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Geografia em Rede PARTE I

Edilson Adão Laercio Furquim Jr.

VOLUME ÚNICO

Geografia em Rede

ISBN 978-85-96-00039-0

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788596 000390

11633111

PARTE I

VOLUME ÚNICO


Edilson Adão Cândido da Silva

Laercio Furquim Jr.

Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP).

Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Professor de Geografia há 20 anos no Ensino Médio e Superior.

Professor de Geografia há 20 anos no Ensino Médio e Superior.

Geografia em Rede

PARTE I

VOLUME ÚNICO

1ª. edição São Paulo – 2015


Copyright © Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Jr., 2015 Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Flavia Renata P. de Almeida Fujita Editora Angela C. Di Cesare M. Marques Editoras assistentes Rosane Cristina Thahira, Bárbara Berges Colaboradores Carolina Bussolaro Marciano, Nathalia Matsumoto, Suélen Rocha M. Marques, Teresa Cristina Guimarães, Wilson Valadão Goularte Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de produção Marcia Berne Coordenadora de arte Daniela Maximo Projeto gráfico e capa Casa Paulistana Supervisor de arte Roque Michel Jr. Editor de arte Felipe Borba Diagramação Tangente Design, YAN Comunicações Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Infográficos Alex Argozino, Casa Paulistana, Manzi Ilustrações Luís Moura, Rafael Herrera Cartografia Allmaps, C. Takachi, Studio Caparroz, Sonia Vaz Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Nogueira Preparação: Líder: Sônia Cervantes. Preparadoras: Fernanda Rodrigues, Iracema Fantaguci, Lucila Segóvia, Veridiana Maenaka Revisão: Líder: Viviam Moreira. Revisores: Aline Araújo, Carina de Luca, Enymilia Guimarães, Fernando Cardoso, Lívia Perran, Rita Lopes Supervisora de iconografia Célia Maria Rosa de Oliveira Iconografia: Thais Lima e Graciela Naliati Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da 360º geografia em rede : partes 1, 2 e 3, volume único / Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Júnior. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2015. ISBN 978-85-96-00039-0 (aluno) ISBN 978-85-96-00040-6 (professor) 1. Geografia (Ensino médio) I. Furquim Júnior, Laercio. II. Título. 15-06373

CDD-910.712 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino médio 910.712

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à

FTD EDUCAÇÃO Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: ensino.medio@ftd.com.br

Impresso no Parque Gráfico Editora FTD S.A. Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375


Apresentação É com satisfação que apresentamos este livro, resultado de muita pesquisa e dedicação, cujo objetivo é contribuir para que a Geografia possa ser mais bem compreendida e aplicada no dia a dia. As grandes transformações mundiais e nacionais que permearam a transição do último século para o atual repercutiram no espaço geográfico contemporâneo. Cabe à Geografia traduzir esses fenômenos que se cristalizam e ao mesmo tempo dinamizam o território, realizando o ponto de encontro entre o passado e o presente. Nos temas trabalhados aqui, a Geografia que propomos analisa os fatos geográficos de uma perspectiva dinâmica, conectada com a realidade e com o cotidiano. A interação entre os fenômenos, transformando e produzindo dinamicamente o espaço geográfico, dá a tônica da compreensão do mundo atual, e a Geografia é ferramenta imprescindível para tal discernimento. Esperamos que o resultado deste nosso trabalho seja um recurso para a compreensão desse mundo mutante e que contribua para a formação de jovens críticos e conscientes de sua cidadania para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e menos desigual. Bons estudos! Os autores.

Para Lia Morena e Caetano. Para Pedro, meu rubi, e Vinícius, meu diamante


Corbis/Latinstock

II

A dinâmica da natureza Questão inicial Localizada na Mauritânia, no Deserto do Saara, uma enorme cratera de 50 quilômetros de diâmetro é composta de camadas rochosas na forma de imensos anéis circulares. Conhecida como Estrutura de Richat, Olho de Richat ou Olho da África, não há concordância entre geólogos e outros cientistas da Terra sobre sua origem e forma.

• Você já ouviu falar dessa formação? Converse com seus colegas sobre quais fenômenos podem ter dado origem a tal estrutura.

Abertura de unidade

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Questão inicial Pergunta que estimula a reflexão inicial, o debate e o levantamento de hipóteses sobre temas abordados na unidade.

Abertura de capítulo Tópicos do capítulo Apresentação dos temas abordados no capítulo. Ponto de partida Problematização inicial que propõe o resgate dos conhecimentos prévios sobre o tema do capítulo e a introdução de assuntos que serão abordados.

CAPÍTULO 6

Relevo, minérios e solos brasileiros

Tópicos do capítulo Estrutura geológica do Brasil Classificação do relevo por Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Saber e Jurandyr Ross Minério e mineral Províncias minerais do Brasil Solos brasileiros

Ponto de partida A foto mostra uma área de mineração de areia em Guarulhos (SP), no ano de 2014. O município, que compõe a Região Metropolitana de São Paulo, localiza-se em áreas de Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste. Em termos geológicos, situa-se em área do escudo cristalino. Entre morros e colinas há vales e terrenos de formação recente de constituição sedimentar localizados em áreas aluviais próximas a rios, como o Tietê e seus tributários. Tais condições geomorfológicas possibilitam a exploração da areia.

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Delfim Martins/Pulsar

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Unidade

1. Analise a imagem e: a) associe a mineração de areia e o surgimento de água nos poços escavados pela atividade mineradora; b) cite os principais impactos ambientais que podem ser gerados com a atividade de mineração. Aponte uma solução para minimizar tais impactos. 2. Onde você mora há alguma atividade de exploração mineral? Você conhece algum município no qual haja tal atividade? Procure saber que tipo de mineração prevalece na sua região ou estado. E, então, identifique impactos ambientais decorrentes da exploração e se estão sendo tomadas as medidas corretas para compensá-los.

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Este ícone indica a existência de um objeto educacional digital (OED). Trata-se de uma ferramenta multimídia relacionada ao tema ou assunto que você está estudando.

Com o tempo, a empresa E passou a deter 70% do comércio de alimentos no município.

70%

Este infográfico mostra a história de empresas fictícias, inicialmente concorrentes, que depois se associam para dominar o mercado. Dessa maneira, você poderá compreender melhor como ocorre a concentração de capital nas mãos de poucas empresas. PIZZARIA

a

PIZZARIA

b PIZZARIA

c

Em um município, a pizzaria A possuía seis dos oito estabelecimentos do gênero. As outras empresas eram as pizzarias B e C. O estabelecimento A, portanto, detinha o monopólio da pizza naquele município.

b

Com o tempo, os negócios prosperaram para todos. A pizzaria A passou a ter dez lojas, enquanto a pizzaria B aumentou para oito e a pizzaria C abriu mais um ponto, em um total de 20 pizzarias na cidade. Nesse caso, ocorreu um oligopólio, pois duas empresas dominavam praticamente todo o mercado de pizza do município.

Vendo a situação, o dono do grupo F, composto de fábricas de bebidas e de petiscos, comprou a empresa E. O grupo F se tornou uma holding, empresa que controla, gerencia e administra todas as outras.

F

O crescimento do grupo F se tornou estrondoso, controlando 95% do mercado de pizzarias, restaurantes e bebidas do país. Com o lucro obtido, foram adquiridas uma transportadora, uma rede hoteleira e uma empresa de advocacia. O grupo F se tornou um conglomerado, situação em que um conjunto de empresas do mesmo grupo se faz presente nos mais variados segmentos da economia.

GRUPO GRUPO

F

BEBIDAS

Com o capital excedente, a dona da pizzaria B comprou a pizzaria C e acabou dividindo o mercado com a pizzaria A.

ADVOCACIA

Infográfico

REDE HOTELEIRA

PETISCOS

Casa Paulistana

TRANSPORTADORA EMPRESA E

Atividades 1. Revise o assunto e cite ao menos dois conceitos ou passagens do capítulo que possam ser aplicados na situação das pizzarias e que levam à ideia de concentração de capital.

