número 33 | ano 09
a revista das escolas particulares do paraná
BNCC e as novas diretrizes da educação infantil e fundamental Escolas tem até 2020 para adotar as novas referências curriculares
Ética e felicidade o filósofo Clóvis de Barros Filho explica que a ética é o caminho para quem busca a felicidade
jan/fev/mar 2018
Publicação Sinepe/PR
ín.di.ce sm
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Carreira
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Aniversário
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Perguntamos aos educadores qual a história mais marcante da sua carreira
Cinquentenário do Colégio Mater Dei, de Pato Branco
Ética X Felicidade
Em entrevista o filósofo Clóvis de Barros Filho fala que ética é a própria busca da felicidade
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BNCC
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Colecionador de prêmios e sonhos
Entenda o que muda com a nova Base Nacional Comum Curricular
Conheça Wemerson Silva Nogueira, um dos professores mais jovens e premiados do Brasil
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Inclusão
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Representatividade
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Universo das associadas
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Lista das associadas
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agenda
A psicóloga e palestrante Jane Haddad conta como as instituições estão evoluindo com os alunos de inclusão
O presidente Ademar Batista Pereira fala dos desafios da sua gestão à frente da Fenep
Confira as novidades das instituições de ensino associadas
Conheça quem são as instituições associadas ao Sinepe/PR
Cursos e palestras do Sinepe/PR para o primeiro semestre
e.di.to.ri.al adj m+f
ex.pe.di.en.te adj m+f
Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr
Com a Lei da Inclusão em vigor há mais de um ano, trazemos nesta edição da revista Escada algumas atualizações sobre o tema. Neste início de ano letivo, a psicóloga Jane Patrícia Haddad esteve em dois encontros à convite do Sinepe/PR, em Curitiba, com os nossos educadores para uma conversa aberta sobre casos de inclusão, e principalmente de autismo. Aprendemos que incluir vai muito além de criar vagas: é aceitar aquele que é diferente de nós. Outro tema de destaque é abordado pelo filósofo Clóvis de Barros Filho, que explica que não há felicidade sem ética. Ele conta como a educação está diretamente ligada a conquista de uma sociedade mais feliz. Assim, apenas confirmamos que a nossa responsabilidade como educadores é cada vez maior.
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Trazemos também a história inspiradora do professor Wemerson Silva Nogueira, que saiu do campo para se tornar um dos educadores mais jovens e premiados do Brasil. Aos 27 anos, Nogueira esteve entre os dez finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Prêmio Nobel da Educação. Na matéria de capa, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que até 2020 deve ser implementada na educação infantil e fundamental. Por meio da nossa assessoria pedagógica estamos acompanhando ativamente o assunto e prestando os devidos esclarecimentos para as nossas associadas. Por último, mas não menos importante, apresentamos quem são as nossas instituições associadas reforçando a importância do trabalho do Sinepe/PR em um momento de tantas mudanças no que se refere a arrecadação do imposto sindical.
Boa leitura. Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR
Conselho Diretor Biênio 2016 /2018 Diretoria Executiva Presidente
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2º Vice-Presidente
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Diretor Econômico/Financeiro
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Diretor de Ensino da Educação Infantil
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Diretor de Ensino dos Cursos Livres
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Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares
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Conselheiros 1º Conselheiro
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3º Conselheiro
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4º Conselheiro
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5º Conselheiro
Jorge Apóstolos Siarcos
6º Conselheiro
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12º Conselheiro
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13º Conselheiro
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14º Conselheiro
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A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação
Esther Cristina Pereira
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Optagraf – Editora e Gráfica Correios
car.rei.ra
subst.
Qual história mais marcou
sua carreira de educador até hoje?
“
Minha trajetória profissional sempre aconteceu numa única unidade escolar, no Colégio São José das irmãs da Divina Providência, em Rio Negro – PR, onde estou há 39 anos. Comecei como aluna e, assim que me formei, voltei como professora, passando pela assessoria pedagógica, e hoje sou gestora da Unidade. Desde pequena, já brincava com minhas bonecas de escolinha e essa vontade de dividir conhecimento só aumentou, deixando claro qual
“
Atuo como educadora desde 2005. Gosto de pensar que essa profissão me escolheu. Sou professora do Colégio Sion desde abril de 2009. Comecei minha trajetória com os estudos de Design Gráfico e Letras, e não pensava em ser professora. Rapidamente, deixei o Design e, em 2005, tive a oportunidade de trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos e me apaixonei pela profissão. Alguns anos depois, ao ingressar no Mestrado, fiquei sabendo de uma vaga no Sion. Ali começava a experiência mais gratificante da minha vida. Nesses quase dez anos, tive a oportunidade de conviver com pessoas extraordinárias. Se tivesse de definir qual é, para mim, o diferencial dessa escola, teria de dar uma resposta complexa. Não está só no método, nem simplesmente na equipe pedagógica (que sempre confiou em mim e
“
Desde muito jovem pensava em ser educadora de crianças. Porém, nem sempre tive as melhores referências de educadores durante meus estudos, mas em meu pensamento cultivava o desejo de ser diferente de tudo aquilo que eu vivenciava. Foi então que, no último ano do Magistério, tive a certeza de que era exatamente o que eu queria fazer. Na verdade, não fui eu que escolhi esta “profissão”, mas Deus que me escolheu para esta missão. Durante muitos anos fui alfabetizadora. Muitas vezes pegava naquelas mãozinhas pequeninas para ajudá-los a traçar letras, palavras e muitas vezes era sua escriba. Era difícil para eles! Mas o carinho e o amor superava tudo. De repente como num passe de mágica os “pequenos” começavam a ler e escrever. Que fascinante! Era um sonho realizado para mim,
seria a profissão que abraçaria com determinação e muito amor. Acredito que, quando fazemos aquilo de que gostamos, produzimos as nossas ações de forma espontânea e verdadeira, agregando valores nos diferentes contatos e proporcionando a boa convivência entre as pessoas.” Zeliane Trisotto Gestora do Bom Jesus São José, em Rio Negro
me deu apoio), nem, ainda, no grupo de professores (profissionais realmente especiais, amigos que têm toda a minha admiração). Juntos, esses aspectos possibilitaram que se construísse uma visão de educação que eu procuro defender e passar adiante em todas as outras oportunidades profissionais que tive: a ideia de que o conhecimento é construído junto com o aluno, a partir de suas necessidades como indivíduo inserido em uma turma, e que essa troca não é, somente, um caminho para formar aquele cidadão, mas transforma substancialmente a maneira como eu trabalho. Maria Luísa Carneiro Fumaner Professora de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Sion Curitiba
pois alfabetizar era e sempre foi a minha paixão. Mais tarde senti necessidade de conhecer outros níveis de escolaridade. Nesses conheci novas realidades e muitas diferenças, mas encantador da mesma forma. A cada início de ano, olhares cheios de expectativas, perplexos, desconfiados e inseguros com uma nova etapa pela frente. Porém, com o passar do tempo suas conquistas, vitórias, autonomia, poder de argumentação, formação de opinião, entre outros, me trazem realização e o sentimento de que não poderia ter sido diferente. Marli Inês Franceschetti Colégio Imaculada Conceição Unidade Educacional do SAGRADO Rede de Educação, em Curitiba
Educador, conte para nós qual foi a história que mais marcou a sua carreira. Envie seu depoimento com foto para jessica@iemecomunicacao.com.br e confira na próxima publicação.
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CRITÉRIO PESSOA FÍSICA: formulário completo. IR a pagar:
IR a restituir:
o valor doado será subtraído da quantia a pagar.
o valor doado será somado à sua restituição.
Até
ril 30 de a0b18 de 2
1. DOAÇÃO Após informar as possíveis doações realizadas em 2017 e terminar o preenchimento da sua declaração, selecione “Resumo da Declaração” e escolha a opção “Doação diretamente na declaração – ECA”. Clique em “Novo”, escolha o “Fundo Estadual do Paraná” e digite o valor calculado pelo programa da Receita Federal.
2. IMPRESSÃO Entre na opção “Imprimir” e selecione o “DARF – Doações diretamente na declaração – ECA”.
3. PAGAMENTO Efetue o pagamento do DARF até 30 de abril de 2018.
4. E-MAIL DE CONFIRMAÇÃ0 Para direcionar sua doação ao Hospital Pequeno Príncipe, envie um e-mail para doepequenoprincipe@hpp.org.br, com cópia para paulopadilha@seds.pr.gov.br, contendo as seguintes informações: • Comprovante de pagamento do DARF de doação; • Seus dados pessoais: nome completo, CPF, endereço e telefone; e • A frase: “Doação direcionada ao Hospital Pequeno Príncipe.” OBS.: o envio deste e-mail é fundamental para que o seu recurso seja repassado do Fundo para o Hospital Pequeno Príncipe.
INFORMAÇÕES:
41 2108-3886
41 99962-4461
doepequenoprincipe.org.br
NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR O COMPROVANT E!
his.tó.ria s.f
T / Marília Bobato F / Lucas Piaceski
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Colégio Mater Dei comemora cinquentenário Instituição de ensino de Pato Branco faz 50 anos já planejando os próximos 50
Em 2018 comemora-se o cinquentenário do Colégio Mater Dei, localizado em Pato Branco (PR), sob a direção da Professora Ivone Maria Pretto Guerra que adquiriu a instituição três anos após a sua inauguração. No ano 2000, dando continuidade ao sonho de educar ela fundou a Faculdade Mater Dei, seguindo os fundamentos educacionais que nortearam e continuam norteando a existência do Colégio. Confira a entrevista que a Revista Escada realizou com a diretora Ivone sobre esta data especial.Revista
Escada - Quantos alunos já passaram pelo Colégio nestes 50 anos? IG - Quantificar o número de alunos que fizeram a caminhada escolar da infância e adolescência no Colégio Mater Dei está na casa dos milhares, pois o colégio atende alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. O importante a se destacar é que para estes tantos alunos que fizeram e fazem parte da instituição, considerada por nós como uma grande família, existe o orgulho de ser Mater Dei, tanto é que hoje, filhos e netos de gerações anteriores estão conosco, dando continuidade a esta obra educacional que está em permanente estado de construção e aprimoramento.
