Construindo #06

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REVISTA

CONSTRUINDO

E D I TO R A DESTAQUES CATARINENSES

Ano IV Nº 6 R$ 9,90

S A N TA C ATA R I N A

PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE SANTA CATARINA / CDIC

Os avanços no mundo da construção civil Em todo o Brasil, as mulheres têm maior participação Um percentual cada vez maior de profissionais (engenheiras, arquitetas, decoradoras, azulejistas, serventes...) buscam espaço num mercado que lhes oferece grandes oportunidades.

Brusque Evolução econômica e social muito acentuada nos últimos anos.

Desastres naturais: existe solução? Entrevistas com lideranças e autoridades sobre infraestrutura e saneamento básico

Em ITAPEMA: Inovação e modernidade no projeto Dubai Tower Residence

18º Salão do Imóvel e Construfair/SC 20111 CONSTRUINDO SANTA CATARINA de 24 a 28 de agosto de 2011 em FLORIANÓPOLIS


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Sumário

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Palavra do Presidente

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Empreendimento em destaque

A Construção Civil e os desastres climáticos

A Força da construção civil Vagas para melhorar a vida de catarinenses

Capa Inovação e Tecnologia em Itapema

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Alta rentabilidade e conforto

Governo, financiamentos e consórcios Dário Buzzi

Mercado Imobiliário Diversificação é a onda

Mulheres na construção civil Organização feminina na construção civil

Mercado Internacional Obras que alargam o horizonte do possível

Escolas da construção civil Qualificação profissional ganha impulso

Urbanismo e Paisagismo Brusque e Serra Catarinense

Sinduscon A força do associativismo

Histórias de vida Qualificação feminina ganha impulso

Desastres O olho do furacão

CREA Prevenção de desastres naturais

Agenda Maio 24 a 29 - Expoconstrucción & Expodiseño - Bogotá, Colômbia 25 a 28 - IBCTF Feira Internacional da Construção - Xangai, China Junho 07 a 08 - Salão de Equipamentos, Serviços e Tecnologias para a Construção - Peterborough, Reino Unido 07 a 09 - Eire Expo Italia Real Estate, Exposição do Mercado Imobiliário Italiano - Milão, Itália 23 a 25 - Fenavid, Feira Nacional do Vidro, Alumínio e Cia., Centrosul, Centro de Convenções - Florianópolis, Brasil 29 a 30 - Green Vuild Expo, Feira de Reformas e Construção Sustentável Manchester, Reino Unido Julho 20 a 24 - Feira Internacional Quito Construcción - Quito, Equador Agosto 24 a 28 - 18º Salão do Imóvel e Construfair SC, Centrosul - Florianópolis, Brasil Setembro 21 a 24 - Building & Infrastructure Indonesia, Feira Internacional de Materiais e Equipamento para a Construção - Jakarta, Indonésia Outubro 05 a 08 - MADE, Milano Architettura Design Edilizia - Milão, Itália Novembro 07 a 12 - Batimat, Feira Internacional da Construção - Paris, França 08 a 13 - 1ª Fairtec, Feira Tecnológica da Construção Civil, Centro de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof (Fenarreco) - Brusque, Brasil

Relação dos Sinduscons do Estado de Santa Catarina Sinduscon de Balneário Camboriú - Carlos Haacke; Sinduscon de Blumenau - Amauri Alberto Buzzi; Sinduscon de Brusque - Ademir Pereira; Sinduscon de Chapecó - Leonir Broch; Sinduscon de Criciúma - Jair Paulo Savi; Sinduscon da Grande Florianópolis - Helio Bairros; Sinduscon de Itajaí - José Carlos Santos Leal; Sinduscon de Itapema - João Formento; Sinduscon de Jaraguá do Sul - Paulo Obenaus; Sinduscon de Joinville - Luis Carlos Presente; Sinduscon de Lages - Albraino da Silva Brasil; Sinduscon de Rio do Sul - Arno Nardelli; Sinduscon de São Miguel do Oeste - Victorio Antonio Bolfe; Sinduscon de Tubarão - José Sylvio Ghisi. Editora Destaques Catarinenses Ltda. Rua Manoel Loureiro, 470 - CEP 88117-330 - São José - SC - Fone: (48) 3246-5972 Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Nolva Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dorva Rezende (DRT-ES 6220) Textos e pesquisas: Carla Cavalheiro, Mateus Boing e Mylene Margarida Editor de Arte: Rodrigo Kurtz - eu@rodrigokurtz.com Produção: Elsa A. R. Matos - producao@editoradestaques.com.br Comercialização: Rosângela Rosário - publicidade2@editoradestaques.com.br - Dilma G. da Silva Machado - publicidade@editoradestaques.com.br

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Palavra do Presidente

A construção civil e o desastres climáticos “Acredito na atual geração adolescente como protagonista de soluções”

A

credito na atual geração adolescente como protagonista de um amplo período de recuperação do meio ambiente. As leis ambientais já existem há mais de 45 anos. Em placas dispostas na Praia do Estaleirinho, em Balneário Camboriú, está destacada a proibição de ocupar áreas de restinga. Mas tanto as autoridades quanto a sociedade não têm levado suficientemente em consideração a importância de se respeitar os espaços indispensáveis para que a natureza possa se manifestar sem causar destruição e mortes por decorrência das condições climáticas. As obras de engenharia, arquitetura e paisagismo, planejadas pelas mais diversas técnicas e para os mais variados fins, devem levar rigorosamente em conta o equilíbrio entre elas e as forças da natureza. O homem precisa desenvolver uma cultura de ocupação “pacífica” do solo e dos espaços, respeitando as leis vigentes e adequando-as, quando necessário, para minimizar os efeitos dos episódios climáticos fora de controle. Nos recentes fenômenos ambientais ocorridos em Santa Catarina, que causaram grandes prejuízos materiais e humanos, mais uma vez constatamos que ainda não estamos preparados para enfrentá-los adequadamente. Colocar a culpa nas autoridades constituídas não resolve a questão. Precisamos nos conscientizar que, além de respeitar as leis já existentes, devemos desenvolver iniciativas que venham a contribuir para aperfeiçoar as práticas até agora executadas. Na engenharia se aprende que montanhas não “descem” sozinhas pelas encostas pelo puro prazer de destruir tudo o que está no caminho. Quem faz esse movimento são as águas. Então cabe ao homem, sempre que precisar interferir no meio ambiente para seu proveito, conduzir essas águas sem obstáculos até o seu destino, evitando mortes e destruição. Além de tecnologia, precisamos observar mais, ter mais sabedoria e bom senso para que, no futuro, possamos viver em perfeita harmonia em nossas cidades, com menos riscos para nossas populações. O setor da Construção Civil, especialistas em urbanismo, engenharia e infraestrutura, os governos, as universidades e outros profissionais desenvolvem projetos que buscam recuperar o tempo perdido. Para tanto, basta contribuir com as tecnologias já disponíveis, como os sofisticados computadores que melhoram a previsão do tempo, alarmes em barragens, identificação das regiões mais problemáticas, construções sustentáveis e infraestrutura adequada. No entanto não basta ter solução certa! É preciso adotá-la, porque mesmo tendo a força das leis, as mesmas não são cumpridas tal como deveriam e as autoridades nem sempre as fazem cumprir. A atual geração adolescente, que tem nos currículos desde o início da

escola a educação ambiental, a filosofia e a sociologia, pode se transformar em protagonista de um período novo e próspero na recuperação do meio ambiente. Eng. Civil Amauri Alberto Buzzi Presidente do Sinduscon de Blumenau

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A Força da Indústria da Construção Civíl

Vagas para melhorar a vida de homens e mulheres catarinenses O

problema que mais afeta o setor da construção civil, no Brasil, é a falta de mão de obra especializada. No mês de abril, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), com apoio da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), divulgou a Sondagem Especial da Construção Civil sobre o assunto. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 20 de janeiro deste ano, junto a 385 empresas do setor da construção civil, sendo 191 de pequeno porte, 145 de médio e 49 de grande, e revelou que, para 89% das empresas pesquisadas, a falta de trabalhador qualificado é um grande problema. Ou seja, nove em cada 10 empresas da construção civil sofrem com a falta de mão de obra qualificada no setor. Pelo menos 56% das empresas pesquisadas apontaram como uma das principais dificuldades para capacitar mão de obra a alta rotatividade dos trabalhadores e 61% das construtoras ouvidas disseram que esse problema afeta o aumento da produtividade. Enquanto isso, 59% afirmaram ter dificuldades de melhorar a qualidade dos serviços prestados e 57% para cumprir prazos. A maioria, ou seja, 91% das empresas pesquisadas, acreditam que seja necessário investir em qualificação para reverter esse quadro. Diante desse resultado, o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, afirma que o governo, o Congresso Nacional, o setor da Construção e a sociedade precisam formular políticas públicas que propiciem o desenvolvimento e a difusão de novos modelos construtivos mais desenvolvidos, que permitam melhor nível de eficiência, redução de perdas de materiais e maior produtividade. Por outro lado, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima que 7,3 milhões de trabalhadores brasileiros ficarão desempregados este ano. Sendo que, desse total, 73% não terão experiência, nem qualificação necessária para concorrer aos empregos existentes no país. Os dados constam do estudo Emprego e Oferta Qualificada de Mão de Obra no Brasil: Projeções para 2011, divulgado em abril. Segundo o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a falta de forma-

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Sindicatos, Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção Civil (CDIC), Fiesc, Senai, Sesi e empreendedores do setor possibilitam a inclusão social através de cursos profissionalizantes gratuitos em mais de 10 cidades do Estado Helio Bairros Presidente do Sinduscon de Florianópolis e da CDIC


ção dos trabalhadores deve se tornar ainda mais grave no país com o tempo. E, se o Brasil continuar a crescer no ritmo atual, terá problemas. A pesquisa do Ipea foi realizada com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número de novos empregos formais gerados na construção civil cresceu 43,5% em 2010 em relação ao ano anterior, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a partir de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o Estudo Setorial da Construção, entre janeiro e dezembro do ano passado foram gerados 254.178 novos empregos formais no setor, o melhor saldo da série histórica, iniciada em 1996. Em 2009, tinham sido criados 177.185 empregos e, em 2008, 197.868. O ramo da construção representou quase 12% da geração total de postos de trabalho no Brasil em 2010, que chegou a 2,137 milhões no ano. O setor de construção civil como um todo cresceu 11,6% em 2010, o melhor desempenho dos últimos 24 anos, segundo dados do IBGE. O salário médio pago no país para o trabalhador da construção civil é de R$ 1.395,00, 2,5% maior que a média do ano anterior, segundo o levantamento do Dieese, que usou como referência o mês de fevereiro de 2011.

Projetos importantes Uma grande iniciativa para resolver o problema da falta de mão de obra qualificada é a inclusão da mulher na construção civil. Espalhados por todo o Brasil existem os mais diversos projetos com os mais variados nomes, porém todos com os mesmos objetivos: incluir a mulher no setor, melhorar a renda familiar e resolver o problema da falta de mão de obra qualificada. Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas no ano passado, o número de mulheres atuantes na construção civil aumentou 65% na última década. Em Alagoas, por exemplo, somente em uma obra habitacional do Programa da Reconstrução, em União dos Palmares, quase 30 mulheres trabalham para agilizar a entrega das casas aos desabrigados das enchentes de 2010. Mais de 300 fundações de casas estão prontas e 70% dos serviços de terraplanagem estão concluídos, além dos trabalhos nas redes de água, esgoto e drenagem, também em andamento. No Rio de Janeiro funciona o Projeto Mão na Massa – Mulheres na Construção Civil. Patrocinado pela Petrobras e pela IAF (Fundação Interamericana), o projetoestá na sua 5ª edição, formando, este ano, mais 100 mulheres, sendo que 30% delas já estão empregadas. Desse total, 50 são pedreiras, 25 eletricistas e 25 carpinteiras de forma. O Projeto Mão na Massa aposta na transformação da qualidade de vida das mulheres, que antes da formação realizavam pequenos serviços

e não tinham renda fixa. Agora, ganharam o direito de construir um futuro melhor. Até 2013 deve qualificar mais 300 mulheres. Desde 2008, o projeto formou 310 mulheres sendo que 70% ingressaram no mercado formal ou prestam serviços autônomos no setor. Em Mato Grosso do Sul, um projeto feito para incluir as mulheres na Construção Civil leva o nome de Colher na Massa. É uma parceria do Sinduscon com o governo do Estado e Senai, que também está dando certo. Já na Bahia, o setor da construção civil ganhou, no mês de abril, mais 30 mulheres capacitadas pelo Projeto Profissão Mulher, que formou 16 pedreiras e 14 pintoras. O projeto é realizado em parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, o Instituto para um Mundo Melhor, o Instituto Afrânio Affonso Ferreira e o Senai. No Rio Grande do Sul, o nome do projeto também muda. O programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil é realizado na cidade de Santa Maria e prevê a certificação de mulheres em cursos de acabamento nas seguintes profissões: básico de pedreiro, instalações elétricas, assentador de placas cerâmicas, básico em pintura de obras, alvenaria estrutural e carpinteiro de obras. A realização é da Associação Viver & Aprender em parceria com a Prefeitura de Santa Maria, com recursos financeiros do Governo Federal, por meio de convênio firmado com a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República. Quem executa as aulas é o Senai. E o programa tem o apoio do Sinduscon de Santa Maria e do projeto Mulher em Construção. Em São Paulo, vários municípios também tem os seus projetos. A prefeitura e o Fundo Social de Solidariedade de Olímpia, município de São Paulo lançaram, também no mês de abril, o projeto Mãos à Obra, que pretende capacitar 20 mulheres, com idades entre 18 e 45 anos, na área da construção civil, para as funções de pedreira, assentadora de pi sos, azulejos, pintora, carpinteira, encanadora e eletricista. Em Santa Catarina, as oito escolas da Construção Civil do Senai em projeto – quatro fixas e quatro itinerantes (leia mais detalhes na página 42) - também estarão recebendo mulheres. O mesmo acontece nas duas já existentes em Balneário Camboriú e em Blumenau. Para o presidente do Sinduscon de Florianópolis, Hélio Bairros, ter a mulher trabalhando na construção civil é uma grande vantagem. “A maneira de a mulher trabalhar é diferente do homem, ela faz o trabalho mais concentrada e é mais organizada”, afirma. Além disso, ele lembra que a construção civil não é mais atividade suja, pesada. “Os canteiros estão com equipamentos que a mão do homem não é mais para carregar, movimentar carga. É para fazer obra”, conclui Bairros. Para o presidente da CBIC, Paulo Simão, esse crescimento da presença feminina na construção civil é extremamente positivo. Segundo ele, o aumento da participação de mulheres nas empresas do setor significa uma forma de atenuar a demanda por mão de obra qualificada e, mais do que isso, é uma conquista da sociedade e das mulheres em um segmento historicamente dominado pelos homens. “As profissionais da construção civil agregam novas qualidades ao trabalho e tornam os canteiros de obras ambientes mais humanizados”, garante.

Ilustração: Rodrigo Kurtz

Leia mais sobre a mulher na construção civil nas matérias das páginas 30 a 33

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A Força da Indústria da Construção Civíl

PRONATEC Um novo projeto do governo federal, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico), tem por finalidade contribuir para a redução da falta de mão de obra. O plano será executado em conjunto pelos ministérios da Educação, da Fazenda e do Trabalho. Esse programa prevê, entre outras medidas, o treinamento de alunos do ensino médio, de profissionais reincidentes no uso do seguro-desemprego e, principalmente, de beneficiários do programa Bolsa Família. Só do Bolsa Família o governo espera qualificar em torno de 200 mil pessoas nos próximos quatro anos, de acordo com escolaridade, faixa etária e demanda de trabalho no local onde moram as famílias.

