União Européia. “Na minha empresa tenho hoje cerca de 10 ‘italianos’ e 30 nordestinos”, afirma Ghisi. A diferença, diz o presidente do Sinduscon, é que os “italianos” estão acostumados a trabalhar dentro do sistema europeu, muito mais industrializado que o brasileiro. “Nosso sistema ainda é muito artesanal. Por exemplo, já exis-

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tem máquinas de reboco disponíveis no país, mas o setor ainda prefere fazer o reboco da forma tradicional, com a colher. Máquinas e equipamentos como gruas e escoras metálicas são comuns na Alemanha, Itália e outros países da Europa. O serviço que fazemos aqui com 60 pessoas, eles fazem lá com apenas 15”, conta Ghisi, que vê na industrialização da construção civil brasileira uma saída para o problema da falta de mão de obra.

Somos uma cidade de médio porte, com 100 mil habitantes, em meio a municípios ainda menores, com 20 mil a 30 mil moradores. Então é difícil atrair esses trabalhadores, que preferem centros maiores

- Syvio Ghisi


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Reeleito, Santos Leal quer inaugurar escola da construção © 2008 Go Squared Ltd.

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osé Carlos Santos Leal foi reeleito presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil dos Municípios da Foz do Rio Itajaí - Açu (Sinduscon Itajaí) em eleição realizada no dia 9 de fevereiro na sede da entidade. O empresário, que está em seu terceiro mandato, ficará no cargo até 2015. Além de Leal foram eleitos para o triênio 2012-2015, os empresários Verner Dietterle (primeiro vice-presidente), Flávio Mussi (segundo vice-presidente), João Bento Souza (terceiro vice-presidente), Nivaldo Pinheiro (quarto vice-presidente) e Sérgio Seixas (quinto vice-presidente). Leal tem como meta para os próximos três anos construir e inaugurar a Escola da Construção Civil de Itajaí, unidade de treinamento que está sendo feita em parceria com o Senai para formação de mão-de-obra para o setor e irá oferecer cursos de capacitação para pedreiros,

serventes, carpinteiros e pintores. “Precisamos ampliar a formação técnica dos trabalhadores e a Escola da Construção Civil ajudará muito nisso. Teremos uma unidade fixa em Itajaí que atenderá também os municípios de Navegantes, Penha e Balneário Piçarras”. Nos próximos anos, o empresário pretende também reestabelecer o diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil da região para que juntos eles cheguem a um acordo e assinem uma convenção coletiva que oriente as relações de trabalho entre empregador e empregado. “É um prejuízo para os trabalhadores da construção ainda não terem uma convenção que estabeleça, por exemplo, os reajustes que devem ser dados à categoria. Eu espero que nos próximos anos o sindicato dos empregados volte a discutir com a gente a convenção”. Leal também quer dar continuidade

Precisamos ampliar a formação técnica dos trabalhadores e a Escola da Construção Civil ajudará muito nisso - José Carlos Santos Leal

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:: Itajaí :: José Carlos Santos Leal ao trabalho que vem realizando para aumentar o número de associados à entidade. Hoje são cerca de 50 filiados e a expectativa do empresário é que nos próximos anos além de construtoras e empreiteiras, outras empresas do ramo como fabricantes de produtos para o setor da construção civil também se associem ao sindicato. “Para uma empresa que fabrique tintas, por exemplo, pode ser muito interessante participar do sindicato porque assim ela pode estreitar suas relações com as construtoras e essa aproximação pode fazer até com que ela incremente suas vendas”. Outra conquista de Leal durante os seis anos à frente da entidade foi sanar as dívidas do sindicato e pagar mais da metade da obra da sede do Sinduscon. “Hoje temos até um caixa no sindicato, uma reserva técnica que equivale a dez meses de contribuição sindical”, avalia o presidente.


Perfil

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Conhecer o que se faz é o grande negócio VKF Esquadrias conquista cada vez mais clientes em Blumenau e região com sua experiência no mercado de vidro e alumínio

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xperiência na área, rede de contatos e momento oportuno. Foram esses os fatores que levaram a VKF Esquadrias a crescer rapidamente no mercado de Blumenau e região. A empresa foi fundada em 2009 por Fagner Albino de Matos, responsável pela administração do negócio, Valmor Rubik, che-

Alexandre Kuhn, Diretor Comercial da VKF Esquadrias

fe da parte operacional, e Alexandre Kuhn, diretor comercial. “Dividimos as funções para que cada um de nós se encaixasse na empresa da melhor forma possível. O Fagner e o Valmor trabalhavam em uma empresa do ramo na cidade. Eu era representante comercial e técnico da Belmetal e fazia a região do Vale do Itajaí e Litoral Norte”, conta Alexandre. “Começamos justamente no ano em que as obras estavam a todo vapor e a mão de obra era escassa. Além disso, vínhamos de empresas conhecidas na região, o que também nos ajudou no início. Crescemos e nosso trabalho é reconhecido, mas sabemos que para realmente firmar nosso nome temos muito o que enfrentar ainda.” Para Alexandre, a principal dificuldade que uma empresa nova enfrenta no mercado é a conquista de clientes. “O mercado hoje é competitivo e torna-se difícil entrar nas construtoras que já têm parceria de anos com outras empresas do ramo. Por outro lado, isso faz com que nos dediquemos cada vez mais para destacar a VKF no mercado de alumínio e vidro e assim conseguir novos clientes e parceiros”, afirma. Apesar do pouco tempo de mercado, a empresa já mostrou competência técnica. Segundo Alexandre, de todas as obras realizadas, uma em especial pode ser destacada pelo alto grau de complexidade. “O edifício Professional Center, no bairro Jardim, região central de Blumenau, é um prédio comercial com esquadrias de alumínio, fachada estrutural glazing, vidro temperado e revestimento em ACM, que foi a parte mais difícil. Toda uma estrutura teve que ser criada para comportar esse revestimento. Quem conhecia o prédio anteriormente e o vê agora fica perplexo pelo que foi feito.”