A dona da pizzaria B e o da rede atacadista D juntaram seus negócios e fundaram a empresa E. Eles passaram a vender produtos alimentícios no atacado e no varejo e, além de manter as pizzarias, abriram outros restaurantes. Essa prática, chamada truste, ocorre quando empresas se unem para controlar o máximo de etapas possíveis da produção e da comercialização de um setor.

2. Discuta com seus colegas e tentem exemplificar no capitalismo brasileiro alguma situação similar ao exemplo mostrado no infográfico.

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1. Entendendo o capitalismo Hegemônico: Preponderante, predominante. Liberalismo: Principal vertente do capitalismo a partir do século XVIII. Defende a máxima liberdade individual contra a ingerência do Estado. Veremos o contexto de seu surgimento e suas características mais adiante.

Boxe

O espaço a nossa volta encontra-se permanentemente em mutação e a sociedade é a maior responsável por isso. Nos últimos séculos, essa alteração foi conduzida, principalmente, pelo capitalismo, o sistema hegemônico dos dias atuais. Logo, para compreendermos melhor o mundo a nossa volta, precisamos ter noção desse sistema econômico. Vamos, portanto, entender como ocorre a produção desse espaço.

Incursões eventuais para maior detalhamento de um tema discutido.

1.1 Características gerais O capitalismo baseia-se na economia de mercado, conceito-chave para sua compreensão desde que o liberalismo se firmou como principal dimensão do sistema. Vamos refletir então sobre o que é mercado. Comecemos pela ideia mais usual que temos de mercado, aquela que imediatamente surge quando ouvimos tal palavra. Observe a fotografia abaixo. Luis Salvatore/Pulsar

Preço: Montante em moeda corrente que corresponde ao pagamento de uma mercadoria ou serviço, cujo valor é definido pelos padrões que orientam o mercado.

A ideia teórica de mercado, no capitalismo, provém da noção usual de um mercado, de uma feira livre. Mercado de rua em Belém, capital do estado do Pará, em 2010.

O pressuposto da teoria de mercado provém de uma ideia simples, uma vez que é nos mercados e feiras livres que se compram os produtos básicos do cotidiano. Devemos atentar para a expressão “comprar”, característica inerente ao capitalismo, pois desde que o sistema surgiu, a troca, prática usual até então, foi gradativamente tornando-se secundária. No mercado, o consumidor opta pela compra de um determinado bem e, caso não concorde com o preço, pode escolher outro gênero ou procurar o mesmo produto por um preço menor em outras lojas. Estabelece-se então uma livre concorrência entre os vendedores que disputam o comprador. Concluímos, portanto, que o mercado é o palco da disputa, ou seja, da liberdade que têm os vendedores (os capitalistas) de disputar o mercado estipulando o preço de suas mercadorias. Determina-se assim a lei de oferta e procura. Dessa lei da livre concorrência surge a expressão liberal, defensor das leis de mercado. Portanto, mercado é a esfera da livre concorrência e o condutor do modelo é o preço. Esse mecanismo socioeconômico orienta a maior parte das economias nacionais nos dias de hoje. Desde os últimos anos do século XX, assiste-se no mundo a uma forte apologia da ideia de mercado. Paradoxalmente, não são poucos os que discordam do modelo e alertam para os perigos de uma sociedade pautada exclusivamente nessas ideias. Anunciam que o mercado não deve tomar conta de todas as relações sociais, culturais ou ambientais. Será que tudo deve ser regido pelas leis do mercado? Não seria possível isentar algumas relações do comando do mercado?

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Unidade I

Glossário Explicações de verbetes e conceitos específicos.

Aprofunda um tema do capítulo por meio de um esquema ilustrado e dinâmico acompanhado de questões reflexivas.

Quando as placas se afastam umas das outras, forma-se normalmente uma fenda no assoalho oceânico. Logo, o fenômeno de separação das placas é mais comum em crostas oceânicas. São essas fendas oceânicas que permitem que o magma contido no interior terrestre seja expelido e, após ser solidificado, forme uma nova crosta oceânica, expandindo assim o assoalho marinho. Esse processo de separação de placas (os limites divergentes) é mais comum ao longo das cadeias oceânicas. A Dorsal Mesoatlântica, por exemplo, é exatamente produto da separação de placas, constituída essencialmente por derrames basálticos, lavas expelidas de dentro da Terra. O terceiro tipo de ação tectônica é causado pela placa transformante ao longo das fraturas dos assoalhos oceânicos, quando Placas uma placa desliza sobre outra em sentitransformantes do oposto, um verdadeiro “arranhão” de proporções gigantescas. A consequência imediata desse processo é o surgimento de falhamentos, as ”falhas transformantes”. O melhor exemplo de deslizamento de placa (limites transformantes) é a Falha de San Andreas, na península da Califórnia. Muitos dos terremotos que abalam a região são produtos desse movimento. Por vezes, na colisão entre placas oceânicas mais densas, é comum que no choque uma delas seja enviada de volta ao manto, reincorporando-se ao magma. Esse processo de retorno ao interior da Terra é chamado subducção. Observe ao lado esquemas que reprePlacas sentam a movimentação de placas transforconvergentes mantes, convergentes e divergentes. AS CORES SÃO MERAMENTE ILUSTRATIVAS A REPRESENTAÇÃO ESTÁ FORA DE PROPORÇÃO

Placas convergentes

Luís Moura

D

Vendo a situação, o dono da rede atacadista D propôs à dona da pizzaria B que comprasse apenas em sua empresa os insumos usados nas pizzarias, obtendo em troca preços menores. O acordo foi realizado desde que a rede D não vendesse para as pizzarias A e C.

Placas divergentes

Fonte: TASSINARI, Colombo C. G.; DIAS NETO, Coriolano de Marins. Tectônica global. In: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. p. 87.

A escala Richter A escala Richter mede a magnitude dos terremotos com base em uma variação logarítmica que oscila de 0 a 10. Acima de 7,0, os terremotos costumam ser bastante cruéis e, quando ocorrem próximos às áreas urbanizadas, os estragos são violentos, frequentemente provocando prejuízos e mortes. Em 1935, o criador desse sistema, o geólogo estadunidense Charles Richter (1900-1985), partiu do princípio logarítmico para mensurar a grandeza dos fenômenos sísmicos, ou seja, um terremoto na escala 6,0 é dez vezes mais intenso que um na escala 5,0. O terremoto mais intenso até hoje registrado ocorreu no Chile em 1960 e atingiu a marca de 9,5 na escala Richter, levando à morte mais de 5 mil pessoas. Pela escala Richter, um terremoto abaixo de 2,0 nem sequer é notado; mas, a partir de 5,0, já pode provocar consideráveis danos. Veja:

Grau

Efeito

• abaixo de 2,0 • de 2,1 a 3,4 • de 3,5 a 5,4 • de 5,5 a 6,0 • de 6,1 a 6,9 • de 7,0 a 7,9 • de 8,0 a 8,5 • de 9,0 a 10

imperceptível é sentido, mas não causa danos pode provocar danos em objetos de pequeno porte pequenos danos em edifícios alcança um raio de 100 km e pode provocar danos terremoto de grandes proporções destruição em larga escala destruição total

Capítulo 5

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O quadro natural de um lugar pode favorecer ou dificultar a dispersão da poluição atmosférica. A topografia e o clima são fatores importantes a considerar quando da instalação de um polo industrial, por exemplo. A Cidade do México, intensamente industrializada e urbanizada, apresenta uma difícil dispersão dos poluentes, pois é contornada por um cinturão montanhoso. Já Londres convive com a formação de smog graças à influência da corrente do Golfo no clima local. Cubatão, em São Paulo, é outro exemplo de polo industrial que apresenta dificuldade de dispersão da poluição, já que se encontra acoplada às escarpas da Serra do Mar, uma verdadeira “parede” que impede essa dispersão. Nesse local, é muito comum, igualmente, a ocorrência de chuvas ácidas. Convém ressaltar que tanto Cubatão como a Cidade do México, que já figuraram entre as cidades mais poluídas do mundo, hoje servem de modelo de gestão ambiental com as respectivas melhoras das condições atmosféricas locais. Cubatão reverteu uma drástica situação de poluição ambiental por meio de políticas de controle de poluição do ar, da água e do solo com participação do Estado, das indústrias e da comunidade. Em 1992, a Cidade do México foi considerada pelas Nações Unidas como a portadora do ar mais poluído do planeta. Em 2012, os índices de poluição atmosférica na capital mexicana ainda estavam elevados, mas, por meio de programas de controle das emissões de poluentes, percebeu-se forte queda na quantidade de partículas suspensas no ar.

