Revista Opet Mercado Ed. 22

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Publicação do Grupo Opet | Curitiba, Paraná | Número 22 | Ano XII | Circulação dirigida

ECONOMIA CRIATIVA

Como é o dia a dia no maior espaço de trabalho compartilhado do Brasil

Confira entrevista com os sócios do NEX Coworking, André Pegorer e Guto de Lima, e conheça alguns cases de empresas que compartilham esse espaço


Aprenda que existem várias formas de aprender. Curse a OpW, Centro de Curiosidade Produtiva. A OpW é um lugar onde a faísca das novas ideias e o conhecimento fora da curva podem ser aplicados e compartilhados. Ideal para curiosos saciarem sua sede por novidades úteis, com cursos rápidos em diversas áreas. 2

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Centro de Curiosidade Produtiva.

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Editorial

Ano XII| Número 22 | 2015 GRUPO EDUCACIONAL OPET Diretor-Presidente

José Antonio Karam

José Antonio Karam PRESIDENTE GRUPO EDUCACIONAL OPET

Em tempos de economia retraída o desafio é reinventar-se no mercado de trabalho. Conversamos com diversos empreendedores para saber como eles estão fazendo para manter seus negócios. Além de manter, a palavra que rege esta edição é a inovação. Fomos até o NEX Coworking - que representa a maior comunidade empreendedora do Brasil - e lá descobrimos diferentes tipos de empreendedores. Seja num modelo tradicional de negócios, modelo de franquia ou de startup, em comum, as empresas que compartilham espaço no NEX também estão compartilhando crescimento e sucesso. Os sócios André Pegorer e Guto de Lima que estampam a capa desta edição explicam em entrevista como funciona este ambiente de inovação e o que ele representa para o crescimento profissional das pessoas. Esperamos que todo o conteúdo da revista seja inspirador para você, nosso leitor.

Superintendente Educacional Adriana Veríssimo Karam Koleski Superintendente Editorial Cristina Swiatovski Diretora de Operações Daniele Veríssimo Karam Sede Rebouças (Centro) Avenida Getúlio Vargas, 892 CEP 80230.030 Curitiba, Paraná Sede Centro Cívico Rua Nilo Peçanha, 1635 CEP 80520.000 Curitiba, Paraná Central de Atendimento Telefone (41) 3028-2828

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Revista editada pela Editora Inventa Ltda – CNPJ: 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534 sala 4 – Centro – Curitiba/PR Gerente de Mercado

Dani Moro

Jornalista responsável Marília Bobato (DRT/PR 6828) marilia@iemecomunicacao.com.br Reportagem e edição de textos: IEME Comunicação Conteúdo:

Boa leitura e bons negócios!

Gustavo Panacioni, Jéssica Amaral e Marília Bobato Fotografia de capa:

Eduardo Macarios Diagramação:

D-lab

Impressão: Gráfica Monalisa Opet&Mercado é uma publicação do Departamento de Mercado. Artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Educacional Opet.

www.opet.com.br Tiragem 10.000 exemplares


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Tendências

Conversamos com três empreendedores de Curitiba que contam como tiveram a ideia de abrir seus negócios

14 Entrevista André Pegorer e Guto de Lima, sócios do Nex Coworking

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Cases das empresas paranaenses: Criando novas formas de trabalhar

Dicas de quem entende

Guia

Seleção

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Investidores

Curitiba Angels

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De Curitiba para o mundo

Controladoria: Fonte do auto conhecimento empresarial, por Marcos Perillo

Aliança Empreendedora

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Empreendendo em tempos de crise, por Adriane S. Torres

Artigo

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Tecnologia disruptiva, por Cezar Augustus Azevedo

Tecnologia disruptiva


ZOOM PRIMEIRAS NOTAS

Lançada no fim de 2012, a sorveteria Cuordicrema acaba de entrar no mercado de franquias. O modelo de expansão da rede é baseado na oferta de cinco formatos de unidade e um sorvete cuja produção, segundo a empresa, é igual à feita na Itália em décadas passadas. A Cuordicrema foi criada pelo italiano Fábio Lampugnani e pela brasileira Renata Florim. A sorveteria entra nessa nova fase com cinco modelos de negócio diferentes: os fixos são uma loja grande de rua, loja de shopping e quiosque. Já os móveis são unidades em kombis e carrinhos. Dentre os modelos, o mais barato é o carrinho, que custa R$ 170 mil. A loja de rua, por sua vez, custa R$ 610 mil. Segundo Lampugnani, a meta da rede é chegar a 13 unidades, dos mais variados formatos, até o fim do ano. Fonte: Revista PEGN

DE MENOR APRENDIZ a empresário nato

Aos oito anos, o paranaense Anderson Rodrigues já queria a própria empresa. Aos 16, saiu de seu primeiro emprego com R$ 500 e escolheu fazer de centenas, milhões. Hoje, passada quase uma década, ele é o nome por trás da Wingard, uma das maiores importadoras de películas automotivas do país e referência em serviços para classe A. Prestes a inaugurar quatro lojas na capital paulista e com outras em vista em cidades como Florianópolis e Balneário Camboriú, a empresa prevê crescimento de 60% até o fim de 2015 e mantém a confiança enquanto outros empresários recuam diante da crise. A Wingard começou quando, ao deixar a vaga de menor aprendiz em uma loja de películas automotivas, Anderson usou o dinheiro da rescisão para comprar rolos de películas e oferecer os produtos em lojas especializadas, transportando-os debaixo do braço, de ônibus. Com 100% reinvestido, em pouco tempo os R$ 500 viraram R$ 30 mil. Mas ainda não era suficiente. Já com sua primeira sede física, conquistada com a ajuda do pai, o jovem empresário passou a divulgar a empresa na internet e viu que seu alcance ia além da região. Foi então que decidiu aventurar-se na importação. “Queremos 350 lojas no país até 2025”, diz o empresário. + www.wingard.com.br Fonte: Gazeta do Povo

Divulgação

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SORVETERIA CUORDICREMA quer crescer

EMPRESÁRIO TROCA ponto fixo por food truck

O empresário Joaquim Oliveira é um veterano na área de alimentação fora de casa. Trabalha com lanchonetes universitárias há 30 anos, mas decidiu testar o modelo food truck em dezembro do ano passado, com o JonsOliverBurgers. Investiu R$ 80 mil na adaptação de uma van e construiu uma cozinha móvel de 3 m2 , onde finaliza a preparação de seus hambúrgueres, vendidos por até R$ 20 em feiras, eventos e em um ponto fixo, em um estacionamento particular. A expectativa é fazer o faturamento mensal crescer em até 50% com a regulamentação da nova lei dos food trucks em Curitiba. “Vamos poder parar em pontos de maior fluxo e aumentar as vendas”, diz. Fonte: Gazeta do Povo

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Fonte: Gazeta do Povo

FRANQUIA A CASA DO CHEESECAKE a partir de R$ 85 mil

A franquia A Casa do Cheesecake inicia seu processo de expansão no modelo de franquias por meio de uma parceira com o grupo que fundou as redes “The Original Cake” e “The Original Cupcake”. A marca tem uma loja inaugurada no Shopping Vitrine Iguatemy, em São Paulo. A franquia trabalha com os formatos loja e quiosque. Para o modelo de loja, é preciso uma cozinha própria e um espaço para acomodar os clientes. Também é necessário uma equipe de, no mínimo, cinco funcionários. Já o modelo de quiosque é ideal para shoppings e galerias, com entrega rápida de cheesecakes já prontos. É preciso ter uma equipe de três funcionários nesse caso. O faturamento médio mensal vai de R$ 30 mil até R$ 50 mil. Investimento inicial: de R$ 85 mil a 140 mil.
 Prazo de retorno do capital: 12 meses + www.acasadocheesecake.com.br Fonte: Exame PME

