Advocacia Corporativa Reflexões e Perspectivas. -- 2a edição

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[Orgs.]

13. Impactos do novo Código de Processo Civil nas empresas Márcio de Lima Leite 14. A advocacia corporativa como fomenta dora de métodos alternativos de solução de controvérsia Líbera Souza Ribeiro 15. Contingenciamento judicial – técnica ou arte? Base legal, regras, métodos e exemplos concretos. Os impactos para as sociedades e seus acionistas Tagiane Gomide Guimarães

AUTORES:

CEOs:

Ana Luiza Franco Forattini

Stefan Ketter

Ana Thelbia Marinho Ameno

Presidente da FCA – Fiat Chrysler Automobiles para a América Latina e Vice-Presidente global de Manufatura da FCA

Breno Jorge Buzelin Bruno Feigelson Christiano Xavier Daniel Lopes Negrão Daniel Siuves Gonçalves Moreira Eduardo Matos de Vasconcelos Felipe Falcone Perruci

17. A tecnologia e uma visão positiva sobre o futuro da advocacia Guilherme Silva Freitas

Guilherme Silva Freitas Heliane Helena Silveira Laura Nogueira Antonini Letícia Gonçalves Nunes Líbera Souza Ribeiro Luísa Carneiro Margherita Coelho Toledo Márcio De Lima Leite Maria Fernanda Menin Maia Marina Cavalieri Marina Guimarães Soares Milton Nassau Robson Mateus de Castro Pinheiro Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

18. O departamento jurídico sem processo Bruno Feigelson 19. Advocacia corporativa e a necessidade de uma nova abordagem dos cursos de direito Felipe Falcone Perruci 20. O papel da OAB para o desenvolvimento da advocacia corporativa nos próximos anos Maria Fernanda Menin Maia Com a palavra o CEO Stefan Ketter Luis Fernando Memoria Porto Eduardo Fischer Teixeira de Souza Sergio Leite de Andrade Eugênio Mattar Ruben Fernandes

Presidente da LOCAMÉRICA - Companhia de Locação das Américas

Eduardo Fischer Teixeira de Souza Presidente da MRV Engenharia e Participações S/A

Sergio Leite de Andrade

Fernanda Aparecida Santos

Diretor-Presidente da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – USIMINAS

Guilherme Augusto Gonçalves Machado

Eugênio Mattar Presidente do Grupo Localiza Rent a Car/SA e membro do Conselho de Administração da Companhia

Ruben Fernandes Presidente da Anglo American Níquel Brasil Ltda. e da Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A.

Tagiane Gomide Guimarães ISBN 978-85-8425-799-7

editora

reflexões e perspectivas

16. Novas estruturas dos serviços jurídicos Ana Thelbia Marinho Ameno; Heliane Helena Silveira; Letícia Gonçalves Nunes

Luis Fernando Memoria Porto

ADVOCACIA CORPORATIVA

12. O papel do advogado corporativo no gerenciamento de riscos Breno Jorge Buzelin; Milton Nassau

Temos aqui um excelente livro, que fornece perspectivas variadas de diferentes especialistas sobre o Direito Corporativo, um ramo ainda pouco conhecido, mas prometedor e inovador.(...) O Direito Corporativo é inovador na medida em que conta com estratégias próprias, que combinam múltiplas capacidades. O bom advogado corporativo está antenado com as atualidades do mercado corporativo em todos os seus aspectos: sabe quais são as boas práticas empresariais, acompanha as mudanças na legislação e na regulação, estuda estratégias organizacionais e enxerga as melhores oportunidades de negócios.

1. Principais desafios enfrentados pelos departamentos jurídicos corporativos Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

Felipe Falcone Perruci

2. As competências dos advogados corpora tivos diante dos desafios da atualidade Marina Guimarães Soares

Márcio de Lima Leite Maria Fernanda Menin Maia Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

3.

Desafios e oportunidades na relação entre o departamento jurídico e as áreas de negócio Margherita Coelho Toledo; Laura Nogueira Antonini

4. Ética empresarial Milton Nassau 5. Os fatores de sucesso de um departamento jurídico Ana Luiza Franco Forattini

ADVOCACIA

CORPORATIVA reflexões e perspectivas 2a Edição

6.

O advogado corporativo e os stakeholders: o advogado e as relações institucionais e com a sociedade Guilherme Augusto Gonçalves Machado; Daniel Lopes Negrão

7.

Relações governamentais no contexto do departamento jurídico: uma reflexão necessária Eduardo Matos de Vasconcelos

8.

