Revista Escada ed.35

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número 35 | ano 09

a revista das escolas particulares do paraná

jun/jul/ago 2018

Publicação Sinepe/PR

Modelos mundiais Professores com vivências educacionais em outros países ajudam a pensar e melhorar a educação no Brasil

entrevista José Salibi Neto fala em seu novo livro, Gestão do Amanhã, como vencer a 4ª Revolução Industrial

Movimento maker Mais do que tendência, ele chega para revolucionar a forma de aprender


DE APROVAÇÃO No s exam e s de Ca mbri d g e 2 01 7


O PES – Positivo English Solution, a solução de língua inglesa da Editora Positivo, em parceria com Cambridge Assessment English, permite aos alunos realizar exames de proficiência ao término do 9º ano – Ensino Fundamental. Essa certificação internacional avalia os alunos na fala, compreensão, leitura e escrita do inglês para as oportunidades de estudo, trabalho e lazer, preparando-os para o futuro.

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PARCERIA ESTRATÉGICA




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Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr

Em ano de eleições, o Sinepe/PR juntamente com a FENEP realizou diversos encontros com os principais candidatos paranaenses ao Legislativo e Executivo estadual e federal para entregar o documento “Brasil do Futuro”. Organizado em onze eixos, o documento apresenta propostas para melhorar a educação brasileira e, especificamente, a paranaense. Acreditamos que a escola particular tem muitas experiências para compartilhar e que podemos ser protagonistas em mudanças positivas no nosso país.

Conselho Diretor Biênio 2016 /2018 Diretoria Executiva Presidente

Esther Cristina Pereira

1º Vice-Presidente

Rosa Maria Cianci Vianna de Barros

2º Vice-Presidente

Dirley Carlos Correa

Diretor Administrativo

Douglas Oliani

Diretor Econômico/Financeiro

Gilberto Vizini Vieira

Diretor de Legislação e Normas

Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento

Lino Afonso Jungbluth

Diretoria de Ensino

Sempre discutindo os melhores caminhos da educação, também realizamos a Semana das Curiosidades no Sinepe/PR, na qual trouxemos educadores para conversar sobre modelos mundiais da educação. Por meio de experiências práticas e exemplos de como funciona a educação em países como Japão, Itália e China, os palestrantes nos ajudaram a pensar de que forma podemos melhorar dentro das nossas escolas.

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Ainda nesta edição, você confere uma matéria especial sobre o movimento maker e o futuro das escolas. Mais do que uma tendência, ele chega para revolucionar a forma de aprender, trabalhar e, de fato, fazer as coisas. E, falando em revolução, trazemos uma entrevista muito interessante com o empresário José Salibi Neto, que fala como vencer a 4a Revolução Industrial – tema principal de seu novo livro, Gestão do Amanhã. Ele explica como enfrentar esses novos tempos que atinge as empresas, principalmente as da área educacional. Diante de tantos desafios, seguimos com coragem o nosso trabalho e aproveitamos para fazer um convite especial. Dia 15 de outubro vamos comemorar o Dia do Professor com um grande evento no Teatro Guaíra (Curitiba) para homenagear os educadores paranaenses. Na programação teremos a apresentação do barítono Paulo Barato, seguida da palestra “O Professor, a Família e a Educação nos dias de hoje”, com Rossandro Klinjey - escritor, psicólogo clínico e colaborador do programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo. O evento é gratuito e será uma noite memorável da qual queremos que você faça parte. Para adquirir os ingressos entre em contato com o Sinepe/PR pelo telefone (41) 3078-6933. Desejamos a você uma excelente e proveitosa leitura.

Diretor de Ensino Superior

José Antonio Karam

Diretor de Ensino Médio

Paulinho Vogel

Diretor de Ensino Fundamental

Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres

Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas

Magdal Justino Frigotto

Diretor de Ensino das Academias

Ana Dayse Cunha Agulham

Diretor de Marketing

Rogério Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares

Renato Ribas Vaz

Diretor da EaD

Wilson de Matos Silva Filho

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente

Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Carmen Luiza da Silva

Conselheiros 1º Conselheiro

Ailton Renato Dörl

2º Conselheiro

Pedro Roberto Wiens

3º Conselheiro

Naura Nanci Muniz Santos

4º Conselheiro

Roberto A. Pietrobelli Mongruel

5º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos

6º Conselheiro

Leonora Maria J. Mongelós

7º Conselheiro

Eloína Helena Farias da Costa Guerios

8º Conselheiro

Gisele Mantovani Pinheiro

9º Conselheiro

José Eldir Ost

10º Conselheiro

Jaime M. Marinero Vanegas

11º Conselheiro

Volnei Jorge Sandri

12º Conselheiro

José Luis Chong

13º Conselheiro

Diogo Richartz Benke

14º Conselheiro

Fernando Luiz Fruet Ribeiro

15º Conselheiro

Wilson Picler

16º Conselheiro

Bruno Ramos Neves Branco

17º Conselheiro

Sérgio Herrero Moraes

Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Edison Luiz Ribeiro

Ir. Anete Giordani

Armindo Vilson Angerer

Haroldo Andriguetto Junior

Raquel A. M. M de Camargo

Luiz Antônio Michaliszyn Filho

Delegados Representantes - FENEP/Confenen Ademar Batista Pereira

José Antonio Karam

Conselho de ex-presidentes do Sinepe/PR

Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR

Jacir J. Venturi

Emília Guimarães Hardy

José Manoel de Macedo Caron Jr.

Maria Luiza Xavier Cordeiro

Naura Nanci Muniz Santos

Ademar Batista Pereira

Maria Alice de Araújo Lopes


Diretorias regionais SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente

Gelson Luiz Uecker

Diretor de Ensino Superior

Sérgio De Angelis

Diretor de Ensino da Educação Básica

Ir. Antonio Quintiliano

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Marli de Melo Campanharo

Diretor dos Cursos Livres/Idiomas

Denise Veronesi

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente

José Elias Castro Gomes

Diretor de Ensino Superior

Fábio Hauagge do Prado

Diretor de Ensino da Educação Básica

Antonio Krefta

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Graziela Rodrigues

e Asperti Basim Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Nerval Martinez Silva

e Adriana da Silva Gomes

SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente

Fabricio Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior

Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica

Velamar Cagnin

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Márcia Fornazari Abasto

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Vanessa Pretto Guerra Stefani

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SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente

Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior

Marco Antônio Razouk

Diretor de Ensino da Educação Básica

Irmã Edites Bet

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Maria de Fátima

Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Paul Chaves Watkins

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534, 2o andar, sala 4 – Centro - Curitiba - PR

SINEPE/PR - Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória)

Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br

Diretor-Presidente Dilcemeri Padilha de Liz

Jornalista responsável

Marília S. Bobato DRT/PR 6828

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab - www.dlab.com.br

Comercialização

Editora Inventa

Críticas e sugestões

contato@revistaescada.com.br

Diretor de Ensino Superior

Roberto Sene

Diretor de Ensino da Educação Básica

Cristiane Siqueira de Macedo

Juelina Marcondes Simão Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Roselha Vandresen

Ir. Sirlene Costa Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Marcos Aurélio Lemos de Mattos

Dir. de Ensino da Educação Profissional Téc. de Nível Médio

Marcos Aurélio Lemos de Mattos

Comercial jessica@iemecomunicacao.com.br marilia@iemecomunicacao.com.br (41) 3253 0553 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.

SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente

Luiz Antonio Michaliszyn Filho

Diretor de Ensino Superior

Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)

Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Liliane C. Alberton Silva

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação

Esther Cristina Pereira

Impressão e acabamento Logística e Distribuição

Optagraf – Editora e Gráfica Correios


ín.di.ce sm

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Especial Dia do Professor

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HISTÓRIA

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Perguntamos qual professor mais marcou a sua vida escolar

Colégio COC Semeador de Foz do Iguaçu completa 25 anos

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Movimento Maker

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Fiscalização

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Agenda

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Ações da diretoria

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Universo das Associadas

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Vamos banir o uso do celular nas escolas?

Entrevista

Cofundador da HSM, José Salibi Neto, fala sobre a Gestão do Amanhã

Mais do que uma tendência, ele chega para revolucionar a forma de aprender e de fazer as coisas

Sinepe/PR faz encontro com Corpo de Bombeiros

Cursos e palestras do Sinepe/PR para o segundo semestre de 2018

Veja as últimas ações promovidas pelos diretores do Sinepe/PR

Confira as novidades das instituições de ensino associadas

Esther Cristina Pereira – Presidente do Sinepe/PR

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Educação ao redor do mundo

Modelos mundiais ajudam a pensar a educação no Brasil

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artigo

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Novos associados

Reforma tributária inteligente, por Ademar Batista Pereira – Presidente da FENEP

Em junho e julho, o Sinepe/PR conquistou sete novas instituições associadas


car.rei.ra subst.

Especial Dia do Professor

qual professor marcou sua vida? 15 de outubro está chegando e perguntamos aos professores das instituições associadas qual professor marcou sua vida. Confira os depoimentos:

Simetria, esta palavra, de algum modo, me fisgou. Não eram somente as suas ideias matemáticas que me absorviam. Ser apresentado a um mundo que se relacionava diretamente com a natureza, e ao mesmo tempo extremamente abstrato, que eu considerava de uma beleza surpreendente, me direcionou, mesmo de modo indireto, na época, para que eu seguisse a profissão que agora exerço. A Professora Maria Ângela, da disciplina de Matemática, no Colégio Estadual Newton Fellipe Albach, foi uma das grandes responsáveis por essa inspiração que calou fundo em meu ser, numa época de nossas vidas em que, normalmente, nem se imagina que caminho será seguido profissionalmente. Sua dedicação, seu amor pelo ensino e pela Matemática foram os alicerces

Minha carreira como educadora foi influenciada especialmente por duas professoras de Língua Portuguesa, tanto que esta é minha formação e a área em que atuo na educação. A primeira, dona Edith, foi ainda em minha formação inicial, na cidade de Salto do Itararé, no norte do Paraná. Na sequência, já em Curitiba, tive a influência de uma segunda professora de Língua Portuguesa, Paraguaçu, quando cursava o Ensino Médio. Elas foram modelos para mim! Pessoas muito dedicadas e preocupadas com o desenvolvimento do aluno. Sabe aquelas pessoas que entusiasmam o aluno? Você sentia vontade de aprender mais, de fazer mais do que era pedido para colaborar mais na aula. Depois, fiz Letras na Universidade Federal do Paraná. Não tinha como não se apaixonar pelo curso. Eu tinha uma elite como professores: o Carlos Alberto Faraco, Cristóvão Tezza, Geraldo Mattos Gomes dos Santos, entre outros. Então ali eu tive a certeza de que gostaria de trabalhar como docente na área de Letras. E, assim, já estou no Colégio Sion, como educadora de Letras, há 28 anos. Ingressei no colégio por intermédio de uma colega e conheci o Método Montessori adotado pela escola. Fiquei encantada, principalmente pelo uso dos materiais concretos, que possibilitam ao aluno descobertas. Além disso, a metodologia, no Ensino Fundamental I, proporciona à criança a livre escolha, mas sabendo

iniciais que influenciaram, posteriormente, a procurar levar, no início de minha carreira e, ainda hoje, enquanto professor de Matemática, esse mesmo amor pelo ensino, pelos educandos e pela disseminação da beleza inerente à Matemática e aos seus estudos. A professora Maria Ângela certamente não foi a única que fortaleceu essas bases porém, foi uma das primeiras que despertou em mim a vontade de ser e fazer o que faço profissionalmente, com respeito e amor, enquanto O Supremo Matemático permitir. Muito obrigado Professora.

Marcos José Novakoski Prof. de Matemática na ESI - Colégio Belém (Guarapuava)

que ela tem que dar conta de uma determinada quantidade de trabalho na semana. Trata-se de uma metodologia que ensina desde cedo o aluno a ter responsabilidade, que é o que toda liberdade exige. Enfim, encantei-me pelo respeito à alteridade, ao ritmo de cada estudante. Trata-se de uma educação integral, acima de tudo para a vida, porque se dá à luz do respeito ao outro, em uma preocupação que vai além do desenvolvimento intelectual. Aliás, ao longo da minha carreira, o que mais me marcou e me marca todos os dias é acompanhar em cada aluno seu desenvolvimento individual. Nenhum aluno termina o ano da forma como começou – e isso é fascinante. O desenvolvimento acontece na interrelação com o estudo, com o colega, com o professor, com o ambiente, com o mundo e consigo mesmo. É algo que se dá neste diálogo constante. Creio que levar o aluno à reflexão é o principal papel do educador em todos os tempos. Sendo a reflexão o ponto central para toda pessoa, na passagem da experiência para a ação, certamente vai contribuir para a formação de uma sociedade menos intolerante e mais justa. Primeiro de tudo, a criança e o jovem precisam aprender a refletir. Rita de Cássia Brito Ling Prof.ª de Língua Portuguesa e Supervisora do Ensino Fundamental I no Colégio Sion (Curitiba)


his.tó.ria s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação COC Semeador

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COC SEMEADOR completa 25 anos em Foz do Iguaçu

Há 25 anos em Foz do Iguaçu, o COC Semeador começou a sua história como Escola Cavalo de Pau. Ocupava o espaço onde era um haras, e na época acreditou-se que seria interessante manter um certo vínculo no nome.

Instituição conta com cerca de 1.200 alunos e 150 colaboradores, em um espaço de 7 mil m2 de área construída

Em setembro de 2000, a fundadora Anita Maria Denis Vidal resolveu fechar as portas da instituição que se encontrava em dificuldades. Foi neste momento que o empresário José Elias Castro Gomes assumiu a escola, evitando o seu fechamento e trazendo perspectivas de crescimento. “Como gosto de atuar em várias frentes, acabei posteriormente passando a função de diretor aos cuidados de outros profissionais, sendo que a atual diretora é minha esposa, Ana Carolina Pereira”, conta José Elias, que também responde como diretor-presidente do Sinepe/PR – Regional Cataratas. Ao longo desses 25 anos, a instituição passou por muitas transformações. O nome foi uma delas. “Em 2003, mudamos para Semeador por acreditar que era mais simbólico e conectado com a proposta da escola”, conta José Elias. Em 2005, surgiu a parceria com o COC e a nomenclatura atual, COC Semeador. O motivo da mudança foi a proposta pedagógica que vinha de encontro com o que a escola já praticava. “Nos identificamos com a adoção da interdisciplinaridade e a busca por transmitir conhecimento baseado em valores pelos quais sempre prezamos”, diz José Elias.


25 anos de história em números 1993 • Fundação 600 m2 de área construída, 68 alunos e 22 colaboradores 2013 - Criação do Ensino Médio, instalado em área central de Foz do Iguaçu - 173 alunos

2018 7 mil m2 de área construída, cerca de 1.200 alunos e 150 colaboradores Considerando apenas o número de alunos, o COC Semeador multiplicou crescimento 17 vezes desde a fundação. É quase como se, a cada ano, uma nova escola do tamanho do Cavalo de Pau fosse criada.