Crédito: Riguetti Fotografia e Cinema

Isabela Ferracini, de 35 anos, é formada em engenharia civil, mas ainda durante a faculdade acabou desenvolvendo um gosto pela organização de eventos. Em 2009, durante um dos casamentos que organizou, Isabela serviu para os convidados uma receita de brigadeiro no tacho que ela mesma fez. O sucesso foi instântaneo. Após repetir a dose em outras cerimônias, a empreendedora começou a receber pedidos de encomendas. O brigadeiro foi ganhando fama. Dois anos depois, vários pedidos e um investimento de R$ 20 mil, a empreendedora abriu em Campinas, no interior de São Paulo, a primeira unidade física da brigaderia Madame Formiga. Atualmente, a Madame Formiga conta com cerca de 30 opções de sobremesas no cardápio. O faturamento da empresa em 2014 foi de R$ 720 mil. Em 2015, Isabela espera que o valor chegue na casa do milhão. + www.madameformiga.com.br Fonte: Revista PEGN

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Sabe as compras que você já fez com seu cartão de crédito em sites chineses? A possibilidade de utilizar este meio de pagamento, parcelar os valores ou utilizar boletos bancários é, em grande parte, fruto do trabalho da empresa curitibana Ebanx, que, em quatro anos, se tornou líder no país em soluções de pagamento pela internet, permitindo que portais estrangeiros vendam a brasileiros. Depois de se consolidar no mercado local, o Ebanx prepara agora a expansão para a América Latina, começando pelo México. Entre os cerca de 250 sites e marcas que vendem por meio do Ebanx estão a Sony, Facebook, DealeXtreme, Wish, Open English e AliExpress – a adoção da solução curitibana pelo popular site chinês, em 2012, foi um dos marcos na breve trajetória da empresa e ajudou a alavancar os negócios. + www.ebanx.com

Riguetti Fotografia e Cinema

SITE CHINÊS com boleto brasileiro

MADAME FORMIGA fatura com brigadeiros

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COM O MERCADO Alunos encaminhados pela Opetplacement para o mercado de trabalho:

NOME | Taís Alves Semensato
 CURSO| Publicidade e Propaganda – 5º período
 EMPRESA| Universal Decor

NOME| Camile Schimanski CURSO| Direito – 10 º período
 EMPRESA| Caixa Econômica Federal

NOME | Ana Paula Opolz S. Lauer
 CURSO| Pedagogia – 6º período
 EMPRESA| Colégio Opet

NOME| Henrique Rocha Baumann CURSO| Direito - 4º período EMPRESA| Martins e Caspary Advogados Associados

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NOME | Karin Vanessa Vaz 
 CURSO| Tecnologia em Estética e Cosmética – 5 º período
 EMPRESA| Centro de Estética San Romanni

NOME| Jorge William de Oliveira CURSO| Engenharia de Produção – 2º período EMPRESA| Leão Alimentos e Bebidas

Fotos: Divulgação Opet

NOME |Matheus Jose Siqueira
 CURSO| Tecnologia em Gastronomia – 3º período
 EMPRESA| Healthland Gastronomia

NOME| Marcus Vinicius T. Dias CURSO|Engenharia de Produção – 2º período EMPRESA| Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social

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Os proprietários da Tasty Salad Shop, Rodrigo Pasinato e Patrícia Lion

DE ONDE VÊM AS IDEIAS para empreender?

A REVISTA OPET & MERCADO CONVERSOU COM TRÊS EMPREENDEDORES DE CURITIBA QUE CONTAM COMO TIVERAM A IDEIA DE ABRIR SEUS NEGÓCIOS 10

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Para os empreendedores que iniciam uma empreitada agora, encontrar nichos ainda pouco explorados é uma vontade constante. É importante, porém, ficar de olho nas tendências e buscar perceber se a ideia está alinhada com o que os consumidores buscam. Fugir do tradicional e inovar com propostas de serviços e produtos exige paciência, muito trabalho e agilidade para reverter, a qualquer momento, aquele plano de negócio que parecia infalível. As ideias para novos negócios costumam vir das maneiras mais distintas possíveis. Para Rodrigo Pasinato e Patrícia Lion, proprietários da Tasty Salad Shop, a ideia de um negócio em Curitiba voltado exclusivamente para saladas e pratos mais leves e saudáveis veio de uma rotina diária. “Sempre tivemos o hábito de comer saladas como prato principal, mas sentíamos falta de opções completas e saborosas na cidade”, explica Pasinato que identificou um público-alvo e, a partir dele, elaborou junto com sua sócia uma pesquisa para avaliar a aceitação de alguns itens da nova proposta da loja. “Em paralelo pesquisamos também negócios similares dentro e fora do país”.

unidade em breve. A aposta também é em um sistema de franquias para o mercado local. Para Pasinato a resposta para dividir o mercado com possíveis concorrentes da Tasty Salad Shop é bem clara. “No caso de surgimento de concorrentes, vamos fazer o mesmo que acreditamos desde a nossa abertura: qualidade nos produtos e bom atendimento”, afirma.

VAI E VEM DE TENDÊNCIAS Para o empresário Rafael Soares encontrar um mercado promissor surgiu de uma vivência fora do Brasil. Trabalhando como consultor em uma multinacional, Rafael teve a oportunidade de acompanhar o processo de inauguração de uma loja de frozen yogurt no Havaí. Em 2009, em conjunto com outros sócios, ele inaugurou uma das primeiras marcas de frozen yogurt do Brasil - a Yoguland. Em poucos meses inaugurou a segunda unidade e até o final de 2012 já somava quase 50 lojas espalhadas pelo Brasil e em países como Colombia e Paraguai. Em 2013 e 2014 o mercado desacelerou a ponto de todas as lojas da franquia fecharem. “Desaparecemos muito rápido”, afirma.

“Sempre tivemos o hábito de comer saladas como prato principal, mas sentíamos falta de opções completas e saborosas na cidade”. RODRIGO PASINATO – Tasty Salad Shop

Com as portas abertas desde julho de 2014, a Tasty Salad Shop começou sozinha no segmento em que atua, apesar de qualquer estabelecimento ser considerado um concorrente direto, já que é possível adaptar o cardápio e oferecer mais opções saudáveis para o público. Menos de um ano depois, o cenário é um pouco diferente. “Percebemos que alguns restaurantes estão se adaptando e modificando propostas que tornam-se mais alinhadas ao nosso conceito”, conta Pasinato. Como uma das alternativas para se destacar nesse mercado, diante do surgimento de novos concorrentes diretos, a Tasty já tem um plano de expansão bem definido e deve abrir a próxima

O caso da Yoguland, na percepção de Soares, é o melhor curso de especialização que poderia ter na vida. O produto novo, em muitos lugares inédito, aliado à facilidade de entrada no mercado, desencadeou uma criação de concorrentes em larga escala. Em Balneário Camboriú, os sócios inauguraram a primeira loja em dezembro de 2009. Um ano depois já existiam 12 novas marcas dentro da mesma cidade. “Houve um excesso de MERCADO 11

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lojas oferecendo o mesmo produto”, conta o empreendedor. “O cliente não tinha referência de marca e todos os nomes eram parecidos”. Para Soares uma das explicações para essa quantidade de concorrentes em um curto período de tempo é a postura pouco cuidadosa do empreendedor brasileiro. “Eu acho que o brasileiro tem um perfil muito empreendedor, mas ao mesmo tempo pouco cauteloso. Ele vê que algo está dando certo e já quer copiar”, comenta. A solução inicial da Yoguland, então, foi fortalecer os conceitos originalmente propostos pela marca, como qualidade dos produtos, layout de lojas diferenciados e a referência como uma das primeiras lojas do produto no país. Nada disso, porém, fez diferença diante da concorrência brutal. Atualmente dedicando-se a uma nova rede de restaurantes com foco em pizza customizável, Soares procura trabalhar com inovação de mercados mais tradicionais e consolidados no Brasil. “Inovação é bom, mas até um certo ponto. Quando você tenta criar cultura é mais difícil”, compara o empresário, que considera, agora, o frozen yogurt um produto que não tinha uma cultura estabelecida no Brasil. “A pizza já faz parte de um mercado milenar”. A cautela de Soares é aplicada também na estratégia de expansão do novo empreendimento. Com pouco mais de um ano, a OVEN Pizza está inaugurando apenas a sua terceira unidade própria e não pretende abrir franquia enquanto não consolidar muito bem o mercado. “Temos mais de 200 pedidos de franquia, mas é preciso afinar o modelo e deixá-lo o mais perfeito possível”.