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A meta é capacitar 3,5 milhões de trabalhadores até 2014, começando este ano com 500 mil. O foco do programa estará nos setores mais carentes de mão de obra especializada, como construção civil, tecnologia da informação e serviços, especialmente hotelaria e gastronomia. Os cursos de formação serão realizados pelos institutos federais de ensino técnico, escolas estaduais e pela rede do Sistema S, que são os serviços nacionais dos grandes setores econômicos, como o Senai e o Senac. O governo federal também tem intenção de aumentar o repasse de recursos aos governadores que quiserem ampliar, reformar ou construir escolas estaduais de ensino profissionalizante.


Engenharia faz

CRESCER O Dr. Aderbal Ramos da Silva sabia que um Estado forte se faz com investimentos em engenharia. De simples a ousados projetos, de pequenas a grandes obras, em todos os segmentos, a engenharia é responsável pelas grandes transformações na qualidade de vida para todos. A Lei 5.194/66, que regulamenta o exercício da profissão, e a Lei 6.494/77 que institui a Anotação de Responsabilidade Técnica ART são garantias para a sociedade de profissionais altamente capacitados e responsáveis.

Mais engenharia é mais crescimento.

www.senge-sc.org.br

www.fne.org.br

www.cntu.org.br

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Sistema FIESC Com mais de 38 mil empresas e 673 mil trabalhadores, o setor industrial é responsável por 21% dos empregos formais e 34% do PIB do Estado. O Sistema FIESC foi criado para fortalecer esse importante segmento da economia catarinense e reúne a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, o Centro das Indústrias de Santa Catarina - CIESC, o Serviço Social da Indústria - SESI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi - IEL. Cada entidade tem uma missão específica e presença marcante em todo o Estado. Assim, o Sistema FIESC atua para defender os interesses e responder às necessidades da indústria.

FIESC

CIESC

A FIESC é a interlocutora das indústrias com todos os segmentos da sociedade, como os poderes Executivo e Legislativo. Para dar suporte ao desenvolvimento da economia catarinense, a Federação produz informações econômicas, oferece serviços e consultorias às empresas, estimula a internacionalização da indústria e apóia a formulação de políticas e projetos para o Estado.

O Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina associa diretamente as indústrias do Estado, enquanto a FIESC reúne os sindicatos patronais. Além de promover o associativismo, oferece acesso a uma série de serviços, parcerias e soluções para as empresas.

Rodovia Admar Gonzaga, 2765 - Itacorubi - 88034-001 - Florianópolis/SC - 48 3231 4100 10 CONSTRUINDO SANTA CATARINA


SESI/SC

SENAI/SC

IEL/SC

O Serviço Social da Indústria de Santa Catarina atende milhares de trabalhadores diariamente, com o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida da força de trabalho da indústria. Para isso, atua nas áreas de saúde, lazer, alimentação, educação, microcrédito, farmácia e consultoria.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina é o braço do Sistema FIESC na área de educação profissional. Além de capacitar trabalhadores para as indústrias, a entidade presta serviços técnicos e tecnológicos. A entidade já capacitou mais de 1.750.000 alunos.

O Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina é responsável pela articulação entre o setor produtivo, as organizações de fomento e as instituições de ensino e pesquisa. Atua com agenciamento de estágio responsável, inovação e transferência tecnológica para a indústria e instrumentos de gestão.

www.fiescnet.com.br

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Capa

Inovação e sustentabilidade em Itapema

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m 2013, Itapema terá um dos mais modernos e sofisticados empreendimentos imobiliários do país. É o Dubai Tower Residence, da Du-Art. Com 21 pavimentos, um inovador projeto arquitetônico; heliponto; 16 lojas no térreo; quatro coberturas duplex; 60 apartamentos; três elevadores; hall e portaria com guarita 24hs; 880,00 m² de espaço de lazer com alto índice de sustentabilidade (até 70% da iluminação da área comum terá energia fotovoltaica e a captação da água da chuva permitirá usos diversos nas garagens, áreas de serviços e de lazer). O que mais chama a atenção é a forma cônica do edifício, que permite uma visão panorâmica privilegiada. De acordo com o empreendedor Kliver Duarte, a forma cônica com a pele de vidro é pioneira no Brasil. Ele conta que está sendo utilizado vidro Cool Lite, de controle solar, juntamente com o Bioclean. Essa composição reduz em até 80% a entrada de calor e, quando laminado, impede em até 99,6% a entrada dos raios ultravioletas (UV). Kliver conta que já fechou negócio com 90% dos fornecedores, para ter maior tranqüilidade. E, para encontrar material de qualidade, ele diz que procura pesquisar o que tem de melhor nos mercados nacional e internacional. Segundo ele, o residencial terá, além dos vidros especiais termoacústicos e autolimpantes, alumínios especialmente elaborados para o empreendimento e pisos importados da China. A iluminação da área comum será toda de led, que utiliza apenas 10% ou até menos do consumo de energia. Só para se ter uma ideia, uma lâmpada de led dura aproximadamente 50 mil horas. O arquiteto responsável pelo empreendimento é Luciano Bertolucci. “Meu trabalho é fazer a leitura do que o seu Kliver está pensando”, afirma, observando que a planta final do residencial saiu depois de 46 tentativas. “Passamos um mês trabalhando somente na imagem”, conta Luciano. “Somos bastante rigorosos. Vamos criando, inovando...”, completa Kliver Duarte, explicando que o arquiteto “capta o que eu estou pretendendo e joga no papel o que estou imaginando, e ele também traz as suas ideias”. Kliver afirma, ainda, que prima por tentar fazer algo sustentável. “Acompanho muito as construções no mundo, porém, somos limitados pelo poder aquisitivo”, observa. Além disso, ele conta que o Plano Diretor da cidade não permite um mega investimento. “Por isso, a gente tenta adequar, fazer um pouco de cada coisa, dentro das nossas limitações, ou seja, fazer o que é possível, de acordo com o material e a tecnologia disponíveis”. Ele conta, também, que no site – www.du-art.com.br – em breve o cliente poderá caminhar por dentro dos apartamentos do Dubai Tower Residence. O projeto está localizado na Av. Nereu Ramos, 4390, na Meia Praia, em Itapema. Mais informações: duarteimob@terra.com.br celular (48) 9981 3070 12 CONSTRUINDO SANTA CATARINA


Dubai Tower Residence é um empreendimento que prima pela modernidade e sofisticação De cima para baixo, esquerda para direita: Piscina; detalhe da cobertura; Sala de jogos; Fitness; Espaço Teen e projeção de um living room

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Perfil

Para quebrar os paradigmas

Bertolucci Arquitetura tem como meta inovar nos projetos

novação é palavra-chave na Bertolucci Arquitetura, que atua em Itapema há dez anos. “Sempre temos como meta inovar nos projetos”, diz o arquiteto André Luciano Bertolucci. E inovador é um adjetivo que cabe como uma luva no Dubai Tower Residence, um dos trabalhos realizados pelo escritório. Inspirado no hotel em forma de vela de barco Burj Al Arab, um dos cartões postais de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o prédio está sendo erguido em Itapema e deve ficar pronto em dezembro de 2013. A fachada será inteiramente envidraçada, com vidros autolimpantes que repelem a água da chuva e evitam acúmulo de sujeira. Eles também bloqueiam até 99,6% dos raios ultravioleta, evitando excesso de calor dentro dos apartamentos. Uma cisterna de 70 mil litros para água da chuva e um

sistema de captação de energia solar são outros itens que farão do prédio um dos mais modernos de Santa Catarina, de acordo com André Bertolucci. “A ideia deste projeto era quebrar paradigmas de arquitetura e engenharia em Itapema”, diz ele, que atualmente se dedica a um projeto comercial que terá restaurante panorâmico giratório e 64 salas com vista para o mar. “O mercado está bastante aquecido na região”, diz o arquiteto. Na área residencial, o escritório desenvolve projetos de médio e alto padrão, com prédios de 14 a 21 pavimentos e até 25 mil metros quadrados de área em cada unidade. Ele lamenta, no entanto, que ainda exista no mercado “escritórios de desenhistas que não são profissionais e que contratam um profissional para assinar os projetos. Não há interesse na qualidade e sim no preço.”

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À esquerda, André Luciano Bertolucci - Arquiteto e sócioproprietário da Bertolucci Arquitetura

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Empreendimento em Destaque

Alta rentabilidade e conforto Diego Lomba Imóveis oferece dois empreendimentos na Cachoeira do Bom Jesus em parceria com a Construtora Etaplan

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este momento estamos com dois empreendimentos que são destaque, ambos em parceria com a Construtora Etaplan, conta Diego González Lomba Keller, sócio-diretor da Diego Lomba Imóveis. Segundo ele os empreendimentos são o Cachoeira Class Residence, que fica bem no centro da Cachoeira do Bom Jesus – foi entregue no dia 31 de março e está com mais de 80% de suas unidades comercializadas -, e o Residencial Marinas da Cachoeira, que é aguardado com grande ansiedade por todos e deve ter o seu lançamento em breve. O Residencial Marinas da Cachoeira está localizado também na Cachoeira do Bom Jesus, bem próximo do mar, e a previsão de entrega é para o final de 2013. “Ambas localizações foram escolhidas por serem as mais procuradas na região”, afirma Diego Lomba. O Cachoeira Class Residence possui 40 unidades distribuídas em duas torres, com oito apartamentos por andar. Todas as unidades possuem churrasqueira e garagem privativa. A área comum dispõe de salão de festas com espaço gourmet e piscina. Já o Residencial Marinas da Cachoeira terá 57 apartamentos distribuídos em três torres com oito apartamentos por andar. Também terá piscina e salão de festas com espaço Gourmet. Segundo Lomba, o que tem chamado a atenção dos clientes é a localização dos empreendimentos, o material e o acabamento da construção que está cada vez mais esmerado, além da alta rentabilidade do investimento em imóveis na região, somada ao conforto que eles proporcionam. “Os empreendimentos são entregues com ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) com monitoramento remoto, ou seja, com esgoto 100% tratado e sendo monitorado e supervisionado 24 horas por dia via satélite”, diz. Além disso, ele explica que as unidades são entregues com manta antirruído, para proporcionar uma melhor acústica entre os apartamentos. Também contam com piso em porcelanato na sala e piso em madeira nos dormitórios, tudo para proporcionar maior conforto e beleza. De acordo com Diego Lomba, não apenas as grandes belezas 16 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

Diego González Lomba Keller Sócio-Diretor da Diego Lomba Imóveis.

naturais muito apreciadas por turistas e moradores estão levando a uma grande procura desses empreendimentos. Também a proximidade do Sapiens Parque, “que é um grande empreendimento voltado para a área tecnológica, que está saindo aqui e promete reduzir bastante a sazonalidade e trazer mais pessoas para morar o ano inteiro na região, o que já está acontecendo”, afirma. Por isso, ele acredita que a clientela é formada tanto por aqueles que pretendem morar na praia, como pelo turista que passa férias, bem como o investidor, “que está sempre de olho na alta rentabilidade que esses empreendimentos proporcionam”.


A clientela é formada tanto por aqueles que pretendem morar na praia, como pelo turista que passa férias, bem como o investidor, “que está sempre de olho na alta rentabilidade que esses empreendimentos proporcionam”.

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Governo - Financiamentos - Consórcios

Dário Buzzi A partir deste ano, o BRDE também financiará projetos de engenharia para saneamento básico em Santa Catarina

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m entrevista exclusiva para a Revista Construindo Santa Catarina, o superintendente do Banco em Santa Catarina, senhor Dário Buzzi, esclareceu sobre novidades e facilidades para financiamentos em infraestrutura no Estado, na linha de Saneamento Básico. Segundo o superintendente do BRDE, os especialistas da área estimam que seriam necessários R$ 3 Bilhões para solucionar o problema durante os próximos anos. O Estado conta com apenas 13% de rede de saneamento, enquanto o Brasil é atendido na média em 40% do seu território. “É a pior do Sul do Brasil. Santa Catarina tem uma das melhores rendas per capita do país e não se justifica tanto atraso em uma área tão importante para nossa sociedade” declara. “O BRDE dispõe de linha de financiamento, através do Programa de Apoio ao Saneamento Básico, que poderá atender as necessidades das prefeituras, desde a elaboração dos projetos de engenharia (primeira etapa de financiamentos), assim como na execução das obras (segunda etapa de financiamentos), após processo licitatório. Nesta segunda etapa, podem ser financiadas máquinas e equipamentos com taxa de 6,5% a.a. As obras, por sua vez, podem ser financiadas com taxas de 10%a.a. aproximadamente, ou seja, juros de 4%a.a. mais a variação da TJLP (atualmente em 6%a.a.)”, diz o entrevistado. Dois problemas principais dificultam o andamento do Programa de Apoio ao Saneamento Básico em Santa Catarina: a ausência dos projetos de engenharia, por parte das prefeituras, e a promessa pública de disponibilidade de recursos a “fundo perdido”. Por isso, de acordo com Buzzi, a partir deste ano o BRDE disponibilizará linhas de financiamento para que cada município contrate a elaboração do seu projeto de engenharia. “Somente com o projeto em mãos é que se pode saber o valor efetivamente necessário para a execução das obras”, diz. Deve-se destacar, conforme ressaltado por Buzzi, que o banco não pode investir em sistema estadualizado, ou seja, o BRDE está impedido de financiar seu próprio acionista (o Estado) que é o controlador do banco. “Nosso cliente é o sistema municipalizado, as prefeituras que não estão com a Casan”, explica, observando: “nessa condição já é possível financiar em torno de 40% das prefeituras municipais catarinenses”, número que Buzzi considera extremamente significativo e mais do que suficiente para desenvolver o Programa.

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Dário Buzzi Superintendente do BRDE.

A primeira etapa, explica o superintendente do BRDE, é financiar o projeto de engenharia, definindo custo e cronograma. “Feito isso, a prefeitura decide se vai tocar o projeto. Para a execução da obra há três opções de financiamento: por meio de organismo da própria prefeitura, de uma empresa pública da prefeitura, ou de uma concessionária”, completa. Atualmente, Joinville e Blumenau, entre outros municípios catarinenses, possuem sistema da própria prefeitura. “Em Itapema temos a concessionária privada Águas de Itapema, e Tubarão está em fase de licitação”, exemplifica. Informações mais detalhadas sobre o assunto e contato com o banco podem ser encontrados no site do BRDE http://www. brde.com.br/, no link Financiamentos.

O BRDE (Banco regional de desenvolvimento do Extremo Sul) completa 50 anos comemorando mais de R$ 65 bilhões de recursos investidos na Região Sul. Uma referência em financiamentos de longo prazo para investimentos, capaz de transformar projetos em realidade.


