Revista INSIDE edição 27

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F oto : R odolfo M agalh達es

D E Z E M B R O | 2 0 1 3 | ed 2 7


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uMA VIDA

oito estalos Ruy Ottoni de Mesquita EM

0 8 ENSAIO

D E M od a

Elegância e sofisticação tendências que nunca saem de moda

1 4 be l ez a

Elevando a temperatura

1 6 c om p or t a men t o

Amigo secreto, oculto, x ou invisível

2 2 arte

c u lt u r a

Artesanato é tudo de bom

editorial

0 4 p er f i l

É Natal! O clima já é outro. Os ares de festa já invadem os lares. A expectativa para os presentes já está no ar. Os cardápios das ceias já começam a dar água na boca. O ano novo se avizinha. E, antecipando tudo isso para você, chega a 27ª Inside, a mais completa revista de variedades da região. Nesta edição você terá uma verdadeira aula sobre a história da construção civil em Guaratinguetá com o pioneiro e desbravador Ruy Ottoni de Mesquita, que falou sobre a aventura de se construir o Edifício Rony, o Itaguará, a Hípica e muito mais. Na seção Comportamento, os segredos, mistérios e diversões por trás de uma das brincadeiras mais divertidas do Natal, o Amigo Secreto. O happy-hour é um dos momentos mais gostosos do dia, principalmente pelo cardápio repleto de deliciosas comidas de boteco. Confira estas guloseimas além de doces natalinos maravilhosos na seção Arte da Gula. Na página de Arte e Cultura o delicado trabalho em feltro realizado pelas Irmãs Turner, de Guaratinguetá. A sua Inside de Natal tem tudo isso e muito mais: decoração, beleza, moda, educação, saúde e dicas de filmes. Enquanto o Natal e o Ano Novo não chegam, curta uma excelente leitura. Nos vemos em 2014, com tudo de bom que só a Inside traz para você. Feliz Natal e um maravilhoso Ano Novo! Danilo Rosas | Editor

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no t r a b a l h o

Editor: Danilo Rosas Administração: Renata Rosas Projeto Gráfico: Studio DR Coordenadora Editorial: Lívia Fernandes Coordenador de Arte: Walder Guimarães Redação: Julio Maziero Operações Comerciais: Daniele Castro

REVISTA INSIDE | ISSN 2236-224X | Dezembro/13 Designer Gráfico: Walder Guimarães, Renan Mendonça Comercial: Benê Carvalho Colaboradores: Mariane Zucatto, Ruy Ottoni de Mesquita, Mariana Mori e Salão Amigas. Fotografias: Rodolfo Magalhães, Danilo Rosas, Benê Carvalho, Marion Brasil, Renan Mendonça e Usefaz. Para anunciar ligue: (12) 3133-2449 ou pelo email: editoraexpedicoes@editoraexpedicoes.com.br Impressão: Resolução Gráfica

A Revista INSIDE é uma publicação da Editora Expedições Rua Monsenhor Filippo, 367 - Guaratinguetá/SP – CEP 12.501-410 e-mail: contato@editoraexpedicoes.com.br. site: www.editoraexpedicoes.com.br A Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

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e X P EDIE N TE

A questão étnico-racial


Foto: Benê Carvalho

Foto: Danilo Rosas

perfil

uMA VIDA

oito estalos EM

Ruy Ottoni de Mesquita

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Por Julio Maziero

A Inside conversou com um pioneiro, verdadeiro desbravador do empreendedorismo em Guaratinguetá, Ruy Ottoni de Mesquita. É ele o homem que construiu o primeiro edifício da cidade, o Rony, que idealizou a FEG, que criou o Itaguará, a Sociedade Hípica, o Hotel Sete Lagos, além de condomínios e loteamentos como o Bom Jardim Um, Dois e Três, e também o Pingo de Ouro. Um homem que lembra com emoção do passado, que viveu um importante período da história de Guará e que, aos 80 anos de idade, acha que a vida passa muito rápido. Ah, e nas horas vagas ainda faz esculturas, que agora decoram os jardins do hotel-fazenda.

O processo de verticalização de Guaratinguetá começou com seu pioneirismo na construção do edifício Rony. Conte-nos como surgiu a ideia para a construção numa época em que prédios altos eram ainda pouco comuns na região. Quando pego o elevador eu fico pensando que deveria estar louco quando resolvi construir este prédio. Eu tinha 29 anos. Guará não tinha nada do gênero. São 17 pavimentos, um edifício com uma considerável estrutura. Eu contratei um arquiteto, que foi meu colega na cavalaria do exército, quando servi em Ponta Porã, no Mato Grosso. E este grande amigo, que eu não sei se ainda está vivo, chamava-se Bonilha. Ele fez o projeto, que até hoje é moderno, à frente de seu tempo. O grande problema dele, e que eu nunca escondi, é que ele foi feito com grande dificuldade financeira. Na programação de construção eu acabei atrasando quase oito meses. Comercialmente falando isso aí foi uma loucura. Em 1967, Guará não sabia o que era condomínio. Eu vendi no lançamento oito apartamentos de 36. Apenas oito! Nos dois anos seguintes, não vendeu nada. Então, foi muito difícil executar a obra. Eu devo para o meu falecido primo Carlos Ottoni, bastante do sucesso do empreendimento, porque, após um ano e meio com tudo encalacrado, ele achou em São Paulo um grupo que trabalhava com o BNH, que emprestava dinheiro. Você pegava o dinheiro para pagar material e apresentava a nota fiscal da compra. Foi graças a isso que eu consegui financiar e terminar a obra. Eu fui pagar a dívida deste edifício somente treze anos depois. Em termos de arquitetura, este prédio, projetado em 1966/1967, ainda é moderno, pela sua estrutura. Há apenas 10 anos começaram a surgir os novos prédios na cidade. Isso foi praticamente no ano 2000. Ele é de 1967, 30 anos antes. Ele estava adiantado no tempo 20, 30


