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Por Liliane Rocha
PINA BAUSCH
Quem pôde conviver com Pina Bausch diz que a coreógrafa alemã era de poucas palavras – os movimentos falavam por ela. Em seus espetáculos, conseguia expressar sentimentos universais em coreografias criadas a partir de suas memórias e das de seus bailarinos. Em 1973, fundou a companhia Tanztheater Wuppertal e reinventou o conceito de dança-teatro em apresentações que eliminavam a distinção entre os dois campos da arte, mostrando que o mais cotidiano dos gestos pode ser tão artificial quanto o de uma apresentação cênica. “Sempre percebi a Pina como alguém muito peculiar, que flutuava num outro tempo, num outro ritmo”, disse em uma entrevista a bailarina brasileira Morena Nascimento, da Tanztheater Wuppertal de 2007 a 2010. E esse tempo, esse ritmo, continuam flutuando nas coreografias de Pina mesmo depois de sua morte, em 2009, cinco dias após a descoberta de um câncer.
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