A história com a cozinha, porém, foi apenas o tempo necessário para entender, conhecer técnicas e poder falar bem no assunto com a equipe. Apesar de muita gente se referir ao Beto como Chef de Cozinha, ele não se considera um. “Eu consigo falar de gestão e de empreendedorismo de restaurantes”, explica. É nesse assunto que considera-se experiente e tem vivência suficiente para falar com propriedade. Depois do Restaurante Madalosso, Beto ainda passou pelo Família Fadanelli e em 2011, fundou seu projeto solo em um nicho que o grupo Madalosso ainda não havia considerado: a Forneria Copacabana. Mesmo com um novo restaurante, de proposta muito diferente do tradicional Madalosso, Beto não deixa de lado todos os ensinamentos que teve a oportunidade de receber nos outros empreendimentos da família. “Procuro o bem-estar do colaborador. Isso faz ele sorrir naturalmente e atender melhor o cliente. Em quatro anos, a Forneria Copacabana já ganhou uma segunda unidade e perpetua a tradição gastronômica da família Madalosso, que hoje conta com diversos restaurantes independentes.

INOVANDO COM TRADIÇÃO Criado praticamente dentro de um dos maiores restaurantes do mundo, Beto Madalosso começou a trabalhar cedo e, mesmo diante de novos projetos, costuma levar a tradição do empreendedorismo e valores familiares do Restaurante Madalosso para as novas ideias que executa. No Restaurante Madalosso, Beto passou pelas mais diversas funções. Começou recepcionando clientes, foi para o setor de compras, gerenciamento dos garçons e, por fim, foi parar na cozinha. “Meu pai dizia que eu só poderia ter um restaurante se eu soubesse o que era comida boa e se eu fizesse comida boa”, relembra. 12

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Beto Madalosso


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

No Colégio Opet, a principal matéria é transformar alunos em cidadãos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, os alunos aprendem mais que as lições de cada disciplina, aprendem a serem cidadãos preparados para transformar o futuro. opet.com.br

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Entrevista

ESPAÇO PARA A INOVAÇÃO OS SÓCIOS DO NEX COWORKING, ANDRÉ PEGORER E GUTO DE LIMA, CONTAM COMO É O DIA A DIA NO MAIOR ESPAÇO DE TRABALHO COMPARTILHADO DO BRASIL

Mil e setecentos metros quadrados, quarenta e um studios para trabalho em equipe, setenta e quatro posições de trabalho coletivo e 14

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seis salas de reuniões. O NEX Coworking recebe mais de 200 pessoas diariamente. O investimento de mais de R$ 2,5 milhões iniciou, em 2014, um novo cenário do mercado de coworkings, que ainda é recente no país. Mesmo com toda essa estrutura, de causar um enorme impacto em qualquer pessoa que visite o NEX pela primeira vez, os sócios do maior espaço de coworking do Brasil não buscam por soluções estruturais. Eles procuram inovação, relacionamento de ideias e pessoas conforme você confere na entrevista a seguir. Opet & Mercado - Depois de montar o maior espaço de trabalho compartilhado do país, como criar a maior comunidade empreendedora do Brasil?

André Pegorer: O que a gente tem visto é que o modelo que os espaços de coworking têm construído, e aqui especialmente, reforça a questão da gestão de comunidade e da economia empreendedora. É um modelo que se conecta muito com o modelo de economia que a gente tem visto nascer. Não só no Brasil como fora. Todo esse movimento que estamos vendo tem como característica um mundo conectado, as pessoas conectadas. O que a gente procurou fazer aqui foi criar um ambiente onde as pessoas possam se conectar. O ambiente físico é importante mas não é o essencial, e sim permitir com que as pessoas, os empreendedores, saiam do isolamento, passa a ser um movimento super importante agora. Para isso temos um time que faz toda a gestão do espaço, desde a busca de novos membros até receber e gerir. Agora a gente trabalha incansavelmente para que as pessoas possam conhecer


outras pessoas, gerar novos negócios, para que possam inovar nos seus modelos. Opet & Mercado - Quais são as diferenças que vocês percebem de quando o NEX começou para hoje? André: Há cinco anos a sensação que todo mundo tinha era de que os coworkings eram um espaço de transição. Algo para quem está começando, para quem gostaria de sair do home office mas não tem condição de investir em um escritório e então passa pelo coworking. A gente inverteu radicalmente esse modelo. Guto de Lima: As pessoas tendem a imaginar um coworking como um espaço pequeno, com um grupo de criativos tentando abrir um negócio, no início de carreira. Pensam ser uma comunidade meio alternativa e, principalmente, que estão buscando uma redução de custo. Isso, historicamente, vem sendo tratado como a principal

proposição de valor. E eu acho que a gente teve um papel importante nesse sentido em Curitiba, e nas outras praças também, na questão de reconceituar o coworking. Não é mais um espaço de transição. É um objetivo. André: Agora é uma meta você poder trabalhar e montar sua operação ao lado de diversas outras empresas que também têm uma jornada de negócios interessantes. Não é mais um espaço de transição. É um espaço a ser buscado. Para nós essa página está radicalmente virada. Reduzir custo? É óbvio que como empresários a gente deve pensar nisso, mas não é isso que define o sucesso de uma empresa. É muito mais ampliar a capacidade de ação e de articulação de rede do que ficar se apequenando diante de um desafio.

Guto: É muito mais possibilidades do que limitações. Se você começa um projeto dizendo que vai economizar, a perspectiva é da escassez. Na verdade você não pauta suas decisões e não age no empreendedorismo por esse viés. Isso é uma mudança bastante importante e que eu acho que contribuiu para o amadurecimento desse mercado. Opet & Mercado - Qual é o cenário no qual o NEX atua hoje? Quem são os concorrentes? André: Fala-se em torno de 200 players de coworking no Brasil e Curitiba tem de 18 a 25 espaços. O foco da nossa expansão é para outras cidades, mas a gente não desconsidera outras unidades aqui para Curitiba. Essa cidade é vanguarda no mercado de coworking e tem feito

“O propósito é criar a maior comunidade empreendedora do Brasil.” ANDRÉ PEGORER MERCADO 15