Como o senhor avalia o empreendedorismo na Guaratinguetá de hoje? Em sua opinião falta ousadia ou visão? Eu não acho que falte ousadia às gerações de hoje. É que quando eu fiz era tudo mais difícil. Se naquela época eu tivesse feito o que fiz aqui, em São José dos Campos ou Taubaté, em termos de rentabilidade eu teria tido muito mais sucesso. Guará é uma cidade que hoje está saindo de uma certa pobreza mental, porque pela primeira vez os empresários de Guará estão investindo em Guará. Antes investiam em São José ou Taubaté, e com razão, porque lá era muito mais rentável. Eu acho que a cidade está dando os últimos passos, por assim dizer, para pegar uma cadência de desenvolvimento mais permanente. Por exemplo, no que diz respeito à construção civil, os prédios não vão parar de aparecer, porque há mercado, há procura. O investimento vale à pena, porque a cidade tomou um rumo mais realista, mais ligado ao momento. Guará, assim como todos nós, se globalizou. O senhor construiu o Itaguará Country Club. Como foi o processo de criação desta referência da cidade? Quando eu lancei o Itaguará, eu combati um sistema político e social existente na cidade. Eram os grandes coronéis que tinham o poder político e dominavam o po-

der social com o Literário. Quem não frequentava o Literário em Guará, estava fora da vida social. Se você era a favor deles, tinha tudo, caso contrário... Pois eles chegaram a expulsar a minha família do clube, chegando até a devolver o dinheiro de sócio remido pago durante 18 anos. Foi uma briga séria, que acabou na justiça. A minha família ganhou, fomos readmitidos, mas nunca mais pusemos os pés lá. Por isso decidi construir o Itaguará. Eu tive a sorte de conhecer a senhora Pérola Byington, dona do terreno. Ela é muito prezada em São Paulo, inclusive tem um hospital como seu nome. Eu então propus usar a sede da fazenda Itaeguará para construir um clube. Eu fiz duas exigências: a primeira é que a escritura do terreno fosse definitiva; a segunda que ela separasse uma área para a construção de uma faculdade. Assim surgiu a FEG (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá). Ela foi aos poucos aceitando a ideia, adquirindo confiança, mas foram dois anos e meio de negociação. Fui para São Paulo umas 20 vezes,

Foto: Renan Mendonça

Por que o nome Rony? Eu tinha um irmão, chamado Ronald Ottoni de Mesquita. O apelido dele era Rony. Pouca gente sabe disso na cidade. Ele era uma pessoa muito boa. Ele faleceu com 29 anos, num acidente de carro. Foi muito trágico, porque o filho dele tinha acabado de nascer. Tinha três dias. Estava ainda no berçário do hospital. Ele era catedrático em geologia na Universidade de São José do Rio Preto, onde foi para receber o salário. Na volta aconteceu o acidente. Ele não chegou a ver o filhinho dele fora do berçário. Foi muito duro para a família toda. Então, uma das razões de construir o edifício com o nome de Rony, foi para homenagear o meu irmão. Não foi a principal das razões, foi uma decisão sentimental muito forte. E pegou o nome. Tanto que depois disso surgiram um bairro e uma avenida com este nome, que é hoje institucional. Eu até me emociono falando nisso.

Foto: Benê Carvalho

anos. Como as dificuldades financeiras foram muito pesadas, faltaram recursos para dar um melhor acabamento interno nele. Este é o único problema, porque ele é um prédio que tem uma estrutura excepcional. Ele não tem brocas, e sim dez sapatas corridas, cheias de concreto.

até que ela concordou. Então, eu sofri uma pressão muito grande de vários grupos, particulares e também políticos, para que eu fizesse a doação do terreno para certas organizações, inclusive nacionais. Eu recusei, dizendo que tinha um compromisso com dona Pérola, que havia dito que a doação do terreno seria para o melhor ensino público que o Brasil tem, a USP. Alguns anos depois, no salão nobre do Itaguará, eu assinei a escritura de doação do terreno. E depois consegui convencer um agrimensor de Pinda, chamado Raul, a fazer a marcação da área sem cobrar nada. Ele é outro amigo que eu não sei se está vivo. Eu fui com ele no terreno e medi a passos e ele foi marcando. Eu comecei a pressionar os Byington. Veio então a lei do deputado Dr. Zolner Machado, que criou a Unesp, e assim nasceu a FEG. Na sequência, com a criação da Codesg, o então prefeito Walter de Oliveira Melo, homem humilde, sério, honestíssimo, retomou o contato com a família Byington, depois de me procurar para fazer parte das negociações, no inicio da década de 70. Ele tem os méritos, porque teve a coragem de desapropriar os 200 alqueires da fazenda dos Byington. Tudo o que surgiu, atrás da faculdade, do Itaguará, aqueles loteamentos grandes, foi após o Melo. Antes destes acontecimentos, se você pegasse um compasso para delimitar a área urbana da cidade num mapa, o centro deste ficaria na catedral. Hoje, o centro deste compasso ficaria na FEG ou no Itaguará. Quando eu lancei o Itaguará, o povo falava para não levar a mocinha pra lá que era muito longe. Cerca de 30 a 50 ruas surgiram nesta expansão. O nome do clube veio da antiga fazenda, chamada de Itaeguará, que eu só tirei a letra E. A obra da qual mais me orgulho é, sem sombra de dúvidas, a FEG. Tenho particular apreço também pelas reformas que fiz no Instituto


Foto: Arquivo Hípica

perfil

quando ocupava a diretoria da APM (Associação de Pais e Mestres. Com um dinheiro destinado somente à pintura, conseguimos ampliar o laboratório, o anfiteatro, construir dois banheiros, reformar móveis antigos e fazer a iluminação do prédio, que permanece até hoje. Na entrada da escola está uma placa com um texto do meu filho, Ruy, sobre o ideal dos jovens. Ele tinha 15 anos quando escreveu. Eu me orgulho deste trabalho e da FEG pelo seu caráter social. A FEG transformou a cidade.

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E por falar em referências, o senhor também construiu a Sociedade Hípica de Guaratinguetá. Como foi esta experiência? Na construção da hípica um grupo de amigos insistiu por quase dez anos para eu fazer o lançamento, porque eu tinha a experiência e eles não. Eu já havia construído o Itaguará, o Rony, e entre eles havia farmacêutico, gerente de banco, dono de bicicletaria. Eu resisti durante todos estes anos porque eu não queria um conflito com o Itaguará, que é uma espécie de filhote meu, que eu sempre pensava em proteger. Mas daí, com a possibilidade de fazer algo diferente, no caso o diferencial de ser uma hípica, eu topei e fizemos o lançamento. E hoje está lá, um belíssimo clube, que levou um progresso muito grande para aquela região, valorizou tudo aquilo. A Hípica sempre teve uma praça aquática superior à do Itaguará. Eu precisei fazer um aterro para ter aquela vista, porque a piscina, no projeto original não era lá, e sim na parte de cima. Para isso teria que derrubar quatro ou cinco dos flamboyants, aquelas árvores grandes. Foi um erro do arquiteto que nós corrigimos. Como nasceu o Hotel Sete Lagos, que é hoje um dos mais conceituados da região?

