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AGRADECIMENTOS ÚLTIMA PÁGINA
J.P: Você se considera uma pessoa normal? FAFÁ DE BELÉM: Não tem como ser do meu tempo e ser normal! J.P: Para quem faria um show particular? FB: Ui, tanta gente... George Clooney seria um deles. J.P: Tem alguma música que não aguenta mais cantar? FB: Muitas, meu amor. “Vermelho”, por exemplo, virou hino e ficou um tempo fora dos shows, mas agora está com tudo. J.P: Fafá sem sua risada é... FB: É a Fafá Reflexiva. Nunca fui a mais magra, bonitona, comportada, bordadeira... Sempre fui a curiosa, busquei os livros não recomendados, tinha sede de conhecer a vida e a gargalhada me ajuda a atravessar meu barco. J.P: Se considera uma mulher que quebrou tabus? FB: Graças a Deus! Quando era menina não entendia o preconceito. Se fosse me engessar pelos outros não teria nada para contar. J.P: Qual sua visão sobre o feminismo? FB: As mulheres têm que se defender, em vez de competir. Ter a vida respeitada, abraçar a outra. Homem está junto em tudo, mesmo nas “cagadas”. J.P: O que te tira do sério? FB: A falta de respeito. Os grandes profetas da liberdade que dentro de casa são ditadores, sabe? J.P: Sua maior loucura por amor? FB: Por amor eu só não matei, mas
FAFÁ DE BELÉM
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“Gosto de ser popular!” Isso a gente sabe e ama, né Fafá? Com 43 anos de carreira, ela fez do vozeirão e da risada suas marcas registradas. Neste mês, o papo tem um quê de loucura e é com uma pessoa que tem personalidade de sobra, que revelou ter o dom da imitação e que faria um show particular para George Clooney.
por fernanda grilo
morri muitas vezes. J.P: O que nunca dizer para outra pessoa? FB: Usar a expressão “fulano morreu” para se referir a um artista que não tem feito sucesso. O artista é um ser infinito. J.P: Quando você mente? FB: Quando querem me acordar para o show e quero dormir até o limite da hora. J.P: Qual a maior mentira que já contaram sobre você? FB: Que estava com Aids quando emagreci (dos 80 quilos para 58). Uma coisa horrorosa! J.P: Remédio para dor de cotovelo? FB: Chorar e Johnnie: Black ou Red (uísque). J.P: Vício? FB: Celular, inclusive preciso de um detox. Estou começando a me policiar e semana passada meu uso já caiu 19%. J.P: O que não gosta no mundo moderno? FB: Odeio quem liga o celular na mesa. Uma virtude em Portugal é essa: sentar à mesa com o celular desligado é fundamental. J.P: Com o que gasta o seu dinheiro? FB: Viagens. Restaurante, não vou, só se me convidarem... J.P: Qual prato te faz quebrar a dieta? FB: Acredite, não é o tucupi, o pirão de açaí ou a maniçoba. Uma boa massa e um copo de vinho e eu esqueço da vida. J.P: Uma extravagância? FB: Quer uma lista? (risos) A primeira vez que comprei um jogo de cama com toalhas bordadas: comprei 20! J.P: Quem gostaria de ser? FB: Eu mesma! Gosto muito dessa pessoa, ela é irreverente, fala o que não deve... J.P: Do que se arrepende? FB: Nada! Tudo o que me trouxe aqui são acertos, erros e excessos. Ainda mais depois de velho: a gente não se arrepende de nada. J.P: Como é envelhecer? FB: Não tenho noção (risos). Nunca me preocupei com isso, nunca me impediu de nada. O tônus da pele muda, mas não me apego. J.P: Se pudesse mudar alguma coisa em você, o que seria? FB: Tenho mudado com meditação e mindfulness, mas minha capacidade de me indignar às vezes me faz muito mal. J.P: Do que sente saudade? FB: Do meu pai, de um mundo mais limpo, fresco, com refúgios improváveis e sem arranha-céus, da praia da minha vida que era Atalaia (Sergipe), sair do Posto 6 e andar até o Leme rindo, sem medo... J.P: Um talento que ninguém conhece? FB: Imito todo mundo. Passou na minha frente eu já faço igual, imito Alcione, Roberto Carlos... J.P: Quem te inspira? FB: Édith Piaf, Adele, Barbra Streisand, Fernanda Montenegro, Dira Paes... Pessoas reais que enfrentam a rotina com lucidez, ternura, senso crítico e que não abrem mão de ser humano. J.P: Uma frase? FB: Navegar é preciso. Viver é muito mais preciso, é fundamental! J.P: Como gostaria de morrer? FB: Cantando, navegando pelas águas do Amazonas e com as minhas netas.
FOTO FÁBIO ROCHA/ TV GLOBO
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