#2 BH / 2018
Linhas do vasio.
Guilherme Scanavez explora o espaço vasio e suas linhas expressivas em uma série de fotografias digitais.
Jardins Suspensos.
Zuba Uba abre as janelas da percepção e inicía um diálogo visual em uma série com os monstros do seu subconsiente.
Entrevista com Luiz Navarro, Batista e João Perdigão sobre a nova edição da A Zica #5.
Os quatro elementos e o tempo. Iêda Carvalho (@iodoce) é a artista convidada para representar o tema nessa edição.
Arte, Lifestyle & Cultura
A Zica #5, Criatura e os criadores.
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A revista E-MRG nasceu da vontade de criar um espaço de discussão e experimentação de novas ideias, novos formatos, um olhar crítico a respeito das manifestações artísticas e culturais da cidade, disseminação de uma cultura emergente e em caráter de urgência, levando um panorama a respeito da cena gráfica/literária local, um conteúdo multimidiático de plataforma interativa. A Editora Kuringa se propõe a somar de forma horizontal a novos colaboradores, para criarmos juntos um conteúdo interessante no qual também gostaríamos de receber e compartilhar.
Sobre
Indíce Um espaço para expreimentação
por: Guilherme Scanavez (@scxnvz)
por: Iêda Carvalho (@iodce)
com: Luiz Navarro , João Perdigão e Batista
com: Oficina CC.
por: Thiago Flores
com: Jardins Suspensos
em Bauru - SP
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É uma marcenaria, e serralheria que também é escola, espaço de trocas, aberto a fazedores e interessados nas artes e ofícios. Incentivando o encontro e o processo de aprendizagem coletiva, por meio da criação, prototipagem e do fazer.
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Um espaço para marceneiros, serralheiros, arquitetos, designers e fazedores, aprendendo no dia a dia com o nosso trabalho.
“ Somos movidos a novos desafios e acreditamos no trabalho coletivo como engrenagem para criar e produzir.�
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mARIAFUMAÇA.Ga @mariafumacaheadshop
Compre através do site:
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Linhas do vazio.
por: @ scxnvz 9 guilherme scanavez
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Os 4
elementos eo tempo
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“A ideia central era representar a relação dos 4 elementos e as fases da nossa vida, por isso coloquei com extremos o bebe e a anciã. O bebe representa a criança, a fase da água na nossa vida, que ta ligada as
emoções, aos sentimentos . A anciã é o fogo, que representa o legado, a sabedoria, a energia vital que é eterna e entre eles estão ar e terra. O ar é a fase da juventude, do desenvolvimento intelectual, o ar é o portador da semente e fundamental pro nosso desenvolvimento e a terra representa o material, o corpo, a maturidade, por isso essa ideia dos frutos, dos minerais.”
A Zica #5 Esse mês A Zica botou mais uma edição para circular e a E-MRG trocou uma idéia com o Luiz Navarro, Batista e João Perdigão sobre o o lançamento do projeto e o que podemos esperar dessa nova edição.
- O que, (quem) e [como] é a zica,?
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A zica é uma publicação independente e colaborativa de ilustrações e quadrinhos. Desde 2010, propomos três temas e lançamos uma chamada para artistas nos enviarem trabalhos para serem publicados. Geralmente são temas non sense, que não têm conexão um com o outro.
Cabe aos artistas decidiem se irão escolher um ou mais de um para misturar e produzir o seu trabalho. *o que serviu de pontapé pra ideia inicial? Em 2010, eu e o João Perdigão fazíamos arte de rua e conhecemos mais vários outros artistas de rua. Durante uma vernissage, na exposição de alguns deles, entre goles de cachaça, surgiu a ideia de produzir um fanzine que reunisse o trabalho de todos. Daí surgiu A Zica #0, com os temas morte, macumba e classe média. Mas daí em diante a coisa tomou uma proporção muito maior ecomeçamos a envolver muitos
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outros artistas além dos artistas de rua. - De imediato qual o foco de vocês com esse projeto? Nosso foco é publicar a revista! ahahaha Não temos um objetivo muito definido além disso. O nosso tesão é produzir e publicar o trabalhos que a gente gosta de artistas que a gente acha foda. Só isso já é inspirador e empolgante pra caralho (pode falar palavrão?). - Como funciona a relação entre os 3 editores e as publicações?
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Basicamente a gente briga em 75% do tempo, bate cabeça e fica tentando chegar em consenso em questões mínimas que poderiam
ser muito mais práticas. No resto do tempo, a gente zoa, fala merda, faz piada (geralmente sobre os outros ou sobre nós mesmos). Ah, e a gente rala pra caralho também (tô entendendo que pode falar palavrão), até porque fazer A Zica dá um trabalho do capeta.
- O que podemos esperar dessa nova edição? Essa edição tá especial. A começar pelo projeto gráfico, que tá muito caprichado, com papeis especiais, capa em serigrafia e muitos etc. Além disso, o conteúdo tá incrível.