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Governo Federal - Casa Própria

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Novas regras e prioridade à população de baixa renda Segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida receberá R$ 71,7 bilhões do governo e tem como meta contratar 2 milhões de unidade habitacionais até 2014

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governo anunciou, no último dia 12 de maio, que serão destinados R$ 71,7 bilhões para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Desses, R$ 62,2 bilhões serão provenientes do OGU (Orçamento Geral da União) e outros R$ 9,5 bilhões de recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) destinados à habitação. Segundo Inês Magalhães, secretária nacional de habitação do Ministério das Cidades, a meta é contratar dois milhões de unidades habitacionais até 2014. A segunda fase do programa foi aprovada pelo Senado Federal, na forma de Projeto de Lei de Conversão (PLV 10/2011), originado na Medida Provisória 514/10, que agora segue para sanção presidencial. A meta é contratar, num período de quatro anos, dois milhões de unidades habitacionais. Em entrevista coletiva concedida em Brasília, Inês Magalhães, informou que 60% das unidades habitacionais serão destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 1.395, com o subsídio do governo podendo chegar a 95% do valor do imóvel. Para adquirir a casa própria, essas famílias deverão arcar com 10% da renda, com limite mínimo de R$ 50, por 120 meses. Nessa modalidade, o imóvel não poderá ser vendido antes de 10 anos, a não ser que as famílias quitem o valor total, incluindo o subsídio. O objetivo, segundo Inês, é evitar a venda prematura do empreendimento. “A pessoa que decidir vender vai ter que pagar o valor total, sem o

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subsídio do imóvel. Caso a família tenha a venda como um fato, ela só pode vender o imóvel depois de quitá-lo”, informou. Outra mudança da segunda versão do programa habitacional é o fim do limite de cinco pavimentos para os prédios residenciais populares em áreas urbanas centrais e regiões metropolitanas e a possibilidade de instalação de comércio no térreo destes imóveis. A secretária explica que o objetivo da verticalização é ampliar a oferta de imóveis à população de baixa renda. Ainda de acordo com ela, ao liberar a exploração comercial no térreo dos empreendimentos, o governo possibilita uma saída ao custeio do condomínio. O Minha Casa, Minha Vida 2 prevê que mulheres separadas podem adquirir um imóvel mesmo sem a outorga do cônjuge ou no caso em que não houve divórcio judicial. Essa modalidade é limitada às famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00. Uma nova regra permite, ainda, a aquisição de imóveis, por meio do programa, nas áreas em processo de desapropriação, em operações de urbanização de favelas e assentamentos precários. Nesses casos, é possível a aquisição e cessão dos direitos de posse. Ao final do processo de desapropriação, o direito de propriedade do imóvel será transferido às famílias beneficiárias.


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Mercado Imobiliário

Diversificação é a onda Comércio regional e universidades modificam o perfil da clientela em Balneário Camboriú

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a temporada passada, entre dezembro e fevereiro, 2 milhões de turistas visitaram Balneário Camboriú, de acordo com a prefeitura. Levando-se em conta que a rede hoteleira tem cerca de 20 mil leitos, não é exagero dizer que os imóveis de veraneio foram a opção de centenas de milhares de turistas. No entanto, embora a influência do turismo no mercado imobiliário local continue forte, ela está menos predominante. Segundo o presidente do Secovi-SC, Sérgio Luiz dos Santos, o mercado está mais diversificado. Um dos fatores que contribuem para a diversificação é o comércio regional, afirma o dirigente. “Por estar próxima a Itajaí, Florianópolis, Brusque, Blumenau e também por ser hoje uma cidade dormitório em relação ao comércio de logística em função do porto de Itajaí, tudo isso tem dado outra conotação para Balneário Camboriú.” Outro fator, segundo Sérgio Luiz dos Santos, é a concentração de universidades. “Balneário Camboriú se tornou uma cidade, além de comercial, estudantil. Oferece um mercado estudantil com cinco universidades.” E a mudança no perfil da clientela se reflete no tipo de imóvel em oferta. “O imóvel mais vendido hoje é o de dois quartos, com duas suítes, dois banheiros e um lavabo”, conta Sérgio. Porém, mesmo com a demanda por imóveis de tamanho e preços menores, é pequena a penetração do programa Minha Casa, Minha Vida em Balneário Camboriú. “O programa pouco se adequa aos valores dos empreendimentos da cidade, em função da cota habitacional e dos altíssimos valores dos terrenos”, diz o presidente do Secovi. Segundo ele, Balneário vai continuar a ser um bom local tanto para investir em imóveis quanto para morar, mas o poder público precisa fazer sua parte. “O que hoje é cobrado pela água e esgoto em Balneário Camboriú é um absurdo, é uma taxa impagável. Os condomínios estão subindo exorbitantemente. E apenas uma chuva ou uma torrencial chuva impede a passagem dos carros na única via de acesso a SC, que é a BR-101, fazendo com que o cimento falte nas lojas de materiais de construção e ele chega a subir quase 50%.”

Sérgio Luiz dos Santos Presidente do Secovi SC

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Mercado Imobiliário

Aluguel sem fiador Cartão Da Caixa Em Santa Catarina, o cartão de fiança da CEF ainda não está totalmente consolidado, conforme informação do setor de comunicação e marketing da Superintendencia Regional da Caixa Econômica Federal. O produto, oferecido pelas bandeiras Visa e Mastercard, está enquadrado juridicamente como fiança parcial, cujo custo ao inquilino poderá ser até um terço das opções tradicionais de mercado. As imobiliárias terão que se cadastrar na Caixa para poder oferecer tais serviços aos interessados após os devidos esclarecimentos quanto à sua conveniente utilização.

Securitização A CBIC - Câmara Brasileira da Construção Civil - participa em Fortaleza de um painel para desenvolvimento deste importante segmento, visando desenvolver um futuro mercado complementar aos meios de financiamentos (Poupança e FGTS) até agora mais utilizados. Em dois ou três anos, devido ao crescimento do mercado imobiliário, serão indispensáveis novas e importantes fontes de capital. Em nossa próxima edição voltaremos ao assunto com mais informações.

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Seja um Investidor

Três principais modalidades de negócios Augusto de Andrade, da Visão Imóveis, aconselha a orientação de um corretor na hora de investir

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otes para construir, lojas comerciais para alugar e imóveis na planta para esperar a valorização. Esses são os três principais tipos de investimentos realizados, atualmente, na Grande Florianópolis, de acordo com o corretor Augusto César de Andrade, da Visão Imóveis. Segundo ele, Palhoça é a melhor opção para quem quer comprar lotes, por ser uma cidade próxima a Florianópolis e ainda com espaço para expandir. Esse investidor é, em geral, aposentado ou dono de pequeno negócio que adquire terreno com o objetivo de construir e depois comercializar a residência por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. A aquisição de lojas comerciais para alugar é outra boa opção no momento, diz Augusto, uma vez que o desenvolvimento econômico do país está impulsionando a criação de empresas e negócios. Em regiões como Campinas, em São José, o aluguel de uma pequena sala gira em torno de R$ 1,2 mil. A terceira opção de investimento, comprar imóvel na planta, traz retorno financeiro de cerca de 30%, segundo Augusto de Andrade. Entrar nesse mercado, no entanto, exige atenção, prin-

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cipalmente de quem pretende vender um imóvel que já possui para investir num que está sendo construído. É necessário botar na ponta do lápis, como conta o corretor da Visão Imóveis: “Tem de saber se o retorno será maior e mais certo do que o que já existe”. Augusto explica que a valorização dos imóveis varia de 10% a 15% por ano. Desse modo, se o imóvel que você quiser vender está alugado e o aluguel equivale a 1% do valor de mercado, você terá quase 30% de retorno anualmente. Ou seja, praticamente a mesma taxa de valorização de um imóvel na planta, mas com a vantagem de correr menos risco. De acordo com Augusto, um fenômeno relativamente novo na região é a construção de condomínios rurais fechados em municípios como Santo Amaro da Imperatriz e Rancho Queimado. São investidores, no entanto, de capital elevado. Por fim, Augusto ressalta a importância de ser bem orientado na hora de investir e diz que vale a pena contar com o trabalho de um corretor, que em geral tem mais habilidade para negociar que o investidor.


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Perfil

Sulbrasil é destaque em publicação nacional Sistema construtivo foi analisado em reportagem da Téchne

O sistema construtivo da Sulbrasil Engenharia é detentor do documento numero dois de avaliação técnica do Sinat (Sistema Nacional de Avaliações Técnicas)-DATec no 002 do Brasil. Isto demonstra liderança da construção de Santa Catarina no cenário nacional.

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Sulbrasil Engenharia e Construções Ltda, empresa catarinense com sede em Blumenau, apareceu em destaque na revista Téchne, uma publicação mensal da editora Pini que é referência nacional na área de engenharia civil. O sistema construtivo da Sulbrasil, que consiste em armar paredes de concreto moldadas no próprio local da obra, recebeu análise técnica de seis páginas na edição de fevereiro da revista. A análise começa com a descrição do sistema. As paredes estruturais, de concreto comum, têm 10 centímetros de espessura, mesma medida das lajes. Na cobertura são utilizadas telhas cerâmicas e madeiras obedecendo todas as exigências ambientais. As paredes são moldadas em formas com malha metálica de 10 cm x 10 cm e diâmetro de 4,2 mm. As fôrmas são montadas de acordo com o desenho do projeto, contemplando vão de portas e janelas. O sistema permite a construção de prédios de até cinco andares. A massa de concreto é transportada por meio de caçambas e gruas. Não é necessário equipamento para adensá-la nas formas, a não ser em um ou outro local específico. Feita a concretagem,

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deve-se esperar 15 horas, no mínimo, para a retirada das fôrmas. A produtividade chegou a 0,51 horas por metro quadrado na colocação das formas e a 4,82 horas por metro cúbico na concretagem. De acordo com a revista Téchne, os testes realizados pelo IPT de São Paulo atestam que a segurança ao fogo faz com que “as paredes dos sistema construtivo assegurem a estanqueidade, o isolamento térmico e a estabilidade estrutural pelo período de 30 minutos”. Outro teste realizado comprovou que não há problemas de expansão do concreto no sistema da Sulbrasil. A revista aferiu ainda que o sistema segue as normas brasileiras em relação à durabilidade da construção para prédios habitacionais. Ou seja, 40 anos, no mínimo, de vida útil – e 60 anos para projetos que levam materiais de qualidade superior. A Sulbrasil Engenharia informou à revista da Pini que as paredes e lajes, por serem estruturais, não podem ser “demolidas total ou parcialmente pelo usuário”. Toda e qualquer mudança deve ser acordada na fase de projeto.


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Mulheres na Construção Civil

Mulheres na construção civil: “O foco é a competência”

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e acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre 2002 e 2008, a participação feminina nos postos formais de trabalho aumentou 40,9%, cerca de 6% a mais do que a participação masculina no mesmo período. Na área da construção civil a situação não é diferente. A participação de mulheres é crescente no setor, situação que também é verificada em Santa Catarina. Se as mulheres ainda têm participação tímida em alguns postos de trabalho ligados diretamente à execução da obra, em outros setores elas ocupam cada vez mais espaços. A arquiteta pós graduada em Engenharia de Produção Lucilia de Godoy Ortega está há 22 anos no ramo. É a gerente de Engenharia da Hantei e garante que o preconceito à participação feminina no setor dominado por homens é imperceptível. “Não acredito em discriminação. O que se busca hoje no mercado é a experiência. Isso é determinante na contratação”, explica. Na Hantei, além de Lucilia, duas engenheiras, duas técnicas em edificações e duas almoxarifes contribuem para alimentar as estatísticas da participação feminina na construção civil. “Uma mulher não tem estrutura para carregar um saco de cimento, mas é mais competente que o homem em algumas funções. As ceramistas têm participação muito grande no mercado de trabalho no nordeste. Além do capricho elas são mais assíduas e dificilmente se envolvem com consumo de bebidas e drogas. As mulheres também têm mais facilidade de se adaptar ao trabalho em equipe”. Lucília acredita que seja necessário criar algum tipo de incentivo para que as mulheres ocupem os cargos disponíveis no mercado de trabalho. “Já procurei nos nossos prestadores de serviços ceramistas, pintoras. Passamos muito tempo sem qualificar mão de obra e acabamos perdendo para outros setores do mercado que ofereceram salários mais atraentes. Não tenho dúvida que se tivéssemos essa mão de obra feminina ela estaria empregada”, avalia. 30 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

Lucilia de Godoy Ortega, Gerente de Engenharia da Hantei Engenharia

O equilíbrio Um ambiente de riscos, em que a força física parece ser dominante podem ser fatores que afastem as mulheres da construção civil. “A obra é um local insalubre. Suja a roupa, o cabelo, o sapato e estamos expostos a riscos. É preciso gostar de verdade de suar, de se sujar”, cita Lucilia. A arquiteta pensa que equipes mistas de trabalho na construção civil sejam o ideal. “É muito bom lidar com as mulheres apesar de eu gostar muito de lidar com os homens. Eles são objetivos, pragmáticos. Você precisa de mais poder de convencimento para lidar com mulheres do que com homens”. Lucília acredita que quanto mais misturada for a equipe, melhor ela funcionará. “Para mim não existe homem, mulher, branco, negro, índio. Nosso foco é a competência. E quem for mais capaz terá seu lugar em qualquer setor, em qualquer ramo”, conclui.


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Mulheres na Construção Civil

Ivanilda, 36 anos, é servente de pedreiro desde 2009

Elas pegam no pesado E

las são vaidosas, trabalhadoras, mães de família...Até aí, características comuns atribuídas a uma mulher. Mas elas têm um diferencial: desafiam o preconceito e até mesmo a desigualdade no trabalho e estão conquistando os canteiros de obras da construção civil. Cerca de 200 mulheres disputam esse espaço profissional dominado por homens. Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste (Sinduscon), Lenoir Broch, a explicação para o ingresso de mulheres nos canteiros das obras é o aquecimento inédito do setor, impulsionado pelos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pelas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, além da facilidade de crédito para a compra da residência própria. No caso específico de Chapecó – cidade polo do Oeste - pode-se afirmar que a instalação de projetos de diversas empresas dos segmentos da indústria, comércio, serviços com ênfase na implantação de um shopping e das diversas universidades também justificam o crescimento do setor e, consequentemente, o aumento no número de vagas de trabalho. De acordo com dados (2009/2010) do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó (Siticom) existem mais de 3,4 mil profissionais atuando na área de abrangência do sindicato. Destes, 5% são mulheres. Com habilidades para trabalhos detalhistas e preocupadas com a segurança no ambiente profissional, elas ocupam cargos como pedreiras, eletricistas, operadoras de guincho, servente de pedreiro, entre outros. A analista de Recursos Humanos da Construtora Dimensão, de Chapecó, Luciane Blauth, destaca que a empresa conta com 11 mulheres atuando como servente de pedreiro nas obras. “O salário para o cargo é o mesmo tanto para homem quanto para mulher. Os critérios para contratar são ter bom porte físico e boa saúde física”. Luciane explica que as mulheres são mais organizadas e não costumam faltar ao trabalho. “O canteiro de obra está sempre em melhores condições higiênicas e a área de vivência e refeitório são mais 32 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

limpos quando há mulheres na equipe”. O presidente do Sinduscon Oeste complementa que essas profissionais, por serem mais sensíveis e cuidadosas, geralmente têm um perfil adequado para trabalhos de acabamento. Elas têm maior facilidade para perceber os defeitos de pintura, cerâmica, rejunte etc. O mestre de obras da Construtora Santa Maria, Paulo Gilberto de Oliveira, conta com cinco serventes de pedreiro na obra em que está à frente. “As mulheres são mais detalhistas e cuidadosas em relação à segurança no trabalho. Além de desempenhar a função de servente, elas cuidam da limpeza e organização do prédio em construção”, confirma. Ivanilda Fagundes, 36 anos, é servente de pedreiro desde 2009. Transporta massa e tijolos de um lugar para o outro na construção, faz massa, opera o guincho etc. Ela conta que trabalhou em uma padaria e num frigorífico, mas não gostou. “Encontrei na construção civil, o que gosto de fazer. Todos diziam que eu não aguentaria, mas quero seguir carreira. A gente, que não teve a oportunidade de estudar tem que buscar crescer no que faz. O caminho é aprender no dia a dia e fazer cursos. Fiz curso de guincheira e pretendo fazer o curso de pedreiro ou carpinteiro”. A servente Antonia Silva atua na função há oito meses. Ela conta que é colega de trabalho do marido e pretende continuar nesta área. A servente Classi Lucas da Rosa, 42 anos, trabalha há quatro anos na função. Maria Elena da Silva, 50 anos, trabalha há apenas 9 meses. No entanto, elas têm algo em comum. São vaidosas e pretendem atuar na área enquanto tiverem condições. Trabalharam em outros segmentos, mas preferem continuar neste, que é um dos ramos que mais cresce no país. As serventes de pedreiro Geni Alves, 53 anos, Ivonete Acosta, de apenas 23 anos, Edineusa Zanchet, 28 anos e Evandra Rachel, 28 anos, concordam com as demais profissionais entrevistadas e pretendem continuar atuando na área. “Aqui é mais sossegado. Somos respeitadas pelos colegas e pelos chefes e, a cada dia, aprendemos mais”, complementa Edineusa.