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Hora de observar o comportamento do mercado © 2008 Go Squared Ltd.

O mercado estabilizou, está mais equilibrado, e este equilíbrio temos que buscar também na área de oferta de mão de obra e materiais - Carlos Haacke

:: Balneário Camboriú :: Carlos Haacke

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e 2010 para 2011, houve um aumento de cerca de 20% no volume em metros quadrados a serem construídos e que deram entrada para aprovação na Prefeitura de Balneário Camboriú. Em 2010, a metragem aprovada foi de 423 mil metros quadrados, contra 519,7 mil metros quadrados em 2011. Em 2009, foram mais de 1.200 milhões de metros quadrados aprovados, projetos estes que ainda estão em construção. Repetir este desempenho em 2012 não está previsto. Na avaliação do presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú, Carlos Haacke, o que se observa é uma intenção das empresas serem mais comedidas nos novos lançamentos. “Acredito que haverá menos lançamentos este ano, em relação ao ano passado. O momento é

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de observar o comportamento do mercado e comercializar as unidades em estoque”, explica. No balanço feito por Haacke, 2011 foi um ano muito bom para a construção civil, tanto em termos nacionais quanto locais. “Nos últimos anos, a indústria da construção tem crescido sucessivamente em volume de construção. Isso se deve ao próprio momento econômico que o país vive, como também aos incentivos governamentais com linhas de crédito especiais e redução tributária a vários insumos do setor. Agora, entramos em um momento em que o mercado estabilizou, está mais equilibrado, e este equilíbrio temos que buscar também na área de oferta de mão de obra e materiais”, afirma Haacke


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O ano só começa depois do Carnaval

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:: Lages :: Albraino da Silva Brazil Contamos com aproximadamente 45 associados, e estamos empenhados na obtenção de novos sócios - Albraino da Silva Brazil

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a região de Lages, na Serra catarinense, o ano de 2012 começou devagar. Segundo Albraino Brazil, presidente do Sinduscon de Lages, os investimentos e novos projetos estão em ritmo cauteloso, desacelerado. Hoje já se sente um equilíbrio na oferta de mão de obra qualificada, e até uma facilidade se observa no preenchimento de vagas para trabalhadores nas funções mais simples. O fim de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, do governo federal, colaborou para a situação. No entanto, após o Carnaval, Albraino Brazil acredita que aconteça uma retomada e a economia volte a se dinamizar. “Contamos com aproximadamente 45 associados, e estamos empenhados na obtenção de novos sócios, que contribuam para o fortalecimento do empresariado na defesa de seus mais legítimos interesses”, diz Albraino.

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Euforia do mercado joga contra a qualidade © 2008 Go Squared Ltd.

Uma certa desaceleração, pode ser importante para que o mercado volte a ter um equilíbrio entre a oferta e a procura

:: São Miguel do Oeste :: Ivo Bortolossi

O que é o PDA? O Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem o objetivo de ampliar a representatividade e a sustentabilidade dos sindicatos industriais, por meio de uma atuação integrada das entidades do Sistema FIESC. Os projetos desenvolvidos no âmbito do PDA visam modernizar os sindicatos e fortalecer sua capacidade de ofertar produtos e serviços que proporcionem ganhos de competitividade para as indústrias. Linhas de ação Com base nas melhores práticas de associativismo, e para enfrentar de forma direta o desafio de ampliar a representatividade e a sustentabilidade dos sindicatos, os projetos do PDA estão estruturados em duas linhas: modernização sindical e fortalecimento empresarial.

- Ivo Bortolossi

Modernização Sindical A linha de Modernização Sindical visa proporcionar aos sindicatos melhores condições para se relacionar com sua base industrial. Esta linha, composta por uma série de projetos, subdivide-se em três áreas: Capacitação • Aprimorar habilidades de liderança e negociação, entre outras. • Fomentar a cultura do associativismo. • Subsidiar o processo de profissionalização da gestão sindical.

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lguns fatores em 2011 foram determinantes para dificultar a execução de empreendimentos na construção civil, com a qualidade desejada. Uma certa euforia do mercado, sempre com necessidade de mais lançamentos, contribuiu para dificultar a manutenção da qualidade construtiva absolutamente dentro dos padrões adequados. O presidente do Sinduscon, Ivo Bortolossi, vem trabalhando com a colaboração de toda a diretoria, para conseguir superar as dificuldades regionais e garantir a execução de projetos de forma que atendam todas as exigências técnicas. Para qualificar a mão de obra, existe iniciativa em desenvolvimento, via CDIC (Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção) para viabilizar cursos junto ao SENAI com valores subsidiados,

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facilitando às empresas a inclusão de seus colaboradores, utilizando, no segundo semestre, o caminhão-escola, já disponível no Estado. “Uma certa desaceleração, pode ser importante para que o mercado volte a ter um equilíbrio entre a oferta e a procura, tanto de suprimentos de materiais quanto na disponibilidade de mão de obra adequada, considerando que a expectativa para 2012, é de que os demais fatores como nível de emprego, financiamentos, crescimento da economia e investimentos no setor não sejam prejudicados”, afirma o presidente. Ivo Bortolossi destacou, ainda, a aplicação do Plano de Desenvolvimento Associativo (PDA), que apresentamos a seguir, visando atender aos mais importantes objetivos dos Sindicatos.