“O desafio da liderança” do advogado corporativo em tempos de mudanças exponenciais Christiano Xavier

9. A advocacia corporativa preventiva Daniel Siuves Gonçalves Moreira; Robson Mateus de Castro Pinheiro 10. O velho dilema (de novo): é hora de internalizar? Principais riscos e benefícios. Case de sucesso Fernanda Aparecida Santos 11. A gestão de indicadores e metas pelo departamento jurídico Luísa Carneiro; Marina Cavalieri



ADVOCACIA

CORPORATIVA reflexões e perspectivas



ADVOCACIA

CORPORATIVA reflexões e perspectivas

(Orgs.) Felipe Falcone Perruci Márcio de Lima Leite Maria Fernanda Menin Maia Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

2a Edição

editora


Copyright © 2017, D'Plácido Editora. Copyright © 2017, Os Autores. Editor Chefe

Plácido Arraes Produtor Editorial

Editora D’Plácido Av. Brasil, 1843, Savassi Belo Horizonte – MG Tel.: 31 3261 2801 CEP 30140-007 W W W. E D I TO R A D P L A C I D O. C O M . B R

Tales Leon de Marco Capa, projeto gráfico

Letícia Robini de Souza (Imagem por Benjamin Bousquet, via unsplash) Diagramação

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

Bárbara Rodrigues da Silva Chistiane Morais Enzo Zaqueu Prates

Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica Advocacia Corporativa Reflexões e Perspectivas. -- 2a edição -- PERRUCI, Felipe Falcone; LEITE, Márcio de Lima; MAIA, Maria Fernanda Menin; OLIVEIRA, Suzana Fagundes Ribeiro de. [Orgs.] - Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2017. Bibliografia. ISBN: 978-85-8425-799-7 1. Direito. 2. Direito Empresarial. 3. Prática advocatícia. I. Título. CDU342 CDD342.6+341


SUMÁRIO

PREFÁCIO 9 APRESENTAÇÃO 13 PARTE 1 APRESENTANDO O MUNDO DA ADVOCACIA CORPORATIVA 1. PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS CORPORATIVOS 19 Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira 2. AS COMPETÊNCIAS DOS ADVOGADOS CORPORATIVOS DIANTE 33 DOS DESAFIOS DA ATUALIDADE Marina Guimarães Soares 3. DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA RELAÇÃO ENTRE O DEPARTAMENTO JURÍDICO E AS ÁREAS DE NEGÓCIO Margherita Coelho Toledo Laura Nogueira Antonini

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PARTE II ASPECTOS PRÁTICOS DA GESTÃO JURÍDICA NAS CORPORAÇÕES 4. ÉTICA EMPRESARIAL: ENTRE A CULTURA E OS PROGRAMAS DE CONFORMIDADE

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Milton Nassau Ribeiro 5. FATORES DE SUCESSO DOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS

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Ana Luiza V. Franco Forattini 6. O ADVOGADO CORPORATIVO E OS STAKEHOLDERS: O ADVOGADO E AS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COM A SOCIEDADE Guilherme Augusto Gonçalves Machado Daniel Lopes Negrão

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7. RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS NO CONTEXTO DO DEPARTAMENTO JURÍDICO:UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA 91 Eduardo Matos de Vasconcelos 8. “O DESAFIO DA LIDERANÇA” DO ADVOGADO CORPORATIVO EM TEMPOS DE MUDANÇAS EXPONENCIAIS 109 Christiano Xavier 9. A ADVOCACIA CORPORATIVA PREVENTIVA Daniel Siuves Gonçalves Moreira Robson Mateus de Castro Pinheiro 10. O VELHO DILEMA (DE NOVO): É HORA DE INTERNALIZAR? PRINCIPAIS RISCOS E BENEFÍCIOS DE SUCESSO Fernanda Aparecida Santos

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11. A GESTÃO DE INDICADORES E METAS PELO DEPARTAMENTO JURÍDICO Luísa Carneiro Marina Cavalieri 12. O PAPEL DO ADVOGADO CORPORATIVO NO GERENCIAMENTO DE RISCOS Breno Jorge Buzelin Milton Nassau Ribeiro

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PARTE III A PRÁTICA DA ADVOCACIA CORPORATIVA 13. ALGUNS IMPACTOS DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL NAS EMPRESAS

173

Márcio de Lima Leite 14. A ADVOCACIA CORPORATIVA COMO FOMENTADORA DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIA 187 Líbera Souza Ribeiro 15. CONTINGENCIAMENTO JUDICIAL TÉCNICA OU ARTE? BASE LEGAL, REGRAS, MÉTODOS E EXEMPLOS CONCRETOS: OS IMPACTOS 205 PARA AS SOCIEDADES E SEUS ACIONISTAS Tagiane Gomide Guimarães 16. NOVAS ESTRUTURAS DOS SERVIÇOS JURÍDICOS Ana Thelbia Marinho Ameno Heliane Helena Silveira Letícia Gonçalves Nunes

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PARTE IV O FUTURO DA ADVOCACIA CORPORATIVA 17. A TECNOLOGIA E UMA VISÃO POSITIVA SOBRE O FUTURO DA ADVOCACIA