RE - Quais as principais mudanças que o Colégio Mater Dei presenciou na educação privada ao longo destes anos? IG - A passagem do tempo está atrelada ao conhecimento, às experiências adquiridas, novas expectativas. Muitas foram as mudanças constatadas no cenário social, político, econômico e todas elas marcaram a questão educacional, trazendo reflexos positivos e outros, nem tanto. Em cinquenta anos saímos da ditadura que omitia a informação e avançamos rumo à tecnologia, onde a informação é o pivô central e isso transformou a escola, o professor, a família, o aluno. No entanto, o grande desafio permanece: mostrar para os alunos, dentro da sala de aula, como será estar fora dela porque a educação de qualidade é um projeto para o futuro, para o desconhecido, para um mundo que não imaginamos agora.
RE - Houve crescimento no número de alunos, mesmo com a turbulência econômica que o país está passando. A que vocês creditam este crescimento? IG - Planejamento, trabalho, organização, dedicação. O crescimento no número de alunos vem de um esforço conjunto entre a escola e a família. Os pais passaram a reconhecer que uma boa base educacional possui papel essencial no futuro de seus filhos e a escola particular precisou planejar e flexibilizar condições para que isso acontecesse. Para enfrentar a turbulência econômica, fazendo a captação de matrículas e a retenção de alunos, planejamento, trabalho, organização e dedicação são as palavras-chave. Ter controle da todos os setores da instituição é indispensável para que ações sejam efetivadas, minimizando as dificuldades que poderão se tornar problema, de modo que a escola esteja sempre um passo à frente das crises, em qualquer setor. RE - Como serão as comemorações do cinquentenário e o que podemos esperar da instituição para os próximos anos? IG - O ano do Jubileu de Ouro será de festa no Colégio Mater Dei. A programação priorizará alunos, familiares, egressos e a comunidade. Atividades culturais, recreativas, esportivas, de responsabilidade social. Vamos fazer valer a nossa marca, celebrando este momento tão importante com o que de melhor sabemos fazer: educação de qualidade. Completar cinquenta anos é projetar os próximos cinquenta, alicerçados nos mesmos valores, sem deixar de lembrar e agradecer a todos aqueles que ajudaram a construir esta história, a prova de que “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
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en.tre.vis.ta s.f
T / Marília Bobato F / Divulgação / Assessoria Clóvis de Barros Filho
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Não há felicidade
sem ética
O filósofo e palestrante Clóvis de Barros Filho fala que ética é a própria busca da felicidade. Para ele, a educação é o caminho para a nossa sociedade ´virar´ ética
Quem não quer ser feliz? Para conquistar a felicidade um passo importante é buscar ser ético. E, de acordo com o filósofo Clóvis de Barros Filho, esta palavra vai muito além de ‘fazer a coisa certa’. Para ele, ética é descobrir, individual e coletivamente, a melhor forma de viver e de conviver. Assim, não há felicidade sem ética. Barros Filho deixou a sala de aula após 30 anos de docência para se dedicar a carreira de palestrante. O filósofo tem mais de 15 livros publicados que falam sobre ética e felicidade, entre eles o best-seller “A vida que vale a pena ser vivida”. Ele será um dos palestrantes de destaque do Geduc 2018, que acontece em São Paulo, de 21 a 23 de março. Em conversa com a Revista Escada, contou um pouco sobre a sua carreira, e como a educação está diretamente ligada a conquista de uma sociedade mais feliz.
Revista Escada – O que mais te encantou na carreira como professor? Como foi deixar a sala de aula para se tornar palestrante? Clóvis de Barros Filho - Como eu sempre digo, lecionar é um ato de amor. Isto porque no momento da aula, o professor dá tudo de si em nome da alegria do aluno, de seu engrandecimento, de sua descoberta de um mundo que ele nem sequer tinha cogitado, ou que já tinha experienciado, mas com espaço para saber mais e melhor. A carreira de palestrante é parecida, com a única diferença de também prover um sustento para a minha família. Neste sentido, a carreira docente no Brasil envolve um amor puro, daqueles que literalmente não recebe nada em troca. Mas, brincadeiras à parte, eu saí da sala de aula depois de 30 anos, com a sensação de missão cumprida mesmo, pelo que só tenho a agradecer meus alunos e alunas que participaram de minhas aulas e seguiram suas carreiras, buscando sempre a felicidade. RE - Você foi um bom aluno? Teve algum professor que te inspirou a escolher essa carreira? CF - São tantos que fica até chato não mencioná-los todos. Eu era um nerdão clássico, de óculos garrafais e tudo. Eu tenho particular carinho por dois: o grande Melhem Adas, responsável pelos livros didáticos que marcaram minha trajetória escolar, sobretudo porque tive o prazer de conhecê-lo pelas andanças da vida e constatar que se trata de pessoa extremamente gentil e amável. Faço esta menção honrosa também a Fernando Teixeira, que imortalizou-se em minhas lembranças depois de lecionar no curso pré-vestibular Objetivo.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
...uma sociedade altruísta tem mais potência de felicidade que uma sociedade egoísta.”
RE - Alguns de seus livros trazem a tona o tema felicidade. Hoje a sociedade parece estar mais isolada e individualista que antigamente. Esse comportamento a torna mais infeliz? CF - A busca da felicidade é um tema muito curioso. Em última instância, é extremamente pessoal - daí o engodo de todas as fórmulas de sucesso e felicidade. Por outro lado, a conquista das experiências e habilidades que nos apontarão para a felicidade são muito mais difíceis de acontecer em isolamento. Então se por um lado, felicidade é coisa de cada um, chegar até ela de maneira egoísta e desconsiderada representa um entrave. Porque se, como diz Aristóteles, somos animais políticos, logo sociais, o egocentrismo tende a prejudicar o outro, dificultando a sua felicidade. Se for tomado como regra, dificulta-se como regra a felicidade de todos. Em outras palavras, uma sociedade altruísta tem mais potência de felicidade que uma sociedade egoísta.
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RE - Sua formação como filósofo também traz a tona o tema “ética”. Operações como a Lava Jato estão fazendo com que o brasileiro busque ser mais ético em suas relações ou ainda estamos distantes disso?
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“Uma sociedade ‘vira’ ética a partir da educação e do livre pensamento.”
RE - No campo profissional também é importante buscar a felicidade? Essas dicas como ¨10 passos para ser feliz¨ ajudam ou trata-se de uma busca muito mais ampla? CF - Todos os campos em que vivemos fazem parte de uma vida que é única. Nesse sentido, é um tremendo desperdício não buscar a felicidade a todo momento. Fato é que felicidade depende de alguns fatores, entre eles, liberdade e conhecimento de si. O ritmo frenético e a experiência enclausurante de muitas formas de trabalho são empecilhos estruturais a estas duas premissas da felicidade. Assim como as lições para sermos felizes. Redutoras de possibilidades, pasteurizadoras de vidas, podem até servir para aliviar as dores mais agudas, mas enquanto experiência genuína de felicidade, não passarão nunca de uma espécie de pudim de gelatina, daqueles que vão direto para a geladeira, ou de uma cerveja de milho, coisas que até dão aquela enganada, mas que são incapazes de sequer chegar perto da felicidade genuína.
CF - Veja, enquanto a perspectiva de punição tenha um efeito didático no sentido de inibir o comportamento por medo, este tipo de relação escapa ao campo da moral. Se nós fazemos algo por puro medo de sermos repreendidos, não há aí ética. Há puro medo. Claro que este tipo de dissuasão é muito útil socialmente, mas ética é aquilo que queremos e fazemos a partir de valores que compartilhamos. “Medo de ser preso” não é um valor. Logo, está fora do campo da moral. Entretanto, o fato de hoje discutirmos diariamente sobre ‘o que é certo’ é sim bastante positivo e, ainda que haja bastante discordância sobre afinal o que é a coisa certa, isso é mais do que natural em toda discussão moral. Mas disso tudo o que mais importante sem dúvida será a inclusão de reflexão moral no sistema educacional. Uma sociedade não ‘vira’ ética a partir da palmatória, ou da martelada do juiz. Ela ‘vira’ ética a partir da educação e do livre pensamento. RE - Parece que queremos ser felizes, mas não necessariamente agir com ética. Uma atitude está diretamente ligada a outra? CF Seria muito chocante dizer que não existe felicidade sem ética? Ética é a própria busca da felicidade. Esta palavra vai muito além de ‘fazer a coisa certa’. Ética é descobrir, individual e coletivamente, a melhor forma de viver e de conviver. Assim, não há felicidade sem ética. O que há são pessoas que acreditam que a melhor forma de viver é enganando e agindo canalhamente. Tratar-se-á de uma ética canalha. Danosa ao próximo, relativamente benéfica a si mesmo. Tudo isso para dizer que não existe alternativa sem ética. Se temos que pensar e descobrir a melhor forma de viver, estamos no campo da moral, decidindo uma ética em meio a outras. Que nossas éticas sejam saudáveis à convivência e que não interfiram na felicidade alheia.
Sinepe/PR convida as Instituições de Ensino para visitar as Mostras da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos com ênfase no Isopor®.
