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Alessandra Negrini está em uma fase cor-de-rosa
VIDA HIPPIE
O bom é que o verão europeu tem de tudo: tem Mykonos, tem Positano e Capri, tem Sardenha, tem Saint-Tropez, Formentera. No momento, eu fico mesmo é com a Comporta, que tem um ar bohemian, frequentadores descolados, gente relax e um astral anos 1960 único
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texto e fotos joyce pascowitch
Uma vilinha onde as cegonhas e seus ninhos sobre chaminés são as estrelas, onde os campos de arroz são parte do cenário, onde ninguém usa salto nem joias, onde os frequentadores são megacharmosos, onde todo mundo fica bonito: essa é a Comporta, pertinho de Carvalhal, de Carrasqueira, de Melides e de tantos outros lugarzinhos cheios de astral. Praias com um marzão, um sol que brilha com força e se põe dentro da água tipo oito da noite, pequenos restaurantes sem frescura e uma vidinha cheia de graça: como não amar tudo isso?
POR KIKI GARAVAGLIA
POR QUE ST. BARTHS? Nossa colunista revela os melhores destinos pela ilha e o motivo pelo qual a pequena Saint Barthélemy é tão badalada
Uma das ilhas mais famosas do Caribe, St. Barth faz o maior sucesso por causa da sua sofisticação e glamour. Conseguir um hotel na época do Natal? Só com muito prestígio.
Inicialmente, St. Barth era habitada pelos índios arawak e só depois pelos índios caribes, que receberam Cristóvão Colombo, em 1492, o mesmo ano em que ele descobriu a América. Chamou a ilha de Saint Barthélemy para homenagear o irmão, que tinha o mesmo nome.
Anos se passaram e o governo francês tentou se estabelecer na ilha, mas foi graças aos piratas, que lá guardavam suas mercadorias roubadas, que o lugar se tornou propriedade da França. Em 1784, o país cedeu a ilha à Suécia, que acabou fundando a capital Gustavia, em homenagem ao rei sueco Gustavo 3º. Foram eles que resolveram que seria um porto livre – para a alegria dos lojistas e consumidores até os dias de hoje. Um século depois, voltou a ser francesa, porém algumas placas ainda estão em sueco e o lindo cemitério também.
Confesso que nunca me interessei em conhecer essa ilha tão badalada, já que prefiro lugares com menos agito. O mar também é deslumbrante, mas ainda gosto mais do de Turks e Caicos, que fica ali perto.
Enfim, estava na minha vidinha calma quando um casal amigo nos convidou para passar uns dias numa deslumbrante vila que tinham alugado em St. Barth, cheia de bangalôs. Irrecusável, claro. O nome do lugar é Camp David e fica na praia de St. Jean, destino com um centrinho charmoso, muito conveniente. O lugar com suas casas, seus dez bangalôs e duas piscinas eram tão lindos que quase não saíamos de lá. Por perto, na mesma praia, tinha o Nikki Beach para passar o dia ou a noite, ao som de um gostoso sax ao vivo. Próximo, em Pointe Milou, fica o famoso restaurante Le Ti. O máximo, vale a visita.
Em St. Barth existem várias praias maravilhosas com excelentes resorts e restaurantes como a praia de Flamands, a mais típica, bem Caribe. Por lá, almoçamos dentro do hotel Cheval Blanc, que tem um ótimo bar e piscina. Os antigos frequentadores preferem o hotel Manapany, em Anse des Cayes, mais tradicional e agora todo reformado.
Fomos até a capital Gustavia, onde residem mais ou menos 2 mil pessoas, para fazer umas comprinhas nas pequenas butiques e nas lojas de grifes famosas. Depois, o programa foi jantar no restaurante Bonito, um gostoso bistrô francês.
Esse sucesso todo de St. Barth começou com o excêntrico aviador holandês Rémy de Haenen, que aterrissou seu avião no mesmo local onde é hoje o aeroporto e não mais saiu, construindo o primeiro hotel da ilha. Seu amigo, Howard Hughes, milionário e o rei de Hollywood nos anos 1940 e 1950, começou a levar famosas atrizes. Na década seguinte, chegaram os poderosos banqueiros Rockefeller e os Rothschild, seguidos dos jet setters, o que continua até hoje. Um lugar para ver e ser visto.
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viajante insaciável, KIKI GARAVAGLIA já correu o mundo e, no momento, pode estar em londres ou marrakesh. só tem medo de morrer sem antes conhecer dubai
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