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“Agora a gente trabalha incansavelmente para que as pessoas possam conhecer outras pessoas, gerar novos negócios e também inovar nos seus modelos.” ANDRÉ PEGORER um ótimo trabalho. Tem um mercado bom porque todos esses players têm feito um ótimo trabalho. Guto: Mas vai levar anos para os players serem problemas um do outro. Cada um constrói uma identidade diferente e interessante e a gente costuma criar um diálogo com outros players de coworking aqui de Curitiba. Procuramos criar parcerias e disponibilizar os espaços para os clientes de todos. André: É uma questão de atração. Já teve gente que passou por aqui e foi para outro coworking, assim como teve gente que já passou por outro espaço, veio para cá e se sentiu bem. Guto: Falando em concorrentes, podemos dizer que é o serviço público, as grandes corporações e os trabalhos que não entregam sentido para as pessoas, mas que elas estão fazendo por estabilidade. Estamos entrando em um período em que as pessoas trabalham pelo resultado e não pela estabilidade. Essa é uma mudança muito profunda. A gente ainda não enxerga o tamanho da revolução, mas já está impactando as grandes corporações e vai impactar cada vez mais. Opet & Mercado - Quais são os próximos passos? André: No desenho original de modelo de expansão, quando fechamos acordos com os sócios e investidores, a proposta era montar essa unidade e 13 meses depois do início da operação, a gente iniciaria a discussão sobre a segunda 16

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unidade. Mas a gente começou a discussão com cinco meses de antecedência porque já estamos com 90% de ocupação. Queremos estar operando a próxima unidade logo. Somos muito novos e temos uma

Guto: Se tirar a equipe, acabou o NEX. Às vezes, nós como sócios só atrapalhamos. E é interessante como aspecto cultural, como valor que a gente tem, que é o fato de acreditar no potencial de todo mundo. Essa fé que elas vão fazer muito melhor do que a gente, precisa de um gesto de desapego nosso. André: A equipe é um artigo muito importante para nós e investimos nela porque realmente acreditamos no crescimento do NEX e no crescimento do modelo de coworking, não só pelo nosso tra-

“Estamos entrando em um período em que as pessoas trabalham pelo resultado e não pela estabilidade. Essa é uma mudança muito profunda. A gente ainda não enxerga o tamanho da revolução, mas já está impactando as grandes corporações e vai impactar cada vez mais.” GUTO DE LIMA história longa pela frente. A gente teve um desafio de modelagem, de operação e agora temos um novo desafio de expansão nacional. Então estamos montando um time para tocar a unidade, que já está montado e que toca a unidade super bem.

balho. Está fazendo sentido para nós, está fazendo sentido para as pessoas. Não tem porque a gente ficar esperando. Temos que criar as oportunidades. Onde isso vai nos levar? Isso a gente vai descobrir, mas a jornada está gostosa. Estamos super felizes.


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Cases

PRECISA-SE DE EMPREENDEDORES

Para consolidar a maior comunidade empreendedora do Brasil, o NEX Coworking dedica-se a criar ferramentas para atrair cada vez mais empresas para a estrutura física localizada no bairro Batel, em Curitiba

Atualmente são 210 negócios diferentes e mais de 400 pessoas que fazem parte da rede. Uma equipe exclusiva faz a Gestão da Comunidade e dedica-se a planejar atividades que fortaleçam o relacionamento e a troca de ideias entre todos os participantes do NEX Coworking. O impacto dos três andares cheios de pessoas, a arquitetura moderna e os ambientes para relaxar e conversar, mostram o alto investimento mas, também, comprovam que a interação entre as pessoas e a troca de ideias funcionam 24 horas por dia e são parte do negócio. A agenda de eventos é constante. Por um lado, o viés de educação, com cursos, palestras e workshops que têm como objetivo fornecer conhecimento do ponto de vista de desenvolvimento dos modelos de negócios e dos modelos de gestão. Para incentivar o networking e o relacionamento social, festas que ganham proporções cada vez maiores. Nunca acabam antes das 5h da manhã, nunca têm menos que 150 pessoas e são importantes para a estratégia, contam os sócios André Pegorer e Guto de Lima. 18

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As empresas adoram. Há casos de empreendedores que deixaram a estrutura física de um escritório para aproveitar o ambiente de inovação e compartilhamento, ocupando um dos quarenta e um studios ou uma das setenta e quatro posições de trabalho coletivo. “Às vezes você compartilha uma situação que está vivendo e aí encontra um insight. Esse ambiente gera um conhecimento e uma troca de experiência maior”, comenta Vitor Torres, fundador do Contabilizei, empresa de contabilidade online que pagou a multa de rescisão de um contrato de aluguel para poder ter um espaço no NEX. “Eu tinha certeza que o NEX iria agregar. São vários benefícios intangíveis que não dá para colocar no papel”. Com aproximadamente quatro anos de existência, as histórias que o NEX coleciona dentro de sua estrutura são curiosas e variadas. A Revista Opet & Mercado conversou com alguns empreendedores que participam, ou participaram, do dia a dia do maior espaço de trabalho compartilhado do país. O case desses empresários e seus respectivos negócios você confere nas páginas a seguir.


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Nova perspectiva para um mercado tradicional

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Site informativo sobre a cultura cervejeira se transforma em franquia sem perder a essência

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Modelo de plataforma de compartilhamento de veículos melhora a relação entre as pessoas

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Capacitação de organizações e projetos sociais para ampliar o impacto social

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INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS TRADICIONAIS A Contabilizei poderia ser um escritório de contabilidade como qualquer outro. Garante todas as obrigações fiscais e legais exigidas a uma empresa, entrega documentos, emite notas fiscais e, até mesmo, executa todos os procedimentos padrões para a abertura de uma empresa. Isso tudo, porém, é feito em um ambiente online em que o empreendedor tem acesso a todos os documentos 24 horas por dia. “O cliente têm acesso a todas as informações. Ele consegue ver, de uma forma bem transparente, se a empresa está ou não regular e o que ele precisa fazer para ficar regular”, explica Vitor Torres, fundador da Contabilizei. A ideia de desenvolver a Contabilizei surgiu a partir das próprias experiências de Torres, que sempre foi um empreendedor e precisou de serviços contábeis em outras empresas que fundou. “Nunca encontrei um serviço de contabilidade que atendesse às minhas reais expectativas”, comenta. “Como eu gosto muito de tecnologia, comecei a pensar em unir as duas

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coisas”. Com essa proposta, ele viu a possibilidade de trazer um mercado tradicional para uma nova perspectiva, atualizando alguns aspectos que tornam os serviços da Contabilizei mais ágeis e práticos. “A tendência se mostrou diferente do mercado tradicional contábil. Os clientes de hoje querem tudo na nuvem, à disposição para consultarem quando eles quiserem e não ficar precisando mandar e-mail para solicitar documentos”, exemplifica o empresário. Desde a fundação até hoje os resultados da Contabilizei são impressionantes. De cinco pessoas no início de 2014, atualmente a empresa tem uma equipe de 24 profissionais que, muito em breve, ainda deve expandir mais um pouco. Com custos muito acessíveis e diferentes do padrão do mercado tradicional de contabilidade, a Contabilizei está presente hoje em mais de 30 cidades do Brasil. O crescimento expressivo, além das facilidades e da praticidade entregues ao cliente final, também pode ser atribuído


Eduardo Macarios

Equipe Contabilizei

“A diferença é que nós já nascemos como um escritório online. Não nascemos em um escritório tradicional e fomos mudando. Nós surgimos como uma outra forma de encarar os processos e desenvolvemos nossos softwares do zero”.

ao formato de processos inovador da empresa. “A diferença é que nós já nascemos como um escritório online. Não nascemos em um escritório tradicional e fomos mudando. Nós surgimos como uma outra forma de encarar os processos e desenvolvemos nossos softwares do zero”, constata Torres. Assim, é possível otimizar inúmeros processos e gerar economia direta para o cliente final. Os benefícios que Torres cita ainda incluem a estrutura necessária para o crescimento rápido da Contabilizei. Diante de um mercado inovador que a empresa gerou, o NEX foi uma estrutura e um estilo de serviço que soube absorver essa realidade. “Aqui a gente conseguiu crescer sem precisar se preocupar com questões básicas. Conseguimos nos focar apenas no nosso negócio”, afirma. “Mostra que o NEX é um negócio flexível e inovador. Acho difícil qualquer outro lugar aqui em Curitiba ter suportado o crescimento da Contabilizei da forma como o NEX suportou”.

