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CLOSET
BÁSICA E COM BOSSA A estilista e figurinista carioca Thaís Delgado gosta de looks práticos que transitam facilmente em qualquer ocasião
POR A LINE V ESSONI FOTOS JULIANA REZENDE
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Na pág. ao lado, Thaís veste t-shirt Verkko, calça Alex e tênis Superga; aqui, vestido Verkko, bota Other Stories e brinco Gan.sho. Nos detalhes, Q uando Thaís Delgado abriu seu guarda-roupa para a J.P a primeira palavra que veio à mente foi praticidade. Mas se pudéssemos caracterizar este espaço – e sua dona – à dir., bolsa iiiiiiiii.iiiiiiiiiiiiiiiii; à esq. óculos Zezeres e Ray-Ban; abaixo, tênis Adidas e bolsa comprada de tribo em Alter do Chão com uma segunda palavra, certamente também seria conforto. É até aconchegante olhar para as roupas dela, que parecem estar envoltas em uma certa maciez. Como boa empresária, que acredita em seu trabalho, boa parte de seu acervo é composta por peças de sua própria marca, a Verkko, que está ganhando cada vez mais fãs entre a turma de modernetes. Mas o segredo de tanto estilo, mesmo, é o mix esperto que ela faz com outras jovens marcas. Superantenada, mostra aqui acessórios de Julia Gastin e Gan. sho e as bolsas da irreverente iiiiiiiii.iiiiiiiiiiiiiiiii. Thaís também prioriza qualidade e durabilidade. “Uso fast fashion, mas de maneira bem pontual”, conta ela, que se define como CCC: consumista consciente e contida. “Jamais faço compras por impulso e acabo adquirindo produtos que realmente podem agregar no meu closet.”
Se o minimalismo já diz quase tudo sobre o que iríamos encontrar por ali, a carioca conta que jamais teria um guarda-roupa sem “os curingas clássicos: uma boa camisa branca, t-shirt e calça social”. Além disso, ela é apaixonada por alfaiataria, peças que podem “ir com você para o trabalho e para um evento cheio de regras de etiqueta”. “Eu gos
to da pluralidade da roupa. Para mim, estar confortável é estar bem vestida sempre”, afirma.
Thaís, que também trabalha como assistente de figurino da Globo – está na equipe da próxima novela das 7, Bom Sucesso –, ser chic vai muito além de estar na estica. “Esse é um conceito que não está ligado ao padrão estético da moda, mas, sim, com o caráter e com as atitudes que tomamos diariamente. Ser chic é ter consciência de que vivemos em uma sociedade e que cada uma das nossas ações reflete no outro. Ser chic é ter responsabilidade social.” Isto explica porque suas principais referências não estão necessariamente na moda, mas em mulheres que lutam pelos seus direitos, como as ativistas políticas Angela Davis e Alexandria Ocasio-Cortez. Aqui, mais sobre suas escolhas.
Thaís usa terno Zara, maiô e pochete Verkko e pulseira de acervo pessoal. À dir., apetrechos de costura herdados da bisavó e sandália Osklen
UNIVERSO PARTICULAR Marcas queridinhas
“Sou louca pelo trabalho visionário e moderno da Jil Sander e me identifico também com a fase Phoebe Philo na Céline. Além das criações de Alexander Wang.”
Cabeceira
“Ler Um Defeito de Cor, da Ana Maria Gonçalves, é essencial.”
Não saio de casa sem...
“Pedir proteção aos meus orixás e ao meu anjo da guarda.”
Na bolsa
“Protetor labial e hidratante para as mãos, sempre.”
Frufrus
“Uso o cabelo trançado. E quando a trança começa a ceder um pouco da raiz, recorro aos turbantes. Também amo amarrar lencinhos de seda no pescoço, tipo choker.”
Inspiração
“Mulheres negras.”
Penteadeira
“Gosto do perfume Carven, uso máscara facial Mask of Magnaminty, da Lush, e aplico uma cápsula de vitamina E no rosto, 20 minutos antes de dormir.”
FOTOS GETTY IMAGES; REPRODUÇÃO; DIVULGAÇÃO