255

Guilherme Silva Freitas 18. O DEPARTAMENTO JURÍDICO SEM PROCESSO

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Bruno Feigelson 19. ADVOCACIA CORPORATIVA E A NECESSIDADE DE UMA NOVA ABORDAGEM DOS CURSOS DE DIREITO 283

Felipe Falcone Perruci 20. O PAPEL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ADVOCACIA CORPORATIVA NOS PRÓXIMOS ANOS

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Maria Fernanda Menin Maia

PARTE V COM A PALAVRA O CEO 305 Stefan Ketter Luis Fernando Memoria Porto Eduardo Fischer Sergio Leite de Andrade Eugênio Mattar Ruben Fernandes

AUTORES

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PREFÁCIO Luís Cláudio Chaves1 Recebi com enorme prazer o convite para prefaciar esta obra, organizada pela Comissão de Advocacia Corporativa da OAB/MG.Vejo que esse grupo pioneiro, que tive a oportunidade de criar durante minha Presidência da Seccional, e cujo formato foi reproduzido por todo o Sistema OAB, inclusive pelo Conselho Federal, tem rendido ótimos frutos. Estas páginas comprovam a magnitude do trabalho de seus integrantes. Temos aqui um excelente livro, que fornece perspectivas variadas de diferentes especialistas sobre o Direito Corporativo, um ramo ainda pouco conhecido, mas prometedor e inovador. Quando falo em seu caráter promissor, além de apontar para as excelentes oportunidades de emprego aos jovens bacharéis, quero indicar que a formação acadêmica e científica desse campo está em recente ebulição. Trata-se de ramo pouco explorado pelos juristas, mas que é verdadeiramente fascinante, pois intensamente multidisciplinar e notadamente complexo. Advogado, Vice-Presidente Nacional da OAB e Doutorando em Ciências Jurídicas na Universidade Autónoma de Lisboa.

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Quando digo inovador, não quero dar a entender que o ramo é propriamente novo. Afinal, tanto a participação dos advogados na gestão empresarial quanto a existência dos departamentos jurídicos nas grandes empresas públicas e privadas não são novidades assim tão grandes. O Direito Corporativo é inovador na medida em que conta com estratégias próprias, que combinam múltiplas capacidades. O bom advogado corporativo está antenado com as atualidades do mercado corporativo em todos os seus aspectos: sabe quais são as boas práticas empresariais, acompanha as mudanças na legislação e na regulação, estuda estratégias organizacionais e enxerga as melhores oportunidades de negócios. A figura do advogado corporativo não se confunde com a do advogado empregado. É preciso ter espírito empreendedor para atuar no ramo, que alia a expertise gerencial a um sólido conhecimento jurídico em várias especialidades. Assim, um bom advogado corporativo une competências em Direito Empresarial, Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito do Consumidor, Direito dos Contratos, Responsabilidade Civil e Direito da Propriedade Intelectual. Além disso, o advogado corporativo tem inata curiosidade por Administração de Empresas, Contabilidade e Gestão de Pessoas. A Parte I deste livro nos oferece um panorama bastante abrangente do Direito Corporativo, dos departamentos jurídicos das empresas e dos advogados corporativos. Descrevem-se as principais características da profissão, as principais competências esperadas de seus profissionais e os desafios e as oportunidades desse campo. As Partes II e III, por sua vez, trazem elementos muito interessantes para a prática profissional cotidiana. Sugere-se a adoção consciente de técnicas de gestão de pessoas nos departamentos jurídicos, o desenho de processos inteligentes na prestação de serviços jurídicos 10


e a promoção de mecanismos preventivos que evitem a judicialização e a litigiosidade. Assim, debate-se sobre a atuação do departamento jurídico e dos advogados corporativos na gestão de risco e crise, na prevenção de conflitos, no reforço de relações institucionais, no planejamento da rotina empresarial, na promoção da cultura de integridade e na relação com os sócios, com os clientes e com a sociedade. Discutem-se igualmente os limites da judicialização e da multiplicação de demandas. Também é abordada a difícil escolha entre internalização e terceirização, desafio comumente enfrentado pelas empresas na hora de definir sua organização interna e para cuja solução o assessoramento jurídico tem grande importância. Vejo com simpatia as previsões e os desafios suscitados na Parte IV deste livro, que trata do futuro da advocacia corporativa, incluindo questões sobre o papel da tecnologia no departamento jurídico das empresas e sobre a atuação da OAB e do ensino jurídico para a promoção desse campo. Somente faço questão de ressaltar que o futuro desse mercado de trabalho ainda está centrado na figura focal do advogado, cuja atuação continua a ser indispensável mesmo diante dos avanços na inteligência artificial. Por fim, a iniciativa de escutar diretamente os CEOs de grandes companhias, na Parte V, é uma estratégia de singular inteligência por parte dos organizadores deste livro, e que será muito útil tanto para os jovens profissionais quanto para aqueles mais experimentados. Os advogados corporativos terão acesso, em primeira mão, às opiniões de importantes administradores, o que permitirá uma melhor compreensão do que os empresários efetivamente esperam da profissão. Trata-se, assim, de obra muito bem planejada, cujos artigos estão dispostos em uma sequência lógica facilmente compreensível e apresentam vozes complementares. Depois de traçado um panorama geral do campo, são descritas 11