A construção civil é o novo espaço de atuação profissional da mulher, em Chapecó

Esquerda: Mulheres conquistam os canteiros de obras da construção civil; Direita, topo: Classi e Maria Elena atuam como serventes de obra e; Direita, abaixo: Ivanete, Geni, Edineusa e Evandra pretendem continuar atuando na área.

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Foto: Andréa Schmidt

Perfil

Celso Francisco Ramos Fonseca, Presidente da Estrutura Engenharia

Uma obra que chama a atenção Estrutura Engenharia entrega em agosto o prédio da nova sede da OCESC oncluído o prédio da Dígitro, a Estrutura Engenharia trabalha agora em outra obra que promete chamar a atenção na Via Expressa, em Florianópolis. É a nova sede da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (OCESC). Com 2 mil metros quadrados, cinco pavimentos e estacionamentos interno e externo, a obra tem custo aproximado de R$ 4 milhões. Ao todo, 30 funcionários tocam a construção, cujo prazo de conclusão, de oito meses, termina em agosto. “Iniciamos a obra em 18 de dezembro. Tivemos desde então 45 dias de chuva e os feriados de Natal, Ano Novo e Carnaval. Porém, a obra está com seu cronograma adiantado”, afirma o diretor-presidente da Estrutura, engenheiro Celso Fonseca, acrescentando que a data de inauguração já foi marcada pela OCESC para o fim de agosto. 34 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

Foto: Andréa Schmidt

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Foto: Andréa Schmidt

Para Celso, o projeto arquitetônico, desenvolvido pelo escritório Bragaglia, é um dos pontos fortes da obra. “O terreno natural tinha um declive acentuado que foi muito bem aproveitado. E o fechamento com vidro vai chamar a atenção de quem passa pela Via Expressa.” Já um dos pontos fortes da Estrutura como empresa de construcão civil é realização das fundações. Celso explica que a escolha do sistema usado na obra da OCESC levou em conta o conforto dos vizinhos. “Utilizamos estacas moldadas in loco com perfuração rotativa, para não incomodar a vizinhança”. Entre os destaques tecnológicos estão cabeamento estruturado, elevador sem casa de máquinas (o que reduz o consumo de energia elétrica) e vidros térmicos, além de controle eletrônico e câmaras de segurança em todo o prédio. Além da sede da OCESC, a Estrutura Engenharia realiza no momento duas outras obras. Em São José, estão sendo construídos os 22 mil metros quadrados do Residencial Arquipélago dos Açores – são três blocos de 13 pavimentos cada, com 198 apartamentos de dois quartos (uma suíte). A outra obra é um condomínio na Lagoa da Conceição com 19 casas, a ser entregue em dezembro. Ainda para este ano, há planos de empreendimentos no Campeche, Sacos dos Limões e Pantanal, além de serviços para terceiros.

Comparações entre o projeto e a obra já erguida

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Mercado Internacional

Obras e projetos alargam horizontes do mundo possível

Enquanto os Estados Unidos ainda sentem os efeitos da crise econômica, na América Latina, Europa e, principalmente, na Ásia os investimentos e as perspectivas futuras são crescentes

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mbora existam focos de expansão na América Latina, Europa e Ásia, o mercado imobiliário global, como um todo, ainda se recupera da crise que atingiu o setor americano a partir de 2006 e se espalhou mundo afora depois. Entre altos e baixos, o mercado não deixa, no entanto, de apresentar obras e projetos que alargam o horizonte do mundo possível. Seja pelo lado do avanço tecnológico, de que são exemplos o arranha-céu mais alto do mundo, em Dubai, e o projeto de outro arranha-céu, na Arábia Saudita, com mais de um quilômetro de altura. Seja pelo lado humano, como a história de sucesso do programa de habitação de Cingapura. Nos Estados Unidos, o desempenho do mercado imobiliário voltou a cair em 2011 depois de ter mostrado sinais de recuperação no ano passado. Em editorial publicado no fim de abril, o jornal The New York Times afirma que, em vista dos dados mais recentes, “o setor ainda está em profunda e ampla recessão”. De acordo com relatório do departamento de comércio americano, o número de imóveis prontos e postos à venda em março – 509 mil – foi o menor desde o início dos registros, em 1968. Já o número de imóveis em construção atingiu o menor índice em quatro décadas. Na China, os níveis de atividade são tais que o país pode erguer uma cidade do tamanho de Roma em duas semanas, segundo a revista inglesa The Economist. No entanto, esse ritmo, combinado com a alta no preço dos imóveis, geram dúvidas se há ou não bolha especulativa. Segundo a revista Finance Asia, 64 milhões de residências permaneceram inocupadas entre outubro e fevereiro. Os compradores são geralmente especuladores que evitam o aluguel na esperança de que terão ainda mais lucro vendendo o imóvel em condições de novo no futuro. Por outro lado, a inglesa The Economist é categórica

ao afirmar, em recente estudo, que “o mercado imobiliário chinês não é uma bolha prestes a estourar”. No pior cenário, o setor pode passar por ajuste, mas contínua urbanização e estável aumento da renda serão os pilares de forte demanda por imóveis nos próximos anos, diz a publicação. E os demais mercados? Uma pesquisa com 350 investidores europeus presentes na Mipim 2011 – a feira mundial do setor imobiliário, realizada março passado em Cannes, França – revelou que Alemanha e Leste Europeu são hoje os mercados mais atrativos do continente, além de Turquia e Rússia. Outro documento prevê que investimentos na América Latina e Leste Europeu vão crescer 40%. “Há enorme interesse no Brasil e particularmente São Paulo, mas nós também temos visto Colômbia, Paraguai, Peru e Panamá representados na Mipim pela primeira vez”, diz o diretor da feira, Filippo Rean. Já a força do mercado asiático foi mostrada em relatório da multinacional Cushman & Wakefield, segundo o qual o investimento na região, ano passado, alcançou 294 bilhões de dólares, mais da metade de todo o investimento mundial. “Com oito dos 20 maiores mercados situados na Ásia, a região vai continuar dominando enquanto os investidores são atraídos para cidades como Cingapura, Hong Kong, Xangai, Tóquio e Sidney. Nós também veremos alguma atividade se espalhar por mercados emergentes neste ano, incluindo Malásia, Indonésia e Índia”, analisa John Stinson, diretor-gerente da Capital Markets Asia Pacific. Na África, Nigéria e Ruanda aparecem em destaque. Durante a feira, o primeiro-ministro de Ruanda, Bernard Makuza, apresentou programa de desenvolvimento para a capital Kigali que prevê investimento de 6,7 bilhões de dólares.

Ilha Palm Jumeirah, em Dubai

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Sistema habitacional de Cingapura é modelo

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m Cingapura, 85% da população de 5 milhões vive em imóveis construídos e financiados pelo governo. Criado em 1960, esse sistema habitacional, provavelmente único no mundo, oferece inclusive imóveis de alto padrão para a classe média alta. A ocupação é organizada de forma a promover a integração das diversas etnias do país. Assim, num mesmo andar de um bloco residencial, por exemplo, vivem descendentes chinês, malaio e indiano, além de um estrangeiro (quase a metade da população não é nascida no país). O sistema de Cingapura foi mostrado num Globo Repórter do início de abril. A repórter Glória Maria visitou o que é considerado o maior conjunto habitacional do mundo, com sete torres e 1,8 mil apartamentos. Lá ela encontrou um aposentado que paga o equivalente a R$ 1,8 mil por mês de financiamento. Ele e um filho moram num amplo e moderno apartamento de três quartos. Segundo a brasileira Luciane Becker, que é corretora de imóveis em Cingapura, o financiamento pode ser de até 50 anos e passar de geração para geração.

Cingapura: modelo de sistemas habitacionais para o mundo

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Um marco da arquitetura e da engenharia

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naugurado em janeiro do ano passado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Burj Khalifa é a mais alta estrutura já construída pelo homem, com 828 metros. É, também, um marco da arquitetura e da engenharia, com inovações em planejamento, design e execução. Uma delas foi o sistema estrutural do prédio: um núcleo hexagonal reforçado por três pilares. Daí a forma em Y que permite sustentação lateral e diminui o estresse causado pelos ventos. Para evitar rachaduras devido ao forte calor de Dubai, a concretagem foi realizada apenas à noite e mesmo assim com gelo nos meses de verão. O prédio levou seis anos para ser concluído e custou cerca de 1,5 bilhão de dólares. O arquiteto-chefe do projeto foi o americano Adrian Smith. E a principal construtora envolvida, a sul-coreana Samsung. O Burj Khalifa é um colecionador de recordes mundiais. Tem, por exemplo, o maior número de pavimentos (160), os mais rápidos elevadores (64 km/h) e os mais altos restaurante (122º andar), deque de observação (142º) e mesquita (158º). No entanto, a façanha tecnológica que é o Burj Khalifa está para ser superada. Em abril deste ano, agências de notícias informaram que foi aprovada a construção da Kingdom Tower, na Arábia Saudita, que terá 1,6 quilômetro de altura, quase o dobro do Burj Khalifa. O projeto está a cargo de Adrian Smith, o mesmo que projetou o arranha-céu de Dubai, e tem custo previsto de 28,5 bilhões de dólares.

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Escolas da Construção Civil

Qualificação profissional ganha impulso Senai vai implantar oito unidades especializadas em construção civil no Estado, quatro delas serão móveis

Sérgio Arruda Diretor Regional do SENAI.

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Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com os Sinduscons (Sindicatos das Indústrias da Construção Civil) de Santa Catarina, vai implantar oito unidades especializadas em construção civil no Estado. Estão previstas quatro fixas – na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Oeste e Sul – e outras quatro móveis, que percorrerão as demais cidades do estado. O principal objetivo é ampliar a formação de profissionais para o setor. O anúncio foi feito durante a reunião da CDIC (Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção Civil) de Santa Catarina, pelo diretor regional do Senai, Sérgio Arruda, quando expôs uma série de informações relativas às escolas da construção civil. Ele iniciou listando os cursos já existentes, na área, nas oito regiões do Senai, no estado. A implantação dessas oito escolas vai representar um investimento de R$ 3,5 milhões. “Essas escolas representarão um momento alto para o setor, que poderá resgatar seu papel histórico na economia catarinense, contando com profissionais preparados e qualificados”, afirmou Helio Bairros, presidente da CDIC e do Sinduscon de Florianópolis. O diretor do Senai observou que a dificuldade maior é atrair pessoas para a construção civil. “As pessoas, especialmente as mais jovens, buscam formação em outras áreas”, afirmou. Por esse motivo, ele pediu a cooperação das empresas e dos sindicatos na captação dos alunos para os cursos. “A função de buscar pessoas para que o Senai possa treinar é dos sindicatos”, enfatizou Arruda. As unidades móveis serão ônibus devidamente equipados. E a distribuição dessas unidades pelos municípios, segundo o diretor do Senai, será feita de acordo com a demanda. Ele citou, 42 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

ainda, casos de bastante sucesso, onde o Senai interagiu com o Sinduscon e trouxe soluções: em Blumenau e em Balneário Camboriu. “O principal resultado que percebemos na escola foi a mobilização das empresas para levar os trabalhadores para a capacitação profissional”, comentou Jorge Luiz Strehl, do Sinduscon de Blumenau. “Assim levamos pessoas mais qualificadas para os canteiros de obras”, salientou. Arruda lembrou que, segundo a Revista Exame, o mercado deve continuar aquecido nos próximos cinco anos. Portanto, há necessidade estimada de oito milhões de empregos até 2015, o equivalente a 8,5% da força de trabalho. “Devem ser abertos, no Brasil, 1,9 milhão de postos de trabalho somente este ano”, diz o diretor do Senai. De acordo com ele, somente para este ano, a previsão da construção civil é de criação de 250 mil novos postos de trabalho.


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lh o c s e o d a c r e que o m o t n e im c e h colha o con

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em São José: Aprendizagem Industrial em: • Oficial de Edificações

Qualificação Profissional em: • Pedreiro de Alvenaria • Carpinteiro de Formas • Pedreiro Básico

• Assentador de Porcelanato • Mestre de Obras • Aplicador de Revestimentos Cerâmicos

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"Trabalhar na construção civil está em alta e sobram vagas

de emprego"

Fonte : Diári o Catar inens e

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Perfil

Macromaq fortalecida no Sul e Sudeste Empresa inaugura duas filiais e vai investir em outra em São Paulo

Em ordem da esquerda para a direita: Carlos Hernandez (Diretor Geral - JCB América Latina), Leandro Câmara (Gerente de Vendas JCB – Macromaq Equipamentos), David Bell (Diretor de desenvolvimento - JCB mundial), Sr. Luiz Pegoraro Sobrinho (Diretor Geral - Macromaq Equipamentos), Sir. Anthony Bamford (Chairman JCB), Fernando Pegoraro (Coordenador Comercial - Macromaq Equipamentos), Fabio Pegoraro (Diretor - Macromaq Equipamentos) e Nei Hamilton (Diretor de Vendas - JCB do Brasil)

L

íder no mercado de retroescavadeiras e empilhadeiras em Santa Catarina e Paraná, a Macromaq Equipamentos espera se fortalecer ainda mais na região com a abertura de duas filiais em 2011. A unidade de Joinville deve ser inaugurada até o fim de junho, e a de Maringá logo em seguida, no início do segundo semestre. No ano passado, a empresa ingressou no mercado paulista abrindo filial em Jundiaí. A sede fica em São José, às margens da BR-101, perto do trevo de Forquilhinhas. Também há filiais em Curitiba e Chapecó, que é o berço da empresa, criada em 1978. A expansão da Macromaq coincide com o bom momento nos negócios. De acordo com o diretor Fábio Pegoraro, 2010 foi um ano de “excelentes resultados em vendas e locações”. Do faturamento, 40% vem do aluguel de máquinas, 10% do aluguel de veículos, 38% da venda de máquinas novas e usadas e 12% da venda de peças e serviços. A área de locação é administrada pelo braço Macro Rental, cuja frota vai ser ampliada em 500 unidades neste ano. Na área de responsabilidade social, a Macromaq deu início recentemente a uma parceira com a Associação Catarinense para Integração

do Cego (Acic). Como resultado, a empresa conta com funcionários deficientes visuais entre os 395 que emprega. Também promove ações de sustentabilidade através da reciclagem de papel, papelão e óleo. A capacitação dos funcionários é feita em parte na própria empresa, no centro de treinamento localizado na matriz, em São José. A utilidade do espaço será ampliada no segundo semestre, segundo Fábio Pegoraro. “Pretendemos formar uma estrutura de cursos para o público externo, transformando em cursos práticos e teóricos a nossa experiência e qualificação na área.” Os principais fornecedores são a JCB, líder no mercado mundial de retroescavadeiras e Yale, maior fabricante de empilhadeiras dos Estados Unidas e terceira do mundo. Entre os clientes estão diversos nomes de peso como Ambev, Thyssen Krupp, Sadia, Klabin e Bunge. Em reconhecimento pelo bom desempenho, a Macromaq recebeu em janeiro a visita do presidente mundial da JCB, Anthony Bamford, que veio ao Brasil para assinar investimento de 100 milhões de dólares em uma nova fábrica da empresa a ser construída em Sorocaba, São Paulo.