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Planejamento e Gestão • Desenvolver softwares para a gestão sindical. • Estimular o planejamento estratégico dos sindicatos. • Otimizar arrecadação das contribuições sindicais. Marketing Associativo • Promover maior aproximação entre o Sistema FIESC e as empresas. • Sensibilizar as empresas para a importância do associativismo e estimular sua participação em temas relevantes. • Criar novos canais para divulgação das ações e serviços do sindicato. Fortalecimento Empresarial Esta linha envolve projetos que podem, com a participação dos sindicatos, propiciar ganhos de competitividade para a base industrial. Objetivos • Oferecer às empresas serviços que atendam suas necessidades e as atraiam para a base de associadas. • Estruturar redes de parcerias e de informações estratégicas.


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Expectativa de um bom ano na região Norte

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região de Joinville, também se beneficia com o bom momento da economia brasileira. A Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, o incentivo para a área habitacional, o desenvolvimento industrial regional (como o exemplo da 2ª fase da GM), a forte contribuição do setor de Serviços, a implantação da UFSC na cidade, tem proporcionado um crescimento do poder aquisitivo da classe média. A estimativa é de que o setor da construção civil continue crescendo e que 2012 seja tão bom quanto 2011. A expansão brasileira do setor no ano passado foi de 4,8%, já sobre uma base de crescimento elevada de 11,6% em 2010. “O alto padrão salarial dos profissio-

:: Joinville :: Luis Carlos Presente .dtL derauqS oG 8002 ©

nais da construção civil, as iniciativas de treinamento através do SENAI, o suporte assistencial através do Seconci e Plano da Unimed, além de cursos de segurança, tem proporcionado uma garantia de suprimento de mão de obra, compatível com as necessidades. A rotatividade é entre os empreiteiros do próprio segmento, por mudança de local das obras, sem perdas de profissionais já treinados”, afirma Luis C. Presente, presidente do Sinduscon de Joinville. “Observamos um salutar equilíbrio no mercado, mesmo com empresas de fora se instalando na região, em alguns casos trazendo seus próprios colaboradores, contribuindo para acelerar todo o sistema econômico do norte do Estado”, diz.

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Confiança na economia alavanca o setor © 2008 Go Squared Ltd.

O nível de confiança do brasileiro no futuro da economia continua alto e isso tende a alavancar o setor da construção civil. - Helio Bairros

:: Grande Florianópolis :: Helio Bairros

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expectativa é de crescimento para o setor da construção civil em 2012. O presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, avalia que se permanecer o atual cenário econômico, em que se registra aumento na oferta de crédito, tendência de queda na taxa de juros e inflação sob controle, esse será um ano bastante produtivo para a cadeia da construção civil. “O nível de confiança do brasileiro no futuro da economia continua alto e isso tende a alavancar o setor da construção civil. Está sendo esperado um aumento no volume total de crédito imobiliário na ordem de 30% a 35% em comparação com o ano anterior. Com mais dinheiro disponível para financiamentos, a tendência é que o setor continue aquecido”, afirma. Em 2011, segundo a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) as concessões de crédito imobiliário com recursos da caderneta

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de poupança chegaram a R$ 80 bilhões e para este ano a previsão é que sejam disponibilizados para financiamentos imobiliários mais de R$ 100 bilhões. “O setor da construção civil representa cerca de 5% do PIB brasileiro, mesmo se a economia encolher ou se mantiver estável a cadeia produtiva da construção deve se manter aquecida com o programa Minha Casa, Minha Vida e com investimentos vindos do exterior”, comenta o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis. Hélio Bairros avalia ainda que o crescimento do setor também está associado a uma mudança de comportamento do brasileiro. “O consumidor está cada vez mais procurando investir em imóveis porque essa é uma das aplicações que oferece maior rendimento no mercado. Enquanto quem investe em poupança tem um retorno de cerca de 7% ao ano quem investe em imóveis tem uma valorização de sua propriedade de cerca de 20% ao ano”.


Estrangeiros radicados no Brasil investem no mercado de imóveis Como uma segunda pátria, O Brasil se transforma em alternativa para investimentos imobiliários.

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ma excelente oportunidade para os empreendedores da Construção Civil, é a massa de estrangeiros que chegam ao Brasil buscando uma alternativa para fugir dos mercados em crise. São milhares de pessoas, vindas dos mais diversos paises, querendo encontrar melhores condições de vida. O mercado imobiliário que atualmente já opera em condições favoráveis, tem mais esta área para organizar em seus departamentos de Marketing e Comercial, visando atender a mais esta possibilidade, e planejar investimentos

considerando o potencial destes novos compradores. Empresas da área do Petróleo, da Tecnologia de Ponta, da Indústria Automobilística, de Máquinas e Equipamentos, etc., para garantir suas operações no país, tem que importar mão de obra especializada para completar seus quadros técnicos e operacionais. Tanto agora, quanto no futuro é necessário que este filão seja considerado no planejamento das empresas do setor. Sair na frente é um trunfo que sempre deve ser estrategicamente considerado.

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Empregos | Escolas | Cursos

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Vagas de trabalho pelo Estado

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partir desta nona edição, passaremos a informar para algumas regiões do Estado, alguns sites, endereços e/ou telefones, visando facilitar o encontro entre as partes interessadas, para atender a demanda dos trabalhadores por emprego, e das escolas que oferecem cursos para a formação profissional. Região de Florianópolis - O SENAI está disponibilizando um site, onde todos os alunos e ex-alunos, podem se informar sobre vagas disponíveis na sua região respectiva: www.senaimaiscompetitividade.com.br No site www.sinduscon-fpolis.gov.br, também é possível se cadastrar e concorrer a vagas disponibilizadas.

Região de Balneário Camboriú

(047) 33671234

www.sindusconbc.com.br

Região de Itapema

(047) 33686283

www.sindusconitapema.com.br

Região de Itajaí

047) 32410300

www.sindusconitajai.com.br

Região de Joinville

(047) 34252288

www.sinduscon-joinville.org.br

Região de Brusque

(047) 33550557

www.sindusconbq.com.br

Região de Blumenau

(047) 33399000

www.sindusconbnu.org.br

Região de Criciúma

(048) 3438-3104

www.sindusconcriciuma.com.br

Região de Chapecó

(049) 3322-5958

www.sindusconchapeco.com.br

Região de Jaraguá do Sul

(047) 32757050

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Histórias de Vida

Haitianos em busca da redenção © 2008 Go Squared Ltd.