Eu comprei as terras em 1973 e criei o Hotel Sete Lagos em 1983. Aqui não havia nada, somente estas duas seringueiras grandes. Tudo o que você vê de verde em volta foi plantado, inclusive os 300 mil metros quadrados de gramado, e fiz também os lagos, onde iniciei uma piscicultura, até 1982, que não deu certo. Então o que se faz? Você já investiu dinheiro, tempo e sentimento, os filhos já estão encaminhados. É assim que surgiu a maioria dos hotéis fazenda de famílias. Elas vão crescendo e investindo, até que chega um ponto em que não compensa vender, porque não se recupera o investimento. Então, monta-se um hotel fazenda. Mal sabe no que está entrando (risos). Para se ter uma ideia de como mudou, quando eu comprei aqui a estrada era terra. O primeiro ônibus de turistas que recebemos chegou aqui debaixo de um temporal, errou o caminho e atolou. Precisamos buscar os hóspedes e as bagagens num jipe. Quando chovia era barro e quando não, era poeira. Meus amigos diziam que eu estava louco, fazer um hotel num lugar onde não tinha nem acesso. Isto é de fato o tal pioneirismo. Na construção eu utilizei vigas lavradas à mão por escravos e índios há mais de 300 anos. Este material, que tem mais de 500 anos, estava enterrado sob o antigo Guará Hotel, que ficava numa fazenda. O Sete Lagos amadureceu como a vegetação. Hoje ele está numa fase adulta, mais dono de si. E hotelaria, pela minha experiência de vivida, é um desafio de negócios dos mais sensíveis. Você não pode bobear, pois hotelaria parece uma coisa simples, mas não é. O logotipo do hotel, com o “7L” foi criado numa mesa de bar. Eu o desenhei num guardanapo de papel e gostei daquela possibilidade dele ser visto de qualquer lado. Que lembranças de Guará o senhor

guarda de sua infância e adolescência? Eu fui muito caboclo, comprei esta terra aqui, criei raízes. Eu nasci em Guará, passei alguns anos estudando fora, servindo o exército na fronteira e depois voltei e acabei ficando por aqui. Na minha infância, me lembro que quando a gente ia comer fora, ia no Guará Hotel. A casa do meu pai é em frente à escola de enfermagem, passei minha infância e adolescência ali. Uma lembrança curiosa, destas coincidências estranhas da vida, parece história da carochinha, mas não é. Logo após a assinatura do armistício da Revolução de 32, Guará foi a última cidade a ser ocupada por tropas federais. Meu pai, que era tabelião, pegou todos os seus arquivos e levou para a casa de um irmão em Jacareí. E, a exemplo de muitas famílias, trancamos a casa e saímos da cidade. As tropas invadiram a residência de minha avó, sujaram-na toda, desde o banheiro até a cozinha, e pior ainda, fizeram uma fogueira na sala da casa, que queimou todo o assoalho de ipê trabalhado com marfim, abrindo um buraco até o porão. Muitos anos depois, quando eu trabalhava com caminhão, fui fazer um serviço em Brasília, na época de sua construção. Numa destas viagens, inclusive, eu levei o gerador do Palácio da Alvorada. A empresa que eu trabalhava possuía um armazém numa das cidades satélites. Em cima deste armazém morava o gerente, que era nordestino, assim como sua esposa. Ele gostou de mim e me convidou para almoçar. Quando a conversa engrenou, ele me falou que havia lutado na Revolução de 32, enfrentado os paulistas no Vale do Paraíba, no túnel de Cruzeiro, etc. Quando ele começou a descrever a casa que ocupou, fiquei pasmo. As tropas passaram uma semana em Guará, e este gerente ficou uma semana na casa da minha avó. Eu pensei, então foi este desgraçado que sujou toda a casa. Eu não contei nada a ele, afinal, fazia muitos anos e isso não mudaria nada. Mas é incrível. O que o senhor leva da vida? O tempo passa muito rápido e tudo é muito relativo. Para vocês verem, eu convivi com meu pai, que nasceu em 1880, uma pessoa do século XIX. Estamos em 2013, são mais de 130 anos. É uma sensação difícil de transmitir. Por isso, quando se fala em Jesus Cristo, há dois mil anos, a gente pensa que é muito tempo, mas não é. Minha vida passou em oito estalos de dedo e pronto, já tenho oitenta anos. Por isso digo a vocês para cuidarem bem de seus corpos, porque eles são uma prisão, de dentro deles vocês não saem. E para que eles não te torturem na velhice, tratem bem deles agora.


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Foto: Santa Banta

BELEZA

Por Julio Maziero

INSIDE 24

Que tal apostar no romantismo neste Natal, com presentes diferentes e inusitados, que além de bonitos, contribuirão para apimentar ainda mais o seu relacionamento? Pois então se dispa de qualquer preconceito e visite um sex-shop. A possibilidade de se surpreender é muito grande! O setor de presentes eróticos cresce no Brasil a cada ano. Para atender a esta demanda, empresas colocam à disposição do consumidor uma variedade cada vez maior de produtos. E se engana que pensa que há artigos somente para mulheres. O público masculino e GLSBT também foi lembrado pelo segmento. Embora a maior parte do público seja ainda o feminino, com 70% da participação, os homens estão aos poucos descobrindo estas novas opções de presentes para

conquistar ainda mais a pessoa amada e aumentar a voltagem da relação. Entre os casais gays a troca de presentes eróticos também se tornou bastante comum. A gama de possibilidades oferecidas por estas empresas vão desde os produtos como lingeries, cremes hidratantes, óleos comestíveis, essências, velas aromáticas, sais de banho, até artigos mais específicos, elaborados para elevar a temperatura do relacionamento, como fantasias, acessórios comestíveis, kits de massagem, algemas, chicotes e outros acessórios sensuais que literalmente colocarão fogo em sua paixão. A alta tecnologia também invade o segmento. Produtos eletrônicos, com controle ou cyber skin (imitação de pele) também estão à disposição dos usuários. Até pouco tempo atrás muita gente tinha

vergonha de entrar num sex-shop, mas este é um tabu que já está caindo por terra, principalmente pelo clima de privacidade proporcionado pelas empresas e também pela discrição nas embalagens dos produtos, hoje acondicionados em bolsas ou maletas especiais. Hoje é comum você entrar numa loja de lingerie e encontrar um anexo com os produtos que antigamente somente eram vendidos em lojas específicas! Aproveite esse ambiente para tirar suas dúvidas, perguntar e sair com o produto que mais te agrada. A Internet também é boa opção para os mais recatados. Diante de tanta novidade, não importa o perfil do seu relacionamento, seja ele ousado, abusado, recatado, tímido ou mesmo tradicional, é quase certo que você encontrará o presente ideal para o seu par.