Interagindo

Interagindo Observe imagens de como eram e como estão hoje a Cidade do México e Cubatão (SP). Para que outra(s) cidade(s) você proporia uma ação similar àquela citada no texto para uma melhor interação da sociedade com o meio físico?

290

Atividade em que o aluno interage com o tema.

Susana Gonzalez/Bloomberg/Getty Images

Stephanie Maze/National Geographic/Getty Images

Cidade do México, em 1991.

Cidade do México, em 2012.

Cubatão (SP), em 1984.

Cubatão (SP), em 2010.

Daniel Cymbalista/Pulsar

Daniel Augusto Jr../Olhar Imagem

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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E INVERSÃO TÉRMICA Smog: Expressão inglesa (híbrido de smoke = fumaça e fog = neblina) que designa uma névoa opaca típica das grandes cidades e que contém gases poluentes.

Unidade III

Capítulo 14

Ler Modo capitalista de produção, agricultura e reforma agrária. Ariovaldo Umbelino de Oliveira. São Paulo: FFLCH-USP, 2007. <http://ftd.li/cukyjs> O autor critica a estrutura fundiária brasileira e os órgãos responsáveis para tratar do assunto, como o Incra. É uma obra bastante abrangente sobre o assunto “reforma agrária”.

Enfoque

A partir da modernização e da alteração da base técnica do campo, surgiram nos anos 1970 as agroindústrias, um híbrido entre a moderna produção agropecuária e a transformação da matéria-prima por ela produzida em insumos na cadeia produtiva que atinge o consumidor: a indústria produz máquinas para o campo; a agricultura produz matéria-prima para a indústria. A tecnificação do campo brasileiro tornou-se cada vez mais acentuada, assumindo uma alta sofisticação e complexidade, subsidiada por institutos de pesquisa que aprimoram e potencializam a agropecuária brasileira, como é o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) principal instituição de pesquisa do setor. A produção passa por um processo de aceleração e maximização dos lucros; consequentemente, exigem-se dela altos rendimentos e produtividade máxima. O emprego de técnicas mais eficientes requer maiores investimentos: as empresas agropecuárias proliferam, bem como a forte presença de capital externo no campo. Como o desenvolvimento agrícola e a expansão capitalista no campo não foram acompanhados por uma recomposição fundiária, apenas uma parcela dos proprietários rurais beneficia-se dessa modernização.

Enfoque Sistemas técnicos agrícolas e meio técnico-científico-informacional no Brasil

Texto de outro autor que expõe sua opinião sobre o assunto tratado no capítulo, acompanhado de uma atividade.

De maneira geral, a modernização do campo ocorre primeiramente com a mecanização da produção, observada pela utilização crescente de arados, aspersores, colheitadeiras, pulverizadores e tratores. Em um segundo momento, a novidade decorrerá da utilização dos derivados da indústria química; fertilizantes, agrotóxicos: herbicidas, inseticidas, fungicidas e corretivos para o solo, que se dá paralelamente ao desenvol­ vimento da biotecnologia e da engenharia genética. Ultimamente, com os avanços na chamada “agricultura de precisão”, é possível realizar, por meio das informações obtidas via satélite, um ver­ dadeiro mapeamento e conhecimento detalhado do terreno, combinando­ ­se o uso do GPS com as inovações mecânicas e químicas. Com isso se torna possível aumentar cada vez mais a produtividade de certas cultu­ ras em menor tempo e espaço. [...] Com a difusão da ciência e das inovações tecnológicas, os espaços agrícolas tendem a se especializar e a se tornar cada vez mais complexos. [...] No momento atual, o uso do espaço agrícola é marcado pela incorpo­ ração e interdependência de novos objetos técnicos, regulados por nor­ mas que facilitam seu controle e funcionamento. [...] O peso dos novos componentes técnicos no campo permite diminuir e até mesmo eliminar muitas consequências de condições naturais adver­ sas, mas ao mesmo tempo acentuam­se distorções na sociedade, fruto da imposição de inovações técnicas e ganhos cada vez mais concentrados. O progresso técnico permite, ainda que potencialmente, outras formas de utilização do território, um novo uso do tempo e do espaço. Os impactos do atual período sobre o território transformam espaços agrícolas tradicionais em novas regiões agrícolas, como a produção de frutas irrigadas em diversos pontos do Nordeste – Petrolina (PE), Jua­ zeiro (BA) e Vale do Açu (RN) –, a produção de soja em Balsas, sul do Maranhão, e o café irrigado do oeste baiano; também o plantio de uva consorciado com soja em Primavera do Leste (MT). Essas experiências têm modificado a paisagem rural e urbana dessas regiões ao atrair em­ presas de implementos e insumos agrícolas, de transportes, pesquisa, melhoramento genético etc.

Zig Koch/Pulsar

RAMOS, Soraia de Fátima. Sistemas técnicos agrícolas e meio técnico-científico-informacional no Brasil. In: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Record, 2001. p. 376-385.

• De acordo com o texto, o que entendemos por “modernização do campo”?

2.2 Urbanização e violência urbana

Navegar Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo <http://ftd.li/3hwdwb> A página debate o assunto e detém inúmeras informações sobre as causas e consequências da violência urbana.

A urbanização tem sido acompanhada pelo processo de transição demográfica e pelo aumento da expectativa de vida, bem como da necessidade do Poder Público de buscar formas de garantir a igualdade de gênero, o crescimento e a diversificação da economia para atender todas as classes sociais e minimizar o desemprego. Principalmente nas áreas urbanas dos países mais pobres, é urgente a ampliação do acesso de todos os grupos sociais aos serviços públicos básicos, como saúde, educação, saneamento básico, segurança e mecanismos de justiça; energia elétrica; de construção e acesso a áreas públicas voltadas ao lazer e à cultura. Contudo, essas buscas não estão sendo suficientes para acabar com a segregação socioespacial que se verifica, sobretudo nos grandes centros urbanos. Isso significa que os lugares não são atendidos por serviços de maneira igualitária. Geralmente, eles são facilmente percebidos nas áreas mais nobres, onde residem e trabalham parcelas da população que obtêm as maiores rendas. Nas mais pobres, a fraca presença do Poder Público, que não oferece tais serviços, acaba por segregar suas populações imprimindo aos lugares onde vivem os mais elevados índices de violência urbana.

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Parreiral irrigado com água do rio São Francisco em Petrolina (PE), 2014.

Unidade V

A Geografia na... charge!

Angeli. Em Folha de S.Paulo, 04.10.2000

• Qual é a mensagem social implícita na charge? Qual relação você vê com o que estudamos até aqui sobre o direito à cidade? Aponte estratégias políticas e sociais que possam combater o quadro ironicamente tratado na charge.

A Geografia na...! Charge de Angeli publicada no jornal Folha de S.Paulo, 4 out. 2010.

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Unidade III

UNIDADE I TÉCNICAS, TECNOLOGIAS E VIDA SOCIAL

Forma de explorar e refletir sobre o espaço geográfico por meio de outras linguagens culturais.


Por trás dessa desigualdade social latente no mundo, esconde-se outra desigualdade não menos cruel: a de gêneros. É nítido observar ao redor do mundo a posição de discriminação na qual se encontra a mulher, seja nas dimensões do poder, seja na esfera econômica ou mesmo no contexto familiar. Claro que essa situação vem se arrefecendo, mas dista ainda muito do ideal de uma situação mais equânime. Visando combater esse cenário, a ONU criou em 2011 a ONU Mulheres, Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, a mais nova agência da Organização. Também criou o IDG: Índice do Desenvolvimento Ajustado ao Gênero que afere o nível de desigualdade existente entre homens e mulheres. O objetivo é incrementar o progresso do atendimento às mulheres e meninas em todo o mundo. A agência surge num contexto de esforços por reformas na ONU e é fruto da mobilização para a defesa das mulheres. Busca obter recursos para as demandas do organismo e apoia iniciativas governamentais que mirem numa sociedade mais justa quanto aos gêneros, fornecendo logística, assistência técnica e financeira no apoio a políticas públicas de combate às diferenças entre homens e mulheres. O Brasil é um dos países em que a redução dessas diferenças foi sentida; no entanto, ainda há muito a fazer rumo a uma sociedade mais igualitária também quanto ao gênero.