Inbrasul contrata e treina 17 imigrantes do país do Caribe que estavam no Acre e eles se destacam nas obras em Navegantes

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casal de haitianos Josias Mirvil e Genica Thelemaque decidiu vir para o Brasil em busca de uma vida melhor. A cidade em que moravam foi devastada, em 2010, pelo maior terremoto registrado no Haiti quando mais de 500 mil pessoas ficaram desabrigadas. Eles chegaram ao Brasil como ilegais e, no Acre, tentaram regularizar sua situação e encontrar um emprego. Passaram por muitas dificuldades até que fossem contratados por uma empresa brasileira. A história do casal e dos mais de quatro mil haitianos que vieram morar no Brasil, nos últimos anos, sensibilizou os proprietários da construtora e incorporadora Inbrasul de Navegantes. “A empresa tinha 20 vagas de trabalho em aberto há dois anos e não conseguia mão-de-obra em Navegantes para trabalhar. Ao assistir uma reportagem na televisão sobre os imigrantes haitianos, que vieram morar no Brasil, os proprietários da construtora se solidarizaram com a situação deles no Acre e resolveram trazê-los para trabalhar em suas obras em Santa Catarina”, afirma Geruza Paulina, corretora de imóveis da empresa. Karen e Alexandre Dias, proprietários da Inbrasul, entraram em contato com a 66

Secretaria de Assistência Social do Acre e viajaram até Brasileia, cidade que fica a mais de 200 km da capital Rio Branco, para conhecer os imigrantes. A princípio eles queriam contratar 10 trabalhadores, mas ao conhecer a realidade de vida deles resolveram oferecer emprego para 17 haitianos, entre eles Mirvil e Genica. Os imigrantes contratados já eram pedreiros, carpinteiros e serventes no Haiti e isso motivou a construtora a escolhê-los. Além disso, a Inbrasul optou por contratar trabalhadores que falavam outras línguas, além do francês e do dialeto local haitiano, o crioulo. Do grupo de 17 imigrantes, seis deles falam também espanhol e isso facilita a comunicação entre eles e os funcionários brasileiros. “As técnicas de construção no Haiti são diferentes das que são usadas no Brasil, por isso antes de começar a trabalhar eles passaram por um treinamento. Neste primeiro mês de trabalho, já é possível perceber no dia a dia que eles são muito esforçados e isso tem feito com que eles se destaquem nas obras”. Os imigrantes foram contratados pelo mesmo salário que a construtora paga aos funcionários brasileiros que desempenham a mesma função, cerca de R$

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950. Eles têm carteira assinada, plano de saúde e ainda contam com auxílio alimentação e moradia, benefícios que não dispunham quando trabalhavam no Haiti. “Todos eles estão morando em uma casa alugada pela construtora até que possam se instalar de fato na cidade. Genica é quem limpa e cozinha na casa”, afirma Gerusa. A maior parte dos trabalhadores tem entre 30 e 36 anos, deixou a família no Haiti e pretende enviar todos os meses parte do salário para ajudar os familiares no país. “Muitos saíram do Haiti depois do terremoto de 2010 e têm interesse em trazer toda a família para vir morar no Brasil, mas os custos das passagens são caros. Custam em média US$ 3 mil”. Essa foi a primeira vez que a Inbrasul contratou imigrantes para trabalhar em suas obras e segundo Gerusa se houver a necessidade de mão-de-obra, a construtora poderá empregar mais estrangeiros. “A princípio o nosso quadro de funcionários está completo, mas pela boa experiência que estamos tendo com os funcionários haitianos se precisarmos de mais gente poderemos contratar outros imigrantes”.


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Atrações Turísticas

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Itapema se destaca no verão 2012 Município litorâneo se consolida como o terceiro maior destino turístico de Santa Catarina 68

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O futuro está sendo construído no terceiro maior destino turístico de Santa Catarina. Com uma população fixa em torno de 48 mil habitantes, e que na temporada de verão pode chegar a 170 mil, Itapema é uma cidade que se destaca no litoral catarinense. Próxima a Balneário Camboriú e distante apenas 59 km de Florianópolis, pela BR-101 duplicada, Itapema possui uma orla de 14 km de praias de águas limpas. O município dispõe de um sistema privado de água e esgoto que está proporcionando um impacto positivo de ações sustentáveis na vida dos moradores. Ainda em implantação, o parque calçadão permite a todos, moradores e turistas, desfrutarem de uma temporada do mais alto padrão de conforto, de agito, badalação, gastronomia e saúde à beira-mar. Em toda a cidade, ainda com boa mobilidade urbana, lindos e modernos prédios se destacam na avenida principal e na região próxima às praias. Neste verão 2012, certamente, esta charmosa cidade vai deixar saudades para milhares de turistas. Há obras em que o conceito de sustentabilidade está nos detalhes, com áreas internas projetadas para receber o máximo de luz natural; cozinha equipada com coletor de óleo para evitar o despejo na rede de esgoto, e há ainda condomínios que são beneficiados por meio de placas que alimentam o sistema implantado para o aquecimento da água da piscina e de dentro dos apartamentos, o que gera economia na utilização de energia.