questões fundamentais para a boa prática e, em seguida, pensam-se nos desafios e nas perspectivas de futuro. O fechamento com depoimentos de altos executivos permite pôr em evidência a principal finalidade do Direito Corporativo, qual seja, traçar estratégias jurídicas adequadas para o melhor desempenho dos negócios da empresa. Por tudo isso, elogio a excelente organização deste livro, de grande relevância para a prática, sem nunca descuidar de um grande esmero teórico. Estendo meus elogios a todos os autores pela magnífica obra e reitero meus votos à Presidente da CAC, minha grande amiga Maria Fernanda Menin Maia, para que continue a desempenhar um esplêndido trabalho na liderança desse colegiado. Sem sombra de dúvida, aquela genial estudante, de quem tive o prazer de ser professor, é hoje grande referência na sua área de atuação. 20 de setembro de 2017

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APRESENTAÇÃO A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais foi pioneira na criação, em maio de 2010, de uma Comissão específica para os advogados corporativos, que teve como primeira presidente a Dra. Fernanda Aparecida Santos e foi denominada Comissão de Advocacia Corporativa - CAC. Os principais objetivos da Comissão são disseminar o papel do advogado corporativo, fomentar o desenvolvimento profissional dos advogados corporativos através do intercâmbio das melhores práticas jurídicas empresariais e de fóruns de discussão das problemáticas jurídicas interna corporis, criar e orientar novas subcomissões de Advocacia Corporativa a serem implementadas no interior do Estado de Minas Gerais e cooperar para e promover o intercâmbio da comissão com outras instituições congêneres. Desde então, a CAC se reúne periodicamente com o objetivo de pensar e discutir questões relevantes para a agenda nacional e temas caros ao mundo corporativo. A hipercomplexidade das relações sociais e econômicas na atualidade criou um ambiente mais competitivo, instável e regulado, levando as corporações a repensarem o papel dos advogados corporativos. A partir disso, os departamentos jurídicos ganharam mais relevância e precisaram desenvolver uma visão mais 13


integrada e transversal do negócio, deixando a antiga visão de cento de custos para se tornarem centros de excelência, soluções inovadoras e sustentáveis gerando valor. Embora haja diversos modelos de gestão de departamentos jurídicos corporativos, em todos eles há um ponto comum: a necessidade de os advogados transcenderem os aspectos puramente técnicos da prática forense. Cada vez mais os profissionais precisam desenvolver novas competências e adquirir conhecimentos de outras áreas da ciência, tais como Administração, Contabilidade e Finanças. Os advogados corporativos aos poucos se aproximaram do business e assumiram um papel de protagonismo nas tomadas de decisões estratégias. Há de se destacar, ainda, que pouco se discute sobre o tema da advocacia corporativo no Brasil, havendo parca literatura e pesquisa sobre o assunto ao assunto. A presente obra foi pensada nesse contexto, a partir das inúmeras discussões ocorridas durante as reuniões da Comissão. Dentre seus objetivos está apresentar o mundo da advocacia corporativa à sociedade em geral, pontuar alguns aspectos relevantes da prática da advocacia corporativa e da gestão jurídica nos diversos departamentos jurídicos e propor reflexões sobre o futuro da advocacia corporativa no ambiente dos negócios, num contexto de intensa inovação e competitividade. O presente texto se divide em cinco partes: (i) apresentando o mundo da advocacia corporativa; (ii) aspectos práticos da gestão jurídica nas corporações; (iii) a prática da advocacia corporativa, (iv) o futuro da advocacia corporativa e; (v) com a palavra o CEO. Cada um dos artigos contou com a valorosa contribuição de advogados corporativos que atuam nos mais diversos setores da indústria como, por exemplo, automotiva, siderurgia e mineração, construção civil, prestação de serviços, 14


transportes e logística e tecnologia. Vale destacar que as opiniões expressadas nos artigos desse livro são exclusiva responsabilidade dos autores e podem não representar, necessariamente, a posição institucional das corporações. A última parte foi destinada a depoimentos de CEOs de grandes empresas, abordando alguns dos aspectos mais importantes da atuação do advogado corporativo, tais como o seu verdadeiro papel, os desafios enfrentados no ambiente dos negócios e as expectativas em relação a seu desempenho. Esperamos que esta obra possa contribuir para a compreensão do universo dos advogados corporativos e que as reflexões aqui apresentadas possam contribuir para o aprimoramento da advocacia e dos negócios. Belo Horizonte/MG, setembro de 2017. Os Organizadores.

