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OPINIÃO

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HIGH TECH

HIGH TECH

SEM TEMPO RUIM

POR MARIO SERGIO ANDRADE SILVA

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IMAGES GETTY ILUSTRAÇÕES O ano de 2020 foi embora sem deixar saudades e este início de 2021 serve bem para a gente renovar votos de mudanças ou melhorias pessoais.

Muitas dessas promessas têm relação com a perda de peso, com a adoção de uma atividade física e coisas do tipo. Para quem já pratica exercícios, há sempre a vontade de melhorar, de conseguir ganhos de performance. E isso não deixa de ser um alento em relação ao ano passado, quando foi preciso demonstrar grande resiliência e determinação apenas para manter o hábito esportivo.

O que vimos durante a pandemia é que a máquina, digo, o nosso corpo, não pode e não deve parar de se movimentar. Ele tem de ser sempre estimulado. A atividade física não só fortalece nosso sistema imunológico como induz a uma regularização hormonal, dentre muitos outros benefícios. E isso nos prepara para enfrentar um vírus tão forte como esse causador da Covid-19. Além do mais, como se sabe, tudo aquilo que não é usado em nosso corpo tende a enfraquecer.

Mas, e agora, com a inesperada continuação da pandemia e a aparição de novas cepas, como fazer? Fácil: treinar. As diretrizes do American College, que são seguidas amplamente pelos educadores físicos no Brasil, prescrevem 150 minutos de atividade aeróbica semanal leve ou moderada (situação em que é possível conversar durante o treino). Deve-se complementar essa receita com duas sessões de força semanais de 30 a 45 minutos – vale musculação, treino funcional, ioga, crossfit, pilates. Importante é sempre procurar se movimentar, mesmo no escritório ou no home office e evitar ficar longos períodos sentado.

Sim, temos de nos cuidar sempre e seguir o protocolo contra a Covid-19, evitar aglomeração, usar máscara, lavar as mãos constantemente. Mas tão importante quanto tudo isso é continuar a treinar, de maneira consistente e com regularidade. É essa a vacina possível para milhões de brasileiros que seguem ainda sem acesso à CoronaVac, ao imunizante do consórcio reunindo Fiocruz e Oxford/AstraZeneca ou a quaisquer outras vacinas que surgirem.

Para os que sempre precisam de um objetivo ou de um desafio para começar a treinar, que tal pensar nos atletas olímpicos, aqueles que, apesar de todas as dificuldades, da falta de equipamentos, do isolamento social e, pior, da rescisão de contratos, conseguiram treinar em alto nível para se manter competitivos na Olimpíada de Tóquio? Mesmo que ao fim os Jogos não acabem acontecendo (toc-toc-toc), não é com essa perspectiva que os atletas trabalham.

Devemos deixar claro que não são apenas os atletas de elite que precisam de resiliência, disciplina e foco para não deixar a peteca cair. Todos nós, sem exceção, precisamos. Com isso, passada a pandemia, voltaremos melhores e mais fortes.

Levanta, sacode a poeira e bora treinar! n

Mario Sergio Andrade Silva é educador físico e sócio-fundador da RunFun, que há 27 anos tira pessoas do sofá para fazer delas corredores, ciclistas, atletas amadores de aventura e pessoas melhores

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