Em toda a cidade, ainda com boa mobilidade urbana, lindos e modernos prédios se destacam na avenida principal e na região próxima às praias

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Atrações Turísticas

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A pequena Itália

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Quem percorre os caminhos do Sul descobre, nas dobras do interior e no povo ímpar que as habita, um jeito italiano que surpreende e agrada. Maior corrente migratória recebida pelo estado, os italianos representam quase 65% da população catarinense. Existem colônias italianas ao norte e oeste do estado, mas o principal e mais homogêneo reduto italiano de Santa Catarina fica no sul. Lá, degustar um bom vinho, comprar produtos caseiros, apreciar dialetos e canções tradicionais são prazeres simples que gratificam o visitante. Urussanga é a capital da “Pequena Itália”. Sede da Festa do Vinho é uma agradável cidadezinha, salpicada de casas coloniais e cantinas transformadas em simpáticos restaurantes

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caseiros. A réplica da “Pietá” de Michelangelo, doada pelo Vaticano e exposta no interior da Igreja Matriz, é outra atração da localidade. Em Orleans, o Museu ao Ar Livre preserva casas, engenhos e equipamentos dos primeiros imigrantes e a Via Sacra foi arrancada da rocha pelo escultor Zé Diabo. Em Nova Veneza, a atração é a antiga casa da Família Bratti, o mais excepcional conjunto arquitetônico feito em taipa de pedra da região. Complementam o circuito os municípios de Criciúma, Pedras Grandes, Treze de Maio, Sangão, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Siderópolis, Forquilhinha, Maracajá, Morro Grande, Meleiro, Turvo e Jacinto Machado. Jeitos e rostos de um mundo simples, com sabor italiano.


O santuário Nova Trento destaca-se por possuir o Santuário Santa Paulina, que tem a melhor opção para quem procura o turismo religioso. O Santuário é um parque ecológico, onde você pode durante todo o dia passear, rezar, contemplar a natureza através de flores, plantas, cachoeiras, animais, pássaros e belas trilhas. Em cada espaço você sentirá a presença de Santa Paulina, através dos marcos histórico dedicados a ela. Além é claro da acolhida e atendimento das Irmãzinhas da Congregação fundada por Santa Paulina. Mas foi a canonização de Santa Paulina que tornou Nova Trento

Cristo Luz

mundialmente famosa – por ser a primeira Santa do Brasil e a primeira de sua cidade de origem, Vígolo Vattaro, na Itália. Ela veio na primeira leva de imigrantes e viveu praticamente toda a sua vida na cidade, na localidade batizada de Vígolo, a 6 quilômetros do centro. Todos os meses, mais de 30.000 visitantes vão à Nova Trento, e especialmente a Vígolo, para rezar a Santa Paulina e agradecer por graças alcançadas. O Complexo também oferece ao devoto uma estrutura de qualidade, com inúmeros restaurantes, lojas e hotéis que possibilitam a todos aqueles que visitam o Santuário desfrutar de uma boa estadia.

Cristo Luz

O Complexo Turístico Cristo Luz nasceu da iniciativa de um empresário do ramo turístico de Balneário Camboriú, Mário Luiz Pretto, decidido a realizar uma nova atração turística na cidade, em parceria com o poder público. A inauguração do monumento foi realizada no dia 04 de outubro de 1997 e está localizado em um dos pontos mais altos de Balneário Camboriú, à 155 metros de altura. O monumento “Cristo Luz” possui 33 metros de altura, 22 metros de largura e pesa 528 toneladas. Foi esculpido de forma artesanal em argamassa, e construído em ferro, aço e cimento. O Cristo Luz possui características singulares que surpreendem a todos os visitantes. Todas as noites, as pessoas que passeiam pela área central de Balneário Camboriú, podem apreciar as luzes multicoloridas do monumento, atração inédita no Brasil. De braços abertos, o Cristo segura em sua mão esquerda o símbolo do sol que “ilumina e abençoa toda a cidade e seus turistas”. Esse aparelho conta com um equipamento de luz de 6,6 mil W e se divide em 24 raios através de um jogo de espelhos – ampliando a potência para 8 mil watts – que gira em um ângulo de 180º e atinge um raio de 15km. A roupagem do monumento também é destaque com iluminação especial. O sistema italiano com alta tecnologia ilumina todo o corpo do Cristo. O equipamento possui lâmpadas de 1.800 w cada com sete combinações de cores.

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Atrações Turísticas

Um Litoral Mágico de Norte a Sul © 2008 Go Squared Ltd.

Uma terra de mil jeitos. Jeitos de natureza e jeitos humanos. Situada ao Sul do Brasil, entre os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Santa Catarina recusa definições. Este pequeno estado brasileiro, com pouco mais de 6 milhões de habitantes, reúne em seus singelos 95,4 mil km² uma diversidade tal de cenários e gentes que deslumbra os que o visitam. Praias de areia branca, matas tropicais e serras nevadas. Pescadores açorianos, agricultores italianos e industriais alemães. Uma terra de belos e definitivos contrastes, e por isto mesmo tão fascinante. Na economia, estes contrastes se repetem. Uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, divide espaço com um parque industrial atuante. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se pelo estado, ligadas aos centros consumidores e portos de exportação por uma eficiente malha rodoviária. Estradas que também incrementam o turismo, vocação inata do pequeno estado, hoje terceiro maior pólo turístico nacional. O equilíbrio e dinamismo da economia catarinense refletem-se nos elevados índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional. Números que surpreendem e complementam o perfil fascinante de um dos mais produtivos e belos estados brasileiros.

