1 minute read
OBSESSÕES
POR THAYANA NUNES
Um pintor, uma poesia, a melodia de uma música e até mesmo uma única cor. Todas as expressões artísticas compõem o universo de criação de Juliana Overmeer, arquiteta de formação e agora cenógrafa e diretora de arte
Advertisement
Ela trocou São Paulo por Nova York há 12 anos e depois de estudar design for stage & film na Tisch School of the Arts, a melhor escola de cinema da cidade, encontrou sua verdadeira vocação. Ou melhor, obsessão. Juliana Overmeer mergulha de cabeça em cada um de seus projetos, entre eles o filme Effie Gray, com Emma Thompson, a peça Dinner at Eight e o inédito O Hóspede Americano, minissérie da HBO de Bruno Barreto sobre a longa e trágica expedição que Theodore Roosevelt fez com o marechal Cândido Rondon no início do século 20. “Trabalho com explosões de grande intensidade”, diz ela, que se tranca em seu escritório por semanas para uma verdadeira imersão e pesquisa de cenário por cenário, personagem por personagem. Quando não está viajando pela Amazônia – onde rodou parte da série O Hóspede Americano –, por Londres, Veneza ou Budapeste, ainda curte de perto o filho Sebastian, ou o inclui no trabalho: o menino faz uma ponta na minissérie sobre Roosevelt. E é isso que ela celebra como sua grande conquista nestes anos todos: a obsessão pela liberdade de fazer o que quer, pela independência financeira, pela busca de momentos únicos de felicidade e pela paz de espírito. A meditação se tornou uma ferramenta fundamental, afinal, não é fácil conciliar tudo. “Meditar me ajuda a colocar em prática essa fórmula atômica: ser profissional, mãe, amiga, filha e mulher.”