Foto: Santa Banta

Para quem prefere fazer dos olhos o centro das atenções, ouse com os tons de azul, verde e até mesmo laranja. No quesito cores de esmaltes, as tendências serão os tons alaranjados e corais, além dos rosas vibrantes, que também estarão em alta. Quem gosta de cores claras os tons de lavanda/lilás, pode comemorar e aproveitar, porque eles serão tendências marcantes. Para as mais ousadas, que curtem as unhas decoradas, o degradê aparece com força total e não poderá ficar de fora de sua produção. A moldura para este rosto belamente maquiado deve estar deslumbrante, por esta razão, os cabelos merecem atenção especial. Confira as dicas: Cortes e Cores - As mulheres mais discretas devem investir em um corte irregular, com mechas de iluminação nos tons whisky e mel, para dar movimento e luz. Os tons loiros

continuam em alta, mas desta vez vêm mais suaves. Os amanteigados e beges darão um efeito extremamente natural. Os cortes mais leves e desfiados, cortes despojados e que pareçam naturais, colaborarão para esses efeitos iluminados do verão. Nestas festas de final de ano vale à pena ousar, mudar e iluminar. Penteados - A tendência para as festas são penteados básicos e elegantes. Tudo muito natural. Tranças nas laterais, coques básicos e rabos na altura da nuca são looks que podem ser feitos em casa mesmo e incrementam qualquer produção. As mulheres de cabelos curtos podem abusar de pomadas, gel, mousses e acessórios. Agora é só curtir todas as festas da vida. Feliz Natal e bom Ano Novo!

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INSIDE 24

Toda a correria ao longo de todo ano converge para um período de uma semaninha, que vai do Natal ao Ano Novo. Época de muitas festas, na qual estar bem produzida pode fazer muita diferença. Garimpamos então as principais tendências de cabelo e maquiagem para que você arrase nas festas de fim de ano, encerrando 2013 com chave de ouro e iniciando 2014 com os dois pés direitos. A maquiagem é um fator importantíssimo na composição de um look atraente para estas festas. A maquiagem natural chegou para ficar, com produtos que procuram realçar a beleza sem excessos. Nesta temporada inclua iluminador e um blush adequado ao seu rosto. O restante do rosto deve parecer natural. Se a protagonista for a boca, os tons que devem ser usados são os pinks, os laranjas e o vermelho papoula. Use pós com tons bronzeados para um efeito saúde no verão.


o t l u c o , o t e r Amigo sec X ou invisível?

Foto: Photl

COMPORTAMENTO

Por Julio Maziero

INSIDE 14

Chega o Natal, e o que, além de degustar as delícias da ceia, é tão bom quanto dar e ganhar presentes? Talvez seja por isso que a brincadeira do amigo secreto faça tanto sucesso. O jogo do amigo secreto, também conhecido como amigo oculto ou invisível se difundiu entre os brasileiros, principalmente como uma forma de presentear e economizar ao mesmo tempo. Em famílias muito grandes e empresas é impossível e inviável comprar lembranças para todos. O amigo secreto é um fenômeno social que aproxima as pessoas, contribui para estreitar relacionamentos e criar novos vínculos.

Origens - Não há uma única versão para o surgimento da brincadeira do amigo secreto. Uma delas é associada a uma prática na Grécia Antiga, quando os gregos presenteavam pessoas de destaque nas datas festivas. O detalhe é que muitos dos presenteados eram escolhidos ao acaso, no calor do momento. Outra possível origem desta troca de lembranças seria um ritual dos povos nórdicos, no qual, para homenagear e selar um pacto com os deuses, a população se presenteava de forma aleatória. Eles esperavam pelo amanhecer e faziam a troca seguida de uma frase recomendando que nunca se esquecessem

dos deuses sobre eles. A vertente que é mais aceita por estudiosos é a de que a brincadeira teria surgido nos Estados Unidos, com a industrialização do país. Nas fábricas, os trabalhadores eram convocados para participar das confraternizações e obrigados a presentear os colegas. Como nem todos tinham um bom relacionamento ou não eram bem vistos por outros, surgiu a ideia de sortear os nomes de todos os participantes, deixando para o acaso escolher o alvo e evitando desentendimentos. Integração - Como todos sabem, a brincadeira do amigo secreto consiste em colocar em pequenos pedaços de papel os nomes dos participantes e realizar um sorteio entre eles. Cada um tira um papel com o nome de outra pessoa e não o revela para ninguém. No dia marcado para a troca ele dá dicas sobre quem tirou para os demais tentarem adivinhar. A pessoa que recebe o presente será o próximo a dar as pistas de seu amigo oculto. Na brincadeira, o segredo é que ninguém se sinta constrangido, desconfortável ou mesmo obrigado a participar, já que o objetivo do jogo é aproximar as pessoas. Por esta razão, o senso de democracia deve estar sempre presente, procurando evitar estabelecer um valor alto demais para a realidade financeira de alguns participantes e se afastar da ostentação, tanto no ato de dar o presente, quanto de recebê-lo. Para contornar algumas saias-justas, listas com o que cada um gostaria de ganhar podem ser uma solução interessante. Na própria Internet já existem sites especializados, que além de fazer sorteios à prova de fraudes, também disponibilizam espaço para cada um listar aquilo que quer ganhar. O mais importante no amigo secreto é a integração entre as pessoas, a socialização. Não importa o valor ou o conteúdo do presente, importa sim a oportunidade de trocar muito mais do que presentes, trocar experiências de vida. E quer época mais apropriada para isso que o Natal?