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Recebemos muitos trabalhos muito fodas de artistas fodรกsticos, como o Diego Gerlach, que fez a capa, o Ricardo Coimbra, o Rodrigo Terra, o Desali, o Victor Stephan, a Paola Rodrigues e vรกrios outros.
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“O nosso tesão é produzir e publicar o trabalhos que a gente gosta de artistas que a gente acha foda.”
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- Como são selecionados os temas e os artistas que participam de cada edição? O momento de escolher os temas é um dos mais divertidos da Zica. Depois da listinha que cada um faz, a gente senta só os três, um olha pra cara do outro, dá um trago numa cerveja ou num cigarro e fala: “e aí, qual vai ser?” A gente se diverte, zoa pra caramba nessa tal reunião. Fala um monte de merda. Sai um monte de coisa que a princípio parece genial, daí passa um tempo alguém fala: “peraí galera, cês já pensaram que é bem possível que com esse tema vai ter maluco que vai desenhar um monte de besteira assim ou assado?”
*Ing Lee, Maria Trika e a Clarice Lacerda.
Daí tem que pensar em outro. E os artistas mandam os trabalhos depois que a gente divulga uma chamada. A seleção, como não poderia ser diferente de tudo que rola na produção da Zica, é um momento bem tenso, porque nem sempre concordamos em selecionar um trabalho X ou Y. Daí rola aquela briguinha básica até alguém ceder. <3
- Poderia ceder mais detalhes sobre “a criatura”, seu mais novo projeto? Durante a campanha de financiamento coletivo, surgiu a ideia de divulgar a possibilidade de fazer uma publicação extra caso a gente batesse a meta, como uma forma de incentivar as pessoas a colaborarem. E o tema para essa publicação que surgiu foi Frankenstein, por causa do aniversário de criação desse personagem, que completa 200 anos, pela autora Mary Shelley. Depois surgiu a ideia dessa publicação reunir só trabalhos de artistas mulheres. E, pra isso, não poderíamos sermos nós, três marmanjos, os editores. Daí chamamos três minas fodas: a Ing Lee, a Maria Trika e a Clarice Lacerda. Demos total autonomia pra elas desenvolverem o projeto como quiserem. E daí já deram esse nome, “A Criatura”, e fizeram uma chamada para artistas. Deve ser publicado no final do ano.
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diy
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Nesta edição, a EMRG convidou a Oficina.cc para desenvolver um tutorial para compor a seção de “Do it yourself” da revista com um cabideiro de madeira maciça.
Primeiro passo é lixar bastante a madeira para dar um acabamento linear e deixar as peças lisas e uniformes.
Depois disso vem a parte de marcação dos furos. O que vai variar bastante de suporte pra suporte, recomendamos cerca de 8 cm de distância entre cada peça.
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O furo deverá ser feito no centro de cada pedaço de madeira, respeitando sua inclinação para ser fixado.
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Depois de afixados, certifique-se de que estão bem presos a peça. É hora do acabamento!
Espalhe a cera com a estopa sobre a superfíce da peça para distribuir unformormente.
A escova ajuda a distribuir a cera sobre as fibras da madeira deixando a peça com uma textura mais delicada.
E por último, uma flanela de pano para ajudar a lustrar, dando assim o acabamento de finalização.
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Tipo de madeiras diferentes, dão uma peculiaridade a peça, na hora de escolher a suas, seja criativo!
Sempre lixe no sentido do veio da madeira! Se lixar perpendicularmente (90 graus) a madeira vai ficar riscada e vai ser bem trabalhoso desbastar essa superfície.
A base onde vai ser afixado precisa ter o ângulo de uns 25º pra ajudar na hora de pendurar seus objetos.
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Em geral, as lixas de grão 220 e 320 são ótimas para obter uma superfície bem lisa.
Para escoder o parafuso, Fure com uma broca um pouco maior, somente superficialmente o suporte de maderia.
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Para saber mais sobre outros cursos ministrados na Oficina.cc acesse a página e fique por dentro da programação! https://www.facebook.com/aoficinacc/
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1 - Feira de Tudo 2 - Terra Viva 3 - Pulgas 4 - Queer Feira 5 - Cio da Terra
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FEIRA DE TUDO feira de autogestão, organizada pelos próprios feirantes o que você encontra? Todo tipo de produção local, de artesanatos, arte, design, produções autorais, comidas e brechós. local: Rua Paraíba, 697 Funcionários (Praça da Escola de Arquitetura da UFMG) REVESTE feira de moda local e sustentabilidade o que você encontra? Produção de moda local feita por marcas autorais e brechós. Roupas, acessórios, bolsas, cosméticos naturais. local: itinerante
Thi
indica
Thiago Flores é graduado em arquitetura e urbanismo pela UFMG, frequentador das feiras da cidade como público, produtor e expositor. Participa da organização da Feira de Tudo desde a sua criação, em setembro de 2015, e da recém criada ReVeste, feira itinerante com foco em moda local e sustentabilidade. É dono do Camaleoa Brechó, nascido nas feiras da cidade, atualmente com espaço físico no bairro Floresta (R.Ipiranga 127).