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Urbanismo e Paisagismo

Lages Q

uem visita Lages por causa do turismo rural ou para curtir a Festa do Pinhão vai embora, muitas vezes, sem passear pelo centro da cidade, deixando de conhecer lugares históricos, agradáveis e até lendários, como o Parque Jonas Ramos, popularmente chamado de Tanque. Tão antigo quanto Lages, com lago artificial e chafariz, o lugar era frequentado por lavadeiras. É delas a famosa lenda local da criança que virou serpente. Os detalhes você pode perguntar a algum lageano que encontrar no Tanque.

Urupema E

m cidades pequenas as praças municipais são, em geral, o único exemplo de paisagismo do lugar. É o que ocorre em Urupema, no Planalto Serrano, mas com um toque especial. Um projeto arquitetônico deu harmonia ao conjunto formado pela praça Manoel Pinto de Arruda e a igreja matriz, destacando a pequena gruta, a cachoeira de pedras e o lago de trutas, além do termômetro eletrônico lá instalado. Não há quem passe e não olhe para a praça, nem que seja apenas para saber quanto frio está fazendo.

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Brusque B

rusque é uma opção de passeio que oferece pacote completo: compras, boa gastronomia e belos cenários urbanos graças à arquitetura, limpeza e organização da cidade. Depois de rodar pelo extenso comércio varejista de Brusque, nada melhor que saborear um marreco com repolho roxo ou se esbaldar nos cafés coloniais. É preciso energia porque falta conhecer atrativos como o Parque Zoobotânico, o orquidário, o observatório astronômico, o santuário de Azambuja, o paço municipal e os casarões antigos.

São Joaquim V

isitar a vinícola Villa Francioni é uma das melhores atividades a ser feitas por quem viaja a São Joaquim nos meses frios. A bela sede da vinícola, construída com 600 mil tijolos de demolição num terreno acidentado de quase 4,5 mil metros quadrados, conta com galeria de arte e decoração refinada, incluindo um lustre da família real portuguesa. O vinho produzido no local é de excelente qualidade. As visitas ocorrem diariamente, em três horários. Fica no km 70 da SC-438, a cinco quilômetros de São Joaquim.

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Ademir Pereira - Brusque

Fairtec vai apresentar as novidades do setor A

grande expectativa do Sinduscon de Brusque e Região é a Fairtec 2011 (Feira Tecnológica da Construção Civil), que será realizada nos dias 08 a 13 de novembro, e vai reunir o que há de melhor em novidades e tecnologias de produtos e serviços para o segmento da construção civil. O objetivo da Feira é oferecer aos expositores um ambiente ideal para o lançamento de seus produtos e grandes possibilidades de negócios. “A Fairtec já está começando a aparecer”, afirma o presidente do Sinduscon de Brusque e Região, Ademir José Pereira, observando que o evento, que acontece pela primeira vez, vai levar para Brusque as novidades em nível nacional no setor da construção civil. Ele conta, ainda, que estará dentro do evento o primeiro Salão do Imóvel e a Feira Tecnológica, com workshops e cursos para mão de obra. São esperados cerca de 80 expositores.

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Além da Fairtec, segundo Pereira, o Sinduscon tem pela frente uma convenção coletiva de trabalho – o aumento do piso, no ano passado, foi de 15% - e a inauguração da nova sede no Centro Empresarial de Brusque, que deve ocorrer no mês de junho. Ele lembra, também, do problema enfrentado pelo setor da construção civil, que é a carência de mão de obra especializada. “É quase zero. É muito difícil conseguir esse pessoal. Hoje somos obrigados a pegar o que aparece. Estamos atrasando obras em função da falta de mão de obra”, afirma. Ademir Pereira diz, ainda, que o Sinduscon de Brusque e Região está partindo para melhorar seu quadro social. “Existem muitas empresas em Brusque, mas, poucos associados”, conta, observando que o Sinduscon, hoje, tem 34 associados e pretende chegar aos 100. Brusque tem em torno de 400 empresas.


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SINDUSCON - A Força do Associativismo

José Carlos Santos Leal - Itajaí “A Construção Civil está pagando ótimos salários, podemos proporcionar treinamento gratuito e melhorar o padrão de vida do trabalhador catarinense”

Itajaí oferece bons salários e capacitação profissional

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om uma população acima de 183 mil habitantes, Itajaí tem o segundo maior porto do País em movimentação de contêineres e é o primeiro píer catarinense com alfândega para navios turísticos. Grande polo pesqueiro, a cidade dispõe de uma importante indústria naval, elevado IDH, com renda per capita e PIB entre os melhores do país, e tem no setor da Construção Civil um importante parceiro para a continuidade de seu acelerado desenvolvimento. Segundo o presidente do Sinduscon, José Carlos Santos Leal, em quase todos os bairros existem empreendimentos dos mais variados padrões. Na Praia Brava, estão sendo construídos sofisticados projetos, que Santos Leal acredita sejam os melhores da atualidade no Estado. “Estamos buscando, através da CDIC (Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção), a implantação de uma escola específica, visando a qualificação dos trabalhadores. A Fiesc, através do Senai, considerando recursos já disponibilizados conforme anunciado pelo presidente Alcantaro Corrêa,

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nos possibilitará garantir mão de obra treinada para que possamos dar atendimento às oportunidades que o mercado da construção está oferecendo” salienta. Empreendedor com larga experiência no sindicato dos construtores, Santos Leal destaca a necessidade de uma grande divulgação das oportunidades de trabalho disponíveis na construção civil, cujo nível salarial está acima dos demais setores da economia regional. “A Construção Civil está pagando ótimos salários, podemos proporcionar treinamento gratuito e melhorar o padrão de vida do trabalhador catarinense”, afirma. Como problema sério a ser resolvido na área de atuação do sindicato, José Carlos denuncia a excessiva burocracia nos dois cartórios de registro de imóveis de Itajaí. Iniciativas já foram tomadas por intermédio inclusive da OAB, mas até agora ainda não surtiram os efeitos desejados. O plano diretor também não tem evoluído de forma satisfatória, muitas vezes emperrando projetos importantes para o setor e a sociedade.


SINDUSCON - A Força do Associativismo

João Formento - Itapema

Burocracia e disputa judicial atrapalham setor

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Sinduscon de Itapema enfrenta, atualmente, dois problemas que atrapalham o desenvolvimento da construção civil na cidade. A entidade reivindica a abertura do 2º Ofício de Registro de Imóveis devido à demora para ser atendido no cartório já existente. Além disso, luta para reverter decisão da Justiça que impede a ligação de novos empreendimentos na rede de tratamento de esgoto. “Há necessidade de outro cartório pelo volume de negócios de Itapema”, diz o presidente do Sinduscon, João Formento, que também critica o cartório já existente: “Eles se dão ao luxo de fazer avaliação de imóveis, o que não é função de cartório de registros”. A Corregedoria Geral do Estado estuda o caso e, até o fechamento desta edição, não havia tomado decisão a respeito. O outro problema teve início com ação da Promotoria Pública visando a corrigir falhas na rede de esgoto. Com isso, a Prefeitura e a Companhia Águas de Itapema entraram em conflito sobre a quem cabia resolver o problema. O dilema provocou decisão judicial impedindo novas ligacões à rede até o fim do impasse. Em consequência, sete ou oito prédios recém-concluídos estão sem poder tirar o habite-se, conta Formento. “Fomos tomados de

surpresa por essa decisão. É uma disputa entre a Prefeitura e a Águas de Itapema e acaba sobrando para a construção civil.” Segundo Formento, a juíza que suspendeu novas ligacões já se mostrou sensível à situação do setor construtivo e deve voltar a se manifestar sobre o assunto. O que não ocorreu, no entanto, até o fechamento desta edição.

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Jair Paulo Savi - Criciúma

Estudo antecipa o crescimento urbano em 50 anos

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presidente do Sinduscon de Criciúma, Jair Paulo Savi, anunciou que o Sindicato, em conjunto com a Associação Comercial e Industrial do município, realizou um estudo sobre as potenciais áreas industriais e índices urbanísticos da cidade, considerando o crescimento urbano em 50 anos. Segundo ele, esse estudo foi apresentado e protocolado junto à Câmara de Vereadores de Criciúma para apreciação e está em processo de análise. Paulo Savi disse que o número de associados do Sinduscon, atualmente, chega a 40, mas a perspectiva de crescimento é de 12%, devido ao aumento da área de abrangência. “O Sinduscon de Criciúma comemora, também, a publicação no Diário Oficial da União sobre alteração estatutária de registro da entidade. Com o decreto do Ministério do Trabalho e Emprego em 02/02/2011, a entidade obteve o poder oficial de representar todas as empresas que trabalham com construção civil nas cidades da AMREC e AMESC, que correspondem a 26 municípios”, conta Savi, explicando que as eleições serão realizadas no final do primeiro semestre desse ano, em reunião convocatória a todos os associados. De acordo com análise do presidente do Sindicato da Construção Civil de Criciúma, as alterações nos comandos políticos no âmbito federal ou estadual ainda não trouxeram mudanças significativas para a

construção civil na região sul de Santa Catarina. “O mercado já estava consolidado e aquecido e continua com essa tendência. Contudo, espera-se que os cursos técnicos que são disponibilizados pelo governo federal, Organizações Não-Governamentais e instituições privadas venham suprir o déficit de mão de obra especializada e, dessa forma, o mercado da construção civil possa crescer e empregar um número maior de cidadãos, contribuindo ainda mais para o crescimento de nossa região e nosso país”, concluiu.

Paulo Obenaus - Jaraguá do Sul

Segurança aperfeiçoada em quatro módulos

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primorar a segurança em todos os processos da construção civil é uma das metas do Sinduscon de Jaraguá do Sul para este ano. A entidade está promovendo, em parceria com o Senai, um programa de aperfeiçoamento dividido em quatro módulos. “Todos no Sinduscon estão alinhados nesse aspecto”, afirma o presidente Paulo Obenaus. Dois módulos do programa de aperfeiçoamento foram realizados em março e abril: uma palestra para empresários do setor e um curso para engenheiros, mestres-de-obras e outros gestores que atuam nas construções. Os outros dois módulos serão ministrados até julho, cada um com oito horas de duração. O terceiro módulo é voltado para funcionários da parte operacional do canteiro de obra, enquanto o quarto é para aqueles que comandam máquinas, como gruas e elevadores. Além da preocupação com seguranca, Paulo Obenaus procura difundir entre os associados, cada vez mais, a importância da tecnologia. “Mas há reservas por conta do investimento necessário na aquisição de máquinas”, afirma.

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Arno Nardelli - Rio do Sul

Agilidade nas aprovações e alvarás de construção

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presidente do Sinduscon de Rio do Sul, Arno Nardelli, conta que o município tem uma novidade bastante positiva para o setor da construção civil. Segundo ele, está havendo uma maior agilização nos trâmites dos processos de aprovação e alvará da Prefeitura, o que acelera o início das obras. Nardelli destaca, também, que o setor ainda não está sentindo influências das mudanças nos governos estadual e federal, que assumiram este ano. “Porém, com a aprovação, pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, da Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí, com sede em Rio do Sul, aumentou o limite de valor financiado pela Caixa Econômica Federal de R$ 80 mil para R$ 110 mil, o que vem repercutindo muito bem na nossa região”, afirma o dirigente. Ele conta que a atual diretoria do Sindicato assumiu em setembro do ano passado, com um mandato de três anos, e continua com o processo de conquistar novos associados, além da montagem dos programas de capacitação profissional, especialmente em parceria com o Senai, com a novidade da implantação da Escola da Construção. “Porém, os resultados ainda estão para acontecer”, observa Arno Nardelli.

Victorio Antonio Bolfe - São Miguel do Oeste

Nova diretoria fará Adiretoria, encabeçada pelo empresário Ivo Bortolossi, que pretende dar continuidade aos trabalhos da atual gestão. Uma das novidades a ser no Sindicato são as reuniões itinerantes pelos municípios em reuniões itinerantes implantada que estão os associados da entidade. “Essa será uma forma de motivar os partir do mês de junho, o Sinduscon de São Miguel do Oeste terá nova

“Essa será uma forma de motivar os associados a participarem mais efetivamente das atividades”

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associados a participarem mais efetivamente das atividades”, conta Victorio Bolfe, presidente do Sinduscon por duas gestões. Segundo ele, durante seus mandatos foram conquistadas duas importantes parcerias. A primeira, entre a Amanco, Senai e Sinduscon, que viabilizou o curso de instalador hidráulico. O primeiro curso já foi ministrado em São Miguel do Oeste e formou 20 profissionais. O segundo, também com 20 alunos, está acontecendo em Itapiranga. É um curso gratuito, com 110 horas de treinamento. A outra parceria foi realizada entre o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), a prefeitura e o Sinduscon. “É um curso de maior duração, de pedreiro, com 220 horas”, explica Bolfe, observando que ocorrerá em São Miguel do Oeste e possui 20 vagas. “A previsão é de que seja viabilizada outra turma, devido à grande procura”, destaca o presidente do Sindicato. Ele conta, ainda, que durante suas gestões foram contratadas uma assessoria jurídica, que atende a área trabalhista – para acordos coletivos – e uma assessoria jurídica específica para o Sinduscon. E afirma que uma das lutas do Sindicato é a aprovação de um novo plano diretor para o município sede. A proposta para o novo Plano Diretor, segundo Bolfe, prevê a construção de edifícios de 20 andares nas áreas que terão cobertura de saneamento básico. Também, de acordo com a proposta, não poderá haver edificação nos limites do terreno, o que “possibilitará melhor visual e maior qualidade”. O Sinduscon de São Miguel do Oeste tem 18 associados espalhados por sete municípios: o município sede, Itapiranga, Iporã do Oeste, Guaraciaba (terra do novo presidente), São José dos Cedros, Guarujá do Sul e Maravilha.


SINDUSCON - A Força do Associativismo

Luis Carlos Presente - Joinville

Escolas vão reduzir a rotatividade do setor

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a reunião de abril da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção Civil (CDIC), o vice-presidente do Sinduscon de Joinville, Jorge Luiz Correia de Sá, salientou que as escolas em implantação pelo Senai vão contribuir para que o setor deixe de carregar o estigma de ter alta rotatividade e pagar pouco. “É preciso mostrar à comunidade que a construção civil tem futuro, que reduziu a rotatividade e que está pagando melhor que outros setores”, afirmou Jorge Luiz.