Navegar Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (Unifem) <http://ftd.li/2qe8j2> A Unifem é uma agência da ONU criada em 2011, voltada especialmente para a questão de gênero.

Conversando com a... Sociologia! Trabalho decente significa igualdade de gênero [...] é necessário avançar no rompimento dos mecanismos tradicionais de divisão entre o trabalho produtivo e reprodutivo que perpetuam desigualdades e discriminações de gênero, fazendo com que o maior peso das responsabilidades familiares recaia fundamentalmente sobre as mulheres, com consequências negativas em relação às suas oportunidades de acesso a um Trabalho Decente, assim como sobre a vida familiar. [...] DANIEL, Paulo. Carta Capital, São Paulo, 20 ago. 2012. Economia. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/economia/trabalho-decente-significa-igualdade-de-genero>. Acesso em: 12 jan. 2015.

• Em seu caderno, produza um pequeno texto sobre o que você pensa a respeito do assunto tratado na assertiva. Considere em seu comentário os fundamentos da cidadania e da democracia e o novo papel da mulher na sociedade contemporânea. Na comunidade mundial e na sociedade brasileira, homens e mulheres têm as mesmas oportunidades?

Manifestação do Dia Internacional da Mulher, São Paulo (SP), 2012.

Conversando com a...!

Anderson Barbosa/Fotoarena

Proposta de interdisciplinaridade e diálogo com as outras disciplinas.

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Unidade I

4. Releituras dos modelos Ler

Inserções interativas

História do pensamento econômico, de E. K. Hunt e Howard J. Sherman. Petrópolis: Vozes, 2001. Aborda as principais correntes e doutrinas econômicas de forma abrangente.

Indicações e sugestões de sites, filmes, músicas e livros que complementam o assunto desenvolvido nos capítulos.

Bettmann/Corbis/Latinstock

Durante sua constituição, o capitalismo assistiu a diversas crises, mas nada parecido com a crise de superprodução que ocorreu em 1929 nos Estados Unidos. Foi uma crise sem precedentes na história do capitalismo mundial, particularmente na potência ascendente, já que o estopim foi decorrente do crash (quebra) da Bolsa de Valores de Nova York, em uma quinta-feira, 24 de outubro. O desemprego, as falências, os suicídios, a perda generalizada das produções, a inutilização de estoques davam o tom da trágica situação do sistema. Observe a foto abaixo. A duração, a profundidade, a extensão e os efeitos destruidores a tornaram ímpar. A economia mundial mergulhava em uma grande depressão. O capitalismo teria de ser refeito.

Navegar Indicação de sites que apresentam informações relacionadas aos temas dos capítulos. Ver Indicação de filmes e documentários que abordam temas geográficos.

Fila de desempregados para receber comida em Nova York, em 1930: os efeitos da crise de 1929 não tinham precedentes na história do capitalismo.

A depressão que se seguiu após 1929 pôs em xeque a lógica liberal. Atribuíam-se à competição desenfreada e à superprodução as causas da convulsão. Na década da crise, surgiriam os trabalhos daquele que viria a ser o mais importante economista do século XX: John Maynard Keynes (1883-1946), e sua obra principal, Teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro, escrita em 1936. A teoria keynesiana parte do pressuposto de que o mercado não pode nem deve ficar desregrado; faz-se necessária uma forte intervenção do Estado na economia, exatamente o oposto do que preconizava seu antecessor, Adam Smith, cujas ideias nortearam o liberalismo clássico, principal vertente do capitalismo até então. Agora o liberalismo estava em baixa, e eram as ideias de Keynes que iriam se sobrepor. Entre elas, estava a garantia do pleno emprego como forma de manter aquecido o mercado, já que o trabalhador empregado é um consumidor em potencial – e era o Estado que deveria oferecer essa garantia. Outra pregação keynesiana é a forte intervenção do Estado em prol de uma política de redução de juros, a fim de desestimular o investimento no setor financeiro e o redirecionar para o setor produtivo. O Estado deveria patrocinar vultosos investimentos públicos como forma de manter a economia em pleno funcionamento.

Ver Capitalismo: uma história de amor. Direção: Michael Moore. EUA, 2009. O documentarista faz uma ácida crítica ao sistema, que, em sua visão, beneficia alguns ricos, mas condena milhões à miséria.

Pauta musical Sugestão de músicas que tratam de assuntos relacionados aos capítulos.

Filme de Michael Moore. Capitalismo: uma história de amor. EUA. 2009

4.1 O keynesianismo e o intervencionismo estatal

Capítulo 2

Ler Indicação de livros e artigos relacionados aos temas desenvolvidos nos capítulos.

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Roteiro de estudo ROTEIRO DE ESTUDO Revisando

Olhar cartográfico Atividade de interpretação e leitura de mapas, tabelas e gráficos.

RN PB

Sonia Vaz Médio OCEANO Grande PACÍFICO Pequeno e médio

BA

MT

AL SE

DF GO

OCEANO ATLÂNTICO ES

MG MS SP

Pequeno e grande

Trópico de Capricórnio

RJ

PR

Grande e médio Área explorável não explorada (em ha) 2 537 440 1500 000 650 000 170 000

PE

TO

RO

Pequeno

7. O Brasil tornou-se uma potência agrícola e grande exportador de alimentos. No entanto, importa alguns itens específicos. Qual é o grande déficit agrícola que o Brasil necessita importar? Por quê?

CE

MA PI

Tipos de imóveis predominantes na área explorável não explorada em 2003

6. A Rodada de Doha, iniciada em 2001, surgiu como principal mecanismo para solucionar os impasses no comércio internacional. Qual a importância da Rodada de Doha para a agricultura mundial?

SC RS

0

540

Fonte dos mapas: GIRARDI, Eduardo Paulon. Atlas da questão agrária brasileira. São Paulo: Unesp: Fapesp, 2008. Disponível em: <http://www2.fct. unesp.br/nera/atlas/estrutura_fundiaria.htm>. Acesso em: 20 maio 2015.

8. No campo brasileiro coexistem diferentes formas de organização do trabalho. Quais são elas? O que você pensa sobre essa estrutura de trabalho?

Atividade em grupo

Olhar cartográfico

O Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) têm interesses e propostas distintas para a agricultura brasileira. Sobre esse assunto, consulte os sites das duas entidades, disponibilizados na seção Navegar deste capítulo. Depois reúna seu grupo para realizar uma pesquisa sobre a reforma agrária no Brasil. Vocês deverão seguir o roteiro e apresentar registros de dados, imagens e respostas às questões: 1. O que é reforma agrária?

Os três mapas a seguir espacializam os dados da estrutura fundiária brasileira. Observe, analise-os e responda: 1. Qual o evidente contraste fundiário entre os mapas 1 e 2? 2. Considerando estes mapas e o que você aprendeu durante o estudo deste capítulo, estabeleça a relação entre o tamanho das propriedades e o aproveitamento do espaço agrário brasileiro. 3. Em sua opinião, há alguma relação entre os mapas e o histórico de conflitos de terra que o Brasil apresenta? Por quê?

Imóveis rurais – 2003 50º O

1

PA

AM

5. O Brasil tem um grande rebanho bovino, superado apenas pela Índia. Qual a importância do rebanho bovino na agropecuária brasileira? Quais as implicações do tamanho desse rebanho no cenário econômico e ambiental?

De olho na mídia Proposta para uma leitura crítica sobre temas geográficos abordados na mídia.

AP

AC

4. A história da soja no Brasil data dos anos 1960 quando o país precisou aumentar sua produção de farelo para ração animal. Explique a expansão da soja no Brasil e seus impactos ambientais.