02/06/ 2018 • 4º EDIÇÃO EM PONTA GROSSA Local: Shopping Palladium 09/06/2018 • 9º EDIÇÃO EM CURITIBA Local: Shopping Palladium 16/06/2018 • 2º EDIÇÃO EM FOZ DO IGUAÇU Local: Shopping Catuaí Palladium
Mais informações:
(41) 3078-6933
en.tre.vis.ta s.f
T / Aline Anile F / Banco de Imagem
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BNCC e as novas diretrizes da Educação
INfantil e Fundamental
Escolas públicas e particulares têm até o início de 2020 para adotar as novas referências curriculares, que determinam objetivos de aprendizagem em cada etapa escolar
Um documento inédito, que estabelece parâmetros de aprendizagem para cada etapa da Educação Infantil e do 1º ao 9° ano do Ensino Fundamental. Aprovada em dezembro de 2017, após três anos de discussões, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) segue um modelo adotado por vários países, como Austrália, Canadá e Estados Unidos, e visa estabelecer quais habilidades e competências o aluno precisa dominar ao final de cada ano letivo. “É a primeira vez que se tem um documento como este, que representa um enfrentamento contra as desigualdades da aprendizagem. Um estudante do 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, deverá apropriar-se dos mesmos objetos de conhecimento e desenvolver as mesmas habilidades de cada componente curricular em qualquer escola do país. São as aprendizagens essenciais que todo aluno deve ter ano a ano”, explica Fátima Chueire Hollanda, assessora pedagógica do Sinepe/PR.
Importante para melhorar a qualidade de ensino no país, a BNCC começa a ser implantada nas escolas públicas e particulares já neste ano - em 2019, o Ministério da Educação (MEC) inicia a avaliação dos alunos pelas diretrizes estabelecidas pela Base. Porém, o prazo final para que toda a rede pública e privada adapte seus currículos às novas orientações expira em 2020. “O debate sobre a BNCC iniciou-se em 2015. Logo, essa discussão já deveria estar ocupando as agendas pedagógicas nas escolas. Algumas instituições já estão bastante avançadas nesse estudo, outras estão no início. Infelizmente, o que observamos é que o dia-a-dia da rotina escolar acaba abafando debates importantes, como esse”, revela Fátima. Além de adaptar seus currículos em diversas áreas, como Matemática, Português e Geografia, ainda é preciso investir na formação dos professores.
As principais mudanças Alfabetização Plano de aula A docência, inclusive, foi um dos pontos mais discutidos durante a aprovação do documento. Críticos apontavam que a BNCC tiraria a liberdade do professor em sala de aula. Conforme a assessora pedagógica do Sinepe/PR, todo docente precisa ter um plano de aula e um programa a ser seguido. Mas como fazer isso, a maneira de ensinar e as metodologias são próprias de cada profissional. “Nenhum professor ‘inventa’ em sala de aula. Existem legislação e diretrizes que todos devem seguir. Mas, com a Base, todos poderão aferir se as habilidades de seus alunos estão sendo desenvolvidas ou não, além de quais serão as estratégias adequadas para se atingir os objetivos, habilidades ou competências”, afirma Fátima. A autonomia dos sistemas e das escolas também está garantida na organização de seus currículos. “A BNCC indica os conhecimentos essenciais e cada escola poderá complementar atendendo sua característica regional”. Os maiores desafios para a implantação da BNCC dizem respeito à formação docente e aos métodos avaliativos. Os cursos de graduação e de Pedagogia precisam ser urgentemente reestruturados. “Esse é o primeiro passo. A nova exigência para a Educação Infantil demanda uma nova diretriz para o curso de Pedagogia. A formação de professores é urgente e necessária para que a BNCC aconteça. Caso contrário, estamos fadados ao fracasso”, explica a assessora pedagógica do
Sinepe/PR. As instituições de ensino devem adequar seus currículos e projetos político-pedagógicos para que fique claro ao professor o que ele precisa ensinar. Depois, é preciso estabelecer de que maneira serão monitoradas as habilidades a serem desenvolvidas em cada componente curricular ou área do conhecimento. “O acompanhamento do que foi apropriado pelo estudante deve ser palpável. Para que o aluno tenha desenvoltura em articular os conhecimentos aprendidos nas mais diferentes situações em sua vida cotidiana, o professor tem que atuar como gestor da aprendizagem. Daí o desafio, tanto para a escola quanto para os docentes”.
Ensino Médio fragmentado A BNCC do Ensino Médio, que deveria ser apresenta junto com a da Educação Básica, será concluída até março deste ano - o que especialistas consideram uma falha. “A unidade do documento ficou fragmentada. Existe sempre um gargalo na passagem entre as etapas da Educação Básica: da Educação Infantil para o 1º ano, do 5º para o 6º ano e do 9º ano para o Ensino Médio. Como a intenção é que a BNCC atue como um fio condutor da Educação Infantil até o término do Ensino Médio, essa intencionalidade perdeu-se ao excluir o Ensino Médio na aprovação da BNCC”, diz Fátima.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
Agora, as crianças devem saber ler e escrever aos sete anos, ou seja, até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Anteriormente, o prazo era até o 3º ano.
Ensino Religioso
O Ensino Religioso deve obrigatoriamente ser oferecido nas instituições públicas, ele não é obrigatório nas privadas. O Conselho Nacional de Educação ainda precisa definir se ele será classificado como Área do Conhecimento ou Componente Curricular da área de Ciências Humanas. A matrícula será optativa para alunos do Ensino Fundamental.
Língua estrangeira
Antes, cada instituição de ensino poderia definir qual língua estrangeira seria ofertada para seus alunos. Com a BNCC, a língua inglesa passa a ser o idioma obrigatório.
Competências
As aprendizagens essenciais estão expressas em 10 competências gerais que os alunos precisam desenvolver ao longo da Educação Básica, como “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais” e “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais".
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Ins.pi.ra.ção s.f
T / Marília Bobato F / Acervo pessoal
Colecionador
de prêmios e sonhos Conheça a história do professor Wemerson Silva Nogueira, que saiu do campo para se tornar um dos professores mais jovens e premiados do Brasil Aos 27 anos, o professor Wemerson Silva Nogueira já coleciona algumas premiações de destaque. Em 2017 esteve entre os 10 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Prêmio Nobel da Educação. Ele foi o único brasileiro entre os milhares de candidatos de 179 países.
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Wemerson é formado em ciências biológicas, professor da Escola Estadual Antônio dos Santos Neves, em Boa Esperança (ES), e também dá aulas em uma faculdade particular. Filho de agricultores semianalfabetos, numa família com onze irmãos, Wemerson não gostava de ir para a roça, no interior de Nova Venécia (ES). Como a ordem em casa era que ninguém podia ficar à toa, sua escolha foi estudar. Foi graças a sua dedicação aos estudos que os professores de ciências e história decidiram colocá-lo como aluno monitor durante as aulas para ajudar os colegas que tinham dificuldades. A partir daí, surgiu o interesse em se tornar professor. Para seguir a carreira que sonhou foi preciso voltar ao campo. “Quando completei 18 anos, trabalhei por dois anos na agricultura para levantar dinheiro suficiente para custear as primeiras mensalidades da faculdade de licenciatura, até que consegui um emprego de carteira assinada, me mudei para cidade e depois que me formei, na primeira oportunidade, consegui trazer toda minha família”, conta. Em entrevista a Revista Escada, Wemerson conta um pouco mais sobre a sua história, suas realizações como professor e seus sonhos.
Revista Escada - O que você mais gosta na sua profissão? Wemerson Silva Nogueira - Eu sou apaixonado por crianças e adolescentes que vivem em situação vulnerável, pois me identifico muito com esse perfil. Amo ensinar ciências e mostrar para eles que a educação transforma vidas. Eu diria que fazer tudo ser diferente na profissão de docente é o que me faz ser apaixonado pela sala de aula. RE - Você foi um bom aluno? WN - Apesar de dizer para os meus pais que eu precisava ler e ajudar a professora como aluno monitor, confesso que não era um aluno 100%. Eu gostava de brincar e de fazer palhaçadas. Claro que isso nunca me prejudicou em nada, sempre consegui balancear as brincadeiras com as responsabilidades, mas eu dava um pouquinho de dor de cabeça aos meus professores. RE - Se tivesse ganhado o prêmio de 1 milhão de dólares no Global Teacher Prize como gostaria de ter usado este dinheiro? WN - Eu tinha muitos planos caso tivesse recebido este prêmio. O primeiro deles seria construir um centro científico na minha cidade de Nova Venécia para que todas as escolas públicas e privadas tivessem acesso a um bom laboratório de ciências, química e biologia. Além disso, teria um laboratório de informática com uma excelente internet para melhorar o
acesso a informação na educação. Também gostaria muito de fundar um instituto para financiar projetos sociais em diversas localidades do Brasil, ajudando as escolas públicas a desenvolver seus projetos, recebendo não só apoio pedagógico para realização das ações como também incentivo financeiro. E, gostaria de criar um prêmio de valorização para professores do Brasil. Apesar de não ter ganhado o prêmio de 1 milhão de dólares, cada um dos professores finalista receberam 300 mil dólares pago em dez anos, sendo 30 mil dólares por ano. Com esse dinheiro estou trabalhando no planejamento para fundar o instituto em breve, porém com um plano estratégico diferente devido a limitação do recurso. RE - Você usou o caso do rompimento da barragem da Samarco para ensinar a tabela periódica para seus alunos. Por meio de um acontecimento real conseguiu contextualizar o conteúdo de sala de aula. Essa é a grande sacada que os professores precisam ter para conquistar a atenção dos alunos? WN - Existem diversas formas de criar uma nova metodologia de ensino para as nossos alunos, isso dependerá de cada professor e disciplina, mas uma coisa é certa, se trouxermos fatos da vida real que acontecem no dia a dia da nossa sociedade para dentro da sala de aula, com certeza teremos um novo mundo educacional para explorar. O mais importante em ensinar nossas crianças com ferramentas didáticas diferenciadas é quando
você envolve cidadania, cultura, arte, sustentabilidade, ou seja, ações que permitem com que os alunos saiam do seu espaço formal que é a sala de aula e descubram outros espaços que estão além dos muros da escola. Desenvolver o projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, nos fez aprender muito mais que apenas conteúdo de química e ciências. Esse projeto nos ensinou a sermos mais cidadãos globais, que independente de pertencer a uma nação, estado, tribo, raça ou religião sempre estaremos prontos para ajudar o próximo e a humanidade.