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Luxlab Studio

MERCADO EM EFERVESCÊNCIA Daniel Wolff

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Com lojas franqueadas espalhadas por todo o Brasil, e com previsão de crescer ainda mais até o final de 2015 e em 2016, o Mestre-Cervejeiro.com começou como um site que cresceu e tornou-se uma marca consolidada. Foi em 2004 que Daniel Wolff decidiu começar a divulgar e a difundir a cultura cervejeira com um Site informativo. “Até hoje nosso principal contato com o público é por meio do conteúdo”, explica o criador da marca. Aos poucos, ele foi dividindo seu conhecimento de outras formas, como os serviços de assessoria em pontos de vendas de cervejas. A ideia de criar a primeira loja, em 2009, então parecia ser uma boa proposta. E foi. Seis anos depois são trinta e cinco lojas do Mestre-Cervejeiro.com no país. Interessados em abrir mais franquias existem muitos. Enquanto isso, porém, a essência da empresa é mantida como o principal foco do negócio: um site de fonte de informação sobre cervejas e que disponibiliza vídeos e textos com novidades, dicas de harmonização e curiosidades. A marca também promove viagens cervejeiras e workshops


“Poder conversar com outras pessoas, sobre outros negócios, sempre foi um ponto importante para nós. É um ambiente de trabalho saudável e que resulta em muita inovação para os negócios”.

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para empresas e público. “A gente fala sobre cerveja. É tudo conteúdo. Foi isso que trouxe todos esses interessados em franquias pelo Brasil”, explica o empresário que tem como plano fechar 2016 com setenta lojas em mais cidades brasileiras, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Os dois tipos de lojas franqueadas pelo Mestre-Cervejeiros.com, lojas de rua e quiosques, atualmente oferecem mais de 600 rótulos nacionais e importados, além da marca própria de cerveja e também camisetas, copos e baldes. Para que o consumidor receba o atendimento adequado com tantos rótulos de cervejas disponíveis, Daniel Wolff concentra-se em fazer com que os franqueados tornem-se profissionais da área. “Transmito a eles toda a minha experiência com a cerveja e com a gastronomia, as técnicas de degustação, harmonização e empreendedorismo”, conta Wolff, que é considerado uma das principais referências do segmento de cervejas brasileiro e sommelier de cervejas desde 2004, quando começou também a jornada com o Mestre-Cervejeiro.com.

AMPLIAÇÃO

Em 2013, quando chegou ao NEX, o Mestre-Cervejeiro.com já tinha nove anos de atuação e cinco lojas. Daniel viu vantagens em contratar os serviços do NEX mesmo com uma empresa já consolidada, que poderia ter optado por outra estratégia de ambiente físico. “O que eu acho positivo num espaço desses é que você chega, coloca sua máquina e começa a trabalhar”, afirma Wolff. A proposta é muito diferente do que o empresário vive hoje para estruturar um escritório próprio com, por exemplo, contratos com o mínimo de dois anos de locação. “No NEX não nos preocupamos com questões de reformas, compra de móveis, comprar água, café ou chamar alguém para limpar”, complementa. “E se eu quiser sair no próximo mês, é só eu pegar minhas coisas e ir embora”. A saída infelizmente aconteceu, mas por ótimos motivos. O studio com aproximadamente seis posições do NEX Coworking já não era mais suficiente para acomodar os produtos que a rede de franquias comercializa e foi em abril deste ano que o Mestre-Cervejeiro.com seguiu para montar uma estrutura própria. “Poder conversar com outras pessoas, sobre outros negócios, sempre foi um ponto importante para nós. É um ambiente de trabalho saudável e que resulta em muita inovação para os negócios”, conta Wolff. “A proposta do NEX é muito adequada para o nosso negócio. Nossa saída foi apenas pela questão física para o nosso estoque”. MERCADO 23

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Divulgação

André Marim

CONSTRUINDO RELAÇÕES DE CONFIANÇA

André Marim é responsável pela primeira plataforma de compartilhamento de veículos da América Latina. Lançado em setembro de 2014, o Fleety transforma qualquer carro parado em uma garagem num veículo disponível para locação. O usuário entra, cadastra o automóvel, e pode locar para quem estiver cadastrado na plataforma. A nova forma de utilização e locação de carros ainda está ganhando terreno, mas já apresenta resultados expressivos do surgimento de uma cultura que veio para ficar. Disponível em Curitiba, São Paulo e Regiões Metropolitanas dessas duas cidades, o Fleety tem planos de chegar a 100% das cidades brasileiras até o final de 2015. Para quem coloca o carro à disposição de outras pessoas, surge uma maneira diferente de gerar renda no final do mês. Para quem loca, é um jeito de evitar todas as preocupações e despesas que um carro próprio representa. “Quem tem carro parado pode compartilhar com quem precisa de um carro. O Fleety entra na temática de nova economia de

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compartilhamento e na questão da mobilidade, que é algo crítico em qualquer lugar do mundo”, explica Marim, CEO do Fleety. Atualmente a média é de três ou quatro locações diárias e carros diversos, com valores dos mais variados. Quem define o preço da locação é o dono do carro. O Fleety recebe 20% dessas transações, mas o proprietário recebe integralmente o valor solicitado caso o carro seja alugado. Há casos em que a renda mensal de quem coloca um carro no Fleety passa dos R$ 800,00. Apesar da promissora proposta financeira, o principal foco do projeto não é o dinheiro. “A grande moeda dentro do Fleety é a confiança”, afirma o CEO. Desde o início da plataforma a preocupação era com a segurança e a experiência do usuário. A criação de um seguro inédito no Brasil, que não necessita de avaliação e assegura 100% do valor do veículo, junto com uma plataforma que verifica possíveis débitos de automóveis, carteiras de habilitação e CPF, faz do Fleety uma estrutura segura para todos os envolvidos. A segurança fica mais completa ainda com a proposta de reputação dos usuários, que são avaliados de forma cruzada, informando se o carro foi devolvido de forma satisfatória ou se o proprietário não cancelou a disponibilidade de locação de última hora. Caso o perfil receba advertências constantes, ele pode ser descontinuado do Fleety.

“Quem tem carro parado pode compartilhar com quem precisa de um carro. O Fleety entra na temática de nova economia de compartilhamento e na questão da mobilidade, que é algo crítico em qualquer lugar do mundo”. “A recomendação é muito mais forte do que qualquer mídia”, ressalta André Marim, que vê no NEX um modelo de confiança e colaboração muito próximos daqueles adotados pela plataforma. “E tudo acontece por recomendação. O altruísmo rola o tempo inteiro pois as pessoas sempre estão dispostas a ajudar”, comenta. Foi no NEX que André encontrou profissionais que o ajudaram, e ainda ajudam, a concretizar o Fleety. Todos por recomendação e confiança, elementos que fazem a economia de compartilhamento e colaboração estar desconstruindo o mercado tradicional. “Se a economia do compartilhamento é a nova economia, a confiança é a nova moeda”, complementa.