“É preciso mostrar à comunidade que a construção civil tem futuro, que reduziu a rotatividade e que está pagando melhor que outros setores”

José Sylvio Ghisi - Tubarão

Máquina alemã ajuda a enfrentar carência de mão de obra

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ma das grandes novidades levada a Tubarão pelo Sinduscon foi a apresentação, com demonstração, da máquina de projetar argamassa. Uma tecnologia do setor da construção civil que, segundo o presidente do sindicato, José Sylvio Ghisi, vai ajudar a resolver o problema da falta de mão de obra qualificada. Ela faz toda a argamassa e projeta na parede, diminuindo, assim, o trabalho operário. A moderna máquina de projeção de argamassa é chamada de duo-mix e é desenvolvida pela empresa alemã M-TEC Tecnologia e comercializada pela TTBG Comércio Exterior, de Chapecó. Segundo Ghisi, foram convidados para a apresentação e demonstração da máquina representantes do setor da Construção Civil de toda a região da Amurel (Associação de Municípios da Região de Laguna) – Braço do Norte, Capivari de Baixo, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Martinho, Treze de Maio e Tubarão. A intenção ao fazer esse evento, de acordo com o presidente do Sinduscon de Tubarão, além de mostrar essa tecnologia que vai ajudar a suprir a falta de mão de obra qualificada e acelerar os trabalhos com qualidade, é incentivar a filiação ao Sindicato, que hoje conta com 22 associados. Uma grande expectativa do Sinduscon de Tubarão, assim como da maioria dos Sindicatos da Construção Civil, também é a abertura de escolas para treinar mão de obra para o setor, especialmente, em parceria com o Senai. “O volume de obras continua crescendo no Brasil, o grande problema é a falta de mão de obra”, afirma José Sylvio Ghisi.

“O volume de obras continua crescendo no Brasil, o grande problema é a falta de mão de obra”

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Albraino da Silva Brasil - Lages

Nova sede para mais associados O

presidente do Sinduscon de Lages, Albraino da Silva Brasil, espera ocupar as novas instalações da entidade, na rua Nossa Senhora dos Prazeres, ainda neste primeiro semestre. O novo endereço é um dos pontos-chave na meta de ampliar o número de empresas associadas. “Estamos fazendo um trabalho corpo a corpo, ligando para todas as empresas para informar que teremos um espaço muito bom que poderá ser usufruido pelos associados, com salão para palestras e reuniões de 60 a 80 lugares”, diz Albraino Brasil, que assumiu a presidência em dezembro passado. Segundo ele, a ideia é que cada associado ajude a aumentar a representatividade do sindicato assumindo um determinado número de empresas a contatar. O trabalho em prol das empresas nas negociações do dissíduo é um dos argumentos que Albraino Brasil apresenta para destacar a importância do associativismo local. Entre as ações em andamento no Sinduscon de Lages estão a participação em programa de prevenção de acidentes e uma campanha de vacinação de funcionários.

Leonir Broch - Chapecó

Os desafios à frente do Sinduscon do Oeste O

novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste (Sinduscon), empresário Lenoir Antonio Broch, tem planos consistentes para o fortalecimento da entidade e, consequentemente, do setor, no Oeste catarinense. Atualmente, existem na região de abrangência do Sinduscon aproximadamente 500 empresas que geram mais de 5 mil empregos diretos, sendo que, em Chapecó, estão aproximadamente 60% deste total. Entre as empresas associadas ao Sinduscon, muitas se destacam pelo nível de qualificação e emprego em tecnologias de ponta para a atividade, tanto nos aspectos construtivos como nos aspectos de saúde e segurança do trabalhador. “Atingimos nos últimos anos um estágio de crescimento razoável, mas temos um grande caminho a percorrer, formando mais profissionais, padronizando sistemas e apoiando os associados que investem em tecnologia e qualificação de mão de obra”, salienta Broch. Ele destaca que, à frente do Sinduscon, os planos consistem em defender os interesses da categoria econômica; fortalecer o sindicato como entidade associativa, buscando valorizar sua importância política e representativa; fortalecer as iniciativas de diálogo e as parcerias entre empresas e colaboradores através dos sindicatos; além de aproximar o sindicato das associações com interesses similares. As metas para este ano são a reativação da escola da construção, capacitação e qualificação da mão de obra e apoio às iniciativas de obtenção de certificação de qualidade. “Buscaremos parcerias, visando a redução das taxas de analfabetismo na atividade e aumento da participação das empresas no sindicato”, complementa. Hoje, com os investimentos que acontecem na região e a necessidade de atender as demandas da indústria, existe uma defasagem em torno de mil trabalhadores nas mais diversas áreas da cadeia produtiva da construção civil. “Precisamos trabalhar para recuperar a autoestima do nosso colaborador da construção civil, fazendo-o perceber que sua profissão é nobre e muito bem remunerada se houver interesse no próprio 60 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

crescimento”, diz Broch. O presidente revela ainda, que é necessário mudar o quadro existente da preferência de muitos profissionais pelo seguro desemprego e a informalidade. Chapecó tem mais de 12 mil beneficiados, o que não condiz com a oferta de empregos existentes atualmente. Casado com Jussara Tumelero, com quem tem duas filhas - Isadora e Betina -Broch tem 50 anos de idade, é graduado em direito pela UFRGS e dirige a Broch Empreendimentos Ltda. A empresa foi fundada em 1953, mas ingressou no ramo de construção civil em 1992. Tem certificação ISO 9000/2008 e também atua em empreendimentos florestais e imóveis urbanos.


SINDUSCON - A Força do Associativismo

Helio Bairros - Florianópolis

As demandas de um consumidor mais exigente C apacitação de pessoal, através de treinamentos em escolas especializadas e maior atuação das mulheres são as duas principais soluções para a falta de mão de obra qualificada na construção civil, atualmente, segundo o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros. Esse é um problema enfrentado pelo setor em todo o país e que está preocupando os empresários. Para ele, o otimismo com o crescimento do setor, no Brasil, continua. “Enquanto o governo estiver apostando na construção civil, só vamos crescer”, afirma Bairros. Ele vê grandes perspectivas, principalmente com relação às famílias de baixa renda. “Temos mais uns 20 anos de trabalho com relação ao mercado em si”. Segundo Bairros, cada vez é maior a procura por imóveis. “Mesmo quem está na faixa de zero a três salários mínimos, está procurando adquirir imóveis. O mercado é gigante”, garante o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, lembrando que o investimento do governo em financiamento de imóveis para famílias de baixa renda é a única maneira de diminuir, senão eliminar, as favelas e ocupações irregulares “A gente se pauta por pesquisas, por estudos do perfil do consumidor ao produto que ele está querendo”, conta, observando que também seguem o que o Plano Diretor de cada município determina. “Se está prevista alguma construção naquela região e tem demanda, provavelmente vai sair”, diz. Segundo Helio Bairros, o consumidor, hoje, está muito mais exigente.

Carlos Haacke - Balneário Camboriú

Missão cumprida com entrega da nova sede

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A entidade conta atualmente com cerca de 170 membros e continua crescendo

ara um profissional da área de construção civil encerrar um trabalho significa entregar uma obra. É justamente assim que o empresário Carlos Haacke pretende se despedir da presidência do Sinduscon de Balneário Camboriú: com a entrega, no segundo semestre, da nova sede da entidade e do centro de medicina laborativa. As eleições da diretoria ocorrem em outubro. Há cinco anos na presidência, Haacke diz que “chegou a hora de outro associado assumir a função”. A entidade conta atualmente com cerca de 170 membros e continua crescendo. Segundo Haacke, houve de oito a 10 adesões desde janeiro. Entre as ações realizadas atualmente o presidente destaca uma parceria com a Prefeitura de Balneário Camboriú na obra do binário, como é chamada a reurbanização das avenidas Martin Luther e do Estado. A parceria se dá por meio da Transferência de Potencial Construtivo, um instrumento legal que permite à Prefeitura repassar para outro terreno o potencial de construção de áreas desapropriadas. Sobre o prédio previsto para ser o mais alto da América do Sul, um arranha-céu de 200 metros de altura a ser construído em Balneário, provavelmente a partir do ano que vem, Carlos Haacke diz que o projeto está sendo finalizado. Ele não revela o nome da empresa responsável, apenas afirma que é associada ao Sinduscon e “tem café no bule” para uma obra desse porte. CONSTRUINDO SANTA CATARINA 61


Histórias de Vida

Organização Feminina na Construção Civil

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O

s estudos comprovam: o desempenho da construção civil é o melhor dos últimos 24 anos. E nessa alavancada do setor inclui a presença cada vez mais forte e indispensável da mão de obra feminina. De engenheiras a auxiliares de limpeza, há vagas no setor em Santa Catarina que estão sendo preenchidas por profissionais de outros estados. As mulheres buscam a qualificação para ocupar os postos de trabalho e invadem um mundo que até pouco tempo era o universo masculino. No canteiro de obra do Ocean Palace, da FG Empreendimento, em Balneário Camboriú, um destaque. A auxiliar de serviços de limpeza Marlene Ortega Ortiz, 48 anos, é a única mulher entre as dezenas de trabalhadores no local. Ela trabalha na empresa há quase dois anos e é a primeira experiência na construção civil. “Eu morava em Dourados (MS) e meu filho convidou eu e meu marido para virmos conhecer a praia de Balneário Camboriú. A gente veio e gostou da cidade. Meu marido resolveu ficar e procurar emprego. Acabou conseguindo emprego na FG Empreendimentos. Eu voltei para casa, mas em seguida também me mudei pra cá e vim trabalhar no mesmo lugar que ele”, conta Marlene sobre o esposo, o pedreiro Fausto Ortiz. Marlene explica que hoje está muito bem adaptada à missão diária de deixar a obra em condições de trabalho. “Varro as escadarias, limpo os banheiros. Deixo tudo em condições para que eles possam trabalhar sem riscos”, conta. Porém, no começo não foi fácil. “Nunca sofri nenhum tipo de preconceito ou desrespeito. Mas não me sentia bem. É um ambiente onde só tem homens. Eu já trabalhei numa empresa com mais de 300 funcionários. Mas tinha homens e mulheres. Aqui foi difícil a adaptação. Agora está tudo bem. Estou feliz aqui. O salário vale a pena e quero ficar aqui. Não vou ficar pulando de galho em galho”, encerra.


Emprego

Para atrair o futuro profissional Massa salarial atinge metade do custo da obra e empresas investem em formação e tecnologia

P

or causa da carência de mão de obra no mercado da construção civil e a disputa por bons profissionais, a massa salarial chega a representar, atualmente, 50% do custo da obra. Na década de 1990, o custo girava em torno dos 20%. “Essa questão agora vai estar sempre na agenda”, diz o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Hélio Bairros. Segundo ele, há dois caminhos a ser seguidos pelas empresas. Um deles passa pelas escolas da construção civil. “Precisamos de centros de formação para atrair o futuro profissional, sensibilizar aquelas pessoas, jovens e mulheres, por exemplo, que estão fora do mercado”, afirma. Outra saída é investir em novas tecnologias, apostar em máquinas que aumentem a produtividade. “O mercado está se sofisticando”, diz.

O salário de servente de pedreiro, hoje, passa de R$ 1 mil, enquanto o de pedreiro fica acima de R$ 1,5 mil. Profissionais gabaritados, com experiência no ramo, podem ganhar até R$ 8 mil. Bons salários e vagas em aberto têm atraído trabalhadores de fora do Estado. Há canteiros de obra em que não é difícil escutar sotaques de outras regiões, como o Nordeste. A falta de profissionais também afeta os segmentos ligados à construção civil. Um exemplo é o setor de mármores e granitos, que requer especialização e treinamento. De acordo com o empreendedor Cristiano Cardoso, proprietário da Arte e Pedras Mármores e Granitos, de Balneário Camboriú, “há profissionais que chegam a fazer leilão por melhores salários”.

Bons salários e vagas em aberto têm atraído trabalhadores de fora do Estado

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Legislativo Municipal em Destaque

Câmara de São José busca a sustentabilidade Preocupação com o meio ambiente e a redução de custos, mais a presença efetiva na comunidade são as ações do Legislativo josefense

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Câmara de Vereadores de São José é um dos primeiros prédios públicos do país a utilizar energia eólica, o mesmo tipo utilizado pela Casa Branca, nos Estados Unidos. O aerogerador pode produzir mais de 500 kWh de energia limpa por mês, o que traz uma economia considerável para os cofres públicos. A Câmara Municipal utiliza, também, um sistema de reaproveitamento da água da chuva em banheiros, jardins e limpeza, o que chega a proporcionar uma economia de até 50% na conta da água. E a área envidraçada na face do prédio que dá para o belo panorama da Baia Sul permite uma redução da energia elétrica nas salas e corredores. Além dessas inovações na área da sustentabilidade, atualmente, o órgão legislativo vem procurando fazer um trabalho totalmente dirigido para as comunidades, com o objetivo de, realmente, suprir as necessidades dos moradores josefenses. “Para isso, estamos levando a Câmara para dentro das comunidades, fazendo com que as pessoas participem das sessões”, conta Neri Amaral, presidente da Câmara de São José e empresário do ramo de seguros, explicando que, para isso, estão fazendo reuniões itinerantes, a cada dois meses. “Mas, já vimos que é pouco. Teremos que passar a fazer, pelo menos, uma vez por mês”, observa. “A Câmara nos Bairros” também é um projeto do vereador Neri

Amaral. É um programa da TV Câmara São José, no qual, segundo ele, a emissora mostra o que está acontecendo em cada bairro e, em seguida, os vereadores discutem as melhorias e encaminham ao executivo municipal. “A equipe da TV vai até a comunidade conversa com os moradores e pergunta se tem interesse em falar, seja para elogiar, criticar ou fazer solicitações”, conta Amaral, comentando: “estamos fazendo de tudo para ajudar. Estamos preocupados que as obras sejam feitas de acordo com as necessidades da população”. O município de São José é o quarto em população, quarto em eleitorado e em economia está entre o sexto e o sétimo colocado no estado – já chegou a ser o quarto. “Nosso município é rico e temos uma boa arrecadação”. Quando se trata de economia, Amaral lembra logo do empresariado. “O pulmão da federação, do Estado e do município é o empresário, pois é ele quem gera empregos e paga impostos. Por isso, precisamos tratá-lo com maior carinho, principalmente o empresário da construção civil, já que é a maior indústria de empregos que temos”, afirma. E é também por isso que ele defende a importância de dar mais atenção à educação. “Precisamos qualificar nossos jovens, criar escolas profissionais. Sendo um bom profissional não vai ficar desempregado, já que nosso mercado é carente de profissionais. Os jovens, a partir dos 13/14 anos, deveriam fazer cursos profissionalizantes”, defende o presidente da Câmara de São José.