Tecnologia, afeto e conhecimento No dia a dia da instituição é possível acompanhar a evolução da educação. Os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes. Simultaneamente, também cresceu a necessidade de afeto e acolhimento. “Implementamos aulas de robótica, e reforçamos, em paralelo, a participação das coordenações pedagógicas no acompanhamento dos alunos, estimulando principalmente os professores a fortalecer os laços de carinho e cumplicidade com cada criança e adolescente”, explica o gestor. Para todo o processo funcionar bem dentro da sala de aula também é preciso cuidar da equipe e do ambiente de trabalho. “As pessoas realmente gostam de trabalhar aqui. Mais que isso, têm orgulho de trabalhar no Semeador. E o clima de acolhimento não se restringe ao nosso público, os professores se relacionam muito bem”, orgulha-se José Elias. Eles contam ainda com os incentivos do COC, que promove treinamentos e ações de suporte e capacitação para os professores e coordenadores. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Índices de aprovação em universidades públicas superiores a 90% Projeção para 2019 Crescimento entre 10% e 15% no número de matrículas

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Depoimento O universo docente sempre fez parte da vida de José Elias Castro Gomes “Tenho irmãs professoras e minha mãe foi uma mestre extraordinária. Ela criou 11 filhos e cursou o Ensino Médio quando estava grávida pela décima vez, encontrando ainda tempo para atuar como alfabetizadora por 34 anos, sendo que poderia ter se aposentado com 25. Dona Carmen e minhas irmãs foram forte fonte de inspiração para eu assumir a escola. Meu pai era empresário do ramo de joias e relógios e eu comecei a trabalhar muito cedo com ele, mas me tornei dono de escola por idealismo e afinidade, e não por uma questão de oportunidade de mercado (mesmo porque assumi a escola em seu momento mais desfavorável).

Revendo minha história, fica difícil identificar se eu escolhi a educação, se ela me escolheu ou se sempre andamos juntos. Vou ficar com essa última opção”.

José Elias C. Gomes e equipe


en.tre.vis.ta s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação - José Salibi Neto

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Gestão do amanhã na educação

Cofundador da HSM, empresa líder em Educação Executiva, José Salibi Neto fala em seu novo livro, Gestão do Amanhã, como vencer a 4a Revolução Industrial. Entenda como isso atinge as empresas, principalmente as da área educacional


Autor dos best-sellers “Movidos por ideias” e “Gestão do Amanhã”, José Salibi Neto graduou-se pela Moore School of Business, da Universidade (EUA), e obteve o MBA em International Business pela mesma instituição. Aos 59 anos de idade, Salibi deixou a gestão da tradicional HSM para enfrentar novos desafios à frente da G2S, ao lado do empresário e também autor do livro “Gestão do Amanhã”, Sandro Magaldi. A nova empresa tem como propósito ser advisor de organizações que precisam entender os rumos para passar pela transformação digital. O momento dessa mudança na vida do empresário não poderia ser mais oportuno. Hoje, as empresas tradicionais coabitam com as startups, fintechs e outras que trazem um modelo de inovações e rupturas. Essa nova era é conhecida como a 4a Revolução Industrial, a mais abrangente, profunda e ampla da história. E, com essas mudanças, o modelo de gestão também precisa mudar. Em conversa por email com a revista Escada, Salibi conta um pouco de sua experiência na área educacional, de como encarar este novo cenário e deixa várias reflexões (e algumas provocações) para gestores e educadores. Revista Escada - Em seu novo livro, Gestão do Amanhã, você fala em vencer a 4a Revolução Industrial. Como isso atinge as empresas em geral, e principalmente as da área da educação? José salibi neto - A 4a Revolução Industrial já chegou e afeta todos os setores. Muitas pessoas não se deram conta disso e nem entendem o cenário que estamos vivendo. O mundo da Educação é um deles. Ficou parado no tempo e ensina os jovens a competir em um mundo que não existe mais. Os cursos e ementas continuam as mesmas. Outras habilidades são necessárias a ser ensinadas nas escolas. Programar, por exemplo.

RE - Diante de tal revolução os gestores precisam se reinventar. O prazo de validade e a relevância das empresas está muito mais curto agora? Js – Com certeza. A Lei de Moore mudou tudo (surgiu em 1965 através de um conceito estabelecido por Gordon Earl Moore. Tal lei dizia que o poder de processamento dos computadores - entenda computadores como a informática geral, não os computadores domésticos - dobraria a cada 18 meses). Por isso o mundo ficou cada vez mais rápido e vai continuar ficando de acordo com a Lei e as organizações e profissionais que não se reinventarem ficarão pelo caminho. RE – Hoje, empresas que estão em alta contando seus cases de sucesso para inspirar outros empresários são as do Vale do Silício, as startups, as fintechs. Elas trazem um frescor de ideias, mas não existe mais aquela longa e tradicional trajetória a ser contada. Podemos dizer que a expectativa de vida das empresas caiu? Como você enxerga esse novo cenário dos negócios? JS – Imagine que mais da metade das maiores empresas do mundo, de acordo com a revista Fortune 500 no ano 2000, não existem mais. Isto é um fato que não pode ser ignorado e é o que tenta trazer o nosso livro “Gestão do Amanhã” com possibilidade de soluções concretas. As empresas que não tiverem a inovação e aprendizado constante na sua cultura ficarão pelo caminho. Não é possível mais competir reduzindo despesas.

“As organizações e profissionais que não se reinventarem ficarão pelo caminho.”

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

RE - De que forma essa revolução vai refletir na sala de aula que é a fonte onde sempre buscamos o conhecimento? Como o professor deve agir diante de alunos da era digital? JS – Boa parte dos professores como nós conhecemos ficou obsoleta. Não conseguiram acompanhar a velocidade das mudanças e continuam a ensinar as mesmas coisas de sempre. Para mudar uma instituição é importante mudar os professores. Eles terão que estudar mais tecnologia, atuar mais no mercado, ter mais empresas dentro das escolas. Não dá mais pra se isolar. RE - No atual cenário da educação privada brasileira vemos os grandes grupos adquirindo escolas menores alegando a busca pela maior profissionalização. Você foi cofundador da HSM e seus vários braços; como enxerga esse movimento? JS – Acho que estes grupos deveriam estar mais preocupados em desenvolver novas metodologias, novas tecnologias, aprender o que estão fazendo escolas com a Minerva, Hiper Island e Singularity University, por exemplo, ao invés de querer ganhar escala com o que já está ultrapassado. RE - Após deixar a gestão da HSM, agora você está a frente de uma nova empresa, aos 59 anos de idade. Sempre é tempo de mudar e de inovar? JS – Sempre. Afinal, vamos viver cada dia mais. Apesar de ter sucesso em uma empresa, tive a humildade de aprender o que não sabia e começar novamente. Hoje sou palestrante, consultor de empresas e carreiras e autor de livros e artigos. Vivo em Beta e fico sempre tentando me reinventar.