10. Debatam internamente no grupo e argumentem se vocês são contrários ou a favor da reforma agrária no Brasil.

50° O RR Equador

3. O Brasil apresenta uma contradição no campo, onde coexistem grandes proprietários e camponeses sem-terra; alta produtividade e terras ociosas; agronegócio e agricultura familiar, além de sistemas de produção distintos. Qual a diferença entre agricultura familiar e agronegócio? Compare e dê exemplos das duas práticas, citando o uso de tecnologia, emprego de capital e mão de obra, tipo de produto e destino.

Atividade em grupo Atividade de pesquisa e discussão coletiva sobre temas específicos.

9. Como a CNA assessora o produtor rural?

Terras exploráveis não exploradas – 1998 (predominância)

1. Os fatores naturais são relevantes para a agricultura. Entre os mais importantes estão o clima, o solo e o relevo. Analise a importância de fatores naturais, como a água e o relevo, para a agricultura. 2. No Brasil, o retrato da estrutura fundiária e da produção agropecuária é fornecido pelos Censos Agropecuários do IBGE, realizados de dez em dez anos. O que é e como se caracteriza a estrutura fundiária brasileira? Elabore em seu caderno uma análise crítica sobre o tema, propondo soluções para um melhor aproveitamento das terras no Brasil.

50º O

2

Equador

Allmaps

Revisando Questões dissertativas de revisão e fixação do conteúdo do capítulo.

Equador

2. Como ela está prevista na Constituição do Brasil? 3. Qual a diferença entre minifúndios e latifúndios? Existem latifúndios na região onde você mora? Quais seus principais produtos? E minifúndios? 4. O que é assentamento rural? Qual a diferença entre assentamento e acampamento? 5. Há diferença entre os termos: “ocupação de terras” e “invasão de terras”? Explique.

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO

OCEANO PACÍFICO de Trópico

o Capricórni

ó de Capric Trópico

37 594 22 230 10 658 3 565 167

494

rni o

7. O que representam o MST e a CNA? O que eles defendem?

Área total dos imóveis rurais em 2003 (em ha)

Número de imóveis rurais em 2003 0

695

8 680 501 5 054 302,60 2 315 245,60 644 345,20 8 150

6. Quantas famílias estão assentadas na região em que você mora? Quantas ainda estão esperando assentamento?

0

695

De olho na mídia O texto a seguir trata da indicação da senadora Kátia Abreu para a pasta do Ministério da Agricultura, o que se confirmou no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, em 2015. Leia-o e analise a contradição entre os dois lados envolvidos nesta questão: os interesses dos ruralistas e o interesse daqueles que militam pela reforma agrária. Considere, igualmente, a trajetória da presidenta e sua aproximação com o setor ruralista. Apoio que poderá valer um ministério Indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura parece só uma questão de tempo Ainda que alguns líderes do setor defendessem a permanência do atual ministro da Agricultura, Neri Geller, à frente da pasta, a indicação da senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PMDB-TO), para o cargo parece só uma questão de tempo. Ruralista de carteirinha, Kátia vinha se aproximando já havia algum tempo da presidente Dilma Rousseff. Mas foi na campanha eleitoral que deixou clara sua mensagem, ao manifestar apoio público à candidata do PT. Inclusive com aparições na propaganda eleitoral. Situação que criou desconforto entre integrantes de federações ligadas ao sistema CNA. No Rio Grande do Sul, a atitude da senadora gerou críticas abertas do presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Teixeira, também vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado. Em artigo publicado no mês passado, durante o tumultuado processo de eleição da CNA — que reconduziu a senadora à presidência –, afirmou que Kátia “não nos representa”. — Nossa atividade é classista, com função de defender o Estado democrático e o direito à propriedade. Não acho que devemos aderir a partidos — diz. Longe de ser um opositor, o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra declarou recentemente que torcia pela permanência de Geller por acreditar que Kátia tinha condições de ajudar o agronegócio nos cargos que já ocupa. Sobre a escolha da senadora, avalia: — É uma demonstração da presidente Dilma de que, na nova composição dos ministérios, está optando por nomes de expressão política elevada. LOEBLEIN, Gisele. Apoio que poderá valer um ministério. Zero Hora, 24 nov. 2014. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/campo-e-lavoura/noticia/2014/11/ gisele-loeblein-apoio-que-podera-valer-um-ministerio-4649203.html>. Acesso em: 11 maio 2015.

8. Quais os principais motivos do abandono da terra por parte de alguns dos assentados pela reforma agrária?

Unidade V

Capítulo 24

CAPÍTULO 1

HISTÓRIA, TEMPO E CULTURA

495

7


Sumário 4. O modelado terrestre 5. As rochas

UNIDADE I – A linguagem geográfica e a leitura do mundo

.............................

13

Capítulo 1 O espaço geográfico

..................................

14

..................................................

105

....................................................................................

107

6. Províncias geológicas

108

7. Formas de relevo

111

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1. O espaço geográfico contemporâneo 2. Espaço global e espaço local

..........

16

...................................

18

3. O lugar e a paisagem no cotidiano da sociedade

19

4. Território, fluxos e redes

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

21

................................................................................

28

.................................................

Roteiro de estudo

capitalismo e a Capítulo 2 O transformação do espaço geográfico

30

1. Entendendo o capitalismo

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

32

2. As etapas do capitalismo

............................................

35

......................................................

42

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. Socialismo: a antítese

Roteiro de estudo

..........................................

113

..............................................................................

115

Capítulo 6 R elevo, minérios e solos brasileiros

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

118

1. Panorâmica geral do relevo brasileiro

.. . . . . .

120

2. Estrutura geológica do Brasil

..............................

121

3. As leituras do relevo brasileiro

..........................

123

4. Recursos minerais do Brasil

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

126

5. Solos brasileiros

..................................................................

133

.............................................................................

138

Roteiro de estudo

Capítulo 7 H idrografia e recursos hídricos

........................................

140

.................................................

45

1. Água: distribuição desigual

...................................

142

................................................................................

48

2. As bacias hidrográficas

...............................................

143

4. Releituras dos modelos Roteiro de estudo

8. Solo: rocha desagregada

e regionalização Capítulo 3 Organização 50 de um mundo desigual

3. As maiores bacias hidrográficas do mundo

............................................

145

.........................

1. Regionalizando o mundo

...........................................

52

2. Um novo glossário para a leitura do mundo

.............................................

55

3. Desigualdade global

........................................................

58

................................................................................

65

Roteiro de estudo

Capítulo 4 Nós estamos aqui! 1. A Terra no espaço

........................................

68

................................................................

70

2. Coordenadas geográficas

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

72

3. Fusos horários

..........................................................................

77

4. Comunicação cartográfica

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5. Tecnologia e informações geográficas Roteiro de estudo

80

........

86

................................................................................

90

UNIDADE II – A dinâmica da natureza

..................

93

4. As bacias hidrográficas brasileiras

.................

151

........................................

157

............................................................................

164

5. Brasil: o privilégio hídrico Roteiro de estudo

Capítulo 8 G eografia dos mares e oceanos

...........................................

1. Estrutura morfológica marinha

........................

168

2. Correntes marítimas

......................................................

170

3. Características gerais do litoral brasileiro

.........................................................

172

4. A Amazônia Azul

..............................................................

176

.............................................................................

178

Roteiro de estudo

Capítulo 9 A dinâmica do clima

..............................

180

1. A natureza atmosférica

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

182

2. Os elementos do clima

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

184

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

185

Capítulo 5 A estrutura da Terra

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

94

3. Os fatores climáticos

1. O tempo geológico

............................................................

96

4. Massas de ar no Brasil

2. A estrutura interna da Terra

98

5. Classificação climática do Brasil

3. As placas tectônicas

100

...................................

......................................................

166

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Roteiro de estudo

191

........................

196

............................................................................

200


Capítulo 10 A s grandes paisagens naturais

................................

202

Capítulo 15 A morada humana e os dilemas ambientais

300

1. Biomas e ecossistemas

................................................

204

1. O cuidado com a nossa morada

302

2. Os biomas do mundo

..................................................