Fotos: Scarlet Silva

Neri Amaral Presidente CMSJ

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Perfil

Da laje ao bloco de concreto Em 15 anos no mercado, Silva Pré-Moldados teve seu melhor ano em 2010 e conquista espaço com qualidade, pontualidade, assistência e compras pela internet Jaime Luiz da Silva, Proprietário da Silva Pré-Moldados

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ma das maiores vendedoras de lajes pré-moldadas de Palhoça, com clientes de Criciúma a Balneário Camboriú e de Florianópolis a São Joaquim, a Silva Pré-Moldados pretende ampliar o leque de produtos a partir do ano que vem, com a produção de blocos de concreto. “No futuro serão usados só blocos”, diz o dono da empresa, Jaime Luiz da Silva, lembrando-se em seguida das olarias da região que fecharam devido à pequena demanda por tijolos. “Havia uma aqui ao lado”, afirma, apontando os fundos da propriedade. A história das olarias é totalmente oposta à da Silva Pré-Moldados. Jaime já tinha 17 anos de experiência no ramo, como gerente, quando abriu a empresa, 15 anos atrás. Desde então, ela vem crescendo gradativamente e teve, em 2010, seu melhor

ano. Dos 11 funcionários, alguns estão na empresa desde o início. “Qualidade e pontualidade são o nosso forte. Além disso, atendemos bem os clientes e damos assistência”, afirma Jaime, que tem um caminhão para entregas, mas volta e meia, quando a demanda é grande, recorre a um fretista que conhece há 15 anos. A empresa fabrica lajes pré-moldadas convencionais e treliçadas. As construtoras representam 60% da clientela e os consumidores finais, 40%. Como boa parte dos clientes é habitual, muitos negócios são fechados e pagos pela internet. “Nem vejo o engenheiro que fez o pedido”, diz Jaime, com uma ponta de deslumbramento. Para ele, a única coisa que não vai bem no momento é a carência de cimento no mercado catarinense. CONSTRUINDO SANTA CATARINA 65


Desastres

O olho do

furacão

Atlas identifica áreas de risco de desastres naturais em Santa Catarina

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nchente na década de 80. O Furacão Catarina em 2004. A tragédia do morro do Baú em 2008. O vendaval na região oeste em 2009. Estes são alguns dos fenômenos naturais extremos que estão sendo utilizados como base de estudo para a montagem do Atlas de Desastres Naturais de Santa Catarina. Coordenado pela professora pós doutorada em desastres naturais, Maria Lúcia de Paula Herrmann, do departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pesquisa tem apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e dará subsídio à formulação de políticas públicas nas áreas do meio ambiente, planejamento urbano e social. O documento fica pronto até o final deste ano. O Atlas reúne o trabalho de vários pesquisadores com destaque para os 30 anos de estudos que comprovam a in66 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

fluência dos fenômenos meteorológicos em várias regiões de Santa Catarina realizado pela professora. Além da versão impressa, a proposta é tornar o material acessível à sociedade. “As pessoas poderão acessar o Atlas pela internet e identificar em seu município as regiões problemáticas. O Atlas mostra os 10 municípios mais impactantes do Estado. Blumenau lidera o ranking. Os municípios do oeste se destacam pela seca e os vendavais. Saber quais são os municípios mais afetados por desastres tornará um projeto preventivo mais eficiente”, explica Maria Lúcia. A Fapesc destinou R$ 2 milhões para os 17 projetos distribuídos em três linhas de pesquisas: sistemas de alertas de eventos extremos; estabelecimento de planos de ocupação territorial com base no estudo de áreas de risco e capacitação da sociedade civil e órgãos governamentais na prevenção e atendimento de ocorrências de eventos extremos. “Do valor total, falta repassar pouco mais de R$ 250 mil”, conta a coordenadora de projetos da Fapesc, Maria Zilene Cardoso.


Foto: Daniel Galvão e Orlando Ferretti

Causas e consequências

Prof. Maria Lúcia, coordenadora do GEDN e Prof. Cendrero

São muitos os fatores para as inundações, escorregamentos e secas. Maria Lúcia lembra que não é possível culpar somente as alterações ambientais. “A população está crescendo e ocupando ás áreas de forma desordenada. Há anos os registros catastróficos são os mesmos em vários lugares e mesmo assim as áreas são ocupadas. Outro fator é que o crescimento desrespeita a morfologia do local. Os rios são canalizados, as margens são ocupadas, são jogados dejetos dos mais diversos nos rios. As cidades crescem com infraestrutura mal dimensionada e sem manutenção. Estão construindo sem controle”, alerta. Com o Atlas os governos municipais e estadual terão condições de saber onde agir. “O Atlas mostra a dinâmica desses fenômenos por mapas e explicações sobre o clima no nosso Estado: o que são os desastres, onde e como eles acontecem são algumas das explicações contidas no material. Além de orientar sobre os desastres no Estado, o Atlas vai aliar ainda os custos. Em 2004 a Defesa Civil iniciou um levantamento dos prejuízos por tipo de desastre. Vendaval é diferente de inundação. É diferente quando é na cidade quanto na área agrícola. Já foi comprovado que cada desastre tem um custo muito alto e que se nos municípios mais afetados investir em prevenção, o prejuízo material e humano será menor”, encerra.

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Desastres

Santa Catarina inicia execução de projetos de prevenção a desastres

Foto: Rubens Flores

Major Marcio Luiz Alves, secretário adjunto da Defesa Civil de Santa Catarina

O

crescimento das cidades. A invasão de áreas de preservação permanente. As construções em áreas de risco. Os eventos climáticos cíclicos. Ingredientes aliados à posição geográfica que são suficientes para colocar Santa Catarina no foco das catástrofes no país. No decorrer dos anos, centenas de registros de áreas devastadas. Vidas ceifadas. Após cada evento, os mesmos questionamentos: isso poderia ter sido evitado? Depois da tragédia de 2008, quando a pacata região do morro do Baú se tornou conhecida em todo o Brasil por causa do deslizamento de terra que ceifou mais de uma centena de vidas, foi criado o Grupo Técnico Científico (GTC), instituição de prevenção a catástrofes naturais de Santa Catarina. O GTC foi uma extensão do Grupo de Reação, criado pelo governo catarinense imediatamente à catástrofe. “O GR buscou socorrer os desabrigados, dando-lhes o necessário para minimizar o sofrimento imediato enquanto outra equipe buscava junto ao governo Federal a liberação de recursos para resolver os problemas”, recorda o secretário de Defesa Civil, Geraldo Althoff. Desde então, ações e projetos de infraestrutura estão sendo realizadas pelo governo catarinense para prevenir desastres. As ações são integradas entre as secretarias e departamentos estaduais. “Falando especificamente em obras, estão sendo realizadas algumas estruturais que têm como objetivo a prevenção de desastres como o monitoramento e a manutenção das barragens que hoje são monitoradas online na região do Alto Vale do Itajaí. Foram instaladas câmeras de vídeo e sensores que coletam dados que são enviados via satélite para a central do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) a cada meia hora. Assim a sociedade pode acompanhar a situação atual das barragens”, comenta o secretário adjunto de Defesa Civil, major Márcio Luiz Alves. Outra ação governamental também já está em vigor. “Depois de 2008, surgiram regras. Uma delas é que toda a construção e reformas em prédios públicos têm que ter captação de água de chuva. Se chover demais há um controle dessa água, que vai para um reservatório para ser usada em outro momento. E esse momento pode ser um período de seca que igualmente também é uma catástrofe que abala vários municípios catarinenses todos os anos”, acrescenta o adjunto da Defesa Civil. 68 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

Márcio explica que o governo assim como as localidades afetadas e as pessoas atingidas em 2008, ainda estão em fase de reconstrução. “O desastre foi tão significativo que até hoje muito do que foi destruído não foi recuperado. O Estado tem um planejamento e, naquele momento, não estava nos planos a reconstrução. Tem a burocracia para liberação de recursos. Temos um passivo do desastre”, cita. Apesar de nem todas as áreas terem sido reconstruídas, Márcio lembra que a reconstrução está sendo feita com base em projetos preventivos. “Cito o caso do deslizamento de terra na BR-101, que deixou a rodovia interditada por vários dias. Tem também a obra de contenção da encosta na SC-401, onde tivemos uma vítima em 2008. São duas obras em que foi investida tecnologia e recursos de um projeto preventivo”.

Sem percepção de risco Márcio Luiz Alves reforça o discurso de estudiosos de que a população brasileira não tem preocupação com prevenção. “Tivemos grandes eventos em Santa Catarina nos últimos 37 anos da história recente de desastres, e só agora é que a construção civil começa a repensar nos processos construtivos. Isso é a comprovação de que nosso povo não tem noção da importância da prevenção. Se a população não tem, o político não tem e assim sucessivamente. Em relação aos construtores, a ideia sempre foi fazer um loteamento, um prédio para vender. A segurança de desastres agora começa a ser foco da construção civil. Mas ainda é muito lento”, avalia. Para o major da Defesa Civil o governo também pecou em algumas obras públicas. “Temos o registro da destruição do hospital Santa Inês, de Balneário Camboriú e do Santa Catarina, em Blumenau, durante as tragédias. E isso não pode acontecer. São pontos de atendimento em momentos de desastres que não tiveram atenção na hora de serem construídos. E isso não vai mais acontecer. Agora existe esta preocupação. Temos muito que trabalhar ainda. Hoje já sabemos da importância da prevenção. Os projetos estão sendo feitos e começam a ser executados. A vontade política aumenta cada vez mais. E isso é importante para termos êxito”, diz.


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Desastres

Estudo da UFSC vai mapear fenômenos climáticos no Brasil

U

m estudo elaborado pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina (Ceped/UFSC) irá mapear as áreas com maior risco e as mais afetadas por fenômenos climáticos no Brasil. O Planejamento Nacional de Gerenciamento de Riscos (PNGR) começou a ser feito em outubro de 2010. Nos próximos dias será concluído o levantamento e diagnóstico das áreas de risco do país, a primeira das três etapas previstas. O trabalho é coordenado pelo diretor do Ceped/UFSC, o professor doutor Antônio Edésio Jungles e envolve uma equipe multidisciplinar que percorreu todos os estados para realizar o levantamento das áreas de risco. “A primeira fase do trabalho encerra em junho e será possível a formatação de informações que subsidiam a tomada de decisões em nível nacional. Hoje

temos pelo menos 50 mil dados de ocorrências de desastres no Brasil. Nosso desafio é a produção de um material técnico confiável e útil à tomada de decisões para a elaboração da política pública de prevenção nacional”, explica. De acordo com Edésio, devido à complexidade do trabalho, alguns dados já foram repassados à Secretaria Nacional de Defesa Civil para que possam ser definidas algumas prioridades. “O governo federal quer desencadear um processo de priorização de recursos que envolva vários ministérios, para que a haja uma ação integrada nas cidades com maiores riscos de desastres. Ainda não podemos divulgar quais são as cidades, mas citemos Blumenau, que é uma cidade crítica, que não vai escapar das que estarão incluídas nesse processo de gestão de risco. O governo investirá para tornar a cidade mais segura, com mais capacidade de suportar aos impactos de eventos naturais”, informa. O professor lembra que serão necessárias obras de infraestrutura nas zonas de risco e também um grande trabalho de conscientização. “Isso inclui o plano diretor, a identificação das áreas de risco, a identificação do movimento de massa, da parte inundável. Serão necessárias obras, a retirada de pessoas e a criação de um plano de contingência para que na hora do evento as pessoas saibam o que fazer para evitar as mortes”. Os resultados do trabalho serão divulgados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Prevenção é mais barato

Prof. Antonio Edésio Jungles

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Conforme Antônio Edésio, o governo já tem consciência de que é muito mais barato investir na prevenção do que custear os estragos de um evento natural. “Existem estudos que demonstram que com US$ 1 aplicado na prevenção o governo economiza US$ 8 do processo de reconstrução”, garante. De acordo com Edésio, um dos grandes enfrentamentos será mudar o pensamento das pessoas. “Não temos tradição de prevenção e de fiscalização. No momento que tivermos o mapeamento de risco, e a população perceber as ameaças que ela tem, ela vai dizer: “Aqui ninguém via construir!, ou que se alguém vai construir que assuma as responsabilidades”, acredita. O professor cita dois problemas que também terão que ser superados com a gestão de riscos. Um deles envolve as favelas. “As casas são construídas e o poder público não fiscaliza. E tem o outro aspecto que são as construções ditas legais que conseguem construir sem a lei permitir ou até mesmo conseguindo alterar a lei. Hoje percebemos bairros crescendo em algumas cidades de forma assustadora. Lugares onde eram permitidos quatro andares, hoje podem oito, nove. Porém não houve dimensionamento do abastecimento de água, energia, saneamento e viário. Se tivermos regras claras será bom para todos. Tanto para a população quanto para quem constrói”. Na segunda etapa do PNGR haverá o cruzamento das informações dos locais afetados com as catástrofes para traçar a vulnerabilidade da cidade. Definidas as áreas, a etapa final será a capacitação e treinamento dos profissionais da Defesa Civil para que eles possam usar o sistema de forma adequada e também alimentá-lo.


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CREA

Prevenção de Catástrofes Naturais: CREA sugere o Geoportal Catarinense

A

lém da missão de valorizar, fiscalizar e orientar a atuação dos profissionais e empresas registradas, o CREA-SC trabalha fortemente nas questões sociais e de preservação ambiental, envolvendo-se sempre nos assuntos que compreendem as profissões da área tecnológica no estado. Um exemplo é a prevenção e campanhas relativas às catástrofes naturais. Nas cheias do ano de 2008 em Santa Catarina o Conselho lançou a campanha CREA Solidário, mobilizando as inspetorias para ajuda às vítimas e os profissionais registrados para o auxílio à Defesa Civil, possibilitando ainda a taxa mínima de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, através de convênios com as Prefeituras para a reconstrução de moradias. Conselheiros do CREA auxiliaram no trabalho de reconstrução das áreas e municípios mais atingidos, e até hoje, sempre que repetem-se episódios de cheias e deslizamentos, elaboram laudos e perícias para a Defesa Civil. 72 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

O Geólogo Rodrigo Sato, que trabalha ativamente na área, adianta que mesmo com o fato das ocasiões de extremidade climática serem cíclicas, ou seja, de tempos em tempos tornam a acontecer, alguns fatores agravam as calamidades. “Desmatamentos e ocupação irregular, por exemplo, são um estopim”, lembra. Desde maio de 2010 o CREA participa, junto à instituições públicas, Universidades e Entidades profissionais do GTC – Grupo Técnico Científico de Prevenção de Catástrofes Naturais, criado pelo Governo do Estado por meio do Decreto Estadual nº 2.445/09. O objetivo principal do grupo, que surgiu incentivado pelas ações preventivas do CREA-SC, é a promoção de estudos e pesquisas visando identificar causas e propor ações de prevenção para as catástrofes climáticas no Estado. Além do Conselho, integram o protocolo instituições como a Fapesc, Epagri, UFSC e Udesc, entre outras. Representam o CREA-SC o geólogo Rodrigo Sato

e o Superintendente do Conselho, Eng. Civil Luiz Henrique Pellegrini. O CREA-SC propôs na mesma época um Termo de Cooperação Técnica, em parceria com o Ministério das Cidades, de capacitação sobre gestão de riscos de desastres naturais através das trinta inspetorias e escritórios instalados no Estado. O objetivo é desenvolver programas de treinamento e capacitação de profissionais em gerenciamento de riscos, mapeamento e planejamento de intervenções para a redução dos riscos de desastres naturais associados a deslizamentos de encostas e inundações. Além disso, o acordo permite promover intercâmbios institucionais e de experiências entre as duas entidades. O Conselho se prontificou a organizar os cursos, responsabilizando-se por adaptar o material didático produzido pelo Ministério às peculiaridades da realidade local. A proposta ainda está em avaliação pelo Ministério das Cidades.