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e.xem.plos s.f

T / André Nunes F / Acervo pessoal dos entrevistados

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Modelos mundiais ajudam a pensar a educação no Brasil Professores com vivências educacionais em outros países apresentam exemplos de disciplina, valorização da escola e incentivo às artes visuais na educação infantil Da disciplina oriental que se tornou marca das escolas japonesas e chinesas, à alegria e respeito pela educação demonstrada por alunos e professores moçambicanos, passando pelo estímulo do ensino nas artes visuais na educação infantil italiana. Os modelos educacionais pelo mundo têm muito a contribuir para educadores e instituições pensarem novas formas de atrair professores e alunos, aprimorando assim o ensino, a aprendizagem e os resultados da educação em nosso país. Realizada pelo SINEPE/PR em junho, a Semana das Curiosidades apresentou palestras de professores com vivên-

cias recentes em outros países: Japão, Moçambique, Itália e China. Voltadas a professores, coordenadores pedagógicos, educadores e entusiastas no assunto, as palestras trouxeram uma gama de experiências muitas vezes surpreendentes. “Ao acompanhar tantas vivências educacionais distintas, chegamos à conclusão de que não existe receita: uma educação efetiva é aquela baseada no respeito entre alunos e professores, na disciplina e autonomia dos estudantes e, sobretudo, na educação básica de qualidade”, enfatiza a psicopedagoga Esther Cristina Pereira, presidente do SINEPE/PR.

Autonomia e foco no fundamental Apresentado pelo professor Ademar Batista Pereira, presidente da FENEP – Federação Nacional das Escolas Particulares, o exemplo japonês de educação chama atenção pelo grande enfoque dado ao ensino fundamental no país: 97% é público, enquanto a educação privada se responsabiliza por 70% da educação infantil e por 40% do ensino médio.


“Nas escolas japonesas, não se vê zeladores ou funcionários encarregados da limpeza: tudo é feito e organizado pelos alunos”.

Ademar Batista Pereira, presidente da FENEP

“O Japão aplica exames de admissão a cada etapa educacional, de forma a direcionar os alunos de acordo com suas habilidades e méritos. Com ensino médio profissionalizante e uso de tecnologia começando apenas nessa etapa da vida acadêmica, eles formam desenvolvedores de tecnologia, e não apenas usuários, como em outros países”, explica Pereira. Por sua vez, o aspecto da disciplina nipônica está presente desde a mais tenra idade. “Nas escolas japonesas, não se vê zeladores ou funcionários encarregados da limpeza: tudo é feito e organizado pelos alunos. As estruturas são sempre grandes, tanto ginásios e quadras esportivas, quanto bibliotecas, com usos pontuais de computadores”, pontua.

Autoridade compartilhada País lusófono como o Brasil, Moçambique vive uma realidade diversificada de etnias, línguas e religiões. “Quando entram na escola, as crianças vêm de casa sabendo árabe (pela religião muçulmana predominante) e africâner (inglês), além de dialetos. O português, que é língua oficial, só aprendem na escola. Imagina como é para um professor lidar com esses alunos? Pois eles lidam com a maior alegria e autoridade”, comenta o professor e psicanalista Geraldo Peçanha de Almeida, que participou de um projeto educacional alemão no país africano, no início deste ano. A autoridade, aliás, é aspecto fundamental para se entender a educação moçambicana. “Para a criança de lá, não há diferença entre as ordens dadas por seus pais, seus professores e líderes religiosos. Há o mesmo respeito. E vai além: se a escola aprova um aluno, mas seus pais julgam que ele não está preparado para passar de ano, o aluno repete. O contrário também ocorre quando os pais acreditam que seu filho possa estar mais avançado que o restante de sua turma”, afirma. Em relação aos problemas sócioeconômicos da nação africana, Peçanha enfatiza que a falta de recursos não os impede de ter acesso e valorizar a educação. “É comum as crianças levarem de duas a três horas para chegar até a escola, passarem de quatro a cinco horas tendo aulas sentadas no chão, compartilhando materiais. E mesmo assim não reclamam, estão sempre alegres e gratas por aquela oportunidade de aliar o saber formal com o notório saber, aquele da experiência prática e cotidiana, tão comum no país”.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Prof Geraldo Peçanha de Almeida, sobre a educação em Moçambique

“Se a escola aprova um aluno, mas seus pais julgam que ele não está preparado para passar de ano, o aluno repete”.

Renascimento da educação infantil Tomando como exemplo a cidade de Reggio Emilia, no norte da Itália, reconhecida por pesquisadores e educadores como a melhor abordagem de educação infantil do mundo, o professor e matemático Joe Garcia explorou a questão do chamado “renascimento educacional italiano”. “Em paralelo metafórico com o Renascimento italiano, tivemos esse movimento em que crianças de 0 a 6 anos passaram a ser vistas como competentes e capazes de exercer protagonismo nos processos de aprendizagem, em contraste com o modelo tradicional em que os pequenos são vistos como limitados e dependentes dos adultos da relação educacional”, detalha Garcia.

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Além disso, o professor abordou a questão da qualidade estética dos novos espaços escolares de educação infantil, que estimulam a aprendizagem em creches e pré-escolas, e o incentivo precoce às artes visuais. “Em Reggio Emilia, dentro de creches e pré-escolas existe um ateliê, no qual as crianças exploram diferentes linguagens visuais, usando desde argila até mesas digitais, para desenvolver pesquisas e comunicar suas descobertas”, destaca.

Aprendiz que faz bem feito

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Diretora pedagógica da Editora Positivo, a professora Acedriana Vicente encerrou a semana de palestras abordando o modelo chinês, um dos países que lidera o ranking do Pisa – o teste de qualidade educacional mais relevante da atualidade em todo o mundo. Isso se deve, segundo ela, devido aos reflexos de sua cultura, história e expectativas para o futuro. “Partindo dessa reflexão, vemos que os países asiáticos estão entre as principais nações quando se trata de resultados nessa área. Basicamente, eles estudam e conseguem ser felizes na escola. Se não bastasse, veem sentido no estudo para a melhoria do seu país: querem aprender para fazer melhor. E isso é algo que a China está sabendo colocar em prática muito bem: aprender com os demais países, para depois assumir a liderança”, justifica a professora.

“A China não se constrange por copiar para melhorar o que deu certo fora de suas fronteiras”.

Acedriana Vicente, diretora pedagógica da Editora Positivo

Dessa forma, os chineses olharam para fora, aprenderam, e hoje estão fazendo melhor muitas coisas. “A China não se constrange por copiar para melhorar o que deu certo fora de suas fronteiras. Essa atitude de se colocar como aprendiz é vista na determinação com que os jovens chineses de 15 e 16 anos enfrentam a maratona de estudos pré-universitários para o temível Gao Kao, exame que define o acesso às melhores faculdades”.

Básico com qualidade Os exemplos internacionais revelam que o segredo da educação das gerações do futuro muitas vezes não está no acesso precoce à tecnologia de ponta, e sim no investimento de esforços na educação básica bem feita. “Tudo acaba se resumindo em ensinarmos a ler, escrever, compreender o que se aprende e fazer as operações matemáticas básicas. Usando os recursos que temos disponíveis. E principalmente, em crianças que respeitam e valorizam a educação vinda de suas famílias, de seus professores e de suas culturas e tradições”, sintetiza a presidente do SINEPE/PR, Esther Cristina Pereira.



re.vo.lu.ção s.f

T / Hemely Cardoso F / Acervo pessoal

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O movimento maker e o futuro das escolas Mais do que uma simples tendência, ele chega para revolucionar a forma de aprender, trabalhar e, de fato, fazer as coisas

No mundo da tecnologia tem empreendedor ensinando os estudantes a colocar a mão na massa. São as escolas que fazem parte da “cultura maker”. O movimento é baseado no conceito “faça você mesmo”, um fenômeno tecnológico e coletivo. Em laboratórios equipados com máquinas de fabricação digital, estudantes consertam, modificam, criam e produzem objetos com as próprias mãos. Especialistas em educação defendem que o ensino maker pode formar cidadãos aptos a pensar “fora da caixa”. É o caso do empreendedor, fundador do Fab Lab Recife e sócio da Robôlivre, Edgar Andrade. Ele viaja o Brasil fazendo palestras sobre o tema e conversou com a revista Escada para contar sobre o impacto desse movimento na educação.


