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J.P MODO DE VIDA
BELEZA INTERIOR
Como um casal criativo, que vive cercado de arte e design, criou uma casa alegre e sofisticada para ele e seus três filhos
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por thayana nunes fotos andré giorgi
Longe do agito dos grandes centros e em um tranquilo condomínio de Campinas, São Paulo, mora uma grande família. Grande em número, afinal, são três filhos e mais um cachorro, mas grande também em astral. A gente explica: quem recebe a J.P é Nayo, um rhodesian ridgeback, enorme e dócil, que chega pedindo atenção. Logo atrás, Gustavo Assis, nosso anfitrião ao lado da mulher, Gisela, que já nos faz se sentir em casa. Gisela surge descalça, em passos tranquilos e muito sorridente. Sem contar a mesa de café com bolo e pão de queijo nos esperando. Cercados de gentilezas mil, vimos que passar uma tarde por ali seria um deleite.
Na pág. ao lado, Gustavo e Gisela – atrás, obras de Cristiano Lenhardt e Carlito Carvalhosa. Aqui, as linhas retas de um dos corredores, a prancha de surfe do Gustavo vira obra de arte e a entrada principal
A casa foi inteira reformada antes da mudança em 2016. O processo durou dois anos e, como Gustavo diz, foi meio no clima “do it yourself ” (faça você mesmo). Com a ajuda dos arquitetos Priscilla Pinotti e Carlos Costa, do Way Architecture Yell, escritório baseado em Londres, eles participaram de tudo e sabem descrever nos mínimos detalhes o porquê de cada escolha, desde a madeira do deque às folhagens do paisagismo e o tamanho da piscina. Contaram
Acima, os pavimentos construídos depois da reforma, onde ficam os quartos e a sala de TV; no alto, a sala principal e sua iluminação natural. À dir., o casal brinca com Nayo. Na pág. ao lado, mesa de jantar com cadeiras Jader Almeida e piscina com cadeiras de Carlos Motta
com dicas também do amigo arquiteto Thiago Bernardes, mas a verdade é que tudo mesmo é fruto do lado criativo do casal. À frente da Lapima, marca de óculos sensação desde o lançamento há três anos, aqui e lá fora, eles
sabem das coisas. Não é à toa que o design está nos móveis de Carlos Motta e Sergio Rodrigues, na decoração chic e minimalista e no olhar atento a artistas como Carlito Carvalhosa e Luiz Zerbini.
Arte, aliás, não falta: Gisela morou durante anos na Alemanha, época em que era bailarina profissional, e lá “vivia de arte”, como conta. Trouxe o costume de ir a museus e quando pode dá um pulo em São Paulo com os filhos para visitar exposições. As crianças, Gustavo (11), Joaquim (10) e Carlota (5), gostam tanto que agora fazem suas próprias obras: a cozinha está repleta de quadros pintados pelos três.
Falando nos pequenos, a morada parece ser inteira pensada para eles. Patinetes e skates têm vez e Gisela diz não ligar que andem pela casa. “Até há pouco tempo tinha um pula-pula enorme aqui, mas acabei doando para o condomínio.” Há espaço de sobra nos quartos dos filhos, todos com vista para a piscina, mesma área que recebe amigos nos fins de semana e que vive cheia – Campinas faz calor o ano inteiro. E nada daqueles quiosques perto da área de lazer: o projeto priorizou a praticidade de ter apenas uma cozinha, por exemplo, que é conjugada com outra do lado externo. “É uma filosofia de vida muito europeia”, completa Gisela.
Já a rotina precisa ser mais regrada, claro, e é sempre unida. A família acorda cedo, antes das seis, e depois de deixar as crianças na escola, o casal parte para uma caminhada com Nayo antes da aula de ioga dos dois, que acontece na sala de TV. Em seguida, vão para o escritório e fábrica da Lapima, que fica a 15 minutos dali. Às 13h30 já está todo mundo em volta da mesa, almoçando junto. O dia segue e, entre brincadeiras, lições de casa e muita energia, ainda há tempo para as crianças darem palpites nos óculos criados pelo pai, mente criativa da marca. “A Lapima é um quarto filho e as crianças adoram fazer parte dela também.” E é assim que se vive uma grande família.
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