Geoportal Uma das ações mais efetivas do CREA-SC na área foi o Geoportal – Projeto Geoespacial Preventivo, um dos dezesseis sugeridos na 2ª edição do Documento Pensando Santa Catarina: Contribuições da Área Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável do Estado, lançado em setembro de 2010. O documento reuniu propostas de profissionais do sistema colhidas em eventos do CREA-SC e ainda de consultores, sendo entregue na época aos oito candidatos ao governo do estado e suas equipes, inclusive ao governador eleito, sendo distribuído também para a Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Segundo o projeto Geoportal, elaborado pelos consultores Eng. Agr. Zenório Piana, diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fapesc e Eng. Agr. Hugo Braga, da Epagri/ Ciram, ambos coordenadores técnicos do GTC, na prevenção às catástrofes o Estado continua a atuar de forma pulverizada quanto às estru-

turas governamentais, bem como as suas universidades, entre outras entidades de classe e iniciativa privada. Nas emergências, quando os eventos mencionados são catastróficos, esta ação desarticulada torna-se mais visível. Um dos gargalos em situações de emergência é a falta de organização da informação para a tomada de decisão de forma ágil e imediata. Os consultores explicam que Santa Catarina carece de um sistema integrado de informações baseado em um banco de dados georreferenciado, envolvendo um banco de metadados. A ideia é implementar uma ferramenta na internet que possibilite a carga, edição, recuperação e disseminação de metadados geográficos (Geoportal) das diversas bases de dados existentes nas instituições parceiras, a fim de propiciar a interoperabilidade, usabilidade e acessibilidade aos dados geoespaciais do estado de Santa Catarina, sobretudo para subsidiar

os diferentes grupos temáticos do Grupo Técnico Científico - GTC e da Defesa Civil na elaboração e execução de suas missões relativas à prevenção de catástrofes. “O documento Pensando Santa Catarina é uma compilação de sugestões de projetos que poderão ser aproveitados pelos gestores ou representantes do povo catarinense. Desenvolver e propor esses temas é uma responsabilidade social da qual não pode fugir o CREA-SC”, lembra o presidente do Conselho, Eng. Agr. Raul Zucatto, ressaltando que o CREA-SC está a disposição dos órgãos competentes para auxiliá-los na implantação das ideias sugeridas”. Mais informações em www.crea-sc.org.br

“O documento Pensando Santa Catarina é uma compilação de sugestões de projetos que poderão ser aproveitados pelos gestores ou representantes do povo catarinense. Desenvolver e propor esses temas é uma responsabilidade social da qual não pode fugir o CREA-SC” - Raul Zucatto

Presidente da Fapesc e Coordenador do GTC, Professor Antônio Diomário Queiróz (E), Presidente da Epagri, Med. Vet. Sr. Luiz Ademir Hessmann e Eng. Agr Raul Zucatto (D) durante assinatura do protocolo do GTC.

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Sustentabilidade

Termotécnica pensa o amanhã há 50 anos

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ecnologia, inovação e comprometimento com o meio ambiente são os principais compromissos da Termotécnica, que está completando 50 anos de história em 2011. Devido ao seu alto padrão de qualidade, atendimento e sustentabilidade, a Termotécnica é considerada uma das maiores indústrias mundiais de transformação de EPS – Poliestireno Expandido (isopor) e a maior da América do Sul. Desde que foi fundada, em 1961, a empresa segue sua trajetória abrindo novas portas para um amanhã repleto de oportunidades e desafios. Atualmente, o reconhecimento da indústria é identificado através de sua logística otimizada e intensa expansão pelo país. Ao todo, a Termotécnica possui oito unidades localizadas em Joinville, no distrito de Pirabeiraba, Indaiatuba (SP), Rio Claro (SP), Sumaré (SP), São José dos Pinhais (PR), Manaus (AM) e Goiânia (GO), além de um Centro de Distribuição em Sapucaia do Sul (RS) e duas unidades em implantação, em Pernambuco e Rio de Janeiro. Presente nos mais diversos segmentos, a maior indústria de transformação de EPS do Brasil, atua com produtos de alta performance, que priorizam o respeito e a preservação ao meio ambiente. Ao completar 50

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anos de uma história repleta de conquistas, a Termotécnica segue em direção ao futuro levando consigo valores de uma empresa que inova, faz história e contribui de forma constante para o aprimoramento da qualidade de vida. É bom lembrar que o EPS é 100% reciclável e livre de CFC e HCFC, gases que prejudicam a camada de ozônio. A aplicação de EPS na construção civil proporciona isolamento térmico e acústico. O isolamento térmico traz economia na energia gasta em condicionamento que se perpetua pela vida útil do edifício. Os sistemas construtivos em EPS também propiciam uma economia significativa nos projetos estruturais das obras, na logística e reduzindo o desperdício, por suas características de leveza, resistência e facilidade de uso. Estes ganhos proporcionam um sistema construtivo sustentável. Serviço: Termotécnica (Matriz) Rua Albano Schmidt, 2750 - Boa Vista - Joinville - SC 89206-001 Fone: (47) 3451-2725 / Fax: (47) 3451-2600 marketing@termotecnica.ind.br www.termotecnica.com.br


Maior indústria de transformação de EPS do Brasil tem como compromisso aprimorar a qualidade de vida

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Perfil

Cristiano Cardoso, Proprietário da Arte & Pedras

Lições que permanecem E Arte e Pedras se destaca pela qualidade do serviço e presteza na solução de problemas

Serviço: Arte & Pedras Avenida do Estado, 735, Balneário Camboriú. 47 3367 7056 ou 3360 7079 www.lavaboux.com.br

m 1993, um primo de Cristiano Cardoso veio de São Paulo com a ideia de abrir um negócio em Balneário Camboriú. Cristiano decidiu participar do empreendimento, que também teria seu pai como sócio. Mas havia um problema: falta de capital. A solução foi vender o bem que Cristiano mais estimava: um Opala Comodoro, preto, modelo 86. No ano seguinte, em 1994, surgiu a Arte e Pedras Mármores e Granitos. E logo outro problema apareceu: o primo decidiu voltar para São Paulo. Cristiano assumiu então os riscos e tomou as rédeas do negócio. Hoje com uma clientela formada basicamente por escritórios de arquitetura e engenharia, a Arte e Pedras se destaca, acima de tudo, na colocação de bancadas de cozinha em imóveis de alto padrão. Ao falar sobre a empresa, Cristiano mostra que não esqueceu as lições do passado. “Qualidade no serviço, nunca fugir à responsabilidade e presteza na solução dos problemas são o nosso diferencial”, diz Cristiano, que também não esqueceu outra coisa. “Ainda vou comprar aquele Opala de volta.” CONSTRUINDO SANTA CATARINA 77


Lazer

Suas férias em qualquer estação!

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Thermas de Piratuba Park Hotel, está localizado no meio oeste de Santa Catarina, na cidade de Piratuba, de colonização alemã e italiana é hoje considerado um dos destinos turísticos mais procurados. De estilo germânico, no Thermas de Piratuba Park Hotel você encontra uma excelente estrutura de lazer, piscinas internas aquecidas ou piscina externa, saunas, academia de ginástica, aptos com banheiras e sacadas com vista para a Natureza, parque de Aventuras oferecendo Rappel, Paint ball, escalada (com a maior parede de concreto do Brasil) e tirolesa. Espaço Wellness, para despertar a recuperação de energias, através das maravilhosas massagens e um delicioso cardápio elaborado por cheff internacional. A cidade de Piratuba é conhecida pelas sulforosas águas termais, com temperatura de 38,6 Graus de excepcional qualidade. Uma ótimas opções para lazer e entretenimento o ano todo e ao banhar-se percebe-se a pele “aveludada”, com a sensação de cremosidade. 78 CONSTRUINDO SANTA CATARINA

* Serviços de lazer: piscinas internas e externa, academia de ginástica, saunas, espaço para massagens. * Acomodações - todos os aptos oferecem sacadas e banheiras. * Gastronomia - Diárias com pensão completa (café, almoço e janta), com ênfase nas noites temáticas e cheff de cozinha internacional * Parque de aventuras - paint ball, rapel, tiroleza e escalada. * Estacionamneto gratuito. * Na parte de eventos: espaços físicos que podem ser utilizados nos mais variados tipos de eventos, convenções, confraternizações empresariais, casamentos, festas de aniversários além de realizações de pequenas reuniões.


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18° Salão do Imóvel

O espaço da construção em agosto

A cadeia produtiva do setor estará em exibição no CentroSul de Florianópolis

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em aí a 18ª edição do Salão do Imóvel e Construfair/SC. O evento está marcado para os dias 24 a 28 de agosto, no CentroSul, em Florianópolis. A expectativa é de receber mais de 40 mil visitantes. “A cadeia produtiva da construção estará integralmente representada neste evento”, afirma o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, promotor da iniciativa. Paralela ao Salão do Imóvel e à Construfair, será realizada a Expo Decor Móveis, uma mostra que reunirá expositores do setor mobiliário e de decoração, além de mais uma edição da Expo Condomínio, que iniciou ano passado. “Este mix completo transforma o evento em referência nacional”, ressalta Bairros. Ele acredita que o Salão 2011 será uma edição histórica. “Florianópolis está consolidado como destino turístico e a expansão da rede de serviços e da indústria de base tecnológica atraiu um amplo público de bom padrão de renda para a cidade. Adicione a esse quadro o crescimento da região metropolitana

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– São José, Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça e Biguaçu, hoje com uma economia diversificada e emergente. Isso promoverá negócios em larga escala”, declara o presidente do Sinduscon. Segundo a organização do evento, os espaços já estão sendo comercializados e, além das inúmeras oportunidades de negócios, a participação de bancos públicos e privados possibilitará uma excelente oportunidade para quem deseja informações ou realizar operações de crédito imobiliário. A oferta de imóveis engloba padrões diversos em diferentes locais da Grande Florianópolis. Durante o Salão do Imóvel também serão apresentados equipamentos para a construção civil, materiais de construção e soluções inovadoras para edificações. Também acontecerão palestras técnicas em diferentes áreas, visando a qualificação de profissionais como engenheiros, arquitetos, síndicos e executivos do setor. Já confirmaram participação na 18º Salão do Imóvel empresas como Beco Castelo, Cimes Construtora, COHAB, Construeficiência, Coral Construtora, Cota, Fiori Empreendimentos Imobiliários, Hantei, Investimóveis e Otrebor Engenharia, Pedra Branca, Personal Glass, RDO, RGold Imóveis, Rossi, SC Imóveis, Sinoserra, Acqua, Goldzstein Cyrela, entre outras.


Perfil

Toque de especialista Qualidade e o melhor preço do mercado são os atrativos da Cerâmica & Design

Eli de Oliveira, Dono da Cerâmica e Design

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roduto de alta qualidade, ótimos preços e vasta experiência. É o que oferece a marca Cerâmica & Design, criada em 2005 pelo especialista em porcelanato Eli de Oliveira, que atua há 35 anos na área de revestimentos cerâmicos. Com estoque mantido em São José, a marca oferece porcelanatos chineses, sanitários com tampa e pastilhas de vidro. A importação é realizada pela CRMC Comércio Exterior, que também pertence a Eli de Oliveira. O porcelanato chinês é hoje o mais vendido no mundo e um dos que mais evolui tecnologicamente. No catálago da Cerâmica & Design, por exemplo, há porcelanatos de última geração com super glossy, que é uma lâmina especial que protege contra manchas e dá alto brilho. O produto importado por Eli vem do polo de Foshan, cidade no sudoeste da China com tradição milenar na fabricação de porcelana. “A matéria-prima da região é de excelente qualidade”, afirma. Segundo ele, seu

Serviço: Cerâmica e Design Rua Maria de Oliveira, 75 - São José - SC 48 3211-8447 e 8811-2830 www.ceramicaedesign.com.br

fornecedor, a Roytile, faz parte de um grupo que controla oito fábricas capazes, ao todo, de produzir 6 milhões de metros quadrados por mês. Para escolher o seu fornecedor entre os milhares disponíveis no mercado chinês, Eli se valeu da experiência. No ramo há 35 anos, Eli passou por empresas brasileiras (Incepa, Gerbi, Ceusa, Unigrês) e também trabalhou para a italiana Pastorelli, uma das pioneiras mundiais em porcelanato. Só na área internacional são 29 anos. Durante esse tempo todo, participou diversas vezes de feiras, na Itália, Espanha, Estados Unidos e Emirados Árabes. Foi nas feiras que ele travou contato com seu atual fornecedor. Em 2005, após várias investidas dos chineses, Eli abriu o próprio negócio para representar a Roytile no Brasil. O câmbio brasileiro e o aumento na oferta de frete marítimo têm ajudado os negócios ao ponto de ele garantir: “Tenho condições de oferecer o melhor preço do mercado”. Atualmente, os principais compradores são as construtoras. “A meta é expandir a operação, criando um show room visando ao consumidor final”, conta Eli. CONSTRUINDO SANTA CATARINA 81


Eventos

Lenoir Broch quer reduzir a informalidade Posse da nova diretoria do Sinduscon de Chapecó aconteceu no dia 24 de março

P

romover qualificação e treinamento de mão de obra, aumentar as oportunidades de oferta de trabalho às mulheres, combater a informalidade, investir na saúde, proteção e segurança do ambiente de trabalho são metas do empresário Lenoir Broch que assumiu, no dia 24 de março, a presidência do Sindicato da Indústria da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste (Sinduscon). A solenidade festiva de posse da diretoria para o mandato 2011/2012 reuniu 200 pessoas e foi realizada no Clube Recreativo Chapecoense Broch anunciou que aperfeiçoará as relações com as associações, os sindicatos, o poder público, a iniciativa privada, a Justiça Trabalhista e as empresas. O dirigente zelará pela defesa dos interesses da categoria, buscará alternativas conjuntas para redução da burocracia, agilização de processos e o encurtamento de prazos de análise de documentos. “Podemos mostrar aos nossos empresários e colaboradores a necessidade de mudança no entendimento da relação capital e trabalho. Todos somos compradores e vendedores de insumos e serviços, até o cliente final que é o consumidor dos nossos produtos. Eles precisam estar seguros de que todos fizeram o máximo para garantir sua satisfação”. Reduzir a informalidade é outra meta: “Tanto empresas como empreendedores individuais se habilitam a executar obras sem as mínimas condições de segurança, ocasionando acidentes de trabalho, que engordam, as estatísticas indesejáveis da construção civil, transferindo a responsabilidade para toda a categoria.” Observou que em 2010, mais de 12, 8 mil trabalhadores solicitaram seguro desemprego em Chapecó e 99% obtiveram o benefício. Muitos desses trabalhadores, provavelmente, estariam empregados nas mais diversas atividades que oferecem oportunidade de trabalho dignamente remunerado. Há mais de 5 mil vagas no mercado de trabalho no município. Por isso, já se pensa em importar mão de obra. O ex-presidente Elias Valmir Baldissera destacou as conquistas de sua gestão, entre elas, a isenção do ISS para as incorporadoras, a readequação da legislação sobre reaproveitamento de águas das chuvas, liberação do número de pavimentos dos novos prédios, as negociações salariais com o Siticon e os avanços em medicina e segurança do trabalho.

Dirigentes

Lenoir Broch recebe os cumprimentos de Elias Baldissera, presidente do Sinduscon na gestão passada

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A nova diretoria é composta pelo presidente Lenoir Broch; vice-presidente administrativo, José Brill Wolff; vice-presidente financeiro, André Badalotti Passuello; vice-presidente de planejamento e marketing, Alexandre Fiorini; vice-presidente de política habitacional e desenvolvimento urbano e obras públicas, Lírio Sanagiotto; vice-presidente de estudos econômicos e estatísticos, Daniel Eduardo Bet; vice-presidente de qualidade tecnologia e produtividade, Jean Carlo Baldi; e vice-presidente de relações trabalhistas, segurança e medicina do trabalho, Marcelo Fabiano Costella. No conselho fiscal foram empossados os empresários Josias Mascarello, Mauro Lunardi e Carlos Alberto Bortoluzzi (efetivos) e Gleice Simoni Antonini, Albery Lorencetti e José Kaufmann (suplentes). Também compõem a diretoria os delegados Bárbara Paludo e Derli Luiz Feroldi (efetivos); Elias Baldissera e Glecir Antonini (suplentes).


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