Desejo fazer um mestrado na área de projetos educacionais e, quem sabe, futuramente morar em outro país para contribuir da mesma forma que contribui com o meu país de origem. São tantos sonhos que eu só faço acreditar, pois realiza-los não depende apenas de dinheiro, ou de outra pessoa. Para que eles se tornem realidades só depende da minha força de vontade e dedicação e isso eu tenho com toda certeza. RE - Como costuma ser a reação de outros professores ao assistiram suas palestras e conheceram a sua história de vida?
RE - Quais são suas aspirações profissionais? WN - São tantos sonhos que tenho nessa vida e fico muito feliz de poder desfrutar de cada um deles. Eu nunca imaginei chegar aonde eu cheguei, conquistei o topo mais alto da vida profissional que tenho certeza que nenhuma outra profissão talvez me daria da forma que a educação meu deu e tão rápido. Em menos de quatro anos conquistei os maiores prêmios e reconhecimento no Brasil e para completar, recentemente, entrei para a lista dos melhores professores do mundo segundo a Fundação Varkey com o prêmio Global Teacher Prize, isso fez com que muitas portas se abrissem para mim. Visitei em menos de oito meses mais de 23 países e com isso conheci a realidade educacional desde o Camboja até a Finlândia. Isso me proporcionou muito conhecimento e experiências incríveis que estou louco para colocar em prática em 2018. Tenho desejo de fundar uma escola para atender crianças carentes. Quero que seja uma escola referência, com uma boa infraestrutura.
WN - É muito lindo estar em um palco e falar para esse público maravilhoso que são docentes e discentes. A cada dia que realizo uma palestra, seminário, capacitação é um aprendizado novo. Eu sou um eterno aprendiz, e ser assim é que me fez conquistar tudo isso que a vida me reservou. Tento transmitir meu sentimento verdadeiro de professor realizado. Eu acho que isso contagia a todos, pois eu vejo tantas pessoas chorando enquanto converso com eles, e eu também costumo chorar porque a cada dia que faço uma palestra, recordo tudo de bom que vivi. Portanto, tudo isso que sou e posso me tornar daqui a alguns anos, sempre me reportarei aos verdadeiros protagonistas dessa história que são esses jovens alunos e profissionais da educação idealizadores de sonhos.
Professor premiado Em 2014, Wemerson ganhou o prêmio Sedu Boas Práticas pela inovação em sala de aula. Além disso, seus projetos ambientais lhe renderam o Prêmio Educador Nota 10 em 2016, que é entregue aos 10 melhores professores do Brasil. O projeto vencedor foi o ‘Filtrando as Lágrimas do Rio Doce’, no qual os alunos do 8º ano da EEEFM Antônio dos Santos Neves, na cidade de Boa Esperança (ES), foram levados a estudar os impactos causados na água do Rio Doce pelo rompimento da Bar-
ragem do Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. O objetivo era contextualizar de forma mais clara a tabela periódica, a partir dos elementos químicos presentes na água poluída. Os estudantes colheram amostras, entrevistaram parte da população ribeirinha afetada pelo desastre e conduziram análises em laboratório, produzindo detalhados portfólios. “Mas os próprios alunos tiveram a ideia de filtrar a água poluída usando mecanismos simples, que eram filtros de areia”, conta o professor. Nasceu então o que Wemerson chama de segunda etapa do projeto. “Por meio de parcerias com a Universidade Federal do Espírito Santo, parcerias com estações de tratamento, nós conseguimos chegar a cálculos estequiométri-
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cos, cálculos químicos, que permitiram chegar à proporção necessária para potabilizar a água do rio doce”, explicou. Professor e alunos passaram então a instalar os filtros de areia produzidos em laboratório com base nos estudos feitos em sala de aula na comunidade capixaba de Regência, atingida com a falta de água potável, pela poluição advinda do rompimento da barragem. “O projeto mudou a minha vida e a vida dos alunos, porque transformamos a natureza em laboratório de experiência e, na sala de aula, somamos e multiplicamos os conhecimentos adquiridos na prática educativa”, contou Wemerson.
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In.clu.são s.f
T / Marília Bobato F / Reginaldo Gouvêa
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Convite
especial A psicóloga Jane Haddad conta como as instituições estão evoluindo com os alunos de inclusão
Com a Lei da Inclusão em vigor há mais de um ano, as instituições de ensino já conseguiram avançar em muitos pontos, mas ainda são grandes os desafios. A psicóloga Jane Patrícia Haddad viaja o Brasil fazendo palestras sobre o tema e conversou com a revista Escada para contar como tem sido a evolução da inclusão no ambiente escolar. Ela tem vivenciado casos práticos e compartilha estas experiências a seguir.
Revista Escada – Como trabalhar a inclusão em uma sociedade baseada em modelos de “iguais”, em padrões de “qualidade”, “eficiência” e rankings?
Para Jane, incluir não significa apenas criar novas vagas para as pessoas com necessidades especiais na escola regular e muito menos apenas seguir as leis. “Incluir é superar nossas próprias dificuldades em aceitar aqueles que são diferentes de nós. Incluir requer um processo a ser construído diariamente, em que a escola se torne acolhedora às diferenças, inclusive em seu currículo e formas de avaliar. Incluir não é uma ação tão natural como parece, é uma construção contínua de uma conscientização política de que todos devem ser agentes e, portanto, o sujeito do ato educativo, independente da limitação física, psíquica e emocional.
Ao acompanhar o processo de inclusão em algumas escolas, venho percebendo pontos essenciais como: as crianças menores não são (ainda) dotadas de preconceitos, pelo contrário elas são muito solidárias e suportam bem seus diferentes; professores e gestores que apostam nos sujeitos, conseguem bons efeitos. Acolher é o primeiro passo de qualquer humanização possível.
Jane Haddad - Para alguns, isso é possível, mas não para todos. Uma sociedade que prima por modelos ideais de beleza, inteligência e desempenho não deve desconectar-se de outras habilidades e subjetividades possíveis.
O primeiro passo é destituirmo-nos do lugar de Sabe-Tudo, do lugar apenas do ensinar, o momento é um convite a apreender com os ditos “especiais” e partir do ponto de que: cada um de nós, em algum momento da nossa vida, terá uma necessidade especial. Podemos começar incorporando a ideia de que não há uma forma única de incluir e sim uma diversidade.
As crianças permanecem o dia inteiro na escola, se alimentam lá, e os terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiras, médicos é que vão ou permanecem na escola. Essa escola me chamou muito atenção porque tem dois professores autistas e que foram alunos. Um deles é digitador e o outro cuida e faz todo o jardim da escola. Todos os educadores acreditam que todo momento é momento de aprendizagem, eles saem muito com as crianças, tem aulas de ecoterapia, zooterapia. Investem muito no sistema sensorial das crianças. Há também uma Escola de Pais, com discussões sobre o espectro, como os pais podem ajudar seus filhos e a si mesmo. Os professores visitam os lares semanalmente e trocam avanços e regressões sobre as crianças. Uma vez por semana, os avós, pais e irmão vão à escola. Eles acreditam que um dia os avós e pais irão morrer, então começam a preparar os irmãos. Nesses encontros, a equipe da escola trabalha com a ideia de que essas crianças não são coitadinhas, simplesmente funcionam de forma diferente. Eles tem um projeto que quebra a super proteção dos familiares e também dos professores. Eles acreditam que “ser culto é a única forma de ser livre”.
RE – Você tem visto casos de inclusão na prática ao visitar escolas em todo o Brasil. Como as instituições têm evoluído? JH - Não há como ter regras únicas para receber cada aluno, cada um é um, que advém de uma família diferente com questões diferentes. Acompanho algumas escolas que estão realmente se adaptando para receber seus “novos alunos”, um exemplo que acompanhei recentemente é de uma escola de São Paulo, que ao receber uma criança com limitações físicas, fez as adaptações razoáveis para que ela pudesse se locomover. O mais interessante desse caso, é que ele que instruiu seus professores e colegas sobre sua locomoção. No ano passado, estive em Havana (Cuba), conhecendo a escola Dora Alonso, referência em inclusão de alunos com o espectro autista. A instituição recebe crianças de 1 ano e meio a 7 anos e trabalha em parceria direta com a família.
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“Acredito que estamos longe de aceitar os alunos de inclusão, mas aposto no sujeito humano, por mais difícil que isso possa parecer”.
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RE – Como se deu seu interesse particular em trabalhar com o tema inclusão? JH - Na época da escola, eu sempre fui uma menina diferente do dito “normal”. Detestava brincar de boneca, adorava jogar bola, colecionava estilingues, trocava figurinhas de time de futebol, tinha várias chuteiras e camisetas de times de futebol. Nem por isso sofri bullying, e se sofri, passei despercebida. Não escutava o que não me interessava, fato este que permanece até os dias atuais. Isso ajudou que meus pais encontrassem junto ao médico um diagnóstico para o que eu tinha: DCM (Disfunção Cerebral Mínima); o conhecido Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
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“Passei sete anos da minha vida escolar cumprindo castigos fora da sala de aula...”