205

2. Ambiente: conceitos e discussões

.. . . . . . . . . . . . . . . . .

303

3. Os biomas no território brasileiro

..................

214

3. Ecologia e ambiente

.....................................................

305

4. Código Florestal brasileiro

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

218

4. O ambiente e a sociedade atual

.....................

308

............................................................................

220

5. O esgotamento dos recursos e o desenvolvimento sustentável

.......................

309

6. Unidades de conservação e corredores ecológicos

.............................................

311

.............................................................................

313

Roteiro de estudo

Capítulo 11 Domínios morfoclimáticos do Brasil

.........

1. O que são domínios morfoclimáticos

222

.........

224

2. Domínios intertropicais

.............................................

225

3. Domínios subtropicais

................................................

234

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

235

............................................................................

239

4. Faixas de transição Roteiro de estudo

Unidade III – O meio urbano

..........................................

243

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

244

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

246

Capítulo 12 Urbanização 1. História da cidade

..................

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Roteiro de estudo

Unidade IV – E spaço, sociedade e cidadania

........................................................

Capítulo 16 A população mundial

........................

316

1. Conceitos demográficos

............................................

318

2. A composição demográfica do mundo

............................................

319

3. O envelhecimento da população mundial

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

323 327

2. Um mundo cada vez mais urbano

.................

249

3. Metrópoles

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

254

4. Migrações internacionais: pontes e muros

256

5. A diversidade cultural do mundo

4. Megacidades

.........................................................................

5. Cidade global Roteiro de estudo

.......................................................................

256

............................................................................

260

Capítulo 13 Urbanização brasileira

.....................

262

1. Brasil: de agroexportador a urbano-industrial

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

264

2. A rede urbana brasileira

...........................................

269

.................................................

270

3. Metrópoles brasileiras

4. As transformações regionais no Brasil 275

315

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Roteiro de estudo

...................

331

............................................................................

334

Capítulo 17 A população brasileira

...................

336

1. A população brasileira

...............................................

338

...........................................................

342

2. O Brasil envelhece

3. Brasil: país da diversidade cultural

...............

346

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

354

............................................................................

360

4. Migrações internas Roteiro de estudo

......

Roteiro de estudo

............................................................................

roblemas ambientais Capítulo 14 P e o meio urbano

.......................................

280 282

1. Mudanças climáticas: aquecimento ou resfriamento global?

..........................................

284

2. A camada de ozônio

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

287

3. Problemas urbano-ambientais

.........................

288

4. Vai faltar água?

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

293

............................................................................

298

Roteiro de estudo

Capítulo 18 O espaço cidadão

....................................

362

1. Um país desigual

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

364

2. A PEA e os setores de atividades

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

364

3. Geografia social do Brasil

.......................................

366

4. Riqueza, pobreza e desigualdade no Brasil

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

369

5. Desigualdade de gênero no Brasil

.................................................................

374

............................................................................

377

Roteiro de estudo


Sumário Unidade V – O espaço da produção

......................

Capítulo 19 Geografia das indústrias

............

380

.........................................

382

............................................................

384

1. As revoluções industriais 2. Tipos de indústria

3. Regionalização do espaço industrial Roteiro de estudo

379

.........

385

............................................................................

398

espaço Capítulo 20 O industrial brasileiro

............................

400

1. História da indústria brasileira

..........................

402

2. Inovação e tecnopolos

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

411

3. Territorialização do espaço industrial brasileiro

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.. . . . . . . . . . . . . .

476

............................................

478

1. A natureza geográfica da agricultura brasileira

2. A estrutura fundiária brasileira

........................

3. Expansão do capitalismo no campo

479

...........

483

4. A produção agrícola brasileira

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

485

5. A pecuária brasileira

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

488

6. Doha e a questão dos subsídios Roteiro de estudo

.......................

493

............................................................................

494

Capítulo 25 Espaço e turismo

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

496

1. O que é o turismo

............................................................

498

2. Impactos socioespaciais

.............................................

3. Modalidades de turismo

4. Concentração e desconcentração industrial

501 502

..........................................

414

4. Potencial turístico brasileiro

416

5. O turismo e as redes territoriais

......................

504

.......

418

6. Patrimônio cultural

........................................................

506

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

420

.............................................................................

510

...................................

Roteiro de estudo

412

Capítulo 24 Brasil: potência agrícola

.............................................................................

Capítulo 21 Geografia dos transportes 1. Transportes no mundo

2. Os transportes e as proporções continentais do Brasil

504

................................

Roteiro de estudo

.................

427

........................................

432

Unidade VI – Geopolítica, geoeconomia e poder mundial

515

...........................................

434 436

..................

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

eografia das Capítulo 26 G relações internacionais

516

1. O sistema internacional

.............................................

518

2. Estado

............................................................................................

520

3. O rodoviarismo brasileiro 4. A multimodalidade de transportes no Brasil

.......................................

Roteiro de estudo

Capítulo 22 O dilema energético

..........................

438

1. As fontes energéticas

..................................................

440

2. O século XXI e a crise energética mundial Roteiro de estudo

.......................................................

449

............................................................................

454

3. O papel da ONU Roteiro de estudo

.................................................................

524

.............................................................................

526

spaço global Capítulo 27 E e ordem mundial

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

nergia do Brasil: Capítulo 23 E matriz energética e fontes alternativas

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

456

1. Brasil: matriz, oferta e consumo de energia

................................................

458

1. A noção de ordem mundial

.......................

532

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

542

3. A nova ordem mundial

2. Crise elétrica e energia hidráulica

.. . . . . . . . . . . . . . . . .

461

3. A energia nuclear brasileira

.................................

463

4. Petróleo e gás no Brasil

............................................

466

5. Fontes alternativas de energia no Brasil

.......................................................

471

.............................................................................

474

Roteiro de estudo

530

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. A ordem bipolar da Guerra Fria

4. A nova ordem reorientada Roteiro de estudo

528

...................................

544

............................................................................

547

stados Unidos: Capítulo 28 E a hiperpotência

.........................................

550

1. A Doutrina Monroe

........................................................

552

2. O Corolário Roosevelt e a política do Big Stick

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

558


3. A Doutrina Truman e o período da Guerra Fria

561

4. O poder de fogo da economia estadunidense

564

5. A sociedade estadunidense

.................................

568

.............................................................................

574

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.....................................................................

Capítulo 33 O espectro geopolítico do Oriente Médio

652

1. Uma região geoestratégica

654

....................................

..................................

2. Turquia: entre o Ocidente e o Oriente 657 .. . . . .

Roteiro de estudo

Capítulo 29 A globalização

..............................................

1. Quando começou a globalização?

576 578

3. O conflito israelo-palestino

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4. A geopolítica do Golfo Pérsico Roteiro de estudo

.........................

668

.............................................................................

674

3. O comércio mundial contemporâneo

.......

588

Capítulo 34 M udanças no mundo árabe, no Cáucaso e na Ásia Central

4. O Brasil na globalização

...........................................

590

1. A Primavera árabe

.............................................................................

593

2. Entre o Cáucaso e o Cáspio: a guerra dos dutos

.................

2. Globalização: um processo múltiplo

Roteiro de estudo

...........

579

............................................

676

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

678

.........................................................

Capítulo 30 Globalização e regionalização: os blocos econômicos

596

.......................

1. Blocos de integração econômica

....................

598

2. União Europeia: o modelo mais integrado

.......................................

600

3. O Mercosul

..............................................................................

606

Roteiro de estudo

684

3. Afeganistão e Paquistão: a morada do fundamentalismo Roteiro de estudo

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

687

............................................................................

690

Capítulo 35 África: o legado colonial

.............................................................................

611

661

.. . . . . . . . . . . . .

692

1. Imperialismo e neocolonialismo

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

694

2. A paisagem africana

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

698

3. O quadro social africano

..........................................

702

4. Problemas geopolíticos e as guerras civis

...............................................................

706

.............................................................................

714

Unidade VII – Geopolítica e conjuntura internacional: a regionalização do espaço mundial

613

Capítulo 31 China: nova potência

.........................