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REDE DE TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS Foi da ideia de dois empresários de Curitiba, que tinham vontade de criar um projeto que pudesse causar um impacto social maior além das doações que faziam para instituições carentes, que surgiu o Instituto Legado. Inicialmente identificado por Projeto Legado, a iniciativa começou a ser desenhada com o foco de capacitar organizações ou projetos sociais que já estivessem transformando a sociedade. A partir de uma série de ações, a proposta era capacitar essas iniciativas para que elas pudessem ampliar o impacto na sociedade e comunidade na qual estavam inseridas. Com pouco mais de dois anos de atuação, o Projeto Legado amadureceu e passou a ser o Instituto Legado, buscando abarcar um ecossistema maior e não se restringindo apenas à capacitação das ONGs, mas também disseminando a cultura do empreendedorismo social. O maior projeto, entretanto, ainda continua sendo a capacitação de organizações sociais. Elas participam de um processo de seleção anualmente e, de todas as inscrições recebidas, 20 projetos são selecionados para receber as capacitações iniciais

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“Ao longo desses anos a gente tem percebido o quanto que o ecossistema social em Curitiba é rico e como existem pessoas fazendo coisas legais. A gente chegou a ter 243 inscritos na última edição”.

que envolvem temas como planejamento estratégico, plano de comunicação, assessoria jurídica e financeira. Durante esse processo, três organizações são selecionadas para receber um investimento financeiro de até 20 mil reais para colocar em prática um projeto de expansão de impacto. “Ao longo desses anos a gente tem percebido o quanto que o ecossistema social em


Empreendedores sociais de Curitiba e Região Metropolitana. Curitiba é rico e como existem pessoas fazendo coisas legais. A gente chegou a ter 243 inscritos na última edição”, conta Beatriz Groxco, gestora de projetos do Instituto Legado. Os passos para os próximos anos é pensar na expansão do Projeto Legado para conseguir fortalecer cada vez mais esse ecossistema, já que por enquanto a área de abrangência é apenas Curitiba e Região Metropolitana. Atualmente são 55 organizações ativas que continuam participando da rede do Instituto e trazendo resultados concretos. “Mesmo aquelas que não receberam o investimento financeiro tiveram a oportunidade de participar de um processo muito bacana de amadurecimento, de se enxergarem como empreendedores sociais e não como uma pessoa que é vista apenas precisando de doações”, comenta Beatriz. O número de iniciativas sociais que fazem parte, de alguma forma, do Instituto Legado estabelece uma rede de contatos e parceria importantes para a concretização dos objetivos do Instituto. “Com a rede se tem empoderamento. As pessoas se inspiram por

exemplos e se unem. Com essa unidade é possível buscar um diálogo com a gestão pública. Algo que é pouco desenvolvido no Brasil”, afirma a gestora. A rede de conexões também possibilita uma abertura na troca de ideias e experiências, contribuindo para um espírito de colaboração que também existe dentro do NEX Coworking e que faz com que as ideias do Instituto Legado estejam alinhadas com o ambiente físico onde estão hospedados. “As pessoas chegam aqui mais abertas a ouvir e a saber o que o outro está fazendo para poder ajudar”, ressalta Beatriz Groxco que identifica o Instituto Legado como um entusiasta dos ambientes de coworking e vê o NEX como uma fonte de motivação constante para os empreendedores ali presentes. “O Instituto Legado tem muito forte o quesito de propósito e acredito que as empresas que fazem parte do NEX também têm. O nosso trabalho tem que ter sentido. O que nós vamos deixar para o mundo? Se não estivermos em um ambiente assim, que nos estimule a buscar esse propósito, é muito fácil abandonar tudo”, complementa Beatriz.

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Seleção

DICAS de quem entende CONFIRA AS INDICAÇÕES DOS PROFESSORES DO OPET PARA QUEM DESEJA SABER MAIS SOBRE EMPREENDEDORISMO O ELEFANTE E A PULGA

THE CORPORATION

Trata de uma analogia dos indivíduos (pulga) com as grandes empresas multinacionais (elefante). Diante da nova realidade globalizada, o livro de Charles Handy é mais atual do que nunca. Entre outros importantes tópicos, ele fala sobre como trabalhamos hoje, como ser uma “pulga” bem-sucedida e a melhor maneira de se preparar para o novo mundo corporativo que está se criando.

Aborda o impacto das corporações na vida das pessoas, no seu dia a dia, destacando temas que estão presentes no modelo capitalista da busca do lucro máximo. Apresenta situações diversas envolvendo questões éticas e morais, onde o perfil, sem emoções, gerado pela pessoa jurídica atende os interesses do capitalismo e deixa o ser humano de lado.

Josileni Cardoso Marto Rubio

Coordenadora do curso de Administração.

O QUE É COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

O diálogo faz parte de todos os negócios, inclusive das mais impessoais transações de E-commerce. Ainda assim, muitos empreendedores se comunicam mal. No livro “O Que é Comunicação Empresarial”, Sérgio Nassar e Rubens Figueiredo colocam a comunicação empresarial (que envolve consumidor, comunidade, fornecedor, colaborador e sindicato) no mesmo patamar de importância ocupado por um novo produto ou por um novo cliente. A partir daí, os autores desenvolvem uma obra fácil de ler, repleta de exemplos de sucesso em comunicação empresarial. A obra, aliás, pode ser considerada um clássico: lançada em 1995 dentro da coleção “Primeiros Passos” (Editora Brasiliense), já teve várias reimpressões.

Laci Gemene Redua - Coordenadora dos cursos de Comunicação Social.

O QUE IMPORTA AGORA: COMO CONSTRUIR EMPRESAS À PROVA DE FRACASSOS Nesse livro o autor Gary Hamel conclui que o sucesso ou o fracasso é fruto da interação de cinco elementos centrais: valores, inovação, capacidade de adaptação, paixão e ideologia. A obra propõe uma agenda de mudança: segundo o autor, não basta que as empresas reformulem suas práticas; elas devem mudar também seus princípios. Não se trata apenas de um livro sobre como obter um melhor desempenho, nem de uma descrição de receitas e fórmulas que levarão ao sucesso. Mais do que isso, o autor convida o leitor a deixar de lado as certezas, para poder refletir.

Kawana Harue Sato Born - Coordenadora do curso de Gestão Comercial.

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O que se aprende hoje transforma o amanhã.

EAD Opet. Distância não é nada para quem quer chegar longe. Educação a Distância Opet. Cursos com a mesma qualidade presencial para você transformar seu amanhã, estudando no seu tempo, a qualquer hora e em qualquer lugar. opet.com.br

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ANJOS CURITIBA ANGELS TRANSFORMA IDEIAS INOVADORAS EM NEGÓCIOS DE SUCESSO

dos negócios

O Facebook e o Google foram projetos financiados por investidores-anjos e são exemplos de que com capital e planejamento boas ideias podem se tornar negócios de sucesso. Em Curitiba, uma empresa que recebeu este tipo de investimento foi a Bematech, fundada em 1990, a partir do ambiente acadêmico. A empresa recorreu à iniciativa privada visando aumentar o desenvolvimento tecnológico e industrial. Seis novos investidores se interessaram pela ideia e a Bematech se tornou a primeira sociedade brasileira a fabricar mini impressoras em larga escala e a primeira a fornecer blocos impressores para terminais de autoatendimento.

Sorte ou destino, em comum as empresas citadas tem a inovação em seu DNA. Para os executivos e investidores-anjos da Curitiba Angels, Allan Costa e Leonardo Jianoti, a inovação é o grande diferencial para quem quer desenvolver empresas singulares, com potencial de criar novos seguimentos e setores.

Alan Costa – Curitiba Angels

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Eles tiveram a ideia de fundar o Curitiba Angels ao perceber que a cidade tem um mercado promissor

para bons negócios, mas estes não saíam do papel por falta de investimento financeiro e/ou tecnologia de gestão. Assim montaram o que chamam de clube de investidores-anjos que hoje tem pouco mais de um ano de existência e um projeto de sucesso (www.contabilizei.com.br - case relatado nas páginas 20 e 21). Em ritmo acelerado, estão com mais dois estão em análise. De acordo com Jianoti, o clube recebe uma média de 50 projetos por mês das mais diversas áreas, tais como: economia de compartilhamento, tecnologia, internet das coisas (sistemas de monitoramento, sensores, comunicação), energia, biomedicina, entre outros. “Vejo muito empreendedor que quer que a gente acredite nas ideias, sendo que ele mesmo não acredita no projeto”, exemplifica.