INSIDE 15


Foto: Santa Banta

INTERIORES

Um dos muitos prazeres que fazem parte do período de Natal, além da ceia, dos presentes, da confraternização e de outras tradições, é a decoração da casa. Verdadeira preparação para este evento familiar por excelência, o ato de enfeitar portas, janelas, jardins, cômodos e a mesa para o Natal foi, ao longo dos anos, ganhando opções e novidades, se modernizando, sem no entanto deixar de lado o tradicional. Nas lojas e na Internet produtos não faltam para deixar seu Natal e, principalmente, sua casa mais coloridos e iluminados. Aquelas pequeninas lâmpadas natalinas, que enfeitavam a árvore e as janelas, e que quando queimavam, encontrar a defeituosa era como procurar uma agulha num palheiro, já que todas não acendiam, estão lentamente dado lugar ao led, que é mais resistente e consome menos ener-

gia. As lâmpadas de led podem ser encontradas no formato tradicional ou em cordões luminosos, protegidos por uma capa plástica, que os torna ideais para ambientes externos. Até mesmo a árvore, principal símbolo na decoração natalina, ficou mais tecnológica com sua versão em fibra ótica. Ela ganha iluminação e cores variadas sem precisar de luzes. Basta acrescentar os enfeites que preferir. E, neste aspecto, a tecnologia parece ser o futuro das festas de final de ano, já que vemos presépios e Papais Noeis eletrônicos, que se movimentam e falam. Alguns deles até mesmo em tamanho real. Criatividade – Aqueles que não querem mexer no bolso para a decoração natalina, preferindo guardar seu dinheiro apenas para presentes e guloseimas, podem fazer uso de objetos que já tenham em

casa, como taças, copos, vasos, talheres e uma infinidade de outros materiais. Alguns sugerem um Natal ecologicamente correto com a utilização de lixo eletrônico adaptado para motivos natalinos, como CDs recortados em formato de estrelas e pinheiros, caixas e monitores de computador como presépio, placas de circuitos integrados, que geralmente são verdes e dourados como elementos decorativos, árvores feitas de CDs, guirlandas de cabos coloridos, etc. Se esta opção ainda está ousada demais para os seus padrões, reunimos aqui algumas sugestões práticas para deixar a sua festa natalina mais bonita. - Abuse da criatividade, mas não se esqueça dos objetos tipicamente natalinos; - Flores secas ou naturais são sempre uma boa escolha; - Você pode utilizar bastidores para bordado, tule e cartões para fazer um móbile; - Faça arranjos em objetos de sua casa, como abajures, lustres, pratos de andares e fruteiras, entre outros; - Copos, taças e vasos coloridos podem receber água e velas flutuantes; - Decore a escada de sua casa com uma vela em cada degrau. Só tome cuidado para evitar incêndios; - Talheres como conchas de sopa podem receber arranjos e velinhas. Vasos de parede também são ideais para isso; - Utilize o quadro de lembretes como árvore de Natal, colocando mensagens de amigos e parentes de maneira que formem um pinheiro; - Transforme suas almofadas em pacotes de presentes envolvendo-as com fitas; - Vidros também podem dar um toque de elegância em sua decoração, quando cheio de bolas e enfeites. Como vimos, opções não faltam dentro de sua própria casa, basta exercitar a criatividade, temperada com um pouco de ousadia, que sua decoração de Natal tem tudo para ficar surpreendente.


Mais de modelos do que de críticos

Varias vezes nos surpreendemos analisando e refletindo sobre notícias divulgadas na mídia impressa e eletrônica sobre crianças, adolescentes, jovens, que independentemente de sua origem social ultrapassam limites. Cometem crimes, agridem, desrespeitam, mentem, roubam. Ou são brilhantes, dedicados, disciplinados, capazes de movimentarem sua comunidade em prol de uma nobre causa. Sabemos que não há um único fator para essas diferenças. Genética, valores, condições socioeconômicas, estrutura familiar, condições de vida, cultura, espiritualidade para citarmos alguns dos fatores que interferem e que se entrecruzam nesse intenso e desafiante processo de educar e formar a nova geração, que toca a cada um de nós e a toda a sociedade. Mas, há um desses fatores no qual de-

sejamos nos debruçar. Em 1842, o pensador francês Joseph Joubert afirmava: “As crianças precisam mais de modelos do que de críticos”. Quanto menor a criança, mais ela admira seus pais ou os adultos que assumem a tarefa de cuidar, de criá-la. Afinal, não lhe resta alternativa; ela precisa acreditar em sua perfeição para sentir-se protegida. Bruno Bettelheim perguntaria: Em que outra imagem pode basear sua formação senão na das pessoas que agem como pais para ela? Quem mais lhe é tão próximo e importante? E se as coisas são como deveriam ser, ninguém a ama tanto nem cuida tão bem dela quanto seus pais. Ou aqueles que fazem o papel desses. À medida que as crianças crescem, amplia-se o universo de suas relações e o mundo ao seu redor. Aos poucos deixam

de admirar os pais com a mesma ingenuidade; compara-os com outros adultos (pais de amigos, professores, outros familiares...), descobrem outras maneiras de ser e existir. Percebem suas imperfeições. Ao mesmo tempo em que se diferenciam, buscam e constroem a própria identidade, continuam tendo-os como modelos a serem imitados. E permanece com a necessidade de sentirem-se amados, desejados e protegidos. Muitas vezes, no entanto, o filho não admira os pais nem deseja imitá-los. Ele partirá em busca de outro modelo, de outra pessoa para respeitar e à imagem de quem possa formar-se. E esse modelo poderá ser qualquer adulto que faça parte da vida dessa criança ou adolescente. Os modelos apresentados a nova geração, quer no seio das famílias, quer na sociedade são tão diversos como a própria humanidade. Por isso, precisamos enquanto pais, professores, tios, tias, adultos que convivemos com crianças e adolescentes em qualquer espaço, tempo e dentro das mais diversas formas de envolvimento nos perguntar: Que modelo de ser humano eu sou? Que modelo quero ser? Para quem posso estar sendo um modelo? E enquanto sociedade: que modelo de “ser humano” deseja apresentar as futuras gerações? Não somos perfeitos. Somos humanos. Mas, se enquanto adultos responsáveis pelos mais novos estabelecermos vínculos de amor, de respeito, de limites, de honestidade, estaremos construindo um caminho de mão dupla na nossa relação, que possibilitará à nova geração ao mesmo tempo perceber-nos como modelos a serem imitados e modelos a serem superados na busca por um modo de ser humano melhor. Professora Doutora Lila Cristina Guimarães Vanzella Coordenadora Pedagógica do Ensino Médio USEFAZ Escola

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Foto: Arquivo Usefaz

Educação


Foto: Marion Brasil

ARTEDAGULA

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Natal e Réveillon são duas comemorações que além de suas origens relacionadas a histórias da Bíblia, em que comemoramos a vida e nascimento do Menino Jesus e mais um ano que chega ao fim e outro que começa, são festas em que as comidas sobressaem e se renovam a cada ano, não perdendo é claro, as tradições. Entres as guloseimas, nesta edição vamos destacar os doces que não só transmitem alegria, como também adoçam as celebrações. Para as pessoas que pretendem arrasar não somente no gosto, mas também no visual, que tal cup cakes com rostinho de Papai

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Por Liv

Noel ou árvore de Natal? Há também aquelas árvores de chocolate, com confetes que simbolizam as bolas e enfeites. Outra novidade que tem chamado atenção das noivas, aniversariantes e anfitriões é o bolo Naked, o famoso bolo pelado ou destruído. Composto por uma estrutura simples e repleto de frutas é uma ótima dica para o verão. Sobre o tema, focando no Vale do Paraíba, destacamos a chef Marion Brasil, de Lorena. Que com seu currículo honroso, especializou-se em confeitaria, trufas e chocolates em Paris, onde fez cursos no Cordon Bleu e no Alain Dicasse Fondation, centro de estudos e experimentos gastronômicos do chef Alain.