614

1. A construção política da China

..........................

616

1. Distúrbios no México

2. O período Mao Tsé-Tung

..........................................

619

2. Geopolítica da América Central

......................

723

3. Geopolítica andina

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

727

4. América Platina

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

730

.............................................................................

732

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. Deng Xiaoping e as reformas econômicas

.......................................

4. Geografia física e humana da China Roteiro de estudo

Roteiro de estudo

621

..........

628

............................................................................

630

Capítulo 36 G eopolítica da América Latina

Roteiro de estudo

............................................

716

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718

Capítulo 37 Geopolítica do Brasil

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Capítulo 32 R ússia, Japão e Índia: potências distintas

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

632

1. Começo, meio e fim da URSS e a incógnita russa

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

634

2. Japão

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

638

3. Índia: potência econômica, atômica e demográfica Roteiro de estudo

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643

............................................................................

650

734

1. As primeiras ações geopolíticas

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

736

2. Lições de geopolítica: Amazônia, Brasília e Itaipu

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738

.......................................................

743

.............................................................................

746

...................................................................................................

748

3. Geopolítica atlântica e as relações Sul-Sul Roteiro de estudo Referências


Sumário – Parte I Unidade I A linguagem geográfica .......................................................................

13

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14

Capítulo 1

O espaço geográfico

Capítulo 2

O capitalismo e a transformação do espaço geográfico

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30

Organização e regionalização de um mundo desigual

..................................................................

50

Nós estamos aqui

.................................................................................

68

Capítulo 3

Capítulo 4

Unidade II A dinâmica da natureza

.............................................................

93

........................................................................

94

Capítulo 5

A estrutura da Terra

Capítulo 6

Relevo, minérios e solos brasileiros

Capítulo 7

Hidrografia e recursos hídricos

Capítulo 8

Geografia dos mares e oceanos

Capítulo 9

A dinâmica do clima

................................

118

..........................................

140

........................................

166

.......................................................................

180

Capítulo 10 As grandes paisagens naturais

........................................

Capítulo 11 Domínios morfoclimáticos do Brasil

..........................

202 222

Jason Persoff Stormdoctor/Culture/Glow Images

e a leitura do mundo


KARI/ESA

Unidade

I

A linguagem geográfica e a leitura do mundo Questão inicial “É importante, hoje, mais do que nunca, estar atento a esta função política e militar da geografia, que é sua desde o início. Nos dias atuais, ela se amplia e apresenta novas formas, por força [...] do desenvolvimento dos meios tecnológicos.” LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1985. p. 30.

A imagem capturada pelo satélite sul-coreano Kompsat-2 mostra um trecho do deserto da Namíbia, 2012.

• Você concorda com a prerrogativa contida no trecho e com o título do livro de Yves Lacoste? Como as relações de poder contemporâneas utilizam a Geografia, seja no âmbito bélico, seja no econômico ou no político?

13


CAPÍTULO 1

carruagem (DEA/G. Dagli Orti/ contributor/DeAgostini/Getty Images); locomotiva (akg-images/De Agostini Picture Lib./I. Taborri/Latinstock); avião antigo (Album/Rue des Archives/Tallandier/Latinstock) e jato moderno (H. Armstrong Roberts/ClassicStock/akg-images/Latinstock)

O espaço geográfico

1500-1840

1850-1930

Anos 1950 Anos 1960 Ponto de partida A ideia difundida pelo geógrafo britânico David Harvey remete a um certo aniquilamento do espaço pelo tempo, ou seja, à medida que a tecnologia avança, a Terra fica “menor”.

14

Observe as imagens e responda. 1. Do ponto de vista metafórico, podemos afirmar que o mundo encolheu? 2. O esquema avança até os anos 1960, aproximadamente meio século atrás. Que novos incrementos tecnológicos você agregaria à imagem para reafirmar a ideia de que a Terra parece estar ficando menor?


Tópicos do capítulo } Espaço geográfico } Lugar } Paisagem } Território } Fluxos } Redes } Meio técnico-científico-informacional Alex Argozino

Velocidade das carruagens e dos barcos a vela:

16 km/h

Velocidade das locomotivas a vapor: p

100 km/h Velocidade da ade dos barcos s a vapor:

57 km/h k

Aviões a propulsão:

480-640 km/h

Jatos de passageiros:

800-1 100 km/h

Fonte: HARVEY, David. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1993. p. 220.

15


1. O espaço geográfico contemporâneo O espaço geográfico está sempre em construção e em transformação, pois, ao longo da história, as ações humanas vêm organizando social e materialmente o espaço. Com seu trabalho, os seres humanos criam objetos fixos ao solo, como ocorre nas construções de casas, fazendas, prédios, usinas, ruas, que visam facilitar a vida e possibilitam os fluxos de energia, de trabalho, de trânsito, de informação, de capital, de produtos e de circulação de pessoas e veículos. Contudo, essa organização não ocorre de forma homogênea. Vamos ver como isso se dá?

1.1 A transformação do espaço geográfico }} Ver

Muhammad Yamin/Reuters/Latinstock

Alejandro González Iñárritu. Babel. EUA/México, 2006.

Babel. Direção: Alejandro González Iñárritu. EUA/México, 2006. O filme explicita relações entre pessoas que estão em diferentes lugares do mundo. Nesse caso, a situação que dispara as inter-relações ocorre no Marrocos.

No ano de 2012, pela primeira vez na história, cerca de sete bilhões de habitantes conviviam no planeta Terra. Cifra inédita de pessoas consumindo objetos, água, energia; trabalhando ou à procura de trabalho; estudando ou sem estudos; precisando de alimentos ou se alimentando; se divertindo, construindo, gerando lixo, transitando, procurando sobreviver. Também era a primeira vez que mais de 50% da população mundial vivia em cidades, o que revelava a marca de aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas em áreas urbanas. Observe, nas imagens desta e da página a seguir, exemplos de intensos fluxos de pessoas e de informação, áreas com grande adensamento habitacional, imensas áreas de produção. Por meio do trabalho, as ações humanas transformam a natureza para suprir as necessidades das pessoas em diferentes lugares. O aumento de habitantes no planeta ocorreu justamente num momento de elevado estágio de consumo, de desen­volvimento tecnológico, de fluxos instantâneos de informação e comunicação entre diferentes pontos da Terra e de intensa transformação da natureza. Imagine o volume de trabalho e de produção e de circulação de suprimentos (como alimentos, água, energia, moradia) necessário para atender a todos. Se fosse possível visualizarmos, numa só imagem, todos esses fluxos e construções, todas as pessoas em alguma de suas atividades cotidianas e todos os objetos que atualmente coexistem no planeta, ficaríamos sem fôlego, não? Tantos objetos, ações, circulações, transportes num ritmo tão frenético e com imenso gasto de energia, tanta transformação da natureza, produção agrícola, crescimento populacional e de cidades!

Mineração de ouro na Indonésia, 2011.

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Unidade I


Wilton Junior/Conteúdo Estadão

Diego Padgurschi/Folhapress

Condomínios próximo à favela da Rocinha, Rio de Janeiro (RJ), 2010.

Multidão em horário de rush no metrô de São Paulo (SP), 2012.

A figura representa a densidade de conexões à internet nas cidades no mundo, em 2011, mostrando como alguns lugares são mais interconectados do que outros. Chris Harrison, CMU/SPL/Latinstock

Podemos afirmar que, nesse movimento, o espaço geográfico está sendo mais ocupado, usado, transformado, produzido. Por conseguinte, a circulação e o trânsito aumentam. Entretanto, essa ocupação se dá de forma desigual – social, econômica e espacialmente. Veja na imagem abaixo como os fluxos de internet ocorrem de maneira variada e pouco uniforme entre os países do mundo. É imensa a demanda por espaço para moradia e por alimentos. Como cada lugar no espaço geográfico tem valores e usos diferenciados, o controle, a posse ou propriedade e o direito a usá-lo são alvos de interesses distintos – individuais ou por parte de grupos, famílias e países. Muitas vezes isso gera disputas, conflitos e até mesmo guerras. Consequentemente, questões locais se mundializam. Além disso, a busca pelo domínio de diferentes lugares levou à exploração e controle de pontos do espaço sideral. Conceitos geográficos como os de espaço, território, lugar, paisagem e região são como lentes através das quais a Geografia estuda o espaço geográfico, os fenômenos sociais e naturais interligados e interdependentes, e oferece possibilidades de entendimento das realidades locais e internacionais.