FUNCIONAMENTO Cada projeto do Curitiba Angels tem um investidor-líder e demais apoiadores. O tempo de permanência de cada anjo é de quatro a sete anos. Depois deste período a empresa pode ser vendida. “O líder sempre é aquele que tem afinidade no tema, mas


Leonardo Jianoti – Curitiba Angels nada impede que mesmo não tendo afinidade o anjo possa se interessar e investir”, diz Jianoti. Nos grupos de investidores-anjos o executivo investe o próprio dinheiro e o capital inteligente, ou seja, divide seus conhecimentos e rede de relacionamento para potencializar o sucesso da empresa. Para participar deste clube basta ter perfil empreendedor, amar seu negócio e ter um conceito diferente. Para inscrever projetos no Curitiba Angels existem duas opções. A primeira é registrar via formulário no site www.curitibaangels.com.br e a segunda opção é apresentar a ideia para algum investidor-anjo e ser apadrinhado. Mas nas duas alternativas existe um comitê que analisa e verifica se o projeto inscrito terá potencial de sucesso.

OS CINCO MAIS Em diversos países este tipo de investimento feito por anjos é uma realidade, como nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Portugal que adotam políticas de incentivo fiscal para esta prática, pois os governantes entendem que quanto mais investimentos são realizados, maior será a geração de empregos e tributos futuramente. CONHEÇA OS CINCO MAIORES INVESTIDORES-ANJOS NO MUNDO: Nº

NOME

EMPRESA

Nº DE PROJETOS

INVESTIMENTO

1

Jeff Bezos

Fundador, presidente, CEO e presidente do Conselho da Amazon.com

11

A partir de US$ 1,5 milhões

2

Paul Buchheit

Sócio da Y Combinator

61

A partir de US$ 70 mil

3

Jean François

Fundador e sócio gerente da Sof Tech VC

17

A partir de US$ 50 mil a US$ 6 milhões

4

Paul Graham

Sócio da Y Combinator

8

A partir de US$ 100 mil a US$ 1,6 milhões

5

David Lee

Fundador e diretor-membro em SV Angel, LLC

101

De US$ 25 mil a US$ 250 mil

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EMPREENDER

para crescer ALIANÇA EMPREENDEDORA DÁ SUPORTE AO MICROEMPREENDEDOR DE BAIXA RENDA; ENTIDADE QUE NASCEU EM CURITIBA PLANEJA EXPANDIR SUA METODOLOGIA PARA OUTRAS CIDADES E PAÍSES

‘Todos podem empreender’ este é o lema da Aliança Empreendedora, que completa 10 anos de atuação em Curitiba com o intuito de oferecer a microempreendedores de baixa renda e grupos produtivos comunitários, de todos os setores e idades, ajuda para iniciar e/ou desenvolver seus negócios, ampliando o acesso a conhecimento, redes, mercados e crédito. A entidade é uma organização sem fins lucrativos e já apoiou mais de 15 mil empreendedores, promovendo inclusão social e desenvolvimento econômico. Com cerca de 30 funcionários, a Aliança Empreendedora tem sede em Curitiba e São Paulo, além de escritórios de projetos em Salvador e Recife. De acordo com a Diretora de Desenvolvimento Humano da Aliança, Helena Casanovas Vieira, a entidade realiza uma média de 12 projetos por ano com empresas de grande porte e multinacionais e beneficia centenas de microempreendedores, em qualquer ramo. “A Aliança existe para apoiar quem não tem apoio”, diz.

Helena conta que a ideia de montar uma entidade com esta finalidade surgiu ainda na faculdade. Na época, o grupo de fundadores atuavam nas empresas júniores de consultoria, na área de ciências sociais aplicadas, e atendiam empreendedores em pesquisa de mercado, plano de negócio, viabilidade econômica, entre outros. “Ficamos com vontade de praticar o que fazíamos lá, mas para um público que não podia pagar, que tinha bem menos condições que aquele que era cliente da empresa júnior”, explica. Utilizando a metodologia baseada na Andragogia (ciência de orientar o ensino de adultos), na dinâmica de grupos e na Teoria Effectuation (decisões baseadas nas circunstâncias do momento), o modelo de participação dos empreendedores, apoiadores e clientes são realizados de duas maneiras: inclusão empreendedora e negócios inclusivos. No primeiro modelo, o foco é o social e os microempreendedores, desde o planejamento até a execução da gestão de negócios. Já no segundo, o objetivo são os novos negócios, principalmente para as grandes empresas, com consultoria estratégica em modelos que transformem o conjunto de atividades desempenhadas pelas organizações mais justas e lucrativas, inserindo no processo os microempreendedores de baixa renda.

Grupo de microempreendedores atendidos pela Aliança Empreendedora 32

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Helena Casanovas Vieira, Diretora de Desenvolvimento Humano da Aliança Empreendedora.

PLANOS PARA O FUTURO

A Aliança Empreendedora tem planos de expansão de seu método para outras regiões do Brasil e outros países. Helena explica que para o futuro o objetivo principal é treinar outras instituições a utilizar a metodologia e aumentar o campo de atuação, que já atingiu 19 estados e mais de 60 instituições. “A nossa estratégia não é abrir escritórios, mas expandir a metodologia para que as organizações possam usar com seu público. Ninguém nasce empreendedor, mas podem se transformar em um”, comenta.

“A Aliança existe para apoiar quem não tem apoio”. HELENA CASANOVAS VIEIRA

Além disso, a organização já iniciou a internacionalização de suas atividades, ensinando suas práticas para países como Chile, Espanha, Argentina e Quênia.

+ www.aliancaempreendedora.org.br TAMO JUNTO!

‘Tamo Junto’ é um site desenvolvido pela Aliança Empreendedora e oferece oportunidades de crescimento para empreendedores e apoiadores através de conteúdos, serviços e eventos. No site, os microempreendedores podem utilizar as ferramentas de diagnóstico, vídeos-aulas, artigos, entre outros, além de efetuar cadastro para inscrever serviços e eventos. Já para os apoiadores é possível registrar as atividades e acontecimentos que organizam, além de eventos para melhorar a vida do microempreendedor.

+ www.tamojunto.org.br

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Artigo

Adriane Sampaio Torres

COORDENADORA DO OPETPLACEMENT

EMPREENDENDO Foto: Geísa Borrelli

em tempos de crise

Muitos sonham em ter seu próprio negócio e livrar-se da rotina de ser empregado. Ser um empreendedor, no entanto, significa assumir riscos e trabalhar muito, se a intenção for prosperar. Não existe negócio sem risco e, por melhor preparado que se esteja, não tem como ter certeza do sucesso de um negócio. Mas como estar preparado para enfrentar possíveis situações de risco? O coaching para empreendedores pode ser uma boa opção para aqueles que têm • Aprenda com os erros, seja criativo. Enquanto muitos se sentem retraídos pela crise financeira mundial, os mais criativos driblam os reveses do momento e aproveitam para crescer. Pesquisa recente da Terco Grant Thornton, realizada em 36 países, aponta o empresário brasileiro como o quarto mais otimista do mundo, atrás somente dos indianos, botsuanos e filipinos. • Tenha foco. Concentre-se no seu objetivo maior. • Defina metas, a curto e médio prazo. • Planeje suas ações. • Tenha flexibilidade quando perceber a necessidade de mudar. • Desenvolva sua capacidade para liderar pessoas. Sem uma equipe engajada, não há negócio que resista.