Marion é umas dessas “mágicas” da cozinha, que transformam açúcar e leite em vários resultados bacanas para o seu fim de ano. Então, está com dúvida no que preparar ou oferecer aos seus convidados, nossa dica é: invista nos doces personalizados. Que são, além de tudo, uma ótima dica de presente. Afinal é certo o ditado que diz que primeiros comemos com olhos, e depois com a boca. Após tudo pronto, aproveite o momento junto das pessoas que ama, reflita sobre o ano que passou e o que esta por vir, homenageie Jesus Cristo (o aniversariante) e curta a alegria e a magia destes momentos... Boas festas e boas comidas!


Foto: Sxc.hu

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o Mazie

Se existe um momento que é aguardado com muita ansiedade por boa parte da população é o final da sexta-feira, quando a turma de amigos se reúne para celebrar a vida nesta verdadeira instituição social que se tornou o happy-hour. E, nesta “hora feliz”, o que não pode faltar são aqueles petiscos e tira-gostos carinhosamente batizados de comida de boteco. As palavras Boteco ou Botequim derivam dos termos Botica, de Portugal, e Bodega, da Espanha. O significado em ambos os casos é o mesmo, casa ou depósito de bebidas, loja onde se vendem bebidas. O brasileiro, apaixonado que é por uma cerveja, tratou logo de cercar sua bebida favorita de todos os acompanhamentos possíveis e imagináveis. Injustamente chamada de “Baixa Gastronomia”, talvez por seus ingredientes comuns, populares, a comida de boteco é antes de tudo uma tentação para os sentidos, começando pelo olhar, passando pelo aroma e terminando no paladar. E que peça para sair aquele que não curte uma boa comidinha de boteco. Difícil mesmo é eleger a iguaria preferida,

afinal de contas, quem em sã consciência deixa de comer de tudo para ficar comparando qual a melhor, se é a coxinha, o pastelzinho, bolinho, quibe, croquete, a isca de carne, de linguiça, frango ou a mandioca, a batata frita ou os caldinhos? Ingredientes um pouco mais caros também fazem parte do cardápio, como bacalhau, camarão, picanha, casquinha de siri, etc. O que salta aos olhos é a variedade de combinações. Somente no que diz respeito aos bolinhos, os sabores são inúmeros. Temos de carne, arroz, bacalhau, queijo, abóbora, mandioca, milho, peixe, ufa, e por aí vai. A regionalização também contribui para deixar o menu dos botecos ainda mais apetitosos, com pratos como por exemplo abóbora com carne seca, feijoada e os escondidinhos de carne seca, bacalhau, palmito, etc. Quatro estações – E não é só a variedade de guloseimas e sabores que impressiona na comida de boteco, ela possui ainda pratos indicados para praticamente todas as estações do ano. No inverno, por exemplo, quem resiste a um caldinho bem quente e temperado. Vaca atolada, verde, de canjiquinha, ervilha,

canja, enfim, tem para todo tipo de gosto e até de sotaque, já que o que para uns se chama mandioca, para outros é aipim e para mais alguns é a boa e velha macaxeira. Em termos de ingredientes, o céu e a criatividade são os limites. Embora nem sempre seja aquela dieta exatamente saudável, recomendada pelos médicos, a comida de boteco sempre será irresistível. E ela se difundiu de tal forma que é praticamente impossível encontrar um local no Brasil onde a comida de boteco não esteja presente. Belo Horizonte (MG) é conhecida nacionalmente como a "capital nacional do boteco", mas São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia (GO) e Salvador (BA) também merecem destaque. Até mesmo cursos de comida de boteco são oferecidos por instituições como o Senac. O mais importante é descobrir que, no happy-hour, a comida de boteco é um ingrediente, uma engrenagem de um conjunto que, antes de tudo, deve estar coeso. Boa bebida, boa comida, boa companhia e, sobretudo, boa conversa, tudo isso reunido num bom boteco. Bom apetite!

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Por Juli


Foto: Irmãs Turner

ARTEECULTURA

A rt es a nat o é tudo de bom Por Julio Maziero

Quem passar pela Praça Conselheiro Rodrigues Alves nesta época de Natal terá mais uma bela opção de presentes, o artesanato em feltro produzido pelas Irmãs Turner. Nascidas em Guaratinguetá, Bia e Mainha Turner passaram por várias profissões até realizarem o sonho de serem “arteiras”, como elas mesmas se definem. Nesta empreitada, se uniram à amiga-irmã Kátia Moreira, para desenvolverem sua arte. Além de exporem seus trabalhos na praça e em seu ateliê, elas participam também de bazares e exposições. A Inside bateu um papo com elas para que seus leitores conheçam um pouco mais deste lindo trabalho. Como vocês decidiram trabalhar com artesanato em feltro? Começamos a trabalhar com feltro apenas como complemento de renda e logo nos apaixonamos de tal madeira que se transformou em nossa renda principal. De início, fizemos curso, e com o passar do tempo começamos a desenvolver nossa própria técni-

ca e nossas peças. Amamos muito o trabalho de criação. Há quanto tempo desenvolvem esta arte? Estamos trabalhando como artesãs há três anos e, mesmo com as dificuldades de iniciantes, estamos perseverando e crescendo. Quais as principais dificuldades que vocês encontraram? Em todo início existem obstáculos a serem vencidos. Na época, eu (Bia Turner) era condutora de veículo escolar e carregava as peças na van, fazendo propaganda na porta da escola, vendendo as peças para as mães de alunos e recebendo as encomendas. Era muito divertido, mas não estávamos satisfeitas e queríamos mais. Então, entramos em contato com a Secretaria de Cultura, conseguimos uma vaga na Praça Conselheiro Rodrigues Alves e começamos a divulgar nosso trabalho na banca. O que foi muito bom. Montamos então nossa página no Facebook e começamos a ser mais conhecidas. Crescemos e estamos com grandes projetos. Como é dividido o trabalho entre vocês,