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PARTE 1

APRESENTANDO O MUNDO DA ADVOCACIA CORPORATIVA



PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS CORPORATIVOS Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

1. Introdução Os modelos e a abrangência de atuação dos departamentos jurídicos no Brasil variam consideravelmente e, como consequência, também variam os desafios enfrentados por cada um deles. Este artigo procura indicar os fatores determinantes para se ter um departamento jurídico estratégico e que cumpra, em minha opinião, suas funções essenciais. Não se pretende discutir os desafios enfrentados pelos diversos modelos de departamento jurídico que variam segundo o grau de terceirização, das atividades desempenhadas ou da forma de atuação (mais ou menos centralizada, por exemplo). Nesse sentido, o texto discorre sobre quatro aspectos que todo diretor jurídico e advogado corporativo deve ter em mente ao desempenhar seu ofício: (i) assegurar o apoio da alta direção; (ii) administrar a tensão entre sua função de parceiro estratégico e de guardião da reputação e integridade da empresa; (iii) manter o alinhamento interno, e (iv) contribuir para a criação de um ambiente jurídico saudável. Os três primeiros fatores são eminentemente internos e o último tem um viés mais amplo, alcançando a atuação do departamento jurídico e da empresa em todas as suas relações. 19

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2. Primeiro desafio: assegurar o apoio da alta direção Diferentemente de outros departamentos das empresas, a atividade jurídica pode ser, em princípio, inteiramente atendida por profissionais que não fazem parte do corpo de empregados da organização. A decisão de estabelecer ou não um departamento jurídico depende da compreensão da alta direção do valor que ele possa agregar à empresa. Assim, o primeiro desafio enfrentado pelo diretor jurídico é o de convencer o diretor presidente, a diretoria executiva, o conselho de administração e os acionistas de que o departamento jurídico agrega valor na medida em que atua como parceiro estratégico do negócio e guardião da reputação e integridade da empresa.1 No ambiente altamente competitivo e exigente em que os negócios estão inseridos, é necessário assumir riscos, propor soluções criativas, ser ágil e procurar fazer sempre mais com menos. Essas características não são normalmente atribuídas aos profissionais do Direito, que muitas vezes são vistos como conservadores, avessos ao risco e lentos em sua reação aos desafios do mercado. Essa visão é, todavia, ultrapassada. Os advogados corporativos sentam-se à mesa com os demais executivos da empresa e participam do estabelecimento da estratégia da organização, do processo decisório, e da definição de soluções para as questões que lhes são postas. Não se limitam mais a simplesmente indicar a lei aplicável. Eles têm um papel relevante na gestão de riscos e na definição de medidas mitigadoras, quando necessário. Eles também contribuem Sobre a atuação do departamento jurídico como parceiro estratégico do negócio e guardião da reputação da empresa, vide Heineman (2016).

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ativamente para a definição da cultura organizacional, zelando pela ética e reputação da empresa. É essencial que aquela visão ultrapassada do advogado burocrático, distante da realidade do negócio, seja alterada para que se obtenha sucesso na implementação de um departamento jurídico estratégico. Se por um lado há executivos que acreditam que advogados não entendem o ambiente negocial, não é raro encontrar quem não tem uma compreensão ampla dos desafios jurídicos a que qualquer atividade empresarial está sujeita e de como os advogados corporativos podem atuar para proteger a organização. O ambiente jurídico tem vivido constantes alterações e, nessa nova realidade (VEASEY; DI GUGLIELMO, 2012, p. 13), não há espaço para amadores. A cada dia as regulamentações ficam mais rígidas e detalhadas, assim como a forma com que as autoridades têm aplicado as leis, com um claro incremento da responsabilização pessoal dos administradores e acionistas. Além disso, há um notável aumento do ativismo das diversas partes com quem a empresa se relaciona (empregados, clientes, organizações não governamentais, comunidades, governo, mídia etc.), e o engajamento destas visando alterar a sociedade segundo a visão de cada uma torna as interações com terceiros mais complexas. Isso exige das organizações uma coerência maior entre o discurso e a prática, entre a declaração de valores e as ações efetivamente praticadas. Ainda que a mídia esteja tratando explicitamente desse novo contexto jurídico, o advogado corporativo não pode presumir que a direção da empresa conheça todos os seus impactos no negócio. Assim, é função do advogado corporativo apontar diretamente os reflexos dessa nova realidade para a organização e, em seguida, sugerir medidas para neutralizar os efeitos negativos e, se possível, potencializar os positivos. Por exemplo, com a crise financeira vivida 21


pelos diversos entes da federação, a fiscalização tributária tornou-se mais constante e minuciosa. Nessa situação, o advogado corporativo deve aconselhar as áreas competentes para assegurar que estas tenham pessoal capacitado para atender esse incremento de fiscalização, sem causar descontinuidade em suas atividades rotineiras. O primeiro desafio está, portanto, em assegurar que a alta direção da empresa compreenda a nova realidade do ambiente jurídico e supere eventuais preconceitos quanto à forma de atuação dos advogados internos. Feito isso, é natural que a alta direção queira ter o diretor jurídico como parte do corpo dos principais executivos da organização e não como alguém que executa sem questionar os seus pedidos. Apenas com esse reconhecimento o diretor jurídico tem voz ativa na administração da empresa para agir de forma independente e, desta forma, contribuir verdadeiramente com a estratégia da organização. Só assim pode participar na definição de soluções para que, de forma ética e com segurança jurídica, a empresa possa alcançar um bom desempenho com a integridade e reputação que o mercado e a sociedade esperam.