FEIRA DAS PULGAS Feira livre e auto organizada com produtos de segmentos variados. o que você encontra? Produtos de segmentos variados. Pequenas marcas locais, produções e desapegos da vizinhança. Local: Praça Nova York (Sion)
TERRA VIVA Rede de produtor@s e consumidor@s conscientes. o que você encontra? Alimentos Agroecológicos, Orgânicos, Artesanais e Produtos Naturais de Saúde, Higiene, Beleza e Limpeza. local: Rua Pouso Alegre, 1911 Santa Tereza. FEIRAS NOSSA GRAMA VERDE Acreditamos que uma cidade é mais vibrante, criativa e diversa se quem mora nela conhece e valoriza as iniciativas locais. o que você encontra? Cada edição tem um foco diferente, mas sempre preocupada em dar visibilidade e circulação a produções de ramos diversos realizadas por marcas locais de Belo Horizonte. local: Itinerante
foto: Pablo Caldeira
FEIRA SEU PECHINCHA Feira de desapegos e trocas de roupas o que você encontra? Roupas de desapego de pessoas físicas (não brechós) para troca e venda. Local: itinerante QUEERFEIRA Feira da Quarta Queer foi criada com o objetivo de ampliar a visibilidade da arte produzida por pessoas LGBTIQ, o que você encontra? Produções diversas da galera LGBTQ de BH e Região Metropolitana. local: Teatro Francisco Nunes Parque Municipal Periodicidade: Toda última quarta feira do mês.
foto: Marcio Pereira
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FEIRA CIO DA TERRA Feira organizada pelo Cio da Terra, coletivo de mulheres migrantes moradoras de BH. o que você encontra? Feira de Artesanato, Gastronomia e Apresentações Culturais das mulheres migrantes do coletivo. Local: Itinerante + Casa de Referência da Mulher Migrante (Rua Brasópolis, 210). Periodicidade: irregular.
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FEIRA FRESCA Feira de produtores de limentos orgânicos e agroecológicos. o que você encontra? alimentos orgânicos, agroecológicos e artesanais de pequenos produtores de Belo Horizonte e de municípios do entorno da capital. local: itinerante + Casa Fresca (sede).
FEIRA ÉBANO Espaço multicultural de valorização e disseminação das culturas afro e afro brasileira. o que você encontra? Produções de afro empreendedores das áreas de moda, arte e beleza de Minas Gerais e de todo o Brasil. Local: itinerante. Periodicidade: irregular.
MERCADO.RIA A Mercado.ria é uma iniciativa da Amadoria para incentivar e valorizar a rede de produtores, empreendedores, fazedores e vendedores locais. o que você encontra? Arte, moda, artesanato, música, comes & bebes delicinhas. Local: itinerante. Periodicidade: irregular.
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Feira de Reveste Tudo Nossa Grama Verde
Seu Pechincha
Faísca Cio da Mercado Gráfico Terra
Feira Fresca
Terra Viva
Queer Feira
Terra Viva
Feira Mercado .ria Ébano
Acompanhe de perto as redes sociais de cada feira, e fique por dentro da programação!
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Em Julho a Editora Kuringa esteve no 28º Encontro Nacional dos Estudantes de Design, que aconteceu em Baurú- SP, para ministrar uma oficina na programação do evento, nesse ambiente coletivo de troca de experiências e aprendizado, composto por oficinas, paletras, feiras e atividades que buscavam discutir o design, suas plataformas e manifestações em diferentes partes do país, com estudantes em comjuntos em uma semana de processos imersívos sobre linguagens não antes exploradas.
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E afim de estimular um espaço horizontal de troca, de circulação e visibilidade a diferentes produtos gráficos, e artistas em todo país. Somando juntos experiências para um intercâmbio de referências.
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quem Gabrieu Algusto é um artista visual residente em Belo Horizonte, graduado em Design Gráfico, trabalha com direção de arte e criação de imagem/vídeo.
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https://ello.co/gabrieualgusto instagram: @gabrieualgusto
somos BĂĄrbara Fox ĂŠ game designer e tatuadora e editora chefe da revista. graduada peloUni-BH, atua como freelancer em projetos de identidades corporativas. https://behance.com/barbarafox instagram: @barbra.fox
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Se você é artista, e quer fazer uma parceria para ter seu trabalho divulgado e tem interesse em contribuir para a próxima edição da E-MRG Mag, manda um e-mail pra gente ou envie uma mensagem poi inbox nas nossas redes sociais! editorakuringa@gmail.com cargocollective.com/dukebook @editorakuringa
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Contato
ficha técnica Revista E-MRG Produção Editora Kuringa Edição nº2 - Setembro 2018 Cordenação e Edição Editora Kuringa Direção de Arte Gabrieu Algusto Chefe de Edição Barbara Fox Projeto Gráfico Gabrieu Algusto Revisão Barbara Fox Colaboradores Oficina.cc A Zica Iêda Carvalho Guilherme Scanavez Thiago Flores Zuba Uba Fotografias e Capa Gabrieu Algusto Disponível em https://issuu.com/editorakuringa
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