caro. Bom, nós como artesãs sabemos o trabalho que dá para fazer e valorizamos muito o que fazemos. Quem deseja ter uma peça diferenciada em casa, ou quer algo exclusivo para presentear, sabe que com peças artesanais farão a diferença. O que dizemos sempre: Achou caro, pegue e faça... (risos) Quais temas vocês procuram abordar em sua arte? Existem datas que o retorno é maior, o Natal é top. Confeccionamos muitas peças decorativas. Neste ano, nosso maior volume de vendas foi com as capas de almofadas e capas de cadeira, perdemos até a conta de quantas fizemos. (risos). Mas também existe a Páscoa e o dia das mães. Gostamos muito de atender festas de aniversário, para as quais desenvolvemos nossos próprios projetos de acordo com o tema escolhido. Enfim, trabalhamos em qualquer época e sobre qualquer tema. Minha vizinha de banca diz que nós somos as rainhas das grávidas, pois o ano todo temos encomendas de guirlandas e lembrancinhas para maternidade.

Quais as principais novidades em presentes para este Natal? Todos os anos, desde que começamos, sempre procuramos fazer novidades. Iniciamos com as peças decorativas, que são as mais procuradas, e depois do dia 15 de dezembro começamos a confeccionar os presentes. E sempre fazemos peças novas e exclusivas para atender nossas clientes, amigas e amantes do artesanato. Vocês ministram cursos de artesanato em feltro? Este ano começamos com aulas todas as terças das 9h às 12h, em nosso Ateliê, que fica na avenida Maria Aparecida Antunes Cavalca, 467 no Jardim Bela Vista. Para 2014 aumentaremos as turmas e começaremos a vender projetos com moldes e peças em feltro cortadas, com o passo a passo para que as pessoas possam fazer e se divertir em casa. Não considero uma arte difícil, mas requer muita paciência, cuidado e amor. Artesanato é tudo de bom!

INSIDE 23

ou ele é feito pelas três de maneira igual? Todas as três trabalham de maneira igual, mas temos nossas preferências, uma gosta mais da costura que é toda feita à mão, outra adora fazer as finalizações e outra gosta muito da parte de vendas e propaganda, mas somos “arteiras” iguais. O trabalho entre irmãs tem uma sintonia diferente? Não temos dificuldades de convivência, a sintonia é boa apesar de sermos três pessoas completamente diferentes. Como em toda sociedade, brigamos, rimos, nos irritamos. Às vezes é difícil, mas prazeroso. Como é o retorno do público para o seu trabalho? Recebemos muitos elogios, dizem que fazemos um trabalho diferenciado. Nossa maior dificuldade é com a valorização do trabalho artesanal. Cortamos as peças uma a uma, costuramos a mão, finalizamos peça por peça, é um trabalho demorado e requer muito carinho. E quando colocamos o valor muitas pessoas criticam falando que é muito


NEGÓCIOS

Mercado

promissor Por Lívia Fernandes

O mercado farmacêutico brasileiro foi um dos mais vantajosos durante o ano de 2013. Com o nível de emprego considerável e a condição socioeconômica da população, o país obteve um bom desempenho neste ramo. Com o sucesso internacional, o mercado farmacêutico tende a ganhar ainda mais destaque nos próximos anos. Com base na projeção da IMS Health, entidade que mede o desempenho do setor, seu crescimento será visualizado em oito anos. Nos últimos anos, entre 2003 e 2011, o Brasil passou da 10ª para a 6ª posição no mercado farmacêutico mundial. Em anos de Copas e Olímpiadas, para 2014 e 2016, o país tende a ficar atrás dos Estados Unidos, China e Japão, ocupando assim a quarta colocação.

Aqui no Vale do Paraíba o avanço e destaque deste mercado não tem sido diferente. Formados como tenentes farmacêuticos, pela Aeronáutica de Guaratinguetá, o casal Marco Aurélio e Karina Figueiredo projetaram a sua primeira farmácia de manipulação dentro da aeronáutica. Em 2000, eles deram início à sua primeira farmácia privada de manipulação, a Farmavale, na cidade de Lorena, dando início a um projeto que, em 2003, obtinha sua filial em Cruzeiro e em 2005 na cidade de Guaratinguetá. Sua segunda loja, em Lorena, veio no ano de 2007, tornando-se a matriz com 690m² de laboratórios, gerando mais de 60 empregos diretos. No ano de 2010, surgiu a quinta filial, na cidade de Pindamonhangaba.

Farmavale, significa farmácia (Farma) do Vale do Paraíba (vale). É a única com qualificação chancelada pelo SINAMM (Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral) em 2009, 2010, 2011, 2012 e em exercício 2013. Essa qualificação foi um quesito importante para a empresa, em que passou por diversas auditorias durante estes anos. Buscando sempre o melhor para seus clientes e parceiros. Assim, neste fim de ano, em que novos planos são projetados, novos sonhos são idealizados, um ramo promissor para 2014 é o mercado farmacêutico, que, como vimos está em alta e só tende a crescer. Quem sabe este não é o caminho para você se destacar no mercado neste ano que se inicia?

CHANCELA DE QUALIDADE

3122-3100

3157-1510

3144-0655

3645-1544

COBRIMOS QUALQUER ORÇAMENTO PARA OS ASSOCIADOS DO ITAGUARÁ, UNIMED, AMIGA E PLANO MÚTUO MEDC. - Farmacêuticos Proprietários - Dr. Marco Aurélio Figueiredo Ten. Farm. R2/R - Dra. Karina O. Figueiredo Ten. Farm. R2/R