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interesse em desenvolver habilidades importantes, que auxiliam na tomada de decisões e permitem uma visão mais clara do negócio, aumentando o desempenho e obtendo melhores resultados. Em momentos de crise, como muitos já enfrentados no Brasil, alguns aspectos devem ser relembrados, para que o empreendedor supere esta fase e possa do “limão fazer uma boa limonada”. Acompanhe estas dicas: • Saiba administrar seu tempo. Tempo é dinheiro. • Ponha a “mão na massa”. O envolvimento do dono ou da alta direção é importante para o sucesso. Vale lembrar da máxima: “O olho do dono é que engorda o gado”. • Corte custos, se for necessário. Cortar custos não significa reduzir o quadro de funcionários. Independentemente da estrutura física, tecnológica ou do produto comercializado, ninguém faz nada sem as pessoas. Não adianta só saber comprar e vender bem. O grande desafio é transformar faturamento em lucro, e não só em impostos, como nos lembra um bom contador. • Conheça muito bem seu negócio, mas não se esqueça da concorrência. Quem só olha para o próprio umbigo não sobrevive em um mundo globalizado.


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Artigo

Marcos Perillo

PROFESSOR DA OPET E DIRETOR DA BEMATECH

Controladoria

fonte do auto conhecimento empresarial

Certa vez um aluno me perguntou qual era o papel da controladoria em uma Organização. Respondi que era ser a fonte do auto conhecimento empresarial. Era ser a responsável em registrar e prover informações corretas para todo e qualquer tipo planejamento, seus controles, sua execução e aferição de resultados. Sempre foi assim? Para planejar corretamente precisa de controladoria? Me fez mais essas duas perguntas o aluno. Bem, respondi, para explicar a importância da controladoria no planejamento das empresas precisarei de 15 minutos para contar uma história que começou no final do século XX e tem tudo a ver com Governança Corporativa. Os princípios da Governança Corporativa aterrissaram no Brasil no começo dos anos 90. O início da abertura da nossa economia no governo Collor, a estabilização da moeda com o Plano Real e as privatizações trouxeram para o Brasil o capital estrangeiro. Um país onde até então a maioria das empresas tinha uma estrutura societária familiar passou a contar com a oferta de capital in-

ternacional. Esse período foi o marco da entrada do nosso país no famoso “mundo globalizado”. Mas, para tanto, uma regra era clara: para o capital estrangeiro entrar tinha que haver Governança Corporativa. De uma forma muito resumida, a Governança pode ser explicada através de quatro grandes princípios: a equidade, a responsabilidade, a transparência e a perpetuidade. Para o objeto da minha resposta ao aluno, vamos nos dois últimos princípios, o da transparência e o da perpetuidade. Perpetuidade, ou seja, toda a Administração tem que pensar na longevidade das suas Organizações. As estratégias de curto prazo são apenas parte do caminho que levará ao longo prazo. Partindo da lógica que todo caminho pode ter obstáculos, entra em cena, então, um conceito extremamente interessante: a Gestão de Riscos. Risco, por definição, é tudo aquilo que, se acontecer, prejudicará os retornos esperados. Como a Gestão de Riscos de uma Empresa fica sob responsabilidade da Controladoria e como todo qualquer Planejamento tem algum tipo risco e visa um resultado futuro, planejamento e controladoria são indissociáveis. Transparência, ou seja, mais do que a obrigação de informar, é o de-

“De uma forma muito resumida, a Governança pode ser explicada através de quatro grandes princípios: a equidade, a responsabilidade, a transparência e a perpetuidade”. 36

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sejo e a prática de informar para as partes interessadas, independentemente das exigências legais. Mas de que adianta dados se esses não forem prestados de forma clara, tempestiva e acurada? Para tanto, as Organizações precisam de um sistema de informações robusto, sempre atualizado, confiável e constantemente auditado. Mais uma vez entra a controladoria em ação, pois é ela a principal responsável pela manutenção e gestão do sistema de informações de uma Companhia. E como todo planejamento necessita de informações confiáveis, quer seja para entender o passado quer para projetar o futuro, mais uma vez o planejamento e controladoria precisam andar de mãos dadas. O fato é que cada vez mais a controladoria passa a ter um papel de destaque nas Organizações. Gestão das informações e planejamento são apenas um exemplo do vasto rol de atividades e responsabilidades da controladoria. É claro que ela nunca será o principal protagonista, pois esses sempre serão os empreendedores, aqueles que conseguem enxergar o futuro, que estão dispostos a assumir riscos e que acreditam em um mundo melhor. Sem eles, não há crescimento econômico, não há desenvolvimento. Mas empreendedores sozinhos normalmente naufragam pois não sabem controlar, planejar e gerir riscos. Enfim, concluí minha reposta ao aluno, assim como para passar de ano você precisa estudar, “empreender sem administrar não dá!”.


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Artigo

Cezar Augustus Azevedo

COORDENADOR ACADÊMICO DO CURSO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA FACULDADE OPET

Tecnologia Foto: Geísa Borrelli

As empresas líderes de mercado são, em alguns casos, surprendidas quando perdem sua liderança para outras menores e com muito menos capacidade de investimento de mercado. Para encontrar uma explicação para esse tipo de acontecimento é preciso pensar na variável do tempo e a performance do produto ou dos serviços. Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação tecnológica, produto, ou serviço, que utiliza uma estratégia “disruptiva”, em vez de “revolucionário” ou “evolucionário”, para derrubar uma tecnologia existente dominante no mercado. É sistematicamente demonstrado para a comunidade de pesquisa que as mais disruptivas inovações são uma minoria comparadas com as inovações revolucionárias, que introduzem uma inovação de maior performance no mercado. Ocasionalmente, uma tecnologia disruptiva vem a dominar um mercado existente, seja preenchendo um espaço novo que a tecnologia antiga não conseguia atender, ou por sucessivamente mover para cima no mercado, começando 38

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disruptiva

com um produto mais barato com performance inferior, e através de aperfeiçoamento finalmente deslocar os líderes. Como exemplos temos as câmera digitais que substituíram as câmeras de filme, ou quando você cancela a sua TV a cabo para usar o Netflix ou outro serviço on-line.

Disrupção = Ruptura, rompimento, fratura. Alguém se lembra que não faz muito tempo que as pessoas compravam filmes para compartilhar seus melhores momentos e ainda precisavam revelar as fotos desses melhores momentos? E que, às vezes, precisavam pagar para enviar as fotografias pelo correio para que outras pessoas pudessem curtir essas fotos? Se você disse sim para algum desses questionamentos é porque entendeu a importância da inovação disruptiva na prática. E quanto isso significa na trajetória das empresas? Muito! Foi porque empresas gigantescas como a Kodak não entenderam isso que

acabaram perdendo mercado. Algumas chegaram até a serem extintas da história. Quer um caso mais recente? A gigante de inovação de telefonia celular Nokia fechou as portas há menos de um ano porque não conseguiu perceber que a era dos telefones tinha chegado ao fim. Assim, a Nokia perdeu de desenvolver celulares com Android e terminou seus dias sendo vendida para a Microsoft. E o que tudo isso tem a ver com a tecnologia? Bem, somos nós - os caras de TI - que criamos ideias disruptivas e transformamos o mundo e para isso precisamos estar preparados para criar de forma sistêmica. Porque ser criativo não significa ser inovador. É preciso ser capaz de transformar uma ideia em algo que gere valor. E preciso ser emprendedor e ter a capacidade de gerar transformação organizacional e a Tecnologia da Informação é um dos principais motores de transformação das empresas. É preciso buscar soluções práticas para criar inovação que vai gerar valor e transformar a sociedade.


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