“A Rede de Fab Labs, que se espalha por mais de cem países e com mais de mil laboratórios, representa um dos principais players globais para a transformação do modo como nos relacionamos com o consumo, cidades e escolas. Tudo vai mudar rapidamente nos próximos anos”. Revista Escada: Afinal, o que é o movimento maker? EDGAR ANDRADE - O movimento não é novo no mundo, surgiu na década de 60 e vem se popularizando nos últimos anos como uma espécie de resposta à queda de algumas patentes. É o caso da impressora 3D, que permitiu que diversas máquinas fossem hackeadas e se espalhassem pelo mundo. A agitação da fabricação digital e prototipagem rápida estão impulsionando o ressurgimento do movimento maker, que em resumo representa o impulso que nos leva a resolver nossos problemas por conta própria, ou melhor, juntando gente.

O novo lema do movimento é diferente do original (DIY - Do it Yoursefl), agora é do “Façamos Juntos”. Dentro desse contexto, a Rede de Fab Labs, que se espalha por mais de cem países e com mais de mil laboratórios, representa um dos principais players globais para a transformação do modo como nos relacionamos com o consumo, cidades e escolas. Tudo vai mudar rapidamente nos próximos anos. Normalmente o movimento maker demanda um espaço físico a exemplo de um laboratório, onde sejam disponibilizados equipamentos como notebooks, impressora e óculos 3D, softwares e ferramentas. As atividades são desenvolvidas com foco no interesse dos estudantes. Os espaços são preparados para desenvolver a criatividade e o empreendedorismo. RE: Quais são os principais benefícios do movimento maker para os estudantes? EA – O que o Fab Lab Recife leva para estudantes é uma metodologia ativa ou ainda mais, uma concepção de aprendizagem (aprender fazendo) baseada numa modalidade híbrida (presencial e à distância). Acreditamos que esse caminho contribuirá imensamente no que diz respeito às competências e conhecimentos que serão fundamentais para a integração das crianças e jovens com o mundo. Estamos falando de um mundo em profunda transformação e que, resultante da revolução digital, será apoiado na capacidade que os jovens deverão ter de se abrir para o novo, de se comunicar e colaborar. Além disso, tendo o pensamento crítico, a criatividade e a responsabilidade como elementos fundamentais para a resolução de problemas e para o autoconhecimento, gerando como resultado adultos realmente autônomos. Nesse futuro, a avaliação baseada em notas deverá ser irrelevante.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Edgar Andrade, fundador do Fab Lab Recife e sócio da Robôlivre

RE: Qual é a relação desse movimento com o ensino nas escolas? EA – Tenho rodado em todos os cantos do país fazendo uma provocação muito séria. A essência da minha opinião está na necessidade urgente de revermos a forma como nos relacionamos com o consumo. Criamos um modelo de sociedade insustentável e o único caminho para mudarmos esse modelo é através da educação. Você já parou para pensar se as crianças que tiram as maiores notas são mais realmente mais felizes que as que ficam na média? Já se perguntou se quem tem mais dinheiro é necessariamente mais feliz do que quem não tem tanto? Trago algumas pistas de caminhos que estou seguindo e tenho repetido por aí na esperança de que alguém comece a ouvir. É mágico ver uma criança, pobre ou rica, com os olhos brilhando ao desenvolver seu próprio brinquedo no Fab Lab Recife. Não vejo o mesmo brilho nos olhos de crianças que abrem brinquedos caros das lojas. Agora há um detalhe, o meu pensamento carrega muito sentimento, mas ao mesmo tempo, o pragmatismo necessário para impulsionar a transformação. A principal pergunta que faço é: a sua escola vai morrer nos próximos 10 anos? Vai investir uma fortuna em experiências mágicas que prometem resultados de curto prazo? Ou vai construir junto com educadores, estudantes, famílias, vizinhos, a escola do futuro?

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O que é o Fab Lab? Abreviação do termo “laboratório em fabricação”, Fab Lab é um espaço em que diversas áreas se reúnem para realizar projetos de fabricação digital de forma colaborativa.

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Para mudar o mundo precisamos deixar urgentemente que as crianças mantenham a criatividade viva em suas cabeças. É preciso redefinir os ambientes de aprendizagem como primeiro passo para a busca da inovação da escola, materializando novos paradigmas educacionais e dinâmicas pautadas na construção do espírito crítico e analítico. A escola deve ser um lugar para desenvolver o protagonismo e a autonomia. Um local de descobertas, ideações, prototipações e experimentações. Esse é o caminho que nós do Fab Lab Recife começamos a trilhar com as primeiras oficinas para crianças, em 2014, e que agora evoluirá através das escolas públicas municipais de Recife.

RE - De que forma o movimento pode estimular a criatividade dos estudantes? Como será a escola do futuro? EA – Desde que mergulhei no mundo maker é impressionante como tenho resgatado o pedagogo e educador Paulo Freire. Acredito que ele nunca foi tão atual e talvez, venha a ser mais compreendido nos próximos anos do que jamais foi. Penso que no futuro as escolas se transformarão radicalmente.

Tem muita gente bacana por aí prototipando experiências incríveis de aprendizagem criativa. E algo em comum me chama a atenção em quase todas elas: o foco prioritário das dinâmicas, ferramentas, kits, metodologias é pautado pelo estímulo ao protagonismo, ao empoderamento e à autonomia. Vejo esses três elementos como a essência da transformação da escola. Na escola do futuro, as crianças e os jovens serão responsáveis por determinar os conteúdos que deverão compor seus currículos personalizados e a forma como serão construídos. Mas também não acredito que as escolas precisam se desesperar e partir para montar laboratórios maker de qualquer forma. A verdadeira mudança não virá dos laboratórios, das máquinas e dos kits. Ela virá da construção de um novo modelo mental em que as pessoas, as quais formam as equipes de gestão, os educadores e estudantes se sintam atraídos pela mudança. Parece confuso, no entanto, estou falando da construção de um novo modelo de comunidade articulado para promover a verdadeira mudança. Ela só acontecerá através da construção dessa comunidade integrada e que também deverá incorporar as famílias e a vizinhança das escolas.

Existem três tipos de fab labs: os acadêmicos, os públicos e os profissionais. Os acadêmicos (o nome já diz) são sustentados por universidades ou escolas, enquanto os públicos podem ser sustentados por governos, institutos de desenvolvimento ou mesmo comunidades locais. Os profissionais são os únicos que precisam se preocupar com a viabilidade financeira e, geralmente, ganham dinheiro alugando espaço e máquinas para empresas e makers desenvolverem seus produtos. Esses fab labs costumam cobrar dos frequentadores uma taxa por horas, dias ou meses de uso. A Fab Foundation é a organização americana que ajuda quem quer abrir um fab lab em qualquer lugar do mundo a colocar o plano em prática. No Brasil, a associação que faz isso é a Fab Lab Brasil Network.

Agradecimento: Bett Educar 2018


en.con.tro s. m.