Passei sete anos da minha vida escolar cumprindo castigos fora da sala de aula, já que, pelo menos duas vezes por semana, eu era gentilmente encaminhada para a biblioteca da escola. Ao meu lado, uma disciplinadora me conduzia por aquele longo corredor, sem poder correr... (risos). Minutos depois, a disciplinadora me entregava à querida Tia Benedita (bibliotecária), que me recebia com um sorriso cuidadoso, que deixou marcas positivas até hoje. Desde aquela tenra idade, meus professores não davam conta de mim. Ainda hoje escuto que sou “rebelde” questionadora, indisciplinada e, quem sabe, “burra”, já que fujo de uma forma. Boa parte dos meus castigos na infância eram: ler, ler, escrever e tocar triângulo na aula de música, ou mesmo fazer argila como técnica de acalmar. Revisitando minha memória afetiva, hoje me pergunto: Quantas Beneditas estão nas escolas recebendo seus alunos “anormais”? Tia Benedita me abria o mundo e nem sei se ela soube disso. Hoje sou uma leitora voraz, curiosa em descobrir o mundo em cada página, inquieta como sempre. Não sou do tipo padrão intelectual, mas, apesar de tantos castigos e rótulos, sobrevivi e adoro estudar, aprender e compartilhar.
RE - A sociedade está mais aberta para aceitar os alunos de inclusão? JH - Acredito que estamos longe de aceitar os alunos de inclusão, mas aposto no sujeito humano, por mais difícil que isso possa parecer. Incluir é olhar sob um outro ponto de vista, acreditar que não existe só uma direção e sim uma diversidade de direções. Os discursos extremistas sempre me assustam e me sugere um passo atrás, o real é que o mundo está passando por uma transição ética, onde todos querem ter razão. O que estamos precisando falar e escutar é sobre gente, sobre seres humanos, sobre referências de adultos, sobre o sentido de irmos todos os dias para a escola. RE - São muitas novas síndromes detectadas hoje em dia. O número de crianças frequentando consultórios de psicologia e psiquiatria e tomando medicação também é grande. Quais as principais dificuldades das escolas em lidar com isso? O ser humano está cada dia mais doente? JH - Acredito que hoje há mais facilidades quanto ao diagnóstico e por isso o número de síndromes aumentaram consideravelmente. Mas há também uma busca incessante em busca de um nome, quando crianças e jovens não conseguem se encaixar em determinados modelos. Isso me preocupa. A cada dia que passa, recebo em meu consultório, jovens que reclamam de uma (tal) falta de sentido perante a vida, eles dizem não conseguirem se encaixar em determinados modelos que seus pais o enquadram. Recebo crianças que dizem não conseguir prestar atenção nas aulas chatas. Nessa direção, escolas apresentam alto índice de crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem e famílias “ausentes” no processo ensino-aprendizagem. Eis um fracasso real a nossa era contemporânea. Um mundo que corre contra o tempo cronológico, em que pessoas vão de lá para cá, sem imaginarem onde desejam chegar, um mundo em que o único sentido que crianças e jovens enxergam em suas escolas e universidades é passar de ano, para poderem no ano que vem estar no ano seguinte. Esses são alguns dos tantos impasses da educação contemporânea.
RE - Instituições como as APAEs que cuidam de crianças com deficiências separavam elas da convivência das crianças ditas normais. Instituições assim não dão mais conta do recado?
RE - Com a Lei da Inclusão colocada em prática você acha que essas crianças de inclusão terão mais chances no mercado de trabalho daqui alguns anos?
JH - Acredito muito nas APAEs e sou fã dos educadores que ali estão, muitas crianças e jovens frequentam ela e em algumas cidades frequentam a escola regular no contraturno. Por outro lado não acredito nas separações dos ditos “deficientes”. Eles têm o direito de conviver, compartilhar, desfrutar, participar, relacionar, interagir, trocar, o que continua sendo negado para um número significativo de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual. E nós sabemos que as APAEs garantem isso e defendem que a inclusão escolar faça parte de um movimento muito maior, que é a inclusão social de todas as pessoas que, ao longo da história, foram discriminadas, segregadas e afastadas da convivência com outras pessoas. A educação inclusiva, portanto, é um projeto de NAÇÃO onde todos tem o direito de pertencer, ou seja, temos a obrigação de superar a segregação.
JH - Acredito sim, elas terão a possibilidade de serem olhadas e escutadas em sua maneira de ser. Ter uma limitação não quer dizer que não tem inteligência, sociabilidade e possibilidades. Todos nós somos diferentes, duas crianças com o mesmo diagnóstico são diferentes.
“Ter uma limitação não quer dizer que não tenha inteligência, sociabilidade e possibilidades”
Refletir Inclusão requer pensar nosso lugar no mundo, nossa concepção de educação bem como o sujeito que queremos ajudar a formar. Um grito de convocação junto ao momento educacional contemporânea. Não nos adianta, seguirmos apenas com gritos denunciantes e queixosos de revolta, que apenas denuncia uma educação, muitas vezes excludentes. O momento requer muito mais que isso, ele exige uma retomada ética de nosso lugar na sociedade e especificamente na educação, sem implicação de cada envolvido, não faremos uma “RE-VOLTA”. Incluir requer desejo e responsabilidade: trazer para si as rédeas do seu cavalo.
Pensar a Ética como apontou Foucault em seus últimos escritos: Ética, como prática reflexiva da liberdade. Apesar do acesso de crianças e jovens com algum tipo de deficiência, ou mesmo com dificuldades, nas escolas regulares ter aumentado no último ano, ainda são grandes os desafios de preparar os professores para mantê-las na sala de aula com os demais colegas, e de receber as crianças que ainda estão excluídas. Nosso modelo educacional de só transmitir o conhecimento do currículo básico já não atende mais.
Conversa aberta sobre Autismo No início do ano letivo, a psicóloga Jane Haddad esteve no Sinepe/PR (Curitiba) para uma conversa aberta com os educadores sobre o Autismo. Foram reflexões a cerca do transtorno, seu histórico e pesquisas em andamento. Jane apresentou o termo geral usado para descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro Autista” (TEA) e que ele apresenta um conjunto de manifestações que afetam o funcionamento social, a capacidade de comunicação, implicam em um padrão restrito de comportamento e geralmente vem acompanhado de deficiência intelectual. Ela defende que crianças autistas podem e devem estudar em escolas regulares, embora alguns pais prefiram escolas especiais, principalmente quando há uma deficiência intelectual associada ao transtorno. “Os autistas pensam e agem diferente de nós dito normais. A escola deve ser inclusiva e fazer flexibilizações curriculares, tendo o cuidado de coloca-los em turmas menos numerosas, para que os professores possam
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atender suas demandas individuais e a legislação também prevê que as escolas ofereçam classes multifuncionais no turno inverso das aulas, para que os autistas trabalhem suas dificuldades específicas de aprendizagem e desenvolvam suas qualidades”.
Para saber mais sobre autismo Livro: O cérebro autista, da autora americana Temple Grandin que foi precocemente diagnosticada com autismo. Ela é formada em psicologia e seu nome já constou na lista das cem pessoas mais influentes do mundo, na categoria “Heróis”, da revista Time. Sua vida foi tema de filme que leva seu nome. Palestra: No TED.com acesse a palestra “O mundo necessita de todos os tipos de mentes, de Temple Grandin.
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En.tre.vis.ta s.f
T / Ari Lemos F / Cleon Pereira
Desafios da educação para 2018
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Conversamos com o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, para saber as expectativas para um ano que promete ser bastante singular O ano letivo de 2018 já começou e, prevendo os desafios, fomos conversar com o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira, para observar quais são, para ele, os principais gargalos referentes à educação neste ano que deve ser turbulento por conta das eleições, Copa do Mundo e mais uma série de alterações legais que passam a vigorar.
Revista Escada: Quais os principais desafios em sua gestão frente à Fenep? Como ficará a mudança de arrecadação do imposto sindical? Ademar Batista Pereira - Neste ano teremos desafios imensos, pois é um ano singular no qual temos a realização de eleições presidenciais, de governadores, senadores e de deputados estaduais; o burburinho causado por conta da Copa do Mundo; uma crise econômica ainda muito latente; e, somado a tudo isso, a readequação orçamentária que todos os sindicatos estão tendo que realizar por conta da reforma trabalhista que desobrigou o pagamento do imposto sindical. Registre-se aqui que sou a favor dessa medida, pois creio que era inevitável e importante. Ainda teremos que enfrentar a implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as discussões que ocorrerão nos Conselhos Estaduais de Educação. Teremos uma eventual reforma ou simplificação tributária, em que certamente teremos que trabalhar para buscar a desoneração da escola particular, bem como evitar qualquer tentativa de aumento de impostos. Teremos que concentrar muitos esforços para implantar, nas convenções coletivas de trabalho, a reforma trabalhista para a qual já lançamos uma cartilha para auxiliar os sindicatos. Esse será um ano no qual a crise econômica mais atingirá o setor educacional e certamente veremos inadimplência e perda de demanda. Além disso, temos a nova lei do Fies, que trouxe mais encargos e custos para o Ensino Superior.
RE: Como o Ensino Superior privado está encarando o Novo Fies? Ap - As IES terão que agir com muito cuidado e prudência. Trata-se de um programa que mudou muito, no qual, ao meu modo de ver, acabou a visão social que contemplava o aluno carente. O novo modelo tem um viés absolutamente bancário, caro e burocrático. Fizemos uma discussão importante com o MEC, chegamos a indicar às IES particulares a não adesão ao programa. Depois disso conseguimos que o MEC explicasse melhor os pontos aos envolvidos, por meio de reuniões e por meio de uma vídeo-conferência com os Sinepes e IEs de diversos Estados. Com isso conseguimos compreender claramente a posição do MEC. Fizemos nosso trabalho enquanto entidade de classe: discutimos e orientamos as IES para os cuidados, riscos e desafios. RE: Qual será o impacto da nova Base Nacional Comum Curricular para as escolas? Ap - A ideia em si é positiva. Até aqui apoiamos a aprovação, participamos de todas as audiências públicas. Agora o desafio estará junto a regulamentação que será feita no currículo pelos Conselhos Estaduais de Educação. Estamos preparando um documento orientador para os sindicatos, para que estes enfrentem o debate, mas já sabemos que vamos ter muito trabalho pela frente. RE: Qual a sua avaliação sobre o crescimento da EAD? Como deve ser o panorama desta oferta para os próximos anos? Ap - A EAD (Educação a Distância) é uma realidade e uma necessidade, especialmente quando pensamos no tamanho do Brasil, com suas dimensões continentais. A tecnologia facilita o acesso ao conhecimento de forma rápida, fácil e barata. Esse é um caminho sem volta e certamente veremos essa oferta ser ampliada nos próximos anos, especialmente nos cursos em EAD semipresenciais, pois isso vai unir ainda mais a necessidade dos alunos de um contato maior com a instituição e com a vida acadêmica, com um preço mais acessível.