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Os jeitos da terra A natureza dá o tom do litoral catarinense. São 500 Km de praias, emoldurados por lagoas, rios, montanhas e exuberante Mata Atlântica. Da mansa Baía da Babitonga, na fronteira com o Paraná, até as longas praias de mar aberto ao sul de Araranguá, descortina-se um cenário fascinante de águas claras, areias brancas e muito verde. A Ilha de São Francisco, no Extremo-norte, abriga a mais antiga povoação catarinense. Fundada por franceses em 1504, São Francisco do Sul guarda invejável patrimônio histórico e um jeito próprio que fascina. Com mais de 40 mil habitantes, é terra de pescadores e marinheiros. A Baía da Babitonga, sobre cujas águas se debruça a cidade, é um paraíso náutico através do qual se chega aos 13 balneários do município e às inúmeras ilhas onde a natureza impera soberana. Pela Lagoa de Saguaçu alcança-se Joinville, a maior cidade do estado e marco da imigração alemã. O litoral catarinense tem jeito açoriano. As canoas coloridas e as redes, a comida, os rostos e sotaques remetem ao arquipélago português. Os imigrantes vieram em busca do óleo de baleia e criaram cidades como Barra Velha, Piçarras, Penha e Armação. Na antiga terra dos índios carijós surgiu também Itajaí, que hoje tem 184 mil habitantes. O parque temático Beto Carreiro World, no Balneário de Penha, é a maior atração turística da região, juntamente com as belas praias e a herança histórica de São Francisco do Sul.


Descubra o Marambaia

anunciava com sua estrutura original e inovadora, que a cidade seria um dos grandes pólos turísticos do estado. Aproveitando incentivos do governo para o turismo na região, Dr. Osmar Nunes e alguns sócios, Situado no Pontal Norte da adquiriram o terreno onde hoje se Avenida Atlântica, em Balneário encontra o hotel. Na época a cidade Camboriú, de frente para o mar e se caracterizava por conter raras com ampla área de lazer e apartamentos aconchegantes e confortá- residências e acesso precário à praia. Mesmo assim em 1962, as veis o Marambaia Cassino Hotel & Convenções dispõe de espaços per- obras são iniciadas. Em novembro de 1964, ele é feitos para sediar os mais variados eventos ou mesmo para inesquecí- inaugurado, sendo o primeiro hotel com formato arredondado veis férias em família. São três piscinas, incluindo uma do mundo, segundo o Correio do Povo de 7 de março de 1967. Este térmica coberta, fitness center, sala de jogos, estacionamento com formato acaba por lhe proporcionar um impressionante Hall social. manobrista, Bar e Restaurante Iniciou suas atividades com cerca Internacional e um atendimento de 30 funcionários, sendo que o diferenciado. setor administrativo funcionava em O Marambaia Cassino Hotel & Itajaí.Visitado por grandes artistas, Convenções, já na década de 60

políticos e famosos, o Marambaia foi se consagrando com um ícone de hospedagem no litoral catarinense. Com o desenvolvimento da cidade a estrutura física do Hotel foi ampliada. O arquiteto da época sugeriu que o prédio anexo fosse construído na forma de um “livro aberto”, sendo que a união dos blocos redondo e anexo aconteceu em 1980. Além disso, possui uma grande área social, com piscina interna climatizada, piscinas externas, salão de jogos, fitness center, Bar Vienense, Marambaia Gourmet, lazer programado para temporada, entre outros. O seu centro de convenções oferece infra-estrutura para realização de diversos tipos de eventos e uma equipe de profissionais altamente qualificados para um atendimento especializado.

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Atrações Turísticas

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Passeio de Maria Fumaça

Tubarão apresenta também uma ótima infraestrutura urbana, hoteleira e gastronômica, possuindo diversos atrativos culturais, além da locomotiva a vapor

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Para quem deseja passar um domingo diferente, o passeio de Maria fumaça é uma ótima opção. Na temporada de verão o passeio acontece no último domingo do mês, com o roteiro de Tubarão a Jaguaruna e Imbituba, e no período de inverno de Tubarão a Urussanga e Siderópolis. A cidade de Tubarão, foi criada em 27 de Maio de 1870, e sua localização é privilegiada, próxima ao mar, a serra e às águas termais. É cortada pela rodovia BR-101 e pelo rio Tubarão, de sul a leste, que em seu percurso vai desembocar na Lagoa Santo Antonio, em Laguna. É a segunda cidade em população no sul do Estado, com 97.281 habitan-

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tes, sendo assim importante pólo comercial da região. Tem sua principal atividade econômica ligada ao comércio, à agricultura e à pecuária, com destaque também para empresas do setor de cerâmica. É a cidade sede da Unisul - importante universidade de Santa Catarina. Conta com duas estâncias termais: da Guarda e do Rio do Pouso. Tubarão apresenta também uma ótima infraestrutura urbana, hoteleira e gastronômica, possuindo diversos atrativos culturais, além da locomotiva a vapor, o Centro Municipal de Cultura, o Museu Ferroviário e o museu Willy Zumblick, que abriga parte da obra do artista plástico tubaronense.


Ponte Hercílio Luz O governo de Santa Catarina poderá captar, com base na Lei Rouanet, R$ 75 milhões para recuperação da Ponte Hercílio Luz. A garantia foi dada na última quarta-feira (18) pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, aos secretários de Turismo, Cultura e Esporte, Cesar Souza Junior, e de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, durante audiência de quase duas horas em Brasília. Segundo Cesar Souza Junior, a autorização para captação dos recursos será dada entre os dias 12 e 14 de março, durante reunião do Conselho Gestor da Lei Rouanet, que se realizará em Florianópolis. A partir daí, antecipa o secretário, os governos estadual e federal farão uma grande mobilização junto ao empresariado. “Vamos procurar a Fiesc para explicar o projeto”, disse, informando que o secretário executivo do Ministério da Cultura virá a Santa Catarina prestar todas as informações.

Até agora, a autorização para captação de recursos da Lei Rouanet de valor mais elevado foi de R$ 50 milhões, para a restauração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, informou Cesar Souza Junior, satisfeito com a reunião com a Ministra. Também participaram da audiência o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza e os presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan e do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram O projeto de Santa Catarina foi cadastrado no Ministério da Cultura em novembro de 2011 e prevê a captação de recursos para a primeira etapa da restauração do vão central da Ponte Hercílio Luz. Chamada de ponte segura, essa etapa inclui a conclusão da construção das estacas de sustentação e a plataforma que manterá a ponte no lugar durante a substituição das barras de olhais. O custo total do projeto passa de R$ 170 milhões.