3. Segundo desafio: administrar a tensão entre ser parceiro estratégico e guardião da reputação e integridade da empresa Para operar com alta rentabilidade e integridade, a empresa deve ser assessorada por um departamento jurídico atuante e independente, que tem como função central a de agir como parceiro estratégico do negócio e como guardião da reputação e integridade da empresa. Parceiro estratégico do negócio. O departamento jurídico é parte da engrenagem que faz o negócio funcionar de 22


maneira adequada. A empresa não gira em função das demandas do departamento jurídico, que não é seu objeto principal (ou core business) e os advogados corporativos devem ter isso claro ao desempenhar seu papel. Assim, para ser parceiro do negócio, os advogados internos devem conhecê-lo e entendê-lo bem. Precisam entender não apenas o processo produtivo em si, mas todos os aspectos da operação, incluindo quais são os principais desafios, entraves, vantagens competitivas, vulnerabilidades, riscos, oportunidades e visão de futuro do negócio e da empresa. Além disso, devem conhecer também como funciona a organização internamente, incluindo, dentre outros aspectos: quais as atribuições e poderes de cada executivo e departamento, quem são os influenciadores, como são as interações entre os diversos departamentos e quais as informações necessárias para as decisões a serem tomadas. Da mesma forma, os advogados internos devem ser capazes de falar a mesma linguagem do seu cliente, tendo conhecimento de matérias como finanças, contabilidade e gestão. Não obstante ser o departamento jurídico uma atividade acessória ou de apoio ao negócio principal da empresa, ser parceiro não significa se curvar a todas as necessidades do negócio sem questioná-las, mas sim estar ao lado de seu cliente interno, atuando com criatividade, proatividade, custo efetivo e senso crítico para viabilizar negócios seguros e propor iniciativas que gerem valor. Enganam-se aqueles que acreditam que o advogado interno deva agradar o cliente interno a qualquer custo, fazendo o que o cliente determina. Ao contrário, o cliente interno reconhecerá como parceiro do negócio aquele advogado corporativo que entenda os impactos das questões a ele submetidas e que sobre elas se posicione, de forma isenta e independente, fazendo o cliente refletir sobre o que de fato precisa. Algumas outras características de um advogado 23


interno parceiro são mencionadas no item abaixo, que trata do terceiro desafio. Guardião da reputação e integridade. Estudos (STATHIS, 2015) demonstram que parcela considerável do valor das empresas está vinculada a bens intangíveis como marca, patentes, valores e reputação. Além disso, no mundo atual em que reinam conceitos como supertransparência e pós-verdade, a primeira versão de uma fonte familiar – como um amigo, parente ou colega de trabalho – tem mais influência do que a realidade dos fatos que é divulgada posteriormente por fontes oficiais – como, por exemplo, a empresa sobre a qual os fatos se relacionam (EDELMAN, 2017). Assim, a reputação e a integridade das organizações devem estar dentre as prioridades do corpo gerencial, devendo haver compreensão de que negócio sustentável é aquele pautado em resultados sólidos, reputação e integridade. Nesse contexto, a organização deve realizar esforço considerável para construir e manter sua reputação, e o departamento jurídico tem um papel de destaque nesse trabalho: o de guardião desta reputação e integridade. Ele deve atuar ativamente para propagar uma cultura de integridade na organização, sensibilizando a alta direção e a média gerência do papel de cada um na construção ativa e constante dessa cultura. É preciso convencê-los da relevância do tema, expondo as vantagens desfrutadas por uma empresa com boa reputação e indicando os riscos que a falta dela acarreta. Empresas que objetivam ter alta rentabilidade com integridade devem ter um departamento jurídico atuante e com independência para exercer o papel de guardião. Tensão entre parceiro e guardião. Embora não se conteste a importância de o departamento jurídico atuar objetivando preservar a reputação e integridade da empresa, na prática o desempenho dessa função nem sempre é tarefa fácil. Há 24