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as.so.ci.a.das adj
universo
das associadas confira as novidades das instituições de ensino associadas ao sinepe/pr Positivo anuncia aquisição de colégio em Londrina Ao completar 45 anos de fundação, o Grupo Positivo expande sua atuação em Londrina e anuncia a mudança de mantenedora da Escola Berlaar Santa Maria, que passa a se chamar Colégio Positivo – Santa Maria. A instituição de educação básica foi fundada em 1960, compartilha dos mesmos valores do Grupo Positivo e conta, atualmente, com alunos do berçário ao 9º ano do Ensino Fundamental. Com a aquisição, a Escola Santa Maria ganha a expertise em gestão educacional de um dos dez maiores grupos de ensino do Brasil.
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Bom Jesus inicia operações em Maringá Em outubro de 2017, a Direção do Grupo Educacional Bom Jesus estiveram em Maringá para anunciar a parceria com o Colégio Carlos Démia, da Congregação das Irmãs de São Carlos de Lyon. Na ocasião, diante da comunidade acadêmica, ficou acordado que, a partir do dia 1º de janeiro de 2018, a Instituição passaria a se chamar Bom Jesus Carlos Démia, seguindo o padrão das mais de 30 parcerias do Grupo. A nova Unidade atende da Educação Infantil ao Ensino Médio e está sob a responsabilidade de Alizandro Boni, que há sete anos atua no Bom Jesus.
Sion apresenta novos uniformes A linha de uniformes do Colégio Sion Curitiba passou por uma atualização completa de design e proposta, com opções em sintonia com as crianças e jovens da atualidade. “Nós realizamos a atualização dos uniformes, escutando a demanda dos pais em modernizar e dar mais opções de vestimenta para os alunos, como os vestidos para as meninas e mais casacos de inverno”, revela Juliana Pedroso, responsável pelo Marketing. Os uniformes do Sion Curitiba identificam os alunos pelas cores e pelo símbolo da instituição, representando o nome e a tradição da escola. Por isso, a atenção especial a esta peça tão importante, também como um reforço da segurança dos alunos, visto que são facilmente reconhecidos quando em local público.
as.so.ci.a.das adj
Conheça as
Associadas ao Sinepe/PR
Prestes a completar 70 anos de existência, o Sinepe/PR apresenta o seu quadro associativo que conta com quase 600 instituições de ensino. unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Mastigando Letrinhas
Almirante Tamandaré
Unipar - Cascavel
Cascavel
CEPNKA
Almirante Tamandaré
Faculdade de Castro - INEC
Castro
Instituto Cristão
Castro
Sepam - Castro
Castro
Evangélica de Castrolanda
Castro
Nova Geração
Castro
Adventista - Castro
Castro
Escola Emilia Erichsen Junior
Castro
Colégio Emília Erichsen
Castro
Bom Jesus de Chopinzinho
Chopinzinho
Bom Jesus Internacional
Colombo
El Shaday
Colombo
Nossa Sra. do Rosário
Colombo
Escola Universo
Colombo
Inesul
Colombo
Escola Santa Mônica
Colombo
Colégio Menino Jesus
Colombo
Be Happy
Curitiba
Boa Forma
Curitiba
Studium Theologicum
Curitiba
Aena - Administração
Curitiba
Novo Ateneu/ Colégio
Curitiba
Unicuritiba - Campus II
Curitiba
CEI Degraus do Saber
Curitiba
Alegria de Aprender
Curitiba
Aquarela do Saber
Curitiba
Acesso - Unidade Almirante TamanAlmirante Tamandaré daré Famper
Ampére
Colônia Holandesa
Arapoti
Sementinha de Ouro
Araucária
Metropolitana
Araucária
Toco de Gente
Araucária
Sagrado Coração de Jesus
Araucária
Fundacen - CTI
Araucária
Adventista - Araucária
Araucária
Escola João Paulo Júnior
Araucária
Beraldinho
Campina Grande do Sul
Bom Jesus da Aldeia
Campo Largo
CNEC - Presidente Kennedy
Campo Largo
IEP
Campo Largo
Construtiva
Campo Largo
Ser Criança
Campo Largo
Acesso - Unidade Campo Largo
Campo Largo
Evangélica de Carambeí
Carambei
Colégio Marista Cascavel
Cascavel
Famipar - Faculdade Missioneira
Cascavel
New York
Cascavel
Sagrada Família
Cascavel
FAG
Cascavel
Univel
Cascavel
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lista das associadas
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unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Academia Full Life
Curitiba
CEI Castelinho do Saber
Curitiba
ASSEIJ - Nossa Senhora do Rosário
Curitiba
CEI Família Feliz
Curitiba
Supremo
Curitiba
Madre Carmela de Jesus
Curitiba
AMAR
Curitiba
Maria Cazetta
Curitiba
CEI Acácias
Curitiba
CEI Tia Bety
Curitiba
Pedacinho de Gente
Curitiba
PUCPR
Curitiba
CEI Cantinho Feliz
Curitiba
Rui Barbosa
Curitiba
Jesus Criança
Curitiba
Turmalina
Curitiba
Menino Jesus de Nazaré
Curitiba
Escola Atuação - Boqueirão
Curitiba
Miriam
Curitiba
CEI Aurora
Curitiba
CEI Professora Rachel Gonçalves
Curitiba
British And American
Curitiba
Cultura Inglesa/Julia da Costa
Curitiba
Dominius
Curitiba
Colméia´s
Curitiba
Doce Momento
Curitiba
Teatinas - Ursula Benincasa
Curitiba
Primeira Infância
Curitiba
Aliança Francesa
Curitiba
Angelical
Curitiba
Escola do Bosque Mananciais
Curitiba
CEI Bosque da Corujinha
Curitiba
Arethe
Curitiba
Academia Gustavo Borges
Curitiba
Associação de Moradores Atenas 1
Curitiba
Academia Gustavo Borges
Curitiba
Esic
Curitiba
Academia Gustavo Borges
Curitiba
CEI Arco Iris
Curitiba
Vovó Lina
Curitiba
Vovó Cenira Gusso
Curitiba
Canto dos Encantos
Curitiba
Associação de Moradores Vila Esmeralda
Curitiba
Casinha Feliz
Curitiba
Ceap
Curitiba
Facel
Curitiba
Centro Europeu
Curitiba
Decisivo
Curitiba
Inter Americano
Curitiba
Decisivo
Curitiba
Inter Americano
Curitiba
Decisivo
Curitiba
Hispano
Curitiba
Faculdade Cristã de Curitiba
Curitiba
Cidadã
Curitiba
Stella Maris
Curitiba
Divina Misericórdia
Curitiba
Paula Amaral Centro de Ensino
Curitiba
Tistu
Curitiba
Bom Jesus - Sede
Curitiba
Lápis Mágico - Expansão
Curitiba
Bom Jesus - Nossa Senhora de Lourdes
Curitiba
Trilhas do Saber
Curitiba
Bom Jesus - São José
Curitiba
Caminhos do Saber
Curitiba
Bom Jesus - Ahú
Curitiba
Céu Azul
Curitiba
CEI Frei Tito de Alencar
Curitiba
Escola Pichon
Curitiba
Estação Criança
Curitiba
lista das associadas unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
CEI Espaço do Saber
Curitiba
Cocec / Nilza Tartuce
Curitiba
Leãozinho de Judá
Curitiba
Kambalhota
Curitiba
Paraiso da Criança
Curitiba
Roda do Tempo
Curitiba
CEI Pequeno Einsten
Curitiba
Dunamys
Curitiba
Crescer e Saber
Curitiba
Evangélico
Curitiba
Pequeno Urso
Curitiba
CEI Infância Colorida
Curitiba
Abba - Ceduca
Curitiba
Logus
Curitiba
Programa de Educação Continuada - PEC
Curitiba
Meu Futuro
Curitiba
Nazareno Cenaza
Curitiba
CEI Espaço Infantil
Curitiba
Nova Geração
Curitiba
CEI Gente Contente
Curitiba
Gaia
Curitiba
Momentos Mágicos
Curitiba
Integrado
Curitiba
Alfabeto Mágico
Curitiba
Mundo Disney - CINDY
Curitiba
Asa Delta
Curitiba
Ciar
Curitiba
CEI Caminho para o Futuro
Curitiba
Centpar
Curitiba
CEI Céu Encantado
Curitiba
CEI Chave de Davi
Curitiba
Plantação da Alegria
Curitiba
Cidade Junior
Curitiba
CEI Dom Bosco
Curitiba
Gymboree Play & Music
Curitiba
Escola Ponto a Ponto
Curitiba
Vencedores Kids
Curitiba
CEI Espaço da Esperança
Curitiba
Pingo de Gente
Curitiba
Escola Espaço Colorido
Curitiba
Senhora de Fátima
Curitiba
Flor Criança
Curitiba
Bastos Maia
Curitiba
Gasparzinho
Curitiba
Maranata
Curitiba
Escola Genial
Curitiba
Conexão
Curitiba
Gente Nova
Curitiba
Cosmos
Curitiba
CEI João de Barro
Curitiba
Kinderland
Curitiba
Colégio Dom Bosco Sete de Setembro
Curitiba
Nosso Tempo
Curitiba
Dom Bosco - Ahú
Curitiba
Padre Dehon
Curitiba
Dom Bosco - Mercês
Curitiba
CEI Patylis
Curitiba
Imaculada Conceição
Curitiba
Picollo
Curitiba
Internacional de Curitiba
Curitiba
CEI Alegria de Ser Criança
Curitiba
Everest
Curitiba
CEI Vila Sofia
Curitiba
Instituto Educacional Everest
Curitiba
CEI Vovô Fofão
Curitiba
Santa Maria
Curitiba
Lady Lord
Curitiba
Martinus - Portão
Curitiba
Solução
Curitiba
Nossa Senhora da Assunção
Curitiba
UP - Universidade Positivo
Curitiba
Sion
Curitiba
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
27
lista das associadas
28
unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Nossa Senhora Medianeira
Curitiba
Começar Bem / Bambinata
Curitiba
Bagozzi
Curitiba
CEI Pequeno Príncipe
Curitiba
Nossa Sra. Menina
Curitiba
Escola Projeto 21
Curitiba
Sagrado Coração de Jesus
Curitiba
Novo Educandario
Curitiba
Saint Germain
Curitiba
Um Dois Três
Curitiba
Santo Anjo - Unidade Anjinho
Curitiba
Aldeia Betânia
Curitiba
Madre Clélia
Curitiba
Escola Atuação – Santa Quitéria
Curitiba
Spei
Curitiba
Bambinata
Curitiba
Vicentino São José
Curitiba
Shalon
Curitiba
Anchieta - Sede
Curitiba
Carrossel Dourado Integração
Curitiba
Colégio Anchieta - Subsede II
Curitiba
Cebec
Curitiba
Elite Curitiba
Curitiba
Escola Inovação do Saber
Curitiba
Bagozzi/Faculdade
Curitiba
Semeador do Saber
Curitiba
CEI Padre Sigismundo Gorazdowski
Curitiba
Primavera
Curitiba
CEI Recanto Feliz Santa Úrsula
Curitiba
Estrelinha
Curitiba
Menino de Nazaré / Bagozzi
Curitiba
Evangelium
Curitiba
CEI - Padre João Bagozzi - Kids
Curitiba
Israelita Salomão Guelmann
Curitiba
Faculdade Teológica Batista - Ftbp
Curitiba
Junshin
Curitiba
Corujinha
Curitiba
Madre Anatólia
Curitiba
Creativitá Centro de Educ. Inf.