O projeto de Santa Catarina foi cadastrado no Ministério da Cultura em novembro de 2011 e prevê a captação de recursos para a primeira etapa da restauração do vão central da Ponte Hercílio Luz

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CREA

Responsabilidade com a sociedade © 2008 Go Squared Ltd.

Gestão 2012/2014 terá na presidência o engenheiro Carlos Alberto Kita Xavier, que destacou na sua posse o compromisso moral da entidade

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Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de SC realizou no dia 20 de janeiro a solenidade de posse do novo presidente gestão 2012/2014, Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier, da diretoria exercício 2012, coordenadores de câmaras especializadas e dos novos conselheiros, além da diretoria da Mútua Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-SC. A cerimônia aconteceu na Federação das Indústrias de Santa Catarina - FIESC, após o encerramento do 6º SEC – Seminário Estadual de Conselheiros e contou com a presença do Presidente do CONFEA, Eng. Civil José Tadeu da Silva; do prefeito de Florianópolis, Dário Berger; do prefeito de São José, 76

Eng. Civil Djalma Berger; do Secretário de Educação, Eng. Sanit. Marco Tebaldi; do Superintendente do IPUF, Eng. Civil José Carlos Rauen e dos presidentes dos CREAs RJ, PR, MS e RS, entre outras autoridades empresariais e classistas da região. A eleição da nova diretoria (gestão 2012) foi realizada no dia 20 à tarde durante a primeira reunião plenária do ano. O presidente do CREA-SC falou da responsabilidade e compromisso do CREA não só com os profissionais, mas com a sociedade. “A responsabilidade transcende os limites da entidade. Trata-se de um compromisso moral: a defesa dos profissionais do setor tecnológico e da sociedade catarinense”, afirmou Carlos Alberto Kita Xavier. Ele dis-

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se também que o seu compromisso será com a ética, com a transparência, com um CREA proativo, com a valorização dos profissionais, das entidades de classe e dos empregados do Conselho. Kita Xavier ressaltou, ainda, a coletividade como essência maior do Conselho, representada pelos profissionais nele registrados, dirigentes, conselheiros, inspetores, funcionários, associações, sindicatos e as instituições de ensino. “É com estes que irei conviver e trabalhar para o fortalecimento do Sistema Confea/Crea e a melhoria da qualidade dos serviços”, disse O engenheiro destacou, também, as conquistas e melhorias da última gestão. “Venho para consolidar a obra transformadora do presi-


“A responsabilidade transcende os limites da entidade. Trata-se de um compromisso moral: a defesa dos profissionais do setor tecnológico e da sociedade catarinense” - Carlos Alberto Kita Xavier dente Raul Zucatto com quem tive a mais vigorosa experiência política da minha vida. Minha proposta é uma gestão participativa e aberta ao diálogo, em que o foco será o nosso maior patrimônio: a vida das pessoas”, afirmou. Outro grande desafio da gestão é manter o padrão de atendimento, dinamizando muito mais o serviço com a informatização dos trabalhos e avançando sempre na fiscalização, intensificando a atuação em cada região do estado, tanto

em edificações públicas como privadas, proporcionando maior segurança e qualidade de vida à sociedade. Seminário de Conselheiros – No dia 19 de janeiro, o Conselho realizou o 6º SEC – Seminário Estadual de Conselheiros, no auditório do CREA-SC, com o intuito de informar os profissionais que iniciam o mandato e conscientizar os que já estão no cargo, sobre as funções que serão desempenhadas e sua importância social. O conselheiro tem a função de julgar os casos de infração no âmbito de sua competência específica, analisar e deferir os pedidos de registros de profissionais, de empresas, entidades de classe e de instituições de ensino, além de elaborar as normas para fiscalização das modalidades profissionais. Na programação do evento constaram também palestras sobre ética profissional, legislação do Sistema Confea/Crea e procedimentos operacionais.

NOVA DIRETORIA CREA-SC Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier - Presidente Gestão 2012-2014 Diretoria CREA-SC 2012 Eng. Agr. Felipe Penter 1º Vice-Presidente Eng. Eletric. João Reus de Camargo 2º Vice-Presidente Eng. Civ. João Oliveira 1º Secretário Tec. Agropec. Edson Carlos de Quadra 2º Secretário Tecnol. Eletromec. Claudemir Rogério Oldoni 3º Secretário Eng. Seg. Trab. Nelton Luiz Baú 1º Tesoureiro Eng. Civ. Evaldo Cavalli 2º Tesoureiro Diretoria Da Mutua-Sc Gestão 2012-2014 Eng. Agr. Luiz Carlos Coelho Diretor Geral da Mútua-SC Eng. Civ. Jacques Zeitoune Diretor Administrativo Eng. Civ. Laércio Domingos Tabalipa Diretor Financeiro

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Lazer

Thermas de Piratuba Park Hotel © 2008 Go Squared Ltd.

Bem estar sempre!