uma tensão intrínseca à função de parceiro estratégico e guardião,2 na medida em que a existência do departamento jurídico se justifica pela demanda de assessoria jurídica feita por executivos da empresa (dependência intrínseca) cujos interesses podem, por vezes, não estar alinhados aos da empresa cliente (conflito potencial). Em outras palavras: o relacionamento entre o departamento jurídico (prestador de serviços) e a empresa (cliente) é uma ficção que se personifica em interações entre advogados e executivos, que podem ter visões e interesses desarmônicos com os daqueles que lhes delegaram poderes de representação (a empresa). Assim, o conflito ou tensão se materializa na medida em que os interesses desses indivíduos se distanciem ou possam potencialmente colidir com os interesses da organização, essa sim, o cliente final do departamento jurídico cuja reputação e integridade deve ser por ele preservada. Como mencionado, administrar essa tensão não é tarefa simples. A busca de resultados imediatos, a necessidade de sobrevivência da empresa, o relacionamento pessoal do advogado interno com empregados de outros departamentos e a dependência do empregador/cliente único (personificado nos responsáveis pelas áreas clientes) são algumas das justificativas que poderiam ser utilizadas pelo advogado interno para flexibilizar ou relativizar a atuação efetiva do papel de guardião da reputação e integridade da empresa. Por exemplo, não cumpre seu papel o advogado interno que atende ao pedido de um executivo para não alterar o prognóstico de um processo judicial sabidamente perdido, objetivando alcançar uma meta. Diversas crises financeiras ou de governança que ameaçaram ou comprometeram a reputação e, por vezes, a própria sobrevivência de algumas empresas, ocorreram em A tensão entre a função de parceiro e guardião é explorada amplamente em Heineman (2016).

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razão de o departamento jurídico não ter conseguido exercer adequadamente sua função, possivelmente amparado em alguma das justificativas exemplificadas acima. Apenas advogados com conhecimento técnico aprofundado, compreensão clara do ambiente negocial e jurídico, senso ético apurado, coragem e independência conseguirão desempenhar esse duplo e complementar papel de parceiro e guardião com maestria.

4. Terceiro desafio: alinhamento interno Nem todo profissional do Direito, mesmo competente, conseguirá desempenhar adequadamente a função de parceiro e guardião inerente ao advogado corporativo, pois podem lhe faltar conhecimentos e habilidades essenciais para esse papel. Tradicionalmente, profissionais do Direito aprendem na faculdade a analisar o que é certo e o que é errado, como se a lei fosse sempre clara, como se só houvesse uma interpretação razoável, uma forma de se materializar atos jurídicos. A realidade, todavia, é diversa e, quando os estudantes de Direito se graduam, não estão preparados para enfrentá-la viabilizando negócios. De uma forma geral, as faculdades de Direito brasileiras não incluem em sua grade o ensino de conhecimentos além do campo jurídico, tais como contabilidade, finanças e gestão. Além disso, dão pouca ou nenhuma ênfase ao desenvolvimento de habilidades essenciais a quem trabalhará em uma organização, como o trabalho em equipe, o foco em resultados, a postura proativa e a gestão de conflitos em sentido amplo. Decisões negociais não são tomadas exclusivamente em razão de aspectos jurídicos, consideram também a viabilidade financeira e operacional, o impacto nas pessoas, os aspectos sociais e ambientais, dentre outros. O conheci26


mento jurídico como ramo autônomo, sem interação com outras áreas do conhecimento, tem utilidade limitada no ambiente corporativo. Assim, o terceiro desafio é desenvolver um departamento jurídico com profissionais que entendam o papel de ser parceiro e guardião e que tenham os conhecimentos, competências e habilidades necessários para bem atender a essa função, incluindo os indicados a seguir: Comunicação. O advogado é conhecido por falar de forma complicada, usando o chamado “juridiquês”, expressões em latim e termos técnicos pouco amigáveis. Além disso, gosta de textos longos e detalhados, de citar autores estrangeiros e demonstrar erudição. Essa forma rebuscada de comunicação distancia o advogado do cliente interno, tanto por não falarem a mesma linguagem como por aparentar certa arrogância. Nesses tempos em que a comunicação é fluida, imediata e frequentemente envolve um enorme volume de informações, é preciso se expressar de forma clara e objetiva. É assim que devem ser os memorandos, e-mails, apresentações e pareceres dos advogados corporativos parceiros. Risco. Riscos são inerentes à vida e à atividade empresarial. Essa realidade deve ser reconhecida pelo advogado parceiro do negócio, que deve atuar para assegurar que o cliente interno entenda os riscos que determinada decisão implica e para estabelecer formas de mitigá-los, quando possível. O advogado corporativo deve apontar riscos que possam ser assumidos pelo negócio e aqueles que não devem ser tolerados, por exemplo, por serem incompatíveis com os valores da organização ou por poderem afetar negativamente a reputação e a integridade dela. Produtividade e foco em resultado. Advogados corporativos precisam entender que recursos financeiros e humanos são limitados e buscar o aumento contínuo da produtividade, 27