Sinepe/PR se reúne com Corpo de Bombeiros para tratar sobre critérios de fiscalização junto às instituições de ensino privado

No dia 11 de junho, a presidente do Sinepe/PR Esther Cristina Pereira, o diretor José Luis Chong e o engenheiro de Segurança no Trabalho, Adriano Jochem, se reuniram com o representante do Corpo de Bombeiros Militar, Major Vladimir Donati, para tratar sobre os critérios de fiscalização do Corpo de Bombeiros junto às Instituições privadas de ensino. A Lei Estadual n.º 19.449/2018 regula o exercício do poder de polícia administrativa pelo Corpo de Bombeiros Militar e institui normas gerais para a execução de medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres. Com efeito, o Decreto que irá regulamentar esta Lei encontra-se ainda em fase de elaboração. Dentre as funções do Decreto, a principal é a de regulamentar a Lei. Desta forma, foi passada a expectativa de que passará a vigorar a partir de janeiro de 2019, alterando o sistema de vistoria e fiscalização a partir de 29 de junho de 2019.

O Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar - CVCB é requisito para a ocupação ou uso da edificação, estabelecimento, área de risco ou evento temporário, ressalvadas as exceções previstas em Lei. As edificações que possuam o Certificado de Vistoria em Estabelecimento - CVE válido na data da publicação desta Lei têm direito à emissão do CVCB. O CVCB permanece válido enquanto não mudarem as condições verificadas para sua emissão. Quanto ao licenciamento anual, o Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros Militar - CLCB será expedido para a edificação ou estabelecimento, suprindo por doze meses o licenciamento da edificação ou estabelecimento, devendo ser emitido o CLCB a partir do segundo ano, contado a partir da emissão do CVCB. Desta forma, a emissão do CLCB do estabelecimento fica condicionada à validade do CLCB da edificação. Para renovação do CLCB, o processo será simplificado e realizado a partir de Ato Declaratório do proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação ou estabelecimento, devendo declarar a integral manutenção das medidas de prevenção e combate a incêndio e das características consignadas no CLCB anterior, ficando condicionado ao pagamento da taxa correspondente e quitação das multas eventualmente aplicadas.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Os microempreendedores individuais, as microempresas e empresas de pequeno porte que se enquadrem em atividade econômica de baixo risco têm garantia de tramitação simplificada, nos termos da legislação vigente e em conformidade com a normatização de que trata o artigo 5.º da Lei Estadual n.º 19.449/2018. No caso das infrações previstas nas normas técnicas, o Corpo de Bombeiros Militar pode tomar, do proprietário ou responsável legal pela edificação ou área de risco, Compromisso de Ajustamento de Conduta. A incidência em infração administrativa enseja a aplicação de multas, bem como cassação do CLCB e do CVCB, como medidas administrativas. Para novas instalações, a instituição de ensino terá que elaborar projeto técnico de prevenção a incêndio e a desastre conforme normatização do Corpo de Bombeiros Militar para emissão do Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar – CVCB. O Major Donati informou que, após a publicação do decreto regulamentador da Lei Estadual n.º 19.449/2018, o Corpo de Bombeiros Militar e o Sinepe/PR devem se reunir para elaborar um manual com orientações específicas às instituições de ensino.

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cur.sos s.m

AGENDA Confira o calendário de cursos e palestras do SINEPE/PR para o segundo semestre de 2018 CURITIBA 22 SETEMBRO ESCOLHA PROFISSIONAL E APROVAÇÃO NO VESTIBULAR: COMO CONCILIAR? Data: 12/09/2018 Horário: 14h Local: Plenário do Sinepe/PR

RELACIONAL NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA Prof. Dr. Leopoldo Vieira

de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio

21/09 – A IMPORTÂNCIA DA FALA Gisele Kubrusly Sypczuk

Inscrições: Cortesia somente para associados ao Sinepe/PR

GRUPO DE ESTUDOS SOBRE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

OuTUBRO

Data: 18/09 e 16/10

Data: 15/10/2018

Horário: 14h Local: Plenário do Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Palestrante: Paulo Tomazinho e Gilson Tatarem Jr. Inscrições: Gratuito para instituições associadas

Horário: 19h Local: Teatro Guaíra Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Palestrante: Rossandro Klinjey Inscrições: Cortesia para associados ao Sinepe/PR Novembro

SOFT SKILLS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CRIANDO EXPERIÊNCIAS QUE PREPARAM OS ALUNOS PARA A VIDA Data: 26/09/2018 Horário: 14h Palestrante: Cassiano Soares Local: Plenário do Sinepe/PR

Palestrante: Dra. Rafaela de Faria

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Inscrições: R$ 40 para instituições associadas e R$ 70 para não-associadas

Inscrições: R$ 40 para instituições associadas e R$ 70 para não-associadas

HOMENAGEM AO DIA DA SECRETÁRIA

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

HOMENAGEM AO DIA DOS PROFESSORES

PRÊMIO DE PRÁTICAS INOVADORAS EM EDUCAÇÃO – EDIÇÃO 2018 Data: 09/11/2018 Horário: 19h30 Local: Espaço Torres (Rua Pergentina Silva Soares, 159 – Jardim Botânico – Curitiba/PR) Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Data: 28/09/2018 MARATONA DE BERÇARISTAS

Horário: 09h

Data: De 17 à 21/09/2018

Palestrante: Jussara de Oliveira

Horário: 8h30

Local: Plenário do Sinepe/PR

Local: Plenário do Sinepe/PR

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Inscrições: R$ 40 para instituições associadas e R$ 70 para não-associadas Programação: 17/09 – ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA BEBÊS – Cristiane Gusso 18/09 – AS PRÁTICAS EDUCATIVAS COM BEBÊS – Fátima Balthazar

Inscrições: R$ 40 para instituições associadas e R$ 70 para não-associadas CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA SECRETÁRIOS ESCOLARES

SINEPE/PR R. Guararapes, 2028, Vila Izabel Curitiba/PR

Data: a definir Horário: 09h às 12h / 13h30 às 17h30

19/09 – ALIMENTAÇÃO E HIGIENE NO BERÇÁRIO – Nádia Maria Folconi Baptista

Palestrante: Técnicos da SEED

20/09 – A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE

Público-alvo: Secretários (as) das escolas

Local: Plenário do Sinepe/PR

Mais informações e inscrições: www.sinepepr.org.br 41 3078-6933


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a.ções da di.re.to.ri.a

sf / prep / sf

Ações da

Diretoria SINEPE/PR entrega documento “Brasil do Futuro” a candidatos ao Legislativo e Executivo O SINEPE/PR recebeu nos meses de julho, agosto e setembro candidatos ao Legislativo e Executivo estadual e federal, em encontros realizados no auditório, voltados a diretores e gestores educacionais. Em cada encontro, foi entregue aos candidatos o documento “Brasil do Futuro e Paraná do Futuro - Visões e Propostas das Escolas Particulares”, elaborado pela FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) e SINEPEs de todo o país.

