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POESIA CONCRETA

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OPINIÃO

OPINIÃO

CONCRETA POESIA

De uns anos para cá, arquitetos famosos têm sido convocados para colocar o talento a serviço do universo da leitura. Para além do conceito tradicional de armazenar livros, ainda bastante reverenciado, várias bibliotecas foram ressignificadas e se tornaram pontos turísticos tão atraentes quanto museus mundo afora

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POR CARLA JULIEN STAGNI

TIANJIN BINHAI (China)

Um auditório em formato de esfera foi o ponto de partida do escritório holandês MVRDV para o projeto da biblioteca de Tianjin Binhai, inaugurada em 2017. Seguindo o desenho de um olho, no qual o auditório seria a pupila (apelidada de The Eye), o edifício de linhas orgânicas e totalmente branco tem estruturas circulares e fluidas em toda a sua extensão, que, além de estantes para os mais de 1 milhão de livros, servem como bancos e corredores. + bhwhzx.cn

Biblioteca Vasconcelos (México)

Projetada pelo arquiteto mexicano Alberto Kalach, foi inaugurada em 2006, na zona norte da caótica Cidade do México. Considerada uma das bibliotecas mais modernas do mundo e um dos locais mais visitados da América Latina, segue o estilo industrial, com estruturas de ferro, concreto e vidro. Amplitude, luminosidade e mais de 600 mil obras (livros, CDs e DVDs, revistas e jornais) ordenadas em estantes, entre tetos e paredes de cristal. Tudo em meio a um jardim botânico de 26 mil m² com 168 espécies originárias do país. + bibliotecavasconcelos.gob.mx

SEDE DE BEITOU DA BIBLIOTECA PÚBLICA

DE TAIPÉ (Taiwan)

Rodeada por um parque e com jardins no telhado, a sede de Beitou da Biblioteca Pública de Taipé é um oásis em meio aos arranha-céus da capital taiwanesa. Construída em madeira, foi inaugurada em 2006 e ganhou vários prêmios internacionais por sua vocação ambiental. Dentre outras coisas, tem sistema de recuperação de águas, iluminação com painéis solares e ventilação natural. +tpml.gov.taipei

Biblioteca Central de Vancouver (Canadá)

Criação do arquiteto Moshe Safdie, a Biblioteca Central de Vancouver, que já foi considerada a melhor do mundo, tem clara inspiração no Coliseu: um edifício retangular rodeado por uma planta circular com fachada de arcos, arrematado por um telhado verde assinado pela paisagista Cornelia Oberlander. Desde sua inauguração, em 1995, o espaço, que tem muita luz natural graças a janelas e telhados envidraçados, se tornou ponto de encontro de moradores e visitantes da cidade. Em seu acervo, mais de 1,3 milhão de livros. + vpl.ca

Biblioteca Pública de

Stuttgart (Alemanha)

O impressionante edifício assinado pelo arquiteto coreano Eun Young Yi tem 11 andares (dois subterrâneos), fachada de concreto, painéis que à noite se iluminam com diferentes cores e se assemelha a um enorme cubo de Kubrik. Por dentro, em um cenário todo branco, diversas escadarias dispostas em lugares diferentes em torno do centro fazem com que o visitante circule por todo o espaço.

BIBLIOTHECA

ALEXANDRINA (Egito)

A versão século 21 da lendária Biblioteca de Alexandria foi oficialmente inaugurada em 2002 e é formada por um bloco de 11 níveis (quatro deles subterrâneos), com uma coberta circular em homenagem a Rá, deus do Sol; vidro, cimento e alumínio misturados para refletir a luz mediterrânea, uma referência ao farol de Alexandria. Em sua fachada, 6.400 painéis de granito exibem caracteres de todos os alfabetos conhecidos do planeta. Atualmente, guarda 4 milhões de livros em árabe, francês e inglês, entre eles, raridades como manuscritos milenares. + bibalex.org

BIBLIOTECA REAL

DINAMARQUESA (Dinamarca)

Inaugurada em 1999 como ampliação do complexo original da Biblioteca Real Dinamarquesa (de 1906) no canal de Christianshavn, junto ao porto de Copenhague, tem o apelido de “diamante negro”. Sua estrutura de aço, vidro e granito negro hospeda sala de concertos, café, espaços para exposições, tudo com vista para o mar. Três pontes ligam o novo prédio à antiga biblioteca. + kb.dk

MUSEU E BIBLIOTECA DA FACULDADE DE ARTES

DE MUSASHINO (Japão)

Todas as paredes são estantes e até os degraus da biblioteca da Faculdade de Arte de Musashino, em Tóquio, funcionam para o mesmo fim. O arquiteto japonês Sou Fujimoto comparou sua obra a “um bosque de livros”. Construída em 2010, soma 6.500 m² e abriga cerca de 280 mil livros, em sua maioria sobre arte e desenho, sendo que a metade desse número está visível revestindo o espaço interior. + musabi.ac.jp

BIBLIOTECA CENTRAL

DE SEATTLE (Estados Unidos)

O projeto do arquiteto holandês Rem Koolhaas (estúdio OMA) despertou tanta expectativa e interesse que, um ano após sua inauguração, em 2004, já havia recebido 2 milhões de visitantes em seus 38.300 m². Suas cinco plataformas sobrepostas e deslocadas, e fachada de vidro e aço, formam um conjunto que redefine a biblioteca como uma instituição não exclusivamente dedicada aos livros, mas um local de armazenamento de informações, onde todas as formas potentes de mídia, nova e antiga, são apresentadas de forma igual e legível. + spl.org

Biblioteca Nacional

de Sejong (Coreia do Sul)

A primeira sucursal dessa biblioteca foi construída em Sejong, em 2013, e projetada por Samoo Architects & Engineers. Também é conhecida como “e-brary”, acrônimo das palavras emotion e library, e foi pensada para oferecer um espaço emocionante onde as informações analógicas e digitais se complementassem e fossem facilmente acessadas pelo público. Linhas curvas e paredes envidraçadas dão o tom e iluminam todo o espaço. + sejong.nl.go.kr

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