Curitiba
Madre Cecília Cros
Curitiba
Jardim Acrópole
Curitiba
Annette Macedo
Curitiba
São Judas Tadeu
Curitiba
Nossa Sra. da Esperança
Curitiba
Fatec-PR
Curitiba
Princípius do Saber
Curitiba
Companhia Athletica
Curitiba
Santa Teresinha do Menino Jesus
Curitiba
Curso Apogeu
Curitiba
Escola Terceira Dimensão
Curitiba
Oyama
Curitiba
Sebastião Paraná
Curitiba
Curso Dom Bosco - Mueller
Curitiba
Sementinha - Interativa
Curitiba
Curso Dom Bosco - Batel
Curitiba
Terra Firme
Curitiba
Genius
Curitiba
Escola Trilhas
Curitiba
Data Place
Curitiba
FESP
Curitiba
CEI Parlenda
Curitiba
Curitiba
Faculdade de Tecnologia Ibrate
Curitiba
Faculdade Dom Bosco - Campus Marumby
CCAA Bom Retiro
Curitiba
Evangélica - FEPAR
Curitiba
Phil Young's English School
Curitiba
Faculdade Madalena Sofia
Curitiba
Escola Grace
Curitiba
Pequeno Príncipe/Iespp
Curitiba
Escola Projeto 21
Curitiba
Fatum Assessoria Educacional
Curitiba
Filadélfia Curitiba
Curitiba
lista das associadas unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Fisk
Curitiba
Legacy English School
Curitiba
Umbrella
Curitiba
CEI Aquarela Mágica
Curitiba
Talken English School
Curitiba
Talken English School - Cristo Rei
Curitiba
Pirâmide do Saber
Curitiba
Fraldinhas
Curitiba
Manocchio Team
Curitiba
Pré Escola Bilusco
Curitiba
Youtz
Curitiba
CEI Minha Doce Infância
Curitiba
CEI Futuro Ideal
Curitiba
Talken English School - Linha Verde
Curitiba
Húnika
Curitiba
Modelo - Colégio e Faculdade
Curitiba
Instituto Idd
Curitiba
Movimento's
Curitiba
Martinus - Educ. Profissional
Curitiba
Mozart Som
Curitiba
Martinus - Centro
Curitiba
Cantinho do Céu
Curitiba
Adventista - Bom Retiro
Curitiba
Academia Corpo Livre
Curitiba
Adventista - Boqueirão
Curitiba
Lápis de Cor
Curitiba
Adventista - Portão
Curitiba
A Mão Cooperadora
Curitiba
Adventista - Alto Boqueirão
Curitiba
CEI A Mão Cooperadora - Lindoia
Curitiba
Adventista - Boa Vista
Curitiba
Curitiba
Adventista - Centenário
Curitiba
CEI A Mão Cooperadora Campo Comprido Olímpica
Curitiba
OPET - Avenida Iguaçu
Curitiba
OPET - Bom Retiro
Curitiba
CET - Centro Tecnológico OPET
Curitiba
FAO - Faculdade OPET
Curitiba
Expoente - Boa Vista
Curitiba
Pantakulo
Curitiba
Sonho Meu / Amplação
Curitiba
Unipublica
Curitiba
Positivo - Curso Vicente Machado
Curitiba
Positivo - Jardim Ambiental
Curitiba
Positivo Júnior
Curitiba
Positivo - Angelo Sampaio
Curitiba
Positivo - Curso Batel
Curitiba
Escola Jesus Menino
Curitiba
Carinho da Mamãe
Curitiba
Adventista - Santa Efigênia
Curitiba
Adventista - Vista Alegre
Curitiba
Sagrado Coração de Jesus
Curitiba
Kern
Curitiba
CEI Giacomino
Curitiba
Vicentina Nossa Senhora das Mercês Curitiba Willy Janz
Curitiba
CEI Cantinho de Sol
Curitiba
Interpares
Curitiba
Itecne - Madalena Sofia
Curitiba
Catavento
Curitiba
Faz de Conta
Curitiba
Gente Alegre
Curitiba
Vovó Chiquinha
Curitiba
Lar Escola Doutor Leocádio José Correia
Curitiba
Liga das Senhoras Catolicas
Curitiba
Ceci
Curitiba
Maple Bear Canadian School
Curitiba
Champagnat - Rapunzel
Curitiba
Objetiva
Curitiba
Crescendo Feliz
Curitiba
Lumen
Curitiba
Espaço da Criança
Curitiba
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
29
lista das associadas
30
unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Nosso Jardim
Curitiba
Colégio Spei Ensino Médio e Profissional
Curitiba
Pés no Chão
Curitiba
Meu Amore
Curitiba
Porto Seguro
Curitiba
Cari Bambini
Curitiba
Recanto Infantil "22"
Curitiba
Momentos de Magia
Curitiba
Sonho Azul
Curitiba
Marista Paranaense
Curitiba
Turminha da Mônica
Curitiba
Faculdades Santa Cruz - Unipec
Curitiba
Grande Aprendiz Kids
Curitiba
UNICESUMAR
Curitiba
Phil Young’s
Curitiba
Uninter
Curitiba
Phil Young’s - Cabral
Curitiba
Unipublica
Curitiba
Phil Young’s
Curitiba
Unilehu
Curitiba
Qualitec
Curitiba
Studio Corpo Livre
Curitiba
Kids
Curitiba
CEI Verde Espaço
Curitiba
Sae Digital
Curitiba
Viver e Aprender
Curitiba
Energia Ativa
Curitiba
Escola Começando
Curitiba
Faculdade São Braz
Curitiba
Erasto Gaertner
Curitiba
Integral
Curitiba
Faculdade de Tecnologia Futuro
Curitiba
Arquidiocesano de Curitiba
Curitiba
Curitiba
Irep/Estácio
Curitiba
Amplação Ensino Infantil, Fundamental e Médio
Corujinha Feliz
Curitiba
Colégio Ensitec
Curitiba
Nossa Senhora do Sagrado Coração Jesus
Instituto Dom Miguel
Curitiba
Curitiba
Studio D1
Curitiba
Novo Eden
Curitiba
Studio D1 Batel
Curitiba
Acesso - Emiliano Perneta
Curitiba
Gente Pequena - Eireli
Fazenda Rio Grande
Acesso - Unidade Santa Felicidade
Curitiba
Escola Participação
Fazenda Rio Grande
Acesso - Unidade Hauer
Curitiba
Interativa
Fazenda Rio Grande
Acesso - Unidade Boqueirão
Curitiba
Joãozinho e Maria
Fazenda Rio Grande
Colégio Alto Padrão
Curitiba
Escola Monteiro Lobato
Fazenda Rio Grande
Bandeirantes
Curitiba
Acesso - Unidade Fazenda Rio Grande Fazenda Rio Grande
São Carlos Borromeo
Curitiba
CEI Joãozinho e Maria
Fazenda Rio Grande
Seduc
Curitiba
Fit Foz
Foz do Iguaçu
SOCIESC
Curitiba
Cesufoz
Foz do Iguaçu
CEI Grilo Falante
Curitiba
UNIAMÉRICA
Foz do Iguaçu
Expoente - Água Verde
Curitiba
Amazing Foz
Foz do Iguaçu
Herrero
Curitiba
Bom Pastor
Foz do Iguaçu
Recanto do Futuro
Curitiba
Bz Idiomas S/C Ltda
Foz do Iguaçu
Tempo de Aprender
Curitiba
Semear
Foz do Iguaçu
Monjolo
Foz do Iguaçu
Universidade Tuiuti do Paraná - UTP Curitiba
lista das associadas unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Escola Peter Pan
Foz do Iguaçu
Colégio Fera
Guarapuava
Cooperativa Educacional de Foz
Foz do Iguaçu
Futura
Guarapuava
Fisk
Foz do Iguaçu
Adventista - Guarapuava
Guarapuava
Dinâmica - Xodó
Foz do Iguaçu
Escola Primeiros Passos - Inovação
Guarapuava
Cecafi
Foz do Iguaçu
SESG
Guarapuava
Betta
Foz do Iguaçu
Integração
Guarapuava
Escola Cataratas
Foz do Iguaçu
Adventista - Guaraqueçaba
Guaraquecaba
Pedacinho do Sol
Foz do Iguaçu
Novo Espaço
Guaratuba
Kids
Foz do Iguaçu
Monteiro Lobato
Guaratuba
Libanesa Brasileira
Foz do Iguaçu
Isepe Guaratuba
Guaratuba
Expressão
Foz do Iguaçu
Sagrada Família
Ibema
Água Viva
Foz do Iguaçu
Colégio Rui Barbosa
Imbituva
Vicentino São José
Foz do Iguaçu
Mater Consolatrix
Ivaipora
Futura Instituto Educacional/Polo Unisa
Foz do Iguaçu
Pequeno Príncipe Neo Master
Jaguariaiva
Escola Nazaré Ensino de Pre Escola
Jesuitas
Aquarela
Foz do Iguaçu
Cooperativa da Lapa
Lapa
PPT Fisk
Foz do Iguaçu
Dinâmico
Lapa
Colégio COC Semeador
Foz do Iguaçu
FAEL
Lapa
Iguaçu
Foz do Iguaçu
Santa Ana