A questão

ÉTN I C O- R ACIAL A importância de enfocar a dimensão étnica-racial nos estudos do processo saúde-doença-cuidados e morte, fundamenta-se no reconhecimento da discriminação histórica que a população negra sofreu no Brasil e a conseqüência vivência de condições de marginalidade e vulnerabilidade que se estende desde a abolição de escravatura até a atualidade. A produção científica permite constatar que a população que se declara negra é a mais numerosa no país. Apresenta, comparativamente, maiores níveis de fecundidade e, consequentemente, uma estrutura etária relativamente mais rejuvenescida que a população branca. Também entre os negros observa-se maior proporção de domicílios chefiados por mulheres. No âmbito educacional, verifica-se que os negros constituem o maior contingente de analfabetos. Estão numa situação mais desfavorável em relação ao total de anos de estudos alcançados e são minoria dentre os que se matriculam e os que completam o ensino superior. São eles que, majoritariamente, inserem-se no mercado informal de trabalho, exercem as

ocupações menos qualificadas, com rendimentos domiciliares mensais per capita menores aos de outros grupos, e representam o maior contingente populacional que vive abaixo da linha de pobreza. Ao fazer uma revisão bibliográfica dos estudos relativos ao tema das diferenças raciais na saúde, verifica-se que a população negra é a que apresenta maior probabilidade de adquirir enfermidades infecciosas. Está mais exposta a riscos de sofrer violências. Apresenta taxas maiores de morte por homicídio, especialmente entre homens adultos e jovens. E sofre maiores níveis de mortalidade infantil. Em relação aos diferenciais raciais da saúde reprodutiva das mulheres, observam-se algumas especificidades que apontam para uma posição desvantajosa comparada às mulheres brancas. Pode-se verificar uma maior proporção de negras de 15 a 24 anos que não usaram preservativo na primeira relação sexual. Uma maior percentagem de mulheres negras de 15 a 19 anos que não desejavam engravidar do último filho. Uma maior proporção de mulheres negras que utilizaram como contracepção a esterilização. Uma menor proporção de mulheres negras que fizeram exame

ginecológico nos dois meses posteriores ao parto. Um peso relativo maior das mulheres negras, com 40 anos ou mais, dentre aquelas que nunca fizeram exame de prevenção de câncer ginecológico mediante mamografia e/ ou Papanicolau. Com relação aos diferenciais dos perfis de morbidade, as informações divulgadas recentemente pelo Sinan/Datasus/MS constatam que os negros sofrem maior prevalência de doenças de notificação compulsória. Estima-se que eles concentram 70% dos casos de leishmaniose, 64% de Mal de Chagas, 63% do total de casos de lepra, 67% do total de registros de esquistossomose e 57% de sífilis nas mulheres grávidas. Ao tratar dos perfis de mortalidade, as informações mais atualizadas do SIM/Datasus/ MS permitem verificar: -Mortalidade precoce da população negra quando comparada com a branca. -Maior concentração de mortalidade por causa ignorada entre os negros, indicando um diferencial no acesso à assistência médica. -A diminuição constante dos níveis de mortalidade nos primeiros anos de vida -São as crianças negras quem, em maior proporção, morrem por causas evitáveis como diarréia aguda, infecções respiratórias, desnutrição e outras doenças infecciosas e parasitárias. - O número absoluto de mortes de mulheres brancas em idade reprodutiva por causas relacionadas a gravidez, parto e puerpério se manteve quase constante no período de 2000 a 2010. As assimetrias enunciadas neste breve resumo apontam, mais uma vez, que o Brasil se caracteriza por ser um país onde há discriminação racial. E que, apesar de ter alcançado algumas conquistas, está longe de lograr a equidade racial, pois se perpetuam as diferenças significativas na apropriação dos bens produzidos e no acesso aos serviços públicos oferecidos, impactando negativamente na qualidade de vida da população negra. Por Dr. Roberto Flavio Marotta

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Foto: istock

SAÚDENOTRABALHO


TEMPOLIVRE

DVDS Os Estagiários

(The Internship) EUA, 2013. Direção: Shawn Levy. Com: Vince Vaughn, Owen Wilson, Rose Byrne. 120 minutos. Lançamento da Fox/Sony. Dois grandes amigos, que trabalham juntos vendendo relógios, são pegos de surpresa quando o seu chefe decide fechar a empresa. Precisando de dinheiro, os dois se inscrevem para uma seleção de estágio no Google. No local, sem garantia nenhuma de contratação, precisam lidar com a diferença de idade entre eles e os demais concorrentes.

Mato sem Cachorro

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(Idem) BRA, 2013. Direção: Pedro Amorim. Com: Bruno Gagliasso, Leandra Leal, Danilo Gentili. 113 minutos. Lançamento da Imagem. Um jovem músico frustrado vive largado no sofá de casa. Sua vida muda quando conhece uma garota e o cachorro Guto. Eles se tornam uma família, até que, um dia, ela termina o namoro, leva o cão embora e arranja outro namorado. Revoltado, o músico arquiteta, com a ajuda de um primo, o seu plano de vingança: sequestrar o cachorro.

Elysium

(Idem) EUA, 2013. Direção: Neill Blomkamp. Com: Matt Damon, Wagner Moura, Jodie Foster, Alice Braga, Sharlto Clopey. 110 minutos. Lançamento da Fox/Sony. O ano é 2159, os ricos moram em uma estação espacial chamada Elysium e os pobres sobrevivem num planeta Terra em ruínas. O rígido controle de imigração para a estação os impede de entrar lá, mas um cidadão, exposto a uma dose fatal de radiação lidera uma invasão para ter acesso a uma cama que cura todos os males.

Jobs

(Idem) EUA, 2013. Direção: Joshua Michael Stern. Com: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, Matthew Modine, John Getz. 127 minutos. Lançamento da Playarte. A história da vida de um dos maiores gênios da informática, Steve Jobs, fundador da Apple. De hippie desinteressado a líder da empresa de tecnologia, surge um homem de personalidade forte, determinado a atingir suas metas não importando os meios para tal feito, atitudes que prejudicam suas amizades e relacionamentos amorosos.

Os Suspeitos

(Prisoners) EUA, 2013 Direção: Denis Villeneuve. Com: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Maria Bello. 153 minutos. Lançamento da Paris. Dois casais de amigos se reúnem na casa de um deles e, sem que percebam, tem suas filhas sequestradas. Desesperadas, as famílias recorrem a um detetive, que prende um suspeito, mas, por falta de provas ele é solto. Indignado, um dos pais decide sequestrar o suspeito, que tem atraso mental, e arrancar dele a verdade, custe o que custar.

Sem Dor, Sem Ganho

(Pain & Gain) EUA, 2013. Direção: Michael Bay. Com: Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Ed Harris. 129 minutos. Lançamento

da Paramount. Baseado numa divertida história real, o filme conta a história de um personal trainner de uma pequena academia que decide se dar bem na vida a qualquer custo. Para tanto, se une a um amigo e a um ex-presidiário para dar um golpe em um de seus alunos ricos. O plano dá certo, mas eles não esperavam a perseguição implacável de um policial.


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APTO. DE 1 DORM: MELHOR INVESTIMENTO DA REGIÃO. PRÓXIMO AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ


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