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Organizado em onze eixos que incorporam as propostas do setor, o documento apresenta ideias gerais que direcionam propostas para a educação brasileira. Questões críticas associadas à construção de um ambiente de negócios fértil para o desenvolvimento das empresas, associações e fundações

(especialmente as instituições de ensino particulares) são contempladas. Sobre a temática da Educação, em si, novos modelos e abordagens de parcerias público privadas precisam ser pensados para o país dar o salto qualitativo de eficiência e eficácia, necessário para a construção de seu futuro. O SINEPE/PR recebeu os seguintes candidatos: Candidatos a Deputado Estadual - Tico Kuzma - Sabino Picolo - Luiz Claudio Romanelli - Prof. Marcelo Guilherme - Michele Caputo Neto - Prof. Euler Candidatos a Deputado Federal - Evandro Roman - Luiz Carlos Hauly

- Prof. Jester Furtado - Luciano Ducci Candidatos ao Senado - Prof. Oriovisto Guimarães - Alex Canziani - Flávio Arns - Beto Richa - Luiz Adão Marques Candidatos ao Governo - Ratinho Junior - Cida Borghetti - Jorge Bernardi - João Arruda Os encontros foram transmitidos ao vivo pela página do Facebook do SINEPE/PR para todas as regionais do Estado e ficam disponíveis no canal do Youtube: youtube.com/channel/ UCJKEr706JmUzwnV773qZceA

Ademar Pereira Batista, Cida Borghetti, Esther Cristina Pereira, Alex Canziani e Luiz Claudio Romanelli


Sinepe/PR realiza Mostras de Reciclagem de Resíduos Sólidos em Curitiba e Foz do Iguaçu O Sinepe/PR sabe que o Isopor® é uma matéria-prima nobre para ser jogada no lixo. Ele pode ser reciclado, mas poucas pessoas têm conhecimento disso. Com o objetivo de disseminar o conceito de sustentabilidade, com ênfase na reciclagem do Poliestireno Expandido – EPS, mais conhecido como Isopor®, entre os alunos das instituições particulares de ensino, o Sinepe/PR promoveu mais uma edição da Mostra de Reciclagem de Resíduos Sólidos nas cidades de Curitiba e Foz do Iguaçu. Participaram alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental das escolas associadas, que também apresentaram seus trabalhos nas Mostras realizadas nas duas cidades durante a Semana do Meio Ambiente, no mês de junho.

Instituições de ensino participantes 25

Curitiba: Centro Educacional Evangélico; Colégio Acesso (sede Fazenda Rio Grande); Colégio Energia Ativa; Colégio OPET; Colégio Saint Germain; Escola Amplação; Escola Atuação (sede Santa Quitéria e Boqueirão); Escola Bambinata; Escola Interativa e Escola Especializada Primavera Foz do Iguaçu: COC Semeador; Colégio Betta; Colégio Bom Pastor; Centro Educacional Caesp; Colégio Iguaçu; Escola Interativa; Colégio Expressão e Colégio Anglo Americano

Sinepe/PR entrega “Selo Escola Legal 2018” em Guarapuava Para orientar os pais na busca de instituições de ensino regularizadas perante os órgãos oficiais, o Sinepe/PR lançou o Selo Escola Legal 2018, que evidencia quais escolas particulares do Estado estão em situação regular com as Secretarias de Educação Estadual e/ou Municipal, com CNPJ, alvará e resolução de funcionamento. O Selo foi entregue na Regional Central, em Guarapuava no dia 15 de agosto, em solenidade no Teatro Municipal. “Uma escola só pode funcionar legalmente quando recebe um documento da Secretaria de Estado da Educação ou da Secretaria Municipal de Educação que credencia e autoriza seu funcionamento e reconhece os seus cursos. É a Resolução de Autorização de Funcionamento, de Credenciamento e de Reconhecimento de Curso que só têm validade depois de publicada no Diário Oficial”, explica a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, enfatizando que essa resolução deve estar em local visível da escola para que todos os pais e mães tomem conhecimento. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

O “Selo Escola Legal” da Edição 2018 é na cor cinza. A campanha lançada pelo Sinepe/PR está em sua 9ª edição.


as.so.ci.a.das adj

universo

das associadas Rede Adventista amplia atividades em Curitiba A Rede Adventista de Educação inaugurou em agosto uma expressiva obra de ampliação de um dos maiores colégios da Rede em Curitiba, que fica localizado no bairro Portão, mais conhecido como CAP. O projeto entregue consiste em um terceiro prédio moderno e amplo, para atender a demanda dos alunos e colaboradores que estudam na unidade. Segundo a direção da escola, as novas salas vão possibilitar a ampliação no atendimento de alunos, professores, colaboradores e familiares. Espaços anteriores, foram replanejados e transformados em novas salas de aulas. Um novo playground coberto será entregue em associação com a horta e espaços internos. Também faz parte da obra a entrega de um espaço de pátio coberto, cerca de três vezes maior que o original, bem como a ampliação do estacionamento e uma nova biblioteca. “Observamos que a demanda pelo colégio vem aumentando ano a ano. Nos adiantamos na entrega desta obra que vai possibilitar a ampliação da oferta de vagas”, diz Jeferson Elias de Souza, gestor da Rede Adventista de Educação. Crédito foto: Luciano Damas

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9ª Mostra Sion do Conhecimento Científico As importantes questões das influências culturais e étnicas, em especial em uma nação tão plural como o Brasil, estão sob o foco da 9ª Mostra Sion do Conhecimento Científico, que acontece em setembro no Colégio Sion Curitiba. “A mostra de 2018 será inspirada na Década Internacional de Afrodescendentes, de 2015 a 2024, proclamada pela resolução 68/237 da Organização das Nações Unidas”, assinala a educadora Martha Becker Morales, professora de História para o Ensino Fundamental 2 e para o Ensino Médio do Sion Batel. “O tema será tratado por alunos de todas as idades”, destaca. Ela conta que toda a comunidade escolar se envolve com a apresentação e a preparação dos resultados expostos na mostra – inclusive pais e convidados externos, que podem contribuir com as pesquisas conduzidas pelos alunos, iniciadas em junho.

Universidade Positivo expande Educação a Distância A Educação a Distância é a modalidade de ensino que mais cresce no Brasil. Segundo o último Censo da Educação Superior de 2016 (INEP), enquanto a modalidade presencial teve queda anual de 0,08% nas matrículas, o ensino a distância teve expansão de 7,2%. Seguindo essa tendência, a Universidade Positivo (UP) abriu, em 2018, sete novos polos em cinco estados, além do Distrito Federal. Atualmente, a UP conta com 36 polos espalhados pelo país e está presente em 8 estados - Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, além do Distrito Federal. “A Universidade Positivo tem no seu DNA a inovação acadêmica e pretendemos levar a excelência do ensino UP para um número muito maior de alunos”, afirma Carlos Longo, Pró-Reitor Acadêmico e diretor de Relações Nacionais da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Mais informações: www.up.edu.br


confira as novidades das instituições de ensino associadas ao sinepe/pr

Colégio Opet incentiva voluntariado O Cólegio Opet possui forte atuação social, com incentivo para que os alunos participem dos programas de voluntariado e campanhas sociais. Uma das ações mais duradouras da instituição acontece em parceria com o Hospital Pequeno Príncipe por meio do projeto “Jovem Abraça Criança”, do qual a instituição já participa há mais de 10 anos e pelo qual mais de 130 adolescentes já participaram. Uma vez por mês, 13 alunos de 1º e 2º anos do ensino médio participam de maneira voluntária durante uma tarde com atividades lúdicas para as crianças à espera de consulta no hospital e podem vivenciar a rotina de um voluntário da instituição.

Miniempresa solidária de estudantes “Aquece” o frio curitibano As baixas temperaturas são o maior desafio para quem vive nas ruas geladas de Curitiba. Com uma proposta inovadora e social, alunos do Colégio Marista Paranaense criaram a miniempresa “Aquece”, que produz e cria um cobertor impermeável e com manta térmica para doar aos moradores de rua, a partir de doações de empresas e pessoas. No dia 13 agosto, foi feita uma entrega de cobertores nas ruas de Curitiba, em parceria com a FAS – Fundação de Ação Social. A proposta dos alunos nasceu com o viés solidário de produção de cobertores, que têm manta térmica, exclusivamente pensados para doação a moradores de rua, os que mais sofrem com o inverno na cidade. Os estudantes cursam a 2a série do Ensino Médio e foram instigados a selecionar um produto, pesquisar, realizar estudos de viabilidade do negócio e capitalizar a empresa através da venda. A venda acontece virtualmente e o doador compra a peça que será destinada aos moradores de rua de Curitiba. Pensando na segurança das pessoas que aderem à proposta de doação, os alunos desenvolveram um sistema de rastreamento on-line que permite saber o status do produto.

