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Buenos Aires, depois da formatura

Buenos Aires, depois da formatura

Eu e algumas colegas da Universidade fomos conhecer Buenos Aires quando terminamos o curso de Biblioteconomia. Era a primeira vez que eu viajava para o exterior. Estava empolgadíssima com aquela aventura.

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Juntamos o dinheiro para custear parte da viagem com a rifa de livros, discos e outros objetos. Um dia, fizemos uma barraquinha de churros para vender na saída das aulas. Compramos uma quantidade enorme de churros e não conseguimos vender nem a metade.

Em Buenos Aires, dançamos tango nos Cabarés do Barrio de La Boca. Nos maravilhamos com o metrô. Lembro do dia em que estávamos indo para a avenida Santa Fé, a Rosária saiu na estação anterior a que tínhamos que descer. Quando nos demos conta, esperamos na plataforma. Ela chegou um pouco depois, com uma cara assustada.

Andamos de roda gigante, caminhamos nos parques. Fomos ao teatro Colón. Vimos porteños dançarem tango em San Telmo. Conhecemos um grupo de rapazes argentinos, Lucho, Enrique, José e Juan, com quem saímos algumas vezes.

Como meninas faceiras e fúteis de 18 anos, gastamos quase todo o dinheiro comprando blusas de caxemira, lenços, sapatos e bolsas. E enviando postais à família e aos amigos. Eu já lia muito naquela época, mas, nessa viagem, não lembro de ter comprado nenhum livro. Tudo o que eu queria era namorar, dançar, ir aos bares noturnos, percorrer os parques e andar pela Avenida Santa Fé, o paraíso das compras.

Voltei muitas vezes a Buenos Aires, lembrando sempre do meu encantamento quando pisei, pela primeira vez, naquela cidade cosmopolita e alegre.

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