Piratuba é um dos destinos turísticos mais procurados no Estado de Santa Catarina

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onhecida pelas sulforosas águas termais, com temperatura de 38,6 graus, ampla estrutura para os turistas e de excepcional qualidade. É uma ótima opção para lazer e entretenimento o ano todo e ao banhar-se percebe-se a pele “aveludada”, com a sensação de cremosidade. E é para que você aproveite esse destino imperdível que o Thermas de Piratuba Park Hotel oferece uma excelente estrutura de lazer com piscinas internas aquecidas ou piscina externa, saunas, aptos com banheiras e sacadas com vista para a Natureza, coffee shop na área das piscinas, servindo deliciosos lanches e bebidas, sala de TV, playground, sala de recreação para crianças, traslado cortesia até o Parque Termal, estacionamento gratuito e uma localização privilegiada. Gastronomia - Diárias com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) com ênfase nas noites te-

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máticas. Acompanhado por nutricionista, garantindo a qualidade e o sabor já conhecido e aprovado pelos hóspedes. Espaço Wellness – Dedica-se a essência do bem estar. Espaço voltado ao relaxamento e para despertar a recuperação de energias, através das maravilhosas massagens, banhos de ofurô, consulta com nutricionista e SPA dos pés. Eventos - espaços físicos que podem ser utilizados nos mais variados tipos de eventos, convenções, confraternizações empresariais, casamentos, festas de aniversários, além de realizações de pequenas reuniões. Passeios Opcionais - Reviver a história de Piratuba sobre os trilhos na Maria Fumaça. Visitar a Usina Hidrelétrica de Machadinho, a maior Usina de Santa Catarina. E especialmente para quem gosta da tranqüilidade e da natureza, o passeio da Rota do Engenho com visitas na igreja matriz, casa colonial e o parque ecológico.


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Responsabilidade Social

Projeto visa à capacitação de presos para a construção civil © 2008 Go Squared Ltd.

Instituto Com Viver quer firmar parcerias com empresas para treinar detentos para reduzir o déficit de mão de obra no setor e promover a reinclusão social

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omo forma de combater o altíssimo índice de reincidência criminal - que em Santa Catarina chega a 70% - e promover a cidadania, desde 2008 o Instituto Com Viver desenvolve o Projeto Recomeçar. Além do trabalho de qualificação profissional e de estímulo ao desenvolvimento de habilidades psicológicas e sociais, o Instituto está estabelecendo parcerias para treinamento e qualificação de presos na área da construção civil em 2012. Sabe-se que, hoje, este é um setor deficitário de mão de obra. Enquanto as construções se multiplicam por todo o Estado, aproveitando o momento favorável da economia, está sendo necessário importar funcionários de outras regiões, opção que nem sempre se demonstra adequada. O trabalho desenvolvido pelo Com Viver tornará possível para os futuros egressos do sistema prisional adquirir capacitação técnica, mas, também, trabalhar suas possíveis dificuldades que o afastamento social e as condições de vulnerabilidade da maioria dessas pessoas impõem.


www.institutocomviver.org.br icomviver@gmail.com

Ao se concretizar, o Projeto Recomeçar trará enormes benefícios não só à população catarinense que, oferecendo uma segunda chance a estas pessoas, verá a diminuição da reincidência criminal; mas também ao setor da construção civil, fornecendo mão de obra qualificada para o trabalho e aos ex-presos, que terão esta grande oportunidade. Algumas importantes parcerias já estão alinhadas, mas, o Instituto ambiciona aumentar o alcance do projeto. Mais do que construir obras físicas, a sua empresa pode ajudar o Com Viver na construção de uma nova realidade. Como o Instituto Com Viver é reconhecidamente uma entidade de interesse público (OSCIP), doações feitas ao projeto podem ser deduzidas do imposto de renda das pessoas jurídicas, nas especificidades da Lei 9249/95 (que passou a enquadrar as OSCIPs de acordo com a Medida Provisória 2113-32, de 21 de junho de 2001, artigos 59 e 60). Entidade privada sem fins econômicos, o Instituto Com viver foi formado em 2008 por uma equipe multidisciplinar preocupada em promover a cidadania e a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O objetivo do Instituto é ajudar estes indivíduos a conquistarem sua autonomia e resgatarem seu protagonismo, trabalhando seu processo emancipatório. Em 2009, pela relevância de seu trabalho, o Com Viver recebeu a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Cine Debate Outra ação do Instituto Com Viver, iniciada em 2011, é o Projeto CINE DEBATE, que tem como objetivo principal o debate de temas relacionados à promoção da cidadania e defesa de direitos, com enfoque a pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade e risco social, como forma de mobilização e conscientização da função co-partícipe de cada um na formação de uma sociedade verdadeiramente cidadã. Espera-se, a partir dessa iniciativa, que os participantes sintam-se motivados a agir como fomentadores de novas reflexões em seus círculos sociais, mobilizando amigos, colegas de trabalho, familiares e conhecidos em geral para a importância de uma nova construção de significados e sobre a participação de cada um na promoção da cidadania e tomada de posição frente aos problemas sociais que existem em nosso país, contribuindo de forma direta e indireta na construção de uma cultura de aceitação das diferenças, defesa de direitos, acolhimento, inclusão social e convivência. CONSTRUINDO SANTA CATARINA

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Eventos

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Volvo Ocean Race

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aior regata de volta ao mundo do planeta, a Volvo Ocean Race (VOR) passa por Itajaí em abril de 2012. Será a 11ª edição da VOR, que terá início no porto espanhol de Alicante em novembro de 2011, terminando em Galway, na Irlanda, em julho de 2012. Durante os nove meses de competição, as equipes velejarão mais de 39 mil milhas náuticas pelos mares de Cape Town (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), ao redor do Cabo Horn até Itajaí, Miami (EUA), Lisboa (Portugal) e Lorient (França). Em Itajaí as etapas da VOR iniciam 82

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no dia 20 de abril, com a realização da Pro-Am Race (sem pontuação para a VOR), seguida pela etapa In-Port Race (pontuando), no dia 21, com a largada para Miami programada para o dia 22. Porém, os preparativos começam bem antes disso. O projeto de construção da Vila da Regata, na margem do Rio Itajaí-Açu, foi concluído em maio, a licitação ocorreu em junho e a assinatura da ordem de serviço e o início das obras na primeira quinzena de agosto, com previsão de conclusão em fevereiro de 2012. Os competidores devem começar a chegar a Itajaí por volta de 4 de abril.


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