SAGRADO – Rede de Educação lança Projeto Bilíngue Ampliando a proposta educacional a partir de 2019, o SAGRADO – Rede de Educação lança o Projeto Bilíngue em parceria com a University of Dayton Publishing. É a primeira instituição da Rede de Ensino a realizar um projeto em parceria com uma universidade americana para construir um mundo sem fronteiras. No ensino bilíngue, o processo de ensino e aprendizagem de um currículo acadêmico acontece em duas línguas. Assim, a segunda língua não é ensinada como uma língua estrangeira e sim como uma língua parceira. O foco principal está em agregar não somente o conhecimento linguístico, mas a cultura do outro através do contato com os conteúdos escolares em ambas as línguas. Saiba mais: www.redesagradosul.com.br SUA INSTITUIÇÃO É ASSOCIADA AO SINEPE/PR? ENTÃO, ENVIE AS NOVIDADES QUE ESTÃO ACONTECENDO NA SUA ESCOLA COM FOTO

A REVISTA DAS ESCOLASPARA PARTICULARES DO PARANÁ JESSICA@IEMECOMUNICACAO.COM.BR QUE PUBLICAREMOS NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA.

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ar.ti.go s.m

T / Esther Cristina Pereira – Pedagoga e presidente do Sinepe/PR

Vamos banir o uso do celular

nas escolas?

H

oje nos deparamos com diversas situações relacionadas ao uso inconsciente (e até mesmo inconsequente) da tecnologia, principalmente do celular. Saber o limite saudável de usá-lo tem a ver com as nossas atitudes diárias. Sem limites estabelecidos vemos os reflexos negativos cada vez maiores, principalmente nas crianças e nos adolescentes.

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No fim de julho, o parlamento da França aprovou definitivamente a lei que proíbe o uso de celular nas salas de aula a partir do início do próximo ano letivo. Ao entrar na escola, os estudantes franceses terão de desligar seus dispositivos móveis nas escolas primárias e secundárias, que acolhem crianças

de até 15 anos. Tomando a atitude da França como exemplo, é válido analisar o uso que temos feito do celular aqui no Brasil. Ele virou item de primeira necessidade e tem se tornado algo quase insubstituível. Dentro das nossas escolas, vemos cada vez mais as relações humanas sendo substituídas pelo excesso de celular. Alguns podem achar que a atitude tomada na França é extrema, mas também precisamos questionar o que está havendo com nossos alunos e o que levou o governo deles a tomar tal decisão. Como educadores somos responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem

e somos cobrados por bons resultados. Vejo que o uso do celular tem tirado o foco dos estudantes no que realmente é importante. Nossos horários de lanche/recreio que deveriam ser para a socialização tem se tornado um processo individualizado para atender o Facebook e Whatsapp. Precisamos reverter este quadro e usar a tecnologia a nosso favor. Que ela seja uma ferramenta de ensino e de aproximação e não de isolamento social como tem acontecido atualmente. Cabe a nós adultos rever a relação que estamos tendo com a tecnologia e evitar que essa relação seja abusiva e chegue dessa forma nos mais novos.


ar.ti.go s.m

T / Ademar Batista Pereira

Reforma tributária

inteligente

O

sistema tributário brasileiro é seguramente o mais complexo e um dos mais desonestos do mundo. Para pagar imposto, as empresas gastam muito mais do que seria razoável, com tantos remendos e controles, o que torna o sistema um dos mais juridicamente inseguros do mundo. Há muito tempo se fala da necessidade da reforma tributária que, sendo bem implementada, trará reflexos para todas as atividades econômicas e desdobramentos para o próprio Estado. Todos sabemos que o sistema atual precisa de mudanças urgentes que o simplifique, reduza a informalidade, distribua melhor a carga, reduza a litigiosidade e gere outros ganhos. A proposta que se encontra no Congresso transforma nosso sistema tributário. Para que se torne a grande transformação do setor produtivo, precisamos enfrentar o desafio da desoneração dos salários, e dos setores que desoneram o estado, como a Educação Particular. Para desonerar a folha de pagamento e financiar a previdência, propomos três alternativas:

• Criação de um imposto sobre movimentação financeira ou tributação dos lucros e/ou do faturamento das empresas; • Extinção dos tributos para o Sistema S e acessórios; • Desoneração dos salários, a fim de gerar mais empregos formais, melhores salários e mais qualidade de vida para a sociedade.

Educação particular pode desonerar o Estado A reforma tributária pode ser um poderoso instrumento para a melhoria da qualidade da Educação no país. Este é o tema mais relevante para a construção do nosso futuro e merece uma abordagem diferente, priorizando a Educação Particular que, de fato, tem padrões superiores de qualidade. Os gastos com Educação Pública cresceram 130% entre 2004 e 2014, e continuam aumentando. Mas isso não se reflete em melhorias relevantes na qualidade, conforme apontam indicadores oficiais e de diversas instituições. No estado do Paraná, por exemplo, o custo anual de um aluno no ensino básico ultrapassa R$ 7.500 em escolas públicas,

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

enquanto no nível superior atinge R$ 36.000. Segundo o Banco Mundial (2017), “a ineficiência do gasto em educação básica no Brasil é elevada e vêm aumentando”. Do outro lado, a capacidade fiscal do Estado se esgotou, assim como da própria sociedade de suportar tamanho peso e improdutividade. Diante do cenário atual, se queremos mudar para melhor, é preciso estimular os investimentos na Educação Particular. São instituições de ensino mais eficientes, inovadoras, que trabalham com menores custos (ainda que sobrecarregadas de impostos) e têm maior qualidade. Um dos maiores sonhos das classes menos favorecidas é a possibilidade de ver seus filhos estudando em escolas particulares. Os nove milhões de alunos da Educação Básica e os seis milhões da Educação Superior desoneram o Estado brasileiro. Em ordem de grandeza, se considerarmos um investimento do setor público no Paraná como referência para uma média nacional, a economia proporcionada pela educação particular seria na casa de R$ 283 bilhões. Acreditem, todos os brasileiros podem estudar em uma escola particular, basta os governantes deixarem fazer quem faz melhor. Ademar Batista Pereira Presidente da FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares)

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as.so.ci.a.das adj

Novidades

novas Associadas

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Conheça as novas instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR nos meses de junho e julho de 2018:

unidade de ensino

cidade

Creche Estação Kids

Pato Branco

Centro de Educação Infantil Eureca

Curitiba

Centro de Educação Infantil Pingo de Gente

Guarapuava

Centro de Educação Infantil Semeando o Futuro

São José dos Pinhais

Complexo de Ensino Superior do Brasil (UNIBRASIL)

Curitiba

Aula em Foco

Curitiba

Kids Fun

Curitiba

Bongiolo e Piloni Serviços Educacionais

Medianeira

CEI Bambini

Guarapuava

Colégio Dom Bosco

Fazenda Rio Grande

Fateb - Faculdade de Telêmaco Borba

Telêmaco Borba

Saiba como ser um associado e conheça todas as vantagens oferecidas pelo Sinepe/PR | www.sinepepr.org.br | (41) 3078-6933




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