Laranjeiras do Sul
Colégio Bertoni
Foz do Iguaçu
Sels
Laranjeiras do Sul
Dinâmica - UDC
Foz do Iguaçu
Faculdade Unilagos
Mangueirinha
APMI - Foz do Iguaçu
Foz do Iguaçu
Escola Maria Joaquina Serpa
Mangueirinha
Escola Betel
Francisco Beltrão
Nossa Senhora da Glória
Francisco Beltrão
Santa Maria Madalena Postel Patotinha
Manoel Ribas
Cesul
Francisco Beltrão
CEI Martin Luther
Mundo da Criança
Francisco Beltrão
Marechal Cândido Rondon
Unipar - Francisco Beltrão
Francisco Beltrão
Colégio Evangélico Martin Luther
Marechal Cândido Rondon
Nossa Senhora do Carmo
Guaíra
Unipar - Guaíra
Guaíra
Kumon Mal Cândido Rondon
Marechal Cândido Rondon
Nossa Senhora de Belém
Guarapuava
Faculdade de Matelandia - Fama
Matelândia
Anjo Sapeca
Guarapuava
Centro Educacional Integrado
Matinhos
Escola Aldeia do Sol
Guarapuava
Dom Bosco - Matinhos
Matinhos
CEI Mamãe Natureza
Guarapuava
Alfa - Medianeira
Medianeira
Imperatriz Dona Leopoldina
Guarapuava
Escola Imigrante Luigi Bertazzoni
Morretes
Arca de Noé - Aliança
Guarapuava
Bom Jesus da Coluna
Palmas
Assunção de Nossa Senhora
Guarapuava
CEI Bom Jesus da Coluna
Palmas
Santa Teresinha do Menino Jesus
Guarapuava
Bom Jesus de Palmas
Palmas
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
31
lista das associadas
32
unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Dom Carlos / Cpea
Palmas
Cescage - Campos Gerais
Ponta Grossa
Fritz Kliewer
Palmeira
Jardim de Infância Girassol
Ponta Grossa
Colégio Realeza
Palmeira
Pio XII
Ponta Grossa
Bom Jesus - Nossa Senhora do Rosário
Paranaguá
Pontagrossense - Sepam
Ponta Grossa
Sagrada Família
Ponta Grossa
Cemd
Paranaguá
Sagrado Coração de Jesus
Ponta Grossa
Arca de Noé - Jerusalém
Paranaguá
Santa Teresinha
Ponta Grossa
Adventista - Paranaguá
Paranaguá
São Jorge
Ponta Grossa
Colégio Ipec Ensino Fundamental e Médio
Paranaguá
Sespee
Ponta Grossa
RM
Paranaguá
Escola Bom Pastor
Ponta Grossa
Escola São Caetano
Pato Branco
Adventista - Ponta Grossa
Ponta Grossa
Escola Crescer
Pato Branco
Rosazul
Ponta Grossa
Sant'ana
Pato Branco
Arco Íris - Prisma
Ponta Grossa
Nossa Sra. das Graças
Pato Branco
Faculdades Ponta Grossa
Ponta Grossa
Águia
Pato Branco
Escola de Santo Ângelo
Ponta Grossa
Integral
Pato Branco
Cultura Inglesa
Ponta Grossa
Agir
Pato Branco
Colégio Absoluto
Pontal do Paraná
Mater Dei - Faculdade
Pato Branco
São José
Prudentópolis
Suíço Brasileiro
Pinhais
Colégio Dom Orione
Quatro Barras
Trilhando o Futuro
Pinhais
Dom Pedro II
Rio Branco do Sul
João Paulo II
Pinhais
Claudio Francisco Bini
Rio Branco do Sul
Literal
Pinhais
Escola Pimpolhinhos
Rio Branco do Sul
FAPI
Pinhais
Bom Jesus
Rio Negro
Gynásio Pinhais Educação Grupo Acesso
Academia For Fit
São José dos Pinhais
Pinhais
São José dos Pinhais
Iepi - Pinhais
Pinhais
Bom Jesus - FAE São José dos Pinhais
Destaque
Pinhais
CEI Pequeno Cidadão
São José dos Pinhais
Colégio Expressão
Pinhão
Motivação
São José dos Pinhais
Santa Marcelina
Piraí do Sul
CEI Construindo o Saber
São José dos Pinhais
Escola Casa dos Girassóis - Acrica
Piraquara
Evolutiva
São José dos Pinhais
Cidadão do Amanhã
Piraquara
Fisk - São José dos Pinhais
São José dos Pinhais
A Mão Cooperadora
Piraquara
Top Gun
São José dos Pinhais
Swimming Center
Ponta Grossa
CEI Crescer e Aprender
São José dos Pinhais
Colégio São Francisco
Ponta Grossa
Imediato
São José dos Pinhais
Colégio Santana
Ponta Grossa
Escola da Colina
São José dos Pinhais
Escola Boas Novas
Ponta Grossa
Renovação
São José dos Pinhais
Terra Mater
São José dos Pinhais
lista das associadas unidade de ensino
cidade
unidade de ensino
cidade
Tia Iolanda
São José dos Pinhais
SEMA - Colégio Maria Augusta
São Mateus do Sul
Tradição
São José dos Pinhais
Integral
São Mateus do Sul
Adventista - São José dos Pinhais
São José dos Pinhais
Pirlimpimpim
São Miguel do Iguaçu
Faculdades da Indústria - Famec
São José dos Pinhais
Colégio Telêmaco Borba
Telêmaco Borba
Terra da Criança
São José dos Pinhais
Ideal
Telêmaco Borba
Pequeno Polegar
São José dos Pinhais
Adventista - Telêmaco Borba
Telêmaco Borba
Plena Fitness
São José dos Pinhais
Roda do Tempo
Telêmaco Borba
Pedacinho do Céu
São José dos Pinhais
PUCPR - Campus Toledo
Toledo
Escola Estrela Guia Unidade Costeira São José dos Pinhais
Unipar - Toledo
Toledo
Opção
São José dos Pinhais
Algodão Doce
União da Vitória
Escola Estrela Guia
São José dos Pinhais
Coração de Maria
União da Vitória
CEI Valor e Afeto
São José dos Pinhais
Adventista - União da Vitória
União da Vitória
Estação Criança
São Jose Dos Pinhais
Facibra
Wenceslau Braz
Echo Continental/Companhia da Criança
São Mateus do Sul
cur.sos s.m
AGENDA CURITIBA
Confira o calendário de cursos e palestras do Sinepe/PR
MARÇO
junho
Palestra: Qualidade de Atendimento
Semana das Curiosidades
Data: 27/03/2018
Data: 18 a 22/06/2018
Horário: 8h30 às 11h30
Horário: 19h às 21h
Local: Auditório do Sinepe/PR
Local: Auditório do Sinepe/PR
Público-alvo: Secretárias escolares, acadêmicas, responsáveis pelo atendimento escolar.
Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados
Palestrante: Jussara de Oliveira
Investimento por palestra: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas
Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas. Vagas: 90
Vagas: 90 por palestra
abril
Programação:
Semana da Educação Infantil e Ensino Fundamental I Data: 02 a 06/04/2018
34
Horário: 19h às 21h Local: Auditório do Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessado Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas. Vagas: 90 por palestra
18/06 • O Renascimento da Educação Infantil com Prof. Dr. Joe Garcia 19/06 • A educação na África com Geraldo Peçanha de Almeida 20/06 • A educação no Japão com Ademar Batista Pereira 21/06 • O que podemos aprender com a China? com Acedriana Vicente 22/06 • A educação em Cuba com Geraldo de Almeida Peçanha
Programação: 02/04 • Convivência em sala de aula com Prof. Dr. Joe Garcia 03/04 • A emoção na sala de aula com Geraldo Peçanha de Almeida 04/04 • A oralidade nos anos iniciais com Cléo Busato 05/04 • Limites e valores a quem cabe construílos? O papel da cada um – Família e escola com Tania Mara Fantinato 06/04 • Valores humanos na escola: construindo pontes afetivas com Fátima Balthazar 06/04 • O Renascimento da Educação Infantil
SINEPE/PR — R. Guararapes, 2028, Vila Izabel — Curitiba/PR Mais informações e inscrições: www.sinepepr.org.br — 41 3078-6933