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13. Impactos do novo Código de Processo Civil nas empresas Márcio de Lima Leite 14. A advocacia corporativa como fomenta dora de métodos alternativos de solução de controvérsia Líbera Souza Ribeiro 15. Contingenciamento judicial – técnica ou arte? Base legal, regras, métodos e exemplos concretos. Os impactos para as sociedades e seus acionistas Tagiane Gomide Guimarães

AUTORES:

CEOs:

Ana Luiza Franco Forattini

Stefan Ketter

Ana Thelbia Marinho Ameno

Presidente da FCA – Fiat Chrysler Automobiles para a América Latina e Vice-Presidente global de Manufatura da FCA

Breno Jorge Buzelin Bruno Feigelson Christiano Xavier Daniel Lopes Negrão Daniel Siuves Gonçalves Moreira Eduardo Matos de Vasconcelos Felipe Falcone Perruci

17. A tecnologia e uma visão positiva sobre o futuro da advocacia Guilherme Silva Freitas

Guilherme Silva Freitas Heliane Helena Silveira Laura Nogueira Antonini Letícia Gonçalves Nunes Líbera Souza Ribeiro Luísa Carneiro Margherita Coelho Toledo Márcio De Lima Leite Maria Fernanda Menin Maia Marina Cavalieri Marina Guimarães Soares Milton Nassau Robson Mateus de Castro Pinheiro Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

18. O departamento jurídico sem processo Bruno Feigelson 19. Advocacia corporativa e a necessidade de uma nova abordagem dos cursos de direito Felipe Falcone Perruci 20. O papel da OAB para o desenvolvimento da advocacia corporativa nos próximos anos Maria Fernanda Menin Maia Com a palavra o CEO Stefan Ketter Luis Fernando Memoria Porto Eduardo Fischer Teixeira de Souza Sergio Leite de Andrade Eugênio Mattar Ruben Fernandes

Presidente da LOCAMÉRICA - Companhia de Locação das Américas

Eduardo Fischer Teixeira de Souza Presidente da MRV Engenharia e Participações S/A

Sergio Leite de Andrade

Fernanda Aparecida Santos

Diretor-Presidente da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – USIMINAS

Guilherme Augusto Gonçalves Machado

Eugênio Mattar Presidente do Grupo Localiza Rent a Car/SA e membro do Conselho de Administração da Companhia

Ruben Fernandes Presidente da Anglo American Níquel Brasil Ltda. e da Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A.

Tagiane Gomide Guimarães ISBN 978-85-8425-799-7

editora

reflexões e perspectivas

16. Novas estruturas dos serviços jurídicos Ana Thelbia Marinho Ameno; Heliane Helena Silveira; Letícia Gonçalves Nunes

Luis Fernando Memoria Porto

ADVOCACIA CORPORATIVA

12. O papel do advogado corporativo no gerenciamento de riscos Breno Jorge Buzelin; Milton Nassau

Temos aqui um excelente livro, que fornece perspectivas variadas de diferentes especialistas sobre o Direito Corporativo, um ramo ainda pouco conhecido, mas prometedor e inovador.(...) O Direito Corporativo é inovador na medida em que conta com estratégias próprias, que combinam múltiplas capacidades. O bom advogado corporativo está antenado com as atualidades do mercado corporativo em todos os seus aspectos: sabe quais são as boas práticas empresariais, acompanha as mudanças na legislação e na regulação, estuda estratégias organizacionais e enxerga as melhores oportunidades de negócios.

1. Principais desafios enfrentados pelos departamentos jurídicos corporativos Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

Felipe Falcone Perruci

2. As competências dos advogados corpora tivos diante dos desafios da atualidade Marina Guimarães Soares

Márcio de Lima Leite Maria Fernanda Menin Maia Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira

3.

Desafios e oportunidades na relação entre o departamento jurídico e as áreas de negócio Margherita Coelho Toledo; Laura Nogueira Antonini

4. Ética empresarial Milton Nassau 5. Os fatores de sucesso de um departamento jurídico Ana Luiza Franco Forattini

ADVOCACIA

CORPORATIVA reflexões e perspectivas 2a Edição

6.

O advogado corporativo e os stakeholders: o advogado e as relações institucionais e com a sociedade Guilherme Augusto Gonçalves Machado; Daniel Lopes Negrão

7.

Relações governamentais no contexto do departamento jurídico: uma reflexão necessária Eduardo Matos de Vasconcelos

8.

“O desafio da liderança” do advogado corporativo em tempos de mudanças exponenciais Christiano Xavier

9. A advocacia corporativa preventiva Daniel Siuves Gonçalves Moreira; Robson Mateus de Castro Pinheiro 10. O velho dilema (de novo): é hora de internalizar? Principais riscos e benefícios. Case de sucesso Fernanda Aparecida Santos 11. A gestão de indicadores e metas pelo departamento jurídico Luísa Carneiro; Marina Cavalieri


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