Capítulo 1

17


Nasa/Corbis/Latinstock

2. Espaço global e espaço local

O planeta Terra visto por satélite, em 2008. Os satélites fazem parte de avançados sistemas técnicos, que possibilitam a conexão de diversos lugares por meio de sistemas de informação e redes de comunicação.

Ver Entrevista com Milton Santos. Programa Conexão Roberto D’Ávila da TV Cultura, 1998. Acesse em: <http://ftd.li/si8zkh>.

Ana Carolina Fernandes/ AFP/Getty Images

Ativistas do Greenpeace protestam contra o Novo Código Florestal. Copacabana, Rio de Janeiro (RJ), 2011.

O espaço geográfico possui várias dimensões, desde a local até a global, passando pela regional. Refere-se ao espaço local tudo aquilo que é singular, isto é, que é próprio de um lugar. Já o espaço global refere-se a tudo aquilo que é partilhado, que está ou que pode ser acessado na maioria dos lugares do mundo. A internet, por exemplo, faz parte desse espaço global, assim como as organizações internacionais. Sobretudo no atual período em que vivemos, o espaço global e o espaço local têm relações cada vez mais interdependentes, ou seja, apesar dos lugares apresentarem características próprias (como as pessoas que ali habitam, sua história, suas construções, suas paisagens, sua natureza), eles também são constituídos por informações, produtos, pessoas, fluxos de energia, de água, de dinheiro que vêm de outros lugares, muitas vezes bem distantes. Além disso, há também elementos presentes em diversos lugares do planeta, como produtos, marcas, empresas, alimentos, entre outros, como veremos adiante. Veja, na foto abaixo, que questões locais, como o Novo Código Florestal brasileiro, tornam-se foco de interesse mundial. Note que tanto o espaço local como o global (portanto, o espaço geográfico como um todo) são constituídos pelas ações humanas e por tudo que as pessoas constroem, de utensílios às grandes cidades. Isso ocorre em uma relação de transformação da natureza, afinal, é a superfície terrestre que dá suporte à vida. Portanto, quando falamos de espaço geográfico, falamos da vida humana acontecendo na Terra. Vale notar que o planeta é diferente do espaço geográfico, pois aquele existe há muito mais tempo e pode continuar existindo sem a presença humana. Vivemos em um período em que o elevado estágio de desenvolvimento tecnológico, aliado ao desenvolvimento científico, possibilita interligar todos os lugares em uma rede mundial que permite a difusão instantânea da informação.

18


Interagindo Astrium/dpa/Corbis/Latinstock

As transformações técnicas e tecnológicas incidiram decisivamente no espaço geográfico. Os satélites, objetos construídos e controlados por uma base tecnológica na Terra, são exemplos disso. • Como os satélites podem ser utilizados em atividades humanas, como pelos produtores agrícolas ou ainda para auxiliar a mobilidade das pessoas e de veículos em diferentes lugares? Reflita sobre isso, registre o parecer no caderno e, depois, apresente-o à classe.

Satélite Eutelsat 9B, 2011.

3. O lugar e a paisagem no cotidiano da sociedade Pauta musical Parabolicamará, Gilberto Gil. Álbum: Parabolicamará. Warner Music, 1992. Pauta: Redes de comunicação interligando os diversos lugares do mundo.

Ler Terra dos homens: a geografia, de Paul Claval. São Paulo: Contexto, 2010. Nesse livro, o eminente geógrafo francês versa sobre como e o que faz do planeta nossa morada.

Imagebroker/Alamy/Otherimages

Luis Salvatore/Pulsar

Não existem lugares iguais, por mais que tenham infraestruturas semelhantes. Os lugares são formados historicamente pelas pessoas que se relacionam, por suas ações, construções, seus costumes, sua cultura. Alguns fatos, por serem globais, materializam-se em vários lugares do mundo com uma especificidade própria. O rap brasileiro, por exemplo, não é como o dos Estados Unidos, berço desse estilo musical. Os hambúrgueres daqui não são como os de lá. Os da Índia, por sua vez, não são feitos com carne de vaca, pois esse animal é sagrado para os hindus. Os lugares não se homogeneízam somente por terem as mesmas fábricas, os mesmos produtos, os mesmos shopping centers. Cada um deles se define historicamente por meio das relações de afetividade, identificação e realização, próprias das pessoas em projetos individuais e coletivos. Consequentemente, as formas de construir e utilizar os lugares são específicas. Veja nas fotos a seguir dois exemplos de lugares distintos.

Primeira imagem, palafitas em Manaus (AM), 2010. Segunda imagem, Hyderabad, Andhra Pradesh, Índia, 2010. Cada lugar possui paisagens próprias porque é constituído pelas relações históricas e naturais peculiares a cada um. A singularidade é a principal marca dos lugares. Capítulo 1

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Oleksiy Mark/Shutterstock.com

A presença de algumas empresas em diversos países não significa que o mundo se tornou uma síntese delas.

Rugosidades do espaço: Conceito desenvolvido pelo geógrafo e professor Milton Santos, em que ao longo da história as ações humanas e as sociedades vão imprimindo suas construções ao espaço geográfico, registrando suas atividades, seus costumes, suas tecnologias, suas culturas. Algumas dessas construções existem até nossos dias e carregam consigo toda a sua história. Na maioria dos casos, essas construções, como prédios antigos, têm hoje novas funções.

A interação do que é global (empresas multinacionais, provedores de sítios eletrônicos, músicas) com o que é local (costumes, visões de mundo, histórias) constitui os lugares que, por sua vez, constituem as regiões, os territórios, enfim, o espaço geográfico. A questão é que, hoje, quem tiver as melhores informações sobre os lugares poderá direcionar os seus usos, a sua exploração, o seu controle. Mas o controle total dos lugares é algo impossível de se alcançar. Destaquemos como exemplo o ataque terrorista às torres gêmeas de Nova York, em 2001. A partir desse fato, diversas cidades – como a própria metrópole estadunidense, e outras, como Londres, Madri e Paris – instalaram um complexo sistema de monitoramento do espaço público (como ruas, parques e prédios) por meio de uma parafernália de câmeras e sistemas de informação. Entretanto, nem assim essas cidades possuem total controle sobre os seus espaços. As formas de organização das sociedades transformam-se em cada época e a história vai sendo registrada no espaço geográfico. Se observarmos a paisagem que nos cerca, logo encontraremos construções e objetos que datam de diferentes períodos e que compõem o mesmo lugar no presente. São verdadeiras rugosidades do espaço. Alguns objetos, como prédios, por exemplo, abrigam, com o passar do tempo, novas funções. As formas de ocupação humana do planeta e o ritmo de transformação estão codificados no espaço geográfico. É essa a lente pela qual a Geografia olha o mundo e, assim, dá a sua contribuição ao conhecimento sobre a vida na Terra. Na fotografia abaixo construções de diferentes idades compõem a mesma paisagem.

Juca Varella/Folhapress

Contraste entre arquiteturas colonial do Paço Imperial e moderna do prédio da Rua da Assembleia, no Rio de Janeiro (RJ), 2011.

Milton Santos, importante geógrafo e professor brasileiro, em 2000. Sua obra científica sobre o espaço geográfico alcançou reconhecimento internacional.

Geometrias não são geografias: o legado de Milton Santos, de Gilberto Câmara. InfoGeo, Curitiba, ano 3, n. 20, 2001. Acesse em: <http://ftd.li/zbdkzb>. Nesse artigo o autor apresenta a teoria de Milton Santos sobre o espaço (que é transformado a todo momento pelas ações humanas) e suas relações com a natureza, diferenciando-o da concepção de espaço geométrico utilizado pelas tecnologias que produzem dados para a elaboração de mapas e imagens de satélite.

20

Unidade I

J. L. Bulcão/Pulsar

Ler


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